Ouro – onde estão as referências?
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Caro Comentador,
Concordo plenamente com a sua análise.De facto, o que referi há 3 dias atrás foi hoje demonstrado que não há certezas.Redondamente enganado.A minha leitura foi feita através da evolução dos preços e é de reparar que a cotação foi seguindo a sua linha de tendencia, negociando em canais onde era fácil observar interessantes pontos de entrada e saída, acompanhando o momentum sobre o ouro.Agora penso, que a nível fundamental tudo continua igual.A nível de análise técnica, o engraçado disto é que qd se poderia prever que alguns suportes poderiam sustentar esta correcção, aconteceu precisamente o oposto. A maior descarga dos últimos 15 anos.Fica o exemplo real de que não há certezas absolutas e que a análise técnica é falível.Melhor ainda: os suportes não são aqueles que eu pensava serem neste momento.
Cumprimentos
Concordo plenamente com a sua análise.De facto, o que referi há 3 dias atrás foi hoje demonstrado que não há certezas.Redondamente enganado.A minha leitura foi feita através da evolução dos preços e é de reparar que a cotação foi seguindo a sua linha de tendencia, negociando em canais onde era fácil observar interessantes pontos de entrada e saída, acompanhando o momentum sobre o ouro.Agora penso, que a nível fundamental tudo continua igual.A nível de análise técnica, o engraçado disto é que qd se poderia prever que alguns suportes poderiam sustentar esta correcção, aconteceu precisamente o oposto. A maior descarga dos últimos 15 anos.Fica o exemplo real de que não há certezas absolutas e que a análise técnica é falível.Melhor ainda: os suportes não são aqueles que eu pensava serem neste momento.
Cumprimentos
Não deixes adormecer os teus sonhos mas,
não te deixes adormecer por eles
Nuno Nascimento
não te deixes adormecer por eles
Nuno Nascimento
Caro Barra,
eu da minha parte tenho a trabalheira de sacar as cotações todos os dias ao fim da noite +- no barchart.com e carregá-los manualmente para o Downloader.Depois é apenas trabalhar os dados.
Cumprimentos
eu da minha parte tenho a trabalheira de sacar as cotações todos os dias ao fim da noite +- no barchart.com e carregá-los manualmente para o Downloader.Depois é apenas trabalhar os dados.
Cumprimentos
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Nuno Nascimento
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Nuno Nascimento
Gráficos
Caro Barra,
Pela minha parte, obrigado pelo seu post.
Quanto aos meus gráficos, eles são adaptados ao meu gosto e necessidade através do excelente material que o site www.stockcharts.com disponibiliza. Se reparar, deixo sempre o link respectivo, pois é uma imposição legal.
Cumprimentos
Comentador
Pela minha parte, obrigado pelo seu post.
Quanto aos meus gráficos, eles são adaptados ao meu gosto e necessidade através do excelente material que o site www.stockcharts.com disponibiliza. Se reparar, deixo sempre o link respectivo, pois é uma imposição legal.
Cumprimentos
Comentador
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Onde obtêm esses gráficos?
Bonitos gráficos e excelentes comentários. Concordo e estou curto no Ouro, por enquanto.
nnascimento e comentador,
Onde obtêm esses gráficos?
nnascimento e comentador,
Onde obtêm esses gráficos?
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À procura de um ponto de inversão
A presente correcção do Ouro, pela sua força e continuidade, pode ser mais demorada e profunda do que se imaginava. Claro que pode sempre acontecer, a curto prazo, qualquer facto a nível internacional que altere todos os pressupostos. E nunca é de mais repetir que os mercados podem ser - e são muitas vezes - completamente surpreendentes.
Muito rapidamente, vou abordar uma questão que é obviamente da máxima importância na actual conjuntura: qual poderá ser a zona de viragem para esta correcção, em que ponto é que as cotações se apoiarão para começar de novo a subir de forma sustentada?
Deixem-me dizer que existe aqui um aspecto decisivo, que é a de podermos vir a assistir, sem o descortinarmos de imediato, a uma futura subida que pode muito bem ser a tal onda B de uma correcção A-B-C, que ainda pode surgir, enganadora, e ser o prelúdio da onda C, que seria então o último esticão em baixa desta descida.
Continuo a achar que, numa fase final dessa correcção, são admissíveis os habituais excessos sem que ponham em causa a tendência de longo prazo, que é de alta, com um bull market bem implantado.
Utilizando os dados disponíveis e olhando o gráfico simples que a seguir apresento, existe uma zona que me pode dar conforto em termos de "bottom", se e quando lá chegarmos o movimento de preços der credibilidade a esse nível.
É a zona de 550-570 que, por ser uma área fortíssima de suporte, não pode ser quebrada pois se o for, o caminho para os 480 é quase certo.
Tudo isto são conjecturas, mas é um trabalho indispensável de análise e acompanhamento que teremos de efectuar.
Cumprimentos
Comentador
"Charts courtesy of http://stockcharts.com"
Muito rapidamente, vou abordar uma questão que é obviamente da máxima importância na actual conjuntura: qual poderá ser a zona de viragem para esta correcção, em que ponto é que as cotações se apoiarão para começar de novo a subir de forma sustentada?
Deixem-me dizer que existe aqui um aspecto decisivo, que é a de podermos vir a assistir, sem o descortinarmos de imediato, a uma futura subida que pode muito bem ser a tal onda B de uma correcção A-B-C, que ainda pode surgir, enganadora, e ser o prelúdio da onda C, que seria então o último esticão em baixa desta descida.
Continuo a achar que, numa fase final dessa correcção, são admissíveis os habituais excessos sem que ponham em causa a tendência de longo prazo, que é de alta, com um bull market bem implantado.
Utilizando os dados disponíveis e olhando o gráfico simples que a seguir apresento, existe uma zona que me pode dar conforto em termos de "bottom", se e quando lá chegarmos o movimento de preços der credibilidade a esse nível.
É a zona de 550-570 que, por ser uma área fortíssima de suporte, não pode ser quebrada pois se o for, o caminho para os 480 é quase certo.
Tudo isto são conjecturas, mas é um trabalho indispensável de análise e acompanhamento que teremos de efectuar.
Cumprimentos
Comentador
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Caro nnascimento,
Gostei do seu gráfico.
No que respeita ao Ouro, entramos numa fase em que começa a ser determinante estarmos muito atentos tanto aos aspectos técnicos como fundamentais, no sentido de descortinarmos um adequado ponto de reentrada.
Há poucos dias, o especialista do Ouro da UBS, em Zurique, disse ter informações que fundos e investidores em Metais Preciosos, estavam a mostrar vontade de alocar para estes activos cerca de 20% do total dos seus investimentos em commodities.
Há aqui um aspecto importante a considerar. O índice de commodities da Goldman Sachs (GSCI), universalmente utilizado como guia, considera o conjunto do Ouro e da Prata com uma ponderação de somente 2,1%, em comparação com 74,5% para a Energia. Existe aqui uma discrepância assinalável que tem de ser seguida.
Há também a registar a decisão da Rússia relativamente ao aumento das suas reservas em Ouro, para 10% do total dos seus elevados excedentes externos, e também a redução da sua exposição ao USD.
É evidente que as fortes vendas de Ouro das últimas semanas têm servido, em grande parte, para a continuação da recomposição de carteiras dos investidores de longo prazo. A questão está toda em saber quando é que a força compradora equilibra duradouramente a pressão vendedora, que continua ainda a impor-se, de forma a ser conseguido um bottom seguro, a partir do qual possamos acreditar numa nova fase de subida sustentada.
Cumprimentos
Comentador
Gostei do seu gráfico.
No que respeita ao Ouro, entramos numa fase em que começa a ser determinante estarmos muito atentos tanto aos aspectos técnicos como fundamentais, no sentido de descortinarmos um adequado ponto de reentrada.
Há poucos dias, o especialista do Ouro da UBS, em Zurique, disse ter informações que fundos e investidores em Metais Preciosos, estavam a mostrar vontade de alocar para estes activos cerca de 20% do total dos seus investimentos em commodities.
Há aqui um aspecto importante a considerar. O índice de commodities da Goldman Sachs (GSCI), universalmente utilizado como guia, considera o conjunto do Ouro e da Prata com uma ponderação de somente 2,1%, em comparação com 74,5% para a Energia. Existe aqui uma discrepância assinalável que tem de ser seguida.
Há também a registar a decisão da Rússia relativamente ao aumento das suas reservas em Ouro, para 10% do total dos seus elevados excedentes externos, e também a redução da sua exposição ao USD.
É evidente que as fortes vendas de Ouro das últimas semanas têm servido, em grande parte, para a continuação da recomposição de carteiras dos investidores de longo prazo. A questão está toda em saber quando é que a força compradora equilibra duradouramente a pressão vendedora, que continua ainda a impor-se, de forma a ser conseguido um bottom seguro, a partir do qual possamos acreditar numa nova fase de subida sustentada.
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Comentador
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Caro Comentador,
Concordo com a sua análise e junto um gráfico que ilustra bem a evolução do ouro no último ano. No entanto aponto que os $600 deverão ser quebrados em circunstancias normais, isto é, se tudo fosse bom no mundo
infelizmente não o é.Digo isto porque defendo que a médio longo prazo muitos factores jogam a favor do ouro, sendo para mim a que mais sentido faz a desvalorização da moeda americana.Já o tenho referido noutros tópicos.Verdade seja dita, acredito que tal como em todos os mercados a desvalorização do ouro é bastante benéfica e a verdade é que o "barbeiro" já não fala do ouro.É obvio que sendo moeda de refugio está sempre sujeita a uma volatilidade que assusta porque se não é dos furacões é da moeda americana, se não é dos juros é do petróleo, enfim é sempre por causa de qq coisa. Mas no fundo em minha opinião, os fundamentais estão lá, e sabendo que apenas 2% dos fundos geridos têm ouro no portfólio e que os bancos centrais têm politicas de compra de ouro para as suas reservas a médio prazo, a procura global deverá aumentar. Devido ao comportamento do preço do ouro (ver gráfico) duvido seriamente que este volte a valores em torno dos $5.. .Nada é certo claro, a correção deverá continuar a curto prazo mas o Bull Market no ouro ainda está no inicio e não me admirava nada que $850 como dizem os analistas fosse uma realidade no final do ano.
Cumprimentos
Concordo com a sua análise e junto um gráfico que ilustra bem a evolução do ouro no último ano. No entanto aponto que os $600 deverão ser quebrados em circunstancias normais, isto é, se tudo fosse bom no mundo
Cumprimentos
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Não deixes adormecer os teus sonhos mas,
não te deixes adormecer por eles
Nuno Nascimento
não te deixes adormecer por eles
Nuno Nascimento
A inflação é calculada com base num cabaz (mau ou bom, e discutivel, mas podes tu fazer o teu cabaz!). Se for uma tarefa bem feita permite medir variações no valor do dinheiro, e por isso corrigir a inflação é apenas corrigir o valor do dinheiro, nada mais.
Repara que se estiveres num mercado inserido num contexto com inflação alta isso é notório: o que muda não é o valor das coisas, é o preço expresso em numerário!
Em concreto: acho fundamental inserir a inflação na análise técnica, e faço isso sempre que olho para longos períodos. Em relação ao preço do crude, por exemplo, que me interessa porque vai afectar a performance de empresas em que invisto, faço essa correção e prevejo neste momento um preço de $160/barril até final de 2008. Esse preço é o resultado dos preços atingidos aquando do primeiro choque petrolifero mas agora tomando em consideração um cenário de progressivo esgotamento em face da procura crescente, em vez dum choque brusco. Também levo em consideração o facto de haver inúmeras alternativas que serão competitivas a esse preço, o que servirá de tampão a subidas maiores. Há também maior pujança económica o que permitirá suportar um preço real maior. Portanto aí tens um preço-alvo: $160/barril até final de 2008.
Por outro lado em períodos curtos e com a inflação actual parece-me que inserir essa correcção pode ser irrelevante ou até contraproducente.
Geralmente a longo prazo tento fazer as contas mais pelo lado fundamental. Vejo se o rendimento expectável segundo o meu julgamento do futuro justifica o preço dum titulo, por exemplo. Depois de ter feito a decisão de compra a longo prazo uso os gráficos para decidir o melhor ponto de entrada a curto prazo, sendo que já decidi que pretendo entrar de qualquer das formas. Também presto atenção aos ciclos de longo prazo, como toda a gente claro, mas para sentir os ciclos não é necessário introduzir correções, portanto não o faço.
Não invisto em ouro, cobre, etc... limito-me a acções, fundos (só de acções ou só de obrigações), fundos especulativos também... conforme a situação do mercado. Tendo investir em coisas que gerem de facto receita subjacente e em sectores que conheço (ou acho que conheço...), de forma a ter vantagem informativa sobre o tipico negociante bolsista que só lê a informação económica.
O ouro não é uma dessas coisas em que invista. Portanto desse ponto de vista posso calar-me, visto que nem invisto em ouro
Volto a repetir que gostei da tua análise, apenas achei que não espelhava toda a realidade: o ouro está de facto bem mais barato que em 1981. Se a apetência do mercado fosse igual estaria aos níveis de 1981, o que notoriamente não acontece. Portanto é arriscado extrapolar o comportamento dessa altura para o presente... o ouro pode facilmente subir muito mais se houver apetência (não me parece que haja para já, mas pode acontecer).
Repara que se estiveres num mercado inserido num contexto com inflação alta isso é notório: o que muda não é o valor das coisas, é o preço expresso em numerário!
Em concreto: acho fundamental inserir a inflação na análise técnica, e faço isso sempre que olho para longos períodos. Em relação ao preço do crude, por exemplo, que me interessa porque vai afectar a performance de empresas em que invisto, faço essa correção e prevejo neste momento um preço de $160/barril até final de 2008. Esse preço é o resultado dos preços atingidos aquando do primeiro choque petrolifero mas agora tomando em consideração um cenário de progressivo esgotamento em face da procura crescente, em vez dum choque brusco. Também levo em consideração o facto de haver inúmeras alternativas que serão competitivas a esse preço, o que servirá de tampão a subidas maiores. Há também maior pujança económica o que permitirá suportar um preço real maior. Portanto aí tens um preço-alvo: $160/barril até final de 2008.
Por outro lado em períodos curtos e com a inflação actual parece-me que inserir essa correcção pode ser irrelevante ou até contraproducente.
Geralmente a longo prazo tento fazer as contas mais pelo lado fundamental. Vejo se o rendimento expectável segundo o meu julgamento do futuro justifica o preço dum titulo, por exemplo. Depois de ter feito a decisão de compra a longo prazo uso os gráficos para decidir o melhor ponto de entrada a curto prazo, sendo que já decidi que pretendo entrar de qualquer das formas. Também presto atenção aos ciclos de longo prazo, como toda a gente claro, mas para sentir os ciclos não é necessário introduzir correções, portanto não o faço.
Não invisto em ouro, cobre, etc... limito-me a acções, fundos (só de acções ou só de obrigações), fundos especulativos também... conforme a situação do mercado. Tendo investir em coisas que gerem de facto receita subjacente e em sectores que conheço (ou acho que conheço...), de forma a ter vantagem informativa sobre o tipico negociante bolsista que só lê a informação económica.
O ouro não é uma dessas coisas em que invista. Portanto desse ponto de vista posso calar-me, visto que nem invisto em ouro
Volto a repetir que gostei da tua análise, apenas achei que não espelhava toda a realidade: o ouro está de facto bem mais barato que em 1981. Se a apetência do mercado fosse igual estaria aos níveis de 1981, o que notoriamente não acontece. Portanto é arriscado extrapolar o comportamento dessa altura para o presente... o ouro pode facilmente subir muito mais se houver apetência (não me parece que haja para já, mas pode acontecer).
However elegant the method we should occasionally look at the results.
Caro rnbc,
Não levo nada a mal, está tudo bem. Só que acho que estás mesmo errado e que a inflação não deve ser utilizada na análise técnica. Admito que possa haver teorias de arranjo/alteração das cotações mas só para algum exercício particular e não objectivo.
Meu caro, não se fazem trades filosoficamente. Mas falando exclusivamente em termos técnicos não vejo onde seja desejável ou admissível ajustar qualquer activo por motivos da inflação quando pretendemos efectuar uma análise técnica.
Todos os dias temos de aprender e de investigar um pouco mais. Se neste caso, tiveres dados que me convençam, a mim e ao forum, seria interessante.
Concretamente, já analisaste mesmo algum activo, com o objectivo de o negociar - e portanto querendo aproximar-te do valor tendencial de mercado desse mesmo activo - com base naquilo que escreveste?
Cump
Comentador
Não levo nada a mal, está tudo bem. Só que acho que estás mesmo errado e que a inflação não deve ser utilizada na análise técnica. Admito que possa haver teorias de arranjo/alteração das cotações mas só para algum exercício particular e não objectivo.
Meu caro, não se fazem trades filosoficamente. Mas falando exclusivamente em termos técnicos não vejo onde seja desejável ou admissível ajustar qualquer activo por motivos da inflação quando pretendemos efectuar uma análise técnica.
Todos os dias temos de aprender e de investigar um pouco mais. Se neste caso, tiveres dados que me convençam, a mim e ao forum, seria interessante.
Concretamente, já analisaste mesmo algum activo, com o objectivo de o negociar - e portanto querendo aproximar-te do valor tendencial de mercado desse mesmo activo - com base naquilo que escreveste?
Cump
Comentador
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O meu comentário referia-se especificamente ao facto de me parecer que a análise de padrões (na área financeira chama-se técnica...) ter que ser corrigida para o factor "inflação", sendo que em prazos curtos, normalmente mais usados na análise técnica, isso é irrelevante, mas em prazos longos não é.
Caso contrário estamos a analisar o valor do produto versus valor do dinheiro, sendo que o que queremos analisar na realidade é o valor do produto.
Isso implica corrigir as linhas de suporte e resistência, os canais, etc... ou então corrigir a cotação directamente, que é mais fácil.
Mas se calhar estou errado...
Por outro lado como a análise técnica funciona também em grande parte num regime "self-fullfiling profecy", ou seja, funciona porque muitos actores no mercado a usam (isto é a minha opinião discutivel) é bom fazê-la usando os métodos comuns, mesmo que não sejam os métodos rigorosos.
Mas isto é uma discussão mais filosófica do que factual, por isso não leves a mal os meus reparos!
Caso contrário estamos a analisar o valor do produto versus valor do dinheiro, sendo que o que queremos analisar na realidade é o valor do produto.
Isso implica corrigir as linhas de suporte e resistência, os canais, etc... ou então corrigir a cotação directamente, que é mais fácil.
Mas se calhar estou errado...
Por outro lado como a análise técnica funciona também em grande parte num regime "self-fullfiling profecy", ou seja, funciona porque muitos actores no mercado a usam (isto é a minha opinião discutivel) é bom fazê-la usando os métodos comuns, mesmo que não sejam os métodos rigorosos.
Mas isto é uma discussão mais filosófica do que factual, por isso não leves a mal os meus reparos!
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Obrigado pelas vossas respostas. Tenho o maior prazer em esclarecer.
A situação é a seguinte: eu escrevo normalmente daquilo que sei um bocadinho, acho que é uma atitude de bom senso, mas aceito de bom grado aqueles que põem questões que podem parecer bizarras, pois da discussão é que nasce a luz. Em primeiro lugar, caro rnbc, quando negociamos um activo qualquer, não estamos a pensar em inflacionar ou deflacionar preços. Não, nós negociamos os preços que o mercado efectua e comparamo-los com os do passado quer sejam os do dia anterior, de há um ano, dez ou cem anos. Nuinguém que eu saiba ou tenha tido conhecimento alguma vez analisou um activo alterando os seus preços passados por motivos da inflação, tal como não se mexem mos suportes nem nas resistências.
Sinceramente, este aspecto é uma das traves mestras da análise técnica.
Portanto, assentemos nisto: quem negoceia o Ouro ou o Dow ou o Dax, qualquer activo, quer negociar e analisar os preços que se efectuaram e ai de quem lhes mexe porque estraga tudo e lá se vai a análise técnica, o trade e o eventual lucro, tudo directamente para o cano, como é evidente.
Outra coisa é dizer que, por exemplo, o máximo feito em 1980 pelo Ouro de 877 dólares corresponderia hoje, se aplicássemos a taxa de inflação anual, a mais de 2000 dólares. Isto é um mero exercício, que nos permite dizer que potencialmente o Ouro terá capacidade para subir bsatante no médio/longo prazo. Mas é uma análise lateral, eventualmente importante, que nada tem com análise técnica.
A situação é perfeitamente semelhante a termos os máximos que conhecemos do DOW, Nasdaq, S&P, DAX, etc etc que no final dos anos 90 chegaram a valores muito mais elevados do que hoje. Obviamente, não nos passa pela cabeça fazer uma análise daqueles índices com base na inflação.
O Ouro teve um Bear Market violento e prolongado desde 1981 até 2001, altura em que a sua cotação chegou a cerca de 250 dólares, mas a partir desta data está num bull Market muito forte, em que a correcção actual é competamente normal e até necessária. Se tivesses, caro rnbc, comprado futuros ou opções do Ouro ou acções de empresas que extraem e produzem ouro terias tido lucros com facilidade de mais de 300%, isto para falar em termos médios e sem exagerar.
A tua conclusão do valor do ouro não tem assim nada de técnico. Claro que se refere aos que compraram no pico e venderam no mínimo. É evidente que os traders profissionais venderam a seguir aos máximos ou, ainda melhor, trocaram por posições curtas, estás a ver o lucro que devem ter tido. Evidentemenet, como naquele caso se tratou de uma bolha, o público investidor normal (mais de 95% do total)que não sabe muito bem ou não sabe mesmo nada o que anda a fazer,esse foi na onda e se vendeu foi já cá em baixo, sempre à espera que o Ouro voltasse a novos máximo.
É a história do costume.
Em relação ao resto do que referiste, há muito a dizer mas só terei o trabalho de continuar esta agradável conversa se estivermos sintonizados nestes aspectos que são básicos.
Discutir os fundamentais do Ouro é extraordinariamente interessante e é uma discussão que eu gostarei de fazer. Mas agora trata-se de uma análise técnica do Ouro.
Caro ricardotugas,
Tem razão naquilo que diz. Em relação a sites, acho melhor complementar com um trabalho de busca mais alargado. Entre muitos outros, há dois sites que eu leio sempre : www.gold-eagle.com e www.kitco.com
Caro PedroCGD,
Naão sei a que produto se refere, mas presumo que o comprou na altura em que o Ouro cotava a 700 dólares. Já devia ter vendido, mas agora de acordo com as suas possibilidades e estratégia, pode aguardar e comprar mais a preçops mais baixos, pois o Ouro está em correcção mas nunca se sabe: a qualquer momento pode fazer mínimos e começar a subir. Claro que este processo pode levar algum tempo ainda. Tem de ponderar bem o que fazer.
Cumprimentos
Comentador
A situação é a seguinte: eu escrevo normalmente daquilo que sei um bocadinho, acho que é uma atitude de bom senso, mas aceito de bom grado aqueles que põem questões que podem parecer bizarras, pois da discussão é que nasce a luz. Em primeiro lugar, caro rnbc, quando negociamos um activo qualquer, não estamos a pensar em inflacionar ou deflacionar preços. Não, nós negociamos os preços que o mercado efectua e comparamo-los com os do passado quer sejam os do dia anterior, de há um ano, dez ou cem anos. Nuinguém que eu saiba ou tenha tido conhecimento alguma vez analisou um activo alterando os seus preços passados por motivos da inflação, tal como não se mexem mos suportes nem nas resistências.
Sinceramente, este aspecto é uma das traves mestras da análise técnica.
Portanto, assentemos nisto: quem negoceia o Ouro ou o Dow ou o Dax, qualquer activo, quer negociar e analisar os preços que se efectuaram e ai de quem lhes mexe porque estraga tudo e lá se vai a análise técnica, o trade e o eventual lucro, tudo directamente para o cano, como é evidente.
Outra coisa é dizer que, por exemplo, o máximo feito em 1980 pelo Ouro de 877 dólares corresponderia hoje, se aplicássemos a taxa de inflação anual, a mais de 2000 dólares. Isto é um mero exercício, que nos permite dizer que potencialmente o Ouro terá capacidade para subir bsatante no médio/longo prazo. Mas é uma análise lateral, eventualmente importante, que nada tem com análise técnica.
A situação é perfeitamente semelhante a termos os máximos que conhecemos do DOW, Nasdaq, S&P, DAX, etc etc que no final dos anos 90 chegaram a valores muito mais elevados do que hoje. Obviamente, não nos passa pela cabeça fazer uma análise daqueles índices com base na inflação.
O Ouro teve um Bear Market violento e prolongado desde 1981 até 2001, altura em que a sua cotação chegou a cerca de 250 dólares, mas a partir desta data está num bull Market muito forte, em que a correcção actual é competamente normal e até necessária. Se tivesses, caro rnbc, comprado futuros ou opções do Ouro ou acções de empresas que extraem e produzem ouro terias tido lucros com facilidade de mais de 300%, isto para falar em termos médios e sem exagerar.
A tua conclusão do valor do ouro não tem assim nada de técnico. Claro que se refere aos que compraram no pico e venderam no mínimo. É evidente que os traders profissionais venderam a seguir aos máximos ou, ainda melhor, trocaram por posições curtas, estás a ver o lucro que devem ter tido. Evidentemenet, como naquele caso se tratou de uma bolha, o público investidor normal (mais de 95% do total)que não sabe muito bem ou não sabe mesmo nada o que anda a fazer,esse foi na onda e se vendeu foi já cá em baixo, sempre à espera que o Ouro voltasse a novos máximo.
É a história do costume.
Em relação ao resto do que referiste, há muito a dizer mas só terei o trabalho de continuar esta agradável conversa se estivermos sintonizados nestes aspectos que são básicos.
Discutir os fundamentais do Ouro é extraordinariamente interessante e é uma discussão que eu gostarei de fazer. Mas agora trata-se de uma análise técnica do Ouro.
Caro ricardotugas,
Tem razão naquilo que diz. Em relação a sites, acho melhor complementar com um trabalho de busca mais alargado. Entre muitos outros, há dois sites que eu leio sempre : www.gold-eagle.com e www.kitco.com
Caro PedroCGD,
Naão sei a que produto se refere, mas presumo que o comprou na altura em que o Ouro cotava a 700 dólares. Já devia ter vendido, mas agora de acordo com as suas possibilidades e estratégia, pode aguardar e comprar mais a preçops mais baixos, pois o Ouro está em correcção mas nunca se sabe: a qualquer momento pode fazer mínimos e começar a subir. Claro que este processo pode levar algum tempo ainda. Tem de ponderar bem o que fazer.
Cumprimentos
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Site sobre o ouro
Para quem quiser analizar o mercado do ouro terá de consultar este site: http://www.clubeinvest.com/absolut/show_gold.php
Ali encontra também uns links para os principais sites em todo o mundo do ouro.
Estou de acordo com o colega comentador, podendo ser este mercado bom para aquisições quando está em baixa acentuada para posições longas.
Cumprimentos
Ali encontra também uns links para os principais sites em todo o mundo do ouro.
Estou de acordo com o colega comentador, podendo ser este mercado bom para aquisições quando está em baixa acentuada para posições longas.
Cumprimentos
A análise parece-me boa em termos comparativos, com algumas importantes ressalvas que podem ou não ser relevantes:
No teu universo não existe uma coisa chamada "inflação"? Sou eu que estou alucinado ou as resistências/suportes devem ser corrigidas com base nesse factor, no minimo?
Para não falar noutros factores que parecem relevantes no caso do ouro, como sejam:
- Actividade económica global versus quantidade de ouro existente.
- Capital total disponível para investimento e aforro vs quantidade de ouro existente.
- Desvio do mercado de consumo para a India e China (embora isso me parece pouco relevante).
- etc...
O ouro a $600 em 1980 é muito mais caro do que agora!
Contanto com esses factores constata-se, por exemplo, que investir em ouro a longo prazo é ruinoso: o valor degrada-se acentuadamente visto que o mercado vai perdendo o interesse ao longo das eras, aparentemente...
No teu universo não existe uma coisa chamada "inflação"? Sou eu que estou alucinado ou as resistências/suportes devem ser corrigidas com base nesse factor, no minimo?
Para não falar noutros factores que parecem relevantes no caso do ouro, como sejam:
- Actividade económica global versus quantidade de ouro existente.
- Capital total disponível para investimento e aforro vs quantidade de ouro existente.
- Desvio do mercado de consumo para a India e China (embora isso me parece pouco relevante).
- etc...
O ouro a $600 em 1980 é muito mais caro do que agora!
Contanto com esses factores constata-se, por exemplo, que investir em ouro a longo prazo é ruinoso: o valor degrada-se acentuadamente visto que o mercado vai perdendo o interesse ao longo das eras, aparentemente...
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Ouro – onde estão as referências?
O movimento dos preços do Ouro reflecte uma realidade importante e para a compreender temos necessariamente de voltar a 1980!
Com efeito, quando no passado mês de Abril, o Ouro quebrou a resistência dos 612, esse valor era nem mais nem menos do que uma densa zona de suporte/resistência que vigorou durante todo o ano de 1980. Vejam bem que, acima de 550, o Ouro não tem qualquer referência entre 1981 e 2006.
Depois de novo máximo de 730 conseguido em Maio passado, eis que voltamos de novo a este valor decisivo de 612. Todo o movimento de hoje andou à volta dele, primeiro tentando quebrá-lo, depois conseguindo e, a seguir, voltando outra vez um pouco para cima, dando ideia que não perde muito pela demora.
Arranjei o gráfico do Ouro que podem ver abaixo, onde se podem ver com clareza coisas muito importantes. Estão ali muito valores fulcrais, é um mundo que parece, em parte, bastante conhecido. É como um guia para os tempos que correm. E, embora nada seja certo nos mercados, parece vir aí a altura em que os 612 vão – só por uma temporada, espera-se – desaparecer do horizonte, partindo-se em perseguição do próximo alvo – os 575 e o seu intrincado novelo de suportes de apoio até aos 560.
Parece uma brincadeira de números, mas não é. A luta desta tarde minuto a minuto nas cotações spot do Ouro, mostram bem que existem mão fortes dos dois lados e que a disputa é muito dura. Mas no fim percebe-se que, tal como nas batalhas reais, os vencidos (nesta fase) lá conseguem reduzir um pouco a expressão da derrota, obtendo alguns pontos perto do final à custa do levantar da guarda dos vencedores.
Cumprimentos,
Comentador
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Com efeito, quando no passado mês de Abril, o Ouro quebrou a resistência dos 612, esse valor era nem mais nem menos do que uma densa zona de suporte/resistência que vigorou durante todo o ano de 1980. Vejam bem que, acima de 550, o Ouro não tem qualquer referência entre 1981 e 2006.
Depois de novo máximo de 730 conseguido em Maio passado, eis que voltamos de novo a este valor decisivo de 612. Todo o movimento de hoje andou à volta dele, primeiro tentando quebrá-lo, depois conseguindo e, a seguir, voltando outra vez um pouco para cima, dando ideia que não perde muito pela demora.
Arranjei o gráfico do Ouro que podem ver abaixo, onde se podem ver com clareza coisas muito importantes. Estão ali muito valores fulcrais, é um mundo que parece, em parte, bastante conhecido. É como um guia para os tempos que correm. E, embora nada seja certo nos mercados, parece vir aí a altura em que os 612 vão – só por uma temporada, espera-se – desaparecer do horizonte, partindo-se em perseguição do próximo alvo – os 575 e o seu intrincado novelo de suportes de apoio até aos 560.
Parece uma brincadeira de números, mas não é. A luta desta tarde minuto a minuto nas cotações spot do Ouro, mostram bem que existem mão fortes dos dois lados e que a disputa é muito dura. Mas no fim percebe-se que, tal como nas batalhas reais, os vencidos (nesta fase) lá conseguem reduzir um pouco a expressão da derrota, obtendo alguns pontos perto do final à custa do levantar da guarda dos vencedores.
Cumprimentos,
Comentador
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