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Caldeirão da Bolsa

Portugal, Espanha e Grécia vão ter que baixar salários

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por macau5m » 5/2/2010 0:03

Lion_Heart Escreveu:O grande problema do País é as pessoas pensarem que só tem direitos e não tem deveres.

Depois do 25 de Abril e com a suposta "democracia" o povo que andava na linha virou baldas e agora só faz o que quer.

E como não temos justiça nem educação isto esta cada vez pior.

E isto começa pela coisas minimas que e a falta de respeito em relação aos outros e todos acharem que são donos disto.

Portanto enquanto não formos civilizados não podemos evoluir.
:clap:
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por Elias » 4/2/2010 23:22

 
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por Luigibambino » 4/2/2010 23:19

Alguem me consegue dizer onde posso ver o índice grego - acho k é o FTSE/ASE20? estarei errado agradecia k me pudessem deixar um link para o indice
 
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por Elias » 4/2/2010 22:38

Presidente do BCE não respondeu a perguntas sobre Portugal e Espanha
04.02.2010 - publico.pt

O presidente do Banco Central Europeu, Jean-Claude Trichet, recusou-se hoje a responder se Portugal e a Espanha têm de fazer o mesmo esforço que a Grécia para disciplinar as suas finanças públicas, bem como sobre se os mercados estão a sobreavaliar os riscos dos dois países ibéricos.

À primeira questão, Trichet limitou-se a dizer que o BCE “não faz discriminação entre países” da zona euro e que “todo têm de respeitar o que foi decido pelo procedimento de défices excessivos e estão totalmente alerta quanto a isso”. À segunda, respondeu apenas que não dizendo apenas que não comenta os mercados.

A situação das finanças públicas em Portugal e na Espanha foi uma questão recorrente durante a conferência de imprensa que Jean-Claude Trichet deu depois da reunião de hoje do Conselho de Governadores, em que foi decidida a manutenção das suas taxas de juro directoras nos mínimos históricos onde se encontram desde Maio do não passado.

Quando questionado sobre Portugal e Espanha, Trichet apelou por várias vezes a que todos os países respeitem o que foi decidido pelo procedimento de défices excessivos e estão totalmente alerta quanto a isso, o que já tinha feito também quando questionado sobre a Grécia.
 
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por Elias » 4/2/2010 15:23

"A comparação entre Portugal e Espanha com a Grécia tem sido feita pela Imprensa" (act.)
negocios.pt


A Comissão Europeia rejeitou hoje a acusação de que tenha sido ela a pôr Portugal e Espanha no mesmo plano da Grécia, precisando que as declarações de ontem de Joaquin Almunia foram feitas depois de uma pergunta em que se comparavam os países ibéricos ao caso grego.

“A comparação tem sido feita pela Imprensa. Não por nós. O que o comissário Almunia se limitou a fazer foi responder com factos que são sobejamente conhecidos de todos e fazendo questão de precisar que há problemas comuns a esses três países como a outros da Zona Euro”, disse Amélia Torres, porta-voz do comissário do Euro, ao Negócios.

A ministra da Economia espanhola, Elena Salgado, criticou hoje Joaquin Almunia, seu compatriota e colega de partido (PSOE), considerando "pouco prudente" o facto de este ter feito um paralelo entre a Grécia e a situação económica em Espanha e em Portugal. Em declarações à rádio espanhola COPE, Salgado considerou que o comissário "tinha simplificado demasiado" a realidade dos três países.

A ministra queixava-se depois de os mercados financeiros terem aparentemente voltado "baterias" contra os países ibéricos, dando alguma "folga" à Grécia, continuando hoje exigir taxas de juro mais elevadas para comprar dívida espanhola ou portuguesa.

Ontem, na sequência de uma pergunta de um jornalista português, que quis saber se Almunia concordava com a colagem que muitos fazem do caso português e espanhol ao grego, o comissário respondeu que Grécia, Portugal, Espanha assim como "outros países" da Zona Euro partilham alguns problemas como "a perda constante de competitividade" e o elevado défice púbico.

"Alguns países da Zona Euro, com diferentes pontos de partida, diferentes dimensões no tamanho dos seus desequilíbrios, com diferentes características nas suas economias, partilham alguns dos mesmos problemas. Falou da Grécia, de Portugal e de Espanha, mas poderíamos juntar outros países a esta análise”, começou por responder o comissário.

“Estes três países, que não são os únicos, partilham algumas características”, disse, dando como primeiro exemplo a “perda permanente de competitividade desde que se tornaram membros da união económica e monetária” – “em termos de evolução dos custos unitários de trabalho, é óbvio que estão numa tendência de divergência”, precisou.

Almunia acrescentou de seguida que “alguns países têm défices consideráveis com componentes cíclicas, mas também estruturais” – ou seja, que não decorrem apenas da actual crise – e que “no caso da Grécia e de Portugal, mais do que no caso de Espanha neste aspecto, as necessidades externas de financiamento são muito elevadas, mesmo em momentos em que o crescimento do PIB é baixo”.

“É preciso intensificar” redução do défice


Sobre Portugal especificamente, e depois de questionado sobre o pensava da proposta de Orçamento do Estado para este ano, o comissário disse que o Governo vai ter de “intensificar” o ritmo de consolidação orçamental, depois de ter revelado valores para o défice de 2009 e previsões para 2010 “ligeiramente superiores ao esperado”. O défice orçamental terá sido de 9,3% do PIB em 2009, o que corresponde a um máximo histórico, e o valor inscrito na proposta de Orçamento do Estado para 2010 é de 8,3%.

Portugal comprometeu-se com Bruxelas a baixar o défice para o máximo de 3% do PIB até 2013, assumindo um compromisso que se estende à quase totalidade dos países do euro, que entraram em forte "derrapagem" orçamental na sequência da crise financeira e económica.

Terça-feira, na conferência sobre “O Estado e a competitividade da economia portuguesa”, organizada pela Antena1 e pelo Negócios, o governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, disse que essa meta só poderá ser alcançada com “novas e difíceis medidas” do lado da despesa e que dificilmente o Governo conseguirá evitar um aumento dos impostos indirectos, como o IVA. O não aumento da carga fiscal é uma das promessas eleitorais do PS.
 
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por charles » 3/2/2010 20:30

Acho bem que se baixem salários...mas não o façam à custa do remador...este é que paga sempre...começem pelos salários dos quadros médios para cima, tanto no publico como no privado....e por favor estes senhores que roubam ou têm roubado o país nas últimas décadas, que sejam julgados presos e os bem que revertam a favor do estado ou das pessoas que foram prejudicadas por eles, porque esta coisa de só estar preso o do BPN é aberrante em termos de justiça...isto começa a ser demasiado revoltante


O REMADOR PORTUGUÊS

" Lê-se numa crónica, que no ano de 1994 se celebrou uma competição

de remo entre duas equipas, compostas por trabalhadores de uma empresa

portuguesa e de uma empresa japonesa.

Dada a partida, os remadores japoneses começaram a destacar-se desde o

primeiro instante. Chegaram à meta primeiro e a equipa portuguesa chegou

com uma hora de atraso.

De regresso a casa, a Direcção reuniu-se para analisar as causas de tão desastrosa

actuação e chegaram à seguinte conclusão: Detectou-se que na equipa japonesa

havia um chefe de equipa e dez remadores, enquanto na equipa portuguesa havia

um remador e dez chefes de serviço, facto que seria alterado no ano seguinte.



No ano de 95 e após ser dada a partida, a equipa japonesa começou a ganhar

vantagem desde a primeira remadela. Desta vez, a equipa portuguesa chegou

com duas horas de atraso. A Direcção voltou a reunir após forte reprimenda

da Administração e viram que na equipa japonesa havia um chefe de equipa

e dez remadores, enquanto que a portuguesa, após as medidas adoptadas c

om o fracasso do ano anterior, era composta por um chefe de serviço, dois

assessores da administração, sete chefes de secção e um remador.

Após minuciosa análise, chega-se à seguinte conclusão:

O REMADOR É INCOMPETENTE.



No ano de 96, a equipa japonesa voltou a adiantar-se, mal foi dada a partida.

A embarcação portuguesa, que este ano tinha sido encomendada ao Departa-

mento de Novas Tecnologias, chegou com quatro horas de atraso.

Após a regata e para análise dos resultados, convocou-se uma reunião ao mais

alto nível, no último piso do edifício, chegando-se à seguinte conclusão: Este

ano a equipa japonesa não inovou, tendo optado novamente por dez remado-

res e um chefe de equipa.

A equipa portuguesa, após uma auditoria externa e um assessoramento especial

do Dep. de Informática, optou por uma formação mais vanguardista, composta

por um chefe de serviço, três chefes de secção, dois auditores da Arthur Andersen

e quatro Securitas que controlavam a actividade do remador, ao qual se tinha

aberto um processo disciplinar e retirado todos os bónus e incentivos, devido ao

fracasso dos anos anteriores.

Após prolongadas reuniões decidiu-se que, para a regata de 97, "um novo remador

será contratado para o efeito, já que o comportamento do actual indiciava mostras

de desinteresse a partir do vigésimo quinto quilómetro e uma indiferença quase

total junto à linha da meta. "



À parte a velha anedota do remador incompetente, são noticias como a do Estádio do Algarve que dão vontade de rir, refiro-me ao facto de uma estrutura daquelas ter salvo erro 17 empregados e 3 administradores...sim é um para cada +- 6 trabalhadores....pois porque um estádio para ter 3 administradores deve ser um para a relva outro para as instalaçoes e outro para a manutenção destas duas, são estas pequenas situações multiplicadas milhares vezes por esse país fora que rebentam com as finanças públicas.

Empresa que gere Estádio do Algarve vai despedir maioria dos funcionários
A empresa do Parque das Cidades que construiu e gere o estádio do Algarve anunciou, terça-feira, que vai despedir a maioria dos funcionários. Com dívidas que ultrapassam os três milhões de euros, as câmaras municipais de Faro e Loulé, que lideram a empresa, assumiram-se «estranguladas» financeiramente, e admitiram que até o Conselho de Administração sofrerá alterações, A empresa que gere o estádio do Algarve, construído para o Euro 2004, informou que vai reduzir o quadro de pessoal devido às dificuldades em pagar as dívidas de mais de três milhões de euros e os custos da manutenção diária do espaço, que rondam os cinco mil euros.

De acordo com as autarquias que comandam a empresa, dos vinte funcionários que fazem parte do Parque das Cidades, ficarão apenas os necessários para a manutenção do Estádio. Entre os novos desempregados vão estar os quadros superiores como arquitectos, engenheiros ou topógrafos.

Em declarações à TSF, o presidente da Câmara de Loulé, Seruca Emídio, revelou que irá tentar reintegrar alguns técnicos na sua autarquia e explicou que, mesmo entre os três administradores do Estádio do Algarve, provavelmente só um ficará ao serviço.

«Diminuindo de forma drástica o número de técnicos profissionais na estrutura do Parque das Cidades, não fará sentido ter um Conselho de Administração com três elementos», afirmou.

Este problema não afecta apenas o estádio do Algarve, mas também as câmaras de Aveiro, Coimbra e Leiria que já reconheceram as dificuldades em pagar os custos de manutenção dos estádios construídos para o Euro 2004.


http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Portug ... id=1468726


o mais tipico numa situação normal seriam despedirem metade dos funcionários e ficarem os Administradores, mas ao que parece neste caso tambem vão embora, mas repare-se bem na frase de quem escreveu a noticia....mesmo hã....este MESMO pressupôe que sem esta crise quem sabe se até ficavam, e iam embora os remadores, este MESMO diz muito da mentalidade instalada ...mas ainda assim lá está a autarquia a dizer que os reintegra:

o presidente da Câmara de Loulé, Seruca Emídio, revelou que irá tentar reintegrar alguns técnicos na sua autarquia



mesmo entre os três administradores do Estádio do Algarve, provavelmente só um ficará ao serviço.


Esta do estádio foi um exemplo que me lembrei de momento, mas não quero resvalar para estes meandros, senão ainda acabamos a falar em espadachins e chilritios e outras coisas mais que ninguem se atreve a comentar, esta cena agora do mário crespo se fosse na boca do outro chamava-lhe "crispim", seria um dialogo telefónico do género:
- pá tá a ver e coiso...a gente até ajuda e o caneco....mas lá esse crispim tá a levantar muito a crista....
- pois é sô doutor...pois é sô doutor..tem toda a razão....

e isto meus amigos tem tudo haver com ordenados...tudo

Um português independente sem côr politica no momento e muito preocupado com o estado, para mim previsivel ao que o estado/país/justiça chegou/está a chegar,,sabe-se lá onde chegará...e já agora o psi já deu um mau sinal hoje

Cumpt Charles
Cumpt

só existe um lado do mercado, nem é o da subida nem o da descida, é o lado certo
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Além dos altos salários...

por ocart » 3/2/2010 19:36

há as negociatas em que estão sempre metidos funcionários da Administração Pública que não passam de abutres comendo o que resta do cadaver (Portugal) E.....não esquecer que são todos verdadeiros democratas....
 
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por SMALL1969 » 3/2/2010 14:16

Elias Escreveu:Grécia compara-se a Portugal e pede solução global
03.02.2010 - 08h06
publico.pt

Portugal não quer ser confundido com a Grécia, mas a Grécia faz questão de lembrar que os seus problemas são os mesmos de Portugal..


É nestas alturas que prefiro que ninguém se lembre do sucesso do EURO2004, com a cauda da Europa a discutir a final: Final Grécia - Portugal

Parece-me que desta vez vamos ganhar os 2.
 
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por rmachado » 3/2/2010 12:01

ceira Escreveu:Posso falar um pouco do que conheço na função pública.

Actualmente numa autarquia local (não vou dizer qual) existe mais 50% de funcionários do que existia à 8 anos atrás. A média de vencimentos auferidos galopou dado que 80% dos novos trabalhadores são licenciados.

A situação torna-se imoral quando a grande maioria desta gente nova tem pouca experiência e pouca vontade de trabalhar. Foram colocados pelos compadrios e vieram parar a estes organismos precisamente por ter dentro deles a vontade de nada fazerem e receberem relativamente bem para aquilo que produzem.

Depois existem uma grande minoria que trabalha e que recebe perto do salário mínimo ou abaixo de...

Os investimentos que são feitos não são são objecto previo de estudo custo/benefício. Naturalmente que existe equipamento comprado por preços avultados que foi usado uma ou duas vezes nos últimos 2 anos. Ninguém assume responsabilidades ou não lhe são pedidas...

Na maioria dos casos dentro do mesmo organismo existem pessoas em divisões diferentes a desempenhar o mesmo tipo de estudos sem compartilhar ou trabalhar em equipa com as outras unidades. Resultado final: trabalho a duplicar ou triplicar.

Existem ainda sempre a necessidade de contratar serviços externos a empresas "piratas" para todo o tipo de serviços apesar de existirem técnicos abilitados na autarquia em causa.

Muito mais podia descrever...

Naturalmente que pela imoralida política e social dificilmente alguma vez se atacará o problema pela raiz na função pública e se combaterá o buraco financeiro que o estado afunda diariamente.


Ora aqui está um sitio onde sim os ordenados podiam ser cortados...

Na minha terra ainda agora tivemos um caso caricato, um dos não eleitos foi nomeado "assessor" com ordenado equiparado a vereador a tempo inteiro... algo que ronda os 3300€.
Por outro lado temos vereadores não "efectivos" que recebem 500€.

Mas que raio de dinâmica é esta?

O grande problema é que temos demasiados tachos...
 
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por Elias » 3/2/2010 11:50

Grécia compara-se a Portugal e pede solução global
03.02.2010 - 08h06
publico.pt

Portugal não quer ser confundido com a Grécia, mas a Grécia faz questão de lembrar que os seus problemas são os mesmos de Portugal. As economias mais frágeis da zona euro, afectadas pelo aumento do custo de financiamento nos mercados internacionais, estão a fazer tudo o que podem para retirar alguma da pressão dos seus ombros, incluindo apontar o dedo para os vizinhos do lado.

Ontem, o ministro grego das Finanças, a falar numa conferência em Atenas, defendeu que o seu país não estava isolado nos problemas orçamentais que hoje atravessa. "Para além da Grécia, há outros países, como a Espanha e Portugal", afirmou George Papaconstantinou, assinalando que "a questão grega, apesar das suas particularidades, é também uma questão de toda a zona euro".

Com o apontar do dedo aos parceiros ibéricos, Atenas tenta convencer as maiores potências europeias a disponibilizar-se para encontrar uma solução global para as dificuldades que atravessam as finanças públicas de alguns dos países mais periféricos da zona euro.

No mesmo discurso, Papaconstantinou disse ser favorável ao lançamento de títulos obrigacionistas da União Europeia.

Um instrumento deste tipo permitiria a países como a Grécia e Portugal obter financiamento nos mercados internacionais a uma taxa de juro muito mais baixa, anulando o diferencial que existe actualmente entre as taxas das emissões de dívida dos países periféricos e as das maiores potências, como a Alemanha.

Resposta portuguesa

Em Portugal, os responsáveis políticos optam pela estratégia oposta: distanciar-se o máximo possível da Grécia. Ontem, em Lisboa, Teixeira dos Santos afirmou que "a situação portuguesa é completamente diferente da da Grécia". Como principais argumentos, o ministro apresenta os números dos orçamentos dos dois países.

Enquanto Portugal teve um défice de 9,3 por cento do PIB em 2009 e acumula uma dívida pública de 76 por cento, a Grécia deverá registar não só um défice acima de 12 por cento, como uma dívida já acima dos 120 por cento do PIB.

Também Vítor Constâncio tentou ontem, na apresentação que fez na conferência sobre o Estado e a competitividade da economia, organizada pela Antena 1 e pelo Jornal de Negócios, mostrar algumas características da economia portuguesa que a colocam numa situação mais confortável que a de alguns dos seus parceiros.

Constâncio salientou que nos indicadores de governação do Banco Mundial, que medem questões como a transparência das instituições e o primado da lei, "estamos, em média, à frente da Espanha, Itália e Grécia e muito próximos da França".

E, quanto ao endividamento da economia portuguesa, Constâncio considera que "quando se fala e dramatiza em excesso este problema, é fácil passar por optimista".

"Não é este o meu caso; apenas não partilho de um certo pânico. Temos de situar estas questões com frieza", sublinhou.
 
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por Ceira77 » 2/2/2010 21:53

Posso falar um pouco do que conheço na função pública.

Actualmente numa autarquia local (não vou dizer qual) existe mais 50% de funcionários do que existia à 8 anos atrás. A média de vencimentos auferidos galopou dado que 80% dos novos trabalhadores são licenciados.

A situação torna-se imoral quando a grande maioria desta gente nova tem pouca experiência e pouca vontade de trabalhar. Foram colocados pelos compadrios e vieram parar a estes organismos precisamente por ter dentro deles a vontade de nada fazerem e receberem relativamente bem para aquilo que produzem.

Depois existem uma grande minoria que trabalha e que recebe perto do salário mínimo ou abaixo de...

Os investimentos que são feitos não são são objecto previo de estudo custo/benefício. Naturalmente que existe equipamento comprado por preços avultados que foi usado uma ou duas vezes nos últimos 2 anos. Ninguém assume responsabilidades ou não lhe são pedidas...

Na maioria dos casos dentro do mesmo organismo existem pessoas em divisões diferentes a desempenhar o mesmo tipo de estudos sem compartilhar ou trabalhar em equipa com as outras unidades. Resultado final: trabalho a duplicar ou triplicar.

Existem ainda sempre a necessidade de contratar serviços externos a empresas "piratas" para todo o tipo de serviços apesar de existirem técnicos abilitados na autarquia em causa.

Muito mais podia descrever...

Naturalmente que pela imoralida política e social dificilmente alguma vez se atacará o problema pela raiz na função pública e se combaterá o buraco financeiro que o estado afunda diariamente.
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por SMALL1969 » 2/2/2010 21:43

O grande problema de Portugal é a quantidade de gente a CFN na mesma teta, para o tamanho do teta. E como basicamente a grande parte deles são gente socialmente inculta mas bem relacionada e como têm no máximo uma geração de cultura cívica em cima, não têm muita vergonha, sendo até glorificados.

Sinceramene vejo muito mais gente nova a querer ser séria, e isso nota-se até em coisas simples como nas obras que temos que ir fazendo em casa ou no atendimento nas repartições públicas.

Temos uma geração agora a chegar à reforma que vieram de situações familiares graves, e que durante a vida só quiseram uma coisa: não passar pelo mesmo.
Agora não têm vergonha e não saem da frente dos centros de decisão para as novas gerações assumirem o controlo.



Em relação aos estrangeiros a mandar, tenho visto cada coisa que me parece mentira.

E até parece que não andam cá "estrangeiros" a orientar isto há dezenas de anos......a orientar e a orientarem-se.

Então as consultoras externas por exemplo são o quê?
 
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Não se esqueçam da corrupção

por lunas99 » 2/2/2010 21:29

Ainda não se referiu u pequeno grande pormenor que faz toda a diferença.

Um nível de desenvolvimento de um país é inversamente proporcional ao nível de corrupção do mesmo . E ao longo dos anos especialmente nos últimos anos um dia sem escândalo de cariz económico- tipo tachos favorecimentos adjudicações sem concurso ...- é de espantar

Temos uma classe política abjecta e apesar de se argumentar que o povo é semelhante- temos tendência a copiar o exemplo dos "nossos pais"- se somarem reformas douradas a multiplicar por 3 4 cargos em empresas públicas em que após meia dúzia de dias se atinge o topo da remuneração e reforma vitalícia , obras faraónicas apenas e só para agradar os coelhones e afins...

Ataque-se a corrupção meus amigos e aí sim verão crescimento sustentado.
Vejam o exemplo dos nórdicos
Abraço
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por whitebala » 2/2/2010 21:13

No meu ponto de vista a majoração do valor de reforma num valor entre 2500 e 3000 euros seria uma medida da mais básica justiça social.

Creio que simplesmente ninguem fala dela pois iria prejudicar toda a classe politica que aufere (ou vai auferir) reformas douradas.

sds
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por seminarista » 2/2/2010 21:01

Em conversa no Seminário sobre a noticia, o nosso vigário Batista :mrgreen: utilizou uma expressão curiosa:"Poupar enquanto há; não havendo, poupado está" :roll:
Depois disse que esta situação real do país, não é de agora pois há muito que vem padecendo, só mesmo os mais distraidos não se aperceberam....possivelmente a palavra correcta não será distraido mas, alguns inconscientemente, outros ignorantemente e outros ainda incompetentemente.
Na verdade, se recordarmos um pouco da leitura da sociedade descrita ontem desde o Seminário, verificamos que estes alertas que ultimamente têm surgido são provenientes da tal franja da sociedade que tem capacidade para colocar o país num novo rumo.....mas isto só conseguirá ser feito com a mobilização de todos, e aqui é que poderá estar a grande questão.....os actuais politicos não têm credibilidade suficiente para essa mobilização, aliás tudo o que façam só pioram, porque ninguém vai aceitar nada que venha deles......afinal quem são os grandes responsavéis pela situação actual do país????
Não são os do PS, PSD, PP, BE ou CDU...são todos.
O país tem sido conduzido em função dos interesses politicos e nunca em função das pessoas, da economia ou dos seus potenciais recursos.
A solução para este país é ser governado por pessoas sem qualquer ligação á politica, com capacidades técnicas reconhecidas, idóneas de principios morais e excomungar a maioria daqueles que têm feito carreira em função da politica.
Portanto, mais do que uma medida avulsa, precisamos de um pacote de medidas e credibilidade de quem tem a função de as aplicar.
Dito isto, o vigário Batista foi-se deixando a plateia a pensar... :shock:
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por mfsr1980 » 2/2/2010 20:48

ui....voçês já leram as declarações do Silva Lopes em relação à promessa do governo de reduzir o défice até 2013?
ui...eu julgava que ia só doer mas afinal vai ser bem pior que isso! :?

http://www.jornaldenegocios.pt/index.php?template=SHOWNEWS&id=407919
 
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por Manu » 2/2/2010 16:53

A questão nunca será quem orienta, mas como orientar.

A falta de organização não se suprime com importação de gestores estrangeiros, mas sim com melhores procedimentos.
Contudo, se para isso for necessário importar gestores estrangeiros, que se faça. Mas claro que seguindo a estratégia de redução generalizada de ordenados, só se vão atrair os menos capazes.

Uma das grandes falhas da administração pública portuguesa é precisamente a falta de procedimentos claramente definidos.
O mesmo assunto é resolvido de tantas formas diferentes, quanto os trabalhadores que lhe derem resposta. Cada um faz de maneira diferente,

A culpa será deles? Alguma parte será, mas se tivessem instruções precisas de como proceder e inspecções sérias e regulares, que acompanhassem e adaptassem os procedimentos, a coisa funcionaria melhor.

Desta forma, não seriam necessários tantos para fazerem o mesmo.
 
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por Lion_Heart » 2/2/2010 16:46

O grande problema do País é as pessoas pensarem que só tem direitos e não tem deveres.

Depois do 25 de Abril e com a suposta "democracia" o povo que andava na linha virou baldas e agora só faz o que quer.

E como não temos justiça nem educação isto esta cada vez pior.

E isto começa pela coisas minimas que e a falta de respeito em relação aos outros e todos acharem que são donos disto.

Portanto enquanto não formos civilizados não podemos evoluir.
" Richard's prowess and courage in battle earned him the nickname Coeur De Lion ("heart of the lion")"

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por mfsr1980 » 2/2/2010 16:42

Meus amigos,
Com a quantidade de empresas que, com esta dura e duradora politica foram ao charco(faliram!) voçês estão a pensar em quê? Na produtividade de que empresas? do Coelhone?
Agora é só mesmo tapar a fome de quem está desempregado e baixar as cuequinhas porque isto vai mesmo doer!
Esperaram muito tempo sentados, agora deitem-se que isto vai durar muito tempo!
Talvez agora de inicio o ideal é isentarem de impostos quem queira investir aqui!

Abraço mfsr1980
 
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por JMHP » 2/2/2010 16:19

Elias Escreveu:
Pata-Hari Escreveu:Os trabalhadores são piores orientados, precisamos de uns estrangeiros para nos orientar e formar.


Exacto, Pata. Ainda ontem no prós e contras alguém (não fixei quem) disse o seguinte: os portugueses trabalham bem sob orientação alemã mas trabalham mal sob orientação portuguesa.


É verdade e uma realidade. Mas também é possivel afirmar que os trabalhadores estrangeiros trabalhariam mal sob orientação portuguesa.

O problema reside nas pessoas, que formam um sistema, o nosso sistema, o mesmo que governa e orienta este pais aos longo dos 35 anos de democracia.

O resultado está perante os nossos olhos, eis o estado de uma nação desacreditada e de rastos, que não acredita no futuro com motivos sustentados.

Sobre o programa «Prôs e Contras» de ontem... Creio que foi o mesmo personagem (Professor...Não recordo o nome) que concluiu no final do programa dizendo «Portugal é hoje uma nação cheio de medo... Com medo do futuro!»

.... E esse mesmo personagem foi ainda mais longe dizendo...« É preciso dar inicio a despedimentos na função publica e acabar com a protecção do Estado sobre o 'emprego garantido'.
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por rmachado » 2/2/2010 16:10

Eu quando vejo (leio) isto e depois de ler tb a posição por exemplo do Belmiro..

Faço apenas perguntas:
- Quais querem baixar?
- Como querem baixar?
- Qual o real impacto dessa baixa?


Se tivermos em conta que cosidera-se "rico" uma familia com mais de 3000 Euros por mês...

O nosso salario minimo é o que é...


E ainda ontem li uma coisa "gira", os RSI agora vão ser auditados de 6 em 6 meses...

Começam pela despesa e não venham com estas coisas...
 
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por GriP » 2/2/2010 16:06

ursopolar11 Escreveu:Somos 10 milhões:

1 milhão no desemprego
2 milhões a estudar ou menores de idade
3 reformados

5 milhoes a trabalhar

Com os nossos rendimentos baixos, e com a importação de quase todo o tipo de bens, como é possível sustentar isto tudo ?

Teremos de começar por quem tem mais regalias, pois não custará tanto.

Não choca ninguem retirar de uma pensão de 7000€ retirar 3000 €.

Choca mais a uma pensão de 300 tirar 30.

Não será já uma questão de justiça, mas sim uma questão de subrevivência do país.

Isto foi um exemplo.

Outro exemplo:

Comprar só nacional, sermos mais racionais nas nossas compras, principalmente de bens importados (electrodomesticos, carros, alguns bens alimentares transformados), etc, etc.

-Comprarmos titulos de divida publica portuguesa (1% do ordenado ser nestes termos)


De novo a mesma conversa??

Porque acha que fechar fronteiras e obrigar as pessoas a comprar um produto que foi produzido de forma menos eficiente cá dentro é melhor? Porque quer retirar o direito de escolha do consumidor e não deixar que este livremente escolha o que é melhor para si? Isso é que é ser racional?

Este conceito alem de idiota, pode ser contra-producente uma espécie de racismo económico que não faz sentido nenhum.
 
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por Branc0 » 2/2/2010 16:02

Pata-Hari Escreveu:Manu, é pouco imaginativa mas é a unica que se consegue aplicar de modo imediato. Aumentar a produtividade não se faz por decreto.


Seria preferível complementar com despedimentos da FP, conseguia-se cortar menos nos salários e tirar o Estado de mais sitios.

Exacto, Pata. Ainda ontem no prós e contras alguém (não fixei quem) disse o seguinte: os portugueses trabalham bem sob orientação alemã mas trabalham mal sob orientação portuguesa.


Estes "cliches"...

Já fui orientado por alemães e por portugueses. Até já fui orientado por portugueses que eram orientados por alemães.

Há casos e casos para tudo.
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The market does not beat them. They beat themselves, because though they have brains they cannot sit tight. - Jesse Livermore
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por Supermann » 2/2/2010 15:57

Elias Escreveu:
Pata-Hari Escreveu:Os trabalhadores são piores orientados, precisamos de uns estrangeiros para nos orientar e formar.


Exacto, Pata. Ainda ontem no prós e contras alguém (não fixei quem) disse o seguinte: os portugueses trabalham bem sob orientação alemã mas trabalham mal sob orientação portuguesa.


Ainda anteontem disse o mesmo.

Que o trabalhador português é competente, criativo, e inovador. E que é bem visto pelas empresas estrangeiras... no entanto ter portugueses à frente do que quer que seja... :roll:

Não sabemos ser lideres e precisamos de alguém a comandar-nos...
 
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por ursopolar11 » 2/2/2010 15:47

Somos 10 milhões:

1 milhão no desemprego
2 milhões a estudar ou menores de idade
3 reformados

5 milhoes a trabalhar

Com os nossos rendimentos baixos, e com a importação de quase todo o tipo de bens, como é possível sustentar isto tudo ?

Teremos de começar por quem tem mais regalias, pois não custará tanto.

Não choca ninguem retirar de uma pensão de 7000€ retirar 3000 €.

Choca mais a uma pensão de 300 tirar 30.

Não será já uma questão de justiça, mas sim uma questão de subrevivência do país.

Isto foi um exemplo.

Outro exemplo:

Comprar só nacional, sermos mais racionais nas nossas compras, principalmente de bens importados (electrodomesticos, carros, alguns bens alimentares transformados), etc, etc.

-Comprarmos titulos de divida publica portuguesa (1% do ordenado ser nestes termos)
 
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