Off Topic: Sindicato dos informáticos
Re: Faltam os exemplos concretos
Marco Martins Escreveu:Mas o que vês de errado em existirem sindicatos que tentem defender os interesses de uma classe?
O que não percebo (e pelos vistos na verdade também não sabes) é no que é que um sindicato pode ser uma mais valia na defesa dos direitos da nossa classe profissional. Não percebo o que o sindicato faz que os profissionais de forma pessoal e "desorganizada" não possam fazer sozinhos. Sem ter de pagar quotas. Principalmente porque estamos a falar de profissionais com escolaridade superior à média e acesso a informação e apoio legal superior à média (visto ganharem acima da média).
Basicamente, desde o início desta thread acho que o sindicato dos informáticos é irrelevante. Acho que apenas serviria para reunir e etiquetar as ovelhas ranhosas da profissão que fossem à procura de costas quentes e de encosto ou fuga. E, infelizmente, o decorrer da thread deu-me mais motivos para reforçar a minha ideia inicial do que para a desfazer.
Mas agradeço-te teres-me respondido.
Já agora... Caso queiras explorar. Uma vez numa conversa com um amigo sobre a relevância ou não de sindicatos para profissões "modernas", dizia ele que o problema era em Portugal o modelo do sindicalismo estar estagnado no tempo e estar associado a uma ideologia jurássica. Que o modelo de sindicados Finlandês (ele tinha estado lá a trabalhar um par de anos) era muito melhor. Mas não me chegou a dizer no que era melhor e por isso não sei se concordo com esse ponto. Mas podes explorar o que eles fazem lá e isso pode-te dar ideias, caso queiras avançar com o sindicato.
Cumprimentos,
HappyFather
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Re: Faltam os exemplos concretos
HappyGuy Escreveu:Marco,
Li o link que deste. Mas não respondeu à pergunta que te coloquei.
Usas como referência os sindicados dos bancários (que se referem a um grupo profissional que goza de acordo colectivo de trabalho) e do que os vi fazer (num cliente onde prestei serviço) são uma gargalhada. Dos outros não tenho visibilidade fora a que passa nas notícias da TV...
Por isso, volto a perguntar-te: Podes dar exemplos concretos de acções que o síndicato dos informáticos poderia realisticamente fazer que justificasse a adesão dos profissionais do ramo?
Já agora...Por exemplo, pode ser um organismo que consiga esclarecer e apoiar em burocracias, legislação, oportunidades, apoio a novos projectos, formações, etc.
Isto faz, por exemplo, o PT.JUG e não precisa de cobrar quotas nem "reinvindicar" nada...
Aguardo os teus exemplos concretos com expectativa! Cumprimentos,
O PT.JUG, é Grupo Português de Utilizadores de Java... e não me parece que te informem sobre direitos, legislação, ou formações, apoio juridico para além de java...
(...)
e do que os vi fazer (num cliente onde prestei serviço) são uma gargalhada
(...)
qualquer profissão pode ser uma gargalhada, desde que não se faça aquilo que é esperado que seja feito...
Podes dar exemplos concretos de acções que o síndicato dos informáticos poderia realisticamente fazer que justificasse a adesão dos profissionais do ramo?
Se o facto de um sindicato ser um organismo que tenta defender os interesses de determinada classe, através do apoios que falei antes não responde às respostas que esperas, também não te sei dar mais, porque não conheço todos os sindicatos nem como funcionam... o que te dei foi uma visão que tenho daquilo que um sindicato deve fazer...
Se soubesse mais coisas, certamente fundaria o sindicato

Mas o que vês de errado em existirem sindicatos que tentem defender os interesses de uma classe?
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Faltam os exemplos concretos
Marco,
Li o link que deste. Mas não respondeu à pergunta que te coloquei.
Usas como referência os sindicados dos bancários (que se referem a um grupo profissional que goza de acordo colectivo de trabalho) e do que os vi fazer (num cliente onde prestei serviço) são uma gargalhada. Dos outros não tenho visibilidade fora a que passa nas notícias da TV...
Por isso, volto a perguntar-te: Podes dar exemplos concretos de acções que o síndicato dos informáticos poderia realisticamente fazer que justificasse a adesão dos profissionais do ramo?
Já agora...
Isto faz, por exemplo, o PT.JUG e não precisa de cobrar quotas nem "reinvindicar" nada...
Aguardo os teus exemplos concretos com expectativa! Cumprimentos,
Li o link que deste. Mas não respondeu à pergunta que te coloquei.
Usas como referência os sindicados dos bancários (que se referem a um grupo profissional que goza de acordo colectivo de trabalho) e do que os vi fazer (num cliente onde prestei serviço) são uma gargalhada. Dos outros não tenho visibilidade fora a que passa nas notícias da TV...
Por isso, volto a perguntar-te: Podes dar exemplos concretos de acções que o síndicato dos informáticos poderia realisticamente fazer que justificasse a adesão dos profissionais do ramo?
Já agora...
Por exemplo, pode ser um organismo que consiga esclarecer e apoiar em burocracias, legislação, oportunidades, apoio a novos projectos, formações, etc.
Isto faz, por exemplo, o PT.JUG e não precisa de cobrar quotas nem "reinvindicar" nada...
Aguardo os teus exemplos concretos com expectativa! Cumprimentos,
HappyFather
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Re: A idade é uma treta
HappyGuy Escreveu:P.S. - Mas já agora, Marco... Que tal concretizares no que é que efectivamente um sindicato poderia apoiar um sindicalizado? Ou a profissão em geral? E não digas nada etéro como "alertar para as horas extra não pagas". Aponta algo concreto, que justificasse o pagamento de quotas. Dá exemplos de acção. Pode ser que eu tenha um problema e não consiga ver utilidade para um sindicato mas com bons argumentos até posso, pelo menos, amenizar a minha reacção. Naturalmente, tem em conta que a grande maioria dos empregadores na nossa área são empresas privadas com contratos individuais de trabalho.
É simples... certamente já ouviram falar do sindicato dos bancários, dos enfermeiros, médicos, professores, jornalistas, etc. Se são perfeitos ou não, isso é outra coisa... mas são uma referência..
O que acho mais relevante num sindicado é aquilo que as empresas tentam fazer com pessoas da mesma área: criar grupos de trabalho para caminhar no mesmo sentido!
Um sindicado deve ter objectivos de união não apenas reinvidicativos mas também colaborativos, de forma a que se possam partilhar conhecimentos, experiências, benefícios entre os seus associados (que convém serem de áreas de trabalho próximas).
Por exemplo, pode ser um organismo que consiga esclarecer e apoiar em burocracias, legislação, oportunidades, apoio a novos projectos, formações, etc.
Um sindicato não serve apenas para fazer exigências ao patronato... essa forma de ver é que é errada! Um sindicato também deve exigir profissionalismo aos seus funcionários e tentar contribuir para que eles sejam mais produtivos.
Podem ver mais definições de um sindicato em:
http://pimentanegra.blogspot.com/2009/0 ... de-um.html
Já agora, digam-me o que vêm de errado em existirem orgãos que tentem pressionar o estado e o patronato para que existam regras, leis e normas que todos as tentem cumprir? Mas tentem ser sensatos e olhar para os países que não têm sindicatos... deiam exemplos...
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tugashark Escreveu:Efectivamente tive de mudar, mas o país não pode viver só em Lisboa. Têm de ser dadas condições para que as restantes cidades de Portugal tenham pessoas qualificadas a trabalharem na sua àrea de residência, com condições salariais e contratuais ajustadas à sua região.
Não podemos olhar só para a nossa barriga, também devemos olhar para a situação do país e perceber que só uma minoria tem as condições que estamos aqui a falar.
Isso não se resolve com sindicatos, resolve-se com cortar no Estado centralista que atrai os parasitas todos para o mesmo sítio.
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Branc0 Escreveu:tugashark Escreveu:Tudo o que têm dito é constatável em Lisboa, mas no resto do País não é bem assim.
Muda-te.
Efectivamente tive de mudar, mas o país não pode viver só em Lisboa. Têm de ser dadas condições para que as restantes cidades de Portugal tenham pessoas qualificadas a trabalharem na sua àrea de residência, com condições salariais e contratuais ajustadas à sua região.
Não podemos olhar só para a nossa barriga, também devemos olhar para a situação do país e perceber que só uma minoria tem as condições que estamos aqui a falar.
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tugashark Escreveu:Tudo o que têm dito é constatável em Lisboa, mas no resto do País não é bem assim.
Muda-te.
Tive alguns ex-colegas que achavam de Lisboa exactamente o que tu achas do Porto. Em vez de se queixarem fizeram as malas e foram à sua vida. Hoje estão espalhados por vários países como Espanha, Alemanha, Reino Unido e Angola.
Se olharmos apenas para o aspecto financeiro estão todos melhor do que eu. Não acho que tenha razões para me queixar, se aqui fiquei foi porque quis, ninguém me pregou ao chão contra minha vontade.
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Mais uma vez está-se aqui a confundir o país Portugal com a capital Lisboa. A mudança é fácil e rápida em Lisboa, pois o mercado é grande e bastante dinâmico, mas no resto do país não existe assim tanta oferta e consequentemente possibilidade de mudar para melhor.
Eu inicei a minha carreira de informático no Porto e a cada ano que passa o número de empregos na área de informática são cada vez mais escassos e os que existem são mal pagos para as competências que pedem para a função. Por exemplo, há empresas a pedirem informáticos para gerirem a área informática da empresa e querem pagar menos de 1.000€ por isso, coisa que em Lisboa um estagiário, no mínimo, começa a receber.
Desafio o pessoal de Lisboa a ir à estação do Oriente todas as sextas-feiras ver o número de empregados de empresas de informática do Porto e arredores que vão no alfa pendular a partir dos comboios das 16:00h.
Tudo o que têm dito é constatável em Lisboa, mas no resto do País não é bem assim.
Concordo com a criação do sindicato, mas numa óptica de ajudar os informáticos com problemas dentro da empresa ou que se encontram explorados, pois sem uma entidade com força e num mercado sem novas oportunidades a entidade empregadora pode fazer o que quer com o trabalhador.
Quanto à adesão ao sindicato, só depois de ver os estatutos e as suas linhas orientadoras.
Eu inicei a minha carreira de informático no Porto e a cada ano que passa o número de empregos na área de informática são cada vez mais escassos e os que existem são mal pagos para as competências que pedem para a função. Por exemplo, há empresas a pedirem informáticos para gerirem a área informática da empresa e querem pagar menos de 1.000€ por isso, coisa que em Lisboa um estagiário, no mínimo, começa a receber.
Desafio o pessoal de Lisboa a ir à estação do Oriente todas as sextas-feiras ver o número de empregados de empresas de informática do Porto e arredores que vão no alfa pendular a partir dos comboios das 16:00h.
Tudo o que têm dito é constatável em Lisboa, mas no resto do País não é bem assim.
Concordo com a criação do sindicato, mas numa óptica de ajudar os informáticos com problemas dentro da empresa ou que se encontram explorados, pois sem uma entidade com força e num mercado sem novas oportunidades a entidade empregadora pode fazer o que quer com o trabalhador.
Quanto à adesão ao sindicato, só depois de ver os estatutos e as suas linhas orientadoras.
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A idade é uma treta
Conheço várias pessoas que, com mais de 35 anos, não deixaram de mudar. Para melhor. Porque quiseram mudar. Uma foi para o estrangeiro, mas os outros mudaram cá por PT. Com mais de 35 anos. Na verdade, dois deles com mais de 45 anos.
Não é a idade que impede as pessoas de mudar. É a mentalidade. É a falta de apetência para o risco. É a falta de vontade de ter de voltar a dar provas de valor. É o comodismo.
Depois de se estar mais de 15 anos a trabalhar no ramo, quem é que vai mandar CVs por resposta a anúncio? Diria que apenas aqueles que causaram tão má impressão junto dos colegas que foram tendo ao longo dos anos que não podem contar com esse networking para ter conhecimento de boas oportunidades.
Tão frequentemente quanto recebo convites espontâneos para entrevistas, recebo também pedidos de recomendação de pessoas para vários perfis e níveis de carreira. E das muitas pessoas com que trabalhei, há algumas cujos nomes vou referindo pois são bons profissionais.
Até hoje ouvi a sério essa conversa dos 35 anos apenas num sítio. Uma consultorazeca nacional que me entrevistou por via de um head-hunter. A directora que me veio com essa conversa devia estar quase nos 50 anos. Nem 5m depois eu tinha dado a entrevista por terminada.
Estou como o Branc0. Sindicato? Podes fazê-lo à vontade. És livre para tal. Mas eu não vou aderir, vou-me recusar a trabalhar em empresas em que tenha influência, vou evitar trabalhar com sindicalizados, vou riscar sindicalizados de processos de recrutamento e vou genericamente considerar negativo o facto de alguém se sindicalizar.
Cada um sabe onde se mete...
P.S. - Mas já agora, Marco... Que tal concretizares no que é que efectivamente um sindicato poderia apoiar um sindicalizado? Ou a profissão em geral? E não digas nada etéro como "alertar para as horas extra não pagas". Aponta algo concreto, que justificasse o pagamento de quotas. Dá exemplos de acção. Pode ser que eu tenha um problema e não consiga ver utilidade para um sindicato mas com bons argumentos até posso, pelo menos, amenizar a minha reacção. Naturalmente, tem em conta que a grande maioria dos empregadores na nossa área são empresas privadas com contratos individuais de trabalho.
Não é a idade que impede as pessoas de mudar. É a mentalidade. É a falta de apetência para o risco. É a falta de vontade de ter de voltar a dar provas de valor. É o comodismo.
Depois de se estar mais de 15 anos a trabalhar no ramo, quem é que vai mandar CVs por resposta a anúncio? Diria que apenas aqueles que causaram tão má impressão junto dos colegas que foram tendo ao longo dos anos que não podem contar com esse networking para ter conhecimento de boas oportunidades.
Tão frequentemente quanto recebo convites espontâneos para entrevistas, recebo também pedidos de recomendação de pessoas para vários perfis e níveis de carreira. E das muitas pessoas com que trabalhei, há algumas cujos nomes vou referindo pois são bons profissionais.
Até hoje ouvi a sério essa conversa dos 35 anos apenas num sítio. Uma consultorazeca nacional que me entrevistou por via de um head-hunter. A directora que me veio com essa conversa devia estar quase nos 50 anos. Nem 5m depois eu tinha dado a entrevista por terminada.
Estou como o Branc0. Sindicato? Podes fazê-lo à vontade. És livre para tal. Mas eu não vou aderir, vou-me recusar a trabalhar em empresas em que tenha influência, vou evitar trabalhar com sindicalizados, vou riscar sindicalizados de processos de recrutamento e vou genericamente considerar negativo o facto de alguém se sindicalizar.
Cada um sabe onde se mete...
P.S. - Mas já agora, Marco... Que tal concretizares no que é que efectivamente um sindicato poderia apoiar um sindicalizado? Ou a profissão em geral? E não digas nada etéro como "alertar para as horas extra não pagas". Aponta algo concreto, que justificasse o pagamento de quotas. Dá exemplos de acção. Pode ser que eu tenha um problema e não consiga ver utilidade para um sindicato mas com bons argumentos até posso, pelo menos, amenizar a minha reacção. Naturalmente, tem em conta que a grande maioria dos empregadores na nossa área são empresas privadas com contratos individuais de trabalho.
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Marco Martins Escreveu:Não é muito sensato dar uma resposta e misturar as coisas. Quando disse que a partir de certa idade podes enviar os CV's e que ninguém os lê devido à idade, isso era para te fazer ver que a idade das aventuras de mudar de emprego sem medos vai diminuindo com o tempo (independentemente das contra-propostas)... não digo que seja incorrecto ou que não se possa ou não se deva... apenas digo que se torna mais complicado devido ao maior número de responsabilidades que vamos tendo com o passar dos anos, a disposição para estar a adaptar a novas realidades, etc... existem muitos factores...
As pessoas podem não querer mudar por muitas razões. Não deviam era vir queixar-se que não podem mudar quando afinal podem não estão é para correr os riscos.
Do teu ponto de vista, se tudo se resolve apenas com as nossas decisões e negociações, presumo então que não precises do estado nem de fazer descontos para a segurança social, para a saúde, de seguros de vida ou da casa, nem ordenados mínimos, nem direito a férias, ou outras regalias básicas... então tudo deve ser negociável, e cada um deve negociar até ter as condições desejadas?
Gostava que assim fosse mas infelizmente não é. Gostava por exemplo de tirar apenas 15 dias de férias por ano e ser recompensado financeiramente mas a lei complica tanto que se torna impraticável na actual empresa.
Entre outras coisas parvas que a lei do trabalho me obriga a fazer mas não é isso que aqui se discute.
Conheço alguns países assim, mas não são aqueles que consideramos industrializados...
Não deves conhecer muito sobre esses países se achas que esse é o maior problema deles.
p.s. não leves a mal as palavras, pois não quero que sejam provocadoras, mas sim apenas uma forma de dizer que deveremos tentar procurar meios termos... também sou contra muito poder do lado dos sindicatos, mas no entanto sou a favor que eles devam negociar, alertar, orientar e apoiar os seus associados... e isso não é ser protector contra todos os males...
Eu não levo a mal, nem te quero "proibir" de fazer o sindicato. Não tenho nada contra a livre associação de pessoas, eu próprio sou co-fundador de uma associação.
Mas perguntaste o que é que se achava de um sindicato dos informáticos e como sou da área respondi-te o que achava: não gosto, não participo e se puder evito trabalhar com quem participe.
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The market does not beat them. They beat themselves, because though they have brains they cannot sit tight. - Jesse Livermore
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Branc0 Escreveu:Marco Martins Escreveu:Ou seja, deverás ter agora 30 e poucos anos, certo?
Daqui por 10 anos quero ouvir a tua opinião quando quiseres sair para outra empresa e pura e simplesmente o teu CV nao ser lido por causa da idade.
Vou chorar para a porta do sindicato a pedir para me darem emprego queres ver?
Buah! Ningém lê o meu CV, mundo cruel. Porcos capitalistas, se ao menos existisse um sindicato onde lessem o meu CV! Buah!!!Em relação aos sindicatos, foi o aparecimento deles que ajudou a que houvesse concertação nas reinvidicações sociais e salariais, e foram eles que ajudaram (bem ou mal) a que tenhamos muitas das condições que hoje seriamos incapazes de renunciar (subs ferias, sub natal, subs refeição, etc).
Vês porque não te quero a representar-me? É que eu sou capaz de renunciar aos subsídios e a outras coisas desde que me apresentem contra-propostas interessantes.
Um sindicato representa-se a si mesmo. Tenho muito mais a perder do que a ganhar com esse sindicato.O facto de te representares a ti próprio é sempre válido enquanto temos idade para mudar... o problema é que na informática a idade para mudar tende a acabar antes do que nas outras profissões...
É certo que os sindicatos não resolvem todos os problemas... o objectivo deles é serem uma ajuda mais próxima do trabalhador e criarem condições uniformes e "proteccionistas" dos seus associados...
Eu não sei que idade tens tu nem o que te aconteceu depois dos 30 (se é que os tens) mas não generalizes, se as pessoas não querem mudar não mudem, não se podem é queixar de que não mudaram.
Não é muito sensato dar uma resposta e misturar as coisas. Quando disse que a partir de certa idade podes enviar os CV's e que ninguém os lê devido à idade, isso era para te fazer ver que a idade das aventuras de mudar de emprego sem medos vai diminuindo com o tempo (independentemente das contra-propostas)... não digo que seja incorrecto ou que não se possa ou não se deva... apenas digo que se torna mais complicado devido ao maior número de responsabilidades que vamos tendo com o passar dos anos, a disposição para estar a adaptar a novas realidades, etc... existem muitos factores...
É certo que o sindicado não deve ser um lar social onde as pessoas vão chorar e pedir doces!!!
Do teu ponto de vista, se tudo se resolve apenas com as nossas decisões e negociações, presumo então que não precises do estado nem de fazer descontos para a segurança social, para a saúde, de seguros de vida ou da casa, nem ordenados mínimos, nem direito a férias, ou outras regalias básicas... então tudo deve ser negociável, e cada um deve negociar até ter as condições desejadas?
Conheço alguns países assim, mas não são aqueles que consideramos industrializados...
p.s. não leves a mal as palavras, pois não quero que sejam provocadoras, mas sim apenas uma forma de dizer que deveremos tentar procurar meios termos... também sou contra muito poder do lado dos sindicatos, mas no entanto sou a favor que eles devam negociar, alertar, orientar e apoiar os seus associados... e isso não é ser protector contra todos os males...

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Marco Martins Escreveu:Ou seja, deverás ter agora 30 e poucos anos, certo?
Daqui por 10 anos quero ouvir a tua opinião quando quiseres sair para outra empresa e pura e simplesmente o teu CV nao ser lido por causa da idade.
Vou chorar para a porta do sindicato a pedir para me darem emprego queres ver?
Buah! Ningém lê o meu CV, mundo cruel. Porcos capitalistas, se ao menos existisse um sindicato onde lessem o meu CV! Buah!!!
Em relação aos sindicatos, foi o aparecimento deles que ajudou a que houvesse concertação nas reinvidicações sociais e salariais, e foram eles que ajudaram (bem ou mal) a que tenhamos muitas das condições que hoje seriamos incapazes de renunciar (subs ferias, sub natal, subs refeição, etc).
Vês porque não te quero a representar-me? É que eu sou capaz de renunciar aos subsídios e a outras coisas desde que me apresentem contra-propostas interessantes.
Um sindicato representa-se a si mesmo. Tenho muito mais a perder do que a ganhar com esse sindicato.
O facto de te representares a ti próprio é sempre válido enquanto temos idade para mudar... o problema é que na informática a idade para mudar tende a acabar antes do que nas outras profissões...
É certo que os sindicatos não resolvem todos os problemas... o objectivo deles é serem uma ajuda mais próxima do trabalhador e criarem condições uniformes e "proteccionistas" dos seus associados...
Eu não sei que idade tens tu nem o que te aconteceu depois dos 30 (se é que os tens) mas não generalizes, se as pessoas não querem mudar não mudem, não se podem é queixar de que não mudaram.
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Branc0 Escreveu:Marco Martins Escreveu:Quando sugeres "mudar" referes-te a mudar para outra empresa ou de profissão?
Mudar por mudar já o fiz dentro da mesma área e quase todas as empresas de informática são iguais no que se refere a horários (sejam privadas ou públicas).
Se fizer um sindicato pode ser que os informáticos tenham mais "voz".
Eu trabalho na área vai para 11 anos, passei por 5 empresas 2 das quais não pagavam horas (40%). Sempre me compensaram de outra forma. Quando achei que estava a perder mudei-me.
Sempre que mudei informei-me das politicas salariais das empresas para onde ia, dos benefícios e da necessidade de "tempo extra". Pagassem ou não pagassem horas a decisão sempre foi tomada como um todo (género pros & contras). A única vez que fui enganado (e nem foi com questões monetárias) saí usando a cláusula dos "6 meses à experiência".
Nunca precisei de um sindicato para me representar. Mais: se houvesse um sindicato duvido que me conseguisse representar melhor do que eu me represento a mim próprio.
O país já está refém de demasiadas corporações não precisa certamente de mais uma. Comigo não contas para pagar quotas nem para contratar afiliados desse tipo de organizações.
Ou seja, deverás ter agora 30 e poucos anos, certo?
Daqui por 10 anos quero ouvir a tua opinião quando quiseres sair para outra empresa e pura e simplesmente o teu CV nao ser lido por causa da idade.
Em relação aos sindicatos, foi o aparecimento deles que ajudou a que houvesse concertação nas reinvidicações sociais e salariais, e foram eles que ajudaram (bem ou mal) a que tenhamos muitas das condições que hoje seriamos incapazes de renunciar (subs ferias, sub natal, subs refeição, etc).
O facto de te representares a ti próprio é sempre válido enquanto temos idade para mudar... o problema é que na informática a idade para mudar tende a acabar antes do que nas outras profissões...
É certo que os sindicatos não resolvem todos os problemas... o objectivo deles é serem uma ajuda mais próxima do trabalhador e criarem condições uniformes e "proteccionistas" dos seus associados...
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Sindicato da gargalhada
Cerca de finais de 1999, inícios de 2000, quando se andavam a fazer as grandes noitadas e horas extra por causa do Y2K e do boom das telecoms, ouvi um par de vezes alguém com a conversa do sindicato.
Lembro-me de que todos se riam da conversa do sindicato. Todos gozavam literalmente com quem tinha a ideia.
Lembro-me que quem achava que era importante ou necessário um sindicato, nos moldes desactualizados e hipócritas dos sindicatos que por cá temos, acabava por não durar muito na empresa. Provavelmente não duraria muito no mercado de emprego privado, onde andaria a penar até ter a sorte de ir parar a um organismo público ou antiga empresa pública, onde a sua atitude se encaixaria.
Como o Branc0 muito bem diz, para dizer "não", não preciso de pagar a ninguém.
Para pedir aumento, também não. Se estiver descontente, saio. Se me pagarem mais noutro sítio, saio. E se soubesse de uma empresa onde andava um sindicato, acredita, não aceitaria ir para lá.
É verdade que já não se ganha tanto (no início de carreira) como há 10 anos atrás. E já não se sobe tão depressa. Mas continua a haver carreira. Continua a haver mercado. Continua a haver bons ordenados. Continua a haver muito emprego (no último ano recebi pelo menos 4 convites para entrevistas espontâneos por mês e não estou à procura de mudar!). Não é preciso um sindicato, e se estás numa má empresa, muda para outra. As más empresas acabam por fechar. Conheço mais do que uma que fechou. Quem quer trabalhar, está muito bem na informática.
Sindicato dos informáticos... ahhh, a velha gargalhada de 2000! Que boas recordações desses tempos vieram atrás!
Lembro-me de que todos se riam da conversa do sindicato. Todos gozavam literalmente com quem tinha a ideia.
Lembro-me que quem achava que era importante ou necessário um sindicato, nos moldes desactualizados e hipócritas dos sindicatos que por cá temos, acabava por não durar muito na empresa. Provavelmente não duraria muito no mercado de emprego privado, onde andaria a penar até ter a sorte de ir parar a um organismo público ou antiga empresa pública, onde a sua atitude se encaixaria.
Como o Branc0 muito bem diz, para dizer "não", não preciso de pagar a ninguém.
Para pedir aumento, também não. Se estiver descontente, saio. Se me pagarem mais noutro sítio, saio. E se soubesse de uma empresa onde andava um sindicato, acredita, não aceitaria ir para lá.
É verdade que já não se ganha tanto (no início de carreira) como há 10 anos atrás. E já não se sobe tão depressa. Mas continua a haver carreira. Continua a haver mercado. Continua a haver bons ordenados. Continua a haver muito emprego (no último ano recebi pelo menos 4 convites para entrevistas espontâneos por mês e não estou à procura de mudar!). Não é preciso um sindicato, e se estás numa má empresa, muda para outra. As más empresas acabam por fechar. Conheço mais do que uma que fechou. Quem quer trabalhar, está muito bem na informática.
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Branc0 Escreveu:Não aceitarias tu nem aceitaria eu. E não preciso de sindicato para não aceitar e para comunicar o "não aceitamento" à chefia. Tu precisas?
Branc0 tu poderás ter a capacidade de dizer não e procurar outro emprego ou outra ocupação, eventualmente eu também conseguiria com mais ou menos facilidade mas aqueles que não tem essa possibilidade eventualmente apenas com a ajuda dum sindicato conseguem tentar fazer valer os seus pontos de vista, umas vezes justos ou talvez não, mas mesmo assim a união faz a força e em certas circunstancias essa união é a única hipótese.
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daredevil Escreveu:Todos vós contra os sindicatos aceitariam de bom grado o aumento do horário de trabalho em 50% sem qualquer contrapartida de bom grado? não me parece. Eu pelo menos não aceitaria tal de bom grado.
Não aceitarias tu nem aceitaria eu. E não preciso de sindicato para não aceitar e para comunicar o "não aceitamento" à chefia. Tu precisas?
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Em também não gosto de forma generalizada da maneira dos sindicatos actuarem, mas considero que eles são necessários para tentar manter algum equilíbrio entre patronato e empregados.
Por exemplo no passado Natal os Hipermercados tentaram aumentar em 50% o horário dos seus trabalhadores, se não fossem os sindicatos a assumirem uma posição firme essa pretensão poderia muito bem ter seguido em frente. Seria justo? todos vós contra os sindicatos aceitariam de bom grado o aumento do horário de trabalho em 50% sem qualquer contrapartida de bom grado? não me parece. Eu pelo menos não aceitaria tal de bom grado.
Por exemplo no passado Natal os Hipermercados tentaram aumentar em 50% o horário dos seus trabalhadores, se não fossem os sindicatos a assumirem uma posição firme essa pretensão poderia muito bem ter seguido em frente. Seria justo? todos vós contra os sindicatos aceitariam de bom grado o aumento do horário de trabalho em 50% sem qualquer contrapartida de bom grado? não me parece. Eu pelo menos não aceitaria tal de bom grado.
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Marco Martins Escreveu:Quando sugeres "mudar" referes-te a mudar para outra empresa ou de profissão?
Mudar por mudar já o fiz dentro da mesma área e quase todas as empresas de informática são iguais no que se refere a horários (sejam privadas ou públicas).
Se fizer um sindicato pode ser que os informáticos tenham mais "voz".
Eu trabalho na área vai para 11 anos, passei por 5 empresas 2 das quais não pagavam horas (40%). Sempre me compensaram de outra forma. Quando achei que estava a perder mudei-me.
Sempre que mudei informei-me das politicas salariais das empresas para onde ia, dos benefícios e da necessidade de "tempo extra". Pagassem ou não pagassem horas a decisão sempre foi tomada como um todo (género pros & contras). A única vez que fui enganado (e nem foi com questões monetárias) saí usando a cláusula dos "6 meses à experiência".
Nunca precisei de um sindicato para me representar. Mais: se houvesse um sindicato duvido que me conseguisse representar melhor do que eu me represento a mim próprio.
O país já está refém de demasiadas corporações não precisa certamente de mais uma. Comigo não contas para pagar quotas nem para contratar afiliados desse tipo de organizações.
Be Galt. Wear the message!
The market does not beat them. They beat themselves, because though they have brains they cannot sit tight. - Jesse Livermore
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Marco Martins Escreveu:Se fizer um sindicato pode ser que os informáticos tenham mais "voz".
traduzido resulta em: Se fizer um sindicato pode ser que os informáticos tenham mais "dinheiro".

Editado pela última vez por LTCM em 31/1/2010 22:42, num total de 1 vez.
Remember the Golden Rule: Those who have the gold make the rules.
***
"A soberania e o respeito de Portugal impõem que neste lugar se erga um Forte, e isso é obra e serviço dos homens de El-Rei nosso senhor e, como tal, por mais duro, por mais difícil e por mais trabalhoso que isso dê, (...) é serviço de Portugal. E tem que se cumprir."
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"A soberania e o respeito de Portugal impõem que neste lugar se erga um Forte, e isso é obra e serviço dos homens de El-Rei nosso senhor e, como tal, por mais duro, por mais difícil e por mais trabalhoso que isso dê, (...) é serviço de Portugal. E tem que se cumprir."
Branc0 Escreveu:Marco Martins Escreveu:Não sei se têm ideia, mas apesar de há uns anos atrás a profissão de informático ser bem remunerada, hoje em dia não é bem assim.
Para além disso é uma profissão que em muitas empresas envolve muitas horas extras sem serem remuneradas...
Já há 12 anos que profissionalmente trabalho em informática e das empresas em que estive nenhuma pagou horas extras....
E então, em vez de mudares queres fazer um sindicato?
Quando sugeres "mudar" referes-te a mudar para outra empresa ou de profissão?
Mudar por mudar já o fiz dentro da mesma área e quase todas as empresas de informática são iguais no que se refere a horários (sejam privadas ou públicas).
Se fizer um sindicato pode ser que os informáticos tenham mais "voz".
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Marco Martins Escreveu:Não sei se têm ideia, mas apesar de há uns anos atrás a profissão de informático ser bem remunerada, hoje em dia não é bem assim.
Para além disso é uma profissão que em muitas empresas envolve muitas horas extras sem serem remuneradas...
Já há 12 anos que profissionalmente trabalho em informática e das empresas em que estive nenhuma pagou horas extras....
E então, em vez de mudares queres fazer um sindicato?
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Não sei se têm ideia, mas apesar de há uns anos atrás a profissão de informático ser bem remunerada, hoje em dia não é bem assim.
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