Caldeirão da Bolsa

Irão

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por costarios » 2/11/2005 15:07

Sim, sim... ainda bem que reparaste. :wink:
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por tava3 » 2/11/2005 14:51

Querias dizer que: a melhor defesa é o ataque.

:wink:
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por costarios » 2/11/2005 10:48

Valves, os israelitas já provaram MUITAS vezes que não precisam e não esperam pelo apoio ou aprovação americana para os seus planos e acções militares.

Os pilotos israelitas são dos melhores do mundo, não possuem um grande exército em número de soldados, mas são todos muito bem equipados e com larga experiência no campo de batalha.

De certeza que uma invasão terrestre do Irão não passa pela cabeça dos israelitas (em termos práticos, como é que tal invasão seria possível se a fronteira do Irão está há 1000 km de distância?), mas ataques "preventivos" são e sempre foram o principal foco das ofensivas israelitas. Para eles, mais do que para qualquer outro governo no mundo, o melhor ataque é a defesa, o que inclui ataques preventivos!
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por valves » 31/10/2005 22:29

Boas noites provavelmente um ataque aéreo apenas envolvendo aviões Israelitas seria um pouco arriscado isto porque a Força aéria Iriana apesar de mais fraca não é de valor desprezivel um ataque terrestre ao Irão apartir de fora parece me bastante utopico o Irão não tem a morfologia do Iraque e sem os EUA Israel levaria na certa por outro lado que que país na Zona estaria disponivel para ajudar Israel a lançar um ataque terrestre ?. A ser feito alguma coisa serão os EUA acho pouco provavel que Israel faça qualquer coisa ...

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por costarios » 31/10/2005 14:41

De certeza que o Alexandre deve ter se expressado mal, afinal, qualquer pessoa sabe que o Médio Oriente é um gigantesco pavio de pólvora pronto a explodir - basta uma pequena faísca.

Israel é pequeno, bastam 3 ou 4 bombas médias para tornar inabitável por séculos todo aquele país, sem falar nas perdas humanas, já que a população israelita está toda concentrada em pequenas e restritas zonas.

Países como o Irão, se tiverem poder para tal, não pensarão 2 vezes em usar uma arma deste tipo. Não pensarão sequer na retaliação que irá se seguir que, com certeza, não será nuclear, afinal, não é interesse de nenhuma potência tornar inabitável uma zona tão rica em petróleo. No máximo algumas pequenas bombas em zonas militares, mas a guerra que se seguiria seria "convencional", o que seria péssimo pois o Irão, com os seus milhões de habitantes, já utilizou por diversas vezes contra o Iraque a táctica de guerra vulgarmente conhecida como "vagas humanas" de soldados.

Se um país não liga a mínima para o seu próprio povo, o que dizer de outros povos? :cry:
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Irao

por Clinico » 31/10/2005 14:08

Meu caro Alexandre7dias, não percebi o seu comentário. "gostava que os EUA não fizessem nada só para ver a força do mal"???? e se fosse ao contrário??
que quer isto dizer?? deixem os iranianos limparem Israel do mapa só por piada??? Tem alguma noção ou conhecimento político do que diz ou isto foi só "boca"??? Tem alguma noção do perigo que representa para a humanidade uma força nuclear nas mãos de fanáticos religiosos?? sabe o que diz a carta das nações unidas?? sabe qual o efeito na região duma explosão atómica e da sua radiação? Por "piada", conhece as profecias de Nostredamus sobre o médio oriente?
Gostava que me ilucidasse sobre o seu comentário pois posso tê-lo compreendido mal.
Abraço
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por alexandre7ias » 31/10/2005 13:25

Quem nos vai safar desta vez? Muito sinceramente(ou não) gostava que os E.U.A não fizessem nada, só para ver um pouco da força do mal.

Imaginem se fosse ao contrario "Irão deve ser apagado do mapa" :evil: :evil:
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por Jameson » 31/10/2005 10:07

http://www.globalsecurity.org/military/ ... trikes.htm

On 08 September 2004 Israeli Prime Minister Ariel Sharon said the international community has not done enough to stop Iran from developing a nuclear weapon and warns that Israel will take its own measures to defend itself. He also said Iranian officials have made it clear they seek the destruction of the Jewish state. Israeli Air Force pilots have been practicing attacks on a scale model of the Bushehr reactor in the Negev Desert.

...

The Israeli Air Force received the first two of 25 F-15I [I for Israel, no Iran] Ra’am (Thunder) aircraft, the Israeli version of the F-15E Strike Eagle, in January 1998, and as of early 2004 had an inventory of 25 aircraft. According to the Israeli Air Force, this aircraft has a range of 4,450 km, which equates to a combat radius of 2,225 km. Deliveries of the F-16I Sufa (Storm) began in early 2004. This heavily modified aircraft, with massive conformal fuel tanks, has a reported combat radius of 2,100 km. Probable strike targets such as Bushehr and Esfahan lie about 1,500 km from Israel.

...

On 21 September 2004 Israel acknowledged that it was buying 500 BLU-109 bunker-buster bombs, which could be used to destroy Iran's nuclear facilities. The bombs, which can penetrate more than 7 feet of reinforced concrete, are part of a $319 million package of air-launched bombs being sold to Israel under America's military aid program.

...

The German magazine Der Spiegel reported in October 2004 that Israel had completed plans for a pre-emptive strike against Iran's nuclear facilities. Der Spiegel reported that a special unit of the Mossad had received order in July 2004 to prepare a detailed plan, which had been delivered to the Israeli Air Force. The source for the report, an IAF pilot, said the plan to take out Iran's nuclear sites was "complex, yet manageable." Israel's plan assumes that Iran has six nuclear sites, all of which would be attacked simultaneously.

...

It would be difficult for Israel to strike at Iran without American knowledge (...) In the eyes of the world, it would generally appear to be a joint US-Israeli enterprise (...) Thus, even if the strike were entirely of American origin, Israel would be implicated...


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Irão

por Jameson » 31/10/2005 9:57

Tendo em conta as últimas afirmações do Presidente do Irão acerca de Israel, começa a fazer sentido considerar a possibilidade de um ataque Israelita ás instalações nucleares do Irão.

Com óbvias implicações nos mercados financeiros internacionais: accções, petróleo, ouro...


Quinta, 27 de Outubro de 2005

Irão quer "apagar" Estado hebraico

A declaração de que "Israel deve ser apagado do mapa", proferida ontem pelo Presidente iraniano, Mahmud Ahmadinejad, levantou vivos protestos da comunidade internacional. EUA e Israel foram mesmo mais longe, garantindo que esta é mais uma prova de que o programa nuclear iraniano tem como objectivo a construção de armas de destruição maciça.

"Como disse o imã [Khomeiny], Israel deve ser apagado do mapa", afirmou, em Teerão, Ahmadinejad numa conferência intitulada "O mundo sem o sionismo", proferida perante quatro mil estudantes radicais. "A nação muçulmana não permitirá que o seu inimigo histórico viva no seu próprio coração", insistiu o ultraconservador líder iraniano, que preconizou a união dos palestinianos até ao "ponto de aniquilação do regime sionista".

A destruição de Israel é um dos pontos da propaganda do regime. A frase ontem proferida surge mesmo regularmente inscrita nos mísseis iranianos. Contudo, há muitos anos que nenhum alto responsável do país a afirmava publicamente. A ruptura das relações com Israel foi um dos primeiros actos diplomáticos da República Islâmica instituída em 1979. "Os dirigentes da nação muçulmana que reconhecerem Israel queimarão nas chamas da cólera do seu próprio povo", acrescentou ontem Ahmadinejad.

Estas declarações, proferidas em pleno debate sobre o programa nuclear iraniano, foram alvo da condenação da comunidade internacional. "As declarações confirmam simplesmente aquilo que dissemos sobre o regime no Irão. Sublinham as nossas inquietações", referiu o porta-voz da Casa Branca, Scott McClellan.

O ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Sylvan Shalom, disse que Teerão representa um perigo "evidente e actual". Tanto os EUA como Israel querem ver o dossier sobre o nuclear iraniano debatido no Conselho de Segurança da ONU. "Quanto mais cedo, melhor", lembrou Shalom, alertando para o "pesadelo" da eventualidade de Teerão possuir armas nucleares. Já o vice-primeiro-ministro israelita, Shimon Peres, apelou à expulsão do Irão da ONU.

França e Alemanha, dois dos três países europeus responsáveis pela negociação com o Irão, condenaram "firmemente" as declarações "inaceitáveis". O ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Philippe Douste-Blazy, convocou o embaixador iraniano em Paris para obter explicações.

"Acho as declarações surpreendentes e graves porque são uma ameaça à paz e à segurança internacionais. A minha esperança é que não passem de mera propaganda, porque senão estamos perante uma crise séria", disse em Lisboa o ministro dos Negócios Estrangeiros português, Freitas do Amaral.



Relembro que não seria a primeira vez que Israel desencadeia um ataque preventivo, para eliminar a capacidade nuclear de um pais, que Israel considere como uma ameaça á sua própria existência:


Why did Israel unilaterally attack Iraq in 1981?

On June 7, 1981 Israeli warplanes struck the Osirak nuclear facility near Baghdad. This "unprovoked" action by Israel was a pre-emptive strike to deny Iraq the capability of producing nuclear weapons, weapons Israeli intelligence believed were in the works. Iraqi defenses were taken by surprise and opened fire too late. In one minute and twenty seconds, the reactor lay in ruins. The IAF planes returned to base without losses.

Israeli intelligence had followed the Iraqi military buildup in the late 1970s. Saddam Hussein had assembled an army of 190,000 men organized into 12 divisions, augmented by 2,200 tanks and 450 aircraft. Both the Isreali Labor government of 1974-77 and the Likud government of 1977-81 closely watched and debated what to do about the Osirak reactor then being constructed with considerable French and Italian help.

Labor favored continued diplomatic efforts with the French to head off Iraqi nuclear capability, but Likud under Prime Minister Menachem Begin decided that was too dangerous. The idea of Iraq, or any Arab state, holding nuclear weapons over Israel was intolerable. While estimates of the time left before Iraq would actually have a nuclear weapon ranged from two years to ten years, Begin felt it was too risky to wait because the estimates might be wrong and political developments might make it impossible to strike later. The decision to go ahead was taken and the mission was carried out by nine IAF jets.

Immediately following the raid, Israel announced:

"Under no circumstances will we allow an enemy to develop weapons of mass destruction against our people."

Israel’s preemptive strike against Iraq was heartily condemned in Washington and by the United Nations, although privately most governments, even in the Middle East, were pleased to see the setback to Saddam Hussein's ambition. In 1991, Maj. Gen. David Ivry, commander of the Israeli Air Force at the time of the raid, received a framed satellite reconnaissance photo of the destroyed reactor. The photo was inscribed:

"With thanks and appreciation for the outstanding job you did on the Iraqi nuclear program in 1981, which made our job much easier in Desert Storm!"

The photo was signed by Dick Cheney, then-U.S. Defense Secretary and later Vice President
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