Desemprego...
Empresas
Até 14 de Abril
Maior têxtil de Oliveira do Hospital com laboração suspensa
2009/03/24 19:18Redacção / RPVAAAA
Motivo prende-se com falta de encomendas
A empresa de confecções IRSIL, de Oliveira do Hospital, com 300 trabalhadores, tem a laboração suspensa desde quinta-feira, prolongando-se a paragem até 14 de Abril, «por falta de encomendas», confirmou esta terça-feira o gestor da unidade, Carlos Silva, citado pela agência Lusa.
Segundo este responsável, é habitual fazer todos os anos uma paragem por esta altura, que «serve para compensar as horas a mais que os trabalhadores fizeram durante os picos de produção», no entanto, este ano o tempo de suspensão da laboração é superior (mais duas semanas), porque e empresa está «com falta de encomendas».
Fátima Carvalho, do Sindicato dos Trabalhadores dos Têxteis Lanifícios e Vestuário do Centro, em declarações à agência Lusa, manifestou a convicção de que a IRSIL «vai continuar a laborar normalmente» após o período de suspensão, até porque é «uma das empresas de confecção mais sólidas do concelho».
Fátima Carvalho, adiantou ter participado numa reunião com o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), onde foi abordada a situação do sector no concelho de Oliveira do Hospital.
Formação pode ter papel importante
Nesse encontro, segundo a sindicalista, foi confirmada a disponibilidade do IEFP para colaborar com «esta e outras empresas», no sentido de preencher com formação profissional os períodos em que não há encomendas, «por forma a melhorar a capacidade profissional dos trabalhadores».
A condição para obter estas formações é as empresas candidatas não fazerem despedimentos.
Carlos Silva admitiu que «a formação profissional pode ter um papel importante» neste período de crise.
O sector têxtil é o principal empregador do concelho.
IOL
Até 14 de Abril
Maior têxtil de Oliveira do Hospital com laboração suspensa
2009/03/24 19:18Redacção / RPVAAAA
Motivo prende-se com falta de encomendas
A empresa de confecções IRSIL, de Oliveira do Hospital, com 300 trabalhadores, tem a laboração suspensa desde quinta-feira, prolongando-se a paragem até 14 de Abril, «por falta de encomendas», confirmou esta terça-feira o gestor da unidade, Carlos Silva, citado pela agência Lusa.
Segundo este responsável, é habitual fazer todos os anos uma paragem por esta altura, que «serve para compensar as horas a mais que os trabalhadores fizeram durante os picos de produção», no entanto, este ano o tempo de suspensão da laboração é superior (mais duas semanas), porque e empresa está «com falta de encomendas».
Fátima Carvalho, do Sindicato dos Trabalhadores dos Têxteis Lanifícios e Vestuário do Centro, em declarações à agência Lusa, manifestou a convicção de que a IRSIL «vai continuar a laborar normalmente» após o período de suspensão, até porque é «uma das empresas de confecção mais sólidas do concelho».
Fátima Carvalho, adiantou ter participado numa reunião com o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), onde foi abordada a situação do sector no concelho de Oliveira do Hospital.
Formação pode ter papel importante
Nesse encontro, segundo a sindicalista, foi confirmada a disponibilidade do IEFP para colaborar com «esta e outras empresas», no sentido de preencher com formação profissional os períodos em que não há encomendas, «por forma a melhorar a capacidade profissional dos trabalhadores».
A condição para obter estas formações é as empresas candidatas não fazerem despedimentos.
Carlos Silva admitiu que «a formação profissional pode ter um papel importante» neste período de crise.
O sector têxtil é o principal empregador do concelho.
IOL
Na bolsa só se perde dinheiro.Na realidade só certos Iluminados com acesso a informação privilegiada aproveitam-se dos pequenos investidores para lhes sugarem o dinheiro.
Número de desempregados regista o maior crescimento desde Dezembro de 2003
23/03/2009
O número de desempregados inscritos nos centros de emprego disparou 17,7 %, em Fevereiro, face ao mesmo mês de 2008, prolongando a subida iniciada em Outubro e marcando o acréscimo mais elevado desde Dezembro de 2003, segundo os dados divulgados hoje pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).
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Banco BPI
23/03/2009
O número de desempregados inscritos nos centros de emprego disparou 17,7 %, em Fevereiro, face ao mesmo mês de 2008, prolongando a subida iniciada em Outubro e marcando o acréscimo mais elevado desde Dezembro de 2003, segundo os dados divulgados hoje pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).
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Banco BPI
Na bolsa só se perde dinheiro.Na realidade só certos Iluminados com acesso a informação privilegiada aproveitam-se dos pequenos investidores para lhes sugarem o dinheiro.
Construção prevê ter um dos piores anos de sempre
São os postos de trabalho na construção que estão neste momento em risco de desaparecer. A crise no segmentos dos edifícios alastrou já às obras de engenharia, que registaram uma quebra de novas encomendas no final de 2008, devido às dificuldades de financiamento geradas pela crise do crédito.
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Maria João Babo
mbabo@negocios.pt
Alexandra Noronha
anoronha@negocios.pt
São os postos de trabalho na construção que estão neste momento em risco de desaparecer. A crise no segmentos dos edifícios alastrou já às obras de engenharia, que registaram uma quebra de novas encomendas no final de 2008, devido às dificuldades de financiamento geradas pela crise do crédito.
O Código dos Contratos Públicos atrasou o lançamento de novas empreitadas e os grandes projectos do Governo, apesar das adjudicações já realizadas, ainda não estão a avançar no terreno. A reabilitação de edifícios e infra-estruturas surge agora como o novo paradigma do sector.
JN
São os postos de trabalho na construção que estão neste momento em risco de desaparecer. A crise no segmentos dos edifícios alastrou já às obras de engenharia, que registaram uma quebra de novas encomendas no final de 2008, devido às dificuldades de financiamento geradas pela crise do crédito.
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Maria João Babo
mbabo@negocios.pt
Alexandra Noronha
anoronha@negocios.pt
São os postos de trabalho na construção que estão neste momento em risco de desaparecer. A crise no segmentos dos edifícios alastrou já às obras de engenharia, que registaram uma quebra de novas encomendas no final de 2008, devido às dificuldades de financiamento geradas pela crise do crédito.
O Código dos Contratos Públicos atrasou o lançamento de novas empreitadas e os grandes projectos do Governo, apesar das adjudicações já realizadas, ainda não estão a avançar no terreno. A reabilitação de edifícios e infra-estruturas surge agora como o novo paradigma do sector.
JN
Na bolsa só se perde dinheiro.Na realidade só certos Iluminados com acesso a informação privilegiada aproveitam-se dos pequenos investidores para lhes sugarem o dinheiro.
Economia
Aumento de 73% face a igual período de 2008
Mais 24 mil subsídios de desemprego
É a consequência da corrida aos centros de emprego: em Fevereiro foram atribuídos mais de 24 mil novos subsídios
É o primeiro indicador oficial da evolução do mercado de trabalho em Fevereiro: no segundo mês do ano foram atribuídos 24.283 subsídios de desemprego, mais 73% do que em período homólogo, cita o «Diário de Notícias».
Este valor inclui duas situações. Por um lado, os novos subsídios de desemprego, que quase duplicaram (mais 93%); por outro lado, as novas prestações do chamado subsídio social - destinado a famílias com um rendimento por pessoa inferior a 335 euros por mês -, que aumentaram 30%.
Estes dados referem-se aos pedidos que foram aceites pela Segurança Social. Uma vez que as novas situações crescem acima do normal, aumenta também o número global de beneficiários. Há agora 290 mil desempregados subsidiados, o valor mais alto desde o início de 2007, que representa um aumento homólogo de 14%.
IOL
Aumento de 73% face a igual período de 2008
Mais 24 mil subsídios de desemprego
É a consequência da corrida aos centros de emprego: em Fevereiro foram atribuídos mais de 24 mil novos subsídios
É o primeiro indicador oficial da evolução do mercado de trabalho em Fevereiro: no segundo mês do ano foram atribuídos 24.283 subsídios de desemprego, mais 73% do que em período homólogo, cita o «Diário de Notícias».
Este valor inclui duas situações. Por um lado, os novos subsídios de desemprego, que quase duplicaram (mais 93%); por outro lado, as novas prestações do chamado subsídio social - destinado a famílias com um rendimento por pessoa inferior a 335 euros por mês -, que aumentaram 30%.
Estes dados referem-se aos pedidos que foram aceites pela Segurança Social. Uma vez que as novas situações crescem acima do normal, aumenta também o número global de beneficiários. Há agora 290 mil desempregados subsidiados, o valor mais alto desde o início de 2007, que representa um aumento homólogo de 14%.
IOL
Na bolsa só se perde dinheiro.Na realidade só certos Iluminados com acesso a informação privilegiada aproveitam-se dos pequenos investidores para lhes sugarem o dinheiro.
Novos subsídios sobem 73%
Hoje
É a consequência da corrida aos centros de emprego: em Fevereiro foram atribuídos mais de 24 mil novos subsídios. Os novos apoios entram em vigor em Abril.
É o primeiro indicador oficial da evolução do mercado de trabalho em Fevereiro: no segundo mês do ano foram atribuídos 24 283 subsídios de desemprego, mais 73% do que em período homólogo.
Este valor inclui duas situações. Por um lado, os novos subsídios de desemprego, que quase duplicaram (mais 93%); por outro lado, as novas prestações do chamado subsídio social - destinado a famílias com um rendimento por pessoa inferior a 335 euros por mês -, que aumentaram 30%.
Estes dados referem-se aos pedidos que foram aceites pela Segurança Social. Uma vez que as novas situações crescem acima do normal, aumenta também o número global de beneficiários. Há agora 290 mil desempregados subsidiados, o valor mais alto desde o início de 2007, que representa um aumento homólogo de 14%.
Resta saber se estes números serão revistos em alta, tal como aconteceu com os dados referentes a Janeiro. No primeiro mês do ano, o crescimento foi de 43%, em vez dos 10,7% que sugeriam os números então divulgados (ver caixa).
Os dados disponíveis mostram que os gastos com subsídios de desemprego estão a aumentar mais lentamente do que o número de beneficiários. Em Janeiro e Fevereiro, o Estado gastou 291,2 milhões de euros, mais 8,7% do que há um ano, revelou a Direcção-Geral do Orçamento. Fonte oficial do Ministério do Trabalho contesta esta leitura, garantindo que a despesa cresce "em linha com o aumento de beneficiários".
São cerca de 11 200 os beneficiários com subsídio social de desemprego interrompido no primeiro trimestre, segundo dados solicitados ao Instituto de Segurança Social. O dinheiro será pago, com retroactivos, em Abril. É que o diploma que alarga o subsídio social de desemprego, anunciado em Dezembro, só ontem foi publicado em Diário da República, vigorando a partir do próximo mês.
Os beneficiários terão direito a mais seis mensalidades, que variam entre os 251 euros (se não tiverem filhos) e 419 euros (se tiverem quatro ou mais).
O mesmo diploma determina que quem se atrasar na apresentação do requerimento para o subsídio será penalizado, mas não perde o direito à prestação; e que quem regressar ao trabalho num prazo de seis meses não será prejudicado em futuras prestações.
DN
Hoje
É a consequência da corrida aos centros de emprego: em Fevereiro foram atribuídos mais de 24 mil novos subsídios. Os novos apoios entram em vigor em Abril.
É o primeiro indicador oficial da evolução do mercado de trabalho em Fevereiro: no segundo mês do ano foram atribuídos 24 283 subsídios de desemprego, mais 73% do que em período homólogo.
Este valor inclui duas situações. Por um lado, os novos subsídios de desemprego, que quase duplicaram (mais 93%); por outro lado, as novas prestações do chamado subsídio social - destinado a famílias com um rendimento por pessoa inferior a 335 euros por mês -, que aumentaram 30%.
Estes dados referem-se aos pedidos que foram aceites pela Segurança Social. Uma vez que as novas situações crescem acima do normal, aumenta também o número global de beneficiários. Há agora 290 mil desempregados subsidiados, o valor mais alto desde o início de 2007, que representa um aumento homólogo de 14%.
Resta saber se estes números serão revistos em alta, tal como aconteceu com os dados referentes a Janeiro. No primeiro mês do ano, o crescimento foi de 43%, em vez dos 10,7% que sugeriam os números então divulgados (ver caixa).
Os dados disponíveis mostram que os gastos com subsídios de desemprego estão a aumentar mais lentamente do que o número de beneficiários. Em Janeiro e Fevereiro, o Estado gastou 291,2 milhões de euros, mais 8,7% do que há um ano, revelou a Direcção-Geral do Orçamento. Fonte oficial do Ministério do Trabalho contesta esta leitura, garantindo que a despesa cresce "em linha com o aumento de beneficiários".
São cerca de 11 200 os beneficiários com subsídio social de desemprego interrompido no primeiro trimestre, segundo dados solicitados ao Instituto de Segurança Social. O dinheiro será pago, com retroactivos, em Abril. É que o diploma que alarga o subsídio social de desemprego, anunciado em Dezembro, só ontem foi publicado em Diário da República, vigorando a partir do próximo mês.
Os beneficiários terão direito a mais seis mensalidades, que variam entre os 251 euros (se não tiverem filhos) e 419 euros (se tiverem quatro ou mais).
O mesmo diploma determina que quem se atrasar na apresentação do requerimento para o subsídio será penalizado, mas não perde o direito à prestação; e que quem regressar ao trabalho num prazo de seis meses não será prejudicado em futuras prestações.
DN
Na bolsa só se perde dinheiro.Na realidade só certos Iluminados com acesso a informação privilegiada aproveitam-se dos pequenos investidores para lhes sugarem o dinheiro.
Despesas com subsídio desemprego sobem 8,7% até Fevereiro
As despesas com o subsídio de desemprego aumentaram 8,7 por cento nos dois primeiros meses do ano, segundo a Direcção Geral do Orçamento.
Os gastos com o subsídio de desemprego, social de desemprego e apoios ao emprego atingiram o montante de 291,2 milhões de euros, representando 9,4 por cento da despesa efectiva, a que corresponde uma de execução orçamental de 18,4 por cento (acima dos 16 por cento, se se gastasse o mesmo em todos os 12 meses do ano).
Os dados mostram ainda que as despesas com pensões cresceram 3,2 por cento e com o Rendimento Social de Inserção aumentaram 18 por cento, para 78 milhões de euros.
Do lado das receitas, a rubrica das correntes subiu 11,9 por cento, à custa sobretudo das transferências correntes da administração central.
O excedente da Ssegurança Social piorou 13 por cento, quase 90 milhões de euros, para 606 milhões de euros.
Diário Digital / Lusa
As despesas com o subsídio de desemprego aumentaram 8,7 por cento nos dois primeiros meses do ano, segundo a Direcção Geral do Orçamento.
Os gastos com o subsídio de desemprego, social de desemprego e apoios ao emprego atingiram o montante de 291,2 milhões de euros, representando 9,4 por cento da despesa efectiva, a que corresponde uma de execução orçamental de 18,4 por cento (acima dos 16 por cento, se se gastasse o mesmo em todos os 12 meses do ano).
Os dados mostram ainda que as despesas com pensões cresceram 3,2 por cento e com o Rendimento Social de Inserção aumentaram 18 por cento, para 78 milhões de euros.
Do lado das receitas, a rubrica das correntes subiu 11,9 por cento, à custa sobretudo das transferências correntes da administração central.
O excedente da Ssegurança Social piorou 13 por cento, quase 90 milhões de euros, para 606 milhões de euros.
Diário Digital / Lusa
Na bolsa só se perde dinheiro.Na realidade só certos Iluminados com acesso a informação privilegiada aproveitam-se dos pequenos investidores para lhes sugarem o dinheiro.
Emprego
Precariedade atinge 900 mil
Hoje
O emprego precário - contratos a termo, prestação de serviços, sazonal e pontual - tem vindo a subir em número e em peso. No ano passado atingiu já 902 mil pessoas. Um aumento de 52% em 10 anos.
Este valor absoluto foi calculado pelo DN a partir da informação publicada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e com base no conceito de trabalho "não permanente" utilizado pelo professor António Casimiro Ferreira, num estudo que hoje é divulgado, no âmbito de uma iniciativa organizada pela UGT.
No relatório preliminar do documento "Da sociedade precária à sociedade digna: balanço da evolução social em Portugal", o professor da Universidade de Coimbra mostra que o peso destas situações sobre o total de pessoas empregadas tem vindo a crescer, passando de 12,3% em 1998, para 17,4% em 2008.
As mulheres são geralmente mais afectadas. Por outro lado, o Alentejo apresentava o valor mais alto (23,9%), seguido do Algarve (23,1%) e da região de Lisboa (21,1%).
"A desestabilização dos estáveis e dos instáveis tende a constituir-se num modelo de regulação que, caso venha a institucionalizar-se como modelo normal de relacionamento entre empregadores e trabalhadores conduzirá ao aumento da insegurança económica e social", escreve o autor, nas conclusões do estudo. António Casi- miro Ferreira alerta para a vulnerabilização de territórios, jovens e mulheres. Além da flexibilidade legal, "discutível no plano dos princípios e das consequências práticas", o caso português evidencia" sinais preocupantes" quanto à existência de trabalho à margem das normas, acrescenta o autor.
Dos 902 mil indivíduos que o DN considera, 727 mil têm contratos a prazo, enquanto os restantes apresentam formas mais atípicas de trabalho. Os dados de 2008 apontam para 174 mil pessoas. Neste segundo grupo incluem-se pessoas que apesar de terem contratos de prestação de serviços são consideradas "trabalhadores por conta de outrem"; indivíduos em "trabalho sazonal e sem contrato escrito" ou em situações de trabalho pontual.
São estas as pessoas mais expostas ao risco de desemprego. Os dados do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) revelam que os despedimentos unilaterais ou por mútuo acordo estão a ganhar protagonismo, tendo explicado já cerca de um quarto das novas situações de desemprego em Janeiro. Apesar disso, o "fim de trabalho não permanente" continua a ser a principal causa de inscrição nos centros de emprego. Que inclui a não renovação de contratos a prazo ou a interrupção de contratos mais precários.
O conceito de precariedade aqui considerado exclui todos os trabalhadores por conta própria. Parte deles terão contratos de prestação de serviços, tal como explica Casimiro Ferreira no estudo que hoje será apresentado.
Os dados relativos a todo o ano de 2008 têm a vantagem de diluir alterações pontuais, mas escondem a redução do peso dos vínculos mais precários na segunda metade do ano.
Os contratos considerados neste conceito de precariedade registaram o ponto mais alto no segundo trimestre do ano, com 925 mil pessoas incluídas, mostram os dados do INE.
Desde então, a economia tem vindo a destruir emprego e o número tem vindo a cair: recuou para 901 mil pessoas no terceiro trimestre e 882 mil no final do ano.
Ao mesmo tempo, e numa altura em que o emprego caiu, aumentou o número de pessoas com contratos sem termo.
Uma inversão recente que pode ser explicada pela análise sectorial: Educação e Administração Pública continuam a criar emprego, em contraciclo com o resto da economia.
DN
Precariedade atinge 900 mil
Hoje
O emprego precário - contratos a termo, prestação de serviços, sazonal e pontual - tem vindo a subir em número e em peso. No ano passado atingiu já 902 mil pessoas. Um aumento de 52% em 10 anos.
Este valor absoluto foi calculado pelo DN a partir da informação publicada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e com base no conceito de trabalho "não permanente" utilizado pelo professor António Casimiro Ferreira, num estudo que hoje é divulgado, no âmbito de uma iniciativa organizada pela UGT.
No relatório preliminar do documento "Da sociedade precária à sociedade digna: balanço da evolução social em Portugal", o professor da Universidade de Coimbra mostra que o peso destas situações sobre o total de pessoas empregadas tem vindo a crescer, passando de 12,3% em 1998, para 17,4% em 2008.
As mulheres são geralmente mais afectadas. Por outro lado, o Alentejo apresentava o valor mais alto (23,9%), seguido do Algarve (23,1%) e da região de Lisboa (21,1%).
"A desestabilização dos estáveis e dos instáveis tende a constituir-se num modelo de regulação que, caso venha a institucionalizar-se como modelo normal de relacionamento entre empregadores e trabalhadores conduzirá ao aumento da insegurança económica e social", escreve o autor, nas conclusões do estudo. António Casi- miro Ferreira alerta para a vulnerabilização de territórios, jovens e mulheres. Além da flexibilidade legal, "discutível no plano dos princípios e das consequências práticas", o caso português evidencia" sinais preocupantes" quanto à existência de trabalho à margem das normas, acrescenta o autor.
Dos 902 mil indivíduos que o DN considera, 727 mil têm contratos a prazo, enquanto os restantes apresentam formas mais atípicas de trabalho. Os dados de 2008 apontam para 174 mil pessoas. Neste segundo grupo incluem-se pessoas que apesar de terem contratos de prestação de serviços são consideradas "trabalhadores por conta de outrem"; indivíduos em "trabalho sazonal e sem contrato escrito" ou em situações de trabalho pontual.
São estas as pessoas mais expostas ao risco de desemprego. Os dados do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) revelam que os despedimentos unilaterais ou por mútuo acordo estão a ganhar protagonismo, tendo explicado já cerca de um quarto das novas situações de desemprego em Janeiro. Apesar disso, o "fim de trabalho não permanente" continua a ser a principal causa de inscrição nos centros de emprego. Que inclui a não renovação de contratos a prazo ou a interrupção de contratos mais precários.
O conceito de precariedade aqui considerado exclui todos os trabalhadores por conta própria. Parte deles terão contratos de prestação de serviços, tal como explica Casimiro Ferreira no estudo que hoje será apresentado.
Os dados relativos a todo o ano de 2008 têm a vantagem de diluir alterações pontuais, mas escondem a redução do peso dos vínculos mais precários na segunda metade do ano.
Os contratos considerados neste conceito de precariedade registaram o ponto mais alto no segundo trimestre do ano, com 925 mil pessoas incluídas, mostram os dados do INE.
Desde então, a economia tem vindo a destruir emprego e o número tem vindo a cair: recuou para 901 mil pessoas no terceiro trimestre e 882 mil no final do ano.
Ao mesmo tempo, e numa altura em que o emprego caiu, aumentou o número de pessoas com contratos sem termo.
Uma inversão recente que pode ser explicada pela análise sectorial: Educação e Administração Pública continuam a criar emprego, em contraciclo com o resto da economia.
DN
Na bolsa só se perde dinheiro.Na realidade só certos Iluminados com acesso a informação privilegiada aproveitam-se dos pequenos investidores para lhes sugarem o dinheiro.
João Cândido da Silva
O efeito "boomerang"
joaosilva@negocios.pt
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A Organização Internacional do Trabalho prevê que, em 2009, mais 11 milhões de pessoas venham a cair na situação de desemprego. O número supera a população total de Portugal e, ainda assim, nada garante que a situação não venha...
A Organização Internacional do Trabalho prevê que, em 2009, mais 11 milhões de pessoas venham a cair na situação de desemprego. O número supera a população total de Portugal e, ainda assim, nada garante que a situação não venha a ser pior se as previsões que ontem foram conhecidas se confirmarem.
O Fundo Monetário Internacional deu razão às vozes mais cépticas e reviu, novamente em baixa, as suas projecções. A economia global vai experimentar uma retracção e a Ásia é a única excepção a este cenário. Resiste ao naufrágio das economias desenvolvidas e contraria as expectativas que davam como certa a impossibilidade de enfrentar, sem dor, a travagem mundial. Quanto aos dados positivos esgotam-se aqui.
Naquela que é a pior notícia que Teresa Ter-Minassian poderia trazer na manga na sua deslocação a Portugal, a Zona Euro vai ter um desempenho pior do que os Estados Unidos. Como as empresas portuguesas vendem mais bens e serviços para os parceiros europeus do que para o mercado norte-americano, parece óbvio poder concluir-se, como fez José Silva Lopes, que a economia nacional poderá encerrar este ano com um desempenho pior do que o ritmo negativo de 1,6% que ainda está nos registos oficiais do Governo e Banco de Portugal.
A quebra da actividade doméstica para a casa dos 3%, rondando aquilo que é esperado para a Zona Euro, antecipa um agravamento da pressão para o aumento da taxa de desemprego. Vítor Bento, que ontem também interveio na conferência em que participaram Silva Lopes e a conselheira especial do FMI, chamou àquela possibilidade a "via liberal" para a redução dos salários. No entanto, a avaliar pela forma como as empresas estão a reagir à crise, em Portugal e nos mercados europeus, o trilho dos despedimentos nem sempre tem sido seguido como primeira prioridade por quem tem a possibilidade de optar por outras vias quando se trata de cumprir o objectivo de ajustar os custos à descida do volume de negócios.
Os encargos gerados pelos despedimentos podem apresentar-se como demasiado pesados para serem encarados como primeira escolha. E a dispensa de mão-de-obra pode vir a abrir, a prazo, lacunas difíceis de preencher perante a retoma das economias. Nestas situações, despedir esbarra na racionalidade das decisões de quem quer estar em actividade quando o pior da crise passar.
Aparentemente, o facto de uma boa parte das empresas portuguesas inquiridas num estudo da Mercer revelar não estar a fazer planos para reduzir os seus efectivos é um sinal de que um dos desafios actuais de quem gere é o de evitar contribuir para agravar a crise. O receio de criar um efeito "boomerang" condiciona as decisões. Mais desempregados, com escassas hipóteses de serem reintegrados no mercado de trabalho a curto prazo, significam menos consumidores disponíveis para assegurarem a sustentabilidade dos negócios.
A questão está em saber até que ponto as empresas terão a possibilidade de se sustentarem antes de terem que recorrer à extinção de postos de trabalho, quando as circunstâncias não lhes derem outra margem de manobra. Os novos números do FMI sobre o crescimento acrescentam mais ameaças do que alívio.
JN
O efeito "boomerang"
joaosilva@negocios.pt
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A Organização Internacional do Trabalho prevê que, em 2009, mais 11 milhões de pessoas venham a cair na situação de desemprego. O número supera a população total de Portugal e, ainda assim, nada garante que a situação não venha...
A Organização Internacional do Trabalho prevê que, em 2009, mais 11 milhões de pessoas venham a cair na situação de desemprego. O número supera a população total de Portugal e, ainda assim, nada garante que a situação não venha a ser pior se as previsões que ontem foram conhecidas se confirmarem.
O Fundo Monetário Internacional deu razão às vozes mais cépticas e reviu, novamente em baixa, as suas projecções. A economia global vai experimentar uma retracção e a Ásia é a única excepção a este cenário. Resiste ao naufrágio das economias desenvolvidas e contraria as expectativas que davam como certa a impossibilidade de enfrentar, sem dor, a travagem mundial. Quanto aos dados positivos esgotam-se aqui.
Naquela que é a pior notícia que Teresa Ter-Minassian poderia trazer na manga na sua deslocação a Portugal, a Zona Euro vai ter um desempenho pior do que os Estados Unidos. Como as empresas portuguesas vendem mais bens e serviços para os parceiros europeus do que para o mercado norte-americano, parece óbvio poder concluir-se, como fez José Silva Lopes, que a economia nacional poderá encerrar este ano com um desempenho pior do que o ritmo negativo de 1,6% que ainda está nos registos oficiais do Governo e Banco de Portugal.
A quebra da actividade doméstica para a casa dos 3%, rondando aquilo que é esperado para a Zona Euro, antecipa um agravamento da pressão para o aumento da taxa de desemprego. Vítor Bento, que ontem também interveio na conferência em que participaram Silva Lopes e a conselheira especial do FMI, chamou àquela possibilidade a "via liberal" para a redução dos salários. No entanto, a avaliar pela forma como as empresas estão a reagir à crise, em Portugal e nos mercados europeus, o trilho dos despedimentos nem sempre tem sido seguido como primeira prioridade por quem tem a possibilidade de optar por outras vias quando se trata de cumprir o objectivo de ajustar os custos à descida do volume de negócios.
Os encargos gerados pelos despedimentos podem apresentar-se como demasiado pesados para serem encarados como primeira escolha. E a dispensa de mão-de-obra pode vir a abrir, a prazo, lacunas difíceis de preencher perante a retoma das economias. Nestas situações, despedir esbarra na racionalidade das decisões de quem quer estar em actividade quando o pior da crise passar.
Aparentemente, o facto de uma boa parte das empresas portuguesas inquiridas num estudo da Mercer revelar não estar a fazer planos para reduzir os seus efectivos é um sinal de que um dos desafios actuais de quem gere é o de evitar contribuir para agravar a crise. O receio de criar um efeito "boomerang" condiciona as decisões. Mais desempregados, com escassas hipóteses de serem reintegrados no mercado de trabalho a curto prazo, significam menos consumidores disponíveis para assegurarem a sustentabilidade dos negócios.
A questão está em saber até que ponto as empresas terão a possibilidade de se sustentarem antes de terem que recorrer à extinção de postos de trabalho, quando as circunstâncias não lhes derem outra margem de manobra. Os novos números do FMI sobre o crescimento acrescentam mais ameaças do que alívio.
JN
Na bolsa só se perde dinheiro.Na realidade só certos Iluminados com acesso a informação privilegiada aproveitam-se dos pequenos investidores para lhes sugarem o dinheiro.
Uma ao contrário para variar.
Empresas: Siemens Portugal vai contratar 200 funcionários em 2009
17 de Março de 2009, 17:25
Lisboa, 17 Mar (Lusa) - O presidente da Siemens Portugal, Carlos de Melo Ribeiro, avançou hoje em entrevista à agência Lusa que o grupo que lidera vai admitir 200 novos funcionários ao longo de 2009.
"Vamos contratar cerca de 200 pessoas durante este ano", anunciou Carlos de Melo Ribeiro, recordando que a Siemens Portugal admitiu, em 2008, aproximadamente o mesmo número de funcionários "em total contraciclo com a crise económica que afecta o país e o mundo".
O responsável explicou que "o segredo para ultrapassar a crise e conseguir criar emprego em Portugal passa por saber poupar custos e assumir uma postura muito activa. Ter a capacidade e agir, ser muito activo, em vez de ficar sentado à espera das oportunidades", isto, aliado "a um grande profissionalismo".
"É isto que falta a Portugal", afirmou Carlos de Melo Ribeiro, recordando que portugueses como "Cristiano Ronaldo e José Mourinho fazem-no e são os melhores do mundo".
Outro ponto decisivo passa pelas "estratégias definidas para 10 anos", que acabam por conferir uma boa protecção da empresa contra os períodos de menor desenvolvimento económico.
"Este ano as perspectivas são muito boas, acima do que estava planeado", frisou Carlos de Melo Ribeiro, sublinhando que o sucesso numa altura em que o tecido empresarial, no geral, se debate com muitas dificuldades - cortes de custos, falências e despedimentos - fica a dever-se ao modelo de negócio que tem na base três sectores: energia, indústria e saúde.
A Siemens Portugal está apostada em continuar a crescer as suas actividades no país, estando agora o foco de maior crescimento apontado aos "serviços financeiros" e à "engenharia, com uma forte aposta nas energias renováveis", elucidou, antes de dizer que "a próxima Era económica será dominada pelas ciências da saúde".
"Vamos apostar o mais possível em formação e investigação", revelou o líder da subsidiária da multinacional alemã que opera em Portugal desde 1905, antes de acrescentar que "o segredo da Siemens tem sido conseguir antecipar as tendências do mercado e adaptar-se atempadamente para as mudanças, indo ao encontro dos sectores menos afectados".
A preparação de aeroportos temporários, solução testada para Lisboa durante o Europeu de Futebol em 2004, continua a fazer grande sucesso em termos internacionais: "A ideia é tão simples e tão boa que temos exportado para todo o mundo", diz Carlos de Melo Ribeiro.
O responsável adiantou ainda que "a Siemens tem dois anos de encomendas em carteira em Portugal". "Atentos e activos conseguiremos ultrapassar a crise", concluiu o presidente.
DN
Lusa/fim

Empresas: Siemens Portugal vai contratar 200 funcionários em 2009
17 de Março de 2009, 17:25
Lisboa, 17 Mar (Lusa) - O presidente da Siemens Portugal, Carlos de Melo Ribeiro, avançou hoje em entrevista à agência Lusa que o grupo que lidera vai admitir 200 novos funcionários ao longo de 2009.
"Vamos contratar cerca de 200 pessoas durante este ano", anunciou Carlos de Melo Ribeiro, recordando que a Siemens Portugal admitiu, em 2008, aproximadamente o mesmo número de funcionários "em total contraciclo com a crise económica que afecta o país e o mundo".
O responsável explicou que "o segredo para ultrapassar a crise e conseguir criar emprego em Portugal passa por saber poupar custos e assumir uma postura muito activa. Ter a capacidade e agir, ser muito activo, em vez de ficar sentado à espera das oportunidades", isto, aliado "a um grande profissionalismo".
"É isto que falta a Portugal", afirmou Carlos de Melo Ribeiro, recordando que portugueses como "Cristiano Ronaldo e José Mourinho fazem-no e são os melhores do mundo".
Outro ponto decisivo passa pelas "estratégias definidas para 10 anos", que acabam por conferir uma boa protecção da empresa contra os períodos de menor desenvolvimento económico.
"Este ano as perspectivas são muito boas, acima do que estava planeado", frisou Carlos de Melo Ribeiro, sublinhando que o sucesso numa altura em que o tecido empresarial, no geral, se debate com muitas dificuldades - cortes de custos, falências e despedimentos - fica a dever-se ao modelo de negócio que tem na base três sectores: energia, indústria e saúde.
A Siemens Portugal está apostada em continuar a crescer as suas actividades no país, estando agora o foco de maior crescimento apontado aos "serviços financeiros" e à "engenharia, com uma forte aposta nas energias renováveis", elucidou, antes de dizer que "a próxima Era económica será dominada pelas ciências da saúde".
"Vamos apostar o mais possível em formação e investigação", revelou o líder da subsidiária da multinacional alemã que opera em Portugal desde 1905, antes de acrescentar que "o segredo da Siemens tem sido conseguir antecipar as tendências do mercado e adaptar-se atempadamente para as mudanças, indo ao encontro dos sectores menos afectados".
A preparação de aeroportos temporários, solução testada para Lisboa durante o Europeu de Futebol em 2004, continua a fazer grande sucesso em termos internacionais: "A ideia é tão simples e tão boa que temos exportado para todo o mundo", diz Carlos de Melo Ribeiro.
O responsável adiantou ainda que "a Siemens tem dois anos de encomendas em carteira em Portugal". "Atentos e activos conseguiremos ultrapassar a crise", concluiu o presidente.
DN
Lusa/fim
Na bolsa só se perde dinheiro.Na realidade só certos Iluminados com acesso a informação privilegiada aproveitam-se dos pequenos investidores para lhes sugarem o dinheiro.
Trabalhadores das malhas Jotex vão ficar no desemprego
Hoje às 11:56
Os piores receios dos 60 funcionários da fábrica que em Espinho produzia as malhas Jotex confirmam-se. Uma das administradores Regina Tavares disse à TSF que a produção, interrompida a 27 de Fevereiro, não será retomada e os trabalhadores que têm estado em vigília vão ficar assim no desemprego.
A administração vai dar seguimento ao pedido de insolvência apresentado em Fevereiro aos trabalhadores e estes vão ficar assim sem trabalho.
A administradora da Jota Tavares disse também à TSF que a marca Jotex vai continuar no mercado e a ser produzida em Portugal, mas não adiantou mais pormenores.
TSF
Hoje às 11:56
Os piores receios dos 60 funcionários da fábrica que em Espinho produzia as malhas Jotex confirmam-se. Uma das administradores Regina Tavares disse à TSF que a produção, interrompida a 27 de Fevereiro, não será retomada e os trabalhadores que têm estado em vigília vão ficar assim no desemprego.
A administração vai dar seguimento ao pedido de insolvência apresentado em Fevereiro aos trabalhadores e estes vão ficar assim sem trabalho.
A administradora da Jota Tavares disse também à TSF que a marca Jotex vai continuar no mercado e a ser produzida em Portugal, mas não adiantou mais pormenores.
TSF
Na bolsa só se perde dinheiro.Na realidade só certos Iluminados com acesso a informação privilegiada aproveitam-se dos pequenos investidores para lhes sugarem o dinheiro.
Santarém
Milhares de postos de trabalho em risco no sector das pedreiras
Milhares de postos de trabalho estão em risco nas pedreiras da região das serras de Aire e Candeeiros, denunciou hoje o presidente da Câmara de Santarém, exigindo medidas do Governo para viabilizar a actividade destas empresas
«Estamos todos à espera que alguém ate ou desate para podermos, não só proceder a licenciamentos, como legalizar situações que estão neste momento em vias de se perder milhares de postos de trabalho», disse Francisco Moita Flores à Lusa, criticando a demora na revisão do Plano de Ordenamento do Parque Natural das Serras de Aires e Candeeiros, cuja consulta pública decorreu há dois anos.
A falta de suporte legal para as câmaras emitirem licenças destinadas à exploração de calçada à portuguesa e lajes levou já sete municípios a exigir do Governo uma «urgente tomada de medidas».
Num documento enviado em finais de Fevereiro aos ministros do Ambiente, Nunes Correia, e da Economia, Manuel Pinho, bem como ao secretário de Estado Adjunto e da Administração Local, Eduardo Cabrita, os autarcas de Alcanena, Alcobaça, Batalha, Ourém, Porto de Mós, Santarém e Torres Novas, alertam que há populações dependentes do sector.
Os municípios referem que na maioria dos casos, a exploração é feita por pequenas e micro-empresas familiares, mas em determinados concelhos o peso desta actividade representa mais de metade do Produto Interno Bruto concelhio.
«Com a crise que temos no país e com esta insensibilidade, não há redentor que nos valha», afirmou o autarca, acrescentando: «Estamos num território de ausência de lei».
«Isto não pode continuar assim porque favorece a tontice, não favorece o país», considerou, indicando que neste momento há empresas a laborar e outras sem licenciamento: «Não temos instrumentos legais para o fazer e isto vai conduzindo à perda de postos de trabalho e ao adiamento de situações que são legítimas, de acordo com o plano, que sejam autorizadas».
As licenças são emitidas e renovadas ciclicamente.
«Ninguém fica com uma licença eterna», explicou.
«Isto é maior do que a Auto Europa. São 5.000 trabalhadores que ali há, ao todo», precisou.
O autarca frisou que não se pode alegar a ilegalidade da exploração da pedra porque «foi tudo acordado, discutido e negociado com todas as cedências de parte a parte para que fosse possível casar todos os direitos da terra, dos homens e laborais».
«Foi das discussões mais duras que tive na minha vida e que graças a Deus correu bem, mas agora não tem resultados práticos», lamentou.
Segundo Moita Flores, já começaram a surgir os primeiros casos de impedimento à actividade e daqui a quatro ou cinco meses «serão muitíssimos».
«Não temos instrumentos legais para aprovação e aguardamos a publicação» do plano, referiu.
No documento remetido ao Governo consta um parecer da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), que critica a «complexa teia legislativa e burocrática que decorre da Lei das Pedreiras» e que «quando (des)articulada da legislação relativa à avaliação de impacto ambiental» se tem revelado «um sério constrangimento do sector».
«Quando estamos numa área protegida, como é o caso, a situação agudiza-se, surgindo toda uma série de regimes, prazos, consultas, autorizações, avaliações, comissões, decisões, restrições», lê-se no texto em que a ANMP critica o atraso do plano e pede medidas excepcionais de apoio aos agentes económicos deste sector no sentido de minorar as dificuldades que estão a viver, face ao actual momento de crise.
Para a ANMP, a situação está a «comprometer seriamente todo um sector de actividade económica e, por arrasto, um alargado número de famílias», que continuam a sentir as suas vidas condicionadas por «medidas preventivas, nascidas de inspirações subjectivas (…) que mais não são do que meras proibições administrativas».
A associação manifesta-se contra «atitudes cegas e fundamentalistas», que «em nome de uma infundada necessidade de conservação de (algumas) espécies, inviabilizam acções, também elas de conservação e valorização de uma outra espécie - o Homem».
Contactada pela Lusa, fonte do Ministério do Ambiente afirmou que o novo plano está em fase de elaboração no ministério, já com uma proposta do Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade (ICNB), mas ainda sem data agendada para aprovação em Conselho de Ministros, não podendo por isso adiantar pormenores.
Lusa / SOL
Milhares de postos de trabalho em risco no sector das pedreiras
Milhares de postos de trabalho estão em risco nas pedreiras da região das serras de Aire e Candeeiros, denunciou hoje o presidente da Câmara de Santarém, exigindo medidas do Governo para viabilizar a actividade destas empresas
«Estamos todos à espera que alguém ate ou desate para podermos, não só proceder a licenciamentos, como legalizar situações que estão neste momento em vias de se perder milhares de postos de trabalho», disse Francisco Moita Flores à Lusa, criticando a demora na revisão do Plano de Ordenamento do Parque Natural das Serras de Aires e Candeeiros, cuja consulta pública decorreu há dois anos.
A falta de suporte legal para as câmaras emitirem licenças destinadas à exploração de calçada à portuguesa e lajes levou já sete municípios a exigir do Governo uma «urgente tomada de medidas».
Num documento enviado em finais de Fevereiro aos ministros do Ambiente, Nunes Correia, e da Economia, Manuel Pinho, bem como ao secretário de Estado Adjunto e da Administração Local, Eduardo Cabrita, os autarcas de Alcanena, Alcobaça, Batalha, Ourém, Porto de Mós, Santarém e Torres Novas, alertam que há populações dependentes do sector.
Os municípios referem que na maioria dos casos, a exploração é feita por pequenas e micro-empresas familiares, mas em determinados concelhos o peso desta actividade representa mais de metade do Produto Interno Bruto concelhio.
«Com a crise que temos no país e com esta insensibilidade, não há redentor que nos valha», afirmou o autarca, acrescentando: «Estamos num território de ausência de lei».
«Isto não pode continuar assim porque favorece a tontice, não favorece o país», considerou, indicando que neste momento há empresas a laborar e outras sem licenciamento: «Não temos instrumentos legais para o fazer e isto vai conduzindo à perda de postos de trabalho e ao adiamento de situações que são legítimas, de acordo com o plano, que sejam autorizadas».
As licenças são emitidas e renovadas ciclicamente.
«Ninguém fica com uma licença eterna», explicou.
«Isto é maior do que a Auto Europa. São 5.000 trabalhadores que ali há, ao todo», precisou.
O autarca frisou que não se pode alegar a ilegalidade da exploração da pedra porque «foi tudo acordado, discutido e negociado com todas as cedências de parte a parte para que fosse possível casar todos os direitos da terra, dos homens e laborais».
«Foi das discussões mais duras que tive na minha vida e que graças a Deus correu bem, mas agora não tem resultados práticos», lamentou.
Segundo Moita Flores, já começaram a surgir os primeiros casos de impedimento à actividade e daqui a quatro ou cinco meses «serão muitíssimos».
«Não temos instrumentos legais para aprovação e aguardamos a publicação» do plano, referiu.
No documento remetido ao Governo consta um parecer da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), que critica a «complexa teia legislativa e burocrática que decorre da Lei das Pedreiras» e que «quando (des)articulada da legislação relativa à avaliação de impacto ambiental» se tem revelado «um sério constrangimento do sector».
«Quando estamos numa área protegida, como é o caso, a situação agudiza-se, surgindo toda uma série de regimes, prazos, consultas, autorizações, avaliações, comissões, decisões, restrições», lê-se no texto em que a ANMP critica o atraso do plano e pede medidas excepcionais de apoio aos agentes económicos deste sector no sentido de minorar as dificuldades que estão a viver, face ao actual momento de crise.
Para a ANMP, a situação está a «comprometer seriamente todo um sector de actividade económica e, por arrasto, um alargado número de famílias», que continuam a sentir as suas vidas condicionadas por «medidas preventivas, nascidas de inspirações subjectivas (…) que mais não são do que meras proibições administrativas».
A associação manifesta-se contra «atitudes cegas e fundamentalistas», que «em nome de uma infundada necessidade de conservação de (algumas) espécies, inviabilizam acções, também elas de conservação e valorização de uma outra espécie - o Homem».
Contactada pela Lusa, fonte do Ministério do Ambiente afirmou que o novo plano está em fase de elaboração no ministério, já com uma proposta do Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade (ICNB), mas ainda sem data agendada para aprovação em Conselho de Ministros, não podendo por isso adiantar pormenores.
Lusa / SOL
Na bolsa só se perde dinheiro.Na realidade só certos Iluminados com acesso a informação privilegiada aproveitam-se dos pequenos investidores para lhes sugarem o dinheiro.
CRISE
Oliva ainda não pagou subsídios de Natal
Os cerca de 200 trabalhadores da Oliva ainda não receberam os subsídios de Natal nem os bónus de desempenho que estão em falta desde Abril de 2008, “num montante significativo” que o Sindicato dos Metalúrgicos ainda não conseguiu apurar.
Destak/Lusa | destak@destak.pt
No caso dos bónus, a alegada irregularidade deve-se ao facto da administração da empresa metalúrgica de S. João da Madeira “ter transferido os respectivos valores para os aumentos salariais de 2008”, revela Adelino Nunes, dirigente do Sindicato dos Metalúrgicos de Aveiro.
Esse responsável afirma que a medida “é ilegal” por duas razões: “Os bónus estão previstos no regulamento interno da empresa e, independentemente disso, a própria Lei diz que todas as gratificações pecuniárias pagas com carácter regular, mensal ou outro, são parte integrante da retribuição”.
“Os bónus não podem, portanto, ser retirados ou transformados noutra coisa”, continua o dirigente sindical.
O montante total da dívida ainda está por determinar porque “muitos dos trabalhadores da Oliva não estão sindicalizados e, como o Sindicato não tem informação de quanto ganham, não é fácil apurar esse valor ao certo”.
Adelino Nunes adianta, contudo, que “ainda estão em causa algumas dezenas de milhar de euros”, considerando que “o bónus mínimo é de 9,5 euros por mês, por trabalhador, mas pode chegar aos 200 euros ou mais, no caso dos funcionários mais antigos”.
A Inspecção-Geral do Trabalho ficou a par do problema em Maio do ano passado e terá concordado com o parecer do Sindicato, após o que “a Oliva reconheceu em comunicado que teria que regularizar a situação”.
“Mas comprometeu-se a fazê-lo em Julho de 2008”, recorda Adelino Nunes, “e, até agora, isso ainda não aconteceu”.
A justificação apresentada pelos administradores da Oliva 1925 – Soluções de Fundição, S.A. é a redução no número de encomendas.
Esse aspecto é adiantado como explicação para outras mudanças na fábrica: “Os trabalhadores por turnos passaram ao horário de trabalho normal” e os funcionários mais recentes “não vêem os seus contratos renovados”.
Destak
Oliva ainda não pagou subsídios de Natal
Os cerca de 200 trabalhadores da Oliva ainda não receberam os subsídios de Natal nem os bónus de desempenho que estão em falta desde Abril de 2008, “num montante significativo” que o Sindicato dos Metalúrgicos ainda não conseguiu apurar.
Destak/Lusa | destak@destak.pt
No caso dos bónus, a alegada irregularidade deve-se ao facto da administração da empresa metalúrgica de S. João da Madeira “ter transferido os respectivos valores para os aumentos salariais de 2008”, revela Adelino Nunes, dirigente do Sindicato dos Metalúrgicos de Aveiro.
Esse responsável afirma que a medida “é ilegal” por duas razões: “Os bónus estão previstos no regulamento interno da empresa e, independentemente disso, a própria Lei diz que todas as gratificações pecuniárias pagas com carácter regular, mensal ou outro, são parte integrante da retribuição”.
“Os bónus não podem, portanto, ser retirados ou transformados noutra coisa”, continua o dirigente sindical.
O montante total da dívida ainda está por determinar porque “muitos dos trabalhadores da Oliva não estão sindicalizados e, como o Sindicato não tem informação de quanto ganham, não é fácil apurar esse valor ao certo”.
Adelino Nunes adianta, contudo, que “ainda estão em causa algumas dezenas de milhar de euros”, considerando que “o bónus mínimo é de 9,5 euros por mês, por trabalhador, mas pode chegar aos 200 euros ou mais, no caso dos funcionários mais antigos”.
A Inspecção-Geral do Trabalho ficou a par do problema em Maio do ano passado e terá concordado com o parecer do Sindicato, após o que “a Oliva reconheceu em comunicado que teria que regularizar a situação”.
“Mas comprometeu-se a fazê-lo em Julho de 2008”, recorda Adelino Nunes, “e, até agora, isso ainda não aconteceu”.
A justificação apresentada pelos administradores da Oliva 1925 – Soluções de Fundição, S.A. é a redução no número de encomendas.
Esse aspecto é adiantado como explicação para outras mudanças na fábrica: “Os trabalhadores por turnos passaram ao horário de trabalho normal” e os funcionários mais recentes “não vêem os seus contratos renovados”.
Destak
Na bolsa só se perde dinheiro.Na realidade só certos Iluminados com acesso a informação privilegiada aproveitam-se dos pequenos investidores para lhes sugarem o dinheiro.
sexta-feira, 13 de Março de 2009 | 16:58 Imprimir Enviar por Email
Jotex pediu insolvência mas trabalhadores continuam vigília
A Jotex avançou com o pedido de insolvência mas os cerca de 60 funcionários da fábrica de malhas de Espinho continuam em vigília à porta da empresa, disse hoje à Lusa fonte sindical.
A fonte salientou que os trabalhadores querem garantir que as máquinas não são vendidas antes de verem assegurados e pagos os seus direitos e realizada a assembleia de credores.
Arminda Neves, delegada sindical e funcionária da casa há quatro anos, explicou à Lusa as razões da vigilância à empresa: «os patrões tentaram tirar de lá as máquinas e fomos nós que o impedimos. Agora, criaram dentro da fábrica umas paredes em pladur e atrás esconderam as máquinas, para fazer de conta que elas não existem».
«Como a assembleia de credores só vai realizar-se dentro de dois meses», adiantou, «vamos continuar em vigília até nos dizerem o que é feito das máquinas».
O objectivo, disse, é impedir que esse equipamento possa ser «vendido ou transferido para outra empresa» antes que sejam assegurados os direitos dos trabalhadores, alguns com mais de 40 anos de serviço.
Os trabalhadores da Jotex reclamam também, da administração da empresa, a correcção das declarações a entregar à Segurança Social na sequência do processo de insolvência.
«Na papelada que nos deram para o fundo de desemprego», refere Arminda Neves, «só assinalaram 428 euros, que era o nosso ordenado, mas têm que declarar pelo menos o salário mínimo nacional, que é de 450 euros».
A Jotex esteve em funcionamento até dia 27 de Fevereiro, quando a administração da empresa comunicou ao pessoal que a produção ia ser suspensa até 16 de Março.
No dia seguinte, os trabalhadores detectaram que estavam a ser removidas máquinas e impediram a sua saída da fábrica.
Estão desde essa altura em vigília permanente à empresa, em grupos organizadores por turnos.
Os trabalhadores não têm salários em atraso.
Diário Digital / Lusa
Jotex pediu insolvência mas trabalhadores continuam vigília
A Jotex avançou com o pedido de insolvência mas os cerca de 60 funcionários da fábrica de malhas de Espinho continuam em vigília à porta da empresa, disse hoje à Lusa fonte sindical.
A fonte salientou que os trabalhadores querem garantir que as máquinas não são vendidas antes de verem assegurados e pagos os seus direitos e realizada a assembleia de credores.
Arminda Neves, delegada sindical e funcionária da casa há quatro anos, explicou à Lusa as razões da vigilância à empresa: «os patrões tentaram tirar de lá as máquinas e fomos nós que o impedimos. Agora, criaram dentro da fábrica umas paredes em pladur e atrás esconderam as máquinas, para fazer de conta que elas não existem».
«Como a assembleia de credores só vai realizar-se dentro de dois meses», adiantou, «vamos continuar em vigília até nos dizerem o que é feito das máquinas».
O objectivo, disse, é impedir que esse equipamento possa ser «vendido ou transferido para outra empresa» antes que sejam assegurados os direitos dos trabalhadores, alguns com mais de 40 anos de serviço.
Os trabalhadores da Jotex reclamam também, da administração da empresa, a correcção das declarações a entregar à Segurança Social na sequência do processo de insolvência.
«Na papelada que nos deram para o fundo de desemprego», refere Arminda Neves, «só assinalaram 428 euros, que era o nosso ordenado, mas têm que declarar pelo menos o salário mínimo nacional, que é de 450 euros».
A Jotex esteve em funcionamento até dia 27 de Fevereiro, quando a administração da empresa comunicou ao pessoal que a produção ia ser suspensa até 16 de Março.
No dia seguinte, os trabalhadores detectaram que estavam a ser removidas máquinas e impediram a sua saída da fábrica.
Estão desde essa altura em vigília permanente à empresa, em grupos organizadores por turnos.
Os trabalhadores não têm salários em atraso.
Diário Digital / Lusa
Na bolsa só se perde dinheiro.Na realidade só certos Iluminados com acesso a informação privilegiada aproveitam-se dos pequenos investidores para lhes sugarem o dinheiro.
Busca desesperada por um novo emprego
ISADORA ATAÍDE
Desemprego. José Carlos e Sofia perderam o emprego há vários meses. Recebem o subsídio e temem o seu fim sem encontrarem alternativa de sustento. Ele tem 53 anos e ela 27, ambos não conseguem encontrar um posto de trabalho adequado à sua experiência profissional. José enfrentou a depressão e planeia abrir o próprio negócio. Ela "está" dona de casa e vai voltar a estudar. Como milhares de portugueses, eles não desistem
O Centro de Emprego de Seixal e Sesimbra está sempre a "mexer". A crescente desindustrialização e a baixa qualificação da mão-de-obra na região, para além da crise, ajudam a explicar os 7500 inscritos. "Fazemos o registo dos desempregados e uma entrevista para mapear o seu histórico profissional e as habilitações, de modo a verificar a melhor hipótese para cada pessoa. Realizamos cursos de qualificação", explica o director, Paulo Leite Ribeiro.
Qualificar através da certificação escolar e cursos de formação profissional, descobrir potenciais para que os indivíduos criem o seu próprio emprego a partir de subsídios do Estado a fundo perdido e encontrar postos de trabalho estão entre os afazeres dos 27 funcionários que atendem cerca de 100 pessoas por dia.
O trabalho em rede - com a autarquia, a Segurança Social, o sistema de saúde e de educação e organizações do terceiro sector - é a estratégia do centro para encaminhar os milhares de desempregados. "Há pessoas com problemas de saúde, inclusive psicológicos, que precisam de tratamento médico; as minorias étnicas e ex-reclusos, por exemplo, exigem atenção diferenciada e as pessoas que têm filhos pequenos necessitam de apoio para frequentar os cursos de qualificação escolar e profissional. Sem esta rede e estes serviços complementares não há como reinserir estas pessoas no mercado de trabalho", salienta Ribeiro.
No ano passado, houve um recuo de 3,7% nos desempregados inscritos no Centro de Emprego do Seixal, mas o recrudescimento da crise económica anulou o resultado. Só no mês de Janeiro o número de inscritos saltou de 6500 para 7500 pessoas. Actualmente, há 148 postos de trabalho a ser ofertados pelo centro, as vagas têm origem nos anúncios directos das empresas ao centro e em ofertas publicitadas na imprensa. A equipa investe em visitas nas empresas da região para potenciar as ofertas de trabalho e parcerias, a exemplo da qualificação profissional.
"É importante que os desempregados se mantenham activos e se requalifiquem. O trabalho do centro de emprego depende da conjuntura económica do País, mas também da articulação em rede da sociedade e das escolhas dos indivíduos", observa o director.
A criação do próprio emprego foi a alternativa para 57 trabalhadores inscritos no Centro do Seixal em 2008. A partir da sua formação e experiência profissional e dos fundos de incentivo do Estado, tornaram-se pequenos empresários. "É uma opção para as pessoas com boa qualificação profissional e empreendedoras que não encontram posto de trabalho. É preciso um bom planeamento do negócio e nós ajudamos em todas as etapas", sublinha Paulo Leite Ribeiro.|
DN
ISADORA ATAÍDE
Desemprego. José Carlos e Sofia perderam o emprego há vários meses. Recebem o subsídio e temem o seu fim sem encontrarem alternativa de sustento. Ele tem 53 anos e ela 27, ambos não conseguem encontrar um posto de trabalho adequado à sua experiência profissional. José enfrentou a depressão e planeia abrir o próprio negócio. Ela "está" dona de casa e vai voltar a estudar. Como milhares de portugueses, eles não desistem
O Centro de Emprego de Seixal e Sesimbra está sempre a "mexer". A crescente desindustrialização e a baixa qualificação da mão-de-obra na região, para além da crise, ajudam a explicar os 7500 inscritos. "Fazemos o registo dos desempregados e uma entrevista para mapear o seu histórico profissional e as habilitações, de modo a verificar a melhor hipótese para cada pessoa. Realizamos cursos de qualificação", explica o director, Paulo Leite Ribeiro.
Qualificar através da certificação escolar e cursos de formação profissional, descobrir potenciais para que os indivíduos criem o seu próprio emprego a partir de subsídios do Estado a fundo perdido e encontrar postos de trabalho estão entre os afazeres dos 27 funcionários que atendem cerca de 100 pessoas por dia.
O trabalho em rede - com a autarquia, a Segurança Social, o sistema de saúde e de educação e organizações do terceiro sector - é a estratégia do centro para encaminhar os milhares de desempregados. "Há pessoas com problemas de saúde, inclusive psicológicos, que precisam de tratamento médico; as minorias étnicas e ex-reclusos, por exemplo, exigem atenção diferenciada e as pessoas que têm filhos pequenos necessitam de apoio para frequentar os cursos de qualificação escolar e profissional. Sem esta rede e estes serviços complementares não há como reinserir estas pessoas no mercado de trabalho", salienta Ribeiro.
No ano passado, houve um recuo de 3,7% nos desempregados inscritos no Centro de Emprego do Seixal, mas o recrudescimento da crise económica anulou o resultado. Só no mês de Janeiro o número de inscritos saltou de 6500 para 7500 pessoas. Actualmente, há 148 postos de trabalho a ser ofertados pelo centro, as vagas têm origem nos anúncios directos das empresas ao centro e em ofertas publicitadas na imprensa. A equipa investe em visitas nas empresas da região para potenciar as ofertas de trabalho e parcerias, a exemplo da qualificação profissional.
"É importante que os desempregados se mantenham activos e se requalifiquem. O trabalho do centro de emprego depende da conjuntura económica do País, mas também da articulação em rede da sociedade e das escolhas dos indivíduos", observa o director.
A criação do próprio emprego foi a alternativa para 57 trabalhadores inscritos no Centro do Seixal em 2008. A partir da sua formação e experiência profissional e dos fundos de incentivo do Estado, tornaram-se pequenos empresários. "É uma opção para as pessoas com boa qualificação profissional e empreendedoras que não encontram posto de trabalho. É preciso um bom planeamento do negócio e nós ajudamos em todas as etapas", sublinha Paulo Leite Ribeiro.|
DN
Na bolsa só se perde dinheiro.Na realidade só certos Iluminados com acesso a informação privilegiada aproveitam-se dos pequenos investidores para lhes sugarem o dinheiro.
Desemprego cresce 37% entre os imigrantes
CATARINA ALMEIDA PEREIRA
Efeitos da crise, integração no sistema ou trabalho irregular? Cresce o número de desempregados estrangeiros inscritos no IEFP. São mais de 27 mil
Onúmero de estrangeiros registados como desempregados no Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) aumentou 37% no espaço de um ano, quando em termos gerais a subida foi de 12%. Uma evolução relacionada com a quebra na construção ou na hotelaria, que esconde a eventual transição para situações de trabalho irregular.
Em Janeiro, existiam 27 810 estrangeiros registados como desempregados no IEFP, contra pouco mais de 20 mil há um ano. Já os beneficiários estrangeiros de subsídios de desemprego aumentaram 31%, para mais de 17 mil pessoas.
A Associação Solidariedade Imigrante gere duas Univa (unidades de inserção na vida activa) em Lisboa e em Beja. "Desde o ano passado que sentimos um aumento brutal de pessoas à procura de trabalho, legalizadas ou não", diz Timóteo Macedo, identificando os sectores da construção civil e da restauração e hotelaria como os mais problemáticos.
Uma leitura confirmada por Francisco Madelino, presidente do IEFP: "A principal razão é a quebra da construção civil, mas também na hotelaria, sobretudo no Algarve." Para a subida contribui ainda a "progressiva inclusão das pessoas no sistema de Segurança Social" e a tradicional exposição dos estrangeiros a trabalho temporário e contratos a prazo.
Timóteo Macedo desvaloriza, contudo, os números oficiais, por não reflectirem a transição para o trabalho irregular. "Muitos patrões optam por mandar para o desemprego pessoas que depois trabalham em situações irregulares, mesmo quando já estão legalizadas. Sempre foi assim e o Governo sabe disto. Há interesse político e económico em manter esta situação de desregulação total", acusa. "Continua a haver muito emprego entre os cidadãos indocumentados", diz, por seu lado, Luís Leiria, da Casa do Brasil. Também aqui é sentido "algum" aumento do desemprego, agravado pelo retorno de imigrantes brasileiros vindos de Espanha. |
DN
CATARINA ALMEIDA PEREIRA
Efeitos da crise, integração no sistema ou trabalho irregular? Cresce o número de desempregados estrangeiros inscritos no IEFP. São mais de 27 mil
Onúmero de estrangeiros registados como desempregados no Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) aumentou 37% no espaço de um ano, quando em termos gerais a subida foi de 12%. Uma evolução relacionada com a quebra na construção ou na hotelaria, que esconde a eventual transição para situações de trabalho irregular.
Em Janeiro, existiam 27 810 estrangeiros registados como desempregados no IEFP, contra pouco mais de 20 mil há um ano. Já os beneficiários estrangeiros de subsídios de desemprego aumentaram 31%, para mais de 17 mil pessoas.
A Associação Solidariedade Imigrante gere duas Univa (unidades de inserção na vida activa) em Lisboa e em Beja. "Desde o ano passado que sentimos um aumento brutal de pessoas à procura de trabalho, legalizadas ou não", diz Timóteo Macedo, identificando os sectores da construção civil e da restauração e hotelaria como os mais problemáticos.
Uma leitura confirmada por Francisco Madelino, presidente do IEFP: "A principal razão é a quebra da construção civil, mas também na hotelaria, sobretudo no Algarve." Para a subida contribui ainda a "progressiva inclusão das pessoas no sistema de Segurança Social" e a tradicional exposição dos estrangeiros a trabalho temporário e contratos a prazo.
Timóteo Macedo desvaloriza, contudo, os números oficiais, por não reflectirem a transição para o trabalho irregular. "Muitos patrões optam por mandar para o desemprego pessoas que depois trabalham em situações irregulares, mesmo quando já estão legalizadas. Sempre foi assim e o Governo sabe disto. Há interesse político e económico em manter esta situação de desregulação total", acusa. "Continua a haver muito emprego entre os cidadãos indocumentados", diz, por seu lado, Luís Leiria, da Casa do Brasil. Também aqui é sentido "algum" aumento do desemprego, agravado pelo retorno de imigrantes brasileiros vindos de Espanha. |
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Na bolsa só se perde dinheiro.Na realidade só certos Iluminados com acesso a informação privilegiada aproveitam-se dos pequenos investidores para lhes sugarem o dinheiro.
Patrões planeiam desemprego permanente
Arigo interessante:
http://resistir.info/crise/goldstein_ec ... sis_p.html
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Cumprimentos.
" Existem pessoas tão sumamente pobres que só têm dinheiro "
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Desemprego na construção pode duplicar
00h30m
O Sindicato da Construção do Norte alertou esta quarta-feira, no Porto, que o desemprego no sector pode praticamente duplicar até Setembro, atingindo mais 30 mil trabalhadores, se não forem tomadas medidas com urgência.
O presidente do sindicato, Albano Ribeiro, afirmou que "ninguém pode dizer com certeza o número de desempregados na construção civil", garantindo que, "além dos 29 mil de que se fala, há pelo menos mais 10 mil trabalhadores que não têm direito a fundo de desemprego porque os patrões não descontavam para a Segurança Social".
Para o sindicato, contrariar esta escalada de desemprego passa pela requalificação e reconstrução dos imóveis degradados em todas as cidades do país.
Só na cidade do Porto serão mais de 7000 as casas "a precisar de uma intervenção urgente" e esta aposta "permitiria criar de imediato 40 mil postos de trabalho", disse.
JNoticias
00h30m
O Sindicato da Construção do Norte alertou esta quarta-feira, no Porto, que o desemprego no sector pode praticamente duplicar até Setembro, atingindo mais 30 mil trabalhadores, se não forem tomadas medidas com urgência.
O presidente do sindicato, Albano Ribeiro, afirmou que "ninguém pode dizer com certeza o número de desempregados na construção civil", garantindo que, "além dos 29 mil de que se fala, há pelo menos mais 10 mil trabalhadores que não têm direito a fundo de desemprego porque os patrões não descontavam para a Segurança Social".
Para o sindicato, contrariar esta escalada de desemprego passa pela requalificação e reconstrução dos imóveis degradados em todas as cidades do país.
Só na cidade do Porto serão mais de 7000 as casas "a precisar de uma intervenção urgente" e esta aposta "permitiria criar de imediato 40 mil postos de trabalho", disse.
JNoticias
Na bolsa só se perde dinheiro.Na realidade só certos Iluminados com acesso a informação privilegiada aproveitam-se dos pequenos investidores para lhes sugarem o dinheiro.
Trabalhadores da Oligrama vão pedir insolvência da empresa
Hoje às 13:42
Os trabalhadores da Oligrama, de Oliveira dos Frades, vão pedir a insolvência da empresa. O processo já foi encaminhado para o sindicato dos trabalhadores das indústrias de cerâmica da região centro. À TSF, o dirigente sindical, Luís Almeida, garantiu que só assim os cerca de 30 trabalhadores poderão receber o dinheiro relativo a três meses de salários em atraso.
Luís Almeida revela que trabalhadores vão pedir insolvência da empresaLuís Almeida garante que os trabalhadores não vão deixar sair material da empresa
Os trabalhadores da Oligrama, de Oliveira dos Frades, vão pedir a insolvência da empresa.
«A empresa nunca disse que ia pagar aos trabalhadores, por isso os trabalhadores vão pedir a insolvência da empresa. O mais tardar esta semana a insolvência será pedida», adiantou.
O processo já foi encaminhado para o sindicato dos trabalhadores das indústrias de cerâmica da região centro.
À TSF, o dirigente sindical, Luís Almeida, garantiu que só assim os cerca de 30 trabalhadores poderão receber o dinheiro relativo a três meses de salários em atraso.
«Os trabalhadores estão a fazer uma vigila à porta da empresa porque a empresa tem solicitado vários camiões para ao que tudo indica, delapidar patrimónia da empresa. O que é mais fácil tirar como máquinas, materiais, e os trabalhadores acham que é ali que está o dinheiro para lhes pagar os salários que a empresa lhes deve», afirmou Luís Almeida.
Lusa
Hoje às 13:42
Os trabalhadores da Oligrama, de Oliveira dos Frades, vão pedir a insolvência da empresa. O processo já foi encaminhado para o sindicato dos trabalhadores das indústrias de cerâmica da região centro. À TSF, o dirigente sindical, Luís Almeida, garantiu que só assim os cerca de 30 trabalhadores poderão receber o dinheiro relativo a três meses de salários em atraso.
Luís Almeida revela que trabalhadores vão pedir insolvência da empresaLuís Almeida garante que os trabalhadores não vão deixar sair material da empresa
Os trabalhadores da Oligrama, de Oliveira dos Frades, vão pedir a insolvência da empresa.
«A empresa nunca disse que ia pagar aos trabalhadores, por isso os trabalhadores vão pedir a insolvência da empresa. O mais tardar esta semana a insolvência será pedida», adiantou.
O processo já foi encaminhado para o sindicato dos trabalhadores das indústrias de cerâmica da região centro.
À TSF, o dirigente sindical, Luís Almeida, garantiu que só assim os cerca de 30 trabalhadores poderão receber o dinheiro relativo a três meses de salários em atraso.
«Os trabalhadores estão a fazer uma vigila à porta da empresa porque a empresa tem solicitado vários camiões para ao que tudo indica, delapidar patrimónia da empresa. O que é mais fácil tirar como máquinas, materiais, e os trabalhadores acham que é ali que está o dinheiro para lhes pagar os salários que a empresa lhes deve», afirmou Luís Almeida.
Lusa
Na bolsa só se perde dinheiro.Na realidade só certos Iluminados com acesso a informação privilegiada aproveitam-se dos pequenos investidores para lhes sugarem o dinheiro.
Desemprego
Filas de 100 metros à porta do centro de emprego começam a ser habituais
Ao sol ou à chuva começa a ser habitual, no início de cada mês, uma fila que já dá a volta ao quarteirão, onde cerca de cem pessoas procuram tirar uma senha para se inscrever no centro de emprego de Sintra
No inicio de cada mês, por volta das 8:30 da manhã, é possível ver uma avalanche de pessoas que esperam, ao longo de mais de 100 metros de distância do centro de emprego de Sintra, pela abertura de portas do edifício.
Algumas das pessoas que se encontravam no local, quarta-feira, adiantaram à agência Lusa, que esta é uma prática cada vez mais habitual nos primeiros dias de cada mês.
Carlos Manuel da Costa, desempregado há três dias, foi a primeira pessoa a chegar às portas do centro de emprego, depois de no dia anterior ter chegado às 6h00.
«Estou desempregado e vim para ver se me inscrevo no fundo de desemprego. Já estive cá ontem mas faltava-me um documento portanto voltei cá hoje ainda mais cedo, às 5h30 da manhã», disse à agência Lusa, o munícipe de 58 anos.
Lamentando a enorme fila que encontrou em dois dias consecutivos, Carlos Manuel da Costa, responsabiliza a crise que recentemente obrigou o seu ex-patrão a abdicar dos seus serviços.
«Há uma crise muito grande de emprego. Eu saí da empresa porque há mesmo falta de trabalho e o meu ex-patrão tem tentado fazer tudo para se esclarecer como é que as leis funcionam», adiantou, acrescentando que o seu antigo patrão «diz que vai a todo o lado mas que ninguém o sabe informar em condições».
Às 8:45, o recente desempregado Pedro Silva chegou ao local e deparou-se com a presença de mais de cem pessoas à sua frente, tudo para conseguir uma ficha de atendimento.
Na casa dos trinta anos, Pedro Silva, residente em Almargem do Bispo, afirma que desde 2004 que se desloca uma vez por ano ao centro de emprego de Sintra, já que, no local onde trabalha, ao atingir os «dois contratos», volta a ficar «um mês por ano desempregado».
«Costumava vir sempre da parte da tarde e pela primeira vez vim de manhã. Assusta-me um bocado olhar para a frente e ver mais de cem pessoas à minha frente», disse, acrescentando não saber «se isto está sempre assim».
Algumas pessoas que se encontravam no local referiram que esta presença assídua de pessoas ao centro de emprego, se deve à recente crise e aos despedimentos, justificando que é precisamente no final do mês que a maioria dos trabalhadores vê os seus contratos terminados, recorrendo por isso, no início do mês seguinte, ao centro de emprego.
Segundo os dados do Instituto de Emprego e Formação Profissional, em Janeiro, estavam inscritos no centro de emprego de Sintra 14.204 pessoas, sendo que 5.466 se encontram nessa situação há mais de um ano.
Estes números são, segundo o presidente da Associação Empresarial de Sintra (AESINTRA), Manuel do Cabo, «preocupantes» pois existem muitas empresas «que não aguentam esta situação de crise e portanto há reduções do número de postos de trabalho».
«Empresas com mais dificuldades acabam por fechar. Faz-se um grande sacrifício para aguentar este barco», disse à Lusa o responsável, elogiando a recente proposta aprovada pela câmara de Sintra que contempla a isenção e redução de taxas municipais, permitindo, por exemplo, que a ocupação do solo de esplanadas e a mudança de horários dos estabelecimentos seja feita sem encargos para os comerciantes.
Segundo Manuel do Cabo, neste tempo de «crise económica» o número de associados da AESINTRA oscila entre os quatro mil e os 4500 «porque há muitas entradas e muitas saídas».
«Se por um lado temos empresas que fecham, há efectivamente também empresas que abrem, e muitas. O crescimento do concelho de Sintra vê-se a olhos vistos pois temos cada vez mais pessoas a querer cá morar e isso origina também um crescente aumento do comércio», justificou.
Lusa/SOL
Filas de 100 metros à porta do centro de emprego começam a ser habituais
Ao sol ou à chuva começa a ser habitual, no início de cada mês, uma fila que já dá a volta ao quarteirão, onde cerca de cem pessoas procuram tirar uma senha para se inscrever no centro de emprego de Sintra
No inicio de cada mês, por volta das 8:30 da manhã, é possível ver uma avalanche de pessoas que esperam, ao longo de mais de 100 metros de distância do centro de emprego de Sintra, pela abertura de portas do edifício.
Algumas das pessoas que se encontravam no local, quarta-feira, adiantaram à agência Lusa, que esta é uma prática cada vez mais habitual nos primeiros dias de cada mês.
Carlos Manuel da Costa, desempregado há três dias, foi a primeira pessoa a chegar às portas do centro de emprego, depois de no dia anterior ter chegado às 6h00.
«Estou desempregado e vim para ver se me inscrevo no fundo de desemprego. Já estive cá ontem mas faltava-me um documento portanto voltei cá hoje ainda mais cedo, às 5h30 da manhã», disse à agência Lusa, o munícipe de 58 anos.
Lamentando a enorme fila que encontrou em dois dias consecutivos, Carlos Manuel da Costa, responsabiliza a crise que recentemente obrigou o seu ex-patrão a abdicar dos seus serviços.
«Há uma crise muito grande de emprego. Eu saí da empresa porque há mesmo falta de trabalho e o meu ex-patrão tem tentado fazer tudo para se esclarecer como é que as leis funcionam», adiantou, acrescentando que o seu antigo patrão «diz que vai a todo o lado mas que ninguém o sabe informar em condições».
Às 8:45, o recente desempregado Pedro Silva chegou ao local e deparou-se com a presença de mais de cem pessoas à sua frente, tudo para conseguir uma ficha de atendimento.
Na casa dos trinta anos, Pedro Silva, residente em Almargem do Bispo, afirma que desde 2004 que se desloca uma vez por ano ao centro de emprego de Sintra, já que, no local onde trabalha, ao atingir os «dois contratos», volta a ficar «um mês por ano desempregado».
«Costumava vir sempre da parte da tarde e pela primeira vez vim de manhã. Assusta-me um bocado olhar para a frente e ver mais de cem pessoas à minha frente», disse, acrescentando não saber «se isto está sempre assim».
Algumas pessoas que se encontravam no local referiram que esta presença assídua de pessoas ao centro de emprego, se deve à recente crise e aos despedimentos, justificando que é precisamente no final do mês que a maioria dos trabalhadores vê os seus contratos terminados, recorrendo por isso, no início do mês seguinte, ao centro de emprego.
Segundo os dados do Instituto de Emprego e Formação Profissional, em Janeiro, estavam inscritos no centro de emprego de Sintra 14.204 pessoas, sendo que 5.466 se encontram nessa situação há mais de um ano.
Estes números são, segundo o presidente da Associação Empresarial de Sintra (AESINTRA), Manuel do Cabo, «preocupantes» pois existem muitas empresas «que não aguentam esta situação de crise e portanto há reduções do número de postos de trabalho».
«Empresas com mais dificuldades acabam por fechar. Faz-se um grande sacrifício para aguentar este barco», disse à Lusa o responsável, elogiando a recente proposta aprovada pela câmara de Sintra que contempla a isenção e redução de taxas municipais, permitindo, por exemplo, que a ocupação do solo de esplanadas e a mudança de horários dos estabelecimentos seja feita sem encargos para os comerciantes.
Segundo Manuel do Cabo, neste tempo de «crise económica» o número de associados da AESINTRA oscila entre os quatro mil e os 4500 «porque há muitas entradas e muitas saídas».
«Se por um lado temos empresas que fecham, há efectivamente também empresas que abrem, e muitas. O crescimento do concelho de Sintra vê-se a olhos vistos pois temos cada vez mais pessoas a querer cá morar e isso origina também um crescente aumento do comércio», justificou.
Lusa/SOL
Na bolsa só se perde dinheiro.Na realidade só certos Iluminados com acesso a informação privilegiada aproveitam-se dos pequenos investidores para lhes sugarem o dinheiro.
Visteon quer despedir 72 trabalhadores em Palmela e recorrer a "lay-off"
A multinacional de fabrico de componentes para automóveis Visteon está a negociar com 72 trabalhadores a rescisão dos seus contratos de trabalho, tendo ainda previsto um ‘lay-off’ para várias dezenas de trabalhadores, disse ao Negócios fonte sindical conhecedora do processo.
--------------------------------------------------------------------------------
Miguel Prado
miguelprado@negocios.pt
A multinacional de fabrico de componentes para automóveis Visteon está a negociar com 72 trabalhadores a rescisão dos seus contratos de trabalho, tendo ainda previsto um ‘lay-off’ para várias dezenas de trabalhadores, disse ao Negócios fonte sindical conhecedora do processo.
“Foi-nos comunicada a intenção da empresa de fazer um novo ‘lay-off’ e rescindir o contrato com 72 trabalhadores”, disse Paulo Ribeiro, dirigente do Sindicato das Indústrias Eléctricas do Sul e Ilhas (SIESI), lembrando que a Visteon de Palmela, que chegou a ter no ano passado 1.600 trabalhadores, conta actualmente com 1.347 funcionários. O último corte aconteceu em Dezembro, quando 50 pessoas abandonaram a empresa com uma compensação de 1,5 salários por ano de antiguidade.
A Visteon, que produz sistemas de controlo de temperatura para automóveis, além de outros componentes, está em Palmela desde 1990. Em Dezembro anunciou um período de redução de trabalho em 27 dias, mas só concretizou seis dias de paragem até ao momento.
No entanto, a situação da empresa agravou-se, dado que, ao que o Negócios apurou junto da mesma fonte sindical, está a ser preparada uma proposta para que alguns funcionários com salários mais elevados venham a trabalhar menos um dia por mês até Julho e para que 35 outros trabalhadores entrem mesmo numa situação de ‘lay-off’, suspendendo o seu contrato de trabalho pelos próximos seis meses.
Não foi possível até ao momento recolher junto da administração da Visteon de Palmela esclarecimentos adicionais sobre este assunto.
JN
A multinacional de fabrico de componentes para automóveis Visteon está a negociar com 72 trabalhadores a rescisão dos seus contratos de trabalho, tendo ainda previsto um ‘lay-off’ para várias dezenas de trabalhadores, disse ao Negócios fonte sindical conhecedora do processo.
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Miguel Prado
miguelprado@negocios.pt
A multinacional de fabrico de componentes para automóveis Visteon está a negociar com 72 trabalhadores a rescisão dos seus contratos de trabalho, tendo ainda previsto um ‘lay-off’ para várias dezenas de trabalhadores, disse ao Negócios fonte sindical conhecedora do processo.
“Foi-nos comunicada a intenção da empresa de fazer um novo ‘lay-off’ e rescindir o contrato com 72 trabalhadores”, disse Paulo Ribeiro, dirigente do Sindicato das Indústrias Eléctricas do Sul e Ilhas (SIESI), lembrando que a Visteon de Palmela, que chegou a ter no ano passado 1.600 trabalhadores, conta actualmente com 1.347 funcionários. O último corte aconteceu em Dezembro, quando 50 pessoas abandonaram a empresa com uma compensação de 1,5 salários por ano de antiguidade.
A Visteon, que produz sistemas de controlo de temperatura para automóveis, além de outros componentes, está em Palmela desde 1990. Em Dezembro anunciou um período de redução de trabalho em 27 dias, mas só concretizou seis dias de paragem até ao momento.
No entanto, a situação da empresa agravou-se, dado que, ao que o Negócios apurou junto da mesma fonte sindical, está a ser preparada uma proposta para que alguns funcionários com salários mais elevados venham a trabalhar menos um dia por mês até Julho e para que 35 outros trabalhadores entrem mesmo numa situação de ‘lay-off’, suspendendo o seu contrato de trabalho pelos próximos seis meses.
Não foi possível até ao momento recolher junto da administração da Visteon de Palmela esclarecimentos adicionais sobre este assunto.
JN
Na bolsa só se perde dinheiro.Na realidade só certos Iluminados com acesso a informação privilegiada aproveitam-se dos pequenos investidores para lhes sugarem o dinheiro.
Crise já deixou mais de seis mil com salários em atraso
Dívidas das empresas aos trabalhadores são, em média, de 750 euros e têm vindo a aumentar
00h30m
ALEXANDRA FIGUEIRA
É mais um reflexo da crise. Nas inspecções feitas desde Outubro, foram encontrados mais de seis mil trabalhadores com dinheiro a haver do patrão. Em média, cada pessoa tem direito a receber perto de 750 euros, sobretudo na hotelaria e construção.
Olhando ao que sucedeu no ano passado, é de esperar que só perto de um terço da dívida chegue a ser paga voluntariamente pelas empresas. Em todo ano, dos 11,3 milhões de euros em falta, só entregaram aos trabalhadores pouco mais de quatro milhões.
Caso o dinheiro não seja pago mediante a intervenção da Autoridade para as Condições no Trabalho (ACT), resta aos trabalhadores processar judicialmente o empregador, instaurando uma acção no Tribunal de Trabalho, ou pessoalmente ou através de um sindicato. Caso a empresa esteja em processo de falência, é possível recorrer ao Fundo de Garantia Salarial para receber, pelo menos, parte do valor em falta, explicou o inspector-geral de trabalho, Paulo Morgado Carvalho.
Nos últimos cinco meses, desde que a crise económica se intensificou, as empresas acumularam dívidas de mais de 4,7 milhões de euros a 6247 pessoas. Trata-se de salários em atraso, mais patentes na construção civil; ou, na hotelaria e restauração, de remunerações abaixo da tabela ou, por exemplo, horas suplementares pagas abaixo do valor legal (o dobro do salário normal). Estes dois sectores são, segundo Paulo Morgado Carvalho, os mais prevaricadores.
Reis Campos, presidente da Associação da Construção do Norte (AICCOPN), admite a existência de muitos salários em atraso entre as suas associadas, mas afirma que, no futuro próximo, o número pode até disparar. "Estou mais preocupado com as outras 554 mil pessoas que o sector ainda emprega e que poderão ficar sem salários e sem trabalho sem ajudas imediatas", disse.
Entre elas, conta o pagamento integral das dívidas do Estado às empresas (reafirmando que as autarquias não estão a regularizar contas, por exemplo), o acelerar da devolução do IVA e o lançamento de todas as obras públicas prometidas. E, ainda, o normal funcionamento dos bancos. "O Estado deve exigir que, tal como ele ajudou a Banca, a Banca deve ajudar as empresas", nomeadamente cobrando "spreads razoáveis", afirmou.
Já na hotelaria e restauração, o segundo sector onde a ACT encontrou mais dívidas aos trabalhadores, o problema é o trabalho ilegal, sem declarar às autoridades nem pagar Segurança Social. Francisco Figueiredo, presidente do Sindicato de Hotelaria do Norte, garantiu que não há crise económica no sector, tanto que até já foi negociado um aumento salarial de 3,1%, para este ano, em oito distritos do Norte e Centro.
Os problemas, assegura, são os salários abaixo da tabela e os trabalhadores ilegais: um terço de todos os empregados do sector, calcula. E têm vindo a agravar-se nos últimos anos, por culpa da ACT, acusa. "A inspecção não tem acção penalizadora, mas de auto-regulação e aconselhamento às empresas". Em resultado, diz, as empresas arriscam a manter trabalhadores em situação ilegal.
Em resposta, Paulo Morgado Carvalho lembra que a lei prevê a existência de autos de advertência (que não implicam punição), mas assegura que o número de notificações tem aumentado.
JNoticias
Dívidas das empresas aos trabalhadores são, em média, de 750 euros e têm vindo a aumentar
00h30m
ALEXANDRA FIGUEIRA
É mais um reflexo da crise. Nas inspecções feitas desde Outubro, foram encontrados mais de seis mil trabalhadores com dinheiro a haver do patrão. Em média, cada pessoa tem direito a receber perto de 750 euros, sobretudo na hotelaria e construção.
Olhando ao que sucedeu no ano passado, é de esperar que só perto de um terço da dívida chegue a ser paga voluntariamente pelas empresas. Em todo ano, dos 11,3 milhões de euros em falta, só entregaram aos trabalhadores pouco mais de quatro milhões.
Caso o dinheiro não seja pago mediante a intervenção da Autoridade para as Condições no Trabalho (ACT), resta aos trabalhadores processar judicialmente o empregador, instaurando uma acção no Tribunal de Trabalho, ou pessoalmente ou através de um sindicato. Caso a empresa esteja em processo de falência, é possível recorrer ao Fundo de Garantia Salarial para receber, pelo menos, parte do valor em falta, explicou o inspector-geral de trabalho, Paulo Morgado Carvalho.
Nos últimos cinco meses, desde que a crise económica se intensificou, as empresas acumularam dívidas de mais de 4,7 milhões de euros a 6247 pessoas. Trata-se de salários em atraso, mais patentes na construção civil; ou, na hotelaria e restauração, de remunerações abaixo da tabela ou, por exemplo, horas suplementares pagas abaixo do valor legal (o dobro do salário normal). Estes dois sectores são, segundo Paulo Morgado Carvalho, os mais prevaricadores.
Reis Campos, presidente da Associação da Construção do Norte (AICCOPN), admite a existência de muitos salários em atraso entre as suas associadas, mas afirma que, no futuro próximo, o número pode até disparar. "Estou mais preocupado com as outras 554 mil pessoas que o sector ainda emprega e que poderão ficar sem salários e sem trabalho sem ajudas imediatas", disse.
Entre elas, conta o pagamento integral das dívidas do Estado às empresas (reafirmando que as autarquias não estão a regularizar contas, por exemplo), o acelerar da devolução do IVA e o lançamento de todas as obras públicas prometidas. E, ainda, o normal funcionamento dos bancos. "O Estado deve exigir que, tal como ele ajudou a Banca, a Banca deve ajudar as empresas", nomeadamente cobrando "spreads razoáveis", afirmou.
Já na hotelaria e restauração, o segundo sector onde a ACT encontrou mais dívidas aos trabalhadores, o problema é o trabalho ilegal, sem declarar às autoridades nem pagar Segurança Social. Francisco Figueiredo, presidente do Sindicato de Hotelaria do Norte, garantiu que não há crise económica no sector, tanto que até já foi negociado um aumento salarial de 3,1%, para este ano, em oito distritos do Norte e Centro.
Os problemas, assegura, são os salários abaixo da tabela e os trabalhadores ilegais: um terço de todos os empregados do sector, calcula. E têm vindo a agravar-se nos últimos anos, por culpa da ACT, acusa. "A inspecção não tem acção penalizadora, mas de auto-regulação e aconselhamento às empresas". Em resultado, diz, as empresas arriscam a manter trabalhadores em situação ilegal.
Em resposta, Paulo Morgado Carvalho lembra que a lei prevê a existência de autos de advertência (que não implicam punição), mas assegura que o número de notificações tem aumentado.
JNoticias
Na bolsa só se perde dinheiro.Na realidade só certos Iluminados com acesso a informação privilegiada aproveitam-se dos pequenos investidores para lhes sugarem o dinheiro.
marijon Escreveu:Hoje estou triste![]()
Um grande amigo foi despedido do BCP. Estava com o 3º contrato a prazo (e último possível).
Esteve sempre a ser avaliado e na próxima semana irá mesmo a uma sessão de formação de novos produtos. No entanto dia 17/03 será o seu último dia de trabalho![]()
Provalvelmente, dia 18 alguém entrará... com novo contrato a prazo e sem nada saber. Enfim...![]()
Se alguém souber de novos empregos no sector da Banca, agradecia contactosEle tem 18 meses de experiência no Millenium, 27 anos e 12ªano.
Boa noite
PS Obrigada a quem poder AJUDAR
Penso que com o 12 ano já começa a ser muito dificil entar para a banca, mas ele que vá tentando....
De que vale a pena correr quando estamos na estrada errada?
Hoje estou triste
Um grande amigo foi despedido do BCP. Estava com o 3º contrato a prazo (e último possível).
Esteve sempre a ser avaliado e na próxima semana irá mesmo a uma sessão de formação de novos produtos. No entanto dia 17/03 será o seu último dia de trabalho
Provalvelmente, dia 18 alguém entrará... com novo contrato a prazo e sem nada saber. Enfim...
Se alguém souber de novos empregos no sector da Banca, agradecia contactos
Ele tem 18 meses de experiência no Millenium, 27 anos e 12ªano.
Boa noite
PS Obrigada a quem poder AJUDAR

Um grande amigo foi despedido do BCP. Estava com o 3º contrato a prazo (e último possível).
Esteve sempre a ser avaliado e na próxima semana irá mesmo a uma sessão de formação de novos produtos. No entanto dia 17/03 será o seu último dia de trabalho

Provalvelmente, dia 18 alguém entrará... com novo contrato a prazo e sem nada saber. Enfim...

Se alguém souber de novos empregos no sector da Banca, agradecia contactos

Boa noite
PS Obrigada a quem poder AJUDAR
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O Desemprego estaa IMPARAVEL.
Preparem-se para taxas REAIS da ordem dos 14 ou 15%. Isto ee: vai haver mais gente na rua, a Praca da Figueira (Lisboa), teraa mais povo a falar do passado e, por vezes, atee do Futuro.
A ver vamos.
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