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Caldeirão da Bolsa

A Festança continua, Mais Generais que os EUA.

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

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por jotabilo » 26/7/2010 15:00

Caro Pinto

Dizes tu, então, que as FA francêsas, têm um efectico de 7000 homens?!!!!!!
Barata feira seria, se fossem só esses.

Mas não...são muitos mais.

O regimento não é uma unidade operacional....é uma unidade territorial que tem por missão, geralmente, gerar unidades operacionais....quer dizer, tem de haver uma unidade territorial que obtenha, forme, mantenha e apronte meios operacionais.
De um modo geral e segundo a lei orgânica da FA, deve existir uma componente territorial de onde resulta uma
componente operacional.
Tem de existir um regimento, para incorporar, instruir, treinar e manter um ou mais batalhões operacionais.Não imaginas uma brigada no meio do alentejo sem uma estrutura de apoio que apoie o seus militares que são cidadãos e têm as suas familias para
acompanhar.
Julgo que tens uma visão simplista destas coisas.

Sabes, a ciência militar abrange, fundamentalmente, a estratégia, a táctica e a administração.
Esta última subdivide-se em administação do Pessoal e na Logística.
Existem depois as subdivisões necessárias ao conhecimento e gestão de uma realidade complexa que tem a peculiariedade de, a maioria das suas tarefas, serem executadas em clima de tensão, dado o carácter excepcional da guerra.
Tenta imaginar que um dia és um responsável politico e desejas constituir uma força equivalente a uma brigada (unidade operacional) cêrca de 4000 homens.
Tens de obter, formar e manter essa força. Como procederias? ...O reabastecimento, o transporte, a manutenção do pessoal(do efectivo, do moral e bem estar,da justiça e da disciplina, dos serviços necessarios à sua vida) e dos meios materiais (manutenção orgânica, reparação, reconstrução de todos os equipamentos necessários).....enfim....uma complexidade que demora alguns anos de estudo só para se ter um conhecimento conciso desta área.

Como te disse, os sistemas de forças têm uma história tão longa como a humanidade na terra. Tenta saber alguma coisa sobre a sua evolução,...os meios organizativos que foram adoptados....quais os factos que determinaram a sua evolução...um sem números de coisas complexas....para a eficácia do combate...coisa dura e infernal essa do campo de batalha actual.
Falas por falar...e eu compreendo-te. Mas tens de reflectir melhor e detidamente sobre esta coisa das FA.


cumps
Editado pela última vez por jotabilo em 26/7/2010 21:38, num total de 1 vez.
 
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por EuroVerde » 26/7/2010 10:36

Bullim,
não te esqueças que o sector militar faz parte de um país!
Temos novos Generais mas tambem temos menos custos com soldados à proporção dos EUA.
Além disso, existe neste momento certas familias de fracas possibilidades financeiras e desempregados em que os filhos encontram uma oportunidade para ingressar ao serviço de Portugal e continuar a estudar lá dentro.

Existem valores militares que são de máxima importância para o desenvolvimento de um homem, quer fisica ou psicologicamente, e que com isto de cessar com o serviço militar obrigatório, se está a perder muito dos valores mais altos de uma sociedade.
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por pmpcpinto » 26/7/2010 10:34

Já o seguimos e com muito êxito, com a formação dos Comandos, que assentava a sua base na Legião Estrangeira, hoje deviamos seguir novamente, ao criar forças operacionais, independentes, com grande mobilidade e capacidade pesada.

Mas não, temos inúmeros regimentos de infantaria e cavalaria espalhados pelos país, que não têm capacidade operacional.

Estamos no Kosovo, no Libano, no Afeganistão e temos responsabilidades ao nível da Nato e o que tenos operacional?

Tens razão, os interesses de França no exterior são muitos e consegue geri-los com 7.000 homens.

Pedro
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por PairOfJacks » 26/7/2010 10:26

pmpcpinto, post após post ignoras as perguntas que te fazem e limitas-te a lançar novas directrizes sobre o teu entendimento muito pessoal do que deveriam ser as forças armadas sem justificar...

As forças armadas portuguesas deviam sergir o exemplo de França? Porquê? É um país parecido connosco em número de homens, capacidade financeira para investir na indústria de defesa, etc, etc? Porquê não o exemplo da China ou do Burkina Faso?

A outra tese que apresentas é que os comandos chegam perfeitamente e que servem para tudo, para além de serem 'altamente treinados'.

Eu sei que é praticamente impossível aceder a estes dados, mas se fosses a comparar dentro das tarefas que as FA portuguesas desempenham actualmente no afeganistão as que podem ser dadas a comandos e as que não podem ficavas surpreendido. São médicos, enfermeiros, socorristas, mecânicos, electricistas, condutores, especialistas em escoltas motorizadas para dar protecção às colunas que têm que circular pelas cidades, formadores que estão a colaborar com o ANA (exército Afegão)... and so on.

Sabes em que consiste o treino dos Comandos?

Cumprimentos,
PairOfJacks
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por jotabilo » 26/7/2010 10:21

Caro Pinto

Os franceses que ultimamente, reestruturaram as suas forças terrestres, quiseram saber como nós em 1992/94 fizemos a nossa reorganização. E dizes tu que deviamos seguir o seu exemplo.
As forças não são comparáveis.O potencial de combate ´dos franceses é significativamente maior.

As fronteiras de interesse dos franceses são muito amplas e alargam-se muito para alêm do espaço geográfico do território francês. Abrangem dimensões geopoliticas muito vastas, designadamente todo o Norte de África, África Ocidental e até mesmo dimensôes continentais que interessam à Europa terrestre e a Ásia, incluindo a problemática do médio oriente ou seja os Grandes Balcâs.
Os Franceses sabem das suas responsabilidades geopoliticas e têm um plano geoestratégico sério. Não brincam nestas coisas. Não compares os meis com os nossos.
Tem um nível de responsabilidade nuclear e as coisas não podem ser comparadas com as nossas.

Esta modo de pensarmos as coisas de uma forma folclórica ao bom estilo bombeiral é que me parece pouco adequado.

Estas coisas exigem a maior seriedade na análise e apreciação que delas fazemos.

cumps
 
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por pmpcpinto » 26/7/2010 9:53

Guerra convencional, é uma guerra entre 2 exércitos estruturados e organizados, provavelmente as últimas grande guerras convecionais foram a 2ª grande guerra, a espaços a guerra do vietname, a partir daí assistimos a guerras de guerrilha.

Acho que as FA portuguesas, deviam seguir o exemplo de França, ambas têm experiências semelhantes do passado, ambas têm muito conhecimento de guerras de guerrilha e contra-guerrilha.

Agora vejamos a estrutura do exército deles, Legião Estrangeira, Marines e Caçadores de Montanha e actuam em inúmeros pontos do mundo, com muito êxito.

Nós temos a estrutura que já mencionei.


Pedro
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por Elias » 26/7/2010 9:38

pmpcpinto Escreveu:As guerras convencionais acabaram


:?:

O que entendes por guerras convencionais e porque dizes que acabaram?
 
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por jotabilo » 26/7/2010 9:22

Caro Pinto

Com todo o respeito, julgo que dizes coisas por dizer.
Os Comandos são forças especiais com capacidade de combate em ambiente mais duro. Cumprem missões idênticas a uma tropa normal
As valências que referes, respeitam às forças de operações especiais, capazes de cumprir missões especiais nos âmbitos do terrorismo, da guerrilha, da conquista, controlo ou supressão de objectivos tacticos importantes. Cumprem missões específicas deste tipo de forças e os seus elementos têm múltiplas valências.

Em termos gerais podemos afirmar que para se ter uma força operacional, precisamos de ter três para o seu apoio, formação e manutenção.

Não sei que dimensão em meios de pessoal e material queres significar com essa do "Grupo". Deve ser uma unidade operacional que a tua imaginação supôe.
As coisas devem ser e são, mais sérias do que aquilo que supomos ou imaginamos.

Os Comandos que eu saiba, ainda existem como força integradora do sistema de forças das FA.

Nesses 40000 elementos da FA, contas os três Ramos e a GNR como corpo especial de tropas. Sendo assim acho que não será uma força desporporcionada face aos objectivos políticos que actualmente, podem ser definidos pelo Estado que a nossa comunidade constitui.

As cobiças são muitas meu caro. Não sejamos ingénuos.

cumps
 
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por pmpcpinto » 26/7/2010 8:11

As FA têm, entre pessoal do quadro e contratados cerca de 40.000 homens, o que para os dias que correm e para o nosso país é muito.

Precisamos de uma marinha e uma força aérea bem equipadas que garantam a segurança e o controlo do território sobre a nossa jurisdição.

Quanto ao exército, precisamos de um "grupo", altamente treinado, com grande mobilidade e capacidade pessada, capaz de intervir em qualquer parte do mundo.

As guerras convencionais acabaram, hoje em dia somos chamados a intervir no âmbito na NATO, em guerras de guerrilha, que exigem unidades treinadas para tal.

Tinhamos uma unidade altamente treinada, com várias valências e com provas dadas, que o Fernando Nogueira quase liquidou.

Voltem ao modelo dos Comandos, que terão a força que precisamos e que não nos fará ficar mal vistos, como aconteceu no balcãs.

As Bimecs
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por pmpcpinto » 26/7/2010 7:58

As FA têm, entre pessoal do quadro e contratados cerca de 40.000 homens, o que para os dias que correrm e para o nosso país é muito.
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Re: comentário

por Sr_SNiper » 25/7/2010 0:35

jotabilo Escreveu:Caro Iniciado

Pensa comigo.

Se fores dono de um bem....um carro, uma quinta,...and so on...se o abandonares à sua sorte que lhe pode suceder?
Tens de tomar conta dele...senão haverá alguém que se apossará dele...nem que seja por usocapião.
Se não guardares aquilo que te pertence ...alguém aparecerá que tomará conta dele.
Ou seja....se não comprarmos meios para fiscalizarmos a nossa ZEE....alguém fiscalizará por nós....mesmo sendo nosso amigo....por exemplo...Espanha ...Marrocos...ou o Egipto.... quem quer que seja. A Espanha não desejará ter um flanco a descoberto... . Estamos num ambiênte contingencial e se não guardarmos nós, eles vêm guardar...o que seria uma diminuição da nossa soberania.
Repara que não é com as FA que temos que nos vamos defender totalmente seja de que força for....apenas queremos demonstrar a quem estiver interessado em ferir os nossos interesses soberanos,de que haverá um preço a pagar por esse objectivo pretendido (chama-se a isso dissuasão).
Naturalmente que os políticos avaliarão os seus objectivos e constituirão a força necessária para o efeito.
Creio que os nossos políticos preferem a paz e a negociação e naturalmente só se servirão das FA como último argumento.....mas importa que todos saibam que aqui quem é soberano somos nós.
Não existe romantismo nenhum....antes pelo contrário...penso que tudo é rigorosamente vigiado...nem tu sabes quanto.
Por isso acho legítimo a existência de FA. Romanticamente... era prescindir delas...
Mas podes perguntar a um cidadão que seja político,c o que pensa sobre este assunto.


cumps


Fico contente por saber que nem toda a gente anda a dormir...

Só folta acabar com as FA e votar no Alegre para o país ficar ainda mais poético e romântico...
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por jotabilo » 24/7/2010 21:40

Caros

Coloquei este video para significar que não devemos escrever as palavras, umas a seguir às outras...inconsequentemente. Todas elas significam alguma coisa além da beleza que possam encerrar.
Nisso, Pessoa é sublime, tanto em Alvaro de Campos como em Alberto Caeiro.
Procuramos todos a verdade da realidade que nos assola e por isso devemos procurar, minimamente, a informação que se aproxime o mais possível desse desiderato.
Não nos devemos deixar levar pela propaganda.

cumps
 
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por jotabilo » 23/7/2010 20:07

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comentário

por jotabilo » 23/7/2010 19:13

Caro Iniciado

Pensa comigo.

Se fores dono de um bem....um carro, uma quinta,...and so on...se o abandonares à sua sorte,o que lhe poderá vir a suceder?
Tens de tomar conta dele...senão haverá alguém que se apossará dele...nem que seja por usucapião.
Se não guardares aquilo que te pertence ...alguém aparecerá que tomará conta dele.
Ou seja....se não comprarmos meios para fiscalizarmos a nossa ZEE....alguém fiscalizará por nós....mesmo sendo nosso amigo....por exemplo...Espanha ...Marrocos...ou o Egipto.... quem quer que seja. A Espanha não desejará ter um flanco a descoberto... . Estamos num ambiênte contingencial e se não guardarmos nós, eles vêm guardar...o que seria uma diminuição da nossa soberania.
Repara que não é com as FA que temos que nos vamos defender, totalmente, seja de que força for....apenas queremos demonstrar a quem estiver interessado em ferir os nossos interesses soberanos,de que haverá um preço a pagar por esse objectivo pretendido (chama-se a isso dissuasão).
Naturalmente que os políticos avaliarão os seus objectivos e constituirão a força necessária para o efeito.
Creio que os nossos políticos preferem a paz e a negociação e naturalmente só se servirão das FA como último argumento.....mas importa que todos saibam que aqui, quem é soberano, somos nós.
Não existe romantismo nenhum....antes pelo contrário...penso que tudo é rigorosamente vigiado...nem tu sabes quanto.
Por isso acho legítima, a existência de FA. Romanticamente... era prescindir delas...
Mas podes perguntar a um cidadão que seja político,sobre o que pensa sobre este assunto.


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Re: Jotabilo

por PairOfJacks » 23/7/2010 19:07

Iniciado Escreveu:Jotabilo...desculpa intrometer me, mas tu sentes te seguro?
Mas seguro de quem e de quê? De uma guerra?
São as nossas FA que nos defenderão de uma guerra caso ela venha a existir?
Acho a tua opinião cheia de romantismo....mas pronto :lol:


Don't worry, aqui há uns tempitos assinámos um acordo porreiro que no 5º artigo diz que em caso de porrada aqui na zona, a malta aqui do lado de cima do atlântico se une para resolver a situação. Provavelmente até já ouviste falar :wink:

By the way, no mesmo documento acho que diz que em troco de termos a defesa e a soberania assegurada também temos que contribuir com qualquer coisita. Parece-me bem 8-)
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por PairOfJacks » 23/7/2010 19:01

pmcpinto, no teu post anterior defendias que a estrutura das forças armadas estava inalterada desde o 25 de Abril. Foi isso que eu rebati.

O facto de enumerares algumas unidades do exército, como concordarás certamente, não justifica em nada a afirmação de que não estamos a reduzir em unidades e efectivos.

Consideras essas unidades demasiadas para a realidade nacional? Porquê? Quais são as missões e compromissos que temos que assegurar e que obrigam (ou não, na tua perspectiva) a ter (ou não ter) essas unidades?

Acreditas sinceramente que o objectivo de termos forças armadas é defendermo-nos militarmente de espanha?

Dizes que a estrutura não muda porque há milhares de sargentos e oficiais do tempo do ultramar... Estamos em 2010, a guerra acabou à 36 anos. A esmagadora maioria dos militares que estiveram na guerra estava a cumprir o serviço efectivo normal, poucos ficaram. Entre os militares dos quadros e os que passaram aos quadros já depois da guerra acreditas sinceramente que temos milhares ainda no activo? E já nem estou a falar de oficiais e sargentos apenas, porque há altura da guerra esses seriam em média naturalmente mais velhos (pelo tempo de formação que o posto implica) que os homens que comandavam. Se estivessem na faixa dos 30-35 anos (à data do 25 de Abril) teriam hoje 66-71 anos. Vês muita malta desta idade nos quarteis? :wink:

Falas em acabar com as escolas práticas (que não servem para nada) e constituir 3 brigadas com capacidade para intervir em qualquer cenário. A minha pergunta é: onde contas tu formar essas 3brigadas altamente especializadas se decidiste acabar com as escolas? :shock:
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Jotabilo

por Iniciado » 23/7/2010 18:45

Jotabilo...desculpa intrometer me, mas tu sentes te seguro?
Mas seguro de quem e de quê? De uma guerra?
São as nossas FA que nos defenderão de uma guerra caso ela venha a existir?
Acho a tua opinião cheia de romantismo....mas pronto :lol:
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por jotabilo » 23/7/2010 18:35

Caro Pinto

Onde isso já vai.
Não te deixes levar pela propaganda. As FA portuguesas estão, actualmente, reduzidas à mínima dimensão capaz de se constituir numa força de dissuasão credível face a interesses que se manifestem contrários ao exercício normal da soberania por parte do estado em que estamos constituídos.
Informa-te e estuda antes de formulares qualquer juizo sobre uma realidade de que apenas ouves falar.
Aguça o teu espirito crítico e sê o patriota necessário para ajudares a comunidade a que pertencemos.
Foi com agrado que li alguns post's últimos que dão uma visão mais correcta da realidade em análise.
Só perdes com esses juizos aligeirados que fazes sobre o que se passa nas nossas FA.
Foram e são sempre as primeiras instituições a sofreram as reorganizações e transformações que as adaptem à realidade social e política que enforma a nossa comunidade.
!936, 1959/60,1976, 1992 e remodelações subsequentes, foram, no Exército, as grandes remodelações que se verificaram.
Ninguém dorme, meu caro...ninguém pode dormir. Somos uma entidade política na cena internacional e temos de dissuadir interesses que sempre existem num ambiente contingencial.
Estuda e informa-te. É matéria apaixonante que merece um esforço no conhecimento dessa realidade.
Não fales por despeito, ou por perguiça em fazeres esse trabalho de análise.
O Posto de coronel, exige de um cidadão muito esforço e renuncia pelos interesses banais da vida.
Um militar obedece às chamadas bases gerais da condição militar, que são a hierarquia, a subordinação e a disponibilidade.
E isso é quase tudo onde se encerram os condiconamentos da sua vida ao serviço da comunidade que constituímos.
Nunca os desmereças...são a última rácio de que disposmos para continuarmos a ser livres.

Se pesares bem, considerarás que nem somos muito pesados....apenas 0,6 do PIB.....achas muito?

No secXIX e XX (em tempo de paz e após o fim da guerra do Ultramar) os militares do Exército totalizavam cerca de 30000 homens, hoje andarão por volta dos 10000 entre oficiais, sargentos e praças
Achas que são muitos?
Actualmente o SEN (serviço efectivo normal) deixou de ter lugar e apenas tem efectividade o serviço militar em regime de contrato e os militares dos quadros permanentes. Ou seja, é um exército constituido na sua maioria, por profissionais ou semi-profissionais e protanto mais exigente em termos de assistência e apoio social.
Tudo está otpimizado em termos de custos e despesas e podes estar certo que existe, permanentemente,um esforço de racionalização.
As FA servem os interesses políticos e sociais da comunidade e produzimos um bem essencialmente público...ou seja não compras dez euros de segurança ou defesa....sabes que estás defendido ou seguro....produzimos um bem pouco adaptado ao mercado...um bem que se não pode reduzir a unidades de venda.
Logo a remuneração dos militares é sempre política e por isso mesmo, sempre ponderada e medida pelos políticos.....ou seja por todos nós.
Estás a ajuizar sobre ti próprio quando fazes estas asserções que apresentas nos post's.

Mas fico-me por aqui.


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por pmpcpinto » 23/7/2010 8:36

[code]pmpcpinto, a estrutura das forças armadas e a das suas instalações, tem vindo a ser reduzida desde há muito tempo para cá. Atendendo à dispersão geográfica dos utilizadores do fórum este facto é facilmente confirmavel. Dou-te um exemplo recente do encerramento do antigo grupo n.º 1 de escolas da armada (ex-unidade da Marinha) em Vila Franca de Xira, que fechou as portas recentemente, e um mais antigo - o fim do regimento de infantaria 10 em Aveiro (deve ter sido há mais de 10 anos).
[quote]

No exército, que é o que conheço melhor:

2 Batalhões de Infantaria mecanizada;
2 Batalhões de Serviços;
3 Brigadas;
2 Centros de Tropas Especiais;
6 Escolas Práticas;
3 Regimentos de Artilharia;
2 Regimentos de Engenharia;
2 Regimentos de Cavalaria;
3 Regimentos de Gurnição;
7 Regimentos de Infantaria;
1 Regimento de Lanceiros nº 2;
1 Regimento de Manutenção;
1 Regimento de Transmissões;
1 Regimento de Transportes;

Para não falar em bandas, hospitais, direcções, centros de recrutamentos........

Isto tudo para nos defender de Espanha?

A guerra do Ultramar acabou à mais de 35 anos e continuamos a ter umas forças armadas desadequadas e sobre-dimensionadas.

Tudo porque ninguém teve coragem política, pois para reorganizar toda esta estrutura, tinham que mexer nos milhares de sargentos e oficiais que fizeram a guerra do ultramar.

Precisamos que umas forças armadas, que consigam contralar o nosso espaço aéreo e maritímo e que estejam à altura das solicitações da NATO.

Temos Santa Margarida, acabem com as escolas práticas, com os regimentos de infantaria, que nãos servem para nada e instalem lá 2 ou 3 Brigadas bem equipadas e treinadas, com capacidade de intervir em qualquer cenário.

Pedro
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por PairOfJacks » 23/7/2010 1:59

Bem, vamos por partes:

Trisquel, a wikipédia não conta tudo. O posto de Brigadeiro-general (que só a título de curiosidade é o equivalente ao de Comodoro na Marinha), existe mas está em desuso. Ou seja, no seu percurso 'normal' um oficial passará de Coronel a Tenente-general sem nunca ser Brigadeiro. O que acontece por vezes é que em virtude de vir a ocupar funções fora da estrutura nacional das forças armadas (cargos na NATO por exemplo), e por uma questão de equivalência para com militares de outras nacionalidades pode ocorrer que temporariamente se passe por esse posto. Espero ter esclarecido.

Elias (isto é mais para os curiosos que propriamente para o Elias), os valores apresentados no site que indicaste estão aproximadamente correctos. São os ordenados base (brutos). A estes é acrescido o subsídio de condição militar e são depois deduzidos 10% para a caixa geral de aposentações, 1,5% para o instituto de acção social das forças armadas e o IRS. Para terem uma ideia aproximada do rendimento líquido correspondente façam as contas a 85% dos valores apresentados que não falha muito.

E sim, os militares também foram abrangidos pelo aumento do IRS, provocando uma diminuição dos salários face aos anteriormente auferidos.

Jolly Roger, é como dizes, uma promoção implica aumento. O que não implica é o tal aumento do sacrifício colectivo de que falas. Se foram promovidos X generais é porque outros X passaram à reforma. De uma forma geral, e salvo períodos de reestruturação, o número de quadros superiores das forças armadas mantém-se constante. À semelhança do que acontece em todo o lado :wink: quando um Sr. Ministro vai para a reforma e outro ocupa a cadeira (sendo assim 'promovido'), julgo que será justo que este comece a auferir o vencimento correspondente às funções que desempenha. A mesma coisa para o sector privado: quando o CEO de uma empresa se reformar outro aparecerá para o substituir e receber o vencimento correspondente. Concordas?

Isto um bocado também para clarificar aquele mito de que nas forças armadas basta estar sentado numa cadeira durante 20 anos e se chega a general. É errado, as promoções por diuturnidade (automáticas) ocorrem apenas numa fase inicial da carreira, a partir daí todos estão condicionados à existência de vaga para poderem progredir. E numa fase final (a da notícia citada - oficiais generais), a progressão é essencialmente por escolha (mérito).

Mais ainda, os mecânismos de avaliação que foram tão recentemente objecto de debate quando introduzidos no ministério da educação, existem (desde sempre talvez?) nas forças armadas e são-lhes transversais. Ou seja, todos, sem excepção nas forças armadas são avaliados normalmente mais que uma vez por ano, e por mais que uma pessoa, e essas avaliações influenciam determinantemente a progressão na carreira.

marath, não te posso dizer se temos mais ou menos oficias generais que os EUA, porque não sei quantos é que eles têm :wink: posso-te é responder à outra parte da questão: depende, um cargo desses nem sempre implicará o comando directo de homens, pode ser um cargo de chefia de uma instituição de ensino (os estabelecimentos de ensino superior militar por exemplo), ou de um departamento/serviço em que a necessidade de coordenação e/ou a natureza dos assuntos tratados exija um oficial desse posto. Isto são só alguns exemplos. Nos casos em que efectivamente comandam homens podes ter como número redondo os 1000 ou 1500.

pmpcpinto, a estrutura das forças armadas e a das suas instalações, tem vindo a ser reduzida desde há muito tempo para cá. Atendendo à dispersão geográfica dos utilizadores do fórum este facto é facilmente confirmavel. Dou-te um exemplo recente do encerramento do antigo grupo n.º 1 de escolas da armada (ex-unidade da Marinha) em Vila Franca de Xira, que fechou as portas recentemente, e um mais antigo - o fim do regimento de infantaria 10 em Aveiro (deve ter sido há mais de 10 anos).

ilusion, devias confirmar essa afirmação com o teu cunhado, a crise faz-se sentir perfeitamente (em material, oportunidades de treino, cortes no pessoal, nos discursos das chefias a incitar à contenção de despesas), e os congelamentos na progressão são efectivos. Aliás, só há 1 ou dois anos é que foi desbloqueado o mais recente congelamento na progressão em escalões, que durou dois ou três anos.

Cumprimentos,
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por Trisquel » 23/7/2010 1:26

Trisquel Escreveu:
jotabilo Escreveu:Quanto é que aufere um Major-General?
e um Tenente-General?
e um General?

Alguém é capaz de dar uma ideia?


cumps


Talvez ajude! 8-)

Acho que o General ganha mais qualquer coisita! :oops:


Por lapso postei informação errada, as minhas desculpas! Deixo agora informação correcta! 8-)

Evolução da tabela salarial de 2008 - 2009 - 2010

http://www.asmir.pt/UserFiles/File/FAP_ ... itares.pdf
Cumpts.
Trisquel

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por HappyGuy » 23/7/2010 1:04

PairOfJacks Escreveu:
Trisquel Escreveu:
jotabilo Escreveu:Quanto é que aufere um Major-General?
e um Tenente-General?
e um General?

Alguém é capaz de dar uma ideia?


cumps


Talvez ajude! 8-)

Acho que o General ganha mais qualquer coisita! :oops:


Não é que interesse muito para a discussão, mas os valores apontados nesse quadro não correspondem (nem de perto) à realidade. Não sei qual é a fonte mas desconfio até que isso é Brasileiro e estará portanto em reais :wink:


E tens toda a razão! Note-se no texto sobre os valores a menção à "Lei Yeda". Esta lei é Brasileira. Ver este URL
http://www.igp.rs.gov.br/index.php?option=com_content&task=view&id=545&Itemid=2

Ou seja, aquele quadro de remunerações é para o Exército Brasileiro e está em Reais. Não tem lugar nesta discussão.
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por PairOfJacks » 23/7/2010 0:57

Trisquel Escreveu:
jotabilo Escreveu:Quanto é que aufere um Major-General?
e um Tenente-General?
e um General?

Alguém é capaz de dar uma ideia?


cumps


Talvez ajude! 8-)

Acho que o General ganha mais qualquer coisita! :oops:


Não é que interesse muito para a discussão, mas os valores apontados nesse quadro não correspondem (nem de perto) à realidade. Não sei qual é a fonte mas desconfio até que isso é Brasileiro e estará portanto em reais :wink:
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comentário

por jotabilo » 22/7/2010 23:37

Um chorrilho de disparates......

Um coronel leva para casa mensalmente um terço do vencimento aqui referido.

Essa tabela é manipuladora....e eu nunca vi terceiros sargentos...enfim...alguém quer manipular a informação.

cumps
 
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por ilusion » 22/7/2010 11:17

Ao olhar para este números e para alguns destes comentários só me dá vontade de rir..

Acho incrivel um pais como o nosso continuar a manter estes "pançudos".

E sei bem do que falo. O meu cunhado tirou o curso na academia militar. Crise e congelamentos na carreira? Não conheçe essas palavras. All the way up...
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