Caldeirão da Bolsa

Bolas ainda dizem os nossos pseudo empresário que nós somos

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por valves » 30/12/2005 23:43

Em relação aos baixos salarios dos Portugueses deixo aqui um excerto de um livro que estou a ler " o desafio do capitalismo Global que diz o seguinte :

" os trabalhadores menos qualificados ou indeferenciados de um país que passa para o pelotão da frente são os grandes perdedores dessa mesma sociedade pois passam a estar numa competição impossivel com os trabalhadores das economias que tem a vantagem competitiva assente em mão de obra intensiva e indeferenciada ..."

por exemplo no EUA esses trabalhadores indeferenciadis tiverem desde a decada 70 até hoje ganhos nos salarios reais de zero ou seja practicamente há 30 anos que não passam da estaca zero. Na europa as coisas são diferentes porque se pensou e bem que investir na coesão é poupar em despesas de segurança e tornar as sociedades mais equilibradas e mais justas ... mas a Espanha está a dar esse aumento porque tem criado riqueza nos ultimos anos edm portugal pode não haver essa margem de manobra infelizmente ... agora é evidente que está provado que a necessidade aguça o engenho e portanto um aumento excessivo de comparticipações sociais pode tornar as pessoas subsidio dependentes e com isso criar letargias o excesso de seguranças pode levar a preguiças isto tem que ser gerido com um enorme bom senso ...
Aqui no Caldeirão no Longo Prazo estamos todos ricos ... no longuissimo prazo os nossos filhos estarão ainda mais ricos ...
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por devastador » 30/12/2005 23:32

Não se pode despedir amanhã, dia 31 de Dezembro, 200 mil pessoas!!! Seria péssimo para a nossa economia, para o consumo...
Privatizar tudo!!!O estado também dinamiza a economia!!! As chamadas obras públicas não dinamizam a economia?
Não queiram inventar a roda (como diz o Cavaco).
A Suécia tem um estado que funciona bem, só que os impostos são pesados.
O estado existe e existirá sempre...
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por pedras11 » 30/12/2005 23:13

Devastador, o grande problema é que se isto continuar assim, quando o sistema entrar em falência total os 500 000 num instante passarão a 3 ou 4 milhões. Que está dificil está, vejam bem que nem sequer querem sair da Pt que já é 75% estrangeira. Aí concordo com o Incognitus que só aos tiros.
"O desprezo pelo dinheiro é frequente, sobretudo naqueles que não o possuem"

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por Vic » 30/12/2005 23:10

Incognitus eu acho que por exemplo, nas Finanças o sector de execução fiscal, podia ser privatizado. Ou então haver um vencimento em função do que o funcionario conseguisse recuperar para o Estado.

Quanto ao IRS, acabava de imediato com todas as deduções. Era so colocares o vencimento e descontos para o IRS e Seg. Social e mais nada.
Libertavam-se funcionários e acabavam-se as "espertezas", como por exemplo estares a viver com uma pessoa, com filhos, mas para efeitos de IRS estas divorciado e pagas pensão de alimentos. Assim com esta vigarice, não pagas imposto!!

Bolas e ainda esta gente detida, por roubar um telemovel!!!!, como há dias deu na TV.
 
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por Incognitus » 30/12/2005 23:06

Os funcionários públicos trabalham como trabalha qualquer trabalhador!!! O problema é que numa repartição um simples papel tem que passar por 10 pessoas, quando bastaria passar por um. É necessário sim desburocratizar e informatizar!!!


É por isso que digo que em certa medida não é do interesse dos funcionários públicos que o funcionalismo público funcione. Porque se funcionasse bem, eram linearmente necessárias menos pessoas.
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por Incognitus » 30/12/2005 23:05

Devastador, o sector privado com a presente carga fiscal e burocracia NÃO vai criar emprego. Vai é perde-lo.

Mas de qq forma, se fossemos pela via de privatizar massivamente não era necessário despedir 200000 pessoas de um momento para o outro. O número de pessoas nas áreas privatizadas diminuiria, mas seria de forma gradual.
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Seria lindo...

por devastador » 30/12/2005 23:03

O que seria do país se de um momento para o outro despedissem, por exemplo, 200 mil funcionários públicos!!! Tendo em conta o agregado familiar, 500 mil portugueses em apuros...
Casas para pagar, carros para pagar, os banqueiros a colocarem as mãos na cabeça com o crédito mal parado...Casas a não se venderem, o preço das habitações a cair, empreiteiros falidos...
O CONSUMO a diminuir de forma drástica!!! Lojas a fechar...As pequenas fábricas a produzirem e a não terem quem lhes compra o produto final...Nem para o privado seria bom!!! :(
Não se pode mandar de um dia para o outro 200 mil pessoas para o desemprego :twisted:
É preciso que o sector privado cresça e CRIE EMPREGO (exemplo de Espanha que é pelo menos a 10º potência industrial no mundo).
Assim sendo será possível ir diminuindo, progressivamente, o nº de funcionários públicos.
Os funcionários públicos trabalham como trabalha qualquer trabalhador!!! O problema é que numa repartição um simples papel tem que passar por 10 pessoas, quando bastaria passar por um. É necessário sim desburocratizar e informatizar!!!
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por Incognitus » 30/12/2005 23:01

Vic, o facto de não existirem países com algo que seja privado (nota que nos tribunais seria todo o trabalho administrativo/processual, que tb devia ser simplificado) não é razão para não se fazer.

A ideia seria precisamente fazer melhor, a todos os níveis, do que o que é feito em todo o mundo. Em alguns casos (como a justiça) não deveria ser difícil, pois a totalidade do mundo está atrasado.
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por Incognitus » 30/12/2005 22:59

Alfândegas e Finanças também se afiguram difíceis senão impossíveis de privatizar. Se bem que o sistema de impostos deveria ser hiper-simplificado (por exemplo, dever-se-ia acabar com a presente declaração anual, etc).

A ideia é privatizar tudo aquilo em que seja possível instituir concorrência.
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por Vic » 30/12/2005 22:59

Há algum pais por esse mundo fora onde por exemplo os Tribunais sejam privados???
 
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por Incognitus » 30/12/2005 22:57

Praticamente tudo menos algumas das coisas que referiste como por exemplo as forças de segurança e os juizes (os tribunais são privatizáveis, os juizes não).
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por Vic » 30/12/2005 22:50

Incognitus

O que é privatizavel???
 
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por Incognitus » 30/12/2005 22:48

Vic, continuas a ler coisas diferentes das que escrevo...

A melhor forma (e talvez a única) de aumentar a produtividade do sector público e diminuir-lhe a dimensão, é privatizar massivamente tudo o que seja privatizável
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por Vic » 30/12/2005 22:46

Bem tenho que concordar que é uma ideia revolucionária.

Nem eu, que sou militante do CDS-PP, tenho ideias tão liberais.

Privatizar tudo que é escolas, universidades, hospitais e centros de saude, todas as forças de autoridade, juizes, alfandegas e finanças,etc...

Bolas...
 
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por Incognitus » 30/12/2005 22:39

Vic, se privatizasse-mos tudo não era necessário fazer um estudo para saber quantos terias que cortar. O mercado sozinho determinaria isso.
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por pedras11 » 30/12/2005 22:38

JB05FLOP, já que nestes anos todos não se acabou com essas inércias, tem que se acabar com parte do funcionalismo público. E acreditem que só lá vamos com despedimentos.
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por Incognitus » 30/12/2005 22:37

A melhor forma (e talvez a única) de aumentar a produtividade do sector público e diminuir-lhe a dimensão, é privatizar massivamente tudo o que seja privatizável ainda que se tenham que criar esquemas de "cheque ensino", "cheque cultura", "cheque saúde", "cheque justiça", bem como os correspondentes reguladores (o mais leves possível).

Mas curiosamente, logo que se fale de privatizar os actores do presente sistema que não funciona são frontalmente contra. Embora seja difícil de fazer pior, o argumento seria de que privatizar seria pior ... eheh.
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por Vic » 30/12/2005 22:37

Incognitus

Concordo que o numero talvez seja excessivo, mas quantos???

Ainda não vi nenhum estudo que diga onde cortar.

Voçes sabiam que uma auditoria no Ministerio das Finanças, "descobriu" que faltam 700 funcionários??

Vai dai abriu concurso...
 
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por pedras11 » 30/12/2005 22:34

JB05FLOP, já que nestes anos todos não se acabou com essas inércias, tem que se acabar com parte do funcionalismo público. E acreditem que só lá vamos com despedimentos.
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por Incognitus » 30/12/2005 22:30

Vic, o "Parvo" não me afectou minimamente.

O que me surpreendeu, na realidade, é onde é que tu leste que eu quero que " Juiz, um Professor Universitário, um Medico, um Embaixador, etc a ganhar o salario minimo?"?"?"? "

Parece-me que estás meio cego ou com problemas de leitura para leres isso.

Desculpa lá, mas essa obsessão contra os Func. Publicos é doença!!!!

Como ja disse há bons e maus, quer na publica quer na privada.


A obsessão não é com os funcionários públicos ou sequer com a sua qualidade (aspecto que nem tenho focado).

A obsessão é com o seu NÚMERO e CUSTO. E existem RAZÕES SÓLIDAS para a obsessão, que tenho aqui deixado umas após as outras. O sector público é sustentado pelo sector privado, no entanto o sector público em média ganha mais que o privado. O sector público português em média reforma-se com mais dinheiro que a média de reformas espanholas. Ora, tu queres o quê? Que quem PAGA ISTO, FECHE OS OLHOS?
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por Vic » 30/12/2005 22:27

Incognitus desculpa o insulto de te chamar "parvo", na verdade exagerei.

A Admonistração se possivel, omitir aquela palavra.

Desculpa Incognitus
 
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por Vic » 30/12/2005 22:24

Incognitus desculpa lá mas agora tenho que te chamar parvo com as letras todas.

Então queres um Juiz, um Professor Universitário, um Medico, um Embaixador, etc a ganhar o salario minimo?"?"?"?

Desculpa lá, mas essa obsessão contra os Func. Publicos é doença!!!!

Como ja disse há bons e maus, quer na publica quer na privada.

Bom ano de 2006 para todos
 
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por JB05FLOP » 30/12/2005 22:21

Os funcionário públicos regem-se quase como toda a matéria no universo, pelo princípio da energia mínima, mas isso é natural, é uma lei da física.
O maior problema está nas chefias da dita função pública que geralmente não têm nem competência nem óptica de gestão e que na maioria dos casos são lá colocados ou por interesses políticos ou pessoais sendo incapazes de promover a produtividade.

Penso que seja fácil chegar à função pública cheio de vontade e ideias, e rapidamente se perder nesse marasmo de mediocridade e inércia e de nivelamento por baixo.

O funcionário público é feito da mesma massa que quem trabalha na iniciativa privada, mas lá há quem coordene os esforços para cumprir objectivos. Quem não cumpre sai, por isso é que em Portugal praticamente só funciona o que é privado.

Em relação ao salário mínimo, realmente para a economia não é bom, mas antes dos números e da economia não podemos esquecer que o país é feito de pessoas, e que uma pessoa dificilmente consegue sobreviver com menos que o salário mínimo.
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por Incognitus » 30/12/2005 22:05

Devastador: Sobre os Func. Públicos já muito se discutiu aqui no CB (professores também), como sabemos há pessoas de uma competência extraordinária na administração pública (se me permite disser essencialmente a níveis superiores) mas mudar a imagem perante a opinião pública compete aos mesmos e somente a eles.


Rui, mesmo que os funcionários públicos tivessem boa imagem e fizessem o seu trabalho com uma eficiência notável, AINDA ASSIM, eram excessivos e excessivamente compensados.

Ou seja, o problema já é não só um de qualidade, mas também um de quantidade.

(claro, se o funcionalismo público funcionasse, eram automaticamente necessários menos funcionários públicos. Ou seja, em certa medida NÂO interessa ao funcionalismo público funcionar ...)
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por Incognitus » 30/12/2005 22:00

Se no estado se ganha mais, aconselho aqueles que se sentem prejudicados a virem para o estado...
Não vão porque isso não é verdade!!!


Não vão, porque não conseguem. Todos os concursos têm muitos mais candidatos que colocados.

Quanto aos impostos, os milhões que não são pagos ao estado não são de certeza da responsabilidade dos funcionários públicos!!!


O Problema não está na falta de cobrança de impostos, e sim no peso excessivo do Estado na economia via GASTOS (ou seja, não é falta de receita).

Se não houvesse salário mínimo ainda teríamos certos "empresários" e pagar bem menos do que o valor a que são obrigados.


É verdade, por outro lado a taxa de desemprego seria mais baixa. Ainda assim confesso que não sei se o efeito global seria positivo ou negativo.

Quanto ao salário mínimo criar desemprego, nem merece comentário...Alguém terá de fazer o serviço!!!


Que o salário mínimo cria desemprego, é óbvio. Existem serviços que deixam de ser rentáveis com o salário mínimo, e portanto não são feitos.

Relativamente às reformas, não são só os funcionários públicos que se reformam!!! A reforma média nacional espelha bem a desigualdade social que há em Portugal...


Pois espelha. A reforma fora do Estado é uma FRACÇÃO da reforma dentro do estado. Mas verdade seja dita, não é comparável porque muita gente não descontou (embora na prática no Estado tb não tenham descontado).

O que está aqui em questão é determinada postura em relação ao salário mínimo. O resto já foi analisado e debatido.
Aconselho a leitura de:
http://resistir.info/portugal/portugal_ ... arios.html


Há muito mais coisas em debate que a postura face ao salário mínimo. Para mim a principal é a despesa do Estado, e o facto de os funcionários do Estado em média ganharem mais que os contribuintes que os sustentam, ou seja, o Robin Hood ao contrário.

Debater o salário mínimo é estéril. Por um lado o salário mínimo cria desemprego, por outro eleva alguns salários que ficariam fixados abaixo do mínimo se este não existisse. É impossível (ou pelo menos muito difícil) saber se o efeito global é positivo ou negativo.
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