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Caldeirão da Bolsa

[± Off Topic] Can Portuguese management compete ?

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por MoneyInMoneyOut » 12/5/2009 23:28

mais_um,

Despedir é possivel, mas é sempre necessário o aval do empregado e com custos tão exorbitantes que apenas funciona aquando de prespectiva de falência da empresa os empregados podem ver contractos terminados pelo lay-off, mas também com custos enormes.

Porque é que achas que o trabalho temporário na Europa tem normalmente duração de trabalho de longa duração? Quando é necessário ajustra a força de trabalho às encomendas, é necessário ter flexidade, coisa que não existe por cá.

Resultado, as empresas de transformção na Europa, quando facham já não abrem mais, e a prova é o facto de sermos os maiores parceiros comerciais da China.

Estamos a dar postos de trabalho e pessoas e países sem escrupulos e que não competem com justiça, já que só há cabeça exploram as pessoas.

Mas isto tem nuito que se lhe diga...

Para o caso, se fosse o mercado liberalizado, qual o motivo de existirem contratos temporários a recibo ou memso "por baixo da porta"?

Podia não ser um "emprego blindado", mas já não havia espaço para as mais diversas falcatruas ue se fazem hoje em dia para não pagar impostos e ter o minimo possível de colaboradores com contracto sem termo.
 
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por Pata-Hari » 12/5/2009 23:17

Os problemas de legislação SÂO problemas de gestão. E as noticias e todos os estudos sempre identificaram a inflexibilidade do mercado laboral português como sendo um grave impedimento à criação de emprego e de empresas.
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por mais_um » 12/5/2009 22:59

Pata-Hari Escreveu:80 não é nada, eles teriam precisado de despedir 10 vezes mais. Se essa autorização tivesse saído mais cedo e no número necessário, não terias tido o descalabro das duas empresas.


Não quero ser teimoso, mas parece-me que estás a confundir problemas de gestão com legislação, eles fizeram os despedimentos faseados por interesse deles, não por impedimento legal.

Sem esse despacho que declare o estatuto requerido, a administração diz que lhe resta "o recurso ao despedimento colectivo, o que não pode ser feito de forma gradual" e adianta que esta forma "exige financiamentos adicionais imediatos e é fonte de perturbação social". O documento indica, como justificação do pedido, que nos anteriores seis anos despediram 750 pessoas por triénio e esta redução "tem sido feita sem quaisquer convulsões sociais".


De qualquer maneira, temos verificado que a nossa lei não tem sido impedimento para fazer despedimentos, basta ver as noticas.
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por Pata-Hari » 12/5/2009 22:52

80 não é nada, eles teriam precisado de despedir 10 vezes mais. Se essa autorização tivesse saído mais cedo e no número necessário, não terias tido o descalabro das duas empresas.
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por mais_um » 12/5/2009 22:37

Pata-Hari Escreveu:Não vejo nada disso, pelo contrário. Tens certamente seguido os problemas da atlantis e da vista alegre que foi arrastada pela atlantis, não tens? e este é apenas um dos exemplos mais mediáticos e conhecidos.


Por acaso não tenho seguido esse, mas tem existido muitos casos de despedimentos por diminuição da procura ou por deslocalização da produção.

A Vista Alegre Atlantis pretende reduzir mais de 80 postos de trabalho até 2009, continuando a política de rescisões por mútuo acordo que tem vindo a prosseguir desde o ano 2000. Em seis anos rescindiu os contratos com 1499 empregados, de acordo com um comunicado que enviou ontem à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM),


O problema da VA era outro, não queria usar os mecanismos do despedimento colectivo e teve que esperar por uma autorização do ministerio do trabalho, mas conseguiu despedir.
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por Pata-Hari » 12/5/2009 22:19

Não vejo nada disso, pelo contrário. Tens certamente seguido os problemas da atlantis e da vista alegre que foi arrastada pela atlantis, não tens? e este é apenas um dos exemplos mais mediáticos e conhecidos.
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por mais_um » 12/5/2009 22:12

Pata-Hari Escreveu:mais um, a nossa economia sempre teve o gravíssimo problema de não se poder de modo mais flexível ajustar a produção à procura, via, sim, despedimentos quando necessários. Um dos segredos da economia americana (ou melhor, não é nenhum segredo, é um dado conhecido e reconhecido) é exactamente a flexibilidade laboral. Uma empresa pode ajustar custos e produção despedindo quando precisa e empregando quando precisa sem se estar a "casar pela igreja" com o empregado. A rotação de emprego é algo normal e que não é visto com drama nos estados unidos porque é normal e porque se sabe que com facilidade se perde o emprego, mas com facilidade de encontra algo diferente, nem que seja de modo temporário.


Pata,

Actualmente em Portugal podes despedir pessoas, provavelmente não de uma maneira tão facil como nos EUA, mas já há mecanismos que permitem dispensar mão de obra excedentária, basta ver o que tem acontecido com as multinacionais do sector automovel(entre outras), podes verificar que não tem tido problemas para despedir.

Editado:

A mão de obra excedentária (entre outros) é um dos motivos que permite despedir pessoas sem justa causa:

Motivos de mercado — redução da actividade da empresa provocada pela diminuição previsível da procura de bens ou serviços ou impossibilidade superveniente, prática ou legal, de colocar esses bens ou serviços no mercado;


Motivos estruturais — desequilíbrio económico-
-financeiro, mudança de actividade, reestruturação da
organização produtiva ou substituição de produtos dominantes;


Motivos tecnológicos — alterações nas técnicas ou processos de fabrico, automatização de instrumentos de produção, de controlo ou de movimentação de cargas, bem como informatização de serviços ou automatização de meios de comunicação.
Editado pela última vez por mais_um em 12/5/2009 22:34, num total de 1 vez.
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por Pata-Hari » 12/5/2009 22:00

mais um, a nossa economia sempre teve o gravíssimo problema de não se poder de modo mais flexível ajustar a produção à procura, via, sim, despedimentos quando necessários. Um dos segredos da economia americana (ou melhor, não é nenhum segredo, é um dado conhecido e reconhecido) é exactamente a flexibilidade laboral. Uma empresa pode ajustar custos e produção despedindo quando precisa e empregando quando precisa sem se estar a "casar pela igreja" com o empregado. A rotação de emprego é algo normal e que não é visto com drama nos estados unidos porque é normal e porque se sabe que com facilidade se perde o emprego, mas com facilidade de encontra algo diferente, nem que seja de modo temporário.
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por mais_um » 12/5/2009 21:33

Caro Atomez,

Se me permites dar a minha opinião sobre a tua frase:

"O problema com os políticos deste país é estarem neste país."

para mim:

"O problema com os políticos deste país é serem portugueses, tem os mesmos defeitos e virtudes que o povo em geral"

Cumprimentos,

Alexandre Santos
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por mais_um » 12/5/2009 21:24

Desconheço se há algum estudo mais recente, já passaram 6 anos e muita coisa mudou, especialmente a burocracia, mas por experiencia propria concordo em parte com as conclusões do mesmo.

No entanto não posso deixar de referir que apesar de concordar com alguns dos "defeitos" referidos, verifico com satisfação que comparando com outros paises em que os gestores não tem esses "defeitos", nas empresas portugueses (cotadas na bolsa), não se houve falar em despedimentos em massa nem em prejuizos, ao contrario do que tem acontecido por esse mundo fora, vejam por exemplo a Banca, quanto dinheiro é que tem custado aos contribuintes da Alemanha, França, Belgica, Irlanda, Espanha, Suiça, EUA, etc...as "qualidades" dos seus gestores.

Cumprimentos,

Alexandre Santos
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por atomez » 12/5/2009 21:11

Pata-Hari Escreveu:Eu concordo com as conclusões mas acho pena que a concorrência não faça parte das condições necessárias às mudanças. Afinal de contas, imaginem um provider que net que dê perfeito apoio ao cliente, acho que todos gostariamos mesmo que representasse um acréscimo de custo. A partir daí, um standard é criado.

Pois, mas a falta de qualidade de serviços e produtos é também consequência da "nossa" maneira de ser. A maior parte do pessoal prefere ter serviços medíocres, falta de qualidade, falta de pontualidade desde que sejam baratos ou até mesmo grátis... o pessoal prefere (e até gosta) de passar o tempo a queixar-se dos maus serviços do que ter de pagar mais por bons serviços...

Tudo está interligado e é um circulo vicioso do qual é cada vez mais difícil sair.

Até acho que uma altura de crise como esta é uma oportunidade, porque já que o pessoal só se mexe e muda de atitudes quando tem a corda na garganta, então... ponha-se-lhes a corda na garganta!
As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
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por Pata-Hari » 12/5/2009 20:27

Eu concordo com as conclusões mas acho pena que a concorrência não faça parte das condições necessárias às mudanças. Afinal de contas, imaginem um provider que net que dê perfeito apoio ao cliente, acho que todos gostariamos mesmo que representasse um acréscimo de custo. A partir daí, um standard é criado.

Se calhar o que nos está a fazer falta é issso mesmo, é conseguir ver estas falhas como oportunidades de negócio.
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por atomez » 12/5/2009 0:59

Can Portuguese management compete ?

Um interessante estudo baseado num inquérito sobre como managers estrangeiros a trabalhar em Portugal nos olham.

É de 2002 mas continua totalmente actual, como é fácil de ver.

Executive summary

Portugal is much too bureaucratic and its managers, though hard-working, are not strategic or customer–focussed in their thinking and work poorly in teams, concludes this survey of the opinions of top foreign managers working in Portugal. What is more, Portuguese managers also surveyed generally agree with these conclusions.

Senior European managers in Portugal were questioned in an extensive survey carried out by headhunters Ad Capita International Search in Lisbon, together with one of Europe’s top business schools, Cranfield School of Management. Foreign managers agree that key problems lie with top management, many of whom:

1. Are autocratic and do not like working in teams
2. Do not focus on customer or shareholder needs
3. Do not have a clear strategy
 

General management performance is also criticised. The majority of Portuguese managers:

1. Are individualistic rather than co-operative
2. Are not dedicated to excellent customer service
3. Prefer not to plan their work
4. Are too formal in their relationships and are obsessed with academic titles
 

Managers in Portugal work at least as hard as their European counterparts but are not concentrated in their work or efficient with their time. 82% of foreign managers believe that business is generally disorganised and inefficient.

The report concludes that the problem is urgent. The underlying cultural barriers to change are individualism and avoidance of responsibility, preventing team-working and common strategic goals. Management education is also poor. The key findings of the report are:

1. A profound reform of management education and training is essential
2. Business schools must compete seriously with the rest of Europe
3. Younger managers and more advanced companies must help to force the extension of the best practice that does exist here in some sectors
4. Business and industrial associations must end their indefensible regional divisions and lead a new spirit of associativity and team spirit in management.
Anexos
Can Portuguese Management Compete.pdf
(399.64 KiB) Transferido 251 Vezes
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