Soanecom poderá reduzir preço da OPA sobre a PT
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Eu penso que o impacto daquilo que o título desta notícia sugestiona seria bastante negativo em termos psicológicos para os pequenos investidores e a Sonae precisa muito deles para o sucesso desta OPA. Por mais ridículos que possam parecer 10 cêntimos e por mais que alguns investidores percebam que esses 10 cêntimos os vão receber a mais na revisão do dividendo, psicologicamente as reacção do estilo "Mais barato ainda? Não vendo!" poderiam suceder-se.
Um abraço,
Ulisses
Um abraço,
Ulisses
Soanecom poderá reduzir preço da OPA sobre a PT
Ajustando ao novo dividendo
Soanecom poderá reduzir preço da OPA sobre a PT
09.03.2006 - 09h27 Rosa Soares, Anabela Campos PÚBLICO
O aumento inesperado, em 23 por cento, do dividendo proposto pela administração da Portugal Telecom (PT) na passada segunda-feira poderá levar a uma revisão em baixa do preço oferecido pela Sonaecom na oferta pública de aquisição (OPA) que lançou sobre a operadora de telecomunicações.
Este cenário colocar-se-á se a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) não obrigar a administração da PT a repor a anterior proposta de dividendo - 0,385 euros por acção - e se o novo valor de retribuição do accionista avançado pela equipa de Horta e Costa - 0,485 euros por título - for aprovado pela assembleia geral (AG).
A redução do preço, a verificar-se, será feita na mesma proporção do aumento do dividendo proposto pela administração da PT - 0,090 cêntimos por acção. Este ajuste não terá consequências financeiras para os accionistas que decidam vender em OPA - se ela vier a ser aprovada pelas autoridades - uma vez que receberão exactamente o mesmo valor global da oferta, que resulta da soma dos 9,5 euros oferecidos mais os 0,385 euros de dividendo que estavam previstos quando a oferta foi lançada. Ou seja, um total de 9,885 euros.
Esta alteração não colide, assim, com as declarações de responsáveis da Sonaecom de que não irão alterar o preço da OPA.
A não haver rectificação da oferta e a manterem-se as condições da OPA, o aumento de 23 por cento no dividendo implicaria a compra, por parte da Sonaecom, de uma empresa desvalorizada em mais de 100 milhões de euros face ao quadro em que a OPA foi lançada.
A solução de ajustar o preço, caso a Sonaecom opte por ela, terá de ser aceite pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) uma vez que há uma alteração das condições da oferta. Entretanto, o PÚBLICO apurou que não deu ainda entrada no regulador qualquer pedido nesse sentido.
O Código de Mercado de Valores Mobiliários prevê que em caso de alterações como esta - a subida do dividendo - o oferente possa propor ao regulador a retirada a OPA. Não obstante, Paulo Azevedo recusou-se ontem a avançar cenários, designadamente sobre se a aprovação de um dividendo superior poderá ou não inviabilizar a OPA por parte do grupo da Maia.
O empresário não quis também comentar a apreciação feita à Sonaecom pelo presidente executivo da PT, Horta e Costa, considerando as suas afirmações "irrelevantes" para esta operação. Mas deixou em aberto a possibilidade de mais tarde ser dada uma resposta sobre essa matéria. Só depois de reafirmar os seis pontos da estratégia da Sonae para a PT - separar e vender uma das redes fixas, oferecer triple play na rede que ficar, fundir as operações móveis, reforçar a internacionalização baseada em operações GSM/3G, ter parcerias internacionais muito claras e manter a liderança da empresa portuguesa e por muito anos - é que deixou escapar uma declaração sobre o conteúdo da resposta de Horta e Costa à OPA: "Não sei com que cara se consegue dizer que nós não temos estratégia para a PT".
CMVM pede relatório de auditores à PT
A CMVM pediu ontem à PT que lhe entregue os relatórios dos auditores da empresa - a Delloite & Touche - para analisar as contas do exercício de 2005 e verificar os pressupostos em que a operadora se apoiou para permitir propor a entrega aos accionistas de uma remuneração de três mil milhões de euros até 2008, caso a OPA da Sonaecom falhe.
O pedido de informação adicional da PT terá ainda em vista analisar as contas da PT, tendo presente que a operadora no último trimestre inverteu o sentido descendente dos resultados, conseguindo apresentar o maior lucro de sempre: 654 milhões de euros. Toda a informação que tem sido prestada nos últimos meses está a ser analisada pelo regulador. Fonte oficial da CMVM adiantou ainda que aguarda o parecer da PT sobre o pedido da Sonaecom para comprar acções da operadora fora de bolsa.
in publico
Soanecom poderá reduzir preço da OPA sobre a PT
09.03.2006 - 09h27 Rosa Soares, Anabela Campos PÚBLICO
O aumento inesperado, em 23 por cento, do dividendo proposto pela administração da Portugal Telecom (PT) na passada segunda-feira poderá levar a uma revisão em baixa do preço oferecido pela Sonaecom na oferta pública de aquisição (OPA) que lançou sobre a operadora de telecomunicações.
Este cenário colocar-se-á se a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) não obrigar a administração da PT a repor a anterior proposta de dividendo - 0,385 euros por acção - e se o novo valor de retribuição do accionista avançado pela equipa de Horta e Costa - 0,485 euros por título - for aprovado pela assembleia geral (AG).
A redução do preço, a verificar-se, será feita na mesma proporção do aumento do dividendo proposto pela administração da PT - 0,090 cêntimos por acção. Este ajuste não terá consequências financeiras para os accionistas que decidam vender em OPA - se ela vier a ser aprovada pelas autoridades - uma vez que receberão exactamente o mesmo valor global da oferta, que resulta da soma dos 9,5 euros oferecidos mais os 0,385 euros de dividendo que estavam previstos quando a oferta foi lançada. Ou seja, um total de 9,885 euros.
Esta alteração não colide, assim, com as declarações de responsáveis da Sonaecom de que não irão alterar o preço da OPA.
A não haver rectificação da oferta e a manterem-se as condições da OPA, o aumento de 23 por cento no dividendo implicaria a compra, por parte da Sonaecom, de uma empresa desvalorizada em mais de 100 milhões de euros face ao quadro em que a OPA foi lançada.
A solução de ajustar o preço, caso a Sonaecom opte por ela, terá de ser aceite pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) uma vez que há uma alteração das condições da oferta. Entretanto, o PÚBLICO apurou que não deu ainda entrada no regulador qualquer pedido nesse sentido.
O Código de Mercado de Valores Mobiliários prevê que em caso de alterações como esta - a subida do dividendo - o oferente possa propor ao regulador a retirada a OPA. Não obstante, Paulo Azevedo recusou-se ontem a avançar cenários, designadamente sobre se a aprovação de um dividendo superior poderá ou não inviabilizar a OPA por parte do grupo da Maia.
O empresário não quis também comentar a apreciação feita à Sonaecom pelo presidente executivo da PT, Horta e Costa, considerando as suas afirmações "irrelevantes" para esta operação. Mas deixou em aberto a possibilidade de mais tarde ser dada uma resposta sobre essa matéria. Só depois de reafirmar os seis pontos da estratégia da Sonae para a PT - separar e vender uma das redes fixas, oferecer triple play na rede que ficar, fundir as operações móveis, reforçar a internacionalização baseada em operações GSM/3G, ter parcerias internacionais muito claras e manter a liderança da empresa portuguesa e por muito anos - é que deixou escapar uma declaração sobre o conteúdo da resposta de Horta e Costa à OPA: "Não sei com que cara se consegue dizer que nós não temos estratégia para a PT".
CMVM pede relatório de auditores à PT
A CMVM pediu ontem à PT que lhe entregue os relatórios dos auditores da empresa - a Delloite & Touche - para analisar as contas do exercício de 2005 e verificar os pressupostos em que a operadora se apoiou para permitir propor a entrega aos accionistas de uma remuneração de três mil milhões de euros até 2008, caso a OPA da Sonaecom falhe.
O pedido de informação adicional da PT terá ainda em vista analisar as contas da PT, tendo presente que a operadora no último trimestre inverteu o sentido descendente dos resultados, conseguindo apresentar o maior lucro de sempre: 654 milhões de euros. Toda a informação que tem sido prestada nos últimos meses está a ser analisada pelo regulador. Fonte oficial da CMVM adiantou ainda que aguarda o parecer da PT sobre o pedido da Sonaecom para comprar acções da operadora fora de bolsa.
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