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Caldeirão da Bolsa

Bilhetes de tesouro europeus.

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Branc0 » 10/12/2009 16:37

A confusão é que tu colocaste o artigo do JdN a falar de bonds a 10 anos e depois no quadro colocaste divida de curto prazo.

Podias ter verificado a diferença no link que deixei para a bloomberg em que vês que a divida de mais curto prazo (até 6 meses) está a ir no sentido inverso da de longo prazo.

Mas pronto, se já esclareceste a duvida isso é que interessa. :)
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por bestbland » 10/12/2009 16:25

Branc0 Escreveu:
bestblandina Escreveu:agora estou a compreender, o problema é que tinha um contrato de futuro que estava vencido logo a cotação não era aquela, o que induzia em erro, se vermos agora ela está a descer 0,23% fazendo agora todo o sentido da minha duvida, ninguem tinha reparado nesse pormenor


Ninguém tinha reparado no pormenor que o preço estava a cair 0,23% ?

Tirando eu, a Pata e o C.N. acho que realmente não houve mais ninguém no tópico a perceber isso.


Acho que não entendeste, quando comecei com a duvida apresentei o quadro onde constava que estava a subir 0,32%, sendo esse um contrato de dez 09, se alguem tivesse percebido dizia logo que aquela cotação estava errada. Após ter visto isso com o meu banco apresentei o ultimo quadro onde realmente a cotação está a descer mas isso foi no ultimo mas se veres no quadro anterior a cotação estava a subir e era essa a minha duvida, passou despercebido ao olhos de todos, acontece branco. A duvida era sobre o meu quadro e o artigo onde ambos não se enquadravam (primeiro quadro)

Abraço best
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por Branc0 » 10/12/2009 16:19

bestblandina Escreveu:agora estou a compreender, o problema é que tinha um contrato de futuro que estava vencido logo a cotação não era aquela, o que induzia em erro, se vermos agora ela está a descer 0,23% fazendo agora todo o sentido da minha duvida, ninguem tinha reparado nesse pormenor


Ninguém tinha reparado no pormenor que o preço estava a cair 0,23% ?

Tirando eu, a Pata e o C.N. acho que realmente não houve mais ninguém no tópico a perceber isso.
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por bestbland » 10/12/2009 16:14

Branc0 Escreveu:O artigo diz:
Também na Alemanha as “yields” sobem, em 3 pontos base para 3,162%.


Se sobe o yeld, desce o preço. O artigo está certo como se pode ver nas cotações em baixo.

http://bloomberg.com/markets/rates/germany.html

Não percebo onde está a duvida.


agora estou a compreender, o problema é que tinha um contrato de futuro que estava vencido logo a cotação não era aquela, o que induzia em erro, se vermos agora ela está a descer 0,23% fazendo agora todo o sentido da minha duvida, ninguem tinha reparado nesse pormenor
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por Branc0 » 10/12/2009 16:07

O artigo diz:
Também na Alemanha as “yields” sobem, em 3 pontos base para 3,162%.


Se sobe o yeld, desce o preço. O artigo está certo como se pode ver nas cotações em baixo.

http://bloomberg.com/markets/rates/germany.html

Não percebo onde está a duvida.
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Yield

por C.N. » 10/12/2009 16:05

Ola,

Isto talvez ajude um pouco a quem esta confuso sobre obrigacoes.

Primeiro, uma obrigacao e um valor mobiliario que representa um acordo de

:arrow: reembolso de uma dada quantia,
:arrow: num dado momento futuro,
:arrow: e pagamento de juros, fixos ou variaveis, durante um dado periodo.

Segundo, o preco nao e o indicador mais usado para avaliar obrigacoes, sendo o Current Yield, Yield to Maturity ou Yield to Call mais usados pois concentram-se na sua taxa de retorno implicita. O preco de uma obrigacao pode estar acima ou abaixo do seu valor nominal e do valor de reembolso.

Terceiro, exemplo. Uma companhia emitiu obrigacoes com valor nominal de 10 euros, valor de reembolso de 10 euros tambem, maturidade de 2 anos, taxa de cupao 5% ao ano, e o preco de emissao e de 9.5 euros. Qual o Current Yield? Divide-se o juro anual (5% de 10 euros sao 0.5 euros) pelo preco de aquisicao (9.5 euros), dando uma yield de 5.26%.

Abracos

CN
Editado pela última vez por C.N. em 10/12/2009 16:08, num total de 1 vez.
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por bestbland » 10/12/2009 16:01

Branc0 Escreveu:
bestblandina Escreveu:
Branc0 Escreveu:
bestblandina Escreveu:Obrigado branco, ainda fiquei com a primeira duvida no post anterior sobre a bunds de hoje, está num dos posts anteriores


Eu não percebi qual era a duvida. Os preços dos bonds alemães estão a descer em consonância com o resto da europa no dia de hoje (seja pelas razões apresentadas no artigo ou não).


Mas as bunds alemas estão hoje a subir e não a descer, é essa a minha duvida, hoje estão a subir 0,32%


O que estás a dizer está em consonancia com o artigo que diz que o yeld está a subir em 3 pontos base.

O que está a descer é o preço.


Agora é que fiquei confuso mesmo, ora o que está a subir é o preço e não a yield, se a yield sobe o preço desce logo deveria aparecer -0,32%, não é isso? ou estou a trocar tudo
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por Branc0 » 10/12/2009 15:57

bestblandina Escreveu:
Branc0 Escreveu:
bestblandina Escreveu:Obrigado branco, ainda fiquei com a primeira duvida no post anterior sobre a bunds de hoje, está num dos posts anteriores


Eu não percebi qual era a duvida. Os preços dos bonds alemães estão a descer em consonância com o resto da europa no dia de hoje (seja pelas razões apresentadas no artigo ou não).


Mas as bunds alemas estão hoje a subir e não a descer, é essa a minha duvida, hoje estão a subir 0,32%


O que estás a dizer está em consonancia com o artigo que diz que o yeld está a subir em 3 pontos base.

O que está a descer é o preço.
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por bestbland » 10/12/2009 15:38

fica o quadro á hora actual, as bunds estão a subir não está de acordo com o artigo
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por bestbland » 10/12/2009 15:34

Branc0 Escreveu:
bestblandina Escreveu:Obrigado branco, ainda fiquei com a primeira duvida no post anterior sobre a bunds de hoje, está num dos posts anteriores


Eu não percebi qual era a duvida. Os preços dos bonds alemães estão a descer em consonância com o resto da europa no dia de hoje (seja pelas razões apresentadas no artigo ou não).


Mas as bunds alemas estão hoje a subir e não a descer, é essa a minha duvida, hoje estão a subir 0,32%
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por Branc0 » 10/12/2009 15:25

bestblandina Escreveu:Obrigado branco, ainda fiquei com a primeira duvida no post anterior sobre a bunds de hoje, está num dos posts anteriores


Eu não percebi qual era a duvida. Os preços dos bonds alemães estão a descer em consonância com o resto da europa no dia de hoje (seja pelas razões apresentadas no artigo ou não).
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por bestbland » 10/12/2009 15:18

Branc0 Escreveu:
bestblandina Escreveu:Tenho outra duvida, se uma pessoa compra obrigações de tesouro com a subida de juro, perde, pois elas poderão descer devido a yield subir, estou certo?


Sim. Sobe o juro, desce o preço.


Obrigado branco, ainda fiquei com a primeira duvida no post anterior sobre a bunds de hoje, está num dos posts anteriores
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por bestbland » 10/12/2009 15:16

Então temos aqui uma situação, a taxa de juro a cobrar ao estado é mais cara, se tivessemos no tempo do escudo os emprestimos iam ser mais caros com a subida do juro, como estamos na euribor o que poderá acontecer é o aumento de impostos, pois a desvalorização da moeda e aumento da nossa taxa não haverá a não ser o aumento do spread por parte dos nossos bancos
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por Branc0 » 10/12/2009 15:10

bestblandina Escreveu:Tenho outra duvida, se uma pessoa compra obrigações de tesouro com a subida de juro, perde, pois elas poderão descer devido a yield subir, estou certo?


Sim. Sobe o juro, desce o preço.
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por bestbland » 10/12/2009 15:00

Tenho outra duvida, se uma pessoa compra obrigações de tesouro com a subida de juro, perde, pois elas poderão descer devido a yield subir, estou certo?
Sò se entrar short nas obrigações, como se compra as obrigações de tesouro portuguesas?
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por bestbland » 10/12/2009 14:52

Vou colocar a noticia que me deu alguma confusão.

As “yields” das obrigações europeias estão hoje de novo em forte alta, sobretudo nos países do sul da Europa, penalizados pelas ameaças de corte de “rating” por parte da agência S&P. O juro das Obrigações do Tesouro portuguesas sobe 9 pontos base, com a “yield” a aproximar-se dos 4%, um máximo desde Agosto.

Estas subidas reflectem o maior prémio de risco exigido pelos investidores para comprarem dívida dos países europeus, devido aos receios gerados com o facto de a Standard & Poor’s ter cortado para negativa a perspectiva da dívida pública da Grécia, Espanha e Portugal.

As obrigações do Tesouro portuguesas a 10 anos estão a cair para 105,99, elevando a “yield” para 3,977%, o nível mais elevado desde 13 de Agosto, quando se situava acima dos 4%. As “yields”, que representam a rentabilidade das obrigações, variam em sentido inverso à cotação dos títulos.

A subida de hoje é de 9 pontos base, depois de ontem já ter registado uma forte subida, acima de 10 pontos base. Este aumento reflecte a percepção dos investidores do maior nível de risco de incumprimento da dívida portuguesa, exigindo assim um juro mais elevado.

Mas a subida não é exclusiva da dívida portuguesa. Na Grécia a “yield” das obrigações a 10 anos sobem 13 pontos base para 5,717%, na Espanha avançam 9 pontos base para 3,906% e na Irlanda sobem 10 pontos base para 5,128%.
Também na Alemanha as “yields” sobem, em 3 pontos base para 3,162%. Dado esta subida ser menor, continua assim a alargar-se o “spread” da “yields” da dívida pública portuguesa, face à alemã. Situa-se agora em 81,5 pontos base.

Apesar da subida recente nas últimas sessões, a “yield” das OT portuguesas acumula uma descida de 13 pontos base este ano e 59 pontos nos últimos seis meses.

Fonte: jornal negocios

A minha confusão é das bunds alemãs estar hoje a subir, não deviam estar a descer?
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por bestbland » 10/12/2009 14:36

Pata-Hari Escreveu:ele estava a falar do preço, senão a frase nem faria sentido (as taxas estariam a subir porque a euribor estava a descer)


Sim o preço, das bunds estão a subir o que taxas estão a descer mas em Portugal ouvi que estava ao contrario como tal fiquei confuso
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por Pata-Hari » 10/12/2009 14:16

ele estava a falar do preço, senão a frase nem faria sentido (as taxas estariam a subir porque a euribor estava a descer)
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por Branc0 » 10/12/2009 13:34

Já agora, com boneco.

São as taxas de juro a 10 anos.
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por Branc0 » 10/12/2009 13:28

bestblandina Escreveu:Como se pode acompanhar as cotaçãos das obrigações de tesouro de portugal e espanha?
Só consigo ver a alemanha.
Estou um pouco confuso, pois ouvi dizer que as obrigações de portugal estão a descer, mas a alemanha está a subir pois a euribor está hoje em queda.


Na realidade as taxas da Alemanha têm estado a descer (ou estavas a referir-te ao preço?).

As portuguesas e espanholas têm estado também a descer.

As unicas em contra-ciclo são as gregas e as (em menor grau) irlandesas devido ao medo de falência, cortes de rating, etc.
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por Pata-Hari » 10/12/2009 13:18

Qual das partes não entendes? Portugal desce porque a dívida de paises semelhantes em termos de riscos, desce.

A Alemanha sobe porque obrigações com bons cupões de taxa fixa valem mais quanto mais baixa for a euribor. É mesmo esse o funcionamento da taxa fixa. O preço de uma aplicação com um cupão de 5% (por exemplo) vale tanto mais quanto mais baixa for a euribor (ceteris paribus - e não me perguntes o que significa ceteris paribus).
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por bestbland » 10/12/2009 12:16

Como se pode acompanhar as cotaçãos das obrigações de tesouro de portugal e espanha?
Só consigo ver a alemanha.
Estou um pouco confuso, pois ouvi dizer que as obrigações de portugal estão a descer, mas a alemanha está a subir pois a euribor está hoje em queda.
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por Pata-Hari » 6/12/2009 18:06

Mas exactamente o que é que estás a tentar saber?
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por new-killer-star » 6/12/2009 16:23

Ajudar as Empresas a Ultrapassaremas Dificuldades FinanceirasGuia de boas práticas e princípios dereestruturação, falência e recomeçoCOMISSÃO EUROPEIADirecção-Geral da Empresa


http://ec.europa.eu/enterprise/policies ... 002_pt.pdf


está em pdf
 
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por new-killer-star » 6/12/2009 16:01

Já que ninguém me ajuda encontrei isto.

A comunicação sublinha que os mercados de investimento em bens de capital, que asseguram o financiamento sob a forma de acções às pequenas e médias empresas (PME) e empresas caracterizadas por um forte crescimento, desempenham um papel crucial no arranque e no desenvolvimento de novas empresas e, por conseguinte, a nível da criação de postos de trabalho na União Europeia.

Uma comparação com os Estados Unidos revela que os mercados de investimento em bens de capital são ainda manifestamente subdesenvolvidos na União Europeia. Tal é o caso não só dos mercados bolsistas especializados no financiamento de empresas em forte crescimento, como também dos investimentos em capital de risco em empresas em fase de arranque e crescimento, bem como de alta tecnologia. Outras diferenças patentes prendem-se com a medida em que os fundos de pensões americanos contribuem para o fornecimento de capital de risco e a dinâmica de reagrupamento geográfico dos operadores interessados no desenvolvimento de empresas (fornecedores de capital de risco, investigadores, empresários) nos Estados Unidos.

Os empresários europeus não dispõem de acesso a um volume suficiente de capital necessário para o arranque e o desenvolvimento das suas empresas. Por outro lado, os investidores em bens de capital carecem de boas oportunidades em termos de mobilização dos seus fundos. Esta falta de dinamismo tem repercussões negativas sobre a capacidade da União Europeia de explorar as suas próprias ideias inovadoras e de realizar o seu pleno potencial em termos de criação de emprego.

A comunicação identifica seis categorias de entraves à criação de mercados de investimento em bens de capital à escala europeia:

•Os mercados nacionais são ainda muito compartimentados, o que reduz simultaneamente a capitalização e a liquidez dos mercados.
•Perduram entraves institucionais e regulamentares devido à ausência de um quadro regulamentar satisfatório a nível europeu ou a nível nacional. Tal é nomeadamente o caso da regulamentação relativa aos fundos de capital de risco, aos investidores institucionais (empresas de seguros, fundos de pensões), aos serviços de investimento, à emissão e cotação transfronteiras e às regras contabilísticas.
•Os regimes fiscais nacionais dos Estados-Membros parecem penalizar o investimento em bens de capital. Em primeiro lugar, as receitas de participações directas nas sociedades (dividendos) são geralmente sujeitas a uma taxa de tributação mais elevada do que as dos capitais investidos sem risco em obrigações e depósitos bancários (juros). Em segundo lugar, é importante que os impostos sobre as mais-valias não entravem o investimento, nem a utilização das opções de compra de acções como complemento à remuneração do pessoal. Em terceiro lugar, os regimes fiscais aplicáveis aos fundos de capital de risco são geralmente pouco claros.
•No sector da alta tecnologia, a penúria de novas PME e a falta de oportunidades de investimento daí resultante são problemas particularmente agudos. Esta penúria é acentuada pela escassez de redes ou concentrações geográficas de PME de alta tecnologia e por um enquadramento jurídico e regulamentar (regras em matéria de propriedade intelectual e requisitos administrativos aquando da criação de empresas) pouco favorável à inovação e à criação de empresas.
•Os recursos humanos disponíveis para os projectos de investimento em capital de risco (empresários e peritos qualificados) são insuficientes.
•Factores "culturais" como, por exemplo, o comportamento dos investidores face ao risco e a ausência de uma cultura empresarial nas escolas e universidades, entravam a formação de uma nova geração de empresários europeus.
A comunicação propõe um plano de acção para eliminar estes obstáculos e melhorar deste modo as condições de desenvolvimento do investimento em bens de capital na União Europeia. Algumas das acções propostas (como, por exemplo, a reforma do sistema de patentes europeias) requerem esforços a nível da União Europeia, enquanto outras (como a clarificação do enquadramento fiscal aplicável às empresas) devem ser executadas pelos próprios Estados-Membros.

ACTOS RELACIONADOS
Comunicação da Comissão ao Conselho e ao Parlamento Europeu, de 4 de Novembro de 2003, sobre a implementação do plano de acção em matéria de capital de risco (PACR)[COM(2003) 654 final - Não publicada no Jornal Oficial]
A referida Comunicação examina os progresso realizados a nível da implementação do PACR ao longo de 2002 e, em relação a determinados aspectos, durante os três primeiros trimestres de 2003. Dado tratar-se do quinto e último relatório deste tipo, a Comissão faz igualmente o ponto da situação no que diz respeito a todo o período de implementação do PACR (1998-2003). É referida a realização de progressos significativos: todos os objectivos políticos e um grande número de objectivos técnicos foram alcançados.
É certo que persiste o diferencial com os Estados Unidos, uma vez que os níveis de investimento neste país continuam a ser o dobro dos registados na Europa. É de assinalar, todavia, que este diferencial diminuiu para metade desde 2000. Apesar de o mercado europeu continuar a ser fragmentado em virtude das divergências que subsistem entre os Estados-Membros, o sector do capital de risco é actualmente muito mais importante, mais maduro e mais profissional do que em 1988. O quadro regulamentar foi significativamente reforçado, muito embora o vector fiscal continue a ser o seu ponto fraco. A importância estratégica deste sector e as possibilidades propiciadas por este meio de financiamento são hoje em dia largamente reconhecidas pelas empresas e pelas autoridades públicas europeias. O PACR desempenhou um papel político mediante o apoio concedido aos operadores económicos envolvidos directa ou indirectamente nas actividades de capital de risco e influenciou outras políticas e programas regionais, nacionais e comunitários.
Para manter a dinâmica desencadeada, a Comissão continuará a acompanhar de perto os mercados europeus de capital de risco. Em 2004, deve analisar as áreas em que a ineficácia persiste, com vista a apresentar, se for caso, recomendações e propostas, atendendo à data-limite de 2010 fixada em Lisboa.

Comunicação da Comissão ao Conselho e ao Parlamento Europeu, de 16 de Outubro de 2002, sobre a implementação do plano de acção em matéria de capital de risco (PACR) [COM(2002) 563 final - Não publicada no Jornal Oficial].
Esta Comunicação constitui o quarto relatório anual sobre os progressos registados a nível da implementação do PACR desde a sua adopção em 1998. Faz o ponto da situação no que diz respeito aos progressos realizados ao longo de 2001 e, em relação a determinados aspectos, no primeiro semestre de 2002, atendendo que a data-limite para a conclusão do Plano de Acção foi confirmada para o final de 2003.
A Comunicação realça que o sector europeu de capital de risco atravessa um período de ajustamento. Determinadas áreas, nomeadamente, o funcionamento, a regulamentação e a liquidez dos mercados bolsistas, ou ainda a dimensão pan-europeia do mercado de capital de risco requerem melhorias, que deverão ser asseguradas através de esforços em matéria de racionalização. Por outro lado, assinala que a modernização do quadro regulamentar foi coroada de êxito, num contexto financeiro dominado pela introdução satisfatória do euro fiduciário. Faz alusão aos importantes avanços verificados no que se refere à aplicação obrigatória das normas contabilísticas internacionais até 2005 e à futura legislação relativa aos fundos de pensões complementares. Sublinha, além disso, que os Fundos estruturais aumentaram substancialmente a sua participação no financiamento do capital de risco.
Em suma, a Comunicação considera que as medidas de acompanhamento destinadas a desenvolver o capital de risco na Europa registaram alterações simultaneamente profundas e positivas ao longo dos últimos quatro anos. Entende que devem ser prosseguidos os esforços com vista a melhorar o contexto em que se insere este tipo de investimento numa perspectiva a longo prazo, independentemente de quaisquer considerações conjunturais e propõe uma reflexão sobre as novas medidas de promoção do capital de risco para os próximos anos.

Comunicação da Comissão ao Conselho e ao Parlamento Europeu, de 25 de Outubro de 2001, relativa à implementação do plano de acção em matéria de capital de risco (PACR) [COM(2001) 605 final - Não publicada no Jornal Oficial].
Nesta Comunicação, são analisados os progressos realizados durante 2000 e 2001 e é feito o ponto da situação, decorrido metade do prazo previsto para a execução do PACR, uma vez que este deverá ser concluído em 2003. Muito embora a Comissão se congratule com os resultados espectaculares dos mercados de investimento no capital das empresas na Europa e com o facto de todos os Estados-Membros terem tirado partido deste crescimento, recorda que subsistem divergências significativas e que o mercado europeu continua a pautar-se pela sua fragmentação. A queda dos mercados bolsistas, a desaceleração do crescimento económico e os acontecimentos de 11 de Setembro de 2001 nos Estados Unidos tiveram um impacto negativo sobre a evolução do sector na Europa. Apesar de a instituição de um enquadramento regulamentar adaptado ao investimento no capital das empresas ter prosseguido, subsistem inúmeros obstáculos tais como a ausência de uma patente única e certas discriminações no domínio fiscal. É certo que a introdução do euro deverá ser conducente à supressão dos entraves às operações transfronteiras. Por outro lado, o desenvolvimento e a promoção do espírito empresarial na Europa foram fomentados, tendo sido adoptadas medidas importantes no que respeita aos financiamentos públicos: a Comissão clarificou, por exemplo, a sua posição no que respeita aos auxílios estatais neste contexto
Em suma, não obstante os progressos realizados, a actividade no domínio do investimento no capital das empresas deverá ainda ser reforçada para que a Europa lidere este sector à escala mundial, conforme preconizado em Lisboa.

Comunicação da Comissão ao Conselho e ao Parlamento Europeu, de 20 de Outubro de 1999, intitulada "Capital de risco: propostas para prosseguir a execução do plano de acção" [COM(1999) 493 final - Não publicada no Jornal Oficial].
Na referida Comunicação, a Comissão expõe as medidas adoptadas para eliminar os entraves ao desenvolvimento do capital de risco desde a adopção do Plano de Acção em Março de 1998. Insiste na necessidade deste processo ser acelerado e desenvolvido, propondo fazer o balanço da situação numa base regular no que se refere aos progresso realizados, graças a um sistema de avaliação comparativa que consiste em identificar as melhores práticas.

Comunicação da Comissão, de 11 de Maio de 1999, intitulada"Aplicação de um enquadramento para os mercados financeiros: plano de acção" [COM(1999) 232 final - Não publicada no Jornal Oficial].
Este plano de acção, apresentado a pedido do Conselho Europeu, baseia-se no quadro de acção divulgado pela Comissão em Outubro de 1998 e nas deliberações do grupo relativo à política dos serviços financeiros. Contém uma série de objectivos políticos e de medidas específicas que visam melhorar o mercado único de serviços financeiros ao longo dos próximos cinco anos. Mais especificamente, propõe prioridades indicativas e um calendário de medidas legislativas e outras que deverão permitir alcançar três objectivos estratégicos:

•Instituir um mercado único de serviços financeiros de grande montante.
•Assegurar que os mercados financeiros de pequeno montante sejam acessíveis e seguros.
•Modernizar as regras prudenciais e em matéria de fiscalização.
O plano de acção preconiza igualmente a adopção pelo Conselho e pelo Parlamento Europeu, até ao final de 1999, das propostas de directiva relativas aos organismos de investimento colectivo em valores mobiliários, à venda à distância de serviços financeiros e à moeda electrónica.

http://europa.eu/legislation_summaries/ ... 195_pt.htm
 
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