Como se combate o populismo? "Com eleições", responde Fukuyama

[vieira]

Só falta mesmo os accionistas de referência quererem vender....

[pedras11]

A minha ideia é que a SONAE antes de avançar para esta operação "preparou" tudo muito bem nos bastidores. Governo, AdC e CMVM já deverão saber todos os pormenores da operação e faltam apenas formalidades. Tudo já estará previamente defenido. A única dúvida de momento será mesmo a contra OPA, que pessoalmente não acredito que venha da parte de algum investidor português, por falta de capacidade financeira. Vindo do exterior já sabemos mais ou menos o desfecho. Aguardemos.

[Ulisses Pereira]

Penso que estas declarações de Abel Mateus têm sido pouco referidas e a sua importância é enorme.

Estas declarações abrem a porta a que a OPA seja aceite pela Autoridade da Concorrência, mesmo que se considere que o facto de Optimus e TMN passarem a ser do mesmo grupo possa criar problemas de concorrência. E porquê? Porque a avaliação vai ser feito pelo impacto nos consumidores do total da operação. E se há vários aspectos em que o consumidor sairá beneficiado pelo fim do monopolio da PT (como, por exemplo, na venda de uma das redes fixas), mesmo que saia no caso das operadoras móveis, no total a operação poderá ser considerada positiva para o consumidor.

Um abraço,
Ulisses

[pedras11]

EMPRESAS Publicado 14 Fevereiro 2006 18:37
Abel Mateus
Decisão da Concorrência sobre OPA vai ter em conta redução de preços e melhoria de serviços
A concentração resultante da OPA da Sonae sobre a PT vai ser analisada segundo a lei da concorrência, segundo a qual não pode ser aprovada uma fusão que crie ou reforce a posição dominante no mercado, disse hoje o presidente da Autoridade da Concorrência (AdC). Abel Mateus, que falava aos jornalistas depois de uma audição na comissão parlamentar de Assuntos Económicos, sublinhou que os consumidores podem estar descansados, porque esta operação será analisada no sentido de aumentar a concorrência
Ana Suspiro
asuspiro@mediafin.pt


A concentração resultante da OPA da Sonae sobre a PT vai ser analisada segundo a lei da concorrência, segundo a qual não pode ser aprovada uma fusão que crie ou reforce a posição dominante no mercado, disse hoje o presidente da Autoridade da Concorrência (AdC). Abel Mateus, que falava aos jornalistas depois de uma audição na comissão parlamentar de Assuntos Económicos, sublinhou que os consumidores podem estar descansados, porque esta operação será analisada no sentido de aumentar a concorrência, reduzir os preços finais e melhorar os serviços e o acesso.
Questionado sobre se a junção da TMN e da Optimus, condição da Sonae para avançar com o negócio que vai criar um operador com 63% do mercado, não cria uma posição dominante no mercado dos móveis, Abel Mateus sublinha que a operação tem que ser analisada no seu conjunto e no impacto que tem no mercado global e não apenas em cada uma das suas componentes
Pouco tempo antes, perante os deputados, o presidente da Autoridade da Concorrência referiu a propósito desta análise, que ela vai ter em conta o impacto sobre os preços em cada um dos mercados, resultantes desta operação, em comparação com a situação que existia antes, ou seja, a actual.

Sobre o critério que determina uma posição dominante, o presidente da Autoridade da Concorrência, diz que só pode ser avaliado com base em estudos económicos detalhados e que o critério determinante é se o de apurar se essa concentração fica em situação de poder vir a aumentar substancialmente os preços.

Questionado ainda sobre se concorda com a possibilidade do Governo aprovar uma concentração contra a opinião da AdC, permitida na lei da concorrência, Abel Mateus sublinha que o recurso administrativo para o Governo só é possível nos casos em que a concentração é chumbada. Uma decisão contrária terá de ser fundamentada com base no interesse económico nacional.