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Caldeirão da Bolsa

BPI - Tópico Geral

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Nyk » 18/7/2008 10:53

Entrevista do Semanário Económico a João Rendeiro, Presidente do Banco Privado 2008-07-18 10:05
“O La Caixa e o Banco Itaú deviam lançar uma OPA ao BPI”
O presidente do Banco Privado, diz, sem rodeios, que o catalão La Caixa, que tem já 27,5% do BPI, e o brasileiro Itaú, que vai a caminho dos 20%, deveriam lançar uma OPA sobre o BPI a sete euros – preço a que recusaram a OPA do BCP há um ano atrás – em nome da igualdade de tratamento dos accionistas.

Maria Teixeira Alves e Paulo Zacarias Gomes, do Semanário Económico

Os bancos estão sob a pior crise financeira dos últimos anos. Diz-se que é uma crise também contabilística, as IAS [standards internacionais de contabilidade] estão a prejudicar os bancos – têm de registar as menos-valias dos mercados. Há que alterar estas regras para evitar que os bancos vão à falência?
Esses são fenómenos de segunda ordem. Depois da intervenção no Bear Sterns, em seis bancos ingleses, na Bradford and Bingley, ficou já claro que os bancos não irão à falência. As autoridades já deixaram isso muito claro. Há um período bastante difícil de ajustamento e há bancos que vão ter de fazer aumentos de capital…

As desvalorizações dos activos consomem capital e há um momento em que os accionistas não têm mais capital…
Nesses casos, o que existe são fusões…

Acha que isso vai acontecer?
Não necessariamente. A realidade portuguesa é outra. O principal problema de Portugal é ter um défice brutal da balança comercial, que já ultrapassou os 10% do PIB. A economia portuguesa está a ser financiada pelo estrangeiro, e isso é algo estrutural. A dívida externa é, mais ou menos, de 100% do PIB. E como os spreads aumentaram brutalmente e a disponibilidade de crédito reduziu-se mundialmente, isto tem um impacto directo sobre quem precisa sistematicamente de financiamento internacional, como Portugal.

O financiamento é mais difícil…
Daí alguns bancos terem feito já alguns aumentos de capital. O BES já tinha feito o aumento antes da crise, teve um timing bom – um pouco de sorte também, mas a sorte procura-se – já depois da crise, o BCP, o Banif e o BPI fizeram aumentos de capital e o BPN também está a fazê-lo. Os bancos portugueses estiveram longe do subprime. Mas o desenvolvimento da crise internacional teve um efeito Portugal e em Espanha, pois tem sempre mais impacto em países com défices da balança comercial, que recorrem fortemente a financiamento internacional. Por consequência, os bancos portugueses decidiram subir significativamente as taxas para os depósitos – se é difícil e caro ir lá fora, há que ir buscar cá dentro o que é possível. Para terem uma ideia, hoje a três meses paga-se 4,5% e é possível que essas taxas ainda venham a subir mais. Os bancos venderam também activos para criar liquidez e isso acabou por ter um efeito negativo nas bolsas.

Foram os bancos que provocaram esta queda nas bolsas?
Bem… é preciso ter cuidado com a atribuição de responsabilidades. Mas é um facto que alguns bancos realizaram vendas de activos em bolsa o que, num mercado depressivo, aceleram o impacto das desvalorizações dos títulos.

O caso do BPI, que vendeu a participação no BCP…
Bom… [risos], não fui eu que disse, mas não foi esse o único caso, há mais um ou outro.

O último um trimestre foi mau para os bancos, em resultados e capital. Há também os fundos de pensões que têm uma parte em acções e que pesam nos rácios quando os desvios ultrapassam o corredor dos 10%.
Eu não estou alarmista com o sistema financeiro português porque o acho sólido. Tem é problemas de liquidez fruto do défice estrutural de liquidez da economia portuguesa. Mas que não coloca em risco a solvência dos bancos.

As receitas dos bancos estão a cair. Há menos comissões de corretagem, de gestão de activos, menos comissões associadas aos créditos, com a nova lei da amortização antecipada e há ainda a possível devolução dos arredondamentos... é muita coisa ao mesmo tempo….
Os problemas são muito diferentes de banco para banco. Por exemplo, o Banco Privado mantém a projecção de crescer 30% os lucros deste ano, para cerca de 31 milhões de euros. Somos um banco de gestão de activos o que nos exclui deste jogo da dificuldade de liquidez. Posso dizer que esta conjuntura deu mesmo ao Banco Privado uma oportunidade extraordinária.

Porquê que o Banco Privado ganha com esta conjuntura?
Os spreads estão altos e isso é uma oportunidade de investimento. Há activos de rendimento fixo que oferecem rentabilidades muito altas e isso possibilita que ofereçamos altas remunerações para os clientes. Temos 70% dos nossos activos na área do rendimento fixo. O que nos permitiu, no primeiro semestre, crescer 35% em volume de activos sob gestão. Isto mostra que a actual crise não é isenta de grandes oportunidades. Mas nem tudo é um mar de rosas. Na parte de acções evidentemente estamos a sofrer com a queda das bolsas.

Qual é o impacto?
Na carteira própria do banco foram seis milhões de euros em menos-valias potenciais (em Junho).

Isso inclui a participação no BCP?
Não. O BCP está na Privado Financeiras. Ora a área onde esta conjuntura teve um impacto negativo forte foi nos veículos de investimento em acções. Temos a Kendell, a Privado Financeiras, a Liminorke. Mas nestas três há comportamentos distintos. A Liminorke, que é o veículo que investiu em energias, tem neste momento tem uma valorização dos activos de 50%, no mark-to-market.

A Liminorke tem uma participação na EDP Renováveis?
Sim. Tem cerca de 1%. Em Portugal tem também uma participação na Galp (menos de 0,5%) e em Espanha tem na Iberdrola Renováveis, na Enagás e na REE. Depois tem 5% na Brisa e 5% na OHL Brasil.

Tem previstos novos investimentos?
Não excluímos tomar posições qualificadas em outras entidades, se for oportuno.

As participações financeiras dos veículos, ainda que sejam de clientes, pelo facto de o banco ter 10% em cada um, afectam os rácios do banco quando há menos valias potenciais?
Sim, mas só na proporção de 10%. E nós temos um excesso de capital, pelo que estamos descansados. O nosso rácio de solvabilidade é de 14%.

A Privado Financeiras tem 2,4% do BCP e as acções chegaram aos 1,025 euros. O Banco Privado está a apanhar um grande embate por aí?
O BCP é a nossa principal dificuldade. A Privado Financeiras é um veículo de investimento que pertence aos clientes do banco e tem um financiamento do JP Morgan com prazo de 2010. Ora, embora as perdas sejam de clientes, eu pessoalmente sinto-as como se fossem minhas.

De quanto é que são as perdas com o BCP? Cerca de 100 milhões de euros?
Cerca disso.

As decisões de investimento dos veículos são tomadas pelo banco?
O banco tem mandatos de gestão. É como se fosse um fundo de investimento.

Não vê então como ameaçadora esta crise que poderá levar os bancos portugueses a terem prejuízos?
Não sei que mal vem ao mundo um banco ter prejuízos. Desde que os rácios estejam equilibrados. É evidente que este cenário leva a uma deterioração da rentabilidade do sistema financeiro. Isso é uma evidência.

O BCP teve 14,7 milhões de lucros no primeiro trimestre ….
Espero que o segundo trimestre do BCP seja bem melhor. Tanto quanto sei a provisão mais importante a fazer é a contabilização adicional de 50 milhões de euros de menos-valias no BPI e a eventual dotação para o fundo de pensões.

O BES é o que está mais defendido financeiramente para enfrentar a crise?
Se olharmos para os gráficos de evolução das cotações dos bancos verifica-se que a pior desvalorização é do BPI, a segunda pior é a do BCP, mas muito próximo está a evolução do BES. Isso no prazo de um ano, ou mesmo desde o início do ano. O que o mercado está a dizer é que não há uma grande diferença entre os dois. E faz algum sentido que seja assim. Porque quer o BES, quer o BCP estão muito vulneráveis à economia portuguesa. Nenhum tem um peso da actividade internacional que passe os 30%. Estou a ser puramente objectivo.

E o BPI?
A situação do BPI é complexa por causa da exposição ao mercado angolano. Angola representa mais de 30% dos resultados do BPI, e havendo dificuldades com as autoridades angolanas isso penaliza o título do BPI. Depois há as participações financeiras, no BCP e na Zon, onde o banco teve menos valias. Daí a possibilidade de ter um prejuízo no trimestre. »»

Acha que os accionistas do BPI já estão arrependidos de terem rejeitado, há um ano, uma OPA a sete euros?
Na minha opinião os accionistas do BPI – La Caixa e Banco Itaú – assumiram uma posição de controle no BPI. Pelo que deveriam pagar aos restantes accionistas um prémio de controle. O que deveria acontecer seria esses dois bancos lançarem uma OPA a sete euros sobre o BPI, para serem justos para os pequenos accionistas que por sua causa não puderam vender a esse preço na OPA.

Desde a OPA o poder destes accionistas no BPI aumentou?
Evidentemente. Há um aumento expressivo das participações no BPI. E mais cedo ou mais tarde essas participações terão de ter uma correspondência na gestão. A tarefa dos accionistas é terem poder na gestão e isso é normal. Agora o que não podem é prejudicar os pequenos accionistas. Têm de pagar um prémio de controlo.

E em relação ao BCP? O Banco Privado está para ficar?
Sim. Temos um projecto de cinco anos. Esperamos que em 2010, 2011, que é o nosso horizonte de investimento, o mercado já esteja melhor para vender. O actual managment estima que em 2010 o BCP tenha mil milhões de euros de resultados líquidos. Com base nesses resultados e com um PER normalizado, nós estimamos que teremos um retorno de dois dígitos no nosso investimento. Vamos aguardar e aguentar estoicamente a situação.

Agora uma pergunta maldosa. Votou a favor de Joe Berardo para o Conselho de Remunerações?
Nós abstivemo-nos.

O Banco Privado pretende entrar no futuro nos órgãos sociais do BCP?
É uma matéria ainda prematura. Como é óbvio o Conselho Geral e de Supervisão vai ter eleições. Não é impossível que o banco mude para um modelo monista no final do ano. Mas só se houver um consenso muito alargado entre accionistas. Neste momento os accionistas estão muito pouco virados para polémicas. O que vai haver é um diálogo tranquilo e se não houver consenso ficará o modelo dualista. Agora quer o Conselho Geral e de Supervisão, quer o Conselho Superior irão ter alterações significativas porque já hoje não representam a actual estrutura accionista.

E sobre as investigações ao banco?
Para mim são matérias do passado. E apesar de ainda estarem a decorrer, terão pouco impacto material no banco. Já foi tudo provisionado. As investigações dos reguladores têm mais um impacto mediático do que um impacto real. »»

A actual crise põe os bancos à mercê de grandes dificuldades financeiras..
É preciso compreender os fundamentos desta crise financeira e bancária que tem três componentes: é uma crise de créditos, uma de leverage (alavancagem) e uma de mismatch de funding. A seguir ao ano 2000, quando houve o ataque às torres gémeas, a Reserva Federal e o Governo americano tiveram uma política, quer monetária, quer orçamental, muito agressiva para combater o efeito depressivo desse acontecimento. As taxas de juro do dólar baixaram significativamente e o Governo americano entrou num défice orçamental para combater as dificuldades da economia. Na altura havia o comentário de que o governo Republicano se tinha tornado keynesiano, fruto das circunstâncias. Desenvolveram-se então os défices gémeos: o orçamental e o da balança de pagamentos. Sendo a economia norte-americana a maior do mundo, a conjugação desses dois défices criou um efeito de punção da procura a nível mundial. No resto do mundo, as economias emergentes começaram a acelerar o seu crescimento, o que já vinha a acontecer há alguns anos. O que deu origem à subida do preço do petróleo e das commodities, incluindo a alimentação. Por outro lado, o facto de as taxas de juro estarem, na altura, muito baixas levou a que os investidores procurassem estratégias de yield pickup, isto é, procuraram investimentos com retornos razoáveis o que convidada a leverages mais altos.

Quer explicar o que é um leverage aos nossos leitores?
Quando se tem taxas de juro de 1,5%, para conseguir um retorno de 5% ou 6% tem de se fazer uma alavancagem sobre essas posições, um leverage. Dívida sobre dívida. Desenvolveu-se então um sistema financeiro altamente alavancado, muito baseado em créditos que dessem um yield adicional. O risco remunera melhor e por isso os bancos, para conseguirem mais rentabilidades, foram à procura desses créditos – e daí que tenham entrado nos produtos com base em créditos hipotecários de alto risco, no subprime. Esses créditos de alto risco ofereciam rentabilidades interessantes. Daí também o investimento em SIV – Special Investment Vehicles e nos conduit funds, que os bancos usavam muito e que serviam-se da liquidez de curto prazo, e daí também o papel dos mercados monetários para investir nestes activos de prazos mais longos. Foi assim que surgiu o mismatch de funding. Neste enquadramento, quando se dá início à crise imobiliária nos EUA e quando os primeiros créditos começam a entrar em default, há um efeito de bola de neve que ataca estas três componentes (créditos em default, leverage sobre esses créditos e mismatch) e assim surge a crise financeira que ainda hoje estamos a viver.

Só a CGD é que investiu em produtos estruturados com subprime, mas o que não quer dizer que os bancos portugueses não estejam expostos…
Já lá vamos. Dizia eu que estes três efeitos originaram write-offs de perdas brutais, nos balanços dos bancos. E isso levou à necessidade de aumentos de capital, para compensar perdas, mas também para se conseguirem desfazer do leverage e do mismatch. Os bancos tiveram de trazer para dentro do balanço volumes muito grandes de activos que estavam fora do balanço (em veículos). E assim estes activos também passaram a consumir capital.

Parece que está a falar do BCP…
Estou a falar da crise a nível internacional.

Mas esse reflexo nas contas dos bancos é imediato ou ainda há efeitos por reflectir?
O essencial, sobretudo nos Estados Unidos e nos bancos suíços, está feito. Mas é um efeito dinâmico, à medida que a economia tem dificuldades, há créditos adicionais que entraram em default, mas isso já são efeitos de segunda ordem.

Que activos são esses que entram no balanço? Malparado?
Os tais veículos de investimento de clientes e os conduits funds. Perante as desvalorizações dos activos os bancos não tiveram alternativa senão trazer os activos para dentro do balanço dos bancos, que assim ficaram com balanços relativamente fracos. O facto de trazerem activos para dentro do balanço, deixa menos capital disponível para a função de crédito normal. A disponibilidade de crédito fica reduzida e os spreads aumentam. O crédito que era extremamente fácil e barato até ao Verão do ano passado, em três, seis meses, passou para uma conjuntura diferente: crédito caro, taxas de juro altas e disponibilidade escassa.

Acha que com a crise financeira e com o mark-to market os bancos vão à falência?
A nível internacional, o que aconteceu foram vários rounds de aumentos de capital. O Citibank já fez dois, a UBS outros dois. Ninguém está a ver o Citibank ir à falência.

A política monetária e orçamental depois de 11 de Setembro é o gatilho?
Sim, mas isso poderia ter sido contrabalançado se entretanto a Reserva Federal tivesse aumentado as taxas de juro. Os historiadores talvez venham a concluir que o senhor Greenspan errou de uma maneira brutal ao não ter aumentado as taxas de juro nos últimos anos. O crescimento da procura das commodities industriais, alimentares e de petróleo tem duas componentes – interna pois os próprios países já estavam em crescimento (China, Índia, Brasil) e externa derivada dos défices externos. Hoje temos uma crise financeira e o aquecimento dos mercados emergentes a pressionar os preços das commodities e os EUA e a Europa a sofrerem o início do credit crunch, das dificuldades de crédito e da inflação. Há outro efeito, deflacionista, que é a transferência de riqueza dos países que não têm estas commodities, para aqueles que as têm. Os termos de troca ficam alterados em desfavor dos países consumidores.

E qual o papel da especulação financeira no preço do petróleo?
Não subscrevo essa tese. Há um estudo muito interessante, que compara as commodities que têm mercados de futuros com as que não têm. Se essa teoria tivesse alguma sustentação, as commodities que têm mercados de futuros teriam crescido mais do que as outras. Ora, o que se verifica, é o contrário. Não subscrevo as teorias da especulação bolsista e da conspiração.

Mas a era do petróleo barato acabou?
Sim. Com a desaceleração das economias mais desenvolvidas e com o facto das commodities terem subido muito, estamos perto de um plateau. E também perto de um plateau do petróleo. Os especialistas do sector acham que o petróleo devia estar entre os 80 e os 100 dólares, esse seria o preço razoável, o que não significa que não possa subir. Mas acho que tenderá, mais cedo ou mais tarde, a cair. Estamos, nos EUA e na Europa, a assistir à conjugação de três fenómenos: dois deflacionistas – o credit crunch e a transferência de riqueza para os países produtores – e um inflacionista, a subida dos preços. E a inflação nos mercados emergentes ainda é mais alta do que nos países da OCDE. Mas acho que o fenómeno inflacionista é minimamente temporário.

Acha que a inflação vai corrigir automaticamente com as deflações?
Exactamente, estes fenómenos deflacionistas são estruturais e muito mais fortes do que o inflacionista, que vai ser transitório, demorará seis meses no máximo.

Então não faz sentido aumentar as taxas de juro? A recente subida decretada pelo BCE foi errada?
Foi errada. Os fenómenos deflacionistas têm muito mais força do que o inflacionista e por isso a economia europeia vai entrar numa desaceleração económica muito mais rápida do que aquilo que se está a pensar. »»
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por Vencer na Bolsa » 13/7/2008 21:11

MarcoAntonio Escreveu:Assim, numero redondos (vi só de forma aproximada, nem vale a pena tentar ser muito exacto) dá pelos 1.70/1.80 euros.

ok,
Eu também fiz um cálculo tipo "OLHÓMETRO".
A ideia não era saber o valor exacto, era somente ter uma ideia até onde poderia ir, caso se confirmasse o padrão técnico.
( se "cair" abaixo de 2€, então verei melhor).
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por Woodhare » 11/7/2008 23:28

Não era mau comprar BPI a 1,8 mas isso dava um PER de 7,5 utilizando uma média eps de 97 a 2007 calculados com o numero actual de acções o que me parece uma estimativa conservadora. Será que o mercado dava uma abébia dessas?
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por MarcoAntonio » 11/7/2008 20:57

Assim, numero redondos (vi só de forma aproximada, nem vale a pena tentar ser muito exacto) dá pelos 1.70/1.80 euros.
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FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por Vencer na Bolsa » 11/7/2008 20:44

MarcoAntonio Escreveu:Deixo aqui também um update ao gráfico do BPI onde chamo a atenção para a possibilidade da realização de uma "bandeira de baixa" neste papel.


Sendo a bandeira um padrão de continuação de tendência e SUPONDO que a tendência vai continuar, a projecção desse padrão seria para valores cerca de 1,50€.
Pode confirmar?
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por MarcoAntonio » 11/7/2008 18:41

Deixo aqui também um update ao gráfico do BPI onde chamo a atenção para a possibilidade da realização de uma "bandeira de baixa" neste papel.
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FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
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por majomo » 11/7/2008 13:28

Estou fora... com os futuros americanos altamente vermelhos devido aos problemas no sector da banca, fico de fora a ver onde vai parar. :( 8-)
Como se ganha dinheiro na bolsa?!
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por Virgilio67 » 10/7/2008 0:13

majomo Escreveu:
Virgilio67 Escreveu:A subida de hoje do BPI aconteceu já com o conhecimento dos resultados negativos, ou a notícia só surgiu depois do mercado fechar?


Já se sabia...


Obrigado majomo
Desejo os melhores negócios a todos.
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por majomo » 9/7/2008 23:59

Virgilio67 Escreveu:A subida de hoje do BPI aconteceu já com o conhecimento dos resultados negativos, ou a notícia só surgiu depois do mercado fechar?


Já se sabia...
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por Virgilio67 » 9/7/2008 23:30

A subida de hoje do BPI aconteceu já com o conhecimento dos resultados negativos, ou a notícia só surgiu depois do mercado fechar?
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por Ulisses Pereira » 9/7/2008 14:55

majomo, na minha opinião os alvos não são para serem considerdos suportes ou resistências. São apenas alvos para quem abriu posições com base nessas projecções.

Quando eu digo que a partir daí deve voltar-se ao zero é porque acho que não é a melhor opção começar a negociar algo apenas porque atingiu o alvo...

Um abraço,
Ulisses
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Ulisses Pereira

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por majomo » 9/7/2008 14:27

Ulisses Pereira Escreveu:Bastante fiável, na minha opinião. No entanto, depois do alvo atingido o processo volta ao zero. :)

Um abraço,
Ulisses


Obrigado Ulisses...

Analisando um pouco esse alvo, como podemos verificar que esse alvo foi atingido e que agora funcionará como suporte?

Basta um fecho em alta em relação a esse valor ou são precisos várias sessões para confirmar?

Não sei se me percebeste?

G. Abraço. :)
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por Ulisses Pereira » 9/7/2008 14:20

Bastante fiável, na minha opinião. No entanto, depois do alvo atingido o processo volta ao zero. :)

Um abraço,
Ulisses
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por majomo » 9/7/2008 14:17

Entrei hoje no BPI, para aproveitar o ressalto de ontem dos bancos na américa e que também está a acontecer por cá...

Também me levou a entrar a projecção do anterior intervalo, que como mostra o rsacramento, leva para os 2,32...

O que pergunto aos entendidos em AT, Ulisses, Marco, etc... qual o valor destas projecções tendo em conta a quebra de um intervalo anterior?

Cumps. :)
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por rsacramento » 4/7/2008 20:19

um tick abaixo da projecção

... mas isso não tem valido rigorosamente nada - todas as vezes que tenho uma projecção, ela ou não é atingida (nas subidas) ou é ignorada - honrosa excepção para a semapa
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por Woodhare » 3/7/2008 10:27

O Ulrich pode fazer um sorrizinho de lado e exclamar: "Suckers!!!"
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por JCS » 3/7/2008 10:10

Realmente os principais accionistas podiam estar hoje com os bolsos bem cheios de capital. Agora fariam já boas aquisições aos preços a que os activos se encontram.

JCS
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por jap.gonçalves » 3/7/2008 9:06

Caro Dr. Fernando Ulrich :

Vamos todos ouvi-lo muito atentamente quando apresentar os resultados do 2º trimestre do BPI. E espero que a sua atitude seja a de grande humildade e de reconhecimento do seu profundo erro quando aconselhou os accionistas a não venderem as accoes do BPI a 7 euros !!
Claro que não podia adivinhar o que se iria passar, mas agora que já sabe o que aconteceu, deve reconhecer o seu erro. E de uma vez por todas deve abandonar a sua postura de alguma arrogancia e de "gestor competente". Doutro modo será IMPOSSÍVEL atribuir-lhe qualquer credibilidade quando se pronunciar sobre o futuro do BPI.
Melhores cumprimentos[/b]
 
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por MarcoAntonio » 2/7/2008 17:50

Virgilio67 Escreveu:O BPI está a ser bastante castigado, inclusivé em dias de subidas generalizadas, consegue ser o único que está com a cotação a descer.
Alguém tem uma justificação para tal facto? O que se passa com este banco que esteja a afastar os investidores do papel?


Justificação (de fundo) não tenho, mas o BPI tecnicamente atravessa um mau momento e tinha quebrado um importantíssimo suporte.
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por pauloneves » 2/7/2008 15:06

Virgilio67 Escreveu:O BPI está a ser bastante castigado, inclusivé em dias de subidas generalizadas, consegue ser o único que está com a cotação a descer.
Alguém tem uma justificação para tal facto? O que se passa com este banco que esteja a afastar os investidores do papel?


Olá,
Não sei se os investidores se estão a afastar do papel, pois o UBS reforçou a semana passada para mais de 2%. 8-)
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por Virgilio67 » 2/7/2008 15:00

O BPI está a ser bastante castigado, inclusivé em dias de subidas generalizadas, consegue ser o único que está com a cotação a descer.
Alguém tem uma justificação para tal facto? O que se passa com este banco que esteja a afastar os investidores do papel?
Desejo os melhores negócios a todos.
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por MarcoAntonio » 1/7/2008 18:42

Já agora deixo também um updatezinho ao BPI. Não que haja alguma história para contar. A história está mais do que contada e é a mesma de tantos outros papéis do nosso mercado (e não só).
Anexos
BPI.png
BPI.png (17.83 KiB) Visualizado 8630 vezes
Imagem

FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por Nyk » 1/7/2008 18:09

UBS aumenta participação no BPI para mais de 2% do seu capital
A UBS adquiriu um conjunto de acções representativas do capital social do Banco BPI, tendo excedido, em consequência dessa aquisição, o patamar de 2%, informou o banco em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

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Ana Filipa Rego
arego@mediafin.pt


A UBS adquiriu um conjunto de acções representativas do capital social do Banco BPI, tendo excedido, em consequência dessa aquisição, o patamar de 2%, informou o banco em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Segundo a mesma fonte, a aquisição foi de 1.953.756 acções em bolsa no dia 24 de Junho.

A participação total é de 19.438.113 acções, representativas de 2,160% do capital social de e dos direitos de voto no Banco BPI.
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por Nyk » 26/6/2008 20:28

Participação do UBS no BPI diminui após aumento de capital
O banco suíço UBS deixou de ter participação qualificada no BPI após o aumento de capital do banco português.

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Ana Luísa Marques
anamarques@mediafin.pt


O banco suíço UBS deixou de ter participação qualificada no BPI após o aumento de capital do banco português.

O UBS, “em virtude da operação de aumento de capital, viu diminuída a sua participação no capital social do Banco BPI para um patamar inferior a 2%”, revela um comunicado enviado à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

O banco suíço detém desde 19 de Junho passado 16.384.334 acções do BPI, representativas de 1,820% do capital social e dos direitos de voto do banco.



As acções do BPI perderam 2,88% para os 2,70 euros.
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por Pata-Hari » 26/6/2008 7:09

marath, já estamos a dar demasiada atenção a algo que não tem a ver com o tópico e a bater no ceguinho em demasia - o que também não é a intenção. No entanto, marath, a comparação com o teu trabalho não é exactamente boa porque tu não contrataste ninguém para ser teu empregado. Aqui, as participações são feitas por todos, generosamente e de borla. Esqueces-te que ninguém aqui assinou contratos para obter serviço nem com uma entidade empregadora e que, portanto, não tem a obrigação que tu tens perante a tua entidade empregadora. O caldeirão não é o emprego de ninguém, é algo que te é dado de borla.
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