Como reduzir a despesa pública?
MarcoAntonio Escreveu:Obrigado, Tridion. Mesmo assim, trata-me por tu...
Ok Marco...
JMHP Escreveu:Quem paga os salários dos privados são as empresas privadas logo qualquer medida nesse sector deverá ser da responsabilidade das empresas e nunca do Estado.
Muitas empresas privadas têm benefícios do estado, fiscais (Bancos, Autoeuropa, Embraer), facilidades burocráticas de implementação (Embraer, Pescanova), formação (na altura do lay-off a Renault e Citroen) e até manutenção artificial de empresas inviáveis (ex. Quimoda, Aerosoles, BPN) por isso reduzir a nossa situação a um problema de funcionalismo público é deveras redutor, é não querer ver o panorama todo e tentar sacudir a àgua do capote para os outros pagarem a crise.
Um empresário tem que ter consciência que a sua empresa não é só sua riqueza, é uma riqueza dos seus trabalhadores, e em último instância uma riqueza do País, por isso a gestão danosa até é crime.
Se o País tivesse apenas um problema de dívida pública era bastante fácil resolver a situação, pedia-se mais financiamento, através dos impostos, às empresas e às famílias. O problema é que as famílias e as empresas estão como o Estado, ou seja muito endividadas, o que faz que quando o Estado nos pede mais um esforço para se aligeirar, pões sobre nós mais endividamente. Assim sendo, só o crescimento económico forte ou a diminuição da despesa de TODOS nos poderá levar a sair desta situação.
O Governo não quer cortar no lado da despesa para não mexer nas garantias instaladas que lhe dão os votos, e deve rezar a todos os santinhos que a economia arranque...o que é quase impossível dada as circunstâncias em que vivemos. Mas mesmo que arrancasse julgo que teriamos que ter um crescimento na ordem dos 3,5%, o que é o que a Alemanhã está a crescer actualmente.

Por isso temos todos que poupar e o Governo ser o primeiro a dar o exemplo.
Elias Escreveu:Outro benefício do privado é a garantia de que o salário não pode ser reduzido (o mesmo não acontece na função pública).
Quem paga o salario no privado são as empresas e não o Estado, logo se o salario for reduzido quem fica com o dinheiro é a empresa e não o Estado. Por isso é que o Estado aumenta os impostos, nominalmente o salario é o mesmo, mas na practica é uma transferencia do trabalhador para o Estado, por isso na practica a redução já existe (sempre existiu quando aumentam os impostos), por isso não é nenhum beneficio como afirmas.
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
JMPH, em qualquer uma das coisas há vantagens e desvantagens, depende de como forem utilizadas. Eu espero que o Estado seja mais estável - e diversas entidades do Estado sejam mais estáveis - que o sector privado. Se eu chegar a um Hospital, por necessidade, espero encontrá-lo aberto e bem apetrechado de recursos humanos por exemplo. Já sei que se me dirigir a uma empresa privada, isso pode não acontecer (até pode estar fechada ou ter falido, já para não falar da possibilidade de ter despedido pessoas e eu não encontrar o serviço que esperava quando para lá me dirigi). Portanto, como eu não espero do Estado exactamente a mesma coisa que espero de uma empresa particular, também compreendo que funcione segundo regras diferentes (o que não significa que eu concorde com todas ou ache que estão todas a ser bem geridas/aplicadas).
Mais_um, eu sou contra as progressões automáticas, contra a reforma a 100%, contra a reforma antecipada e sem penalizações, etc (eu julgava que já o sabias até, porque eu já escrevi inúmeras vezes sobre esse tipo de questões). Quanto ao maior/menor benefício, eu não estou a medir benefícios (ainda para mais a nível individual, se os medisse seria como um todo, o que é assim meio impraticável até porque alguns são de muito difícil mensuração). O que eu estou a dizer, e não me cansarei de dizer, é que existe se problemas semelhantes (ou contra-partes, se quiseres) no sector privado aos problemas que existem na função pública (que o pessoal do sector privado tem o cuidado de praticamente nunca referir/ponderar). E por fim, eu não sugeri que os FP deveriam ter essas benesses também.
Mais_um, eu sou contra as progressões automáticas, contra a reforma a 100%, contra a reforma antecipada e sem penalizações, etc (eu julgava que já o sabias até, porque eu já escrevi inúmeras vezes sobre esse tipo de questões). Quanto ao maior/menor benefício, eu não estou a medir benefícios (ainda para mais a nível individual, se os medisse seria como um todo, o que é assim meio impraticável até porque alguns são de muito difícil mensuração). O que eu estou a dizer, e não me cansarei de dizer, é que existe se problemas semelhantes (ou contra-partes, se quiseres) no sector privado aos problemas que existem na função pública (que o pessoal do sector privado tem o cuidado de praticamente nunca referir/ponderar). E por fim, eu não sugeri que os FP deveriam ter essas benesses também.
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Elias Escreveu:mais_um Escreveu:Enquanto que eu saiba, os FP nunca viram o seu salario diminuido, nem foram despedidos.
Sim, nunca viram o salário reduzido mas a lei não o proíbe expressamente.
Despedidos é que não podem ser.
Claro, não podem nunca serem despedidos... Existe maior beneficio ou direito que um emprego vitalicio nos dias de hoje?!

Creio que é evidente e transparente que fossem as empresas geridas da mesma forma que o estado gere e controla a função pública... Não existiriam empresas nem mercado que sobrevivessem.
MarcoAntonio Escreveu:JMHP, também há benefícios que praticamente só ocorrem no privado. Por exemplo: estar pelo subsídio de desemprego (e poder dar-se ao luxo de recusar ofertas de emprego que implicariam receber menos que o subsídio e portanto continuar em casa sem fazer nada, com jeitinho indo fazendo umas coisas "por debaixo da mesa" sem declarar nada).
Ou poder canditar-se e obter ajudas do Estado para iniciar um negócio...
Entre outras coisas!
O que consideras maior beneficio, ter emprego garantido ou receber subsido de desemprego durante algum tempo?
E já agora porque não falar da reforma a 100%? Ou das progressões automaticas? Ou da reforma antecipada sem penalizações? E muitos outros tantos beneficios em relação ao cidadão que trabalha no privado?
Durante decadas os FP tiverem regalias que os privados não tinham (talvez isso justifique alguns anti-corpos contra os FP, não?), nos ultimos anos algumas coisas tem sido alteradas mas ainda vamos todos pagar por muitos anos essas benesses.
Do meu ponto de vista, defendo que o Estado deve reduzir as despesas acabando com essas benesses, depois de estarmos todos no mesmo patamar então sim, vamos distribuir os sacrificios da mesma forma por todos. Mas comecem por despedir os FP que não são necessários, acabem com as benesses, etc...
Já agora, se os FP aceitarem ser despedidos também pode usufruir dessa "benesse" que tu atribuis aos privados.
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
Elias Escreveu:Outro benefício do privado é a garantia de que o salário não pode ser reduzido (o mesmo não acontece na função pública).
Não é verdade, não pode ser reduzido SEM o seu consentimento (com a lei actual, nada garante que não venha a ser alterada), acontece que a alternativa a quem não tem concordado tem sido o despedimento.
Enquanto que eu saiba, os FP nunca viram o seu salario diminuido, nem foram despedidos.
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
“Com os actuais meios de acesso à informação, a ignorância não é uma fatalidade, mas uma escolha pessoal" Eu
MarcoAntonio Escreveu:JMHP, também há benefícios que praticamente só ocorrem no privado. Por exemplo: estar pelo subsídio de desemprego (e poder dar-se ao luxo de recusar ofertas de emprego que implicariam receber menos que o subsídio e portanto continuar em casa sem fazer nada, suportado pelo Estado, com jeitinho indo fazendo umas coisas "por debaixo da mesa" sem declarar nada).
Esses benefícios infelizmente são uma triste realidade alimentada e mal gerida pelo Estado e não da responsabilidade das empresas.
MarcoAntonio Escreveu:Ou poder candidatar-se e obter ajudas do Estado para iniciar um negócio...
Creio que essa iniciativa e conceito é universal em todos paises desenvolvidos e os efeitos são sempre de cariz positivos porque ajuda ao desenvolvimento e aumento de emprego... Desde que o Estado desempenhe bem a sua função de regulação.
Elias Escreveu:Outro benefício do privado é a garantia de que o salário não pode ser reduzido (o mesmo não acontece na função pública).
Regalia?!... Bem, uma vez que a lei é inflexivel nesse ponto por vezes de capital para a empresa, a falência ocorre mais cedo, o fim do emprego esse é fatal.
Editado pela última vez por JMHP em 17/9/2010 15:41, num total de 1 vez.
Outsorcing
Podima começar por analisar as pessoas que estão a trabalhar em outsorcing, ver há quantos anos trabalham em "empresas" do estado e quanto lhes pagam, depois analisar se essa função é para durar se for, contratar alguem para esse lugar e deixar de dar de CFN à empresa que coloca o colaborador.
É minha "convicção" que existe por ai muitas empresas de outsorcing a serem alimentadas há anos pelo estado, com o argumento de não poderem colocar as pessoas nos quadros e devido a isso acabam por gastar muito mais dinheiro.
É minha "convicção" que existe por ai muitas empresas de outsorcing a serem alimentadas há anos pelo estado, com o argumento de não poderem colocar as pessoas nos quadros e devido a isso acabam por gastar muito mais dinheiro.
- Mensagens: 988
- Registado: 29/11/2007 2:53
- Localização: Alto do Moinhi
JMHP, também há benefícios que praticamente só ocorrem no privado. Por exemplo: estar pelo subsídio de desemprego (e poder dar-se ao luxo de recusar ofertas de emprego que implicariam receber menos que o subsídio e portanto continuar em casa sem fazer nada, suportado pelo Estado, com jeitinho indo fazendo umas coisas "por debaixo da mesa" sem declarar nada).
Ou poder candidatar-se e obter ajudas do Estado para iniciar um negócio...
Entre outras coisas!
Ou poder candidatar-se e obter ajudas do Estado para iniciar um negócio...
Entre outras coisas!
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Re: A minha solução
moppie85 Escreveu:
EDIT: já agora, pq pagar os 13º e 14º em OTs apenas à FP?
Faça-se o mesmo aos privados. "Confisca-se" o $ e dá-se OTs também para eles!
Quem paga os salários dos privados são as empresas privadas logo qualquer medida nesse sector deverá ser da responsabilidade das empresas e nunca do Estado.
Seria interessante conhecer a valorização financeira do direito exclusivo da FP de emprego vitalicio comparativamente ao sector privado....

De nada, JMHP.
Obrigado, Tridion. Mesmo assim, trata-me por tu...


Obrigado, Tridion. Mesmo assim, trata-me por tu...

FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Re: Acabar com as juntas todas
MarcoAntonio Escreveu:JMHP Escreveu:Desculpa a curiosidade, honestamente desconheço o assunto... As senhas de almoço para que servem?.. e quem paga isso?!
As senhas de almoço servem para almoçar (numa cantina).
Quem paga? No meu caso, eu (integralmente). Há quem tenha escalões de desconto e pague só uma parte do valor e outros ainda de escalão de apoio mais elevado que têm as senhas gratuitas salvo erro.
Obrigado Marco pelo esclarecimento. De facto desconhecia a função e utilidade dessas senhas.
Tridion Escreveu:
Porque temos que começar por algum lado, (...)
Temos de começar por algum lado e eu próprio sugiro uma série de medidas. Mas em cada uma delas tento que haja sentido de justiça...
O interesse em que haja filhos e que os filhos tenham condições mínimas de educação e alimentação é geral, não é de um sub-grupo de pais. Tu (ali) estás a pedir um sacrifício adicional aos pais que não recorrem a ajudas e a deixar de fora os que não recorrem ajudas e não têm filhos (ou não têm filhos em idade escolar).
Porquê a esses se o interesse e benefício social do filho do "Francisco" alimentar-se e educar-se é geral?
A decisão de ter filhos é uma decisão individual/familiar. Se eu tiver filhos em idade escolar e tu não, a minha relação com o filho do "Francisco", o meu interesse e responsabilidade sobre o filho do "Francisco" é igual ao teu.
Tridion Escreveu:Provavelmente teremos um problema de definição de escalões, onde 50% paga o máximo...e obviamente teremos o grande problema dos Empresários que desde mil e troca o passo vêem a sua empresa a ter prejuízos e assim estão isentos de qualquer pagamento!
Ou que com jeitinho têm o filho num colégio privado...
Ai que não se pode falar mal do privado, só dos trabalhadores do Estado.

Tridion Escreveu:Mas como o próprio Sr. Marco admitiu poderia pagar um pouco mais, e se calhar quem está no escalão intermédio também, e mesmo quem nada paga poderia pagar alguma coisa para contribuir e valorizar a importância do Estado Social.
Bom, isso já é um pouco diferente. Nota bem que eu "opus-me" foi à noção de um grupo particular de cidadãos ter um ónus particular sobre uma coisa sobre a qual eles não têm uma responsabilidade particular.
Hã... e não me trates por sr. Por favor trata-me por "tu".

FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
MarcoAntonio Escreveu:Porquê as pessoas do escalão máximo? Porquê essas em particular e não todas? Porque devem as pessoas que têm filhos ter um ónus especial de suportar outros que têm filhos? Porque é que isso é mais justo que o formato actual?
Se o Estado Social existe, não estou a perceber muito bem porque é que são os que retirando menos benefícios do sistema ou nenhuns e acontecendo ter filhos devem ter aqui um ónus especial. Sendo que se não tiverem qualquer filho, não têm ónus nenhum.
Eu não tenho nada contra pagar o valor total da senha como pago e até, se a senha aumentar um pouco, não faço barulho nem reclamo com toda a sinceridade (e não é por nadar em dinheiro, porque não nado... é por entender que o Estado não tem dinheiro). O que não entendo muito bem é porque deveria ser eu (e os outros como eu) a pagar o benefício adicional de terceiros.
Porque temos que começar por algum lado, se estamos a falar de refeições escolares, vamos arranjar uma forma delas serem sustentáveis. Se todos os pequenos sistemas e sub-sistemas do Estado Social conseguirem por si serem sustentáveis, podemos começar a caminhar no sentido correcto.
Depois o IRS poderá corrigir algumas assimetrias, nomeadamente por quem optou ou não por ter filhos, ou por quem tem mais ou menos rendimentos.
Provavelmente teremos um problema de definição de escalões, onde 50% paga o máximo...e obviamente teremos o grande problema dos Empresários que desde mil e troca o passo vêem a sua empresa a ter prejuízos e assim estão isentos de qualquer pagamento!
Mas como o próprio Sr. Marco admitiu poderia pagar um pouco mais, e se calhar quem está no escalão intermédio também, e mesmo quem nada paga poderia pagar alguma coisa para contribuir e valorizar a importância do Estado Social.
Muffin Escreveu:Se o que se pretende discutir são medidas parcelares, encontrei este estudo:
http://www.institutosacarneiro.pt/archi ... ublica.pdf
Independentemente dos pressupostos tem ao final uma estimativa das medidas apresentadas.
Gostei de ler. Curiosamente 80% dessas medidas eram defendidas pelo Ex-Ministro Manuel Pinho, antes de entrar para o governo.
Porém verifico que, apesar da situação crítica, continuam sem querer actuar sobre os famosos "Direitos Adquiridos".
Remember the Golden Rule: Those who have the gold make the rules.
***
"A soberania e o respeito de Portugal impõem que neste lugar se erga um Forte, e isso é obra e serviço dos homens de El-Rei nosso senhor e, como tal, por mais duro, por mais difícil e por mais trabalhoso que isso dê, (...) é serviço de Portugal. E tem que se cumprir."
***
"A soberania e o respeito de Portugal impõem que neste lugar se erga um Forte, e isso é obra e serviço dos homens de El-Rei nosso senhor e, como tal, por mais duro, por mais difícil e por mais trabalhoso que isso dê, (...) é serviço de Portugal. E tem que se cumprir."
Tridion Escreveu:Voltando às senhas das refeições escolares no sector público. Na zona onde moro o escalão máximo que se paga por aluno dos 3 aos 10 anos é cerca de 40/45 € mês...mas isto passa pela cabeça de alguém que se pague tão pouco no escalão máximo?
Este custo equivale ao custo que a empresa catering cobra, contudo mais de metade das refeições aos alunos são comparticipadas pelo Estado a pessoas com menos recursos. Não deveriam as pessoas no escalão máximo pagar mais 20/40 € para que o financimaneto do Estado fosse menor? É claro que sim, 22 almoços + 22 lanches (pelo menos) ficam numa diária de aproximadamente 2 €, mas como isto é possível no escalão máximo!
Porquê as pessoas do escalão máximo? Porquê essas em particular e não todas? Porque devem as pessoas que têm filhos ter um ónus especial de suportar outros que têm filhos? Porque é que isso é mais justo que o formato actual?
Se o Estado Social existe, não estou a perceber muito bem porque é que são os que retirando menos benefícios do sistema ou nenhuns e acontecendo ter filhos devem ter aqui um ónus especial. Sendo que se não tiverem qualquer filho, não têm ónus nenhum.
Eu não tenho nada contra pagar o valor total da senha como pago e até, se a senha aumentar um pouco, não faço barulho nem reclamo com toda a sinceridade (e não é por nadar em dinheiro, porque não nado... é por entender que o Estado não tem dinheiro). O que não entendo muito bem é porque deveria ser eu (e os outros como eu) a pagar o benefício adicional de terceiros, em lugar de serem todos em geral.
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Voltando às senhas das refeições escolares no sector público. Na zona onde moro o escalão máximo que se paga por aluno dos 3 aos 10 anos é cerca de 40/45 € mês...mas isto passa pela cabeça de alguém que se pague tão pouco no escalão máximo?
Este custo equivale ao custo que a empresa catering cobra, contudo mais de metade das refeições aos alunos são comparticipadas pelo Estado a pessoas com menos recursos. Não deveriam as pessoas no escalão máximo pagar mais 20/40 € para que o financimaneto do Estado fosse menor? É claro que sim, 22 almoços + 22 lanches (pelo menos) ficam numa diária de aproximadamente 2 €, mas como isto é possível no escalão máximo!
Este custo equivale ao custo que a empresa catering cobra, contudo mais de metade das refeições aos alunos são comparticipadas pelo Estado a pessoas com menos recursos. Não deveriam as pessoas no escalão máximo pagar mais 20/40 € para que o financimaneto do Estado fosse menor? É claro que sim, 22 almoços + 22 lanches (pelo menos) ficam numa diária de aproximadamente 2 €, mas como isto é possível no escalão máximo!
É muito díficil controlar o que não se consegue medir! Esse é que é o verdadeiro problema. Os números disponiveis mesmo sendo maus, não refletem a realidade ainda pior.
A solução, é no mais pequeno organismo dessa complexa máquina chamada estado, medir e controlar a despesa e potenciar a receita e o bom senso.
Mas como é que se pode pedir, a pessoas que engordaram durante anos e anos à custa dos contribuintes, que agora, abdiquem da sua ganânciosa refeição e comam o estritamente essencial?
É um problema complexo que terá de ser resolvido com muita coragem politica. Mas, defendo o congelamento de salários na função pública e a redução dos mesmos se preciso for, principalmente dos salários mais elevados.
Defendo a renegociação de contratos celebrados com fornecedores e cancelamento de novos. Defendo o fim da subcontração de serviços e fazer os projectos com a prata da casa, aumentando assim a produtividade de cada funcionário público.
Abraço
A solução, é no mais pequeno organismo dessa complexa máquina chamada estado, medir e controlar a despesa e potenciar a receita e o bom senso.
Mas como é que se pode pedir, a pessoas que engordaram durante anos e anos à custa dos contribuintes, que agora, abdiquem da sua ganânciosa refeição e comam o estritamente essencial?
É um problema complexo que terá de ser resolvido com muita coragem politica. Mas, defendo o congelamento de salários na função pública e a redução dos mesmos se preciso for, principalmente dos salários mais elevados.
Defendo a renegociação de contratos celebrados com fornecedores e cancelamento de novos. Defendo o fim da subcontração de serviços e fazer os projectos com a prata da casa, aumentando assim a produtividade de cada funcionário público.
Abraço
Se o que se pretende discutir são medidas parcelares, encontrei este estudo:
http://www.institutosacarneiro.pt/archi ... ublica.pdf
Independentemente dos pressupostos tem ao final uma estimativa das medidas apresentadas.
http://www.institutosacarneiro.pt/archi ... ublica.pdf
Independentemente dos pressupostos tem ao final uma estimativa das medidas apresentadas.
- Mensagens: 848
- Registado: 4/1/2004 22:32
- Localização: lx
Re: Re
Cem pt Escreveu:Marco:
Vê esta situção de Portugal como verias uma grande empresa em maus lençois, não há volta a dar!
Quando tens de reestruturar para equilibrar as contas tens duas medidas óbvias de gestão: despedir e cortar ou baixar nos salários.
Ou aumentar as receitas. Como o Estado até é uma empresa que tem o monopólio no espaço em que actua, a solução é simples e não há volta a dar: aumentar as receitas. Mais 10% de IRS por atacado, já!
E está tudo resolvido (ou então não).
Cem pt Escreveu: Quem não quer aceitar estas imposições só pode fazer duas coisas: ou aceita, mesmo que não concorde, ou vai embora para o desemprego ou para procurar outras alternativas no mercado, simples!
Exacto. Se não aceitas os mais 10%, despedes-te e emigras. Simples!
Cem pt Escreveu:Não se trata de justiça porque quando o barco se começa a afundar há que tomar medidas para evitar o naufrágio e não para clamar por justiça.
Quando o barco se afunda, o homem manda as crianças e as mulheres primeiro à frente!
E quando se trata de ainda tentar salvar o barco, não, os sacrificios não são todos iguais nem se espera que sejam...
Cem pt Escreveu: Não é só alguns que têm de colaborar à força, os que porventura ganham mais, todos têm de contribuir para o esforço global, caso contrário perde toda a gente.
Há pessoas, no sector estatal e no privado, que estão a sofrer sacrificios (em termos relativos) há anos (são as mulheres e crianças da analogia, os desfavorecidos). Tu pedes agora esforços e sacrificios (adicionais) iguais a todos. Não é justo!
Pede sacrificios em proporção com os benefícios e a capacidade para fazer esses mesmos sacrificios. Da mesma forma que quando tiras agua de um barco que está a afundar, não exiges que um miudo de 8 anos ou um idoso de 70 atira borda fora tantos litros quanto tu.
Pedir sacrificios iguais a todos não é justo (nem tão pouco absolutamente necessário, no caso presente).
Nota: eu não defendo efectivamente a subida do IRS em 10%, como bem entenderás.
Editado pela última vez por MarcoAntonio em 17/9/2010 14:02, num total de 1 vez.
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
A despesa publica só vai ser reduzida quando deixarem de nos emprestar dinheiro. Não tenho a menor duvida.
Quando fecharem a torneira e vierem pedir contas, sobre onde está o dinheiro, como foi gasto e como pensam pagar, e não houver resposta, então depois os Srs que nos emprestaram o dinheiro irão dizer que cortes fazer. Porque nenhum governo PS ou PSD vai ter tomates para tomar essas medidas.
No fim já tão a ver o que vai dar, lá vem alguem dizer, só estamos a fazer isto porque os outros disseram para fazer.........
Quando fecharem a torneira e vierem pedir contas, sobre onde está o dinheiro, como foi gasto e como pensam pagar, e não houver resposta, então depois os Srs que nos emprestaram o dinheiro irão dizer que cortes fazer. Porque nenhum governo PS ou PSD vai ter tomates para tomar essas medidas.
No fim já tão a ver o que vai dar, lá vem alguem dizer, só estamos a fazer isto porque os outros disseram para fazer.........
- Mensagens: 52
- Registado: 2/5/2008 15:23
Re
Marco:
Vê esta situção de Portugal como verias uma grande empresa em maus lençois, não há volta a dar!
Quando tens de reestruturar para equilibrar as contas tens duas medidas óbvias de gestão: despedir e cortar ou baixar nos salários. Quem não quer aceitar estas imposições só pode fazer duas coisas: ou aceita, mesmo que não concorde, ou vai embora para o desemprego ou para procurar outras alternativas no mercado, simples!
Não se trata de justiça porque quando o barco se começa a afundar há que tomar medidas para evitar o naufrágio e não para clamar por justiça.
Todos têm de ajudar a tirar água do barco quando a “débacle” põe em risco a sobrevivência de todos. Não é só alguns que têm de colaborar à força, os que porventura ganham mais, todos têm de contribuir para o esforço global, caso contrário perde toda a gente.
Inevitavelmente quem trabalha nas empresas privadas também vai ser muito afectado, certamente à custa de cortes salariais dolorosos e de mais despedimentos mas aí temos o mercado a funcionar, a guerra neste sector é com a competitividade interna e externa. Quanto menos aqui o Estado interferir as empresas agradecem porque são elas que inevitavelmente vão salvar este país, não te esqueças deste detalhe importante. Nesta selva da verdadeira competitividade só sobrevivem os melhores, infelizmente, podes não concordar mas é assim que as coisas funcionam. A justiça social neste caso é secundária, se sobrar no Estado será óptimo para distribuir alguma coisa, mas o verdadeiramente essencial é a viabilidade e a sobrevivência das nossas empresas produtivas, sejam elas grandes, médias ou pequenas.
Agora uma coisa que o Estado não pode fazer é querer dar ou distribuir dinheiro onde ele não existe ou então à custa de mais e mais endividamento que só pode ser devolvido com custos tremendos a caminhar para uma catástrofe inevitável. É isso que todos iremos pagar, sem que ninguém entretanto ponha mão nesta situação de caminharmos alegremente para um abismo cada vez mais profundo.
Duma coisa tenho no entanto a certeza: é que as medidas para pôr Portugal na ordem não vão passar por mais receitas de sobrecarregar as pessoas com mais 10% de IRS em cima.
Os cidadãos em geral atingiram o ponto de não retorno para lhes irem mais à carteira e às poupanças que lhes restam. Basta veres a que ponto chegou a dívida dos particulares perante a Banca, ainda têm de passar a pagar mais ao Estado? Com que dinheiro? Endividando-se mais com juros cada vez mais elevados para alimentar algo que sabemos estar condenado ao fracasso por uma questão de alguns anos?!
Esse filme é o temos vindo a assistir para alimentar cada vez mais o monstro da função pública e do chamado "Estado Social" que não pára de crescer.
Chega, estamos a caminhar para a catástrofe e isto só lá vai com decisões para cortar radicalmente na despesa pública! Não vai lá de certeza com mais receitas para o Estado quando o dinheiro não existe nas empresas nem nos particulares, essa equação não existe.
Esta falta de imaginação política de ter como solução apenas o aumento de impostos, que só servem para adiar este país e tornar os seus cidadãos mais pobres e as suas empresas menos competitivas para nos tirar do buraco vai acabar, não tem mais futuro.
Só com um ditame do FMI vindo de fora cortando radicalmente na despesa pública irá estancar a falência deste país, vai ser uma vergonha.
Infelizmente temos o que merecemos com estes políticos de visão tão curta que nos têm governado, sejam PS ou PSD! É miserável a situação a que nos fizeram chegar.
Abraço.
Vê esta situção de Portugal como verias uma grande empresa em maus lençois, não há volta a dar!
Quando tens de reestruturar para equilibrar as contas tens duas medidas óbvias de gestão: despedir e cortar ou baixar nos salários. Quem não quer aceitar estas imposições só pode fazer duas coisas: ou aceita, mesmo que não concorde, ou vai embora para o desemprego ou para procurar outras alternativas no mercado, simples!
Não se trata de justiça porque quando o barco se começa a afundar há que tomar medidas para evitar o naufrágio e não para clamar por justiça.
Todos têm de ajudar a tirar água do barco quando a “débacle” põe em risco a sobrevivência de todos. Não é só alguns que têm de colaborar à força, os que porventura ganham mais, todos têm de contribuir para o esforço global, caso contrário perde toda a gente.
Inevitavelmente quem trabalha nas empresas privadas também vai ser muito afectado, certamente à custa de cortes salariais dolorosos e de mais despedimentos mas aí temos o mercado a funcionar, a guerra neste sector é com a competitividade interna e externa. Quanto menos aqui o Estado interferir as empresas agradecem porque são elas que inevitavelmente vão salvar este país, não te esqueças deste detalhe importante. Nesta selva da verdadeira competitividade só sobrevivem os melhores, infelizmente, podes não concordar mas é assim que as coisas funcionam. A justiça social neste caso é secundária, se sobrar no Estado será óptimo para distribuir alguma coisa, mas o verdadeiramente essencial é a viabilidade e a sobrevivência das nossas empresas produtivas, sejam elas grandes, médias ou pequenas.
Agora uma coisa que o Estado não pode fazer é querer dar ou distribuir dinheiro onde ele não existe ou então à custa de mais e mais endividamento que só pode ser devolvido com custos tremendos a caminhar para uma catástrofe inevitável. É isso que todos iremos pagar, sem que ninguém entretanto ponha mão nesta situação de caminharmos alegremente para um abismo cada vez mais profundo.
Duma coisa tenho no entanto a certeza: é que as medidas para pôr Portugal na ordem não vão passar por mais receitas de sobrecarregar as pessoas com mais 10% de IRS em cima.
Os cidadãos em geral atingiram o ponto de não retorno para lhes irem mais à carteira e às poupanças que lhes restam. Basta veres a que ponto chegou a dívida dos particulares perante a Banca, ainda têm de passar a pagar mais ao Estado? Com que dinheiro? Endividando-se mais com juros cada vez mais elevados para alimentar algo que sabemos estar condenado ao fracasso por uma questão de alguns anos?!
Esse filme é o temos vindo a assistir para alimentar cada vez mais o monstro da função pública e do chamado "Estado Social" que não pára de crescer.
Chega, estamos a caminhar para a catástrofe e isto só lá vai com decisões para cortar radicalmente na despesa pública! Não vai lá de certeza com mais receitas para o Estado quando o dinheiro não existe nas empresas nem nos particulares, essa equação não existe.
Esta falta de imaginação política de ter como solução apenas o aumento de impostos, que só servem para adiar este país e tornar os seus cidadãos mais pobres e as suas empresas menos competitivas para nos tirar do buraco vai acabar, não tem mais futuro.
Só com um ditame do FMI vindo de fora cortando radicalmente na despesa pública irá estancar a falência deste país, vai ser uma vergonha.
Infelizmente temos o que merecemos com estes políticos de visão tão curta que nos têm governado, sejam PS ou PSD! É miserável a situação a que nos fizeram chegar.
Abraço.
O autor não assume responsabilidades por acções tomadas por quem quer que seja nem providencia conselhos de investimento. O autor não faz promessas nem oferece garantias nem sugestões, limita-se a transmitir a sua opinião pessoal. Cada um assume os seus riscos, incluindo os que possam resultar em perdas.
Citações que me assentam bem:
Sucesso é a habilidade de ir de falhanço em falhanço sem perda de entusiasmo – Winston Churchill
Há milhões de maneiras de ganhar dinheiro nos mercados. O problema é que é muito difícil encontrá-las - Jack Schwager
No soy monedita de oro pa caerle bien a todos - Hugo Chávez
O day trader trabalha para se ajustar ao mercado. O mercado trabalha para o trend trader! - Jay Brown / Commodity Research Bureau
Citações que me assentam bem:
Sucesso é a habilidade de ir de falhanço em falhanço sem perda de entusiasmo – Winston Churchill
Há milhões de maneiras de ganhar dinheiro nos mercados. O problema é que é muito difícil encontrá-las - Jack Schwager
No soy monedita de oro pa caerle bien a todos - Hugo Chávez
O day trader trabalha para se ajustar ao mercado. O mercado trabalha para o trend trader! - Jay Brown / Commodity Research Bureau
- Mensagens: 3199
- Registado: 4/3/2008 17:21
- Localização: 16
Quem está ligado:
Utilizadores a ver este Fórum: bruno8526, dragom, Google [Bot], PAULOJOAO, paulosantinhoamado e 174 visitantes