Caldeirão da Bolsa

Realidade actual (para descontrair)

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por fiódor » 14/11/2005 16:39

Bom retrato..

Espelha bem alguns casos que se vêm regularmente...

Hoje em dia parece que ninguém busca o sucesso, em vez disso preferem procurar as facilidades. O problema de certas pessoas e que actualmente quase são a face de Portugal, é que nivelam os seus objectivos sempre muito por baixo.
A falta de ambição, principalmente na realização pessoal, está a tornar-se uma grave doença. Buscam a subsistência mínima e pouco mais, e esse pouco mais ainda por cima, a maior parte das vezes não passam de inutilidades...
Se calhar se tivessem estas facilidades mediante objectivos atingidos a situação mudava,porque toda a gente sabe que a necessidade aguça o engenho...

Enfim, é só facilidades...

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Fiódor
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Realidade actual (para descontrair)

por fproenca » 14/11/2005 16:11

Isto é exemplo do que se passa no nosso País desde aprovação do rendimento minimo garantido, e não são só os ciganos e africanos os benefeciários :

A versão antiga

A formiga trabalha arduamente, debaixo de um calor arrasador, durante todo o verão, construindo a sua casa e armazenando provisões e mantimentos para aguentar o Inverno. A cigarra pensa que a formiga é uma tola e ri, dança e brinca durante o verão.

Chega o Inverno, e a formiga está confortável e bem alimentada. A cigarra não tem comida nem abrigo e morre.

A versão moderna:

A formiga trabalha arduamente, debaixo de um calor arrasador, durante todo o verão, construindo a sua casa e armazenando provisões e mantimentos para aguentar o Inverno. A cigarra pensa que a formiga é uma tola e ri, dança e brinca durante o verão.

Chega o Inverno, e a enregelada cigarra convoca uma conferência de imprensa para denunciar a situação em que vive, pretendendo saber por que razão é permitido à formiga estar bem aquecida e alimentada enquanto outros sofrem com frio e fome.

RTP, SIC e TVI apresentam-se em força para transmitir imagens da pobre cigarra, completamente transfigurada pelo frio e pela fome, ao mesmo tempo que passam outras imagens da formiga na sua casa bem confortável e com a mesa cheia de boa comida. O país está chocado perante este contraste.
Como é possível, nos dias que correm, uma pobre cigarra sofrer tanto?
Durante dias não se fala de outra coisa.

O 1º Ministro, José Sócrates, aparece num programa especial da RTP com um ar consternadíssimo, repetindo, vezes sem conta, que fará tudo o que está ao seu alcance para ajudar a pobre cigarra, a qual, como toda a gente deverá entender, está a ser vítima da má política dos anteriores governos do PSD.

O Padre Melícias tem-se desenvolvido em esforços para angariar toda a ajuda possível, implementando um peditório, a nível nacional, para que a cigarra possa viver com alguma dignidade. Simultaneamente, a CGD abriu uma conta especial, onde qualquer pessoa pode efectuar um depósito, contribuindo, assim, para mais uma ajuda preciosa.

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa , numa entrevista com a Manuela Moura Guedes, comenta que a formiga enriqueceu à custa da cigarra, resultado de uma gestão danosa do Governo Socialista, que sempre prejudicou os mais necessitados, e apela ao 1º Ministro para que seja criado um aumento significativo do IRS, através de um escalão especial, para fazer com que a formiga pague o valor justo em relação àquilo que ganhou.

Num movimento sem precedentes, Paulo Portas e o irmão Miguel Portas aparecem juntos, abraçados à cigarra, em todas as feiras e mercados. Finalmente, foi criada uma Secretaria de Estado, dependente do Ministério das Finanças, e desenvolvido um programa chamado "Igualdade Económica e Acções Anti-Formiga", com efeitos ao princípio do Verão, o que obrigava a formiga a pagar os novos
impostos com retroactivos. Como a formiga não estava preparada para pagar, a sua casa foi confiscada pelo Governo.

A firma de advogados do Vale e Azevedo, representando a cigarra, apresentou em tribunal um processo contra a formiga, por abuso e fuga aos impostos, tendo a formiga perdido a causa, sem qualquer hipótese de recurso.

A formiga desaparece e ninguém mais lhe põe a vista em cima.

Em todos os canais da televisão, o Presidente da República Jorge Sampaio, com o seu entusiasmo habitual, anuncia que foi feita justiça e que uma nova era de integridade e equidade nasceu em Portugal.

A Lili Caneças, querendo tirar mais umas fotografias, organizou uma grande festa de beneficência, onde estiveram presentes todos os nomes conhecidos da política, artes, moda, teatro, cinema, música, desporto, etc.

Com o dinheiro que ganhou de todos estes movimentos nacionais de solidariedade, bem como da venda de grande parte da comida da formiga, a cigarra vive dias com que nunca sonhou. Grandes festas, jantaradas, casinos, jogo, mais festas e mais jantaradas, oportunistas, más companhias, e o dinheiro desaparece depressa.

A história acaba com as imagens da cigarra a comer o último bocadinho de comida que a formiga tinha armazenado, dentro da casa que agora pertence ao Governo, mas que, por falta de verba para proceder à sua manutenção, encontra-se completamente degradada.

A cigarra, entretanto, foi encontrada morta num beco, resultado de um incidente relacionado com drogas, e a casa, agora abandonada, é utilizada por um bando de delinquentes que vive aterrorizando o que, em tempos, era uma pacífica vizinhança.



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