Qual a medida mais adequada? Votação
Mcmad Escreveu:Parece que já temos algumas luzes do que aí vem. E promete ser para todos! ehehA outra possibilidade é criar um imposto especial sobre os salários. Por exemplo, o subsídio de Natal poderá ser taxado de acordo com um imposto autónomo e pontual, apenas para este ano. Segundo uma fonte próxima do Governo, o objectivo é que quaisquer que sejam as novas medidas, elas afectem o conjunto da população e não apenas os funcionários públicos. Recorde-se que a Grécia já eliminou o 13º e 14º meses da função pública.
http://economico.sapo.pt/noticias/gover ... 89135.html
E o desemprego não querem partilhar com o sector privado?
Este sector tem sido o mais sacrificado!
Cumpts.
Trisquel
A divindade, o princípio e o fim, a eterna evolução, o movimento, a vibração e a perpétua aprendizagem.
Trisquel
A divindade, o princípio e o fim, a eterna evolução, o movimento, a vibração e a perpétua aprendizagem.
Parece que já temos algumas luzes do que aí vem. E promete ser para todos! eheh
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Crise
Governo estuda aumento do IVA e novo imposto sobre salários O primeiro-ministro anunciou a redução do défice para 7,3% em 2010. Para isso, o Governo está a estudar o aumento do IVA e um novo imposto sobre salários.
Para além da antecipação de várias das medidas de austeridade previstas no Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) já para 2010, o Governo está a avaliar a introdução de uma tributação autónoma sobre os salários. Esta é uma das medidas adicionais que está em cima da mesa, a par da hipótese de aumentar o IVA, para trazer o défice orçamental para os 7,3% já este ano, apurou o Diário Económico.
Depois de quase duas semanas em que a dívida soberana portuguesa esteve sob ataque cerrado dos mercados, José Sócrates anunciou em Bruxelas, no quadro da definição de mais acções concertadas entre os países do Euro, que Portugal se compromete a descer o défice de 9,4% para 7,3% já este ano, apertando assim o objectivo inicial de colocar o desequilíbrio das contas públicas em 8,3%.
Para cumprir a nova meta, o Governo será obrigado a arrecadar cerca de 1.600 milhões de euros a mais do que o que já estava previsto. Segundo apurou o Diário Económico, há duas hipóteses em cima da mesa para conseguir a fatia de leão desta meta, além de um pacote de outras medidas que ajudarão, de igual forma a consolidar as finanças públicas.
Uma possibilidade é aumentar o IVA em um ou dois pontos percentuais. A avaliar pelas receitas do passado, cada ponto do IVA permite arrecadar quase 600 milhões de euros por ano. Tendo em conta que a medida já só teria efeito em cerca de metade deste ano, o Executivo não poderá contar com mais de 300 milhões de euros por cada ponto de subida.
A outra possibilidade é criar um imposto especial sobre os salários. Por exemplo, o subsídio de Natal poderá ser taxado de acordo com um imposto autónomo e pontual, apenas para este ano. Segundo uma fonte próxima do Governo, o objectivo é que quaisquer que sejam as novas medidas, elas afectem o conjunto da população e não apenas os funcionários públicos. Recorde-se que a Grécia já eliminou o 13º e 14º meses da função pública.
http://economico.sapo.pt/noticias/gover ... 89135.html
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Re: Medida
jarc Escreveu:MozHawk, concordo em absoluto com a opinião, no entanto considero que para além disso o sistema tem de dar sinais claros de que tende para o equilíbrio e para a justiça. É absurdo viabilizar pensões de aposentação aos 52 anos sem penalização e pedir aos que têm 50 e 51 que trabalhem até aos 65 tendo o mesmo vencimento (em alguns casos menos). Isso desmotiva quem trabalha. No mínimo essas reformas acima dos 1600 euros teriam de ser taxadas em 10%. Assim dificilmente se convencem os que ficaram que importa trabalhar para que o País avance.
Exactamente.
Arte-Sacra Escreveu:Agora a sério.
Grandes males, grandes remédios.
DAR POR FALIDO O SISTEMA DE REFORMAS E COMEÇAR TUDO DE NOVO.
Isto é, recalcular todas as reformas e pensões com uma só formula para todos os que estão no activo ou já reformados.
É profundamente injusto continuar a descontar para reformas acima de 2000 euros, quando as gerações futuras nem receberão metade.
Medida
MozHawk, concordo em absoluto com a opinião, no entanto considero que para além disso o sistema tem de dar sinais claros de que tende para o equilíbrio e para a justiça. É absurdo viabilizar pensões de aposentação aos 52 anos sem penalização e pedir aos que têm 50 e 51 que trabalhem até aos 65 tendo o mesmo vencimento (em alguns casos menos). Isso desmotiva quem trabalha. No mínimo essas reformas acima dos 1600 euros teriam de ser taxadas em 10%. Assim dificilmente se convencem os que ficaram que importa trabalhar para que o País avance.
Se fizessem o que o Cravinho sugeriu (em que cada pessoa teria de ser capaz de conseguir provar os seus rendimentos) então dariamos um passo de gigante na luta contra a corrupção...
Mas se o PM se calhar seria o primeiro a ser preso, como é que será possível darmos esse passo?
Vamos esperar por nova ditadura para mudar as coisas?!?
Mas se o PM se calhar seria o primeiro a ser preso, como é que será possível darmos esse passo?
Vamos esperar por nova ditadura para mudar as coisas?!?
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Re
canguru Escreveu:moppie85 Escreveu:1 - obrigava todos os cafés, mecanicos, lojas a terem uma máquina automática de facturação - vendia um café, saía a factura automáticamente
2 - Aumentava as coimas por fuga à facturação e aumentava a fiscalização
Assim, o fiscal ia ao café à paisana, não passavam a factura do café, pagavam 5000 euro de multa. O fiscal voltava lá outra vez e acontecia o mesmo, iam 50 000 euro, etc.
Tenho a certeza que a economia paralela diminuia e que as receitas dos impostos aumentavam...
Não díria melhor.
Tão simples, tão exequível, tão benéfico.
Na minha opinião é mais eficaz penalizar o cliente, aí sim terminava de vez a venda ao balcão sem V.D. porque ao penalizar o café e outros negócios e uma vez que a grande maioria dos clientes são conhecidos não resolve quase nada, aconteceu comigo há uns anos em Itália tomei um café e deixei o talão no balcão, veio o funcionário trazer-me o talão antes da saída e explicou-me que os clientes estavam a ser fiscalizados.
Cump.s
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moppie85 Escreveu:1 - obrigava todos os cafés, mecanicos, lojas a terem uma máquina automática de facturação - vendia um café, saía a factura automáticamente
2 - Aumentava as coimas por fuga à facturação e aumentava a fiscalização
Assim, o fiscal ia ao café à paisana, não passavam a factura do café, pagavam 5000 euro de multa. O fiscal voltava lá outra vez e acontecia o mesmo, iam 50 000 euro, etc.
Tenho a certeza que a economia paralela diminuia e que as receitas dos impostos aumentavam...
Não díria melhor.
Tão simples, tão exequível, tão benéfico.
A grécia:
O que se segue resulta apenas da alguma experiência de vida enquanto cidadão (treinador de bancada), não sou, nem pretendo ser, especialista em soluções de papel, mas não suporto discutir aquilo que são factos.
Extinção de Fundações, Institutos, Parcerias, Entidades que duplicam as funções do Estado;
Corte das reformas e subsídios de integração, indemnização, que grassam por todos os organismos públicos e semipúblicos;
Reduzir de forma significativa (3/4) as patentes e os respectivos privilégios nas Forças Armadas;
Reduzir o n.º de professores para a média da OCDE, e corte dos vencimentos (e outras regalias) em final de carreira;
Obrigar o Ministério público a estudar os processos antes de os levar a Julgamento, e possibilitar que os critérios da “fábrica de juízes” sejam mais transparentes;
Criar um cadastro central onde os diversos ministérios comunicavam entre si;
Fundir o ministério das Finanças com o da Seg. Social, A Defesa com os Negócios Estrangeiros, A educação com a Cultura, A economia com a Agricultura e Tecnologia, A Presidência com os Assuntos Parlamentares, …;
Extinção do sigilo bancário e fiscal “nordic way”;
Nos pequenos negócios, fornecer ao empresário o software certificado para registo da contabilidade e um curso de formação empresarial, obrigatório, com incidência em direitos e deveres contributivos;
Aplicar aos médicos o sistema existente na Suécia (ou Inglaterra), não é perfeito mas, bem melhor que o nosso;
Revisão constitucional extraordinária para aplicação retroactiva da lei da aposentação da MFL;
Colocar uma meta máxima nas pensões de reforma, acumular 2 ou mais pensões conta para esse limite;
Extinção drástica, e reordenação, de freguesias e concelhos e consequentes serviços públicos, ilhas incluídas;
Redução em 50% do número de cargos públicos, nas regiões autónomas reduzir em 75% ;
Referendar a independência da Madeira;
Para servir de exemplo cortar o vencimento dos “eleitos” e “nomeados” a cada nova eleição em 10%, 15%, 20%, …, conforme os escalões, e tributar os subsídios de residência, deslocação, integração e outras mordomias;
Parar com essa artimanha de se mudar, com todas as mudanças de ministro, a designação dos Ministérios;
Reforçar massivamente os corpos inspectivos em praticamente todos os ministérios;
Permitir a acumulação do subsídio de desemprego com o emprego em trabalhos indiferenciados e/ou sem qualificações;
Fomentar a poupança dos funcionários públicos com títulos de divida pública a 1, 3, 5, 8, 13 anos, a servirem de 13º e/ou 14º mês, ajustado pelo escalões de vencimentos e anos de contribuições;
Taxar a entrada nas grandes áreas metropolitanas, Lisboa, Porto, Braga, Setúbal;
Responsabilizar os gestores públicos das empresas de transportes continuamente deficitárias;
Levar o aeroporto para a OTA, de onde nunca havia ter saído, e construir por módulos se possível.
Decidiu liberalizar os despedimentos. Subir o IVA de 21 para 23%. Aumentar as taxas fiscais sobre tabaco, álcool e jogo. Liberalizar o mercado da energia e dos transportes. Congelar os salários até 2014. Reduzir o vencimento e as prestações acessórias dos funcionários públicos. Abolir os subsídios de férias, Natal e Páscoa dos funcionários públicos cuja remuneração mensal seja igual ou superior a três mil euros. Restringir a mil euros os subsídios de férias, Natal e Páscoa dos funcionários públicos cuja remuneração mensal seja inferior a três mil euros. Alterar os cálculos das pensões de aposentação. Diminuir o subsídio de desemprego.
O que se segue resulta apenas da alguma experiência de vida enquanto cidadão (treinador de bancada), não sou, nem pretendo ser, especialista em soluções de papel, mas não suporto discutir aquilo que são factos.
Extinção de Fundações, Institutos, Parcerias, Entidades que duplicam as funções do Estado;
Corte das reformas e subsídios de integração, indemnização, que grassam por todos os organismos públicos e semipúblicos;
Reduzir de forma significativa (3/4) as patentes e os respectivos privilégios nas Forças Armadas;
Reduzir o n.º de professores para a média da OCDE, e corte dos vencimentos (e outras regalias) em final de carreira;
Obrigar o Ministério público a estudar os processos antes de os levar a Julgamento, e possibilitar que os critérios da “fábrica de juízes” sejam mais transparentes;
Criar um cadastro central onde os diversos ministérios comunicavam entre si;
Fundir o ministério das Finanças com o da Seg. Social, A Defesa com os Negócios Estrangeiros, A educação com a Cultura, A economia com a Agricultura e Tecnologia, A Presidência com os Assuntos Parlamentares, …;
Extinção do sigilo bancário e fiscal “nordic way”;
Nos pequenos negócios, fornecer ao empresário o software certificado para registo da contabilidade e um curso de formação empresarial, obrigatório, com incidência em direitos e deveres contributivos;
Aplicar aos médicos o sistema existente na Suécia (ou Inglaterra), não é perfeito mas, bem melhor que o nosso;
Revisão constitucional extraordinária para aplicação retroactiva da lei da aposentação da MFL;
Colocar uma meta máxima nas pensões de reforma, acumular 2 ou mais pensões conta para esse limite;
Extinção drástica, e reordenação, de freguesias e concelhos e consequentes serviços públicos, ilhas incluídas;
Redução em 50% do número de cargos públicos, nas regiões autónomas reduzir em 75% ;
Referendar a independência da Madeira;
Para servir de exemplo cortar o vencimento dos “eleitos” e “nomeados” a cada nova eleição em 10%, 15%, 20%, …, conforme os escalões, e tributar os subsídios de residência, deslocação, integração e outras mordomias;
Parar com essa artimanha de se mudar, com todas as mudanças de ministro, a designação dos Ministérios;
Reforçar massivamente os corpos inspectivos em praticamente todos os ministérios;
Permitir a acumulação do subsídio de desemprego com o emprego em trabalhos indiferenciados e/ou sem qualificações;
Fomentar a poupança dos funcionários públicos com títulos de divida pública a 1, 3, 5, 8, 13 anos, a servirem de 13º e/ou 14º mês, ajustado pelo escalões de vencimentos e anos de contribuições;
Taxar a entrada nas grandes áreas metropolitanas, Lisboa, Porto, Braga, Setúbal;
Responsabilizar os gestores públicos das empresas de transportes continuamente deficitárias;
Levar o aeroporto para a OTA, de onde nunca havia ter saído, e construir por módulos se possível.
Editado pela última vez por LTCM em 10/5/2010 0:06, num total de 1 vez.
Remember the Golden Rule: Those who have the gold make the rules.
***
"A soberania e o respeito de Portugal impõem que neste lugar se erga um Forte, e isso é obra e serviço dos homens de El-Rei nosso senhor e, como tal, por mais duro, por mais difícil e por mais trabalhoso que isso dê, (...) é serviço de Portugal. E tem que se cumprir."
***
"A soberania e o respeito de Portugal impõem que neste lugar se erga um Forte, e isso é obra e serviço dos homens de El-Rei nosso senhor e, como tal, por mais duro, por mais difícil e por mais trabalhoso que isso dê, (...) é serviço de Portugal. E tem que se cumprir."
MozHawk Escreveu:Engraçado este tema. Quero acreditar que há solução mas há algo que é notório e que não se resolverá com medidas meramente administrativas... Somos nós, portugueses. Enquanto o nosso "quadro" não sofrer uma reforma "estrutural" profunda, é tudo uma questão de tempo. Reside em nós todos o problema dos nossos problemas. É o resultado de uma revolução mal amanhada e falhada, é o resultado de governos sucessivos que fizeram as apostas erradas no que era essencial para o país, preferindo o acessório o qual permitia resultados mais interessantes no curto-prazo, descurando o seu impacto a médio-longo prazo. Começou com Cavaco Silva, Guterres deu-lhe continuidade e, daí em diante, é o que se tem visto!
Um abraço,
MozHawk
Enquanto os políticos e as empresas não acreditarem que o importante de um país são as pessoas que os compôem e o facto de haver emprego para todos, bem como uma melhor distribuição dos ganhos, então estaremos sempre num país que luta por coisas temporárias....
Temos de tentar aprender com o mais simples... com os nossos antepassados como vemos ainda em algumas tribos e onde existem regras e toda a gente tem uma posição na tribo e todos têm respeito pelo que o outro faz...
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Engraçado este tema. Quero acreditar que há solução mas há algo que é notório e que não se resolverá com medidas meramente administrativas... Somos nós, portugueses. Enquanto o nosso "quadro" não sofrer uma reforma "estrutural" profunda, é tudo uma questão de tempo. Reside em nós todos o problema dos nossos problemas. É o resultado de uma revolução mal amanhada e falhada, é o resultado de governos sucessivos que fizeram as apostas erradas no que era essencial para o país, preferindo o acessório o qual permitia resultados mais interessantes no curto-prazo, descurando o seu impacto a médio-longo prazo. Começou com Cavaco Silva, Guterres deu-lhe continuidade e, daí em diante, é o que se tem visto!
Um abraço,
MozHawk
Um abraço,
MozHawk
Atomez Escreveu:Mcmad Escreveu:A minha solução seria aumentar exponencialmente o número de funcionários públicos de forma a dinamizar a economia, quer ao nivel do consumo via ordenados altos, quer ao nivel da receita do estado com o pagamento de impostos dos mesmos.
Essa de aumentar os funcionários públicos em número e ordenado para aumentar a receita dos impostos é como fazer uma transfusão de sangue do braço direito para o esquerdo em que pelo caminho se perde metade
Diria melhor

É como tirar sangue de uma pessoa doente para uma saudável, eheh
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Mcmad Escreveu:A minha solução seria aumentar exponencialmente o número de funcionários públicos de forma a dinamizar a economia, quer ao nivel do consumo via ordenados altos, quer ao nivel da receita do estado com o pagamento de impostos dos mesmos.
Essa de aumentar os funcionários públicos em número e ordenado para aumentar a receita dos impostos é como fazer uma transfusão de sangue do braço direito para o esquerdo em que pelo caminho se perde metade

As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
Niccolò Machiavelli
http://www.facebook.com/atomez
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Mcmad Escreveu:A minha solução seria aumentar exponencialmente o número de funcionários públicos de forma a dinamizar a economia, quer ao nivel do consumo via ordenados altos, quer ao nivel da receita do estado com o pagamento de impostos dos mesmos.
Está aqui a solução para Portugal!
Continuo a achar que está aqui a solução...
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Arte-Sacra Escreveu:moppie85 Escreveu:Arte-Sacra Escreveu:moppie85 Escreveu:Arte-Sacra Escreveu:moppie85 Escreveu:Arte-Sacra Escreveu:O maior peso da despesa está nas prestações sociais ( Pensões, RSI, Subs Desemprego).
Aumentar a receita significa melhores contas públicas mas maiores dificuldades para as famílias e empresas. Que já as têm suficientes.
A solução está na redução da despesa pública, de forma a prazo reduzir as despesas das empresas e famílias.
Não precisavas de aumentar impostos - bastava obrigar aqueles que não pagam e deviam, a pagarem.
Eu já fiz aqui várias vezes o exemplo do restaurante que serve 50 refeições por dia a 10€ e n passa a factura.
Só de IVA aqui vão 100€ por dia / 2200€ por mês que não entram nos cofres do Estado (fora o lucro que n é contabilizado).
Essas contas estão erradas.
Presumes que a Empresa não tem compras. Presumes que o IVA na restauração é de 20%.
Que a receita é 100% lucro. Que as compras e os serviços prestados foram de borla.
Tens razão quanto à taxa do IVA (é menor).
No resto não tens razão.
O IVA é sobre o "valor acrescentado", ou seja nada tem a ver com a receita/despesa do restaurante. É que eu realmente simplifiquei demasiado. Ele não paga o IVA e não declara a receita, ficando a empresa normalmente com prejuízo ou lucros minimos.
A verdade é que os 20% (menos no caso do restaurante por causa da taxa reduzida - façamos 10%), não chegam ao estado.
Eficácia da maquina fiscal? Onde? É eficaz no que é declarado, mas não me venhas falar em eficácia a tributar a economia paralela. SIM, a FUGA aos impostos é um PROBLEMA GRAVE no nosso país.
Ora bem. Por onde começar.
A bem da verdade, a taxa do IVA na restauração não é a taxa reduzida (5%), mas sim a taxa intermédia (12%). Se é para falar de impostos, com exemplos na restauração, convém saber do que se está a falar.
Se dizes que o restaurante serve 50 refeições por dia a 10 euros cada, presumes que a receita diária é de 500 euros.
Se dizes que o Estado deveria receber 100 Euros por dia, estás a presumir, com uma taxa (errada) de IVA de 20%, que o valor acrescentado foi efectivamente de 500 Euros. Foi tudo ganho, sem qualquer despesa.
Na boa verdade, retiras a possibilidade do restaurante poder deduzir o IVA nas compras e serviços que lhe foram prestados, no âmbito de actividade.
Na prática, que os malandros cobram 10 euros por refeição, quando tudo o que adquiriram foi de borla e como tal não deduzem qualquer IVA.
Claro que a fuga aos impostos é um problema grave no nosso País, mas mais grave são as Empresas a encerrarem e as famílias irem para o desemprego, também pela voracidade do Estado a cobrar impostos, taxas, licenças...
O trabalhador por conta de outrem se cair no desemprego, tem o Estado que lhe paga o subsidio de desemprego, perde poder de compra mas mantém o sustento.
O Empresário se cai no desemprego, não tem direito ao subsidio de desemprego e muito provavelmente já chegou à fase das dívidas junto das finanças, da SS, dos bancos, dos fornecedores, dos empregados... Não fica sequer no "0". Fica sim com dívidas por pagar.
Mas prontos, a culpa é mesmo desses malandros dos Empresários que não entregam o IVA a 20% nos cofres do Estado, que nem sequer têm o direito a deduzir o IVA nas compras.
Já agora porque não nacionalizam os restaurantes. E toda a iniciativa privada.
Acabava-se com essa economia paralela, e dava-se emprego a muito funcionário público.
Até podíamos mudar o nome do País para República Albanesa de Portugal.
Muitos gostariam, certamente.
Ora bem, por onde começar a contra-argumentar:
1º Quando falei em taxa reduzida, estava a referir-me a uma taxa menor e não à taxa reduzida: por isso é que para "arredondar a coisa" referi 10% e não 5%.
2º Quanto ao não facturar, tens razão em que não poderá (se não facturar), abater no IVA as suas compras, mas a verdade é que há maneiras de "tornear" isso.
2ºa) Quando não declaram a venda (e portanto aumentam stocks), o que não declaram ao estado (IVA+receita) supera o dinheiro que receberiam do IVA das compras que realizaram (é o caso dos restaurantes - podem dizer que o stock como é perecível, estragou-se).
Se não quiseres chamar a atenção das finanças "vendes" alguma coisa de modo a que não tenhas prejuízos sucessivos.
2ºb) Quando declaram a venda, para não terem prejuízos, passam as facturas à posteriori para ficar equilibrado as vendas e as receitas. Vendes "tudo" a preço mais barato (vendeste a 20€ o serviço e "passas" posteriormente a factura por 10€, com uma margem de ganho minima) - o que te permite equilibrar receitas e gastos de forma a que a empresa não chame a atenção às finanças (vulgo ter um pouco de receita e não ter prejuízos sucessivos) e vais buscar o IVA todo a que tens direito com as compras <- este deverá ser o esquema de um mecânico p.e., de forma a não ter uma subida anormal dos stocks.
Ninguém falou em "nacionalizar" falou-se em obrigar a passar a factura imediatamente ao consumidor final, não entendo porque veio essa do "nacionalizar". A ideia é obrigar a pagar o que DEVEM pagar e o que o consumidor PAGA (porque o IVA é pago pelo consumidor final, visto que, como disseste, a empresa vai buscar o IVA que lhe foi cobrado na aquisição de bens). É uma questão de justiça fiscal e de combate à evasão e ao roubo.
Quanto à parte de "se for empresário", se for empresário, pode colocar a empresa a pagar-lhe o ordenado e a descontar para a segurança social e receber se ficar desempregado. Era o que os clientes do meu pai (que era TOC) faziam. Ambos os donos eram gerentes e trabalhadores da empresa - ambos descontavam para a segurança social e ambos poderiam ser "despedidos" e receber o subsídio de desemprego, pelo que essa "vitimização" dos empresários não cola.
Ai Jesus. Que cais da cruz.
Tempo perdido.
Over and out.
Caro amigo,
vi durante muitos anos como o sistema de "fuga ao fisco" funciona e vi o meu pai recusar muitos clientes que queriam fazer isso.
Ele recusou não só por uma questão de moralidade, mas também porque (e não sei se sabe), os TOCs são responsáveis por declarar este tipo de situações às finanças, sendo co-responsáveis pelo crime se tiverem conhecimento/participação no mesmo e não fizerem a denúncia.
Engraçado não ser capaz de contra-argumentar... Deve ser por saber ser verdade.
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moppie85 Escreveu:Arte-Sacra Escreveu:moppie85 Escreveu:Arte-Sacra Escreveu:moppie85 Escreveu:Arte-Sacra Escreveu:O maior peso da despesa está nas prestações sociais ( Pensões, RSI, Subs Desemprego).
Aumentar a receita significa melhores contas públicas mas maiores dificuldades para as famílias e empresas. Que já as têm suficientes.
A solução está na redução da despesa pública, de forma a prazo reduzir as despesas das empresas e famílias.
Não precisavas de aumentar impostos - bastava obrigar aqueles que não pagam e deviam, a pagarem.
Eu já fiz aqui várias vezes o exemplo do restaurante que serve 50 refeições por dia a 10€ e n passa a factura.
Só de IVA aqui vão 100€ por dia / 2200€ por mês que não entram nos cofres do Estado (fora o lucro que n é contabilizado).
Essas contas estão erradas.
Presumes que a Empresa não tem compras. Presumes que o IVA na restauração é de 20%.
Que a receita é 100% lucro. Que as compras e os serviços prestados foram de borla.
Tens razão quanto à taxa do IVA (é menor).
No resto não tens razão.
O IVA é sobre o "valor acrescentado", ou seja nada tem a ver com a receita/despesa do restaurante. É que eu realmente simplifiquei demasiado. Ele não paga o IVA e não declara a receita, ficando a empresa normalmente com prejuízo ou lucros minimos.
A verdade é que os 20% (menos no caso do restaurante por causa da taxa reduzida - façamos 10%), não chegam ao estado.
Eficácia da maquina fiscal? Onde? É eficaz no que é declarado, mas não me venhas falar em eficácia a tributar a economia paralela. SIM, a FUGA aos impostos é um PROBLEMA GRAVE no nosso país.
Ora bem. Por onde começar.
A bem da verdade, a taxa do IVA na restauração não é a taxa reduzida (5%), mas sim a taxa intermédia (12%). Se é para falar de impostos, com exemplos na restauração, convém saber do que se está a falar.
Se dizes que o restaurante serve 50 refeições por dia a 10 euros cada, presumes que a receita diária é de 500 euros.
Se dizes que o Estado deveria receber 100 Euros por dia, estás a presumir, com uma taxa (errada) de IVA de 20%, que o valor acrescentado foi efectivamente de 500 Euros. Foi tudo ganho, sem qualquer despesa.
Na boa verdade, retiras a possibilidade do restaurante poder deduzir o IVA nas compras e serviços que lhe foram prestados, no âmbito de actividade.
Na prática, que os malandros cobram 10 euros por refeição, quando tudo o que adquiriram foi de borla e como tal não deduzem qualquer IVA.
Claro que a fuga aos impostos é um problema grave no nosso País, mas mais grave são as Empresas a encerrarem e as famílias irem para o desemprego, também pela voracidade do Estado a cobrar impostos, taxas, licenças...
O trabalhador por conta de outrem se cair no desemprego, tem o Estado que lhe paga o subsidio de desemprego, perde poder de compra mas mantém o sustento.
O Empresário se cai no desemprego, não tem direito ao subsidio de desemprego e muito provavelmente já chegou à fase das dívidas junto das finanças, da SS, dos bancos, dos fornecedores, dos empregados... Não fica sequer no "0". Fica sim com dívidas por pagar.
Mas prontos, a culpa é mesmo desses malandros dos Empresários que não entregam o IVA a 20% nos cofres do Estado, que nem sequer têm o direito a deduzir o IVA nas compras.
Já agora porque não nacionalizam os restaurantes. E toda a iniciativa privada.
Acabava-se com essa economia paralela, e dava-se emprego a muito funcionário público.
Até podíamos mudar o nome do País para República Albanesa de Portugal.
Muitos gostariam, certamente.
Ora bem, por onde começar a contra-argumentar:
1º Quando falei em taxa reduzida, estava a referir-me a uma taxa menor e não à taxa reduzida: por isso é que para "arredondar a coisa" referi 10% e não 5%.
2º Quanto ao não facturar, tens razão em que não poderá (se não facturar), abater no IVA as suas compras, mas a verdade é que há maneiras de "tornear" isso.
2ºa) Quando não declaram a venda (e portanto aumentam stocks), o que não declaram ao estado (IVA+receita) supera o dinheiro que receberiam do IVA das compras que realizaram (é o caso dos restaurantes - podem dizer que o stock como é perecível, estragou-se).
Se não quiseres chamar a atenção das finanças "vendes" alguma coisa de modo a que não tenhas prejuízos sucessivos.
2ºb) Quando declaram a venda, para não terem prejuízos, passam as facturas à posteriori para ficar equilibrado as vendas e as receitas. Vendes "tudo" a preço mais barato (vendeste a 20€ o serviço e "passas" posteriormente a factura por 10€, com uma margem de ganho minima) - o que te permite equilibrar receitas e gastos de forma a que a empresa não chame a atenção às finanças (vulgo ter um pouco de receita e não ter prejuízos sucessivos) e vais buscar o IVA todo a que tens direito com as compras <- este deverá ser o esquema de um mecânico p.e., de forma a não ter uma subida anormal dos stocks.
Ninguém falou em "nacionalizar" falou-se em obrigar a passar a factura imediatamente ao consumidor final, não entendo porque veio essa do "nacionalizar". A ideia é obrigar a pagar o que DEVEM pagar e o que o consumidor PAGA (porque o IVA é pago pelo consumidor final, visto que, como disseste, a empresa vai buscar o IVA que lhe foi cobrado na aquisição de bens). É uma questão de justiça fiscal e de combate à evasão e ao roubo.
Quanto à parte de "se for empresário", se for empresário, pode colocar a empresa a pagar-lhe o ordenado e a descontar para a segurança social e receber se ficar desempregado. Era o que os clientes do meu pai (que era TOC) faziam. Ambos os donos eram gerentes e trabalhadores da empresa - ambos descontavam para a segurança social e ambos poderiam ser "despedidos" e receber o subsídio de desemprego, pelo que essa "vitimização" dos empresários não cola.
Ai Jesus. Que cais da cruz.
Tempo perdido.
Over and out.
Arte-Sacra Escreveu:moppie85 Escreveu:Arte-Sacra Escreveu:moppie85 Escreveu:Arte-Sacra Escreveu:O maior peso da despesa está nas prestações sociais ( Pensões, RSI, Subs Desemprego).
Aumentar a receita significa melhores contas públicas mas maiores dificuldades para as famílias e empresas. Que já as têm suficientes.
A solução está na redução da despesa pública, de forma a prazo reduzir as despesas das empresas e famílias.
Não precisavas de aumentar impostos - bastava obrigar aqueles que não pagam e deviam, a pagarem.
Eu já fiz aqui várias vezes o exemplo do restaurante que serve 50 refeições por dia a 10€ e n passa a factura.
Só de IVA aqui vão 100€ por dia / 2200€ por mês que não entram nos cofres do Estado (fora o lucro que n é contabilizado).
Essas contas estão erradas.
Presumes que a Empresa não tem compras. Presumes que o IVA na restauração é de 20%.
Que a receita é 100% lucro. Que as compras e os serviços prestados foram de borla.
Tens razão quanto à taxa do IVA (é menor).
No resto não tens razão.
O IVA é sobre o "valor acrescentado", ou seja nada tem a ver com a receita/despesa do restaurante. É que eu realmente simplifiquei demasiado. Ele não paga o IVA e não declara a receita, ficando a empresa normalmente com prejuízo ou lucros minimos.
A verdade é que os 20% (menos no caso do restaurante por causa da taxa reduzida - façamos 10%), não chegam ao estado.
Eficácia da maquina fiscal? Onde? É eficaz no que é declarado, mas não me venhas falar em eficácia a tributar a economia paralela. SIM, a FUGA aos impostos é um PROBLEMA GRAVE no nosso país.
Ora bem. Por onde começar.
A bem da verdade, a taxa do IVA na restauração não é a taxa reduzida (5%), mas sim a taxa intermédia (12%). Se é para falar de impostos, com exemplos na restauração, convém saber do que se está a falar.
Se dizes que o restaurante serve 50 refeições por dia a 10 euros cada, presumes que a receita diária é de 500 euros.
Se dizes que o Estado deveria receber 100 Euros por dia, estás a presumir, com uma taxa (errada) de IVA de 20%, que o valor acrescentado foi efectivamente de 500 Euros. Foi tudo ganho, sem qualquer despesa.
Na boa verdade, retiras a possibilidade do restaurante poder deduzir o IVA nas compras e serviços que lhe foram prestados, no âmbito de actividade.
Na prática, que os malandros cobram 10 euros por refeição, quando tudo o que adquiriram foi de borla e como tal não deduzem qualquer IVA.
Claro que a fuga aos impostos é um problema grave no nosso País, mas mais grave são as Empresas a encerrarem e as famílias irem para o desemprego, também pela voracidade do Estado a cobrar impostos, taxas, licenças...
O trabalhador por conta de outrem se cair no desemprego, tem o Estado que lhe paga o subsidio de desemprego, perde poder de compra mas mantém o sustento.
O Empresário se cai no desemprego, não tem direito ao subsidio de desemprego e muito provavelmente já chegou à fase das dívidas junto das finanças, da SS, dos bancos, dos fornecedores, dos empregados... Não fica sequer no "0". Fica sim com dívidas por pagar.
Mas prontos, a culpa é mesmo desses malandros dos Empresários que não entregam o IVA a 20% nos cofres do Estado, que nem sequer têm o direito a deduzir o IVA nas compras.
Já agora porque não nacionalizam os restaurantes. E toda a iniciativa privada.
Acabava-se com essa economia paralela, e dava-se emprego a muito funcionário público.
Até podíamos mudar o nome do País para República Albanesa de Portugal.
Muitos gostariam, certamente.
Ora bem, por onde começar a contra-argumentar:
1º Quando falei em taxa reduzida, estava a referir-me a uma taxa menor e não à taxa reduzida: por isso é que para "arredondar a coisa" referi 10% e não 5%.
2º Quanto ao não facturar, tens razão em que não poderá (se não facturar), abater no IVA as suas compras, mas a verdade é que há maneiras de "tornear" isso.
2ºa) Quando não declaram a venda (e portanto aumentam stocks), o que não declaram ao estado (IVA+receita) supera o dinheiro que receberiam do IVA das compras que realizaram (é o caso dos restaurantes - podem dizer que o stock como é perecível, estragou-se).
Se não quiseres chamar a atenção das finanças "vendes" alguma coisa de modo a que não tenhas prejuízos sucessivos.
2ºb) Quando declaram a venda, para não terem prejuízos, passam as facturas à posteriori para ficar equilibrado as vendas e as receitas. Vendes "tudo" a preço mais barato (vendeste a 20€ o serviço e "passas" posteriormente a factura por 10€, com uma margem de ganho minima) - o que te permite equilibrar receitas e gastos de forma a que a empresa não chame a atenção às finanças (vulgo ter um pouco de receita e não ter prejuízos sucessivos) e vais buscar o IVA todo a que tens direito com as compras <- este deverá ser o esquema de um mecânico p.e., de forma a não ter uma subida anormal dos stocks.
Ninguém falou em "nacionalizar" falou-se em obrigar a passar a factura imediatamente ao consumidor final, não entendo porque veio essa do "nacionalizar". A ideia é obrigar a pagar o que DEVEM pagar e o que o consumidor PAGA (porque o IVA é pago pelo consumidor final, visto que, como disseste, a empresa vai buscar o IVA que lhe foi cobrado na aquisição de bens). É uma questão de justiça fiscal e de combate à evasão e ao roubo.
Quanto à parte de "se for empresário", se for empresário, pode colocar a empresa a pagar-lhe o ordenado e a descontar para a segurança social e receber se ficar desempregado. Era o que os clientes do meu pai (que era TOC) faziam. Ambos os donos eram gerentes e trabalhadores da empresa - ambos descontavam para a segurança social e ambos poderiam ser "despedidos" e receber o subsídio de desemprego, pelo que essa "vitimização" dos empresários não cola.
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- Registado: 15/4/2008 14:12
moppie85 Escreveu:Arte-Sacra Escreveu:moppie85 Escreveu:Arte-Sacra Escreveu:O maior peso da despesa está nas prestações sociais ( Pensões, RSI, Subs Desemprego).
Aumentar a receita significa melhores contas públicas mas maiores dificuldades para as famílias e empresas. Que já as têm suficientes.
A solução está na redução da despesa pública, de forma a prazo reduzir as despesas das empresas e famílias.
Não precisavas de aumentar impostos - bastava obrigar aqueles que não pagam e deviam, a pagarem.
Eu já fiz aqui várias vezes o exemplo do restaurante que serve 50 refeições por dia a 10€ e n passa a factura.
Só de IVA aqui vão 100€ por dia / 2200€ por mês que não entram nos cofres do Estado (fora o lucro que n é contabilizado).
Essas contas estão erradas.
Presumes que a Empresa não tem compras. Presumes que o IVA na restauração é de 20%.
Que a receita é 100% lucro. Que as compras e os serviços prestados foram de borla.
Tens razão quanto à taxa do IVA (é menor).
No resto não tens razão.
O IVA é sobre o "valor acrescentado", ou seja nada tem a ver com a receita/despesa do restaurante. É que eu realmente simplifiquei demasiado. Ele não paga o IVA e não declara a receita, ficando a empresa normalmente com prejuízo ou lucros minimos.
A verdade é que os 20% (menos no caso do restaurante por causa da taxa reduzida - façamos 10%), não chegam ao estado.
Eficácia da maquina fiscal? Onde? É eficaz no que é declarado, mas não me venhas falar em eficácia a tributar a economia paralela. SIM, a FUGA aos impostos é um PROBLEMA GRAVE no nosso país.
Ora bem. Por onde começar.
A bem da verdade, a taxa do IVA na restauração não é a taxa reduzida (5%), mas sim a taxa intermédia (12%). Se é para falar de impostos, com exemplos na restauração, convém saber do que se está a falar.
Se dizes que o restaurante serve 50 refeições por dia a 10 euros cada, presumes que a receita diária é de 500 euros.
Se dizes que o Estado deveria receber 100 Euros por dia, estás a presumir, com uma taxa (errada) de IVA de 20%, que o valor acrescentado foi efectivamente de 500 Euros. Foi tudo ganho, sem qualquer despesa.
Na boa verdade, retiras a possibilidade do restaurante poder deduzir o IVA nas compras e serviços que lhe foram prestados, no âmbito de actividade.
Na prática, que os malandros cobram 10 euros por refeição, quando tudo o que adquiriram foi de borla e como tal não deduzem qualquer IVA.
Claro que a fuga aos impostos é um problema grave no nosso País, mas mais grave são as Empresas a encerrarem e as famílias irem para o desemprego, também pela voracidade do Estado a cobrar impostos, taxas, licenças...
O trabalhador por conta de outrem se cair no desemprego, tem o Estado que lhe paga o subsidio de desemprego, perde poder de compra mas mantém o sustento.
O Empresário se cai no desemprego, não tem direito ao subsidio de desemprego e muito provavelmente já chegou à fase das dívidas junto das finanças, da SS, dos bancos, dos fornecedores, dos empregados... Não fica sequer no "0". Fica sim com dívidas por pagar.
Mas prontos, a culpa é mesmo desses malandros dos Empresários que não entregam o IVA a 20% nos cofres do Estado, que nem sequer têm o direito a deduzir o IVA nas compras.
Já agora porque não nacionalizam os restaurantes. E toda a iniciativa privada.
Acabava-se com essa economia paralela, e dava-se emprego a muito funcionário público.
Até podíamos mudar o nome do País para República Albanesa de Portugal.
Muitos gostariam, certamente.
Arte-Sacra Escreveu:moppie85 Escreveu:Arte-Sacra Escreveu:O maior peso da despesa está nas prestações sociais ( Pensões, RSI, Subs Desemprego).
Aumentar a receita significa melhores contas públicas mas maiores dificuldades para as famílias e empresas. Que já as têm suficientes.
A solução está na redução da despesa pública, de forma a prazo reduzir as despesas das empresas e famílias.
Não precisavas de aumentar impostos - bastava obrigar aqueles que não pagam e deviam, a pagarem.
Eu já fiz aqui várias vezes o exemplo do restaurante que serve 50 refeições por dia a 10€ e n passa a factura.
Só de IVA aqui vão 100€ por dia / 2200€ por mês que não entram nos cofres do Estado (fora o lucro que n é contabilizado).
Essas contas estão erradas.
Presumes que a Empresa não tem compras. Presumes que o IVA na restauração é de 20%.
Que a receita é 100% lucro. Que as compras e os serviços prestados foram de borla.
Tens razão quanto à taxa do IVA (é menor).
No resto não tens razão.
O IVA é sobre o "valor acrescentado", ou seja nada tem a ver com a receita/despesa do restaurante. É que eu realmente simplifiquei demasiado. Ele não paga o IVA e não declara a receita, ficando a empresa normalmente com prejuízo ou lucros minimos.
A verdade é que os 20% (menos no caso do restaurante por causa da taxa reduzida - façamos 10%), não chegam ao estado.
Eficácia da maquina fiscal? Onde? É eficaz no que é declarado, mas não me venhas falar em eficácia a tributar a economia paralela. SIM, a FUGA aos impostos é um PROBLEMA GRAVE no nosso país.
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- Registado: 15/4/2008 14:12
moppie85 Escreveu:Arte-Sacra Escreveu:O maior peso da despesa está nas prestações sociais ( Pensões, RSI, Subs Desemprego).
Aumentar a receita significa melhores contas públicas mas maiores dificuldades para as famílias e empresas. Que já as têm suficientes.
A solução está na redução da despesa pública, de forma a prazo reduzir as despesas das empresas e famílias.
Não precisavas de aumentar impostos - bastava obrigar aqueles que não pagam e deviam, a pagarem.
Eu já fiz aqui várias vezes o exemplo do restaurante que serve 50 refeições por dia a 10€ e n passa a factura.
Só de IVA aqui vão 100€ por dia / 2200€ por mês que não entram nos cofres do Estado (fora o lucro que n é contabilizado).
Essas contas estão erradas.
Presumes que a Empresa não tem compras. Presumes que o IVA na restauração é de 20%.
Que a receita é 100% lucro. Que as compras e os serviços prestados foram de borla.
moppie85 Escreveu:Arte-Sacra Escreveu:O maior peso da despesa está nas prestações sociais ( Pensões, RSI, Subs Desemprego).
Aumentar a receita significa melhores contas públicas mas maiores dificuldades para as famílias e empresas. Que já as têm suficientes.
A solução está na redução da despesa pública, de forma a prazo reduzir as despesas das empresas e famílias.
Não precisavas de aumentar impostos - bastava obrigar aqueles que não pagam e deviam, a pagarem.
Eu já fiz aqui várias vezes o exemplo do restaurante que serve 50 refeições por dia a 10€ e n passa a factura.
Só de IVA aqui vão 100€ por dia / 2200€ por mês que não entram nos cofres do Estado (fora o lucro que n é contabilizado).
O que entra nos cofres do Estado, sai dos cofres das empresas e das famílias. Cujos défices são bem superiores aos do Estado.
Essa lenga-lenga de que se todos pagassem, todos pagariam menos é a peta da década. Está provado que a DGCI atingiu níveis de eficácia e eficiência altíssimos e no entanto nunca tivemos uma carga fiscal tão elevada.
A história diz-nos que, mais impostos, significa mais dinheiro para desbaratar. Basta olhar para as nossas Autarquias que passaram das centenas de funcionários para os milhares.
Editado pela última vez por Arte-Sacra em 8/5/2010 23:40, num total de 1 vez.
Arte-Sacra Escreveu:O maior peso da despesa está nas prestações sociais ( Pensões, RSI, Subs Desemprego).
Aumentar a receita significa melhores contas públicas mas maiores dificuldades para as famílias e empresas. Que já as têm suficientes.
A solução está na redução da despesa pública, de forma a prazo reduzir as despesas das empresas e famílias.
Não precisavas de aumentar impostos - bastava obrigar aqueles que não pagam e deviam, a pagarem.
Eu já fiz aqui várias vezes o exemplo do restaurante que serve 50 refeições por dia a 10€ e n passa a factura.
Só de IVA aqui vão 100€ por dia / 2200€ por mês que não entram nos cofres do Estado (fora o lucro que n é contabilizado).
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- Registado: 15/4/2008 14:12
Agora a sério.
Grandes males, grandes remédios.
DAR POR FALIDO O SISTEMA DE REFORMAS E COMEÇAR TUDO DE NOVO.
Isto é, recalcular todas as reformas e pensões com uma só formula para todos os que estão no activo ou já reformados.
É profundamente injusto continuar a descontar para reformas acima de 2000 euros, quando as gerações futuras nem receberão metade.
Grandes males, grandes remédios.
DAR POR FALIDO O SISTEMA DE REFORMAS E COMEÇAR TUDO DE NOVO.
Isto é, recalcular todas as reformas e pensões com uma só formula para todos os que estão no activo ou já reformados.
É profundamente injusto continuar a descontar para reformas acima de 2000 euros, quando as gerações futuras nem receberão metade.
O maior peso da despesa está nas prestações sociais ( Pensões, RSI, Subs Desemprego).
Aumentar a receita significa melhores contas públicas mas maiores dificuldades para as famílias e empresas. Que já as têm suficientes.
A solução está na redução da despesa pública, de forma a prazo reduzir as despesas das empresas e famílias.
Aumentar a receita significa melhores contas públicas mas maiores dificuldades para as famílias e empresas. Que já as têm suficientes.
A solução está na redução da despesa pública, de forma a prazo reduzir as despesas das empresas e famílias.
acintra Escreveu:A arrogância paga-se caro e neste caso o Ministro António Mendonça teve de engolir vários sapos.
A entrevista na TVI foi uma vergonha com o homem a não admitir que o Governo teve de rever os projectos que ele há uma semana garantia que iam ser efectuados.
A humildade é uma grande qualidade mas este senhor não a conhece com certeza!
Está coerente com toda a postura do governo... já antes da crise começar a sério o PM estava a ser alertado pela FL para se preparar para a crise, mas ele nada quis fazer... "vamos assobiar para cima a ver se ninguém vê..."
Durante as eleições a FL chamou a atenção para o défice, mas mais uma vez ele nada quis fazer... "estava tudo controlado..." e nem sabia o que tinha para controlar!!!
Depois da crise a FL chamou novamente a atenção para o caminho do endividamento... e o PM continuou... "ora quem engana 1000 engana 10 milhões..." e lá está ele todo contente....
Mas acima de tudo, como já o PM dizia, "temos é de ser optimistas..." vamos ficar sentadinhos com o nosso optimismo a ver se conseguimos contagiar todo o mundo...

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A arrogância paga-se caro e neste caso o Ministro António Mendonça teve de engolir vários sapos.
A entrevista na TVI foi uma vergonha com o homem a não admitir que o Governo teve de rever os projectos que ele há uma semana garantia que iam ser efectuados.
A humildade é uma grande qualidade mas este senhor não a conhece com certeza!
A entrevista na TVI foi uma vergonha com o homem a não admitir que o Governo teve de rever os projectos que ele há uma semana garantia que iam ser efectuados.
A humildade é uma grande qualidade mas este senhor não a conhece com certeza!
Um abraço e bons negócios.
Artur Cintra
Artur Cintra
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