Caldeirão da Bolsa

Off Topic - Sequestro em banco do Bes (Lisboa)

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Martins_Braz » 2/9/2008 16:16

Paionense Escreveu:Eu não culpo o advogado porque está a fazer o seu trabalho, que neste caso é defender este gajo. Agora acho é piada à argumentação :)

"estado de necessidade"???!!!
Claro que nao! Sr. Dr. Juiz nós só estávamos apontar uma arma à cabeça de uns reféns num banco que tínhamos resolvido assaltar há 8 horas atrás....

:mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:


Juridicamente é perfeitamente natural que se pretenda a fundamentação de um acto da Admi. Policial, cujos efeitos resultaram na morte de uma pessoa.

Que se apresente justificação e que julgue
 
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por MozHawk » 2/9/2008 7:50

Tudo gente boa, portanto né?
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por Pata-Hari » 2/9/2008 7:20

sem comentários:

Lisboa: Irmão de Nilson detido
O irmão de Nilson Souza, o assaltante morto no sequestro do BES de Campolide, a 7 de Agosto, foi ontem detido pela PSP durante uma rusga na zona da Praça do Chile, em Lisboa, que visou várias pensões e casas particulares.


O homem, cujo nome e idade não foram revelados, estaria a traficar droga numa pensão que foi alvo de buscas por suspeita de servir como local de venda de estupefacientes. O proprietário de uma outra pensão também foi detido, informou fonte policial.


A fonte é o correio da manhã :D
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por Paionense » 16/8/2008 12:46

Eu não culpo o advogado porque está a fazer o seu trabalho, que neste caso é defender este gajo. Agora acho é piada à argumentação :)

"estado de necessidade"???!!!
Claro que nao! Sr. Dr. Juiz nós só estávamos apontar uma arma à cabeça de uns reféns num banco que tínhamos resolvido assaltar há 8 horas atrás....

:mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:
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por Gambrinus » 16/8/2008 12:43

O Joao Miranda, que escreve no Blafemias, tb escreve uma cronica curiosa no DN

este tipo gosta e de provocar, ta sempre no contra...ja no blog e a mesma coisa


ainda tou para perceber como e q e se presume a inocencia do cidadao se ele estava em flagrante delito



OS 'SNIPERS'

João Miranda
investigador em biotecnologia
jmirandadn@gmail.com

No assalto ao BES de Campolide, a polícia usou snipers contra criminosos comuns e sem cadastro. Um dos assaltantes foi morto e o outro foi gravemente ferido. As negociações falharam, o tiro dos snipers colocou em risco a vida dos reféns e a operação só não foi um desastre por sorte. A reacção da opinião pública foi de júbilo. As explicações da polícia foram aceites sem contestação. Nada disto gerou dúvidas, mas devia.

Os snipers são uma força com características militares usada para matar. São uma óptima solução para eliminar soldados inimigos e combater grupos terroristas. São uma forma de violência extrema que responde a grupos que se organizam de acordo com a lógica da guerra. Mas a lógica da guerra não é a lógica da vida civil. A guerra é regida pela força, a vida civil deve ser regida pela lei.

Numa sociedade regida pela lei, os cidadãos são inocentes até prova em contrário e a justiça é feita pelos tribunais. A função da polícia é deter suspeitos e apresentá-los perante os tribunais. A função da polícia não é aplicar tácticas militares contra civis nem regular a sociedade através da violência. A força usada pela polícia contra cidadãos que se presumem inocentes não pode ser superior à que os tribunais usam contra condenados. Acima de tudo, não cabe à polícia decidir quem é culpado ou inocente, e muito menos quem deve viver ou morrer. Os snipers não devem ser usados no combate ao crime, porque implicam a execução de cidadãos por decisão administrativa e à margem dos tribunais.

A militarização da sociedade civil em resposta à criminalidade comum é uma traição ao ideal de "Liberdade sob a Lei" e um sintoma do fracasso das forças policiais. Os snipers, longe de serem um sinal de sofisticação, são um sinal de fracasso da polícia, enquanto força civil capaz de evitar o crime e de proteger os cidadãos. Uma polícia cujo maior orgulho é uma unidade paramilitar especializada em matar cidadãos é uma vergonha.

http://dn.sapo.pt/2008/08/16/opiniao/os_snipers.html
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por Pata-Hari » 16/8/2008 12:31

Isto é fantástico... tudo é admissivel e vale mesmo tudo:

16 Agosto 2008 - 00h30

Assalto ao BES de Campolide
Advogado do sequestrador ataca PSP
O advogado de Wellington Nazaré, o assaltante baleado no assalto ao BES de Campolide na semana passada, vai exigir que a PSP explique se havia "um estado de necessidade para atirar a matar sobre os dois assaltantes". Independentemente de o assunto estar ou não sob segredo de Estado.


Fique a saber mais na edição de hoje do jornal 'Correio da Manhã'.


O passo seguinte é dizer que os seus direitos humanos foram abusados quando lhe foi recusada a saída impune.

O advogado em causa chama-se João Martins Leitão.
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por charles » 12/8/2008 23:46

Vítor Mota

Dácifer Afonso, um dos assaltantes, morreu. Os outros estão à solta 13 Maio 2008 - 13h00

Sintra: Atacaram dezenas de vezes à mão armada e balearam um segurança
Juiz decide libertar assaltantes violentos
Sabiam a que horas as caixas multibanco eram abastecidas e atacavam as carrinhas de transporte à mão armada na Grande Lisboa. Sete nos últimos meses, com ameaças de morte e à média de 35 mil euros ao bolso por assalto. Quinta-feira foi o último, em Massamá, mas há uma semana, em Loures, viram testemunhas do crime e dispararam – um porta-valores da Esegur ficou ferido.


A Direcção Central de Combate ao Banditismo da PJ andava há vários meses a seguir o rasto dos quatro perigosos cadastrados, referenciados por dezenas de carjackings e outros roubos violentos. Foram buscá-los ao final da manhã da última quinta-feira a uma casa em Loures. Um atirou-se da janela do quarto andar e morreu (ver caixas) mas três foram presentes ao Tribunal de Sintra. Resultado: dois estão em liberdade com simples apresentações periódicas na esquadra e outro de regresso a casa com uma pulseira electrónica. Critério do juiz, apurou o CM: a integração social dos perigosos assaltantes, por supostamente terem emprego. Um afirmou ser barbeiro.

Provas não faltavam à Judiciária e ao Ministério Público, que promoveu a prisão preventiva para todos: foram encontrados, em buscas às casas do gang, os sacos da Esegur e, em cima de uma mesa, as notas roubadas, além das armas dos crimes. A pistola utilizada na semana anterior para atingir o funcionário da empresa de segurança numa perna tem calibre 7,65 mm – só permitido a polícias.

Também atiraram contra as pessoas que passavam na rua, por serem testemunhas. Foi atingido um funcionário da Esegur e a decisão do juiz de Sintra foi mal aceite na empresa. "É a total impunidade", lamenta ao CM um responsável. "A polícia trabalha para nada. Os juízes depois incentivam-nos a continuar." O historial de violência do gang – todos os elementos estão na casa dos vinte anos – vem de há muito. Mais de dez roubos, carjacking e dois deles terão tentado assaltar um banco no Lumiar, Lisboa.

SOLTOS EM ASSALTO A BANCO

Dois dos quatro violentos assaltantes do gang preso pela PJ e libertado pelo juiz já tinham passado pela mesma experiência há uns meses, apurou o CM junto de fonte da PSP. Estiveram envolvidos na tentativa de assalto a um banco na zona do Lumiar, Lisboa, mas falharam o alvo e foram detidos depois de uma perseguição da PSP. O roubo não foi consumado e o juiz de Instrução Criminal soltou-os. Puderam assim integrar o perigoso gang agora desmantelado pela DCCB, depois de uma pessoa ser baleada.

ATIRARAM-SE DO 4.º ANDAR

Quando os inspectores da Direcção Central de Combate ao Banditismo arrombaram a porta do quarto andar, no bairro das Sapateiras, Loures, estavam três homens no apartamento. Eram 12h30 da última quinta-feira, horas depois do último assalto. Não contavam com uma reacção imediata da PJ e dois deles só tiveram tempo de se lançar com os sacos de dinheiro pela janela. Um foi amparado na queda e logo apanhado, mas Dácifer Afonso, cabo-verdiano de 24 anos, caiu de joelhos e morreu horas depois. A PJ apanhou mais um elemento e, depois de desmantelar o gang, apresentou-os a um juiz de Sintra. Para saírem em liberdade.

PORMENORES

JULGADO POR CARTA

Um dos assaltantes vive nas Portelas de Carnaxide, Oeiras, e depois do último assalto apresentou-se no tribunal para ser julgado por condução sem carta. A PSP já tinha instruções para o deter e entregar à DCCB.

LIBERTADO HÁ MESES

Um dos elementos deste gang foi preso em Caxias há cerca de oito meses, também por suspeita de assaltos a carrinhas de valores. O juiz optou então por deixá-lo em liberdade, levando-o a integrar um novo gang – o mesmo com que atacou as últimas seis vezes.



http://www.correiomanha.pt/noticia.aspx ... omments=11
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assalto

por Clinico » 12/8/2008 23:33

Sinceramente acho que há "azares" que ás vezes vêm por bem: A Profª é uma figura pública muito conhecida que acaba por chamar a atenção para o problema de segurança nos bancos.

Realmente, quem entra num banco no Brasil, tem um guarda armado á porta, outro dentro dum torreão anti-bala lá dentro e armado de metrelhadora e mais um ou dois lá dentro em pontos chave.

Eu aqui, quando entro em qualquer balcão, é como se entrasse num salão de chá!!Há necessidade face ao aumento de crimes, de aumentar 1 ou 2 escalões a segurança em lugares-chave.

Infelizmente já não somos um país de brandos costumes, importámos tudo o que são wise-guys do mundo inteiro e ainda temos leis demasiado brandas. Apesar de ser contra a pena de morte, sou absolutamente a favor da perpétua para certos casos.

Abraço
Clinico
 
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por vitorigus » 12/8/2008 23:18

Surpreendeu-me porque viria a Profª Teresa Paiva, a sumidade e reservada senhora portuguesa, vir à SIC.
 
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Assalto

por Clinico » 12/8/2008 22:36

Bem, minha Querida Pata, já estava com saudades de alguem se meter comigo, o que me traz umas certas saudades da SCPnuno...
Mas para apimentar mais o assunto, o individuo que ressona chama-se de (abismem-se) - roncopata! Não é ninguem da família da Pata,nem criminoso, mas é um nome horroroso para quem ressona!

Sim, é fácil adivinhar o cliente que entra por sofrer de roncos:

Ela senta-se apressadamente no sofá á minha frente, olha-me com ar de ódio quando eu nem abri a boca e mal esbocei o sorriso de boas vindas, cruza os braços e vai batendo apressadamente com o pé!

Ele fica agarrado á maçaneta da porta do gabinete, que é fechada por ela, sorri simpáticamente e vai fazendo vénias educadas com o habitual "como está Sr. Professor? desculpe vir incomodá-lo por nada"...

E depois vem aquela diátribe acusadora da esposa, que aponta o desgraçado do marido, com que me reconheço humildemente, e dispara: "Ou o senhor faz qualquer coisa a este malandro ou eu atiro-o pela janela...já não se dorme naquela casa há anos..."

Assim vamos ensinando os alunos de Medicina na minha especialidade...

Sim, meu Caro Charles, a Medicina e o Juramento de Hipócrates tem estas coisas...Felizmente a Profª não sofreu nada fisicamente, mas se tivesse acontecido algo, teríamos aqui uma questão de ética...

Abraços
Clinico
 
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por charles » 12/8/2008 22:20

Caro Clinico o mais curioso é ela ter entrado com o assalto a decorrer , ao ter entrado deparou com o banco vazio, o assaltante veio buscá-la à zona de atendimento, curioso é tambem o facto de ela ter dado apoio a uma senhora a quem teve um ataque de panico, após terem sido libertada, mais curioso ainda é o facto de o genro estar a tratar do assaltante que ficou ferido, ele há coisas do destino :roll:

BES vai disponibilizar apoio psicológico aos clientes que foram feitos reféns
Banco salienta que é "é totalmente alheio ao assalto e aos assaltantes"
Data: 12-08-2008

O Banco Espírito Santo colocou hoje à disposição de todos os reféns do assalto à dependência de Campolide, Lisboa, o apoio psicológico que ofereceu aos funcionários, após uma vítima ter criticado a ausência de contacto por parte da instituição.

Numa carta enviada à agência Lusa, a médica Teresa Paiva, uma das quatro clientes que se encontravam no banco quando a dependência foi assaltada, na passada quinta-feira, afirma nunca ter sido contactada pelo BES, nem por qualquer outra entidade para a disponibilização de acompanhamento psicológico.

"Sou cliente e esperava algum apoio e não recebi qualquer contacto de ninguém", lamenta a neurologista, resgatada pela polícia pouco tempo depois do início do assalto, juntamente com outros três clientes que tinham sido feitos reféns.

Ressalvando que a situação vivida por estes quatro reféns "em nada se compara à vivida pelos dois funcionários" do BES, que só foram libertados pela polícia ao fim de oito horas, Teresa Paiva estranha, ainda assim, que nenhuma entidade a tenha contactado para disponibilizar apoio, acreditando que o mesmo aconteceu com os restantes clientes.

"Alguém se propôs a dar qualquer apoio aos quatro reféns clientes? À senhora de 52 anos que teve uma crise de pânico, a qual, durante bastante tempo antes da chegada do INEM, foi apoiada por mim? Alguém deu apoio psicológico ao cliente, cidadão brasileiro, que, natural de uma das cidades mais violentas do mundo, nunca tinha vivido nada assim? Alguém deu apoio ao outro refém que, numa ida rápida ao banco tinha deixado o carro com os quatro piscas ligados?", questiona Teresa Paiva.

Na sequência desta notícia, o BES anunciou à Lusa que coloca "à disposição de todos os envolvidos os serviços de apoio médico e psicológico que foram disponibilizados aos seus colaboradores sequestrados".

Em comunicado, o banco salienta que "é totalmente alheio ao assalto e aos assaltantes" e refere que "a PSP não disponibiliza a identificação das pessoas envolvidas no assalto por se encontrar em segredo de justiça", pelo que não pôde contactar os clientes que foram feitos reféns.


Lusa


Com tantos casos de assaltos violentos devia haver um gabinete com profissionais ligados à psicologia relacionada com o stress pós traumatico

acho que está na altura dos bancos em conjunto com as autoridades de segurança do pais decidirem quais as medidas a tomar visto ser extremamente fácil, assim como é habitual os bancos serem assaltados, a questão central é esta mesmo, os bancos como se sabe são um castelo de dinheiro,e com a fraca segurança que existe o resultado está à vista, uma estatistica que devia envergonhar o MAI os assaltos sucedem-se em vagas diárias em locais diferentes, esperemos que o relato da Doutora Teresa Paiva "acorde" os senhores governantes e que os ajude a curar de apneia ou alguma roncopatia que possam ter em relação ao estado da segurança do nosso pais.

O banco em questão, o BES é completamente alheio a toda esta questão assim como seria outro qq banco, se não têm a segurança adequada em termos fisicos é porque não lhes são impostas normas de segurança por omissão da lei, pelo menos deviam ser obrigados a ter um segurança em cada dependência, os lucros dão bem para isso, de qq modo esta dependência faz parte de um conjunto de dependências que não movimentam dinheiro vivo.



Cumpt
Editado pela última vez por charles em 12/8/2008 22:42, num total de 1 vez.
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por Pata-Hari » 12/8/2008 22:04

Bela especialidade, "roncopatia" :lol: :lol: . (Hoje deu-me para me meter contigo). Afinal, quando te distrais no trading, um tipo entra no consultório e sai sem ronco em vez de sair com o nariz direito :D :D
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assalto ao Bes

por Clinico » 12/8/2008 21:59

É curioso, que eu nem sequer fazia ideia que a Prof. Teresa Paiva era uma das vítimas do assalto, o que o torna muito mais mediático.

Trata-se da maior perita portuguesa em doenças do sono do fôro Neurológico (não obstrutivo) e a única com capacidade de preparar doutoramentos nessa área, possuindo o que é, talvez, o melhor laboratório do estudo do sono no nosso país.
Tenho vários clientes em comum com ela dentro do fôro da roncopatia.

Há coisas extraordinárias...

Abraços
Clinico
 
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por Pata-Hari » 12/8/2008 21:39

"Teresa Paiva lamenta também que, sendo ela cliente do BES, não tenha sido até à data contactada pela instituição, nem mesmo pelo seu gerente de conta. "
se calhar o gerente de conta não sabia que ela estava lá (como diz o representante do BES) e os dois empregados do BES provavelmente não voltaram ao emprego....

De qualquer modo, como eu já comentei atrás, acho surpreendente o silêncio do bes na situação e até a falta de presença dos responsaveis do banco no local (ou melhor, não se soube se lá estavam, soube-se que amigos da gerente a aguardavam à saída mas nada de representantes do banco).


A outra questão, a questão da segurança do dinheiro, os bancos tentam precaver-se de roubos com os cofres com aberturas retardadas e mantendo pura e simplesmente pouco dinheiro em cofre.
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por charles » 12/8/2008 21:28

Lisboa/Assalto: Refém questiona sistema de segurança da dependência do BES
12 de Agosto de 2008, 16:29

Lisboa, 12 Ago (Lusa) - Uma das reféns do assalto de quinta-feira passada ao Banco Espírito Santo (BES), em Campolide, questionou hoje as condições de segurança naquela dependência, defendendo uma análise ao sistema utilizado, face ao aumento destes crimes nestes estabelecimentos.

Partindo da sua experiência pessoal vivida na quinta-feira na dependência do BES, Teresa Paiva diz, numa carta dirigida à Lusa, que apesar de se falar com naturalidade no aumento dos assaltos a bancos, como se fosse uma coisa inevitável, nunca se discutiu as condições de segurança objectivas das dependências bancárias.

"Pelo número de assaltos e diversidade dos bancos assaltados, estou em crer que o problema é geral, e por isso mesmo o suscito", frisa Teresa Paiva, neurologista e professora universitária e uma das clientes do banco no momento do assalto, pouco depois das 15:00, que acabou por ser também refém dos assaltantes.

Consciente de que não existe 100 por cento de protecção, Teresa Paiva questiona "se não haverá níveis de protecção que impeçam actuações de indivíduos inexperientes".

No caso particular da dependência do BES, adianta, apenas existiam dois funcionários e um sistema de vigilância mas que não é visionado em tempo real.

O alerta, adianta, foi feito por uma cliente que levantava dinheiro no Multibanco e não pelos mecanismos próprios do banco.

"A situação da precariedade em termos de segurança de um local, onde, por definição, se guarda dinheiro, e onde pomos o nosso próprio dinheiro, põe em risco a integridade psicológica e física dos funcionários e dos clientes bancários, o que contradiz em absoluto a imagem de segurança que os bancos pretendem transmitir", disse.

Em declarações à Lusa Teresa Paiva, uma das primeiras quatro reféns resgatadas pela polícia, defendeu que "é indiscutível que os bancos têm obrigação de ter segurança".

"As regras elementares de segurança devem estar claramente definidas. Um cliente não pode estar sistematicamente sujeito a ir ao banco para fazer um depósito ou um levantamento e a ser assaltado desta forma", refere.

O objectivo de falar sobre este episódio, explicou à Lusa, é usar a experiência negativa para algo positivo suscitando assim um debate construtivo na sociedade portuguesa sobre a segurança nas dependências bancárias.

"Fala-se muito sobre a actuação da polícia mas não se discute o papel do banco", disse.

Teresa Paiva lamenta também que, sendo ela cliente do BES, não tenha sido até à data contactada pela instituição, nem mesmo pelo seu gerente de conta.

"Sou cliente e esperava algum apoio e não recebi qualquer contacto de ninguém. Fui ao banco no dia a seguir ao assalto para reaver o dinheiro e tive de esperar uma hora para que a instituição bancária assumisse a responsabilidade da sua devolução", adiantou.

Questionado pela Lusa sobre a segurança na dependência de Campolide, o assessor do BES disse que "ninguém pode questionar a segurança do banco".

"Aquela dependência tem os mesmos standards de segurança das outras", frisou Paulo Padrão.

Relativamente à falta de contacto do BES com os clientes que foram vítimas do assalto, a instituição bancária refere que não estava em condições de saber quem eram.

"Não estávamos em condições de saber quem eram os clientes que se encontravam no banco na altura do assalto. Só poderíamos saber se os funcionários os identificassem, mas era demasiado exigente estar a pedir-lhes que o fizessem, depois daquilo tudo e no meio de todas as outras preocupações", disse.

"Só soubemos de alguns dos clientes depois, quando se dirigiram ao BES para regularizar a sua situação financeira e tratar do que estavam a tratar quando o banco foi assaltado. Já foi regularizada a situação financeira de todos os clientes que se dirigiram a nós", explicou Paulo Padrão.

O assalto à dependência do Banco Espírito Santo (BES) de Campolide, ocorrido quinta-feira, terminou com a libertação dos dois reféns às 23:23, quando os atiradores furtivos da PSP dispararam sobre os assaltantes, matando um deles e provocando ferimentos graves no outro, que ainda se encontra internado nos cuidados intensivos do Hospital de São José, com prognóstico reservado.

A investigação do caso está agora a cargo da Polícia Judiciária e do Ministério Público.

Teresa Paiva relatou que se dirigiu àquela dependência para fazer um depósito sem se ter apercebido que a mesma estava a ser assaltada.

"Quando entrei o assalto estava a decorrer. Vi que o banco estava vazio e vejo um homem de óculos escuros dirigir-se a mim. Pensei que era um segurança que me vinha proteger, mas na verdade era um dos assaltantes [o que morreu] que me amarrou as mãos e me virou contra a parede", contou.

Segundo a médica, quatro clientes ficaram de mãos atadas virados para a parede, e todos foram resgatados ao mesmo tempo.

"A polícia entrou no banco e o assaltante que estava a tomar conta de nós enquanto o outro estava na caixa forte com a gerente apontou a arma ao sub-gerente e deixou-nos. Nesse momento saímos", contou.

GC/JPB/CC.

Lusa/fim


Para quem não está a ver quem é esta médica é uma médica que frequentemente aparece em debates televisivos relacionados com problemas do sono,( vou tentar arranjar uma foto dela na net ), curioso é o facto do genro dela ser o médico do S. José que está a tratar do que ficou ferido, ele há ironias não :roll:

Editado para retificação
Editado pela última vez por charles em 12/8/2008 22:03, num total de 1 vez.
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por Woodhare » 11/8/2008 10:52

MozHawk Escreveu:MozHawk

PS-Aqui "dou-me", quanto mais não seja por inerência de funções e aos "direitos" que as mesmas me conferem, com gente que já matou. E não falam de ânimo leve e com grande descontração sobre o assunto...



Também tenho pensado nisso. As pessoas que têm que matar para salvar vidas inocentes, mas nem sempre deve ser fácil lidar com isso.
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por tiagopt2 » 11/8/2008 9:09

charles Escreveu:Que não pareça cruel, mas eu acho que eles ainda deviam pagar a bala :evil: .

Deportem estes bandidos cada um para o seu pais, eu disse os bandidos.


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por lutav » 11/8/2008 8:34

oh marco, nao sejas chato pah!! :mrgreen:

era só mesmo para marcar uma opiniao sobre a hipotese de processarem PSP!

(continuaçao da novela: http://dn.sapo.pt/2008/08/11/cidades/ro ... tugal.html )
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por Pata-Hari » 11/8/2008 7:52

Há também casos de pessoas que colocaram crianças no micro-ondas. Há de tudo e a realidade ultrapassa sempre o imaginário.

É engraçada essa ideia. Acho que o tipo do da Valenciana que foi obrigado a fechar as portas também deveriam processar a familia. E os habitantes locais - e eu que tive que ir dar uma volta do caraças para chegar a casa. E os sequestrados por danos irreparáveis. E o BES, por danos bem quantificáveis.
Editado pela última vez por Pata-Hari em 11/8/2008 8:55, num total de 1 vez.
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por MarcoAntonio » 11/8/2008 0:22

lutav Escreveu:uma senhora (americana!), uma vez, resolveu secar o seu gato no micro-ondas! Nao é que o raio do gato.. explodiu???

pois, mas no livrinho do micro-ondas, nao dizia nada, que gatos nao podiam lá ser secados! processou fabricante, e ganhou!!


Urban Legend.

Contudo, há casos documentados de pessoas que colocaram animais de estimação em micro-ondas, mas foram actos deliberados e de crueldade (e os processos que houve foram contra esses individuos e não contra os fabricantes dos aparelhos).
Imagem

FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por charles » 11/8/2008 0:20

Que não pareça cruel, mas eu acho que eles ainda deviam pagar a bala :evil: .

Deportem estes bandidos cada um para o seu pais, eu disse os bandidos.
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por lutav » 11/8/2008 0:14

uma senhora (americana!), uma vez, resolveu secar o seu gato no micro-ondas! Nao é que o raio do gato.. explodiu???

pois, mas no livrinho do micro-ondas, nao dizia nada, que gatos nao podiam lá ser secados! processou fabricante, e ganhou!!

estes familiares, devem pensar que estao nos USA... e que, qualquer coisa, dá para ganhar dinheiro..

sem mais comentarios !
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por charles » 11/8/2008 0:04

2008-08-10 14:47

Assalto ao BES

Familiares do assaltante admitem processar a PSP

O brasileiro continua a recuperar dos ferimentos, algemado a uma cama no Hospital de São José.

[ Última actualização às 14:47 do dia 10/08/2008 ]



Os familiares do assaltante que sobreviveu ao sequestro, de quinta-feira, numa dependência no BES, em Lisboa, estão a ponderar avançar com um processo contra a polícia portuguesa. Wellington está detido preventivamente, desde sábado, até ser ouvido em Tribunal.

O brasileiro continua a recuperar dos ferimentos, algemado a uma cama no Hospital de São José. Wellington vai ser transferido para o Hospital-Prisão de Caxias, assim que apresentar melhorias.

A Polícia Judiciária (PJ) está a tentar perceber se o jovem de 23 anos está ligado a outros assaltos. Na casa onde vivia o brasileiro, em Lisboa, a PJ encontrou 10 000 euros, que podem pertencer a uma dependência do Barclays assaltado a 6 de Julho.

Enquanto Wellington recupera no hospital, o corpo de Nelson Souza, o outro assaltante, continua no Instituto de Medicina legal e ainda não foi reclamado.



http://www.tvi.iol.pt/informacao/noticia.php?id=980124
Cumpt

só existe um lado do mercado, nem é o da subida nem o da descida, é o lado certo
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por dotifair » 10/8/2008 23:51

Já brincam com os anuncios:

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por matabears » 10/8/2008 3:22

Este tipo de criminalidade feita por ilegais era bem resolvido se "mandassem para casa" quem se porta mal não era? Ficavamos só com os "nossos" lol :mrgreen:
ááááá´toiro lindoooooo!!!!!!
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