La Caixa estuda alternativas à proposta
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OPA do BPI pode fracassar
Pode não chegar, de facto, a bom porto. Qual a minha tese afinal? Bom, aqui vai a análise aos accionistas de referência: La Caixa e Itau.
La Caixa - Caja de Ahorro com enorme solidez, excelentes níveis de capitalização e excelentes níveis de rendibilidade. Não precisa de liquidez e encara a participação no BPI como uma participação de elevada rendibilidade.
Itau - Banco Brasileiro com excelentes níveis de eficiência, gerido com redes de retalho apetrechadas de tecnologia de ponta (detém a Itautec). É um gigante da América Latina, e a sua presença na Europa está reduzida a Banca de Investimentos, sendo a sua participação no BPI interessante do ponto de vista da sua presença na Ibéria (muito embora num mercado pequeno, o Português).
La Caixa tem uma importante participação no Banco Sabadell, a qual já vem do tempo em que o BCP pretendia controlar aquele Banco, mas sem sucesso. La Caixa e Itau poderão interessar-se por ter no BPI, em conjunto com o Sabadell, um banco muito interessante na Ibéria, o que permitiria a La Caixa passar a ter uma maior abrangência no mercado face aos gigantes espanhóis BSCH e BBVA. Para o Itau pode ser a oportunidade de alargar a sua presença na Ibéria como um mercado com alguma dimensão no contexto europeu.
Nesse sentido, a minha teoria é a seguinte:
1 - La Caixa não vende - o BPI é rendível e eficiente, permite a La Caixa acompanhar os seus Clientes no mercado Português tranquilamente, para além de não precisar de liquidez, pelo que não lhe faz qualquer falta um encaixe de curto prazo, prejudicando um potencial protagonismo ibérico no médio-longo prazo;
2 - Itau não vende, pois não precisa de qualquer encaixe no curto prazo. A participação no BPI pode ser o trampolim para, no médio-longo prazo, alargar a sua presença na Ibéria e Europa.
Tranquilamente, estes dois, sem qualquer necessidades de encaixe de curto prazo, mantêm-se confortáveis com os níveis de eficiência e de rendibilidade do BPI, para além de que o BPI, uma vez opável, poder vir sempre a ter interessantes potenciais de rendibilidade.
Meus amigos, estou convicto de que o BPI será um osso duro de roer. Não é impossível, mas é muito pouco provável.
La Caixa - Caja de Ahorro com enorme solidez, excelentes níveis de capitalização e excelentes níveis de rendibilidade. Não precisa de liquidez e encara a participação no BPI como uma participação de elevada rendibilidade.
Itau - Banco Brasileiro com excelentes níveis de eficiência, gerido com redes de retalho apetrechadas de tecnologia de ponta (detém a Itautec). É um gigante da América Latina, e a sua presença na Europa está reduzida a Banca de Investimentos, sendo a sua participação no BPI interessante do ponto de vista da sua presença na Ibéria (muito embora num mercado pequeno, o Português).
La Caixa tem uma importante participação no Banco Sabadell, a qual já vem do tempo em que o BCP pretendia controlar aquele Banco, mas sem sucesso. La Caixa e Itau poderão interessar-se por ter no BPI, em conjunto com o Sabadell, um banco muito interessante na Ibéria, o que permitiria a La Caixa passar a ter uma maior abrangência no mercado face aos gigantes espanhóis BSCH e BBVA. Para o Itau pode ser a oportunidade de alargar a sua presença na Ibéria como um mercado com alguma dimensão no contexto europeu.
Nesse sentido, a minha teoria é a seguinte:
1 - La Caixa não vende - o BPI é rendível e eficiente, permite a La Caixa acompanhar os seus Clientes no mercado Português tranquilamente, para além de não precisar de liquidez, pelo que não lhe faz qualquer falta um encaixe de curto prazo, prejudicando um potencial protagonismo ibérico no médio-longo prazo;
2 - Itau não vende, pois não precisa de qualquer encaixe no curto prazo. A participação no BPI pode ser o trampolim para, no médio-longo prazo, alargar a sua presença na Ibéria e Europa.
Tranquilamente, estes dois, sem qualquer necessidades de encaixe de curto prazo, mantêm-se confortáveis com os níveis de eficiência e de rendibilidade do BPI, para além de que o BPI, uma vez opável, poder vir sempre a ter interessantes potenciais de rendibilidade.
Meus amigos, estou convicto de que o BPI será um osso duro de roer. Não é impossível, mas é muito pouco provável.
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- Registado: 5/11/2002 1:11
Vieira Escreveu:Pata, a questão aqui é que o problema não é o preço. Ou seja, o BCP até pode aumentar a oferta para os 50 euros, que o nucleo duro accionista do BPI não vende. Estão do lado da Board do banco e não vão atraiçoá-lo pelas costas.
«atraiçoá-lo»? Por favor... até exitiriam maridos e mulheres a correrem-se mutuamente, caso não se atraiçoasem de facto. Mas qual quê?...o preço é tudo e o resto é romanticismo á la portuguese...
O outro dos 60 milhões perdidos no BPI, por razões familiares e cedências ao sobrinho, já levou com o pau nos c... e está a dormir na garagem.Melhor ela tem um bom pretesto para o facto traição e dormir com algum que ganhou no BPI e tem agora dois trocos para comprar rosas vermelhas.
R.Martins
Quem não conhece o «CALDEIRÃO» não conhece este mundo
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- Registado: 5/11/2002 9:23
Pata-Hari Escreveu:Ora se o unico facto é o interesse do BCP e a este preço os accionistas não vendem, seria muito normal que subissem o preço, a parada.
Mas como é que chegaram a essa conclusão, que a estes preços o accionistas não vendem??? já alguma o afirmou publicamente?
Mas se o que o Vieira diz é verdade, nem a 50 euros vendem, faz alguma sentido que as cotações desçam, se a OPA não for para a frente a cotação em bolsa do BPI tende a vir para os valores a que estava antes da OPA, mais coisa menos coisa... é claro que ainda muita coisa deverá acontecer, mas se não acontecer a tendência natural seria essa, sem OPA não há subida de cotações...
Já agora, acho engraçado o mercado não ter ainda colocado a hipotese do BCP aumentar a parada. Ou seja, claro que a hipotese de contra opa é uma que o mercado considera possível. Agora, depois dos accionistas do BPI terem dito que apoiam o BPI, não seria lógico que o passo seguinte seja, no mínimo, o aumento da parada? ora o BPI até caíu hoje. Ou seja, factos só temos um:
- Opa do BCP sobre o BPI - interesse afirmado.
- A contra opa é especulação.
- A opa sobre o BCP por outro banco (que não o BPI) é especulação.
Ora se o unico facto é o interesse do BCP e a este preço os accionistas não vendem, seria muito normal que subissem o preço, a parada. Desistirem não faz sentido, não é? A outra hipotese semi-plasivel é que aparecesse outro banco a tentar ficar com o BPI antes que o BCP o faça. Mais um factor a favor da cotação do BPI. No entanto, a cotação não mexeu do preço oferecido.
Olhem, eu só sei que nada sei
.
- Opa do BCP sobre o BPI - interesse afirmado.
- A contra opa é especulação.
- A opa sobre o BCP por outro banco (que não o BPI) é especulação.
Ora se o unico facto é o interesse do BCP e a este preço os accionistas não vendem, seria muito normal que subissem o preço, a parada. Desistirem não faz sentido, não é? A outra hipotese semi-plasivel é que aparecesse outro banco a tentar ficar com o BPI antes que o BCP o faça. Mais um factor a favor da cotação do BPI. No entanto, a cotação não mexeu do preço oferecido.
Olhem, eu só sei que nada sei
mcarvalho, ninguém sabe muito disto. Nem as cabeças pensadoras das duas estratégias têm a info toda necessária para poderem adivinhar o resultado, quanto mais nós que só podemos conjecturar sobre o que passa na cabeça das administrações dos dois bancos e nas cabeças dos accionistas...
A única coisa de que tenho a certeza é de que nós, como clientes, estamos muito melhor tendo a escolha entre as duas culturas bancárias totalmente diversas. Situações de grande concentração e de pouca escolha nunca foram boas para os consumidores.
A única coisa de que tenho a certeza é de que nós, como clientes, estamos muito melhor tendo a escolha entre as duas culturas bancárias totalmente diversas. Situações de grande concentração e de pouca escolha nunca foram boas para os consumidores.
Olá Pata!!
Tu sabes muito disto... Bpi,,
dá uma ajudinha
bj mcarvalho
dá uma ajudinha
bj mcarvalho
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- Registado: 17/2/2004 1:38
- Localização: PORTO
La Caixa estuda alternativas à proposta
La Caixa estuda alternativas à proposta
Miguel Angel Patino, Expansión
Para o banco espanhol, as mais valias são uma variável que não pode ser ignorada.
O lançamento da OPA do Millennium bcp sobre o BPI apanhou de surpresa a La Caixa, um dos accionistas fundamentais do BPI, com cerca de 16% do banco liderado por Fernando Ulrich. Nos círculos financeiros espanhóis, a convicção era a de que a La Caixa estaria numa posição vendedora, já que, ao preço da OPA, encaixaria cerca de 420 milhões de euros em mais valias.
No entanto, o convite de Paulo Teixeira Pinto para que o banco espanhol se converta num dos accionistas de referência do maior banco português poderão fazer a La Caixa mudar de opinião. Mas a La Caixa não tomará uma decisão apressada sobre esta matéria.
Em qualquer caso, a La Caixa poderia tentar juntar o melhor dos dois mundos: vender parte da sua participação, encaixando uma mais valia, e aceitando trocar algumas das suas acções no BPI por uma posição qualificada, embora de dimensão reduzida, no banco liderado por Paulo Teixeira Pinto.
Este cenário não seria original. Seria apenas uma repetição do que a La Caixa fez em França, onde vendeu a sua filial Caixa Bank France à Boursorama, detida pela Société Générale. Em troca, recebeu 19,9% do grupo francês. Mas recebeu ainda cerca de 109 milhões de euros em “metal”.
De qualquer forma, a operação é vista em Espanha como demasiado grande para que os bancos espanhóis não se envolvam de uma forma ou outra, uma vez que o mercado é visto como uma extensão natural do espanhol. Aliás, as tentativas de crescer deste lado da fronteira são recorrentes, mitigadas apenas por considerações de ordem política, ou seja, a eterna questão da “invasão espanhola”.
Os candidatos a uma reacção são os do costume, como o BBVA à cabeça, sobretudo depois de ter perdido a corrida ao BNL, em Itália. Mas o Banco Popular e o Sabadell também são referidos como estando a acompanhar de muito perto os desenvolvimentos em Portugal. Oficialmente a La Caixa não se pronuncia sobre a operação.
Miguel Angel Patino, Expansión
Para o banco espanhol, as mais valias são uma variável que não pode ser ignorada.
O lançamento da OPA do Millennium bcp sobre o BPI apanhou de surpresa a La Caixa, um dos accionistas fundamentais do BPI, com cerca de 16% do banco liderado por Fernando Ulrich. Nos círculos financeiros espanhóis, a convicção era a de que a La Caixa estaria numa posição vendedora, já que, ao preço da OPA, encaixaria cerca de 420 milhões de euros em mais valias.
No entanto, o convite de Paulo Teixeira Pinto para que o banco espanhol se converta num dos accionistas de referência do maior banco português poderão fazer a La Caixa mudar de opinião. Mas a La Caixa não tomará uma decisão apressada sobre esta matéria.
Em qualquer caso, a La Caixa poderia tentar juntar o melhor dos dois mundos: vender parte da sua participação, encaixando uma mais valia, e aceitando trocar algumas das suas acções no BPI por uma posição qualificada, embora de dimensão reduzida, no banco liderado por Paulo Teixeira Pinto.
Este cenário não seria original. Seria apenas uma repetição do que a La Caixa fez em França, onde vendeu a sua filial Caixa Bank France à Boursorama, detida pela Société Générale. Em troca, recebeu 19,9% do grupo francês. Mas recebeu ainda cerca de 109 milhões de euros em “metal”.
De qualquer forma, a operação é vista em Espanha como demasiado grande para que os bancos espanhóis não se envolvam de uma forma ou outra, uma vez que o mercado é visto como uma extensão natural do espanhol. Aliás, as tentativas de crescer deste lado da fronteira são recorrentes, mitigadas apenas por considerações de ordem política, ou seja, a eterna questão da “invasão espanhola”.
Os candidatos a uma reacção são os do costume, como o BBVA à cabeça, sobretudo depois de ter perdido a corrida ao BNL, em Itália. Mas o Banco Popular e o Sabadell também são referidos como estando a acompanhar de muito perto os desenvolvimentos em Portugal. Oficialmente a La Caixa não se pronuncia sobre a operação.
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