Caldeirão da Bolsa

Quanto diminuiria o defice se o numero de deputados

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por valves » 12/6/2006 22:19

:wink: não é o teu caso mas existe em Portugal a tendencia de se colocar a industria um pouco para trás afinal somos e seremos cada vez mais um país de serviços mas a minha experiencia é ( Distribuição propriamente dita e banca á parte ) na pequena industria anda-se mais apertado as margens são mais baixas e a luta pela sobrevivencia é mais visivel logo normalmente tem que se dar mais o litro ...
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por pedras11 » 12/6/2006 22:08

Valves a minha afirmação vem na sequência de alguém que me pede para não ter um discurso oco, quando esse alguém lamenta a forma como exerce a sua profissão. Fiz esse discurso com ironia, uma vez que adoro ser produtivo e ter responsabilidades, e nada como sermos patrões de nós próprios. Não estou bem mudo, não podemos é andar a passar a vida com lamentações....
"O desprezo pelo dinheiro é frequente, sobretudo naqueles que não o possuem"

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por valves » 12/6/2006 21:56

Arocha pedes para eu não ter um discurso oco, e aí dou-te razão. Eh pá nem imaginas o que é ser empresário em nome individual em Portugal, não é como nos anos 90, levanto-me muito cedo todos os dias, se estiver doente é igual, 500€ mês de gasóleo, dos quais metade em impostos, tanto ganho 10 como 1000, não é certo o que vou ganhar, nem imaginas o que é lidar com fornecedores, fará clientes . Se me atraso num cliente importante, não perco dois periodos, mas umas boas massas, não tenho 14 meses de salário, emprego garantido... é stressante. Acredita que é...


Sendo os deputados o bode expiatorio da nação :mrgreen: é porque não conheces grandes empresas como a PT onde há departamentos que são autenticos Sovietes onde há um tipo que abra a correspondencia outro que arquiva a correspondencia um terceiro que verifica o que os outros dois estão a fazer etc etc seja a Sonae ou outra empresa qualquer a tomar conta vais ver a volta que aquilo vai dar e se pensarmos bem até para os proprios trabalhadores vai ser melhor ... na pequena empresa que neste momento estou a gerir havias de ver o que é trabalhar tudo dá o litro desde quem faz o orçamento das obras até quem as faz.
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........................

por AC » 12/6/2006 7:34

Incognitus Escreveu:Isso são é contas extremamente irrelevantes, ainda que moralmente as ditas reformas sejam muito reprováveis, e pudéssemos alegremente viver com menos deputados.

Pelo contrário, ao focarem-se sistematicamente as atenções em deputados, abusos, políticos, etc, está-se a esquecer o essencial, que é:

1) Uma máquina do Estado extremamente pesada em número de pessoas e extremamente ineficiente em termos de rácios internacionais por função (educação, saúde, justiça, etc);

2) Várias categorias extremamente numerosas excessivamente bem pagas em final de carreira e reforma (novamente educação, saúde, justiça ...).

Sem desprimor para os inúmeros abusos dos políticos nos mais variados casos, os tachos, as aberrações dos deputados e do Banco de Portugal, etc ... Importa entender ONDE está o verdadeiro problema.


A Verdade, verdadinha foi aqui descrita pelo Incognitus, no entanto gostaria de salientar que o nº deputados em Portugal é um exagero..... :mrgreen:

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por arocha » 11/6/2006 20:44

Esclareço que me refiro aos dos 3º Ciclo/Secundário. Igualmente aos do 2º Ciclo também se aplica (mas é uma realidade que não conheço).
Quanto aos outros níveis de ensino, bom.....não me pronuncio por desconhecer.
 
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por DOW » 11/6/2006 17:39

arocha Escreveu:Sem querer ser indelicado o caro Dow tem por hábito fazer muitas observações inteligentes, é a sua regra. Esta foi excepção. Julgo eu que em substãncia, daria para entender o que pretendi referir com o péssimo, exemplo - da água, da luz , do banco - que dei.


arocha, fiz esta observação, assim em tom de brincadeira, mas é o que eu observo com as professoras primárias do meu sobrinho, e que como digo, faltam 90% das vezes á Sexta-Feira ou então fazendo a ponte com um feriado.
Até pode não servir de exemplo, mas foi aquilo que observei até hoje de uma experiência pessoal, o que nem tem qualquer valor, já que não possuo dados estatisticos sobre o assunto.


arocha Escreveu:Também não vai querer que lhe dê exemplos de como se ausentam, temporariamente, do banco, do escritório, da companhia de seguros, da agência de viagens, do balcão da loja, etc....


Os exemplos que referiu são de vários sectores privados da nossa economia onde cabe aos patrões tomar medidas para minimizar os prejuizos dessas faltas.
Mas quando toca ao setor publico, onde os trabalhadores são pagos com os nossos impostos, aí cabe-nos a nós criticar.

arocha Escreveu:Mas digo-lhe, pessoalmente e apresento-lhe um número tão invarável da pessoas que o caro forense ficaria "pasmado" de como se (não) trabalha neste país. Se calhão também é um deles.


Aqui esteve mal caro arocha, posso dizer-lhe que não é o meu caso de certeza, porque se não faço eu o serviço ao qual fui destinado ninguém o faz por mim, prejudicando-me a mim e á empresa, por isso sou o primeiro a evitar faltar. :wink:

Abraço.
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por arocha » 11/6/2006 15:34

Também não vai querer que lhe dê exemplos de como se ausentam, temporariamente, do banco, do escritório, da companhia de seguros, da agência de viagens, do balcão da loja, etc....Mas digo-lhe, pessoalmente e apresento-lhe um número tão invarável da pessoas que o caro forense ficaria "pasmado" de como se (não) trabalha neste país. Se calhão também é um deles.
 
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por arocha » 11/6/2006 15:30

Dada a facilidade dos pagamentos automáticos esse foi um dos exemplos impraticáveis hoje em dia. Acredite não existe disso nas nossas escolas. O exemplo foi péssimo. A culpa é minha. Todas as ausências que o carissimo forense, por vezes, tem do seu serviço, os professores também (telefonema do filho que está doente na escola e tem que ir para casa dos avós). Essa hora ou 1,5 ou mesmo 2 de ausência o professor que registar a falta. Não tem hipótese de não ficar registada.
Sem querer ser indelicado o caro Dow tem por hábito fazer muitas observações inteligentes, é a sua regra. Esta foi excepção. Julgo eu que em substãncia, daria para entender o que pretendi referir com o péssimo, exemplo - da água, da luz , do banco - que dei. Só pretendi referir que as faltas, por mais pequenas e comezinhas que sejam, ficam registadas. Dos outros profissionais, quer públicos quer privados, não. Só uma excepção as do sector produtivo. As fábricas fazem, igualmente o registo das horas dos seus operários.
 
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por Keyser Soze » 11/6/2006 14:08

Magister dixit

Imagine que uma empresa de serviços – uma oficina mecânica, por exemplo - comunica aos seus empregados que na avaliação de cada um também passará a ser levada em conta a apreciação dos clientes.

O representante sindical da categoria reage imediatamente: “Inaceitável! O trabalho que fazemos é muito complexo, os clientes não têm a menor competência para avaliar se está bem feito ou não. Além disso, é intolerável que a opinião de meros clientes possa afectar a nossa progressão na carreira”.

Não foram estas, mas parecidíssimas, as palavras com que o representante dos professores rechaçou ontem a proposta da Ministra da Educação de que na avaliação dos educadores seja considerada a apreciação dos pais. É claro que ele não usou a palavra “cliente” – não faz parte do seu vocabulário, nem lhe terá alguma vez ocorrido que um pai de aluno é mesmo isso: o cliente. Ou seja, aquele que paga, e que ao fim do dia leva o produto que pagou, bom ou mau, de volta para casa.

in http://sanguesuoreideias.blogspot.com/2 ... l#comments
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por DOW » 11/6/2006 14:07

arocha Escreveu:Só que é mais fácil "malhar" nos profs e no absentisnmo deles. Porquê? Fácil: 5 minutos de atraso tem falta de 2 tempos (agora só um tempo). Nas empresas e noutros serviços públicos, a desculpa ou a flexibilidade no horário permite compensar. Saída urgente por qualquer motivo, desde ir ao banco a casa fechar a água etc. o prof. tem de ter falta. Os outros, eu já venho, é só um saltinho. Etc...etc...etc...Ena pá vocês não imaginam o que é ser prof agora


O engraçado é que 90% das vezes que os professores decidem ir pagar a água, a luz ou ir ao Banco, como diz, é a Sexta ou Segunda-Feira ou no meio de um feriado... :lol:
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por arocha » 11/6/2006 14:03

Lamento o erro. Imperdoável. É o que faz o correr da "pena" sem cuidarmos de reler o texto e colocar as vígulas, os pontos, etc. correspondentes.
Meu caro akoka conheço-o? Tenho muito prazer em lhe emprestar um dos meus trabalhos de investigação, sobretudo este último que terá umas 300 páginas A4 para corrigir, terá que estar pronto em Setembro. Quer-me fazer o favor?
 
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por Keyser Soze » 11/6/2006 14:00

Manchete do Expresso de hoje:

“DEZ MIL professores requereram, entre Janeiro e Outubro do ano passado, juntas médicas a fim de obterem o estatuto de incapacidade para o serviço docente.

Segundo fonte do Ministério da Educação, estão definitivamente afastados da docência 2022 professores declarados oficialmente como incapazes para leccionarem. Em metade destes casos foram diagnosticadas doenças relacionadas com o foro psicológico.

Este número representa o triplo dos docentes que estavam afastados das salas de aulas em 2005 (737) e representam um custo de 70 milhões de euros anuais. Segundo o Ministério, há ainda mais 2900 professores a aguardar decisão médica pelo que não estão a dar aulas. Estes cerca de cinco mil profissionais mantêm o estatuto de docentes e o vínculo com o Estado, comparecendo nas escolas, mas não tendo qualquer turma a cargo.”

A que se deve este aumento súbito de professores que se sentem incapacitados para dar aulas, embora mantenham o estatuto de docentes? Terá a ver com um maior controlo por parte do Ministério da Educação, designadamente quanto ao cumprimento dos horários? Terá a ver com a circunstância de terem sido forçados a regressar às escolas centenas de “sindicalistas”? Terá a ver com os professores que desempenhavam funções não docentes no Ministério (e por essas autarquias fora)? Estaremos em presença de situações com contornos idênticos às que se verificaram com os alunos de Guimarães?

in http://corporacoes.blogspot.com/
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Cuidado com a língua portuguesa

por SC » 11/6/2006 11:30

akoka Escreveu:devería ter muito mais cuidado como a escrita.É que assim se percebe por que razão nestes foruns se vê a lingua portuguesa tão mal tratada.


É muito mais fácil encontrar os erros dos outros do que identificarmos os nossos próprios erros...
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Não resisti...

por Cardoso » 11/6/2006 10:58

Este vício de tentar encontrar erros de digitação no que os outros escrevem é algo que se usa quando os restantes argumentos falham... o curioso é quando se dão erros nessas respostas... (Espero não ter nenhum neste texto... :wink:

Com tantos cursos e diplomas e tendo a responsabilidade de formador de futuros cidadãos, """"quiçã"""" futuros responsáveis pelos destinos deste País, devería ter muito mais cuidado como a escrita[/b]
 
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por akoka » 11/6/2006 9:08

arocha Escreveu: ...agora só à gruas.

Pois é, meu caro Arocha. Com tantos cursos e diplomas e tendo a responsabilidade de formador de futuros cidadãos, quiçã futuros responsáveis pelos destinos deste País, devería ter muito mais cuidado como a escrita.É que assim se percebe por que razão nestes foruns se vê a lingua portuguesa tão mal tratada.
Cumprimentos
Akoka
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por Baco » 11/6/2006 2:10

É difícil defender um a cultura de rigor quando se é dedundante na edição de posts. :oops: :oops: :oops:
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por Baco » 11/6/2006 2:05

Eh catraiada!

Tantos threads e tantos posts e ainda conrtinuam a discutir estas coisas com a emotividade do "eu sou bom e tu és mau".

Eu sei que o resultado do ensino não tem sido muito bom, e vocês sofrem desse efeito, mas façam de conta que todos têm uma instrução que lhes proporcione uma suficiente capacidade de abstracção para discutir os assuntos por si e não pelo exemplo que têm ao lado.

Que discutam que o nosso sistema político não presta e devia ser mudado, é uma discussão que eu entendo e em que eu entro, o mesmo para o nosso sistema de ensino, de saúde e de justiça (deixo de fora os tropas, os chuis e os padrecas que isso é outra conversa).

Eu não quero menos políticos, nem sequer melhores políticos (de um modo geral), quero é um melhor sistema político. Em que a competência seja melhor entendida aos olhos dos cidadãos comuns como eu. Mas também quero (anseio) por melhores cidadãos (como eu) que não continuem a premiar Isaltinos e Fátimas Felgueiras e Queijos Limianos e quejandos.
O mesmo se pode dizer na Saúde, na Educação e na Justiça.

As opções políticas são em relação ao "peso" e "papel" que o Estado deve ter na gestão da "coisa pública" nas áreas onde indiscutivelmente tem responsabilidade no que se passa. O resto, que não deixa de ser importante, tem a ver com a cultura deste país. Queremos uma cultura de rigor, de competência e de responsabilidade? Queremos antes o deixa andar, competência nivelada por baixo e ordenados mínimos?

Não me importava de pagar para ter o dobro dos políticos e a ganharem o dobro, se o sistema e a cultura de responsabilidade me permitissem assacar-lhes responsabilidades como a qualquer outro funcionário público ou privado.
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por Baco » 11/6/2006 2:03

Eh catraiada!

Tantos threads e tantos posts e ainda conrtinuam a discutir estas coisas com a emotividade do "eu sou bom e tu és mau".

Eu sei que o resultado do ensino não tem sido muito bom, e vocês sofrem desse efeito, mas façam de conta que todos têm uma instrução que lhes proporcione uma suficiente capacidade de abstracção para discutir os assuntos por si e não pelo exemplo que têm ao lado.

Que discutam que o nosso sistema político não presta e devia ser mudado, é uma discussão que eu entendo e em que eu entro, o mesmo para o nosso sistema de ensino, de saúde e de justiça (deixo de fora os tropas, os chuis e os padrecas que isso é outra conversa).

Eu não quero menos políticos, nem sequer melhores políticos (de um modo geral), quero é um melhor sistema político. Em que a competência seja melhor entendida aos olhos dos cidadãos comuns como eu. Mas também quero (anseio) por melhores cidadãos (como eu) que não continuem a premiar Isaltinos e Fátimas Felgueiras e Queijos Limianos e quejandos.
O mesmo se pode dizer na Saúde, na Educação e na Justiça.

As opções políticas são em relação ao "peso" e "papel" que o Estado deve ter na gestão da "coisa pública" nas áreas onde indiscutivelmente tem responsabilidade no que se passa. O resto, que não deixa de ser importante, tem a ver com a cultura deste país. Queremos uma cultura de rigor, de competência e de responsabilidade? Queremos antes o deixa andar, competência nivelada por baixo e ordenados mínimos?

Não me importava de pagar para ter o dobro dos políticos e a ganharem o dobro, se o sistema e a cultura de responsabilidade me permitissem assacar-lhes responsabilidades como a qualquer outro funcionário público ou privado.
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por mca » 11/6/2006 2:00

O mercado.
 
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por pedras11 » 11/6/2006 1:34

mca Escreveu:Ò pedras e pq n concorres tu tb?


Uma coisa é eu pensar que o mercado considera a profissão aliciante outra coisa bem diferente é eu ter vontade\vocação para a profissão.
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por mca » 11/6/2006 1:23

Ò pedras e pq n concorres tu tb?
 
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por Dwer » 11/6/2006 0:33

Incognitus Escreveu:Isso são é contas extremamente irrelevantes, ainda que moralmente as ditas reformas sejam muito reprováveis, e pudéssemos alegremente viver com menos deputados.

Pelo contrário, ao focarem-se sistematicamente as atenções em deputados, abusos, políticos, etc, está-se a esquecer o essencial, que é:

1) Uma máquina do Estado extremamente pesada em número de pessoas e extremamente ineficiente em termos de rácios internacionais por função (educação, saúde, justiça, etc);

2) Várias categorias extremamente numerosas excessivamente bem pagas em final de carreira e reforma (novamente educação, saúde, justiça ...).

Sem desprimor para os inúmeros abusos dos políticos nos mais variados casos, os tachos, as aberrações dos deputados e do Banco de Portugal, etc ... Importa entender ONDE está o verdadeiro problema.


Os encargos com pessoal valem +/-15%. O grosso da maquia é gasto com as prestações sociais (pensões, desemprego, rendimento mínimo) e com a saúde e educação (salários dos professores à parte já incluídos nos 15% de encargos com pessoal).
O verdadeiro problema é o estado providência.

O VERDADEIRO problema é que o estado social (o wellfare state) implica crescimento. Crescimento demográfico e económico. Quando um deles falha, ou quando falham ao mesmo tempo, como é o caso em Portugal, o estado providência tende a falir.

Não tem nada de mal nem de demoníaco. Funcionou muito bem, em muitos países, durante muito tempo. Enquanto houve crescimento. Basicamente o baby boom do pós guerra e o crescimento económico que o acompanhou.

Quando os baby boomers começam a reformar-se e o crescimento económico que vigorou durantes as suas vidas, se desvanece, puff... ficamos com um grande embrulho na mão.

Trata-se agora de arranjar alternativas e não de crucificar o estado social. Esse já tem o seu lugar na história e fora da realidade actual. O VERDADEIRO problema é que ainda poucos acordaram para esse facto.

Qua não depende da ideologia. Depende dos números. Do número de trabalhadores e de reformados. Do crescimento do PIB - qualquer coisa abaixo de 5% nao interessa.
Abraço,
Dwer

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por arocha » 10/6/2006 21:49

Ai não imagino. Tudo de bom. Tens que facturar, tens que "bater nas portas", muitas horas perdidas. E, às vezes, para quê? Mais valia ficar em casa, não é?Tudo de bom na tua vida profissional e pessoal.
 
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por pedras11 » 10/6/2006 21:28

Arocha pedes para eu não ter um discurso oco, e aí dou-te razão. Eh pá nem imaginas o que é ser empresário em nome individual em Portugal, não é como nos anos 90, levanto-me muito cedo todos os dias, se estiver doente é igual, 500€ mês de gasóleo, dos quais metade em impostos, tanto ganho 10 como 1000, não é certo o que vou ganhar, nem imaginas o que é lidar com fornecedores, fará clientes :mrgreen: . Se me atraso num cliente importante, não perco dois periodos, mas umas boas massas, não tenho 14 meses de salário, emprego garantido... é stressante. Acredita que é...
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por arocha » 10/6/2006 21:00

Rebata os meus argumentos, não é com um discurso oco, sem qualquer fundamento relativamente aos factos por mim levantados e só esses. Pode escrever o que quiser e quando quiser. É-me completamente indiferente.
 
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