Empresas passam a pagar taxa de contribuição para RTP
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para aquelas pessoas que andam muito preocupadas com a venda da TVI aos espanhóis
(ganda nóia .. ehehe)
Informação nos canais generalistas
Noticiários em queda
Tempo excessivo dos noticiários e alteração dos hábitos sociais afastam espectadores dos canais generalistas.
No País em que a duração dos principais jornais televisivos é superior ao dos seus congéneres europeus, há indícios de que algo está a mudar. Segundo um estudo da Marktest, divulgado em Agosto, a duração total das notícias nos noticiários regulares das quatro estações que emitem em sinal aberto decresceu 12,7% entre Janeiro e Junho. E a respectiva audiência média caiu, no mesmo período, de 822.900 espectadores para 709.400, o que representa uma quebra de 16,2%. Nesta descida, apenas a 2: constitui excepção. Será que os telespectadores se mostram desinteressados da informação televisiva que lhes é servida?
“Já promovi um estudo, que compreendeu mil e tal contactos, em que a maioria dos inquiridos afirmou achar que os noticiários eram excessivamente longos”, afirmou à Correio TV o crítico televisivo Eduardo Cintra Torres. Este especialista chama a atenção para o facto de no estudo da Marktest o mês de maior audiência, Janeiro, ter coincidido com um período particularmente agitado da vida política nacional, subsequente à demissão de Santana Lopes e anterior às eleições legislativas, “durante o qual as pessoas se interessaram extraordinariamente pela situação do País e pela informação.” No entanto, este pico, que marcou o início do período em apreço, não invalida a tendência de baixa registada no primeiro semestre. A excepção aconteceu em Março, mês em que o governo de José Sócrates tomou posse e anunciou as suas primeiras medidas.
Em Portugal, a duração dos blocos noticiosos das 20 horas, incluindo os intervalos, equivale ao dobro – chegando mesmo a ultrapassar em algumas ocasiões – dos noticiários de outros países. É o que se passa com o ‘Telejornal’ (RTP1), cuja emissão raramente é inferior a uma hora, conforme anunciado na respectiva grelha, enquanto o italiano ‘Telegiornale Sera’ (RAI Uno, 20h00), dura apenas meia hora. No Reino Unido, o ‘BBC News at Ten O’Clock’ (22h00), da BBC One, limita-se a 25 minutos de notícias. Estações de outros países difundem noticiários um pouco mais longos, como a francesa France 2 (‘Journal’, 20h00) e a belga La Une, da francófona RTBF (‘Jornal Télévisé’, 19h30), ambos de 45 minutos. Em França, podemos ainda encontrar um espaço de informação com duração de 50 minutos: o ‘Journal de 20 h’ da privada TF1.
No cenário europeu de notícias servidas com alguma economia de tempo, o também privado Channel 4 (Reino Unido) e a pública TVE, da vizinha Espanha, apresentam hábitos semelhantes aos nossos. Com efeito, tanto o ‘Channel 4 News’ (19h00) como o ‘Telediário - 2’ de La Primera (21h00), prolongam-se por 60 minutos. No entanto, nestes casos, uma hora é uma hora. “Habituámo-nos, em Espanha, a cumprir os horários”, afirma Ramon Font, correspondente da TVE em Portugal.
O telespectador sabe que isso não acontece em Portugal. O ‘Jornal Nacional’ da TVI de 23 de Agosto terminou às 21h18, isto é, 18 minutos após a hora anunciada pela estação de Queluz para o início do programa seguinte. A maior parte dos exemplos escolhidos aleatoriamente proporcionam a mesma constatação. No bloco noticioso emitido em 6 de Julho, o pivot Pedro Pinto despediu-se dos telespectadores às 21h29. Bom conhecedor da realidade portuguesa, Ramon Font, que se revela satisfeito com o modelo espanhol, admite que os jornais televisivos portugueses “são, de facto, um pouco longos”. E adverte: “Actualmente, com as alternativas [cabo], não surpreende que se registe uma redução de audiências nos noticiários.”
Deve-se sublinhar que essas alternativas incluem, também, dois canais noticiosos portugueses, a SIC Notícias e a RTPN. E no domingo, 28 de Agosto, o cabo, que tem vindo a aumentar a sua quota de mercado em Portugal, bateu novo recorde: 18,9%. A chamada de atenção é feita por Eduardo Cintra Torres, que aponta outro mal dos noticiários das 20 horas do mês de Agosto: o excessivo tempo de cobertura dos incêndios nas zonas rurais. “Ninguém suporta diariamente meia hora e mais de fogos!”, desabafa.
De facto, num estudo feito pela Marktest, o ‘Telejornal’ (RTP1) cuja audiência média fora de 9,7% entre 1 e 28 de Junho, baixou para 9,1% em igual período de Agosto, mês este em que se verificaram os mais longos tempos noticiosos dedicados a incêndios. O ‘Jornal Nacional’ (TVI) seguiu a mesma tendência, passando de 10,5% para 9,8%. Apenas o ‘Jornal da Noite’ (SIC) escapou a esta baixa, embora o seu aumento seja ligeiro (de 8,7% para 8,8%). Em 22 de Agosto, Ramon Font preparou uma reportagem sobre os incêndios em Portugal, para emitir pela TVE no próprio dia. “Hoje, a TVE trata da situação dos incêndios cobrindo o que se passa na Galiza e em Portugal, apesar de haver outros incêndios noutros locais”, sublinhou.
Em 23 de Agosto, enquanto a RTP1 transmitia um jogo de futebol, a SIC e a TVI dedicaram 27 e 41 minutos, respectivamente, nos seus noticiários das 20h00, aos muitos fogos que nesse dia devastaram vastas áreas entre Melgaço e Tomar. Em Portugal, os repórteres das diferentes estações deslocam-se com frequência de Norte a Sul, transmitindo pormenorizadamente o que se passa. A realidade das emissões televisivas regionais, vigente em Espanha, França e Reino Unido, entre outros países, é desconhecida entre nós. Pelas 18h28, a BBC London News emite diariamente um bloco de 32 minutos e, às 22h25, mais dez minutos de informação destinada ao público da região de Londres. Em Espanha, onde a televisão regional está implantada, assiste-se agora a um outro fenómeno. “Em Barcelona já há dois canais locais, isto é, de bairro”, sublinha Ramon Font. Estas estações, que chegam a difundir para 200 mil pessoas, cobrem a realidade que interessa sobretudo, ou exclusivamente, ao seu público. Desta forma, “a televisão pública agarra todos os dias em dois ou três temas nacionais que são de interesse, trata-os com atenção e não se dispersa”, explica Ramon Font.
Os intervalos que interrompem os blocos noticiosos da RTP1, SIC e TVI são outro problema da informação das 20 horas em Portugal. Nove minutos no ‘Telejornal’ (RTP1) de 30 de Junho, 13 minutos no ‘Jornal da Noite’ (SIC) de 1 de Julho, 11 minutos no ‘Jornal Nacional’ (TVI) de 6 de Julho são exemplos colhidos ao acaso. Subtraindo este tempo do da totalidade de cada bloco noticioso, verifica-se que o serviço informativo não é tão longo quanto aparenta. Na semana de 15 a 21 de Agosto, o tempo de emissão de quatro dos jornais da RTP1 não chegou a uma hora. No entanto, se quer ver tudo, o telespectador sente-se retido. “Os intervalos aumentam muito a duração dos noticiários”, constata Eduardo Cintra Torres.
RTP1: REDUÇÃO DOS TELEJORNAIS
Há dois meses, Luís Marinho, director de informação da RTP disse, em entrevista ao jornal ‘Público’, que a estação pública encarava a hipótese de reduzir a duração dos seus espaços noticiosos, dando informação curta e precisa. A Correio TV tentou recolher a opinião de Luís Marinho, que não se mostrou disponível para comentar o assunto.
SIC: MODELO ACTUAL É VÁLIDO
Ricardo Costa, director-adjunto de informação da SIC, não acredita que as estações portuguesas optem por reduzir a duração dos seus espaços noticiosos. “Em Portugal, a tendência passa por concentrar os géneros jornalísticos no interior dos noticiários. E a audimetria revela que a audiência cresce à medida que o noticiário avança”, afirma.
TVI: UMA HORA É FORMATO IDEAL
Para Mário Moura, director adjunto de informação, em Portugal a TV é o veículo primordial de acesso à informação: “Lemos poucos jornais pelo que é preciso apresentar os factos, enquadrá-los e compará-los com situações similares. Sobre o mesmo tema, podemos fazer três ou quatro peças. Não queremos fornecer informação superficial”.
EVOLUÇÃO DE AUDIÊNCIAS DOS NOTICIÁRIOS (Audiências médias de 1 a 28 de cada mês)
TELEJORNAL (RTP1) - 9,7% (Junho), 9,1% (Agosto)
JORNAL DA NOITE (SIC) - 8,7% (Junho), 8,8% (Agosto)
JORNAL NACIONAL (TVI) - 10% (Junho), 9,8% (Agosto)
NA EUROPA
Muitas das estações estrangeiras dedicam menos de uma hora aos respectivos serviços noticiosos. Os exemplos abaixo mencionados referem-se a estações tanto públicas como privadas. Os nomes entre parênteses identificam os canais que emitem os noticiários seleccionados.
REINO UNIDO
Nome: BBC News at Ten o’clock (BBC one)
Hora: 22h00
Duração: 25 minutos
Nome: Channel Four News
Hora: 19h00
Duração: 55 minutos
FRANÇA
Nome: Journal
Hora: 20h00
Duração: 45 minutos
Nome: Journal de 20h
Hora: 20h00
Duração: 50 minutos
ESPANHA
Nome: Telediario 2 (la primera)
Hora: 21h00
Duração: 60 minutos
ITÁLIA
Nome: Telegiornale Sera
Hora: 20h00
Duração: 30 minutos
BÉLGICA
Nome: Journal Télévisé
Hora: 19h30
Duração: 45 minutos
A EXCEPÇÃO BRITÂNICA
Ao contrário da concorrência, o Channel 4 apresenta um noticiário de 60 minutos. Dorothy Byrne garante à Correio TV que o público aprecia esse formato “porque lhes permite aceder a histórias tratadas em profundidade, algo que não encontram noutros canais.” A responsável considera que “30 minutos contam o que se passa mas só uma hora explica porquê.”
NOTICIÁRIO A QUALQUER HORA
O primeiro semestre de 2005 assinala nova subida nas audiências dos canais de informação do cabo. Ricardo Costa, director da SIC Notícias, relaciona o facto com a alteração da sociedade portuguesa. “Já não existem horários padronizados”, diz. “As pessoas passaram a consumir informação quando querem e podem.”
ACTUALIDADE ELÁSTICA
Algumas reportagens sobre temas avulsos contribuem para a longa duração de alguns noticiários das 20 horas. No ‘Jornal Nacional’ (TVI) de 6 de Julho, 21 minutos foram dedicados ao tema do desemprego. O trabalho estava recheado de importante informação, mas poderia ser emitido dois meses antes ou dois meses depois sem perda de actualidade.
e que tal privatizar a RTP e a RDP ? ...assim já não se cobravam mais taxas...
Eduardo Moura
A sanguessuga fiscal
emoura@mediafin.pt
O Governo decidiu estender a todas as empresas a taxa do áudio-visual em função do consumo de electricidade. Com esta medida pretende arrecadar mais 5 milhões de euros de forma a financiar a RTP e a RDP.
O Governo decidiu estender a todas as empresas a taxa do áudio-visual em função do consumo de electricidade. Com esta medida pretende arrecadar mais 5 milhões de euros de forma a financiar a RTP e a RDP.
À partida, até parece uma quantia relativamente inofensiva que não molesta. Mas se a quantia é pouca, grande é a perversão fiscal que supõe.
De facto, porque é que uma indústria que consome muita energia eléctrica há-de pagar mais que um escritório? E porque é que quem não consome televisão ou rádio há-de pagar esse serviço?
É verdade que este Governo nada estipulou no seu programa sobre a taxa do áudio-visual. Dada a omissão, supõe-se que estivesse de acordo com a lei actual. Senão porque é que no meio de duas páginas programáticas centradas no serviço público de áudio-visual teria omitido a questão?
Apesar disso, e de inúmeras medidas prometidas não terem saído do papel, o Governo apressou-se a acentuar ainda mais a aberração da taxa do áudio-visual. Assim, haja ou não televisão ou rádio, onde houver um contador de electricidade haverá a aplicação de uma taxa áudio-visual.
Armazéns, vacarias e galinheiros, museus, cinemas e obras públicas, todos passam a pagar a taxa em função do consumo. E nós ficamos esclarecidos sobre os princípios de igualdade e progressividade assimilados pelo Governo. E estamos deveras curiosos por saber quanto vai pagar a EDP.
É óbvio que se o Governo quisesse legislar de uma forma coerente tinha várias outras maneiras de obter receitas para o financiamento da RTP e da RDP. Uma delas, a melhor de todas, seria através de impostos. Outra, mais perfeita mas com impacto negativo no comércio, seria a aplicação de uma taxa na venda de aparelhos de televisão e de rádio.
Por isso, o Governo tem a obrigação de explicar porque é que é justo aplicar uma taxa em função do consumo eléctrico para financiar a RTP e a RDP. Caso não o faça, será legítimo depreender que a lógica da sanguessuga já tomou outra vez conta da política fiscal e que devemos esperar o pior das próximas medidas.
É óbvio que este Governo não é propriamente inovador. Todos nós pagamos taxa de esgotos e saneamento em função do valor matricial do prédio e não em função do lixo que produzimos ou da dimensão das instalações. Porém, o pequeno exemplo da taxa do áudio-visual demonstra que este Governo não só não está disposto a corrigir os disparates dos governos anteriores como é bem capaz de os vir a acentuar.
Entretanto, passados 47 anos de serviço público, 500 mil portugueses não possuem um aparelho de televisão. Não se compreende como é que é legítimo que lhes seja cobrada uma taxa.
De facto eu quando li:
pensei logo:
Mais uma conspiração dos filhos da mãe dos Mello, Champalimaud,"Belmiros da Azevedo" e o grande capital estrangeiros para esmagar o pequeno empresário português ( pessoas brilhantes como os tipos da LP Brothers), atacando em 2 frentes: com uma taxa sobre a sua actividade e com programação televisiva quando chegar a casa.
Empresas passam a pagar taxa de contribuição para RTP..O Governo aprovou hoje em Conselho de Ministros o decreto-lei..
pensei logo:
Mais uma conspiração dos filhos da mãe dos Mello, Champalimaud,"Belmiros da Azevedo" e o grande capital estrangeiros para esmagar o pequeno empresário português ( pessoas brilhantes como os tipos da LP Brothers), atacando em 2 frentes: com uma taxa sobre a sua actividade e com programação televisiva quando chegar a casa.
podem começar a insultar o governo
Insultar o governo? porque? eu acho que quem deve ser insultado são as associações patronais que negoceiam à mesa com eles e com os sindicatos.
Os GRANDES PATRÕES, os chamados patrões dos patrões é que são os grandes culpados do descalábrio das pequenas e médias empresas neste país.
Sinceramente, sou um pequeno empresário e estou farto de remar contra a maré! Não tenham dúvidas vou aproveitar a 1ª oportunidade para passar para o outro lado da corrente, o lado dos parasitas.
Um abraço
JN
JN
Empresas passam a pagar taxa de contribuição para RTP
podem começar a insultar o governo
Governo estima acréscimo de 5 milhões de euros por ano
Empresas passam a pagar taxa de contribuição para RTP
Os consumidores não domésticos de energia eléctrica, como as empresas, vão passar a pagar uma taxa de contribuição para o serviço público de rádio e de televisão. O Governo aprovou hoje em Conselho de Ministros o decreto-lei, que irá significar um acréscimo de 5 milhões de euros por ano no financiamento à RTP e RDP.
Daniel Vaz
danielvaz@mediafin.pt
Os consumidores não domésticos de energia eléctrica, como as empresas, vão passar a pagar uma taxa de contribuição para o serviço público de rádio e de televisão. O Governo aprovou hoje em Conselho de Ministros o decreto-lei, que irá significar um acréscimo de 5 milhões de euros por ano no financiamento à RTP e RDP.
Os consumidores não domésticos de energia eléctrica vão passar a pagar uma taxa de contribuição para o serviço público de rádio e de televisão. O Governo aprovou hoje em Conselho de Ministros o decreto-lei, que "vem alargar a base de incidência da contribuição para o audiovisual aos consumos não domésticos de energia eléctrica, passando, deste modo, a abranger a totalidade dos consumos de energia".
Recorde-se que, actualmente, esta contribuição incide apenas sobre o fornecimento de energia eléctrica para uso doméstico. Assim, a partir de agora, também as empresas, restaurantes, lojas e industrias
O valor mensal desta contribuição, para os consumidores domésticos, é de 1,6 euros, estando isentos os consumidores cujo consumo anual fique abaixo dos 400 kWh. Este valor é actualizado anualmente à taxa de inflação.
"É intenção do Governo que o serviço público possa beneficiar do contributo de outros agentes. O consumo industrial passa a ser abrangido. A estimativa do Governo é que haja um acréscimo de contribuição para o financiamento do serviço público na ordem dos cinco milhões de euros por ano", revelou Pedro Silva Pereira Ministro da Presidência, no final do Conselho de Ministros.
"Esta medida insere-se no processo de reestruturação do sector empresarial do Estado na área da comunicação social e destina-se a contribuir para a sustentabilidade financeira do serviço público de rádio e de televisão", afirma o comunicado do Conselho de Ministros.
O produto da contribuição da taxa do audiovisual é consignado à RTP SGPS, constituindo receita própria.
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