Off-Topic: Finalmente a (auto) avaliação dos professores
O que é realmente preocupante, é não se tratar do "problema ensino" de uma forma agregada.
Não é a avaliação de professores o que mais me preocupa, o que me preocupa mesmo é o "buraco negro" que se transformou o ensino em Portugal, por culpa de todos os agentes que trabalham na área.
Governo, Professores, Pais e Alunos, não necessariamente por esta ordem, ou melhor sem ordem nenhuma...
Isto sim é que devia ser a preocupação de todos, professores inclusive.
A avaliação dos professores no fundo só serve para uma coisa, não dá para todos progredirem na carreira como até agora, o resto é um "fait divers".
Como se permite que qualquer um entre a única solução é ir emperrando a sua progressão.
A melhor sugestão que eu ouvi é avaliar os professores pelo desempenho dos alunos fora da escola, recorrendo a exames nacionais e comparando médias do mesmo.
E sujeitar os professores a exames periódicos para indagar da sua capacidade.
Adicionando claro a sua assiduidade.
Criar condições para terem 35 horas efectivas na escola, e deixando o facilitismo para trás, passagens autómaticas de alunos e etc..
Não é a avaliação de professores o que mais me preocupa, o que me preocupa mesmo é o "buraco negro" que se transformou o ensino em Portugal, por culpa de todos os agentes que trabalham na área.
Governo, Professores, Pais e Alunos, não necessariamente por esta ordem, ou melhor sem ordem nenhuma...
Isto sim é que devia ser a preocupação de todos, professores inclusive.
A avaliação dos professores no fundo só serve para uma coisa, não dá para todos progredirem na carreira como até agora, o resto é um "fait divers".
Como se permite que qualquer um entre a única solução é ir emperrando a sua progressão.
A melhor sugestão que eu ouvi é avaliar os professores pelo desempenho dos alunos fora da escola, recorrendo a exames nacionais e comparando médias do mesmo.
E sujeitar os professores a exames periódicos para indagar da sua capacidade.
Adicionando claro a sua assiduidade.
Criar condições para terem 35 horas efectivas na escola, e deixando o facilitismo para trás, passagens autómaticas de alunos e etc..
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Rosario2008 Escreveu:O meu apelo do fundo do coração.
Faço 130 km por dia para ser Professora.
Quem não fizer greve no dia 3 não é mesmo Professor com P grande e dignidade.
Bem...
Só faz mais trinta que eu para ser Engenheiro.
Não me parece um argumento muito eficaz.
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TRSM
Que queres dizer com a tua última intervenção, será que também pensas que são 120.000 comunistas? Provavelmente o António Costa vai ficar furioso com a esposa, pois não lhe conhecia esse lado possivelmente oculto, estou a insinuar que esteve lá, na realidade não sei, mas a 8 de Março, nessa esteve.
Que queres dizer com a tua última intervenção, será que também pensas que são 120.000 comunistas? Provavelmente o António Costa vai ficar furioso com a esposa, pois não lhe conhecia esse lado possivelmente oculto, estou a insinuar que esteve lá, na realidade não sei, mas a 8 de Março, nessa esteve.
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Até hoje, são 375 as escolas e agrupamentos com suspensão efectiva da avaliação de desempenho. Na região Norte, são 115; na região Centro, são 121, na Região de Lisboa e Vale do Tejo, são 101; no Sul, 38.
O Governo tem procurado fazer passar a ideia de que os Sindicatos não querem negociar e não têm qualquer proposta para a avaliação do desempenho docente, o que é falso. Ficam aqui 13 respostas a outras tantas questões que ajudam a esclarecer as dúvidas.
P1: Os Sindicatos de Professores alguma vez apresentaram propostas para que se estabelecesse um regime de avaliação de desempenho dos professores?
R.: Por diversas vezes, as primeiras das quais já no final dos anos 80 quando se iniciou a negociação do primeiro Estatuto da Carreira Docente.
P2: Mas ao actual Governo foram apresentadas propostas concretas?
R.: Sim, também por diversas vezes. As primeiras datam de Junho de 2006 e assumiam o carácter de contrapropostas às que o Ministério da Educação (ME) tinha apresentado. Prevêem a diferenciação na avaliação, admitem, em determinadas condições, componentes externas, centram-se na actividade docente e dão grande importância aos aspectos científico-pedagógicas.
P3: E quando apresentou o ME as suas primeiras propostas?
R.: Em Maio de 2006. Apesar das diversas propostas apresentadas, num primeiro momento por cada organização sindical e, depois, pelo conjunto da Plataforma Sindical (em 11 e 25 de Outubro de 2006). A comparação entre o anteprojecto ministerial e o decreto final não deixa quaisquer dúvidas: contam-se pelos dedos de uma só mão as alterações introduzidas. Em relação às questões de fundo não há mesmo qualquer diferença significativa.
P4: Mas não houve um processo negocial que se prolongou por 2 anos?
R.: Se juntarmos o processo de revisão do ECD com o de regulamentação da avaliação, esse foi o período negocial, mas tratou-se de uma negociação que se esgotou nos aspectos formais. Por exemplo, quando em 19 de Outubro os Sindicatos insistiam na necessidade de alterar aspectos significativos do ECD (modelo de avaliação, divisão da carreira, quotas…), foram ameaçados! Ou ajudavam “o barco a chegar a bom porto, ou, se ele afundasse, os seus dirigentes seriam os primeiros a afogarem-se”. Foi este o tipo de negociação que, durante dois anos, decorreu.
P5: A alteração do modelo de avaliação exige a revisão do Estatuto da Carreira Docente (ECD)?
R.: Necessariamente… até pelo facto de o modelo se encontrar praticamente todo consagrado no ECD. Além disso, é também o ECD que estabelece a divisão dos professores em “professores” e “professores titulares”, assim como as quotas de avaliação.
P6: Os professores querem suspender a avaliação. Quererão, com isso, como afirmam alguns governantes, parar a avaliação?
R.: De forma alguma, daí terem afirmado que, da suspensão do modelo em vigor, não deverá decorrer qualquer vazio legal ou o recurso a actos administrativos. O modelo de avaliação imposto pelo ME é fonte de conflito nas escolas; é inadequado, incoerente, ineficaz, injusto e inaplicável. De tal ordem inaplicável que, de cada vez que se aplica, é necessário alterá-lo e simplificá-lo. Estas são razões fortes para que se exija a suspensão. E por cada dia em que se adie essa decisão é mais um dia em que a qualidade educativa, nas escolas públicas, se deteriora.
P7: Mas não existia um acordo com o ME para que, este ano, a avaliação se desenvolvesse com normalidade?
R.: Não. Existe um entendimento que permitiu retirar das escolas todo este conflito no final do ano lectivo passado, que criou uma comissão paritária para acompanhamento da implementação do modelo e correcção de ilegalidades, na qual participavam os Sindicatos, e prevê um período para alteração do modelo de avaliação. Esse período é Junho e Julho de 2009, pois, em limite, o modelo de avaliação poderia desenvolver-se até esse momento. Só que a prática veio provar, mais cedo do que o ME previa, que o modelo era inaplicável devendo ser suspenso desde já. Essa é condição para que a tranquilidade regresse às escolas.
P8: Porque saíram os sindicatos da comissão paritária?
R.: Porque esta acabou por não ter qualquer utilidade. Nessa comissão, o ME nunca reconheceu os problemas, tentou, quase sempre, justificar as situações anómalas que foram apresentadas e, por esse motivo, acabou por, com esse comportamento, não cumprir a sua parte no entendimento, deixando tudo por solucionar.
P9: Segundo o Primeiro-Ministro, no ano anterior já foram avaliados professores por este modelo de avaliação. Isso corresponde à verdade?
R.: Não. Na verdade o modelo tinha sido suspenso, já no ano passado. Não foram avaliados cerca de 92% dos professores e os outros 8% foram-no por procedimentos tão simplificados que não se pode dizer que se lhes aplicou o modelo de avaliação.
P10: A suspensão, este ano, faz sentido? Não se cairia no vazio?
R.: Faz todo o sentido, pois protege as escolas no seu funcionamento, não introduz focos de desestabilização no desempenho das funções docentes, logo não tem implicações negativas nas aprendizagens dos alunos. Não se cairia no vazio porque os sindicatos têm propostas de solução transitória para o ano em curso, evitando soluções administrativas. O ME, contudo, veta qualquer possibilidade de alteração e suspensão do actual modelo, inviabilizando a negociação das alternativas que os Sindicatos têm para lhe apresentar.
P11: Por que razão os Sindicatos não entregaram essa proposta de solução transitória na reunião, no ME, no passado dia 28 de Novembro?
R.: Porque a ministra foi inflexível nas suas posições; repetiu que a suspensão estava fora de causa; reafirmou que o seu modelo era ajustável, mas não alterável; confirmou que as quotas e a divisão da carreira dos professores eram aspectos inegociáveis; em algumas reuniões, acusou os Sindicatos de não agirem de boa-fé e de não quererem qualquer avaliação; reiterou não haver escolas com a avaliação suspensa; afirmou que os Sindicatos não estavam a representar as posições dos professores…
P12: Mas, segundo tem dito o ME, há disponibilidade para negociar. Haverá?
R.: Dificilmente. A “negociação” teve início no dia 28 de Novembro e, no entanto, desde 25 que o Ministério fez chegar às escolas informações sobre as medidas que adoptou, para além de reunir com órgãos de gestão e coordenadores de departamento para os instruir sobre essas medidas. Ou seja, são medidas que antes de o serem já o são… Esta postura ministerial é lamentável, pois estão a ser dadas orientações ao arrepio das da lei
P13: Sendo assim, as Greves de Dezembro, designadamente a de 3 de Dezembro, terão uma grande importância?
R.: É verdade, uma importância máxima! Os professores têm procurado não prejudicar os alunos e protestam, de há dois anos a esta parte, sempre ao fim de semana ou ao fim do seu dia de trabalho, mas a sua voz parece não ter sido ouvida. O ME e o Governo não souberam interpretar, como deveria, as evidências da indignação dos professores, como não souberam ou não quiseram escutar as suas propostas. Hoje o conflito está muito mais agravado e obriga o Governo a criar condições para que se construa uma solução de consenso que tenha, como pressuposto, a suspensão do modelo de avaliação. A Greve de 3 de Dezembro será um grande momento de protesto e confirmação das posições dos professores
O Governo tem procurado fazer passar a ideia de que os Sindicatos não querem negociar e não têm qualquer proposta para a avaliação do desempenho docente, o que é falso. Ficam aqui 13 respostas a outras tantas questões que ajudam a esclarecer as dúvidas.
P1: Os Sindicatos de Professores alguma vez apresentaram propostas para que se estabelecesse um regime de avaliação de desempenho dos professores?
R.: Por diversas vezes, as primeiras das quais já no final dos anos 80 quando se iniciou a negociação do primeiro Estatuto da Carreira Docente.
P2: Mas ao actual Governo foram apresentadas propostas concretas?
R.: Sim, também por diversas vezes. As primeiras datam de Junho de 2006 e assumiam o carácter de contrapropostas às que o Ministério da Educação (ME) tinha apresentado. Prevêem a diferenciação na avaliação, admitem, em determinadas condições, componentes externas, centram-se na actividade docente e dão grande importância aos aspectos científico-pedagógicas.
P3: E quando apresentou o ME as suas primeiras propostas?
R.: Em Maio de 2006. Apesar das diversas propostas apresentadas, num primeiro momento por cada organização sindical e, depois, pelo conjunto da Plataforma Sindical (em 11 e 25 de Outubro de 2006). A comparação entre o anteprojecto ministerial e o decreto final não deixa quaisquer dúvidas: contam-se pelos dedos de uma só mão as alterações introduzidas. Em relação às questões de fundo não há mesmo qualquer diferença significativa.
P4: Mas não houve um processo negocial que se prolongou por 2 anos?
R.: Se juntarmos o processo de revisão do ECD com o de regulamentação da avaliação, esse foi o período negocial, mas tratou-se de uma negociação que se esgotou nos aspectos formais. Por exemplo, quando em 19 de Outubro os Sindicatos insistiam na necessidade de alterar aspectos significativos do ECD (modelo de avaliação, divisão da carreira, quotas…), foram ameaçados! Ou ajudavam “o barco a chegar a bom porto, ou, se ele afundasse, os seus dirigentes seriam os primeiros a afogarem-se”. Foi este o tipo de negociação que, durante dois anos, decorreu.
P5: A alteração do modelo de avaliação exige a revisão do Estatuto da Carreira Docente (ECD)?
R.: Necessariamente… até pelo facto de o modelo se encontrar praticamente todo consagrado no ECD. Além disso, é também o ECD que estabelece a divisão dos professores em “professores” e “professores titulares”, assim como as quotas de avaliação.
P6: Os professores querem suspender a avaliação. Quererão, com isso, como afirmam alguns governantes, parar a avaliação?
R.: De forma alguma, daí terem afirmado que, da suspensão do modelo em vigor, não deverá decorrer qualquer vazio legal ou o recurso a actos administrativos. O modelo de avaliação imposto pelo ME é fonte de conflito nas escolas; é inadequado, incoerente, ineficaz, injusto e inaplicável. De tal ordem inaplicável que, de cada vez que se aplica, é necessário alterá-lo e simplificá-lo. Estas são razões fortes para que se exija a suspensão. E por cada dia em que se adie essa decisão é mais um dia em que a qualidade educativa, nas escolas públicas, se deteriora.
P7: Mas não existia um acordo com o ME para que, este ano, a avaliação se desenvolvesse com normalidade?
R.: Não. Existe um entendimento que permitiu retirar das escolas todo este conflito no final do ano lectivo passado, que criou uma comissão paritária para acompanhamento da implementação do modelo e correcção de ilegalidades, na qual participavam os Sindicatos, e prevê um período para alteração do modelo de avaliação. Esse período é Junho e Julho de 2009, pois, em limite, o modelo de avaliação poderia desenvolver-se até esse momento. Só que a prática veio provar, mais cedo do que o ME previa, que o modelo era inaplicável devendo ser suspenso desde já. Essa é condição para que a tranquilidade regresse às escolas.
P8: Porque saíram os sindicatos da comissão paritária?
R.: Porque esta acabou por não ter qualquer utilidade. Nessa comissão, o ME nunca reconheceu os problemas, tentou, quase sempre, justificar as situações anómalas que foram apresentadas e, por esse motivo, acabou por, com esse comportamento, não cumprir a sua parte no entendimento, deixando tudo por solucionar.
P9: Segundo o Primeiro-Ministro, no ano anterior já foram avaliados professores por este modelo de avaliação. Isso corresponde à verdade?
R.: Não. Na verdade o modelo tinha sido suspenso, já no ano passado. Não foram avaliados cerca de 92% dos professores e os outros 8% foram-no por procedimentos tão simplificados que não se pode dizer que se lhes aplicou o modelo de avaliação.
P10: A suspensão, este ano, faz sentido? Não se cairia no vazio?
R.: Faz todo o sentido, pois protege as escolas no seu funcionamento, não introduz focos de desestabilização no desempenho das funções docentes, logo não tem implicações negativas nas aprendizagens dos alunos. Não se cairia no vazio porque os sindicatos têm propostas de solução transitória para o ano em curso, evitando soluções administrativas. O ME, contudo, veta qualquer possibilidade de alteração e suspensão do actual modelo, inviabilizando a negociação das alternativas que os Sindicatos têm para lhe apresentar.
P11: Por que razão os Sindicatos não entregaram essa proposta de solução transitória na reunião, no ME, no passado dia 28 de Novembro?
R.: Porque a ministra foi inflexível nas suas posições; repetiu que a suspensão estava fora de causa; reafirmou que o seu modelo era ajustável, mas não alterável; confirmou que as quotas e a divisão da carreira dos professores eram aspectos inegociáveis; em algumas reuniões, acusou os Sindicatos de não agirem de boa-fé e de não quererem qualquer avaliação; reiterou não haver escolas com a avaliação suspensa; afirmou que os Sindicatos não estavam a representar as posições dos professores…
P12: Mas, segundo tem dito o ME, há disponibilidade para negociar. Haverá?
R.: Dificilmente. A “negociação” teve início no dia 28 de Novembro e, no entanto, desde 25 que o Ministério fez chegar às escolas informações sobre as medidas que adoptou, para além de reunir com órgãos de gestão e coordenadores de departamento para os instruir sobre essas medidas. Ou seja, são medidas que antes de o serem já o são… Esta postura ministerial é lamentável, pois estão a ser dadas orientações ao arrepio das da lei
P13: Sendo assim, as Greves de Dezembro, designadamente a de 3 de Dezembro, terão uma grande importância?
R.: É verdade, uma importância máxima! Os professores têm procurado não prejudicar os alunos e protestam, de há dois anos a esta parte, sempre ao fim de semana ou ao fim do seu dia de trabalho, mas a sua voz parece não ter sido ouvida. O ME e o Governo não souberam interpretar, como deveria, as evidências da indignação dos professores, como não souberam ou não quiseram escutar as suas propostas. Hoje o conflito está muito mais agravado e obriga o Governo a criar condições para que se construa uma solução de consenso que tenha, como pressuposto, a suspensão do modelo de avaliação. A Greve de 3 de Dezembro será um grande momento de protesto e confirmação das posições dos professores
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- Registado: 8/1/2004 13:14
NÃO SEI SE SÓCRATES É FASCISTA. Não me parece, mas,sinceramente, não sei. De qualquer modo, o importante não está aí. O que ele não suporta é a independência dos outros, das pessoas, das organizações, das empresas ou das instituições. Não tolera ser contrariado, nem admite que se pense de modo diferente daquele que organizou com as suas poderosas agências de intoxicação a que chama de comunicação. No seu ideal de vida, todos seriam submetidos ao Regime Disciplinar da Função Pública, revisto e reforçado pelo seu governo. O Primeiro-ministro José Sócrates é a mais séria ameaça contra a liberdade, contra autonomia das iniciativas privadas e contra a independência pessoal que Portugal conheceu nas últimas três décadas. TEMOS DE RECONHECER: tão inquietante quanto esta tendência insaciável para o despotismo e a concentração de poder é a falta de reacção dos cidadãos. A passividade de tanta gente. Será anestesia? Resignação? Acordo? Só se for medo... Fonte: António Barreto, no Público de 30/11/08. Leia o resto do artigo Sócrates e a Liberdade. Fonte da imagem: Kaos
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Tojo Escreveu:Humberto Delgado ficaria conhecido como o general sem medo. Não se acobardou, sozinho teve a coragem de desafiar todo um regime. Sim sozinho... E nós, quantos somos? Temos medo de quê afinal?
Não obedecemos e ponto final.
Pois, eu acho que é um pouco isto, deixaram de ter condições para negociar o que quer que seja... bateram, reprimiram, ameaçaram, e até a mentira usam permanentemente para o fazer!!!
Como também já disse, penso que este ministério e o governo confundiram uma maioria absoluta num regime democrático com uma ditadura... alguém que lhes diga quais são as diferenças!
abraços
artista
Sugestões de trading, análises técnicas, estratégias e ideias http://sobe-e-desce.blogspot.com/
http://www.gamesandfun.pt/afiliado&id=28
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Em 1958, no dia 7 Novembro (faz hoje precisamente 50) Humberto Delgado inicia a sua campanha contra o governo de então (o regime Salazarista) e é aclamado por 200 mil pessoas no Porto.
Em 2008 foram 100 mil pessoas, toda uma classe social a manifestar-se contra as politicas do Governo de então (...).
O que aconteceu depois?
Humberto Delgado é derrotado graças à gigantesca fraude eleitoral montada pelo regime. Seria assassinado mais tarde, por espancamento selvático, pela PIDE. Salazar aumenta a repressão contra a população e promove então uma revisão constitucional na qual suprime o sufrágio directo. Começava então uma "interiorização da Obediência" que duraria mais 16 anos.
2008 - "A situação não mudou." O governo decidiu reprimir os professores com um amontoado de directivas, portarias, regulamentos a cumprir sob pena de... (existe a lei). "No processo de dominação da sociedade, a teimosia do primeiro-ministro e da sua ministra da Educação representam muito mais do que traços psicológicos. São técnicas de dominação, de castração e de esmagamento, e de fabricação de subjectividades obedientes. (...)"
"Assim começa a interiorização da obediência (e, um dia, do amor à servidão)."
Assim começou o regime ditatorial de Salazar.
Por isso eu digo não a este tipo de obediência.
Humberto Delgado ficaria conhecido como o general sem medo. Não se acobardou, sozinho teve a coragem de desafiar todo um regime. Sim sozinho... E nós, quantos somos? Temos medo de quê afinal?
Não obedecemos e ponto final.
Em 2008 foram 100 mil pessoas, toda uma classe social a manifestar-se contra as politicas do Governo de então (...).
O que aconteceu depois?
Humberto Delgado é derrotado graças à gigantesca fraude eleitoral montada pelo regime. Seria assassinado mais tarde, por espancamento selvático, pela PIDE. Salazar aumenta a repressão contra a população e promove então uma revisão constitucional na qual suprime o sufrágio directo. Começava então uma "interiorização da Obediência" que duraria mais 16 anos.
2008 - "A situação não mudou." O governo decidiu reprimir os professores com um amontoado de directivas, portarias, regulamentos a cumprir sob pena de... (existe a lei). "No processo de dominação da sociedade, a teimosia do primeiro-ministro e da sua ministra da Educação representam muito mais do que traços psicológicos. São técnicas de dominação, de castração e de esmagamento, e de fabricação de subjectividades obedientes. (...)"
"Assim começa a interiorização da obediência (e, um dia, do amor à servidão)."
Assim começou o regime ditatorial de Salazar.
Por isso eu digo não a este tipo de obediência.
Humberto Delgado ficaria conhecido como o general sem medo. Não se acobardou, sozinho teve a coragem de desafiar todo um regime. Sim sozinho... E nós, quantos somos? Temos medo de quê afinal?
Não obedecemos e ponto final.
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Este fim-de-semana não vim cá e por isso só agora li o tópico, ou melhor passei os olhos...
Não quero escrever muito porque o tenho feito bastante e muitas das vezes repetem-se as mesmas coisas mil vezes e aparece sempre alguém com as mesmas dúvidas/argumentos...
Aquilo que me parece mais importante dizer é que este processo está neste momento com uma carga política tão elevada que já perdi algum interesse nele, ou já perdi a vontade de escrever sobre ele... mas, já o disse antes, acho que a ministra e o governo merecem isso, foi uma guerra que "compraram" agora que se amanhem...
Depois, embora não tenha acompanhado isto tão de perto como antes o fiz, este modelo de (auto)avaliação é só para este ano para não o prejudicar mais, a idéia é depois elaborar outro mais "participado"... concorde-se ou não com isto não vale a pena fingir que não se percebeu para poder criticar de uma forma descabida, mas obviamente isso também não me surpreende porque foi isso que muitos têm feito neste (e noutros) tópicos...
Concluíndo, chegámos a uma situação em que já perdi o interesse que tinha antes mas continuo a rever-me no geral da luta dos professores, sobretudo porque esta equipa ministrial deixou de ter condições para negociar o que quer que seja... até porque continuam a mentir!!!! Quando o Pedreira diz que aquilo que os sindicatos agora reclamam é novo porque eles resolveram todos os problemas que foram antes colocados isso é mentira, a questão das cotas e a forma como foram escohidos os professores titulares sempre foram problemas apontados pelos professores (só para falar dos que me lembro neste momento... eu concordo com as cotas, mas penso que devem ser estabelecidas de uma forma diferente, de quaquer forma é normal que se reclame de tudo o que não se concorda e que num processo negocial se abdiquem de algumas coisas, esta parece-me aquela que os professores vão ter de aceitar...
bom fim-de-semana
artista
Não quero escrever muito porque o tenho feito bastante e muitas das vezes repetem-se as mesmas coisas mil vezes e aparece sempre alguém com as mesmas dúvidas/argumentos...
Aquilo que me parece mais importante dizer é que este processo está neste momento com uma carga política tão elevada que já perdi algum interesse nele, ou já perdi a vontade de escrever sobre ele... mas, já o disse antes, acho que a ministra e o governo merecem isso, foi uma guerra que "compraram" agora que se amanhem...
Depois, embora não tenha acompanhado isto tão de perto como antes o fiz, este modelo de (auto)avaliação é só para este ano para não o prejudicar mais, a idéia é depois elaborar outro mais "participado"... concorde-se ou não com isto não vale a pena fingir que não se percebeu para poder criticar de uma forma descabida, mas obviamente isso também não me surpreende porque foi isso que muitos têm feito neste (e noutros) tópicos...
Concluíndo, chegámos a uma situação em que já perdi o interesse que tinha antes mas continuo a rever-me no geral da luta dos professores, sobretudo porque esta equipa ministrial deixou de ter condições para negociar o que quer que seja... até porque continuam a mentir!!!! Quando o Pedreira diz que aquilo que os sindicatos agora reclamam é novo porque eles resolveram todos os problemas que foram antes colocados isso é mentira, a questão das cotas e a forma como foram escohidos os professores titulares sempre foram problemas apontados pelos professores (só para falar dos que me lembro neste momento... eu concordo com as cotas, mas penso que devem ser estabelecidas de uma forma diferente, de quaquer forma é normal que se reclame de tudo o que não se concorda e que num processo negocial se abdiquem de algumas coisas, esta parece-me aquela que os professores vão ter de aceitar...
bom fim-de-semana
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É impressionante as coisas que por aqui se dizem e muitas vezes sem conhecimento.
Não vejo aqui ninguem preocupado com os alunos, com os nossos filhos; pois apezar de ser marido de uma professora estou mais preocupado com o futuro dos meus filhos.
Sabem porquê? - porque a minha mulher e as colegas apezar de passarem 11 a 12 horas por dia na escola não teem tempo para os alunos e com este sistema de avaliação deixaram de ser professoras. Que ninguem se iluda os nossos filhos presentemente não estao a ser devidament acompanhados nas escolas.
Eu como pai não quero que nenhum sistema de avaliaçao impessa os professores de serem professores é essa a missão deles, se querem fazer avaliação o que eu concordo façam um sistem o mais simples e eficaz possivel.
Não vejo aqui ninguem preocupado com os alunos, com os nossos filhos; pois apezar de ser marido de uma professora estou mais preocupado com o futuro dos meus filhos.
Sabem porquê? - porque a minha mulher e as colegas apezar de passarem 11 a 12 horas por dia na escola não teem tempo para os alunos e com este sistema de avaliação deixaram de ser professoras. Que ninguem se iluda os nossos filhos presentemente não estao a ser devidament acompanhados nas escolas.
Eu como pai não quero que nenhum sistema de avaliaçao impessa os professores de serem professores é essa a missão deles, se querem fazer avaliação o que eu concordo façam um sistem o mais simples e eficaz possivel.
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Também me passou o mesmo pela cabeça, mas repara que por vezes a frustração e o sentimento de que se está só numa luta ingrata pode fazer escrever coisas a quente. Se tiver sido mesmo um professor a ter escrito, eu entendo perfeitamente. Mais, se estivesse no lugar dele era capaz de dizer, em desabafo, igual ou pior. Não que não sentisse, mas obviamente das palavras aos actos vai uma certa distância. Eu entendo o post do bolsinho.
E um aparte... eu nao gosto nada da Manuela F. Leite, mas hoje ouvi algo dela com que concordo 100%: Disse ela que o Sócrates promovia a inveja entre os Portugueses. E é mesmo isso que o Governo tem feito há muito com Juizes, Funcionários Públicos, Agricultores, Polícias e agora Professores. E neste país o Sócrates e o Governo encontra terreno fértil, pois enquanto houver alguém que fica feliz, não por ser beneficiado, mas pelo seu próximo ser prejudicado, não iremos nunca a lado nenhum, e Portugal será sempre nivelado por baixo. Em tudo.
E um aparte... eu nao gosto nada da Manuela F. Leite, mas hoje ouvi algo dela com que concordo 100%: Disse ela que o Sócrates promovia a inveja entre os Portugueses. E é mesmo isso que o Governo tem feito há muito com Juizes, Funcionários Públicos, Agricultores, Polícias e agora Professores. E neste país o Sócrates e o Governo encontra terreno fértil, pois enquanto houver alguém que fica feliz, não por ser beneficiado, mas pelo seu próximo ser prejudicado, não iremos nunca a lado nenhum, e Portugal será sempre nivelado por baixo. Em tudo.
Editado pela última vez por EALM em 1/12/2008 2:54, num total de 1 vez.
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Não queria participar neste topico, pois acho-o despropositado, mas entendo que há muita maneira de se denegrir a imagem de um professor, li coisas horriveis lá para trás e a conclusão que tiro, é que alguem se fez passar por professor, mas a imaginação humana é incalculável.
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bolsinho escreveu:
""Apesar de nos odiarem, continuaremos a ser os donos da escola heheheheh " grevando e tudo""
Não são muito exigentes,limitam-se a querer ser donos das escolas. Vá... porque não... Galp,CGD,etc. completem a holding da fenprof.
Onde chega a demagogia. Como podemos ter confiança no futuro dos nossos filhos, preparados por profes com este discurso.
Ainda bem que existem mais de 100.000, tenho esperança na escola onde esses lecionam.
cumprimentos
keijas
""Apesar de nos odiarem, continuaremos a ser os donos da escola heheheheh " grevando e tudo""
Não são muito exigentes,limitam-se a querer ser donos das escolas. Vá... porque não... Galp,CGD,etc. completem a holding da fenprof.
Onde chega a demagogia. Como podemos ter confiança no futuro dos nossos filhos, preparados por profes com este discurso.
Ainda bem que existem mais de 100.000, tenho esperança na escola onde esses lecionam.
cumprimentos
keijas
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bolsinho Escreveu:
Apesar de nos odiarem, continuaremos a ser os donos da escola heheheheh " grevando e tudo !!!!
Os professores não são donos das escolas. Este tipo de discurso diz tudo.....
Os professores são funcionários ao serviço do ME. Podem não concordar com muitas das políticas em curso, tudo bem (eu também não concordo), mas são apenas funcionários, como a maioria de nós também o é (em outros ramos).... é bom que nunca haja ilusões a este nível.....
Um abraço a todos

O EÇA Escreveu:"cota" ?!
E porque não "quota" ?
Oh, sra. professora (?!)
Por esta...e outras...se vê porque é necessária a avaliação do ME.
Cota - porção; quantia;
Quota - cota; parte da divisão de um todo; porção
Neste país todos acham que sabem tudo... sobretudo quando é falar mal do próximo...
Um abraço
A bolsa é um mundo cheio de oportunidades...
... de perder dinheiro
... de perder dinheiro
bolsinho Escreveu:Bem, Rosário, já somos dois!! hehehehe
Apenas um conselho: Não vale a pena falar racionalmente com a maioria que por aqui anda. Repara, além de médias móveis, pouco mais sabem. E, acima de tudo, não devem encher a algibeira hehehehe.
Lembra-te que hoje qualquer pedreiro sabe mais da vida dos profes que nós próprios. Já viste como é que esta gente escreve? Achas que se fossem teus alunos iriam gostar dos teus princípios de exigência?
Não te enerves, Rosário. Isto está na curva descendente. Mesmo que os patrões socretinos venham cantar vitória, o destino está marcado.Vê se passas todas as tuas criancinhas. TODAS! a tia feia fica feliz, a sociedade acredita no sucesso da tia, os pedreiros batem palmas e tu safas-te de papeladas para estratégias de recuperação desses paus que nasceram tortos...hehehehe.
Sê inteligente! Apesar de nos odiarem, lembra-te que temos uma força extraordinária. Com um sopro pomos os paizinhos com as mãos na nuca...e se o futuro do País vai ser um caos, lava daí as mãos porque é disto que o meu povo gosta.
Não ligues a esta gente. Segue o Arnie para ganhar dinheiro e esquece a ortografia destes inteligentes Apesar de nos odiarem, continuaremos a ser os donos da escola heheheheh " grevando e tudo !!!! "
Não te esqueças, passa as criancinhas! Não tens contas a prestar a ninguém !!
Boa greve!
Boa noite
É fantástico,"para além de médias móveis pouco mais sabem"...,ler isto dum prof (como agora ensinam aos alunos)é ficar estupefacto, então é com essa formação
que os seus alunos saem da escola?
Pelo menos reconhece que a formação dos não "profes" é um desastre, e é mesmo. Infelizmente quem não teve
a sorte de encontrar um professor enquanto vagueou pela escola,pouco aprendeu.
Por não quererem que mude o sistema,lutam(???)para que nada mude, os mediocres só sobrevivem na mediocricidade, assim nada pode ser alterado.
Lamento a forma como me expresso,pertenso ao grupo de pedreiros que edificam casas também para "profes",
por eles sei que sou compreendido. A frase:
"esquece a ortografia destes inteligentes"
é elucidativa.
keijas
P.S. Já agora, a talhe de foice(e martelo),sabem
informar quando o prof mário Nogueira é nomeado
secretário geral da CGPT?
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Rosario2008 Escreveu:Loamil.
Que tal uma cota para os alunos?
Tens filhos?
Que te agradaria uma cota em que só 25% dos alunos pudessem ser muito bons?
Isso já é assim! Não tem nada a haver com o "ser bom ou muito bom" As quotas existem em tudo na vida. Um curso superior tem um numero limitado de vagas. Por acaso, tenho uma filha que não pôde ser médica porque "só" tinha de média 17,4.
Nem todos podemos ser médicos, nem todos podemos ser chefes, nem todos podemos ser gerentes.
Um abraço
ml
"Sorte é o que acontece quando a preparação encontra a oportunidade."
Elmer Letterman"
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bolsinho Escreveu:Bem, Rosário, já somos dois!! hehehehe
Apenas um conselho: Não vale a pena falar racionalmente com a maioria que por aqui anda. Repara, além de médias móveis, pouco mais sabem.
Provavelmente essa situação é uma consequencia da falta de avaliação dos Profs. Não é por acaso que o ensino está pelas ruas da amargura.
Acho estranho, é os professores se sentirem bem "uniformizados", como é norma da U.E. Todos igualzinhos! nada os distingue.
Será que os alunos também se podem autoavaliar?
Um abraço
ml
"Sorte é o que acontece quando a preparação encontra a oportunidade."
Elmer Letterman"
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Rosario2008 Escreveu:O meu apelo do fundo do coração.
Faço 130 km por dia para ser Professora.
Quem não fizer greve no dia 3 não é mesmo Professor com P grande e dignidade.
A greve é um direito da democracia, mas não nos dá o direito de coagir os que não a querem fazer.
Isso foi no tempo do PREC , onde quem não fazia greve era ameaçado e por vezes até agredido, espero que esse tempo esteja enterrado definitivamente
Interessante que "na sala dos professores" o BE vai à frente nas intenções de voto das legislativas de 2009
http://www.saladosprofessores.com/
cumprimentos
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Proposta da Fenprof
"A avaliação que Mário Nogueira quer
Quem tiver estado atento a Mário Nogueira nos últimos tempos (por exemplo, na entrevista recente de Constança Cunha e Sá), ouviu-o certamente garantir que a Fenprof tem apresentado vários projectos de avaliação dos professores. Afinal, só existe um projecto, reproduzido em dois desdobráveis.
O mesmo Mário Nogueira prometeu há dias que iria reformular o projecto (o dos desdobráveis), apresentando uma alternativa ao modelo simplificado aprovado em Conselho de Ministros. Afinal, também não o fará:
“Essa discussão com o ME, no entanto, só fará sentido ou terá lugar depois de garantida a suspensão do modelo em vigor. Estamos preparados para propor uma solução que assente no modelo anterior (processo de auto-avaliação e apreciação pelo conselho pedagógico) e nada mais.”
Admitindo que esta é a última palavra da Fenprof sobre a avaliação, vale a pena conhecer a forma como Mário Nogueira quer que os professores sejam avaliados.
A avaliação constaria de quatro passos:
1º passo — auto-avaliação, também designada por “auto-análise”, “deverá (…) partir do próprio avaliado” e culmina numa proposta de classificação feita pelo próprio;
2º passo — co-avaliação, em que todos os professores são simultaneamente avaliadores e avaliados, fórmula que “resolve o problema do reconhecimento da autoridade do avaliador uma vez que há a co-responsabilização de todos os pares”;
3º passo — aferição processual da avaliação de desempenho, em que são aprovadas as propostas de classificação elaboradas pelos avaliados;
4º passo — avaliação externa da escola, “dirigida à escola e não ao professor (…), em ordem a promover a sua qualidade.”
Se o leitor quiser aferir a consistência da proposta da Fenprof, o melhor é mesmo lê-la. Para ser franco, duvido que tenha sido elaborada por professores, atendendo aos momentos quase hilariantes que a sua leitura proporciona. Para estimular a curiosidade do leitor, eis o primeiro parágrafo da proposta:
“O saber profissional constrói-se dentro das regras e dos conhecimentos que os próprios profissionais geram ou dominam. Deste modo, é inviável avaliar contra os docentes, é inviável avaliar desvirtuando o princípio primeiro da qualidade educativa em nome de interesses sociais ou políticos externos à educação. A avaliação do desempenho docente só será credível e reconhecida se orientada para a melhoria efectiva do desempenho, se tiver no seu horizonte o desenvolvimento e o progresso das instituições e das nações e, nesse sentido, ela terá de ser intrínseca aos professores e educadores, participada e co-construída pelos próprios.”
Quem tiver estado atento a Mário Nogueira nos últimos tempos (por exemplo, na entrevista recente de Constança Cunha e Sá), ouviu-o certamente garantir que a Fenprof tem apresentado vários projectos de avaliação dos professores. Afinal, só existe um projecto, reproduzido em dois desdobráveis.
O mesmo Mário Nogueira prometeu há dias que iria reformular o projecto (o dos desdobráveis), apresentando uma alternativa ao modelo simplificado aprovado em Conselho de Ministros. Afinal, também não o fará:
“Essa discussão com o ME, no entanto, só fará sentido ou terá lugar depois de garantida a suspensão do modelo em vigor. Estamos preparados para propor uma solução que assente no modelo anterior (processo de auto-avaliação e apreciação pelo conselho pedagógico) e nada mais.”
Admitindo que esta é a última palavra da Fenprof sobre a avaliação, vale a pena conhecer a forma como Mário Nogueira quer que os professores sejam avaliados.
A avaliação constaria de quatro passos:
1º passo — auto-avaliação, também designada por “auto-análise”, “deverá (…) partir do próprio avaliado” e culmina numa proposta de classificação feita pelo próprio;
2º passo — co-avaliação, em que todos os professores são simultaneamente avaliadores e avaliados, fórmula que “resolve o problema do reconhecimento da autoridade do avaliador uma vez que há a co-responsabilização de todos os pares”;
3º passo — aferição processual da avaliação de desempenho, em que são aprovadas as propostas de classificação elaboradas pelos avaliados;
4º passo — avaliação externa da escola, “dirigida à escola e não ao professor (…), em ordem a promover a sua qualidade.”
Se o leitor quiser aferir a consistência da proposta da Fenprof, o melhor é mesmo lê-la. Para ser franco, duvido que tenha sido elaborada por professores, atendendo aos momentos quase hilariantes que a sua leitura proporciona. Para estimular a curiosidade do leitor, eis o primeiro parágrafo da proposta:
“O saber profissional constrói-se dentro das regras e dos conhecimentos que os próprios profissionais geram ou dominam. Deste modo, é inviável avaliar contra os docentes, é inviável avaliar desvirtuando o princípio primeiro da qualidade educativa em nome de interesses sociais ou políticos externos à educação. A avaliação do desempenho docente só será credível e reconhecida se orientada para a melhoria efectiva do desempenho, se tiver no seu horizonte o desenvolvimento e o progresso das instituições e das nações e, nesse sentido, ela terá de ser intrínseca aos professores e educadores, participada e co-construída pelos próprios.”
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nunofaustino Escreveu:silvaxico Escreveu: volto a chamar a atenção para a diferença que existe entre os professores e os sindicatos (basta ver o número de professores sindicalizados que é bastante menor do que os 100 000 da manifestação).
Carissímo, já ouvi essa história mais do que uma vez. Mas mais uma vez repito, é com eles que o governo vai negociar não com os manifestantes.
Se não se revêem nos sindicatos, concorram à liderança dos sindicatos e mudem quem negoceia. É fácil? Não, e dá muitas dores de cabeça, mas é mais provável que consigam obter as condições pelo qual se manifestam do que agora (em que as pessoas que estão à frente dos sindicatos não defendem o que a maioria dos participantes defende - pelo que tu disseste).
Um abr
Nuno
Os professores não sindicalizados deviam associar-se fora dos sindicatos e criar uma comissão para negociar e apresentar propostas.
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