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Caldeirão da Bolsa

Subsidio de natal para o estado em prol do país?

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por moppie85 » 11/5/2010 21:36

Eu sabia que eles tinham andado a discutir a SOLUÇÃO! :P


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por RandomWalk » 11/5/2010 20:09

Alguem escreveu aqui que ninguem saia do publico para ir para o privado....
Pois bem eu trabalhei para o estado - nas finanças - durante 2 anos e saí de lá vai para 7.

Porque saí? Antes de mais porque tive uma boa proposta.

Mas tambem porque desde que lá entrei (num concurso externo, que teve 80.000 candidatos!) senti que era (mais os meus colegas) permanentemente insultado, vilipendiado, sem que a minha entidade patronal mexesse uma palha , bem pelo contrario.

Deixei la bons amigos com os quais mantenho contacto.
Gente de grande capacidade de trabalho e labor intelectual.
Claro que também havia um ou outro parasita.
Mas nao menos dos que encontrei no privado. Alias foi aqui que encontrei os casos que mais me escandalizaram.

Esta "batalha" que os detractores dos funcionarios do estado (sempre odiei a designação de publicos) teimam sistematicamente em travar, é absolutamente tonta, ignorante, contra producente, cega, preconceituosa e fraccionaria.

Com as devidas diferenças, faz me lembrar o ódio que os alemaes, ansiosos por encontrar culpados pela sua propria decadência viram nos judeus os alvos perfeitos, para serenarem o seu ego!

Amigos, tenham humildade para perceber que os funcionarios do estado apenas recebem o fruto do seu trabalho, que é muitas vezes pior, mais duro e exigente do que muitos dos que aqui os criticam.

E já agora, o estado não existe para dar lucro. e também não fecha por deixar de ter mercado.
Porque tem mercado (serviços sociais/segurança/soberania)
tem milhoes de utentes que usufruem directa ou indirectamente dos seus serviços
Não é como uma empresa que deixa de vender porque os seus produtos simplesmente já não têm procura.
E os serviços que o estado presta não são efectuados por voluntários.
Esses serviços são prestados por funcionarios, grande parte deles altamente qualificados, com um indice de escolaridade bastante superior à generalidade do sector privado.

Se o Estado não lhes quiser pagar, tem duas hipoteses:
:arrow: Deixa de oferecer o serviço
:arrow: Legaliza a escravatura
Editado pela última vez por RandomWalk em 11/5/2010 21:39, num total de 1 vez.
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por mundial » 11/5/2010 19:44

"O povo é quem mais ordena"
Nós comandamos a economia, se não temos dinheiro, tudo pára...
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por JMHP » 11/5/2010 16:36

Lion_Heart Escreveu:
nunofaustino Escreveu:Eu não me importo de pagar 100% do subsídio de Natal e de Férias. Têm é de me garantir que o Estado vai sofrer alterações de modo a, com menores custos, conseguir providenciar pelo menos 3 dos seguintes 5 pedidos (sendo que os dois primeiros são essenciais para que daqui a 10 anos não seja necessário um novo imposto especial):

1. Melhor justiça (em particular em termos de celeridade e consistência nas decisões, não dependendo tanto do juíz que nos calha)
2. Melhor educação (basta andarmos sempre nos últimos lugares nos testes internacionais. Basta de reformas sem avaliar o efeito das reformas anteriores)
3. Igualdade entre os diferentes cidadãos (basta de benefícios e regalias apenas porque "já estavam no sistema desde 1900 e troca o passo e por isso têm direitos adquiridos". Somos todos portugueses e por isso devemos encarar os problemas como um todo e não como duas classes, os que beneficiam de direitos especiais e os outros que os têm de pagar)
4. Que as políticas de investimento e de ajuda às empresas são baseadas em mérito e em produtividade e não em termos de números de empregos salvos (por vezes não é possível salvar uma empresa com 400 pessoas. Nessas altura é necessário perceber que é melhor investir numa empresa com 20 pessoas, mas que consiga sobreviver, crescer e pagar bem e a tempo aos seus funcionários, do que ajudar uma empresa com 500 que não vai conseguir sobreviver no curto/médio prazo, e vai deixar dívidas a trabalhadores e fornecedores)
5. Que acabam com o desperdício a nível governamental e municipal (em particular com as fundações e empresas municipais que só servem para esconder dívida e dar tachos)

Um abr
Nuno


Nuno, concordo contigo, infelizmente vamos pagar e vai ficar tudo na mesma, pois o dinheiro só vai servir para por o defice em 3% mas as reformas não vão ser feitas pois com este sistema é impossivel.


Sem reformas estruturais não será possível atingir a meta dos 3% do défice. Poderão aproximar da meta, mas este tipo de medidas de austeridade tem um prazo de validade/tolerância de curto/médio-prazo, no longo-prazo perde a eficácia e possivelmente o controlo do país.

É este o verdadeiro grande desafio dos nossos políticos no futuro para o médio/longo-prazo depois de atravessarmos os dolorosos anos de correcção 2010, 2011 e 2012.... Que Portugal queremos para o futuro?!?!

Esta é também a questão que a nossa sociedade deverá reflectir e decidir... É a verdadeira questão e a saída de um sistema político/social que ao fim de 35 anos faliu!
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por mfsr1980 » 11/5/2010 16:05

Esses mesmos cidadãos que até dão o que não têem, são obrigados a salvar os bancos da falência para os seus CEO's continuarem a ganhar muito bem?
E vamos continuar com esta "globalização" que nos mata? porque é que os chineses não pagam iva?
Francamente, já estou com o espírito toldado! :wall:
 
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por mundial » 11/5/2010 15:49

Muito simples, cada cidadão dá o que tem e o que não tem para pagar a crise, logo vai baixar o consumo uma vez que não temos dinheiro e também não podemos pedir emprestado, as empresas não suportam a quebra do consumo, terão de diminuir a produção, ou seja mais desemprego, despesa volta a aumentar.
Conclusão, uma espiral sem fim...
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por Lion_Heart » 11/5/2010 15:46

nunofaustino Escreveu:Eu não me importo de pagar 100% do subsídio de Natal e de Férias. Têm é de me garantir que o Estado vai sofrer alterações de modo a, com menores custos, conseguir providenciar pelo menos 3 dos seguintes 5 pedidos (sendo que os dois primeiros são essenciais para que daqui a 10 anos não seja necessário um novo imposto especial):

1. Melhor justiça (em particular em termos de celeridade e consistência nas decisões, não dependendo tanto do juíz que nos calha)
2. Melhor educação (basta andarmos sempre nos últimos lugares nos testes internacionais. Basta de reformas sem avaliar o efeito das reformas anteriores)
3. Igualdade entre os diferentes cidadãos (basta de benefícios e regalias apenas porque "já estavam no sistema desde 1900 e troca o passo e por isso têm direitos adquiridos". Somos todos portugueses e por isso devemos encarar os problemas como um todo e não como duas classes, os que beneficiam de direitos especiais e os outros que os têm de pagar)
4. Que as políticas de investimento e de ajuda às empresas são baseadas em mérito e em produtividade e não em termos de números de empregos salvos (por vezes não é possível salvar uma empresa com 400 pessoas. Nessas altura é necessário perceber que é melhor investir numa empresa com 20 pessoas, mas que consiga sobreviver, crescer e pagar bem e a tempo aos seus funcionários, do que ajudar uma empresa com 500 que não vai conseguir sobreviver no curto/médio prazo, e vai deixar dívidas a trabalhadores e fornecedores)
5. Que acabam com o desperdício a nível governamental e municipal (em particular com as fundações e empresas municipais que só servem para esconder dívida e dar tachos)

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por mfsr1980 » 11/5/2010 15:45

Eu não estou a ver como um desgraçado que ganha 600 e tal euros, com casa por pagar e filhos para educar possa prescindir do seu subsidio.
A contestação vai ser muito grande, mesmo muito grande!

Abraço
mfsr10980
 
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por Lion_Heart » 11/5/2010 15:38

MarcoAntonio Escreveu:Lion, eu respondi-te directamente a duas questões que colocaste/levantaste. Tu pegas na minha resposta e saltas de tema, utilizando o que eu disse num sentido quase diametralmente oposto...

Já para não dizer que te estás a contradizer: atrás os privados faliam quando davam prejuízo mas agora já há uma série de privados cuja viabilidade e sucesso económico é garantida pelo Estado segundo o discurso deste último post.

Começas por dizer "errado" mas eu encontro aqui algo que vai mais no sentido de uma concordância do que o oposto, muito embora eu não me reveja nada nessa tua idealização de uma parte do sector privado e na descrição maquiavélica de outra parte do sector privado e do Estado.


Vamos la ver uma coisa.

Ja aqui falamos demasiado de f. publicos e em consequencia de empresas e repatições publicas mais camaras e etc.

Isto faz tudo parte do mesmo pacote , apesar de alguns não estarem directamente ligados ao Estado(contratados por ele), mas são todos f. publicos pois estão vinculados ao Estado.

Eu noto que nestes posts parece que se fala sempre de quadros médios ou superiores e muito pouco de quadros inferiores.

Eu quando falo de empresas que dão prejuizo fecham , falo de pequenas e médias empresas na sua maioria pois essa maioria é a que existe no País.

O País do psi 20, dos compadrios das empresas e altos quadros do Estado são um mundo aparte , imunes a isto tudo com cada vez mais regalias.

O elevado desemprego não vem dessas empresas , mas sim das empresas de pequena e media dimensão que pouco ou nada recebem do Estado.Quando muito umas migalhas indirectamente.

Como o mais_um referiu directa ou indirectamente os custos com pessoal mais as regalias socias representam cerca de 70% dos custo do Estado. Isto é demasiado . E enquanto não se cortar aqui não vamos a lado nenhum. O problema é que o Estado não quer cortar aqui , o que se nota pelos rumores do imposto sobre o salario do 13º mês. O Estado vai por TODOS a pagar o imposto em vez dos f. publicos como aconteceu na Grecia e Irlanda.


Depois a minha teoria é: as empresas do psi20 onde quase todas tem participações cruzadas entre elas , a maioria monopolistas e onde o Estado elege o CA
e é grande accionista , não permite a entrada de novos players no mercado , pelo menos com dimensão , logo actuam como monopolios , oligopolios ou carteis. Isto também não permite a evolução do País. Pois são os mesmo a acumular a riqueza , não a distribuindo de forma eficaz. Isto não é capitalismo, nem democracia.
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por nunofaustino » 11/5/2010 15:12

Eu não me importo de pagar 100% do subsídio de Natal e de Férias. Têm é de me garantir que o Estado vai sofrer alterações de modo a, com menores custos, conseguir providenciar pelo menos 3 dos seguintes 5 pedidos (sendo que os dois primeiros são essenciais para que daqui a 10 anos não seja necessário um novo imposto especial):

1. Melhor justiça (em particular em termos de celeridade e consistência nas decisões, não dependendo tanto do juíz que nos calha)
2. Melhor educação (basta andarmos sempre nos últimos lugares nos testes internacionais. Basta de reformas sem avaliar o efeito das reformas anteriores)
3. Igualdade entre os diferentes cidadãos (basta de benefícios e regalias apenas porque "já estavam no sistema desde 1900 e troca o passo e por isso têm direitos adquiridos". Somos todos portugueses e por isso devemos encarar os problemas como um todo e não como duas classes, os que beneficiam de direitos especiais e os outros que os têm de pagar)
4. Que as políticas de investimento e de ajuda às empresas são baseadas em mérito e em produtividade e não em termos de números de empregos salvos (por vezes não é possível salvar uma empresa com 400 pessoas. Nessas altura é necessário perceber que é melhor investir numa empresa com 20 pessoas, mas que consiga sobreviver, crescer e pagar bem e a tempo aos seus funcionários, do que ajudar uma empresa com 500 que não vai conseguir sobreviver no curto/médio prazo, e vai deixar dívidas a trabalhadores e fornecedores)
5. Que acabam com o desperdício a nível governamental e municipal (em particular com as fundações e empresas municipais que só servem para esconder dívida e dar tachos)

Um abr
Nuno
Pluricanal... não obrigado. Serviço péssimo e enganador!!!
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por artista_ » 11/5/2010 14:10

mais_um Escreveu:
artista Escreveu:Vou tentar colocar isto com um ponto de vista algo diferente...

Factos:


[b] :arrow: Nos últimos 15 anos os vencimentos dos funcionários públicos têm vindo a baixar;


Hum...parece-me que estás enganado, em 1995 foi quando o Guterres iniciou o seu mandato e todos sabemos o que veio dai, mas gostava de ver dados concreto, tens?.


Sim, tens razão, talvez sejam 10 anos... mas o que quis dizer é que de há 15 anos para cá a situação ficou pior, mesmo com os anos "positivos" do tempo do Guterres... 15 anos é o tempo em que, com alguns intervalos pelo meio, trabalhei para a função pública!

mais_um Escreveu:
artista Escreveu: :arrow: Neste mesmo periodo foram-lhes retiradas bastantes regalias;


Quais?


Quantos queres? :)

Assim de repente vou-te dizer algumas, mas serão certamente mais...
:arrow: Há 15 anos a ADSE era uma regalia "oferecida", posteriormente passou a descontar-se 1% do vencimento, para pouco depois se passar a descontar 1,5%...
:arrow: Até há uns anos atrás descontava para a CGA (caixa geral de aposentações) agora desconto para a segurança social, no caso dos professores acho que é uma vergonha os efectivos descontarem para a CGA e os contratados para a SS, com regalias muito menores... atenção que eu não quero regalias melhores, acho que deviam era ter iguais, todos os FP!
:arrow: A inclusão no regime da segurança social, de que falei no ponto anterior, inclui a perda de uma série de regalias, já falei delas num outro tópico há pouco tempo, se quiseres posso falar de algumas;
:arrow: Há uma série de outras regalias que foram retiradas mas que são específicas da minha profissão, presumo que noutras aconteceram coisas semelhantes... se quiseres também te posso falar delas;

De qualquer forma, quero deixar claro que não estou a dizer que concordo ou não com as alterações. Estou apenas a constatar o facto de que foram retiradas regalias, e essa também é uma forma de perder poder compra...

abraço

artista
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por jlmf » 11/5/2010 12:36

Não vou entrar em debate sobre funcionários publicos versus privados, porque acho que é estéril como discussão e normalmente acaba mal na maior parte das vezes derespeitando uns e outros. que trabalham e merecem ser considerados. Existem outros que nem trabalham, conseguem estar fora do sistema e causam esses sim um peso enorme para o lado errado, até pela influencia que tem na dependencia do proprio sistema e não falo só dos falsos casos sociais mas tambem dos que vimos e ouvimos intervir no dia a dia da nossa soiedade.

Não sou f. publico. Mas devo dizer que desde a perda de vinculo, ás muito menores regalias da ADSE, a milhares de horas extraordinarias que não são pagas,
ao stress de lidar no quotidiano com hierarquias incompetentes e todas-poderosas tipo quero posso e mando, mudanças de local de trabalho em alguns casos quase mensais (conheço vários casos), progressões de carreira em alguns casos congeladas há mais de 10 anos, etc. até ao simples facto de ainda pior que no privado os contratos a termo em alguns ministerios estarem a ser renovados alguns casos há mais de 5 anos e quem reclama perde o lugar, e conheço dezenas de casos deste em pelo menos 3 ministérios e serviços de finanças por exemplo.

Penso que deveriamos ter mais comhecimento de causa quando acusamos quem trabalha, e garanto que cada vez mais são a grande maioria na F.P., de todos os males deste país. É miopia, só pode ou ignorancia.
 
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por mais_um » 11/5/2010 12:32

As medidas adicionais em estudo pelo Governo não serão, caso sejam postas em prática, uma novidade para Portugal. O imposto extraordinário e retroactivo sobre o 13.º mês foi aprovado em 1983, era Mário Soares primeiro-ministro e Ernâni Lopes ministro das Finanças.
O imposto incidiu sobre os rendimentos da contribuição predial, sujeitos a impostos de capital de 1982 e "independentes" (6 por cento) e sobre os salários, tanto do sector privado como da função pública, relativos ao período de Janeiro a Setembro de 1983. O imposto foi de 2,8 por cento sobre as remunerações, ou seja, cerca de um quarto do subsídio de Natal. retido na fonte entre Novembro e Dezembro.

Portugal vivia uma crise grave das contas externas que obrigou à intervenção do FMI. Para o ex-governador do Banco de Portugal José Silva Lopes, no seu livro A Economia Portuguesa desde 1960, a principal causa esteve na orientação da política económica, já que Portugal, com Cavaco Silva como ministro das Finanças do Governo PPD/CDS, executou em 1980 políticas "claramente expansionistas". Cavaco Silva explica nas suas memórias que Sá Carneiro e Morais Leitão, já falecidos, o pressionaram a aplicar medidas eleitoralistas.

http://www.publico.pt/Economia/natal-co ... 83_1436540



Finalmente o homem reconhece que foi um dos responsaveis pelo desastre da AD e que lançou o país na maior crise economica de decadas, que ironicamente o lançou no Poder durante 10 anos. Sem aquela crise nunca teria havido medidas duras do bloco central, provavelmente ele nunca teria sido 1º ministro. Bastante curioso.

Outro dado a reter é que é o 1º orgão de comunicação social que conta a historia correcta sobre o 13º mês, que não foi retirado como afirmam a generalidade das pessoas.
Editado pela última vez por mais_um em 11/5/2010 12:37, num total de 1 vez.
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por mais_um » 11/5/2010 12:03

artista Escreveu:Vou tentar colocar isto com um ponto de vista algo diferente...

Factos:


:arrow: Nos últimos 15 anos os vencimentos dos funcionários públicos têm vindo a baixar;


Hum...parece-me que estás enganado, em 1995 foi quando o Guterres iniciou o seu mandato e todos sabemos o que veio dai, mas gostava de ver dados concreto, tens?

artista Escreveu: :arrow: Neste mesmo periodo foram-lhes retiradas bastantes regalias;


Quais?

artista Escreveu: :arrow: Neste momento, sobretudo para quem entrou há menos de 15 anos, os vencimentos dos FP não são altos;


Concordo, os vencimentos não são altos.

artista Escreveu: :arrow: Apesar destes cortes a despesa do estado tem vindo a aumentar;


Concordo com o facto da despesa do Estado ter vindo a aumentar, mas gostava de saber quais são os cortes.

artista Escreveu: :arrow: Já todos perceberam que o estado terá de poupar mais, terá de cortar nas despesas;


100% de acordo.

artista Escreveu:Este cenário faz com que tenhamos um grave problema financeiro no país, não acho é que a maioria esteja a ver o problema numa perspectiva correcta! E por isso não conseguem ver o real problema em que estamos metidos... simplesmente porque cada um gosta de dizer que o problema está nos outros, é mais fácil assim, supor cenários do que se desconhece é sempre mais fácil que assumir que também nós podemos fazer parte do problema!


Correcto, a questão é que dos quase 600 mil desempregaos que tens, não me parece que algum seja ex-funcionário publico.

Para sobreviver as empresas são obrigadas a restruturar-se. O Estado durante anos resolve o problema com mais impostos em vez de atacar a despesa de uma forma séria.
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por artista_ » 11/5/2010 11:40

Vou tentar colocar isto com um ponto de vista algo diferente...

Factos:


:arrow: Nos últimos 15 anos os vencimentos dos funcionários públicos têm vindo a baixar;
:arrow: Neste mesmo periodo foram-lhes retiradas bastantes regalias;
:arrow: Neste momento, sobretudo para quem entrou há menos de 15 anos, os vencimentos dos FP não são altos;
:arrow: Apesar destes cortes a despesa do estado tem vindo a aumentar;
:arrow: Já todos perceberam que o estado terá de poupar mais, terá de cortar nas despesas;


E o grande problema está aqui, pagamos cada vez pior aos nossos funcionários públicos, damos-lhes menos regalias, exigimos-lhes mais... e mesmo assim as contas públicas continuam desiquilibradas!

Este cenário faz com que tenhamos um grave problema financeiro no país, não acho é que a maioria esteja a ver o problema numa perspectiva correcta! E por isso não conseguem ver o real problema em que estamos metidos... simplesmente porque cada um gosta de dizer que o problema está nos outros, é mais fácil assim, supor cenários do que se desconhece é sempre mais fácil que assumir que também nós podemos fazer parte do problema!

abraços

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por LTCM » 11/5/2010 11:31

radiohead Escreveu:Carissímos,
ouvi ontem o bastonário da ordem dos advogados a dizer que em Portugal havia 1 advogado por cada 350 portugueses (na Finlândia 1/6000, na Austria 1/4200, na França 1/1800...), por isso confio que exista neste fórum um advogado que me possa esclarecer se posso pôr o Estado português no Tribunal Europeu dos Direitos do Homem (nos tribunais portugueses já se sabe como as coisas funcionam...).
A alegação é simples, não fui eu que coloquei este gang no Poder, por isso não tenho que ser prejudicado com o assalto aos portugueses que está em andamento...quem votou neles e os apoiou que pague a dobrar. Não me parece nada justo que sendo eu inocente nesta situação tenha que pagar a factura da orgia socialista.
Resumindo, não fui eu que pus as raposas a guardar o galinheiro, por isso as galinhas que vão ser sacrificadas não podem ser as minhas.
Têm provimento?
Cumprimentos


Têm.

Desde que as raposas sejam contadas, pelo menos, desde o governo do Bloco Central.
Remember the Golden Rule: Those who have the gold make the rules.
***
"A soberania e o respeito de Portugal impõem que neste lugar se erga um Forte, e isso é obra e serviço dos homens de El-Rei nosso senhor e, como tal, por mais duro, por mais difícil e por mais trabalhoso que isso dê, (...) é serviço de Portugal. E tem que se cumprir."
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por Pantone » 11/5/2010 11:24

MozHawk Escreveu:Já estou como a Pata, embora há já muito mais tempo daí também ter optado por abandonar o país: isso só lá vai com uma revolução, a sério.

O Estado e a Função Pública. Quero aqui apenas focar um ponto que me parece ser fundamental: o aumento da despesa via pessoal não se resume apenas a salários, seguros, pensões, subsídios, etc e tal. E todos os outros custos conexos relacionados com o pessoal, em particular num Estado obeso, lento, ineficiente e altamente permissivo?

Um abraço,
MozHawk


Enquanto a discussão não se focalizar em produtividade e se mantiver em custos, todos terão razões para defender o seu ponto de vista.

70% em gastos não produtivos (se em parte poderá ser gasto produtivo, está de fora bastante que em nada contribui para o PIB, e.g. juros de dívida et al) é uma âncora que se traduz em imostos e falta de competitividade.

O Estado gasta demasiado para o que produz, e se isso não se altera a geração que se segue viverá em permanente crise com pensões de 50% do que descontaram por uma vida. A que se segue já nem poderá viver em casa dos pais até aos 30 anos.

O gasto em salários até poderá não ser demasiado (ou sim), mas sempre dependerá do que produz. Da mesma forma que o salário de um outro agente produtivo.

Menos Estado, menos gastos, mais competitividade, e menos impostos ou não haverá futuro para o País, com 27% ou 28% de gasto em salários da Função Pública...
 
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por radiohead » 11/5/2010 11:24

Carissímos,
ouvi ontem o bastonário da ordem dos advogados a dizer que em Portugal havia 1 advogado por cada 350 portugueses (na Finlândia 1/6000, na Austria 1/4200, na França 1/1800...), por isso confio que exista neste fórum um advogado que me possa esclarecer se posso pôr o Estado português no Tribunal Europeu dos Direitos do Homem (nos tribunais portugueses já se sabe como as coisas funcionam...).
A alegação é simples, não fui eu que coloquei este gang no Poder, por isso não tenho que ser prejudicado com o assalto aos portugueses que está em andamento...quem votou neles e os apoiou que pague a dobrar. Não me parece nada justo que sendo eu inocente nesta situação tenha que pagar a factura da orgia socialista.
Resumindo, não fui eu que pus as raposas a guardar o galinheiro, por isso as galinhas que vão ser sacrificadas não podem ser as minhas.
Têm provimento?
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por MarcoAntonio » 11/5/2010 11:23

Pata-Hari Escreveu:Marco, estou a meio do dia de trabalho e não posso ficar aqui a argumentar infinitamente o que já disse.


Eu também não posso ficar aqui o dia todo a mostrar-te que tu leste coisas que eu não escrevi em parte alguma. Há uma série de posts onde elaboras sobre o que eu não disse nem sugeri e chegas mesmo ao ponto até de divagar sobre o que supostamente eu vou dizer a seguir para me aplicar um chavão de surrealista...

Portanto vê lá bem o tempo que já me fizeste perder com isto!



Pata-Hari Escreveu:Relembro-te só que 2009 não poderia ter sido um ano de excepção, deveria ser o ano do exemplo. O mesmo para 2010.


Anos exemplo: 2000, 2001, 2002, 2003, 2004, 2005, 2006, 2007 e 2008.

Eu tenho pouco jeito para ficar a falar da árvore e perder de vista a floresta...


E fora isto divergimos em pouca coisa!
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2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por MozHawk » 11/5/2010 11:14

Já estou como a Pata, embora há já muito mais tempo daí também ter optado por abandonar o país: isso só lá vai com uma revolução, a sério.

O Estado e a Função Pública. Quero aqui apenas focar um ponto que me parece ser fundamental: o aumento da despesa via pessoal não se resume apenas a salários, seguros, pensões, subsídios, etc e tal. E todos os outros custos conexos relacionados com o pessoal, em particular num Estado obeso, lento, ineficiente e altamente permissivo?

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por Pata-Hari » 11/5/2010 11:08

Marco, estou a meio do dia de trabalho e não posso ficar aqui a argumentar infinitamente o que já disse. Relembro-te só que 2009 não poderia ter sido um ano de excepção, deveria ser o ano do exemplo. O mesmo para 2010.
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por MarcoAntonio » 11/5/2010 11:01

mais_um Escreveu:
Queres dizer os restantes 2,6 mil milhões.. :wink:


Exactamente. Foi a minha vez de cometer um lapso demonstrando que estamos todos sujeitos...
:mrgreen:
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por MarcoAntonio » 11/5/2010 10:59

Pata-Hari Escreveu:É nisto que eu pego. No teu argumento de que os gastos com o pessoal são parte pequena do orçamento do estado (28%!)e que a despesa, afinal, até vai para os privados como se isso justificasse alguma coisa, como se fosse anormal ou explicasse o que quer que seja.


Sobre a normalidade ou anormalidade ou sobre o que é suposto ou deixa de ser, isso é tópico introduzido por ti e não por mim.

Eu discuto as percentagens/parcelas para perceber de onde vem o déficit. Olho também para os vários anos para perceber que/quais esforços têm vindo a ser feitos para corrigir/eliminar problemas relativos a esta questão da Despesa Pública. O que já comecei a fazer noutros tópicos sobre esta matéria há várias semanas/meses...



Pata-Hari Escreveu:E cito o mais_um
Do aumento da despesa (6,4 mil milhões) verifica-se que mil milhões deve-se ao aumento das despesas com pessoal



Voltas a focar-te em 2009, um ano de excepção.

Consulta por exemplo o Orçamento de Estado de 2008 com quadros resumo de 2006, 2007 e 2008 para uma visão mais completa e da tendência dos últimos anos:

http://www.dgo.pt/oe/2008/aprovado/Rela ... l-2008.pdf

Para facilitar: os quadros resumo nas páginas 94 e 95.


Pata-Hari Escreveu:E sim, temos que diminuir os gastos todos, os que vão para os privados e os no próprio "sistema".


Ou seja, estamos de acordo.

Acontece apenas que no que diz respeito aos Funcionários Públicos, centras-te num ano de excepção e retiras generalizações do tipo das que me fizeram intervir no tópico mais atrás (quando coloquei a listagem dos aumentos da Função Pública nos últimos 10 anos, bem como outras implicações das medidas que refiriste dadas as diferentes filosofias de investimento praticadas - pelo menos em parte - do sector privado). É apenas nesse (tipo de) ponto que divergimos...

Quanto a outras ilações que retiraste do que eu escrevi, não correspondem a nada do que eu penso ou sugeri!
Editado pela última vez por MarcoAntonio em 11/5/2010 11:03, num total de 1 vez.
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por mais_um » 11/5/2010 10:51

iurp Escreveu:
mais_um Escreveu:Eu não estou contra os funcionários publicos, eles não tem culpa, estou contra os politicos que fizeram leis que impedem que o Estado ajuste as despesas às receitas, como acontece nas empresas.


Por exemplo, segundo os sindicatos existiriam cerca de 20 mil professores com horario zero (não sei se é verdade ou não), ou seja estão a receber ordenado mas não dão aulas. No entanto o Estado tem que contratar professores para suprir as faltas já que a lei não permite (ou não permitia) que um professor em QE ou em QZP seja transferido para outro estabelecimento de ensino ou QZP.

Parece-me que isto é um desperdicio de recursos facilmente evitavel, houvesse vontade politica para alterar as leis. Mas claro custa votos.


Os professores são mesmo o seu "fetiche"!!!

Não há 20000 professores, não...é que os professores quando era declarado horário zero tinham obrigatoriamente que concorrer num raio de 30 KM e eram os rpimeiros a ser colocados.


Os numeros são dos sindicatos, dai eu ter referido que não sabia se estão correctos ou não, mas mesmo com essa "obrigatoriedade" da deslocação para 30 km (o que não deixa de ser curioso os 30km, já que os QZP são mais extensos que isso, continuam a existir uns largos milhares de professores com horario zero, isto segundo os sindicatos que estavam com medo que eles fossem para os quadros de excedentários da FP.
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por mais_um » 11/5/2010 10:46

MarcoAntonio Escreveu:O aumento da despesa foi de 6.76 mil milhões (é um lapso menor e sem importância).

Destes: mil milhões (cerca de 15%) pode atribuir-se directamente a funcionários públicos e trabalhadores do Estado no activo; os outros 3.2 mil milhões têm origens diversas e só uma parte está relacionada com trabalhadores ou ex-trabalhadores do Estado; por fim, os restantes 3.6 mil milhões nada têm que ver com os trabalhores do estado.


Queres dizer os restantes 2,6 mil milhões.. :wink:

:mrgreen:
MarcoAntonio Escreveu:Já agora, seria interessante disponibilizar o escalonamento para aqueles 3.2 mil milhões...



Vou tentar encontrar isso
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