Sobrevivência do BPP está dependente desis garantia capital
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Fica a noticia. Isso sim, é crime, claramente. Resta saber se são actos individualizados por empregados desonestos e em que condições isso acontece, se o banco é imputável por isso e, sendo, se ainda há banco para aceitar as consequências disso.
Banca
Presidente do BPP pede ao Banco de Portugal que decida futuro do banco rapidamente
03.04.2009 - 13h54 Cristina Ferreira
Adão da Fonseca, líder da actual administração provisória do Banco Privado Português (BPP), enviou ontem uma carta ao Banco de Portugal (BdP) onde solicita que o supervisor decida rapidamente sobre o futuro da instituição intervencionada desde Dezembro de 2008, tendo em conta que Vítor Constâncio já recebeu os dados necessários para se poder pronunciar.
Nos relatórios que enviou ao governador, Adão da Fonseca apresentou soluções, designadamente a criação de um fundo de investimento mobiliário fechado que visa “salvar” os produtos de retorno absoluto vendidos pelo banco aos seus clientes.
Hoje, logo pela manhã, o líder do BPP informou 250 colaboradores do BPP da sua iniciativa.
Adão da Fonseca pede ainda ao supervisor que acelere a constituição do fundo que irá receber investimentos realizados nos mercados de capitais da ordem de 1,2 mil milhões de euros, mas que se fossem neste momento resgatados seriam devolvidos aos proprietários com perdas elevadas.
O PÚBLICO sabe que se abate neste momento sobre a actual gestão provisória do BPP uma forte pressão por parte dos clientes que querem ver as suas poupanças devolvidas, em particular, os que possuem investimento em produtos de retorno absoluto. Existem ainda casos de clientes que alegam que as poupanças entregues à guarda do BPP como depósitos, e de não terem celebrado qualquer outro contrato, foram aplicadas noutros produtos, pelo que reclamam agora a sua devolução.
Adão da Fonseca já reconheceu que muitos estratos bancários foram falsificados. Até final de Maio o Governo vai ter que saldar os seus compromissos com a banca (CGD, BCP, BES, BPI, Santander e CCAM) que avançou com os 450 milhões de euros de financiamento ao BPP, tendo por base uma contra garantia dada pelo Estado, mas sustentada em activos da instituição insolvente. Inicialmente o valor dos activos dados pelo BPP ao Estado para este garantir o financiamento ascendia a 650 milhões de euros, mas este montante sofreu entretanto uma desvalorização. Esta verba destinava-se a pagar os financiamentos dados por grupos internacionais (JPMorgan) ao BPP e a pagar depósitos.
Na última assembleia-geral do BPP, de 30 de Março, em que estiveram Adão da Fonseca, Diogo Vaz Guedes, em representação da Privado Holding, que controla a totalidade do BPP, e o presidente da Assembleia Geral, José Miguel Júdice, foi decidido suspender os salários dos ex-gestores do banco, que estão sob investigação do BdP. Em termos genéricos há um entendimento de que no futuro Adão da Fonseca se irá preocupar em garantir o bom funcionamento da gestão do fundo que está a ser preparado, enquanto a Privado Holding ser irá debruçar sobre o futuro do BPP, depois de resolvido o problema dos clientes de capital garantido.
A iniciativa de Adão da Fonseca junto de Vitor Constâncio ocorre dias depois de Sérgia Narciso Farrajota (quadro do BPI), que no actual conselho de gestão tinha o pelouro jurídico, se ter demitido evocando razões pessoais. A sua eventual substituição é da competência do BdP.
Num estado de direito antes de haver prisões há investigações. Está uma investigação em curso pelo DIAP desde do fim do ano passado. (e todos os portugueses sofrem já há muito com a lentidão da nossa justiça...)
Já não estamos nos tempos da ditadura onde as pessoas eram presas sem um investigação e um julgamento...
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Noticia do Publico online
Adão da Fonseca já reconheceu que muitos estratos bancários foram falsificados... e mesmo assim ainda ninguem foi preso!!! viva Portugal !!!
Afinal de contas nem todos os clientes eram "Burros", os Gestores deste Banco é que eram um bando de Aldrabões que começam agora a admitir que afinal ouve falsificações de documentos... já admitiram a falsificação de estratos...
Eu tinha um deposito a ordem o qual pedi a transferencia para outro banco a 24-NOV e não só não consegui retirar de lá meu dinheiro como descubri a semana passada (recebi o estrato de Dezembro a semana passada) que possuo agora obrigações da CGD com maturidade em 2049.
Visto isto pelo lado positivo, pelo menos os meus netos sempre terão um bom pé de meia caso a CGD não exerça as obrigações antes de 2049
Cuidado "velhos do Restelo" se calhar amanhã são voces a ficar sem os vossos depósitos, afinal tudo é possivel com gestores deste calibre...
03.04.2009 - 13h54
Por Cristina Ferreira
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Adão da Fonseca já reconheceu que muitos estratos bancários foram falsificados.
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Adão da Fonseca já reconheceu que muitos estratos bancários foram falsificados... e mesmo assim ainda ninguem foi preso!!! viva Portugal !!!

Afinal de contas nem todos os clientes eram "Burros", os Gestores deste Banco é que eram um bando de Aldrabões que começam agora a admitir que afinal ouve falsificações de documentos... já admitiram a falsificação de estratos...
Eu tinha um deposito a ordem o qual pedi a transferencia para outro banco a 24-NOV e não só não consegui retirar de lá meu dinheiro como descubri a semana passada (recebi o estrato de Dezembro a semana passada) que possuo agora obrigações da CGD com maturidade em 2049.
Visto isto pelo lado positivo, pelo menos os meus netos sempre terão um bom pé de meia caso a CGD não exerça as obrigações antes de 2049

Cuidado "velhos do Restelo" se calhar amanhã são voces a ficar sem os vossos depósitos, afinal tudo é possivel com gestores deste calibre...
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Se BPP falir activos das carteiras dos clientes serão devolvidos
03/04/2009
A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários actualizou o conjunto de perguntas e respostas sobre a situação do Banco Privado Português. Se o banco for à falência, os activos incluídos nas carteiras dos clientes terão que ser devolvidos. Veja aqui as perguntas e respostas da CMVM.
O regulador esclareceu hoje que em caso de falência do banco, os activos dos clientes de gestão individual de carteiras não incorporam a massa falida, pelo que o banco deve restituí-los aos clientes.
“Caso os clientes possuam uma carteira no âmbito da Gestão de Retorno Absoluto de Investimento Directo, o Banco poderá restituir-lhes os próprios activos ou o valor resultante da respectiva alienação”, acrescenta o regulador.
Perguntas e Respostas da CMVM 1. Em caso de falência do banco qual é a situação do património dos clientes de gestão individual de carteiras do Banco Privado Português?
Os activos incluídos nas carteiras dos clientes pertencem aos clientes. Em caso de falência do banco, esses activos não incorporam a massa falida, pelo que o banco deve restituí-los aos clientes (seus legítimos proprietários).
Caso os clientes possuam uma carteira no âmbito da Gestão de Retorno Absoluto de Investimento Directo, o Banco poderá restituir-lhes os próprios activos ou o valor resultante da respectiva alienação. Caso os clientes tenham efectuado um investimento indirecto no âmbito da gestão de Retorno Absoluto, através de veículos sedeados em jurisdições off-shore, têm direito ao valor correspondente à participação nesses veículos sem prejuízo das garantias de capital e de juros assumidas pelo banco perante os clientes.
Mesmo num cenário de insolvência, existirá sempre a alternativa da transferência dos activos dos clientes da gestão individual de carteiras para um fundo de investimento ou outro instrumento financeiro cuja gestão veja a ser assegurada por outra instituição.
2. A CMVM apro vou ou vai aprovar a constituição de um fundo de investimento mobiliário pelo BPP cujo património será constituído pelos activos dos clientes da gestão individual de carteiras?
Não deu entrada na CMVM qualquer pedido formal de autorização da constituição do fundo. Tem havido conversações entre o BPP e a CMVM, por iniciativa do banco, quanto aos termos e condições necessárias para que a CMVM possa analisar e eventualmente aprovar o fundo. A CMVM só dará a sua aprovação desde que sejam preenchidos todos os requisitos legais e sejam salvaguardados os direitos dos clientes e o seu tratamento equitativo
3. O investimento em gestão de carteiras está coberto pelo Sistema de Indemnização aos Investidores?
Sim. Mas o Sistema só é accionado em caso de falência da instituição financeira E na impossibilidade de devolução dos activos aos clientes
4. Os contratos relativos a investimentos com retorno absoluto assinados pelos clientes e pelo Banco são válidos?
Os contratos vinculam ambas as partes nos termos e com as condições neles estabelecidas.
5. Quais as diferenças entre Retorno Absoluto de Investimento Indirecto e Retorno Absoluto de Investimento Directo?
No primeiro caso, os clientes são titulares de loan notes (instrumentos financeiros semelhantes à obrigações) que representam uma participação nos resultados dos veículos criados pelo banco para gerir determinadas estratégias. Estes veículos, constituídos em jurisdições off-shore, adquiriam posteriormente os valores mobiliários de acordo com a respectiva estratégia. Neste sentido, os clientes são directamente titulares das loan notes e não dos valores mobiliários que integram o património dos veículos.
No segundo caso, na medida em que as aplicações em valores mobiliários eram efectuadas na conta de gestão de carteiras do cliente, este é directamente titular dos mesmos.
nunofaustino Escreveu:O problema disto tudo é que alguns clientes foram enganados pelos gerentes de conta e assinaram coisas sem ler. A partir daí ficam numa posição muito complicada e para a qual não têm grandes possibilidades de fazer valer a sua opinião.
Em todos os clientes deve haver um pouco de tudo, os que foram realmente enganados pelos gestores de conta, outros que tinham alguma idéia de que aquilo não era bem um depósito a prazo mas tinham a idéia que o capital seria garantido, até àqueles que sabiam perfeitamente que aquilo não era um depósito a prazo mas que agora aproveitam esta situação para tentar resolver o problema...
Seja como for julgo que o que no fundo deve contar são os documentos assinados e, em cada caso, verificar se o cliente foi ou não mal informado! Obviamente isto não será fácil de esclarecer, provavelmente será a palavra de um contra a de outro...
Penso que os clientes terão poucas hipóteses de fazer as coisas de outra forma que não seja colaborando com a administração do Banco, na justiça nunca mais resolvem nada, demora muito tempo, custa muito dinheiro e pode não levar a lado nenhum...
De qualquer forma gostaria de dizer que fiquei muito sensibilizado com a história daquela senhora que falou (e chorou) no "Prós e Contras"...
abraços
artista
Sugestões de trading, análises técnicas, estratégias e ideias http://sobe-e-desce.blogspot.com/
http://www.gamesandfun.pt/afiliado&id=28
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isso são taxas incríveis... o BPN ainda tem taxas um pouco mais altas do que a maioria (2.75%) e há alguns que tb taxas mais elevadas (a Caixa Duero por exemplo). O BES não conheço nenhumas taxas para além das anunciadas.
Curiosamente o banco com piores taxas é capaz de ser o BCP
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Jocas
Nuno
Curiosamente o banco com piores taxas é capaz de ser o BCP

Jocas
Nuno
Pluricanal... não obrigado. Serviço péssimo e enganador!!!
Eu, sempre que faço um depósito a prazo, falo com a gestora de conta e peço-lhe por escrito a indicação de que o produto que vou subscrever está protegido pelo FGD. Aliás, desde 2007 que tenho este princípio com quase todos os bancos e a maioria dos serviços. Acho que assim estou a salvaguardar a relação que tenho com os bancos e a garantir que a informação que obtenho é fidedigna (pois fico com uma indicação por escrito de que o que vou subscrever tem as características do que eu pretendo). Algumas pessoas levam a mal, mas quando eu pergunto porque é que leva a mal eu pedir aquele documento, normalmente ficam sem resposta lógica.
Neste momento as taxas de juro praticamente não compensam a sua utilização. 2.5/3% já quase que não compensa estar com o $$ parado durante tanto tempo (curiosamente o BPI é o banco que "oferece" melhores taxas, apesar de que a diferença para os restantes bancos é pequena).
Jocas
Nuno
Neste momento as taxas de juro praticamente não compensam a sua utilização. 2.5/3% já quase que não compensa estar com o $$ parado durante tanto tempo (curiosamente o BPI é o banco que "oferece" melhores taxas, apesar de que a diferença para os restantes bancos é pequena).
Jocas
Nuno
Pluricanal... não obrigado. Serviço péssimo e enganador!!!
Pedro Santos Guerreiro
BPP: os senhores roubados
psg@negocios.pt
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O fundo de pensões da cidade de Fairfield, no estado americano do Connecticut, perdeu 35 milhões de euros no esquema fraudulento de Bernard Madoff. Agora, vai aumentar os impostos para compensar o prejuízo.
O fundo de pensões da cidade de Fairfield, no estado americano do Connecticut, perdeu 35 milhões de euros no esquema fraudulento de Bernard Madoff. Agora, vai aumentar os impostos para compensar o prejuízo. A burla de Madoff e a má decisão de Fairfield investir em fundos miraculosamente rentáveis será paga pelos contribuintes. E no BPP?
Bernard Madoff declarou-se ontem culpado de ter dirigido o maior esquema de Ponzi da História. Seis meses depois da falência do Lehman Brothers, que mergulhou os mercados no pânico e os bancos no terror da própria sombra, a justiça começa a ser feita... nos Estados Unidos. Em Portugal, há a detenção preventiva de Oliveira Costa para amostra do caso BPN. No BPP, onde também há indícios criminais, o topete dos antigos administradores é tal que foi preciso que fossem suspensos pelo Banco de Portugal para que deixassem de passear-se pelo banco e até de se sentarem na Administração. Com a saída coerciva, não se fez justiça, não se culpou, não se ilibou ninguém, mas repuseram-se os níveis de decoro.
Deixar falir o Lehman foi um erro. Os bancos não mais confiaram uns nos outros - como não sabem qual é a pequena minoria que não está de boa saúde financeira, não emprestam dinheiro à grande maioria. O Lehman caiu porque os americanos quiseram evitar o risco moral. Agravaram o risco sistémico.
Na nossa guerra risco sistémico "versus" risco moral, quem saiu a perder foram os clientes do BPP, que investiram em falsos produtos de capital garantido. O filme da intervenção do Estado, que garantiu um empréstimo de 450 milhões para pagar depósitos (mas que é insuficiente para evitar a falência do banco), parece hoje claro: não havia risco sistémico pois a falência não degeneraria (ao contrário do BPN, até pelo "timing") numa corrida generalizada aos depósitos; depois, o Governo ficou a saber que na lista dos perdulários estariam clientes a quem não interessava falhar, bancos estrangeiros, instituições religiosas, caixas agrícolas. Terá sido por causa destes "clientes especiais" que o Governo recuou e decidiu avalizar o financiamento. Com razão ou sem ela, o Governo foi selectivo na salvação dos clientes. Formalmente, protegeu os depósitos verdadeiros mas não os artificiais. Na prática, salvou os caixas agrícolas.
Milhares de agricultores e aforradores não fazem ideia de que o seu dinheiro esteve em risco. Estas caixas agrícolas (na maioria autónomas, fora do sistema da Caixa Central de Crédito Agrícola) tinham investido no BPP, expondo grande parte da sua carteira. Se tivessem perdido tudo, seria a ruína desses agricultores. Que responsabilidade seria assacada àqueles que, como os gestores do fundo de pensões de Fairfield, perderam o dinheiro dos outros? Não sei. Mas assim saíram de fininho desta história, totalmente desresponsabilizados.
Os clientes do BPP foram enganados, burlados, defraudados e enfrentam a perda de parte do seu dinheiro. O facto de alguns andarem de Maseratti e outros de metropolitano diferencia o impacto mas não a razão que lhes assiste. E a injustiça é ainda maior se, de facto, houve privilégio de uns (incluindo os que fizeram suspeitos levantamentos "in extremis", por um espantoso sentido de oportunidade…) face à maioria dos que são confrontados com perder quase tudo já ou perder menos ao longo de vários anos.
Se tivesse garantido os produtos falsamente garantidos, o Estado teria contribuído para o risco moral, teria gasto muito mais dinheiro (uns 500 milhões) e os demais bancos protestariam contra condições de concorrência assimétricas. Afinal, os clientes deviam ter lido as entrelinhas e duvidado das rentabilidades. É verdade. Mas era assim que se fazia, no tempo em que os clientes confiavam nos bancos…
JN
BPP: os senhores roubados
psg@negocios.pt
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O fundo de pensões da cidade de Fairfield, no estado americano do Connecticut, perdeu 35 milhões de euros no esquema fraudulento de Bernard Madoff. Agora, vai aumentar os impostos para compensar o prejuízo.
O fundo de pensões da cidade de Fairfield, no estado americano do Connecticut, perdeu 35 milhões de euros no esquema fraudulento de Bernard Madoff. Agora, vai aumentar os impostos para compensar o prejuízo. A burla de Madoff e a má decisão de Fairfield investir em fundos miraculosamente rentáveis será paga pelos contribuintes. E no BPP?
Bernard Madoff declarou-se ontem culpado de ter dirigido o maior esquema de Ponzi da História. Seis meses depois da falência do Lehman Brothers, que mergulhou os mercados no pânico e os bancos no terror da própria sombra, a justiça começa a ser feita... nos Estados Unidos. Em Portugal, há a detenção preventiva de Oliveira Costa para amostra do caso BPN. No BPP, onde também há indícios criminais, o topete dos antigos administradores é tal que foi preciso que fossem suspensos pelo Banco de Portugal para que deixassem de passear-se pelo banco e até de se sentarem na Administração. Com a saída coerciva, não se fez justiça, não se culpou, não se ilibou ninguém, mas repuseram-se os níveis de decoro.
Deixar falir o Lehman foi um erro. Os bancos não mais confiaram uns nos outros - como não sabem qual é a pequena minoria que não está de boa saúde financeira, não emprestam dinheiro à grande maioria. O Lehman caiu porque os americanos quiseram evitar o risco moral. Agravaram o risco sistémico.
Na nossa guerra risco sistémico "versus" risco moral, quem saiu a perder foram os clientes do BPP, que investiram em falsos produtos de capital garantido. O filme da intervenção do Estado, que garantiu um empréstimo de 450 milhões para pagar depósitos (mas que é insuficiente para evitar a falência do banco), parece hoje claro: não havia risco sistémico pois a falência não degeneraria (ao contrário do BPN, até pelo "timing") numa corrida generalizada aos depósitos; depois, o Governo ficou a saber que na lista dos perdulários estariam clientes a quem não interessava falhar, bancos estrangeiros, instituições religiosas, caixas agrícolas. Terá sido por causa destes "clientes especiais" que o Governo recuou e decidiu avalizar o financiamento. Com razão ou sem ela, o Governo foi selectivo na salvação dos clientes. Formalmente, protegeu os depósitos verdadeiros mas não os artificiais. Na prática, salvou os caixas agrícolas.
Milhares de agricultores e aforradores não fazem ideia de que o seu dinheiro esteve em risco. Estas caixas agrícolas (na maioria autónomas, fora do sistema da Caixa Central de Crédito Agrícola) tinham investido no BPP, expondo grande parte da sua carteira. Se tivessem perdido tudo, seria a ruína desses agricultores. Que responsabilidade seria assacada àqueles que, como os gestores do fundo de pensões de Fairfield, perderam o dinheiro dos outros? Não sei. Mas assim saíram de fininho desta história, totalmente desresponsabilizados.
Os clientes do BPP foram enganados, burlados, defraudados e enfrentam a perda de parte do seu dinheiro. O facto de alguns andarem de Maseratti e outros de metropolitano diferencia o impacto mas não a razão que lhes assiste. E a injustiça é ainda maior se, de facto, houve privilégio de uns (incluindo os que fizeram suspeitos levantamentos "in extremis", por um espantoso sentido de oportunidade…) face à maioria dos que são confrontados com perder quase tudo já ou perder menos ao longo de vários anos.
Se tivesse garantido os produtos falsamente garantidos, o Estado teria contribuído para o risco moral, teria gasto muito mais dinheiro (uns 500 milhões) e os demais bancos protestariam contra condições de concorrência assimétricas. Afinal, os clientes deviam ter lido as entrelinhas e duvidado das rentabilidades. É verdade. Mas era assim que se fazia, no tempo em que os clientes confiavam nos bancos…
JN
Na bolsa só se perde dinheiro.Na realidade só certos Iluminados com acesso a informação privilegiada aproveitam-se dos pequenos investidores para lhes sugarem o dinheiro.
Pata-Hari
A única solução não será!!!A melhor solução é os accionistas maioritários Rendeiros,Balsemão,Saviotti e outros abrirem os cordões à bolsa e pagarem aos pequenos aforradores que enganaram.Esta sim é que era a solução mas quem os obriga a isso???Neste país há cada coisa...Toca a enganar os outros e quando chega a hora da verdade tudo a fugir com o rabo à seringa enfim Portugal no seu melhor.Depois de ir à falência BPP é abrirem outro banco mesmo ao lado.
A única solução não será!!!A melhor solução é os accionistas maioritários Rendeiros,Balsemão,Saviotti e outros abrirem os cordões à bolsa e pagarem aos pequenos aforradores que enganaram.Esta sim é que era a solução mas quem os obriga a isso???Neste país há cada coisa...Toca a enganar os outros e quando chega a hora da verdade tudo a fugir com o rabo à seringa enfim Portugal no seu melhor.Depois de ir à falência BPP é abrirem outro banco mesmo ao lado.

Na bolsa só se perde dinheiro.Na realidade só certos Iluminados com acesso a informação privilegiada aproveitam-se dos pequenos investidores para lhes sugarem o dinheiro.
O problema disto tudo é que alguns clientes foram enganados pelos gerentes de conta e assinaram coisas sem ler. A partir daí ficam numa posição muito complicada e para a qual não têm grandes possibilidades de fazer valer a sua opinião.
É muito complicado ver alguns clientes a receberem tudo o que tinham depositado com os juros devidos (os que tinham depósitos a prazo) e outros a receberem apenas uma parte (os que assinaram e subscreveram produtos estruturados) mas a verdade é que uns assumiram um risco maior do que outros ou confiaram mais no seu gerente de conta do que outros.
Seria injusto fazer que o estado português tivesse de salvar a instituição (à custa de todos os portugueses que não beneficiaram dos juros elevados durante vários anos) ou que quem teve o cuidado de fazer um depósito a prazo fosse agora prejudicado porque outros não tiveram esse cuidado.
Um abr
Nuno
É muito complicado ver alguns clientes a receberem tudo o que tinham depositado com os juros devidos (os que tinham depósitos a prazo) e outros a receberem apenas uma parte (os que assinaram e subscreveram produtos estruturados) mas a verdade é que uns assumiram um risco maior do que outros ou confiaram mais no seu gerente de conta do que outros.
Seria injusto fazer que o estado português tivesse de salvar a instituição (à custa de todos os portugueses que não beneficiaram dos juros elevados durante vários anos) ou que quem teve o cuidado de fazer um depósito a prazo fosse agora prejudicado porque outros não tiveram esse cuidado.
Um abr
Nuno
Pluricanal... não obrigado. Serviço péssimo e enganador!!!
Sobrevivência do BPP está dependente desis garantia capital
Desculpem estar a colocar esta noticia em destaque mas acredito que esta é a chave da solução para o BPP e a chave para se conseguir impedir a falência imediata da instituição.
13 Março 2009 - 00h30
BPP: Administração diz que é preciso “todos aderirem ao fundo”
BPP faz ultimato aos seus clientes
A sobrevivência do Banco Privado Português (BPP) está dependente da desistência por parte dos clientes da garantia do capital aplicado na instituição. A administração liderada por Adão da Fonseca não tem dúvidas sobre este aspecto e lança um ultimato, isto precisamente numa altura em que se aproxima o fim o prazo dado pelo Banco de Portugal para a resolução das questões do BPP.
Confrontada pelo CM com a possibilidade de falência do banco, fonte oficial do BPP afirmou que a administração ' tem o dever de ser muito clara neste aspecto, que é crucial para a defesa dos interesses dos clientes'. Nesta linha de ideias, avisou que 'se os clientes não aderirem todos ao fundo, designadamente desistindo da garantia do capital, vai implicar a constituição de enormes provisões, que trarão a situação líquida do banco para valores muito negativos'. Assim, acrescentou, 'dificilmente haverá capacidade de aportar os fundos necessários à reversão dessa situação líquida negativa.'
A fonte oficial do BPP advertiu que, nestas condições, 'o banco não terá viabilidade', e o cenário de liquidação será altamente contrário aos interesses de todos, começando desde logo pelos clientes e colaboradores, e terminando nos accionistas'. Ontem, o banco pediu ao supervisor que fosse dispensado de fornecer cheques aos clientes, uma vez que não tem capacidade técnica para responder às exigências do novo sistema de pagamentos europeu (o Target 2).
'OS CLIENTES NÃO PODEM SER PRESSIONADOS'
Luís Miguel Henrique, o advogado de dezenas de clientes do BPP que se dizem 'burlados' pela equipa de João Rendeiro, considera que os clientes não podem 'ser empurrados contra a parede' pela administração do BPP e garante que há alternativas. Exactamente por isso, a associação de clientes vai organizar segunda-feira, no Hotel Radisson de Lisboa, uma sessão de esclarecimento para a qual convidou o administrador do BPP João Ermida e o representante da outra associação de clientes, a Privado Clientes, Jaime Antunes.
PORMENORES
SOLUÇÃO PACÍFICA
O advogado de várias das alegadas vítimas do BPP garante que a associação quer uma 'solução pacífica'.
PROVIDÊNCIA CAUTELAR
A associação de clientes do BPP vai avançar com uma providência cautelar logo que haja 'prova de dissipação' de património pelos ex-gestores.
PROTESTO
Os clientes estão a preparar uma manifestação junto à sede do Banco de Portugal.
Miguel Alexandre Ganhão / P.H.G.
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