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Caldeirão da Bolsa

Off-Topic: Finalmente a (auto) avaliação dos professores

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por bossas » 4/12/2008 1:32

AikyFriu Escreveu:Bossas, subscrevo quase tudo do texto... de quem é?
Quero pais destes na minha escola JÁ.

Um abraço


do mesmo autor de: http://www.petitiononline.com/minedupt/petition.html

e desta entrevista:

http://alvorfm.com/afm/index.php?main=n ... uem&id=261
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por artista_ » 4/12/2008 1:31

mais_um Escreveu:Infelizmente os argumentos dos professores é mais trabalho, tem que fazer um teste quando o aluno falta, o problema é o mais trabalho, tem que fazer um relatorio se chumbam um aluno, o argumento é tem mais trabalho. É com tristeza que ao ler ocs comentáriso dos professores verifico que só se preocupam com o trabalho adicional que tem, não vejo ninguém preocupado com os alunos. E os dias sem fazer nada em Julho? E as tardes ou manhãs durante a semana? Quase todos tem um dia livre por semana, também ninguém se queixa disso e a semana a seguir ao Natal e à Pascoa?


Tenho estado a avaliar uns trabalhos porque prometi dar as notas aos alunos na sexta-feira, obviamente não estou no meu horário de tabalho mas há quem só olhe para a tarde ou manhã em que não tenho aulas para dar?!?!

Repara, mais trabalho significa menos tempo para preparar aulas e outras actividades que são fundamentais para os alunos... por isso não digas que ninguém se preocupa com os alunos!

Em Julho há muitas actividades que os professores têm de fazer, vigilâncias de exames, constituição de turmas, relatórios de avaliações de resultados em cada disciplina/departamento, etc... há pois, para ti só contam as aulas com os alunos!!!

Um horário de um professor são 26 a 28 horas na escola sobrando 7 a 9 horas para o resto do trabalho... um professor que tenha um dia livre terá de estar 7 horas por dia na escola nos outros 4!! É uma questão de organização pessoal, eu sinceramente prefiro não ter e não tenho tido, mesmo com horários incompletos!

As 7/9 horas semanais que restam dão para pouco mais que responder ás burocracias exigidas... e preparar aulas? e elaborar e corrigir testes ou trabalhos? e definir e desenvolver estratégias para motivação de alunos? e... actividades extra-curriculares praticamente já ninguém faz, sabes o trabalho que dá preparar uma visita de estudo? ou uma exposição de trabalhos? ou um concurso de idéias?

abraço

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por AikyFriu » 4/12/2008 1:20

Enviaram-me este mail, que penso que se adapta muito bem a esta discussão, sobretudo a parte final.

Eis a questão.....A pergunta é essa,ser feliz ou ter razão?

Oito da noite, numa avenida movimentada.
O casal já está atrasado para jantar na casa de uns amigos.
O endereço é novo, bem como o caminho que ela consultou no mapa antes de sair.
Ele conduz o carro.
Ela orienta e pede para que vire, na próxima rua, à esquerda.
Ele tem certeza de que é à direita.
Discutem.
Percebendo que além de atrasados, poderão ficar mal-humorados, ela deixa que ele decida.
Ele vira à direita e percebe, então, que estava errado.
Embora com dificuldade, admite que insistiu no caminho errado, enquanto faz o retorno.
Ela sorri e diz que não há nenhum problema se chegarem alguns minutos atrasados.
Ele questiona: - Se tinhas tanta certeza de que eu estava indo pelo caminho errado, por que não insistiu um pouco mais?
Ela diz: - Entre ter razão e ser feliz, prefiro ser feliz!!! Estávamos à beira de uma discussão, se eu insistisse mais, teríamos estragado a noite!

MORAL DA HISTÓRIA:

Esta pequena história foi contada por uma empresária, durante uma palestra sobre simplicidade no mundo do trabalho. Ela usou a cena para ilustrar quanta energia nós gastamos apenas para demonstrar que temos razão, independentemente, de tê-la ou não. Desde que ouvi esta história, tenho me perguntado com mais freqüência:
'Quero ser feliz ou ter razão?'
Outro pensamento parecido, diz o seguinte:
'Nunca se justifique. Os amigos não precisam e os inimigos não acreditam'.


Um abraço
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por sargotrons » 4/12/2008 1:19

Algo de bom surge neste estado de sítio na educação, que é a discussão dos fundamentais da educação e isso é benéfico. Mas a verdade é que essa discussão só chega à sociedade em geral quando o que está em causa é a "avaliação da progressão na carreira".

Eu e grande maioria dos trabalhadores mais jovens nem sequer sonhamos em carreira quanto mais progressão na carreira. A avaliação essa é feita com a renovação ou não de um contrato anual/semestral/etc.

Alguns de nós querem ter todos os direitos adquiridos dos outros, outros tem um sentimento de ressentimento pois sabem que nunca teram esses direitos e uns quantos se estão mal mudam-se!
Não faz mal!...
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por AikyFriu » 4/12/2008 1:17

Bossas, subscrevo quase tudo do texto... de quem é?
Quero pais destes na minha escola JÁ.

Um abraço
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por AikyFriu » 4/12/2008 1:01

Artista, os estudos da OCDE referem-se a dois anos antes da publicação (pelo menos este e o do link que eu coloquei).

mais_um Escreveu:Anda um pouco desactualizado, já saiu o estudo de 2007, conforme referi num comentário acima.


As conclusões não são identicas, no entanto, professores que ganham menos que os portugueses, tem melhores resultados, professores que passam menos tempo na escola ou mais tempo, tem melhores resultados, há paises que gastam menos e tem melhores resultados assim como há paises que gastam mais e tem piores resultados.

Não tinha reparado no teu link..., tens razão é mais recente. É pena os valores serem de 2005, ainda pré actual Estatuto da Carreira Docente.
É que a situação actual é muito pior...


Estive a fazer um pequeno cálculo e cheguei à conclusão que alguém me deve dinheiro... é que eu com 23 anos de carreira ganho menos 2.000€ por ano do que o indicado no estudo para um professor com 15 anos de carreira.
Como curiosidade: se quizerem saber quanto ganha um professor por mês basta ver o indice e multiplicar por 8,84.
Assim o indice 340 (topo da carreira) vale 3.000€ ou seja 42.000€ anuais (brutos), muito diferente dos 50.600€ referidos no estudo.
Não tenho aqui o ECD para calcular o ordenado de um prof no inico da carreira.

mais_um Escreveu:Nunca atribui a responsabilidade dos resultados menos bons aos professores mas sim a todos os intervenientes: politicos, pais e professores
Se enfiou a carapuça....
Cumprimentos

Não te preocupes que não me senti atingido pois sei qual é o meu trabalho e da maioria dos meus colegas (claro que, como em todas as profissões, há maus profissionais). A resposta visou esclarecer algumas ideias erradas que por vezes circulam.


Um abraço

PS: como é norma neste forun, fazes o favor de me tratar por tu?
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por bossas » 4/12/2008 0:55

Podemos até ser uma minoria, aqueles que partilham da disciplina, do rigor e do mérito enquanto valores educativos imprescindíveis. Mas analisando as mais recentes propostas e o rumo das políticas educativas dos últimos anos, perpetradas por um estado que não merece a nossa confiança nem partilha das nossas preocupações, valeria a pena tentar mobilizar Pais e Encarregados de Educação em volta de uma nova ideia e uma nova exigência em matéria educativa. Poderíamos assim ter alguém a falar pelas famílias que não aqueles que defendem uma escola 24/7, 365 dias por ano, e se contentam com computadores sem conteúdo nem qualidade de aprendizagens.

A verdade é que também esses são uma minoria. Estamos perante duas minorias: a nossa e a deles. A grande maioria está infelizmente alheada destas questões.

Com uma adesão significativa e pujante a uma nova ideia de Educação: mais rigor, mais conhecimento, mais escola, poderíamos afirmar bem alto: "há Pais preocupados com a QUALIDADE das aprendizagens, com a LIBERDADE de escolha, com a promoção do ESPÍRITO CRÍTICO, com a CAPACITAÇÃO CÍVICA dos nossos filhos, com uma cultura de mérito que garanta a verdadeira CONDIÇÃO HUMANA. Há afinal pais que não vêem a escola como um lugar onde os filhos vão enquanto eles trabalham, e muito menos a escola como uma rede de assistência social, em que se combate a exclusão pela omissão do ensino e do conhecimento.

Muitos adeptos do rigor e do mérito caíram num equivoco muito grave e perigoso, ao se alhearem da luta dos professores. Estão erradamente convencidos que é rigor e mérito que se pretende introduzir com este novo regime de avaliação de desempenho dos professores. Para esses muitos silenciosos e até apoiantes desta medida, vale a pena partilhar o exercício que me levou a aplicar a fundo nesta questão, ao lado dos professores, juntamente com outros que lá estão por razões opostas.

A questão Educativa é, por natureza, transversal às duas dimensões da vida em sociedade: económica e social. É pela via da Educação que alimentamos a sociedade com gerações sucessivas de cidadãos. Logo, é necessário que os "novos cidadãos" possam estar aptos a contribuir para o futuro da sociedade. Concluímos então que a educação é a base da sociedade e um garante de cidadania. Afinal, “só as pessoas educadas são livres”.

Assim, com estas premissas, aplicamos pragmatismo e objectividade na base e tendemos a verificar que:

- Posições doutrinárias de base inflexível impedem que a sociedade se desenvolva, pois impedem que se veja uma medida que pode até servir ambas as posições como consensual. Ou seja, as medidas perdem a sua essência, pois deixam de ser vistas enquanto medidas, para serem vistas enquanto pensamentos.
- Doutrinas opostas podem requerer uma medida em comum. Mas se o foco está nas doutrinas e pensamentos, a tomada dessa medida não terá lugar, pela fractura entre os apoios que lhe poderiam estar na base.
- Se invertermos a situação e a medida for apoiada por ambos os "lados", então uns e outros terão o seu caminho mais facilitado, e a sociedade terá dado um passo na direcção certa.
- Isto é tão mais verdade, quanto as sociedades tendem a ser conduzidas por governos moderados, de ideologias mistas - os chamados "centrões" - o que impede que qualquer das ideologias mais marcadas consiga reverter a medida 100% na direcção do seu pensamento. Ou seja, em sociedades com governos equilibrados, em que as ideologias mais vincadas não passam de grupos de pressão, este padrão-acção é viável. Pelo contrário, deixa de o ser em sociedades lideradas por governos já de si ideologicamente vincados, pelo que não deve ser aplicada nesses casos.

Em Portugal, é portanto compreensível e desejável decidir pela aplicação deste padrão-acção. Assim passamos ao que importa objectivamente.

Há duas perspectivas presentes nesta "crise educativa": a LABORAL e a da QUALIDADE DE ENSINO - esta última a nossa. Entre os paladinos da questão laboral há – pelo menos – mais três subdivisões: os que não querem qualquer avaliação (eliminavam inclusive o que havia até aqui); os que querem o que estava (uma avaliação inócua) e os que querem uma avaliação efectiva (mas que a vêem essencialmente como ferramenta de evolução na carreira). Na perspectiva da qualidade de ensino (afinal a nossa) não haverá grandes divisões: apenas os mais exigentes e os mais conformistas. Todos os "qualitativistas" (chamemo-lhes assim) defendem o incremento da qualidade.

Devemos recusar liminarmente o debate da génese do sistema de avaliação ao nível da questão laboral. A sociedade não reclama avaliação para que os professores possam (ou não) evoluir na carreira. Essa é a "luta" dos professores e dos sindicatos. Uma "luta" para travar depois de estabelecida a génese do sistema avaliativo. Uma "luta” que também interessará à sociedade, pois esta quer (e precisa de) professores motivados, mas apenas indirectamente e que não lhe cabe a ela reclamar.

O papel da sociedade e das famílias enquanto célula-base da mesma, é reclamar a avaliação na perspectiva qualitativa da formação das futuras gerações. O que queremos enquanto nação, o que precisamos dos portugueses neste novo século e como os preparamos para contribuírem para o papel de Portugal no mundo. Essa é a nossa "luta" – de todos os que recusam a nacionalização do “produto escolar” – os alunos – para manipulação estatística.

A própria natureza e razão de uma avaliação é intrínseca à qualidade e não à retribuição do trabalho per se. O produto do trabalho só tem valor se houver necessidade (procura) desse produto. Não há necessariamente valor só porque se trabalha. Se a escola "produzir" delinquentes, não há valor mas prejuízo. Um exemplo de como até o trabalho pode gerar um não-valor.

Ora, só se avalia para classificar. E só se classifica para quantificar medidas e melhorar padrões de qualidade. A questão laboral deverá ser posta apenas à posteriori, com a decisão sobre o que fazer mediante as classificações. Se sobe, se desce, se fica, se sai, quanto se aumenta o vencimento, quanto (e se) desce, etc... Essas são as questões laborais que deverão ser para mais tarde e para outros – os sindicatos. Não é para nós.

Finalmente a letargia que sempre me impressionou (pela negativa) na classe docente foi erradicada. Pode ter sido pelos motivos errados, mas aconteceu. As crises trazem oportunidades (antes de Cavaco Silva já o haviam dito outros) e esta é a nossa verdadeira oportunidade de mudar o rumo da Educação em Portugal.

Durante décadas, os sucessivos Ministérios da Educação levaram a melhor aos professores na opinião pública, principalmente por desconhecimento (e alheamento) do meio educativo por esta última. Permanentemente, o discurso sindical prejudicou mais os professores (e a educação) do que beneficiou, fazendo com que a sociedade não se revisse nas reivindicações dos profissionais do sector. E os professores nunca perceberam - ou não tiveram voz - que era pela discussão da qualidade de ensino e por essa "via qualitativista" que poderiam ganhar aos ministérios e corrigir os erros de políticas dirigidas às estatísticas e assim servir a Educação e a sociedade (ao mesmo tempo que melhorariam as suas próprias condições de trabalho).

Mas algo mudou. Ou porque a educação para a estatística foi longe demais, ou porque a escola enquanto instrumento de política social esgotou os professores, ou por qualquer outra obscura razão, a verdade é que neste momento são os professores a liderar o discurso e não os sindicalistas. São as escolas - e não os sindicatos - a dar continuidade à reivindicação. Ainda com uma grande deficiência: o discurso de muitos anos ainda é maioritariamente laboral e não "qualitativista". Já há notas de "qualitativismo" no ataque à burocracia, mas não chega. Falta mais tempo e sensibilização dos docentes e falta a essência dos destinatários do "qualitativismo": a sociedade, as famílias, os alunos e os pais.

Então, é esta a nossa "oportunidade de ouro". Se em vez de um discurso laboral, fizermos passar a reivindicação "qualitativista"; Se em vez de focarmos o pensamento doutrinário, focarmos a medida de parar uma proposta sem nexo; Se em vez de deixar os "laboralistas" apanhar a boleia dos professores, dermos a estes um aliado qualitativista com outro discurso; Se em vez de nos deixarmos acicatar por sentimentos de inveja promovidos pelo ataque deliberado aos professores “supostamente instalados” e acreditarmos (como eu) que muitos professores querem qualidade e são "qualitativistas" por natureza; Se em vez de deixar que as vozes da sociedade (famílias) sejam exclusivamente palco de uma minoria não maior do que a nossa, e agirmos como os exigentes da qualidade... Então, seremos nós a transformar a educação e a abrir uma nova premissa no sector: UMA ORIENTAÇÃO ESTRATÉGICA NACIONAL.

Urge por isso apoiar os professores e tolerar os "laboralistas", para defender com unhas e dentes uma medida do interesse "qualitativista": parar ESTA avaliação, NESTAS condições, com ESTES propósitos e objectivos.

ESTA proposta nem sequer é um verdadeiro sistema de avaliação. Ela é essencialmente duas coisas:

1) Uma péssima forma de contenção salarial que, sendo necessária como em todos os sectores, carece de critérios de "produtividade qualitativista" que esta não tem;
2) Uma nova forma de "educação para a estatística", pois se até aqui o facilitísmo era sob a forma de convite (aumentando a carga burocrática para a retenção) agora passa a ser critério de (pasme-se!) "evolução".

Mas além destes dois "vícios de forma", ela tem outros defeitos e deficiências que a condenam (e condenaram) à partida:

3) oportunidade: A instituição "escola" iniciou este ano lectivo um processo de refundação, passando de uma gestão inspirada num modelo centralizador, para um modelo de inspiração anglo-saxónica em que é muito mais um equipamento comunitário e responde muito mais perante a comunidade do que perante o "sistema". A autonomia está a ser lançada e a dar os primeiros passos. Esta medida, claramente benéfica para a "liberdade e qualidade na educação", precisa de produzir efeitos e gerar responsabilidade e índices de participação comunitária que ainda não existem. A curto prazo, as comunidades terão de fazer parte integrante de qualquer sistema avaliativo da escola.
4) falta de hierarquia: Durante décadas, ninguém se preocupou com a falta de hierarquia estrutural nas escolas. Era o Presidente do Conselho Executivo e "os outros". Uma avaliação dentro de estruturas organizacionais necessita de hierarquias - até para poder ser implementada - quanto mais para ser séria e rigorosa.
5) falta de orientação estratégia: Avalia-se o quê? O esforço? O trabalho? Já acima afirmei que o trabalho por si só não tem valor se ninguém procurar o produto desse trabalho. Ora, o trabalho dos professores sabemos qual é: formar, moldar, instruir, ensinar indivíduos. Mas que produto queremos? Que produto Portugal precisa? Que alunos queremos que as escolas e os professores nos "entreguem" para a vida activa? Sem isto, não há avaliação possível.

Chamem-lhe avaliação ou o que quiserem mas, na verdade, tudo não passará de técnicas de gestão de resultados e/ou recursos e estratégias arbitrárias de relações públicas, que brilham nos relatórios de Assembleias-Gerais mas que não acrescentam valor algum. Sabemos o resultado que dá: uma bolha de crédito (neste caso educativa). Pergunto se quando esta rebentar será possível nacionalizar o pensamento...
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por bossas » 4/12/2008 0:55

mais_um Escreveu:O sentimento generalizado da população é de apoio ao governo, basta ver nas sondagens, as pessoas são todas parvas?


Tenho a percepção exactamente contrária, pela primeira vez em muitos anos. E não sou professor, mas sim consultor de gestão.


Infelizmente os argumentos dos professores é mais trabalho, tem que fazer um teste quando o aluno falta, o problema é o mais trabalho, tem que fazer um relatorio se chumbam um aluno, o argumento é tem mais trabalho. É com tristeza que ao ler ocs comentáriso dos professores verifico que só se preocupam com o trabalho adicional que tem, não vejo ninguém preocupado com os alunos. E os dias sem fazer nada em Julho? E as tardes ou manhãs durante a semana? Quase todos tem um dia livre por semana, também ninguém se queixa disso e a semana a seguir ao Natal e à Pascoa?


Não há dia livre. Há dia SEM COMPONENTE LECTIVA. NAs semanas a seguir ao Natal e à PAscoa, são as reuniões de avaliação, que requerem HORAS de preparação prévia e de relatórios infindáveis. Relatórios que não PRODUZEM nada, foram simplesmente impostos, para CONVIDAR os professores a FACILITAR as notas. Os objectivos são essencialmente estatísticos.

Enfim, mais uma vez isto está a tornar-se repetitivo e não vale a pena continuar a argumentar, enquanto os professores não interiorizarem que existem para ensinar os alunos, os bons e os maus, os faceis e os dificeis, é uma discussão estéril.


Concordo plenamente. Assim como a maior parte dos novos professores. Aliás, essa tem sido uma das razões para o fim da letargia e para a perca de influencia dos sindicatos: a renovação da classe docente trouxe mais preocupação com a missão do professor numa sociedade moderna e competitiva.

Enfi, para resumir, o seu discurso parece o de alguém que reconhece mérito às estatísticas de sucesso escolar, e que o país pode estar descansado com a qualificação que a escola dá.

Eu não estou, por isso, vou-lhe deixar a si e a outros, um texto que reflecte o que faz falta.
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por mais_um » 4/12/2008 0:32

artista Escreveu:
mais_um Escreveu:Sem duvida, tal como na justiça e na saude.
Os problemas na educação, justiça e na saude não se resolvem com mais dinheiro, mesmo que os professores ganhassem 5000€/mês teriamos o mesmo problema.


Agora ganham menos do que antes deste ECD... ou seja, não é uam questão de ganharem mais, eles passaram foi a ganhar menos e a ter mais exigências de trabalho!

mais_um Escreveu:É um facto que um professor nunca será rico só com o seu ordenado, no entanto ganham mais que a maioria dos portugueses (vencimento medio de 720€ liquidos/mês em 2007), no principio de carreira, recebem +/- 1000€ liquidos por mês...


Recebem os que têm um horário completo!! sabes quantos têm horários incompletos?! e quantos têm de ir para longe da zona de residência para terem um horário (completo ou incompleto)??!

mais_um Escreveu: Um professor com 45 anos de idade que tenha começado a dar aulas logo que saiu da universidade, tipo a partir dos 23 anos, poderá estar com um ordenado entre os 1500 e os 1750€ liquidos/mês.


Olha que não, eu conheço uns poucos com essa idade que ganham menos que isso, e passaram uns bons anos a trabalhar longe de casa e alguns com horários incompletos a ganhar 400/700 euros...

mais_um Escreveu:Estamos a falar de professores que fazem parte do quadro e que fizeram uma licenciatura que lhes confere habilitações profissionais para a docência.
Estes são do meu ponto de vista os unicos que são professores por inteiro, todos os outros foram o resultado de remendos por parte dos politicos para suprir a falta de professores a seguir ao 25 de Abril. Houve pessoas que deram aulas tendo apenas o 12º ano ou o antigo 7ºano, talvez isto explique muito dos resultados escolares ao longo das ultimas 3 decadas, por exemplo a minhã irmã começou a dar aulas quando frequentava o 2º ano da universidade.


Sendo remendos ou não foram precisos e muito úteis... e estás a esquecer-te que há grupos que não têm licenciaturas com via de ensino, logo não há nenhum que tenha uma "licenciatura que lhes confere habilitações profissionais para a docência."...

E não te esqueças que aqueles que davam aulas apenas com o 12º ano (a grande maioria andava na faculdade e dava aulas) tinham vencimentos baixissimos, em 95/96 o vencimento base de um professor com bacharelato era de 500 euros, com o 12º não sei e agora também já não há ninguém a dar aulas com essas habilitações...

abraço

artista


Humm...penso que no nosso país não há ninguém que vá para um curso de ensino porque o Estado o obrigou, não vivemos numa economia planificada, essa historia dos horarios incompletos, do longe de casa é tudo tretas, as pessoas vão para professor por opção (mais que não seja porque não arranjam outra coisa), hoje quando um aluno escolhe uma licenciatura em ensino de Historia, está à espera de quê?

Há cursos com hipoteses de emprego proximo do zero, seja de ensino, seja de outras areas, a malta quer é um curso superior, depois logo se vê.

E o Estado é que tem culpa? Tenho que andar a pagar impostos para sustentar o pessoal improdutivo?

Os professores abusaram do sistema durante anos, não todos mas os mais novos era sempre a "abrir", pontes, 2ª feiras, 6ª feiras, os dias da semana do carnaval, era um fartote e quem pagava era o Zé Povinho, lembro-me perfeitamente quando era aluno, os professores "velhos" raramente faltavam, os mais novos, era uma desgraça.

Sobre a avaliação, 99,9% dos professores foram avaliados durante 30 anos com a nota satisfaz, quer fossem professores dedicados, quer fossem baldas e nunca se importaram, agora é que estão preocupados?

O sentimento generalizado da população é de apoio ao governo, basta ver nas sondagens, as pessoas são todas parvas?

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Enfim, mais uma vez isto está a tornar-se repetitivo e não vale a pena continuar a argumentar, enquanto os professores não interiorizarem que existem para ensinar os alunos, os bons e os maus, os faceis e os dificeis, é uma discussão estéril.

Por aqui me fico, vim parar a este forum para aprender sobre a Bolsa e portanto não vou voltar a colocar comentários sobre outro assunto que não seja Bolsa.

Um abraço a todos,

Alexandre Santos
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por artista_ » 4/12/2008 0:05

mais_um Escreveu:Anda um pouco desactualizado, já saiu o estudo de 2007, conforme referi num comentário acima.


Os links que colocaste são de um estudo de 2005 e não 2007! Ou estou a ver alguma coisa mal?

abraço

artista
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por mais_um » 3/12/2008 23:59

AikyFriu Escreveu:Para desmistificar algumas afirmações, quem quizer pode consultar a última versão (2006) do Education at a Glance, publicado pela OCDE. Em...

http://www.oecd.org/dataoecd/44/35/37376068.pdf

Se for à página 58, verá desmontada a convicção generalizada de que os professores portugueses passam pouco tempo na escola e que no estrangeiro não é assim. É apresentado no estudo o tempo de permanência na escola, onde os professores portugueses estão em 14º lugar (em 28 países), com tempos de permanência superiores aos japoneses, húngaros, coreanos, espanhóis, gregos, italianos, finlandeses, austríacos, franceses, dinamarqueses, luxamburgueses, checos, islandeses e noruegueses!
Na página 56 verificará, que os professores portugueses estão em 21º lugar (em 31 países) quanto a salários!
Na página 32 poderá verificar que, quanto a investimento na educação em relação ao PIB, estamos num modesto 19º lugar (em 31 países) e que estamos em 23º lugar (em 31 países) quanto ao investimento por aluno.

Estes resultados são de 2006, actualmente ainda são piores (mesmo contabilizando os famosos portáteis entregues às escolas e que acabaram por, na maioria, ser roubados).

Um abraço


Caro,

Anda um pouco desactualizado, já saiu o estudo de 2007, conforme referi num comentário acima.

As conclusões não são identicas, no entanto, professores que ganham menos que os portugueses, tem melhores resultados, professores que passam menos tempo na escola ou mais tempo, tem melhores resultados, há paises que gastam menos e tem melhores resultados assim como há paises que gastam mais e tem piores resultados.

Nunca atribui a responsabilidade dos resultados menos bons aos professores mas sim a todos os intervenientes: politicos, pais e professores

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por Rosariom2014 » 3/12/2008 23:37

Ulisses. Perdoe-me mas deixe-me que lhe diga. Uma adesão destas á greve deixa tudo dito. Quem está por dentro tecnicamente sabe muito bem do que se fala. Quem não está por dentro acredita e dá valor aquelas 4 ou 5 frases que os membros do Ministério dizem e que soa bem.
 
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por artista_ » 3/12/2008 23:08

iurp Escreveu:!!! Não escrevi nada disso!!!

abraço


oopssss, já corrigi :wink:

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por iurp » 3/12/2008 22:49

!!! Não escrevi nada disso!!!

abraço
 
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Re: Parabéns

por artista_ » 3/12/2008 22:27

mais_um Escreveu:... vamos ver é se acontece o mesmo que aconteceu com os juizes, quando foi a altura de processar os vencimentos, só 45% é que solicitaram que fosse descontado o dia, gostava de saber quantos artigos 102 vão ser colocados hoje.


E o que é que isso interessa?! Se queres que te diga até acho uma excelente idéia, todos justificarem a falta com um artigo 102, assim houve paralização e não haveria poupança!!!

mais_um Escreveu:Sobre os professores quererem ser justamente avaliados, tenho muitas duvidas, na Madeira o Aberto João decidiu por decreto atribuir Bom a todos os professores, suficiente para progredir na carreira, não vi um unico protesto dos professores, partidos da oposição e sindicatos em relação a esta medida, este silencio foi perfeitamente esclarecedor em relação ao que os professores pretendem com a avaliação.


Mais outra com interpretação a dar para o "esquisito"... ele só atribuiu essa classificação este ano, se lá estivesse a dar aulas para mim seria um alívio ver-me livre desta trapalhada toda, independentemente de concordar ou não com o que ele fez... se bem que eu sempre levei isto na desportiva, se vos contasse aqui as minhas respostas aos meus colegas mais atarantados com isto!?? mas não vos conto :mrgreen: :mrgreen:

abraços

artista
Editado pela última vez por artista_ em 3/12/2008 23:08, num total de 1 vez.
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por iurp » 3/12/2008 21:53

Pois é mesmo assim .A mentira já faz parte do dia a dia do ME

Se nenhum agrupamento de escolas do país tem % de greve inferior a 70% e a maioria tem acima dos 90% e se a média dá 61%….

ou precisam URGENTEMENTE de um Plano Especial de Acção para a Matemática…

ou faltam as pilhas à calculadora…

ou os "magalhães# já estão a dar o berro.

Abraço
 
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por AikyFriu » 3/12/2008 21:38

Para desmistificar algumas afirmações, quem quizer pode consultar a última versão (2006) do Education at a Glance, publicado pela OCDE. Em...

http://www.oecd.org/dataoecd/44/35/37376068.pdf

Se for à página 58, verá desmontada a convicção generalizada de que os professores portugueses passam pouco tempo na escola e que no estrangeiro não é assim. É apresentado no estudo o tempo de permanência na escola, onde os professores portugueses estão em 14º lugar (em 28 países), com tempos de permanência superiores aos japoneses, húngaros, coreanos, espanhóis, gregos, italianos, finlandeses, austríacos, franceses, dinamarqueses, luxamburgueses, checos, islandeses e noruegueses!
Na página 56 verificará, que os professores portugueses estão em 21º lugar (em 31 países) quanto a salários!
Na página 32 poderá verificar que, quanto a investimento na educação em relação ao PIB, estamos num modesto 19º lugar (em 31 países) e que estamos em 23º lugar (em 31 países) quanto ao investimento por aluno.

Estes resultados são de 2006, actualmente ainda são piores (mesmo contabilizando os famosos portáteis entregues às escolas e que acabaram por, na maioria, ser roubados).

Um abraço
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por iurp » 3/12/2008 20:13

Vejam como se faz a manipulação da opinião pública!!!

Escolas sem professores e sem alunos mas...atendem o "público"!!! Ridículo.


Exmo.(a) Senhor(a) Presidente do Conselho Executivo

Caro colega

Em virtude de termos constatado que a informação na plataforma sobre escolas encerradas não coincide com a realidade, importa clarificar que “escola encerrada” significa que o estabelecimento de ensino está de portas fechadas, não estando nenhum serviço em funcionamento.
Pelo contrário, quando não há actividades lectivas, mas os restantes serviços estão assegurados, ou seja o estabelecimento de ensino pode prestar atendimento aos cidadãos, o estabelecimento não pode ser considerado “encerrado”.
Neste contexto agradecemos que na recolha de dados, no segundo momento (tarde), se proceda à correcção, se for caso disso.

Bem haja

Saudações cordiais
A/O Director/a Regional

 
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por iurp » 3/12/2008 20:00

mais_um,

Até gostava de saber como se processa a sua avaliação!!!

Cumprimentos
 
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por artista_ » 3/12/2008 19:51

Já vi, olhei para a França e duvido que aqueles dados estejam correctos... de qualquer forma estamos perto da cauda, com o novo ECD chegaremos lá!!

abraço

artista
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Re: Parabéns

por rufa » 3/12/2008 19:51

mais_um Escreveu:
rufa Escreveu:Gostava de prestar o meu tributo a toda a classe Docente pela enorme prova que deu de união e de querer ser justamente avaliada. :clap:

Cumps.

Nota: das dez escolas de quem tenho dados foi superior a 90%. É uma vergonha inventarem números. Isso é só música :shame:


Hum..das 2 escolas que tenho conhecimento, nomeadamente onde andam os meus filhos a adesão à greve foi 0% (1 escola primária e um jardim de infancia! :mrgreen: :mrgreen: )Mas independentemente dos numeros foi uma grave com bastante adesão e se tivesse que escolher entre os 90% e os 60%, escolhia os 90% , vamos ver é se acontece o mesmo que aconteceu com os juizes, quando foi a altura de processar os vencimentos, só 45% é que solicitaram que fosse descontado o dia, gostava de saber quantos artigos 102 vão ser colocados hoje.

Sobre os professores quererem ser justamente avaliados, tenho muitas duvidas, na Madeira o Aberto João decidiu por decreto atribuir Bom a todos os professores, suficiente para progredir na carreira, não vi um unico protesto dos professores, partidos da oposição e sindicatos em relação a esta medida, este silencio foi perfeitamente esclarecedor em relação ao que os professores pretendem com a avaliação.

Cumprimentos


Para tais insinuações só posso dizer PROFESSORES :clap:

Cumps.
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repetição anulada

por iurp » 3/12/2008 19:47

...
 
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Re: Parabéns

por iurp » 3/12/2008 19:46

mais_um Escreveu:
rufa Escreveu:Gostava de prestar o meu tributo a toda a classe Docente pela enorme prova que deu de união e de querer ser justamente avaliada. :clap:

Cumps.

Nota: das dez escolas de quem tenho dados foi superior a 90%. É uma vergonha inventarem números. Isso é só música :shame:


Hum..das 2 escolas que tenho conhecimento, nomeadamente onde andam os meus filhos a adesão à greve foi 0% (1 escola primária e um jardim de infancia! :mrgreen: :mrgreen: )Mas independentemente dos numeros foi uma grave com bastante adesão e se tivesse que escolher entre os 90% e os 60%, escolhia os 90% , vamos ver é se acontece o mesmo que aconteceu com os juizes, quando foi a altura de processar os vencimentos, só 45% é que solicitaram que fosse descontado o dia, gostava de saber quantos artigos 102 vão ser colocados hoje.

Sobre os professores quererem ser justamente avaliados, tenho muitas duvidas, na Madeira o Aberto João decidiu por decreto atribuir Bom a todos os professores, suficiente para progredir na carreira, não vi um unico protesto dos professores, partidos da oposição e sindicatos em relação a esta medida, este silencio foi perfeitamente esclarecedor em relação ao que os professores pretendem com a avaliação.

Cumprimentos


O Dr. João Jardim atribuiu Bom a todos os professores porque se "esqueceu" de regulamentar o decreto da avaliação. E para que não houvesse prejuízo ou benefício para alguém, resolveu trasitoriamente durante este ano lectivo o assunto desta maneira. O seu dever era ter regulamentado...claro. E não conheço na íntegra o decreto sobre avaliação na Madeira. A única coisa que sei é que teve o acordo dos professores assim como também nos Açores.

Quanto aos números do Continente,"era melhor que o Dr. Jorge Pedreira e o Dr. Valter Lemos combinassem a estratégia - será que não se suportam um ao outro como não os suportamos a eles? - para não surgirem de forma tão evidentemente desencontrada perante a opinião pública.

Mas, mesmo que os 61% fossem a realidade, isso significaria 85.000 professores em greve. Só que sabemos que não será assim e que o número real andará certamente perto dos 120.000 que estiveram em Lisboa."
 
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por artista_ » 3/12/2008 19:44

mais_um Escreveu:Por exemplo , no principio de carreira de professor, Portugal é o um dos paises onde se paga pior, no entanto com 15 anos de serviço é um dos paises onde se paga melhor.


Eu não vi onde é que tiraste essa informação?! Eu não conheço todos os países mas posso garatir-te que em França ganham muito mais, e não te esqueças que esses dados são de 1995 até 2004, o novo ECD foi aprovado depois... mas isto até é mais ou menos secundário nesta discussão!!

Seria talvez mais importante responderes ás outras minhas questões...

abraço

artista
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por PJBM2 » 3/12/2008 19:40

nunofaustino Escreveu:
Qto à carreira horizontal ou em pirâmide, eu sou a favor de uma carreira em pirâmide (como quase todas as outras) em que todos temos hipótese de chegar ao topo mas que são poucos os que lá chegam).

Um abr
Nuno


Eu tenho sérias reservas sobre se este sistema beneficia o sistema educativo.

Dando um exemplo, nos melhores institutos americanos, essa pirâmida é invertida, ou seja, és forçado a ter de subir. Se não fores suficientemente competente e não conseguires cumprir com os crtérios de exigências do instituto, não só não sobes de categoria como és posto na rua. Este sistema permite eliminar as ervas daninhas e facilmente aceita sangue novo.
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