BCP... Returning to previous lows ?
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Boas forenses, desculpem a afirmação, esta tudo com uma leitura cruzada, temos de ler nas entrelinhas afinal ate podem pedir emprestadas acções
p.s. estão tão certos nisto como o condutor na auto estrada que ia em sentido contrario e os outros e que estavam errados.
p.s. estão tão certos nisto como o condutor na auto estrada que ia em sentido contrario e os outros e que estavam errados.
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Subida de hoje do BCP
Quoting Sergio Figueiredo, no JN:
"Primeiro, o esclarecimento prévio. Abel Mateus explicou a deputados e jornalistas presentes que, de tudo o que ali dissesse sobre o sector bancário em Portugal, nada deveria ser inferido relativamente à OPA do BCP ao BPI.
Depois, do nada que disse sobre esta possível fusão em concreto, toda a gente percebeu tudo. Pelo menos, o essencial. Por ele, se vingasse o desejo do presidente da Autoridade da Concorrência, esta OPA não seguia em frente.
Os estados de alma do professor Mateus não são determinantes para o desfecho deste caso. Mas sempre são estados de alma. E, por mais que o negue, o zelador-mor dos consumidores demonstrou há uns meses, em igual comissão parlamentar, uma predisposição bastante diferente na OPA da Sonae à PT.
Então, sem falar da oferta hostil ao BPI, o que disse ele que pode vir a ser relevante para o caso.
Disse que o nível de concentração da banca nacional já é excessivo. Disse não ter a certeza de que existam já práticas de cartelização no sector. Disse estar muito impressionado com as elevadas comissões que os bancos cobram e alertou para a complexidade das políticas de «pricing» no sistema financeiro. Disse ainda que era ao nível do sistema de pagamentos e dos serviços prestados às famílias e PME que tinha mais dúvidas.
Avisou ainda que a decisão final sobre a OPA não dependia da avaliação simplista à óbvia redução de actores de mercado que uma fusão provoca: as barreiras à entrada e a concorrência internacional são, entre outros, critérios a ter em conta.
Disse isto tudo e provocou uma imediata reacção: às acções do BCP aconteceu em escassas horas o que não acontecia há oito dias: subiram. Melhor, dispararam. O que quer dizer que muita gente leu da mesma forma as entrelinhas do professor Mateus e aposta agora no fracasso da OPA e no que isso pode implicar: o BCP anula aumento de capital, despe as roupas de «caçador» e passa a «caça».
É preciso dizer que, ao fazer todas estas considerações sobre os excessos de concentração, Abel Mateus não está a falar de telecomunicações. Nem de outro qualquer sector ao qual, até chegar a este posto, era totalmente alheio.
Pelo contrário, Abel Mateus transitou do Banco de Portugal, esteve anos na administração do supervisor da banca e, como é óbvio, ele sabe perfeitamente do que fala (quando fala de preços altos e pouco transparentes), tal como sabe do que não fala (quando recusa dizer se há práticas de cartelização no sector).
Abel Mateus tem na Autoridade da Concorrência uma visão sobre a regulação do sistema financeiro que no banco central não tinha. É inquestionável, e a história da reestruturação da banca confirma, que o Banco de Portugal tem sido permeável às pressões dos bancos. Tomando, assim, decisões sistematicamente enviesadas, em prejuízo do interesse geral.
Não é ilegítimo, nem obscuro. É obviamente questionável, mas há doutrina sobre esta política de regulação mais abrangente, desenvolvida por Damien Neven e Hendrik-Roller, que mede o interesse colectivo pela soma dos ganhos de produtores e consumidores. A OPA do BCP está na linha dos «campeões nacionais» e tem nesta «escola» um porto de abrigo.
Mateus, na Autoridade, transformou o interesse do consumidor num valor absoluto. E não parece estar disposto a abrir uma excepção no sistema financeiro. Um sector estratégico, mas não sagrado."
CONCLUO: A OPA DO BCP SOBRE O BPI TERÁ QUE SER CONDICIONADA A GRANDES 'REMÉDIOS', QUE SÓ PODEM TORNAR A MESMA INVIÁVEL OU SUJEITA A UMA SEVERA MUDANÇA DE PREÇO (MT INFERIOR A €5,70). O DR. MATEUS, DEPOIS DO QUE DISSE, NÃO TEM CONDIÇÕES PARA APROVAR NADA DE PARECIDO COM UMA SIMPLES FUSÃO, SEM PERDER TOTALMENTE A CREDIBILIDADE.
SORTE PARA OS ACCIONISTAS DO BCP, MAS O PROBLEMA DO BANCO - A VISÃO INDIVIDUALISTA DA ADMINISTRAÇÃO - MANTÉM-SE. ATÉ QUANDO ?
"Primeiro, o esclarecimento prévio. Abel Mateus explicou a deputados e jornalistas presentes que, de tudo o que ali dissesse sobre o sector bancário em Portugal, nada deveria ser inferido relativamente à OPA do BCP ao BPI.
Depois, do nada que disse sobre esta possível fusão em concreto, toda a gente percebeu tudo. Pelo menos, o essencial. Por ele, se vingasse o desejo do presidente da Autoridade da Concorrência, esta OPA não seguia em frente.
Os estados de alma do professor Mateus não são determinantes para o desfecho deste caso. Mas sempre são estados de alma. E, por mais que o negue, o zelador-mor dos consumidores demonstrou há uns meses, em igual comissão parlamentar, uma predisposição bastante diferente na OPA da Sonae à PT.
Então, sem falar da oferta hostil ao BPI, o que disse ele que pode vir a ser relevante para o caso.
Disse que o nível de concentração da banca nacional já é excessivo. Disse não ter a certeza de que existam já práticas de cartelização no sector. Disse estar muito impressionado com as elevadas comissões que os bancos cobram e alertou para a complexidade das políticas de «pricing» no sistema financeiro. Disse ainda que era ao nível do sistema de pagamentos e dos serviços prestados às famílias e PME que tinha mais dúvidas.
Avisou ainda que a decisão final sobre a OPA não dependia da avaliação simplista à óbvia redução de actores de mercado que uma fusão provoca: as barreiras à entrada e a concorrência internacional são, entre outros, critérios a ter em conta.
Disse isto tudo e provocou uma imediata reacção: às acções do BCP aconteceu em escassas horas o que não acontecia há oito dias: subiram. Melhor, dispararam. O que quer dizer que muita gente leu da mesma forma as entrelinhas do professor Mateus e aposta agora no fracasso da OPA e no que isso pode implicar: o BCP anula aumento de capital, despe as roupas de «caçador» e passa a «caça».
É preciso dizer que, ao fazer todas estas considerações sobre os excessos de concentração, Abel Mateus não está a falar de telecomunicações. Nem de outro qualquer sector ao qual, até chegar a este posto, era totalmente alheio.
Pelo contrário, Abel Mateus transitou do Banco de Portugal, esteve anos na administração do supervisor da banca e, como é óbvio, ele sabe perfeitamente do que fala (quando fala de preços altos e pouco transparentes), tal como sabe do que não fala (quando recusa dizer se há práticas de cartelização no sector).
Abel Mateus tem na Autoridade da Concorrência uma visão sobre a regulação do sistema financeiro que no banco central não tinha. É inquestionável, e a história da reestruturação da banca confirma, que o Banco de Portugal tem sido permeável às pressões dos bancos. Tomando, assim, decisões sistematicamente enviesadas, em prejuízo do interesse geral.
Não é ilegítimo, nem obscuro. É obviamente questionável, mas há doutrina sobre esta política de regulação mais abrangente, desenvolvida por Damien Neven e Hendrik-Roller, que mede o interesse colectivo pela soma dos ganhos de produtores e consumidores. A OPA do BCP está na linha dos «campeões nacionais» e tem nesta «escola» um porto de abrigo.
Mateus, na Autoridade, transformou o interesse do consumidor num valor absoluto. E não parece estar disposto a abrir uma excepção no sistema financeiro. Um sector estratégico, mas não sagrado."
CONCLUO: A OPA DO BCP SOBRE O BPI TERÁ QUE SER CONDICIONADA A GRANDES 'REMÉDIOS', QUE SÓ PODEM TORNAR A MESMA INVIÁVEL OU SUJEITA A UMA SEVERA MUDANÇA DE PREÇO (MT INFERIOR A €5,70). O DR. MATEUS, DEPOIS DO QUE DISSE, NÃO TEM CONDIÇÕES PARA APROVAR NADA DE PARECIDO COM UMA SIMPLES FUSÃO, SEM PERDER TOTALMENTE A CREDIBILIDADE.
SORTE PARA OS ACCIONISTAS DO BCP, MAS O PROBLEMA DO BANCO - A VISÃO INDIVIDUALISTA DA ADMINISTRAÇÃO - MANTÉM-SE. ATÉ QUANDO ?
James Wheat
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James, penso que tecnicamente não há nenhuma conclusão a tirar da sessão de hoje do BCP. A acção parece ter caido sem respirar mas a verdade é que, ao longo da espiral de queda, teve muitos dias de consolidação, conforme podes ver no gráfico que não contém ainda a tímida vela de hoje.
Hugo, bem vindo por estas bandas. Manda um beijinho à Joaninhas
Um abraço,
Ulisses
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Ulisses
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leom Escreveu:penso que devera haver uma consolidação nestes valores depois da subida de ontem acho que é normal.
Sim, em condições normais entenderia. Só que quando andou a descer - perdendo 9% em 5 dias úteis de bolsa (entre os €2,40 e os €2,18) - foi seguido, não consolidou nada, foi quebrando suportes atrás de suportes ! Quando sobe... só um dia ?!? Estranho e questiono como os tecnicistas entenderão este disparidade de comportamentos (?).
James Wheat
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BCP... Returning to previous lows ?
Parece que o comprador de ontem desapareceu.... Huummm... Isto parece mesmo o Banco a pintar a quotação !
Imagino que o Jardim / PTP estavam fartos de receber chamadas dos broncos do nucleo duro do banco, a queixar-se das constantes quedas, e deram instrucções para defender o titulo... no minimo possivel.
Hoje chegou logo cedo a €2,36 e depois perdeu força. Foi pintado, a ver se alguém ia atrás. Não foi... back to €2,27-€2,29 !
Questão: tecnicamente que leitura dão ?
Imagino que o Jardim / PTP estavam fartos de receber chamadas dos broncos do nucleo duro do banco, a queixar-se das constantes quedas, e deram instrucções para defender o titulo... no minimo possivel.
Hoje chegou logo cedo a €2,36 e depois perdeu força. Foi pintado, a ver se alguém ia atrás. Não foi... back to €2,27-€2,29 !
Questão: tecnicamente que leitura dão ?
James Wheat
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