A grande palhaçada
Mais vale cair em graça do que ser engraçado.
Neste maravilhoso país, temos muitas cabeças pensantes, brilhantes até, com muitas ideias válidas, que nos levariam bem para a frente. Basta analisarmos a amostra exibida neste mesmo tópico.
Então pergunto-me: mas por que razão não encontramos tais pessoas em posições de destaque?
E assim se encontra a base de todo o problema. Em Portugal, selecciona-se as pessoas, não pela sua competência, mas pela imagem que transmitem. Isto passa-se desde o acto de fazer uma "amizade" até às eleições para Presidente da República.
Quantos casos conhecemos de indivíduos que não conseguem acertar duas seguidas mas encontram-se a ocupar os cargos só porque cativam facilmente quem manda.
Para mais, quem tem um mínimo de inteligência, raramente se sujeita a ser achincalhado numa base diária, sofrer devassa da sua vida privada, e outras consequências de assumir um cargo público neste país. Apenas quem tem poucos escrúpulos, enfrenta essas adversidades com um sorriso nos lábios, pois não se ofende com a verdade.
Ainda uma palavrinha sobre a justiça: Tudo bem que o funcionamento dos tribunais pode ser lento, mas eu acho gritante que, em Portugal, os advogados cobrem honorários apenas pelo tempo dispendido. Não seria vantajoso eles apenas serem ressarcidos se ganhassem os processos, como se passa nos Estados Unidos. Tudo bem que existem desvantajens nesse regime, mas também existem grandes vantagens. Desde logo, haveria muito mais empenho nessa profissão agora tão banalizada. Por outro lado, provocaria uma redução significativa dos processos que entopem os tribunais, visto que os próprios advogados se recusariam a representar causas perdidas, ou procurariam realizar acordos fora dos tribunais, servindo assim de triagem.
Neste maravilhoso país, temos muitas cabeças pensantes, brilhantes até, com muitas ideias válidas, que nos levariam bem para a frente. Basta analisarmos a amostra exibida neste mesmo tópico.
Então pergunto-me: mas por que razão não encontramos tais pessoas em posições de destaque?
E assim se encontra a base de todo o problema. Em Portugal, selecciona-se as pessoas, não pela sua competência, mas pela imagem que transmitem. Isto passa-se desde o acto de fazer uma "amizade" até às eleições para Presidente da República.
Quantos casos conhecemos de indivíduos que não conseguem acertar duas seguidas mas encontram-se a ocupar os cargos só porque cativam facilmente quem manda.
Para mais, quem tem um mínimo de inteligência, raramente se sujeita a ser achincalhado numa base diária, sofrer devassa da sua vida privada, e outras consequências de assumir um cargo público neste país. Apenas quem tem poucos escrúpulos, enfrenta essas adversidades com um sorriso nos lábios, pois não se ofende com a verdade.
Ainda uma palavrinha sobre a justiça: Tudo bem que o funcionamento dos tribunais pode ser lento, mas eu acho gritante que, em Portugal, os advogados cobrem honorários apenas pelo tempo dispendido. Não seria vantajoso eles apenas serem ressarcidos se ganhassem os processos, como se passa nos Estados Unidos. Tudo bem que existem desvantajens nesse regime, mas também existem grandes vantagens. Desde logo, haveria muito mais empenho nessa profissão agora tão banalizada. Por outro lado, provocaria uma redução significativa dos processos que entopem os tribunais, visto que os próprios advogados se recusariam a representar causas perdidas, ou procurariam realizar acordos fora dos tribunais, servindo assim de triagem.
Ganhar ou perder é desporto.
Mas é sempre preferível ganhar!!
Mas é sempre preferível ganhar!!

O problema de Portugal..
é a falta de credibilidade que transparece de um Governo que está metido em tudo que é corrupçao. Ninguém respeita um País gerido por este tipo de descamisados....
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TrendFX Escreveu:marath Escreveu:Ulisses Pereira Escreveu:Marath, então quem emprestará o dinheiro aos Estados? Deus?
Ninguém é obrigado a emprestar dinheiro a ninguém. A menos que lhe paguem exactamente aquilo que ele quer. Não vejo como se pode alterar isso.
Um abraço,
Ulisses
A solução é simples, a divida dos estados europeus (para não falar mundiais) deve ser remunerada por uma taxa fixada pelos Estados, igual para todos.
Faço-te umas perguntas, imagina que és um banco individual e duas pessoas que não são da tua familia ou amigos chegados pedem-te dinheiro emprestado. A pessoa 1 tem um emprego estável e bem remunerado, além disso poupa uma grande parte do salário e tem uma vida recatada, sem usar créditos da Cofidis, etc. A pessoa 2 é um bebâdo que faz uns biscates, quando tem dinheiro gasta nas p*tas e quando não tem (que é sempre) faz umas falcatruas ou pede na Cofidis e empresas do género com juros de 30%, onde já o tratam pelo 1º nome e tudo.
- O nível de risco das duas pessoas é igual?
- Emprestarias dinheiro à pessoa 2?
- Se sim, a taxa de juro seria igual à pessoa 1?
- Imagina agora que só podes emprestar o dinheiro a um deles (o dinheiro não nasce nas árvores, afinal de contas), qual escolherias?
Nota prévia: Para que não haja confusões. Eu sou democrata e acredito que não foi ainda encontrado nem testado melhor sistema que o capitalista. Mas tem de evoluir.
Penso que muitos de vós estão cegos com a propaganda do capitalismo neoliberal que vos quer fazer acreditar que não há Estado para alem do lucro (ou dinheiro). Usando uma frase bem nossa há, pelo menos enquanto houver condições de habitabilidade na terra, muita vida para alem do deficit...
A(s) pergunta(s) tem respostas óbvias que naturalmente me escuso de replicar.
O problema que encontro em muitas das vossas respostas, pertinentes e que gosto de ler, é simples: estão a confundir Estado com indivíduos. Estas entidades não são compráveis e tentei explicar porquê na resposta ao Ulisses.
Um Governo ( com tudo o que isso implica), um Povo e um Território, isto é o Estado. Os bancos e os indivíduos estão ambos dentro da segunda componente do Estado e naturalmente não são comparáveis a este.
O problema do teu pensamento e´acreditar que os donos do Capital podem sobreviver sem Estado. Isto é falso. Já o contrário é verdadeiro. O Estado pode sobreviver sem os donos do Capital.
Vou extremar o exemplo. Se o Estado assim o desejar, fuzila o capitalista, nacionaliza os bens e nem precisa de fechar as fronteiras podendo ainda assim continuar a operar normalmente no mercado globalizado capitalista (veja-se o exemplo das várias ditaduras militares camufladas de democracia, com negócios familiares que se confundem com o Estado). Inúmeros seriam os países que continuariam a negociar normalmente com Portugal e facilmente se atrairiam novos aventureiros a investir no País.
Nós não somos, e ainda bem, extremistas. Naturalmente que eu não defendo tal barbaridade. Serve apenas para mostrar que não podemos comparar Estados com indivíduos, ou bancos, ou empresas pois estas fazem parte do Estado e não o contrário.
Passando à UE. A politica monetária não pode ser apenas influenciada pela taxa de juro do banco central e pela emissão de moeda. Todos os mecanismos, nomeadamente legislativos, tem de ser usados. A blindagem contra os especuladores tem de ser maior e para isso os Estados devem ser um grande e poderoso Estado.
Com a Alemanha e os anfíbios dos Ingleses não me parece que lá cheguemos. E por isso digo, se a União não funciona rasga-se o papel e tentam-se outras uniões. Talvez uma união com outras afinidades que não a geográfica e com países mais iguais entre si...
marath Escreveu:Ulisses Pereira Escreveu:Marath, então quem emprestará o dinheiro aos Estados? Deus?
Ninguém é obrigado a emprestar dinheiro a ninguém. A menos que lhe paguem exactamente aquilo que ele quer. Não vejo como se pode alterar isso.
Um abraço,
Ulisses
A solução é simples, a divida dos estados europeus (para não falar mundiais) deve ser remunerada por uma taxa fixada pelos Estados, igual para todos.
Faço-te umas perguntas, imagina que és um banco individual e duas pessoas que não são da tua familia ou amigos chegados pedem-te dinheiro emprestado. A pessoa 1 tem um emprego estável e bem remunerado, além disso poupa uma grande parte do salário e tem uma vida recatada, sem usar créditos da Cofidis, etc. A pessoa 2 é um bebâdo que faz uns biscates, quando tem dinheiro gasta nas p*tas e quando não tem (que é sempre) faz umas falcatruas ou pede na Cofidis e empresas do género com juros de 30%, onde já o tratam pelo 1º nome e tudo.
- O nível de risco das duas pessoas é igual?
- Emprestarias dinheiro à pessoa 2?
- Se sim, a taxa de juro seria igual à pessoa 1?
- Imagina agora que só podes emprestar o dinheiro a um deles (o dinheiro não nasce nas árvores, afinal de contas), qual escolherias?
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Ulisses Pereira Escreveu:Marath, então quem emprestará o dinheiro aos Estados? Deus?
Ninguém é obrigado a emprestar dinheiro a ninguém. A menos que lhe paguem exactamente aquilo que ele quer. Não vejo como se pode alterar isso.
Um abraço,
Ulisses
O dinheiro só existe porque temos ordem. A ordem deriva do Estado. Se não houvesse Estado nem ordem a lei do mais forte prevaleceria e o Bill Gates não se safava só porque tem muito dinheiro. O poder é do povo delegado nos seus representantes e executado em nome do Estado.
A solução é simples, a divida dos estados europeus (para não falar mundiais) deve ser remunerada por uma taxa fixada pelos Estados, igual para todos. Se assim não for acabem com a pretensa união europeia que apenas serve os interesses dos exportadores (o que não é o nosso caso). Se todos chegarem a acordo, posso assegurar-te que os ricos vão continuar a emprestar dinheiro a essa taxa.
Eles sabem, tão bem quanto eu, que nenhum estado vai falir, sob pena de falir o capitalismo e logo a fonte da sua riqueza. Se o capitalismo entrar colapso eu preferia ser um general popular entre os homens do exercito americano do que ser o Bill Gates.
O dinheiro só vale o que os Estados querem que ele valha, naturalmente se o poder destes for suficiente para fazer face ao poder dos verdadeiros capitalistas. Daí ser necessário utilizar a União Europeia para tomar medidas concretas, e não brincar às uniões, que o são para umas coisas mas para outras já nem tanto...
Olha eu quero emprestar dinheiro à Grécia a 10%...alguem me dá um link para esse efeito. Bem e a Portugal a 5% tambem empresto...
Já agora, quanto há em depósitos a prazo nas instituições bancárias de Portugal? Provavelmente, bem publicitado, ainda arranjamos uns milhões a 5% para investir em Portugal...
Ora se cada Português emprestar 8000 euros ao Estado em média vezes 10.000.000 temos 80.000.000.000 penso que é quase metade do PIB anual (não me apetece confirmar), temos o problema do deficit resolvido e ainda as nossas poupanças a render 5%

Razao_Pura Escreveu:lol,
(tenho que dizer isto senão rebento)
Numa altura em que as fragilidades da economia portuguesa entram pelos olhos dentro de toda a gente, nomeadamente os problemas de produtividade, de crescimento, de desemprego, fazerem greves dos transportes públicos impedindo muitos milhares de portugueses de irem para o trabalho é serviço público concerteza...
É o país que temos, mas o país não são os nossos políticos, são os restantes 10,5 milhões.
Se pensam que são os outros é que vão resolver os nossos problemas estão muito enganados, ou tomamos nós as atitudes correctas ou bem podemos barafustar à vontade que ninguém nos vem "salvar".
R.P.
Concordo com isso, embora o estado tenha planeado dar 2 dias de folga à função pública durante a visita do papa!!!
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helderjsm Escreveu:Sim e então achas que soluções extremistas são uma boa opção? Cortar o mal pela raiz sim mas ir aos extremos não ia fazer bem nenhum à nossa economia nem ao seu desenvolvimento.
Claro que concordo que os subsidio de desemprego e as reformas milionárias são um problema entre outros.
Mas para resolver um problema não ajuda muito andar à pancada.
O país precisa de competitividade, precisamos de ideias novas, de exportar. E para mim esse é o grande mal. E antes de tomar medidas extremas e tornarmos-nos em país de terceiro mundo acho que é mais importante arranjarmos uma saída para a crise que passe pelo aumento da competitividade.
Cumprimentos
Eu não acho que medidas extremistas sejam necessariamente a solução (alguns até deveriam ser implementadas... mas isso teriamos de ver caso a caso), o que digo é muita gente já nem ouve a ideia pois têm logo um preconceito contra os mesmo partidos.
Se se pensasse mais nas ideias e não no partido talvez todos ficassemos com uma consciência social e politica melhor e mais exigente.
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Celsius Escreveu:Tenho dificuldades em compreender o valor dos juros da divida publica qdo olho para os juros dos certificados de aforro...
Obrigações e certificados são coisas completamente diferentes. Certificados são instrumentos de curto prazo, a sua cotação baseia-se na euribor a 3 meses que está agora nos 0.65% ou coisa parecida. Podes subscrever e daqui a 3 meses levantar o dinheiro sem problemas, e está sempre garantido que recebes o que lá meteste mais os juros.
Se comprares obrigações e daqui a 3 meses venderes não tens garantia nenhuma de receber o dinheiro que investiste. Isso só acontece na data de maturidade, que pode ser no máximo 50 anos. Ou se tem liberdade de resgate a qualquer altura ou se tem rendimento elevado, não se pode é ter ambos.
Para desmitificar de vez esse mito basta referir que se comprares bilhetes do tesouro com maturidade de 3 meses o rendimento é em tudo semelhante aos certificados (ok, estas ultimas semanas não, por causa da crise na zona euro, mas isso é uma excepção).
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Exactamente.
Mas qdo há problemas lá tem o Estado de intervir pq as pessoas não têm poupanças.
E tb consumir produção estrangeira (basta ver o crescimento que os automóveis tiveram) não é mto auspicioso.
Mas qdo há problemas lá tem o Estado de intervir pq as pessoas não têm poupanças.
E tb consumir produção estrangeira (basta ver o crescimento que os automóveis tiveram) não é mto auspicioso.
The market gives; The market takes.
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Idem
Celsius Escreveu:Tenho dificuldades em compreender o valor dos juros da divida publica qdo olho para os juros dos certificados de aforro...
Excepto o objectivo de poor o pagode a consumir em vez de poupar.
Eles falam, falam... mas querem ee salame de carne.


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rmachado Escreveu:Sim, ng apresenta soluções (os partidos) pois estamos entalados entre 2 partidos que querem ganhar eleições logo não levantam muitas ondas quando são governo (especialmente o PS que encharca o aparelho do estado com boys) e 3 partidos que mesmo com ideias boas são e serão sempre rotulados de "extremos".
Temos uma população que vota não em ideias mas sim "nos nossos" (andei em campanha e ouvi isto... e mais coisas "giras").
E temos sobretudo um aparelho de justiça que entrava tudo...
E quem é administrador de condominio.. sabe do que eu estou a falar e é normalmente um caso "ganho".
Se começarem pelo sistema judicial mas "à séria" vão ver como o resto começa a melhorar...
Existe um estudo qq que dizia que se o sistema judicial fosse mais eficiente o PIB aumentava 7%...
Querem melhor aumento de produtividade que isto?
Aqui o problema é eterno e resume-se a "o crime compensa", e quando digo crime digo coisas tão simplistas como "não pagar", "pedir subsidio", "fugir aos impostos (o IVA então é gritante)", "roubar em lojas", "ter subsidio de desemprego e ganhar por fora", "ganhar mais do que se declara..", etc..
Não estou a falar do grande crime... que esse é especializado e nem nos melhores paises do mundo é fácil de combater.
Um simplex e um baratex nos casos de não pagamento melhorava imenso as coisas...
Sim e então achas que soluções extremistas são uma boa opção? Cortar o mal pela raiz sim mas ir aos extremos não ia fazer bem nenhum à nossa economia nem ao seu desenvolvimento.
Claro que concordo que os subsidio de desemprego e as reformas milionárias são um problema entre outros.
Mas para resolver um problema não ajuda muito andar à pancada.
O país precisa de competitividade, precisamos de ideias novas, de exportar. E para mim esse é o grande mal. E antes de tomar medidas extremas e tornarmos-nos em país de terceiro mundo acho que é mais importante arranjarmos uma saída para a crise que passe pelo aumento da competitividade.
Cumprimentos
Certificados de Aforro
Posso estar a dizer a maior barbaridade que alguma vez foi dita neste fórum, mas mesmo assim vou arriscar...
O estado não pode emitir dívida de outras formas???
Tipo certificado de aforro ou algo do género?
É que parece-me que tenho ouvido dizer que o estado cada vez paga menos pelos certificados de aforro.
Ou seja o estado paga cada vez menos de juro aos Portugueses e cada vez mais aos estrangeiros ??? Não me parece uma boa política.
Sou uma nulidade em termos de economia, mas não faria sentido aumentar a taxa de juro dos certificados para que o estado conseguisse mais dinheiro por essa via e não precisasse de emitir tanta dívida em Obrigações?
O estado não pode emitir dívida de outras formas???
Tipo certificado de aforro ou algo do género?
É que parece-me que tenho ouvido dizer que o estado cada vez paga menos pelos certificados de aforro.
Ou seja o estado paga cada vez menos de juro aos Portugueses e cada vez mais aos estrangeiros ??? Não me parece uma boa política.
Sou uma nulidade em termos de economia, mas não faria sentido aumentar a taxa de juro dos certificados para que o estado conseguisse mais dinheiro por essa via e não precisasse de emitir tanta dívida em Obrigações?
Editado pela última vez por psi-20 em 27/4/2010 12:18, num total de 1 vez.
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helderjsm Escreveu:rmachado Escreveu:Bolas, concordo absolutamente contigo.
5 em 5
E soluções para isto?
Acho que muitos de nós concordamos. E também concordo com o/a Razao_Pura em que parece indecente andarem a fazer greves neste preciso momento...
Quanto às soluções para isto acho que o mal é mesmo esse. Nenhum partido apresentou ainda soluções concretas que agradem aos Portugueses. Depois fartam-se de dizer mal do governo em vez de nos darem aquilo que queremos. Uma saída...
Claro que nenhum partido apresentou soluções que agradem os portugueses, porque simplesmente soluções fáceis e simpáticas NÃO EXISTEM!!
Sinceramente julgo que até os políticos mais conscientes e sérios receiam as medidas duras e de austeridade que resultem em grandes reformas que o pais tanto anseia.
Por mais que custe engolir, a verdade e a realidade é que os PORTUGUESES NÃO QUEREM MUDAR!!
Sim, ng apresenta soluções (os partidos) pois estamos entalados entre 2 partidos que querem ganhar eleições logo não levantam muitas ondas quando são governo (especialmente o PS que encharca o aparelho do estado com boys) e 3 partidos que mesmo com ideias boas são e serão sempre rotulados de "extremos".
Temos uma população que vota não em ideias mas sim "nos nossos" (andei em campanha e ouvi isto... e mais coisas "giras").
E temos sobretudo um aparelho de justiça que entrava tudo...
E quem é administrador de condominio.. sabe do que eu estou a falar e é normalmente um caso "ganho".
Se começarem pelo sistema judicial mas "à séria" vão ver como o resto começa a melhorar...
Existe um estudo qq que dizia que se o sistema judicial fosse mais eficiente o PIB aumentava 7%...
Querem melhor aumento de produtividade que isto?
Aqui o problema é eterno e resume-se a "o crime compensa", e quando digo crime digo coisas tão simplistas como "não pagar", "pedir subsidio", "fugir aos impostos (o IVA então é gritante)", "roubar em lojas", "ter subsidio de desemprego e ganhar por fora", "ganhar mais do que se declara..", etc..
Não estou a falar do grande crime... que esse é especializado e nem nos melhores paises do mundo é fácil de combater.
Um simplex e um baratex nos casos de não pagamento melhorava imenso as coisas...
Temos uma população que vota não em ideias mas sim "nos nossos" (andei em campanha e ouvi isto... e mais coisas "giras").
E temos sobretudo um aparelho de justiça que entrava tudo...
E quem é administrador de condominio.. sabe do que eu estou a falar e é normalmente um caso "ganho".
Se começarem pelo sistema judicial mas "à séria" vão ver como o resto começa a melhorar...
Existe um estudo qq que dizia que se o sistema judicial fosse mais eficiente o PIB aumentava 7%...
Querem melhor aumento de produtividade que isto?
Aqui o problema é eterno e resume-se a "o crime compensa", e quando digo crime digo coisas tão simplistas como "não pagar", "pedir subsidio", "fugir aos impostos (o IVA então é gritante)", "roubar em lojas", "ter subsidio de desemprego e ganhar por fora", "ganhar mais do que se declara..", etc..
Não estou a falar do grande crime... que esse é especializado e nem nos melhores paises do mundo é fácil de combater.
Um simplex e um baratex nos casos de não pagamento melhorava imenso as coisas...
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rmachado Escreveu:Bolas, concordo absolutamente contigo.
5 em 5
E soluções para isto?
Acho que muitos de nós concordamos. E também concordo com o/a Razao_Pura em que parece indecente andarem a fazer greves neste preciso momento...
Quanto às soluções para isto acho que o mal é mesmo esse. Nenhum partido apresentou ainda soluções concretas que agradem aos Portugueses. Depois fartam-se de dizer mal do governo em vez de nos darem aquilo que queremos. Uma saída...
Fingerspitzengefuhl Escreveu:A economia portuguesa está a ser afectada por uma série de problemas que vêm de longe, e que estão interligados, vou tentar enumerar alguns deles:
1º- Carga fiscal muito elevada.
Mesmo sendo tabu (é muito raro ver os economistas da praxe tocarem neste ponto...) é um facto adquirido que temos uma carga fiscal elevadíssima, o que por um lado retira podeR de compra aos cidadãos, especialmente à classe média, e por outro retira competitividade às empresas.
Basta recuarmos algumas décadas para verificarmos que a carga fiscal aumentou exponencialmente, como disse Von Hayek, a população aceitou um grande aumento nos impostos com a ilusão de que seriam os ricos a pagar a maior fatia.
2º- Despesismo do estado.
Este problema está directamente relacionado com o primeiro, senão vejamos, se o estado não impusesse uma carga fiscal tão elevada não teria recursos para esbanjar como tem feito nas últimas décadas.
Os políticos dos 2 principais partidos têm feito uma má gestão dos recursos, não aceitando a realidade de que o país está tremendamente endividado, e continuam a fuga em frente, com projectos megalómanos como o comboio de alta velocidade, enquanto se apoiam em falácias como as teorias do Keynes.
3º- Mentalidade subsidiodependente.
Estre problema advém do segundo, pois se é verdade que uma grande fatia da população pensa que o estado, ou seja os outros 9.XX milhões de portugueses, tem a obrigação de zelar pelo seu bem estar, também é um facto que os sucessivos governos que estiveram no poder após o 25 de Abril habituaram e endoutrinaram a população a isto mesmo: Demasiados subsídios, demasiados apoios, e agora que o dinheiro (o melhor, o crédito, porque o dinheiro já acabou há muito...) está a acabar, o povo mal habituado fica descontente.
Pois bem, é melhor que se habituem, porque o socialismo nunca funcionou em lado nenhum, nem na Alemanha, nem na Rússia, nem muito menos em Portugal, e se andámos a viver de crédito durante décadas, é certo que vai chegar o momento de encarar a realidade, e isso implica escolher uma de duas opções, ou pagamos a dívida ou declaramos a falência.
4º- Mau funcionamento do sistema de justiça.
Temos um sistema de justiça que funcional mal e lentamente, e isso tem implicações na economia, porque se por um lado aumenta o número de crimes económicos visto que os criminosos cometem muitos mais crimes quando sabem que a probabilidade de virem a pagar por esses mesmos crimes é diminuta, por outro isso afasta o investimento estrangeiro para outros países mais atraentes.
5º- População "ingénua"
É o quinto problema, o último mas o mais importante, todos os outros problemas têm se mantido e até crescido principalmente porque é essa a vontade dos eleitores.
Subscrevo!

Cara Razão Pura:
O 5º Ponto do Fingerspitzengefuhl explica isso. Faz parte da ingenuidade da população acharem que não estamos todos no mesmo barco. Que existe "nós", o nosso umbigo, a malta que nos é próxima, os gajos porreiros, e do outro lado os "outros", os que nos lixam, os patrões, o estado, "os ricos que paguem a crise", etc. Acredita que é este tipo de mentalidade que dá aso a que coisas destas aconteçam... E que nos enterremos sucessivamente em politicas dos arautos do Estado magnânimo e bondoso, do justicialismo social que, no final, só nos enterram em dívidas e mais dívidas como agora se vê. Enfim!
Abraço.
"People want to be told what to do so badly that they'll listen to anyone." - Don Draper, Mad Men
Fingerspitzengefuhl Escreveu:A economia portuguesa está a ser afectada por uma série de problemas que vêm de longe, e que estão interligados, vou tentar enumerar alguns deles:
1º- Carga fiscal muito elevada.
Mesmo sendo tabu (é muito raro ver os economistas da praxe tocarem neste ponto...) é um facto adquirido que temos uma carga fiscal elevadíssima, o que por um lado retira podeR de compra aos cidadãos, especialmente à classe média, e por outro retira competitividade às empresas.
Basta recuarmos algumas décadas para verificarmos que a carga fiscal aumentou exponencialmente, como disse Von Hayek, a população aceitou um grande aumento nos impostos com a ilusão de que seriam os ricos a pagar a maior fatia.
2º- Despesismo do estado.
Este problema está directamente relacionado com o primeiro, senão vejamos, se o estado não impusesse uma carga fiscal tão elevada não teria recursos para esbanjar como tem feito nas últimas décadas.
Os políticos dos 2 principais partidos têm feito uma má gestão dos recursos, não aceitando a realidade de que o país está tremendamente endividado, e continuam a fuga em frente, com projectos megalómanos como o comboio de alta velocidade, enquanto se apoiam em falácias como as teorias do Keynes.
3º- Mentalidade subsidiodependente.
Estre problema advém do segundo, pois se é verdade que uma grande fatia da população pensa que o estado, ou seja os outros 9.XX milhões de portugueses, tem a obrigação de zelar pelo seu bem estar, também é um facto que os sucessivos governos que estiveram no poder após o 25 de Abril habituaram e endoutrinaram a população a isto mesmo: Demasiados subsídios, demasiados apoios, e agora que o dinheiro (o melhor, o crédito, porque o dinheiro já acabou há muito...) está a acabar, o povo mal habituado fica descontente.
Pois bem, é melhor que se habituem, porque o socialismo nunca funcionou em lado nenhum, nem na Alemanha, nem na Rússia, nem muito menos em Portugal, e se andámos a viver de crédito durante décadas, é certo que vai chegar o momento de encarar a realidade, e isso implica escolher uma de duas opções, ou pagamos a dívida ou declaramos a falência.
4º- Mau funcionamento do sistema de justiça.
Temos um sistema de justiça que funcional mal e lentamente, e isso tem implicações na economia, porque se por um lado aumenta o número de crimes económicos visto que os criminosos cometem muitos mais crimes quando sabem que a probabilidade de virem a pagar por esses mesmos crimes é diminuta, por outro isso afasta o investimento estrangeiro para outros países mais atraentes.
5º- População "ingénua"
É o quinto problema, o último mas o mais importante, todos os outros problemas têm se mantido e até crescido principalmente porque é essa a vontade dos eleitores.
Bolas, concordo absolutamente contigo.
5 em 5
E soluções para isto?
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lol,
(tenho que dizer isto senão rebento)
Numa altura em que as fragilidades da economia portuguesa entram pelos olhos dentro de toda a gente, nomeadamente os problemas de produtividade, de crescimento, de desemprego, fazerem greves dos transportes públicos impedindo muitos milhares de portugueses de irem para o trabalho é serviço público concerteza...
É o país que temos, mas o país não são os nossos políticos, são os restantes 10,5 milhões.
Se pensam que são os outros é que vão resolver os nossos problemas estão muito enganados, ou tomamos nós as atitudes correctas ou bem podemos barafustar à vontade que ninguém nos vem "salvar".
R.P.
(tenho que dizer isto senão rebento)
Numa altura em que as fragilidades da economia portuguesa entram pelos olhos dentro de toda a gente, nomeadamente os problemas de produtividade, de crescimento, de desemprego, fazerem greves dos transportes públicos impedindo muitos milhares de portugueses de irem para o trabalho é serviço público concerteza...
É o país que temos, mas o país não são os nossos políticos, são os restantes 10,5 milhões.
Se pensam que são os outros é que vão resolver os nossos problemas estão muito enganados, ou tomamos nós as atitudes correctas ou bem podemos barafustar à vontade que ninguém nos vem "salvar".
R.P.
Trade the trend.
Não costumo participar muito no caldeirão, apenas costumo andar por aqui a aprender alguma coisa, mas achei interessante os pontos que enumerou e resolvi comentar.
Há países em que a carga fiscal funciona bem. Sou da opinião que em áreas chave da sociedade o estado para o qual todos contribuimos tem um papel essêncial, ex. saúde e educação, mas quando a carga fiscal é utilizada para comprar submarinos, brinquedos novos, pagar salários dos deputados que tão mais interessados em criar confusão devido à PT/Media Capital do que resolver os problemas sérios do país ou então salvar bancos que tiveram uma má gestão e não estavam preparados para a actual situação, é que algo não está assim tão bem.
Acho que a carga fiscal deve ser ajustada ao gasto que a sociedade necessita e não à despesa que efectuamos. Mas acho que aqui já entramos um bocado na cultura, pois actualmente grande parte dos portugueses vive acima das suas possibilidades.
Concordo perfeitamente, tal como referi anteriormente, a carga fiscal devia estar adaptada às necessidades da sociedade.
Mas como se diz na minha terra, "é para inglês ver", basicamente as "obras publicas" podem não ter utilidade, mas como a maioria das pessoas vêm uma promessa cumprida, sempre é melhor que nada e dá mais alguns votos, independentemente dos custos.
A Madeira é um excelente exemplo com cerca de 100 inaugurações no mês anterior às eleições.
Se o povo está mal habituado, há que habituá-lo.
Já tuda a gente sabe e ninguém faz nada.
Acho que não é assim tão linear, se não há uma aposta decente na educação não faz sentido estar a dizer que a culpa é da população, se calhar o problema também está no nosso poder político que continua a pensar que obras são mais benéficas para a população do que a educação.
Fingerspitzengefuhl Escreveu:1º- Carga fiscal muito elevada.
Mesmo sendo tabu (é muito raro ver os economistas da praxe tocarem neste ponto...) é um facto adquirido que temos uma carga fiscal elevadíssima, o que por um lado retira podeR de compra aos cidadãos, especialmente à classe média, e por outro retira competitividade às empresas.
Basta recuarmos algumas décadas para verificarmos que a carga fiscal aumentou exponencialmente, como disse Von Hayek, a população aceitou um grande aumento nos impostos com a ilusão de que seriam os ricos a pagar a maior fatia.
Há países em que a carga fiscal funciona bem. Sou da opinião que em áreas chave da sociedade o estado para o qual todos contribuimos tem um papel essêncial, ex. saúde e educação, mas quando a carga fiscal é utilizada para comprar submarinos, brinquedos novos, pagar salários dos deputados que tão mais interessados em criar confusão devido à PT/Media Capital do que resolver os problemas sérios do país ou então salvar bancos que tiveram uma má gestão e não estavam preparados para a actual situação, é que algo não está assim tão bem.
Acho que a carga fiscal deve ser ajustada ao gasto que a sociedade necessita e não à despesa que efectuamos. Mas acho que aqui já entramos um bocado na cultura, pois actualmente grande parte dos portugueses vive acima das suas possibilidades.
Fingerspitzengefuhl Escreveu:2º- Despesismo do estado.
Este problema está directamente relacionado com o primeiro, senão vejamos, se o estado não impusesse uma carga fiscal tão elevada não teria recursos para esbanjar como tem feito nas últimas décadas.
Os políticos dos 2 principais partidos têm feito uma má gestão dos recursos, não aceitando a realidade de que o país está tremendamente endividado, e continuam a fuga em frente, com projectos megalómanos como o comboio de alta velocidade, enquanto se apoiam em falácias como as teorias do Keynes.
Concordo perfeitamente, tal como referi anteriormente, a carga fiscal devia estar adaptada às necessidades da sociedade.
Mas como se diz na minha terra, "é para inglês ver", basicamente as "obras publicas" podem não ter utilidade, mas como a maioria das pessoas vêm uma promessa cumprida, sempre é melhor que nada e dá mais alguns votos, independentemente dos custos.
A Madeira é um excelente exemplo com cerca de 100 inaugurações no mês anterior às eleições.
Fingerspitzengefuhl Escreveu:3º- Mentalidade subsidiodependente.
Estre problema advém do segundo, pois se é verdade que uma grande fatia da população pensa que o estado, ou seja os outros 9.XX milhões de portugueses, tem a obrigação de zelar pelo seu bem estar, também é um facto que os sucessivos governos que estiveram no poder após o 25 de Abril habituaram e endoutrinaram a população a isto mesmo: Demasiados subsídios, demasiados apoios, e agora que o dinheiro (o melhor, o crédito, porque o dinheiro já acabou há muito...) está a acabar, o povo mal habituado fica descontente.
Pois bem, é melhor que se habituem, porque o socialismo nunca funcionou em lado nenhum, nem na Alemanha, nem na Rússia, nem muito menos em Portugal, e se andámos a viver de crédito durante décadas, é certo que vai chegar o momento de encarar a realidade, e isso implica escolher uma de duas opções, ou pagamos a dívida ou declaramos a falência.
Se o povo está mal habituado, há que habituá-lo.
Fingerspitzengefuhl Escreveu:4º- Mau funcionamento do sistema de justiça.
Temos um sistema de justiça que funcional mal e lentamente, e isso tem implicações na economia, porque se por um lado aumenta o número de crimes económicos visto que os criminosos cometem muitos mais crimes quando sabem que a probabilidade de virem a pagar por esses mesmos crimes é diminuta, por outro isso afasta o investimento estrangeiro para outros países mais atraentes.
Já tuda a gente sabe e ninguém faz nada.
Fingerspitzengefuhl Escreveu:5º- População "ingénua"
É o quinto problema, o último mas o mais importante, todos os outros problemas têm se mantido e até crescido principalmente porque é essa a vontade dos eleitores.
Acho que não é assim tão linear, se não há uma aposta decente na educação não faz sentido estar a dizer que a culpa é da população, se calhar o problema também está no nosso poder político que continua a pensar que obras são mais benéficas para a população do que a educação.
Re: A grande palhaçada
Acho que a questão fundamental subjacente tem a ver com a análise do risco que leva à análise do crédito.
Imaginemos duas empresas no mesmo sector. Uma pode ter melhor autonomia financeira que a outra, mas a outra pode ter activos intangíveis mais valiosos (marca, fidelidade dos clientes, capacidade da gestão, criatividade dos RH), melhor capacidade económica, etc.. Dependendo do modelo de avaliação de risco utilizado, a primeira pode surgir com um melhor rating... mas será este modelo objectivo e justo?
O mesmo se aplica a países. O Líbano pode ter melhor "autonomia financeira" ou "solvabilidade" mas será que a marca, a história, capacidade económica, capacidade dos RH, etc. será melhor?
A questão passa por saber como é avaliado o rating de cada país.. será o modelo mesmo objectivo?
(a minha sensação é que a maioria das análises não o é, e alguns modelos têm problemas graves na base da sua construção...)
Quanto ao mercado, a verdade é que se "aposta" na Grécia ou em Portugal porque sabemos que a maior probabilidade é destes cumprirem as obrigações das suas dívidas. Contudo, outros países em condições semelhantes entrariam em incumprimento e alguém perderia a "aposta".
Só assim se explica porque o Líbano tem um valor de risco inferior ao de PT.
Já agora, escrevo de Atenas... estou a ver se vejo os tipos do FMI por aqui
Imaginemos duas empresas no mesmo sector. Uma pode ter melhor autonomia financeira que a outra, mas a outra pode ter activos intangíveis mais valiosos (marca, fidelidade dos clientes, capacidade da gestão, criatividade dos RH), melhor capacidade económica, etc.. Dependendo do modelo de avaliação de risco utilizado, a primeira pode surgir com um melhor rating... mas será este modelo objectivo e justo?
O mesmo se aplica a países. O Líbano pode ter melhor "autonomia financeira" ou "solvabilidade" mas será que a marca, a história, capacidade económica, capacidade dos RH, etc. será melhor?
A questão passa por saber como é avaliado o rating de cada país.. será o modelo mesmo objectivo?
(a minha sensação é que a maioria das análises não o é, e alguns modelos têm problemas graves na base da sua construção...)
Quanto ao mercado, a verdade é que se "aposta" na Grécia ou em Portugal porque sabemos que a maior probabilidade é destes cumprirem as obrigações das suas dívidas. Contudo, outros países em condições semelhantes entrariam em incumprimento e alguém perderia a "aposta".
Só assim se explica porque o Líbano tem um valor de risco inferior ao de PT.
Já agora, escrevo de Atenas... estou a ver se vejo os tipos do FMI por aqui

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A economia portuguesa está a ser afectada por uma série de problemas que vêm de longe, e que estão interligados, vou tentar enumerar alguns deles:
1º- Carga fiscal muito elevada.
Mesmo sendo tabu (é muito raro ver os economistas da praxe tocarem neste ponto...) é um facto adquirido que temos uma carga fiscal elevadíssima, o que por um lado retira podeR de compra aos cidadãos, especialmente à classe média, e por outro retira competitividade às empresas.
Basta recuarmos algumas décadas para verificarmos que a carga fiscal aumentou exponencialmente, como disse Von Hayek, a população aceitou um grande aumento nos impostos com a ilusão de que seriam os ricos a pagar a maior fatia.
2º- Despesismo do estado.
Este problema está directamente relacionado com o primeiro, senão vejamos, se o estado não impusesse uma carga fiscal tão elevada não teria recursos para esbanjar como tem feito nas últimas décadas.
Os políticos dos 2 principais partidos têm feito uma má gestão dos recursos, não aceitando a realidade de que o país está tremendamente endividado, e continuam a fuga em frente, com projectos megalómanos como o comboio de alta velocidade, enquanto se apoiam em falácias como as teorias do Keynes.
3º- Mentalidade subsidiodependente.
Estre problema advém do segundo, pois se é verdade que uma grande fatia da população pensa que o estado, ou seja os outros 9.XX milhões de portugueses, tem a obrigação de zelar pelo seu bem estar, também é um facto que os sucessivos governos que estiveram no poder após o 25 de Abril habituaram e endoutrinaram a população a isto mesmo: Demasiados subsídios, demasiados apoios, e agora que o dinheiro (o melhor, o crédito, porque o dinheiro já acabou há muito...) está a acabar, o povo mal habituado fica descontente.
Pois bem, é melhor que se habituem, porque o socialismo nunca funcionou em lado nenhum, nem na Alemanha, nem na Rússia, nem muito menos em Portugal, e se andámos a viver de crédito durante décadas, é certo que vai chegar o momento de encarar a realidade, e isso implica escolher uma de duas opções, ou pagamos a dívida ou declaramos a falência.
4º- Mau funcionamento do sistema de justiça.
Temos um sistema de justiça que funcional mal e lentamente, e isso tem implicações na economia, porque se por um lado aumenta o número de crimes económicos visto que os criminosos cometem muitos mais crimes quando sabem que a probabilidade de virem a pagar por esses mesmos crimes é diminuta, por outro isso afasta o investimento estrangeiro para outros países mais atraentes.
5º- População "ingénua"
É o quinto problema, o último mas o mais importante, todos os outros problemas têm se mantido e até crescido principalmente porque é essa a vontade dos eleitores.

1º- Carga fiscal muito elevada.
Mesmo sendo tabu (é muito raro ver os economistas da praxe tocarem neste ponto...) é um facto adquirido que temos uma carga fiscal elevadíssima, o que por um lado retira podeR de compra aos cidadãos, especialmente à classe média, e por outro retira competitividade às empresas.
Basta recuarmos algumas décadas para verificarmos que a carga fiscal aumentou exponencialmente, como disse Von Hayek, a população aceitou um grande aumento nos impostos com a ilusão de que seriam os ricos a pagar a maior fatia.
2º- Despesismo do estado.
Este problema está directamente relacionado com o primeiro, senão vejamos, se o estado não impusesse uma carga fiscal tão elevada não teria recursos para esbanjar como tem feito nas últimas décadas.
Os políticos dos 2 principais partidos têm feito uma má gestão dos recursos, não aceitando a realidade de que o país está tremendamente endividado, e continuam a fuga em frente, com projectos megalómanos como o comboio de alta velocidade, enquanto se apoiam em falácias como as teorias do Keynes.
3º- Mentalidade subsidiodependente.
Estre problema advém do segundo, pois se é verdade que uma grande fatia da população pensa que o estado, ou seja os outros 9.XX milhões de portugueses, tem a obrigação de zelar pelo seu bem estar, também é um facto que os sucessivos governos que estiveram no poder após o 25 de Abril habituaram e endoutrinaram a população a isto mesmo: Demasiados subsídios, demasiados apoios, e agora que o dinheiro (o melhor, o crédito, porque o dinheiro já acabou há muito...) está a acabar, o povo mal habituado fica descontente.
Pois bem, é melhor que se habituem, porque o socialismo nunca funcionou em lado nenhum, nem na Alemanha, nem na Rússia, nem muito menos em Portugal, e se andámos a viver de crédito durante décadas, é certo que vai chegar o momento de encarar a realidade, e isso implica escolher uma de duas opções, ou pagamos a dívida ou declaramos a falência.
4º- Mau funcionamento do sistema de justiça.
Temos um sistema de justiça que funcional mal e lentamente, e isso tem implicações na economia, porque se por um lado aumenta o número de crimes económicos visto que os criminosos cometem muitos mais crimes quando sabem que a probabilidade de virem a pagar por esses mesmos crimes é diminuta, por outro isso afasta o investimento estrangeiro para outros países mais atraentes.
5º- População "ingénua"
É o quinto problema, o último mas o mais importante, todos os outros problemas têm se mantido e até crescido principalmente porque é essa a vontade dos eleitores.

Editado pela última vez por Fingerspitzengefuhl em 27/4/2010 6:22, num total de 3 vezes.
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