Off Topic - Portugal a arder (foto da Nasa)
Incêndios: Autarca de Boticas pede declaração de calamidade pública
O presidente da Câmara de Boticas (Vila Real), Fernando Campos, pediu segunda-feira a declaração de calamidade pública para as povoações afectadas por um incêndio que lavrou durante mais de 24 horas no concelho.
Segundo o autarca, o fogo, que deflagrou domingo em Pielas, Vila Pouca de Aguiar, estendeu-se depois ao concelho de Boticas, onde consumiu cerca de 2.000 hectares de mancha florestal, principalmente pinheiro bravo, e destruiu duas casas, uma das quais habitada.
Na sequência deste incêndio, um septuagenário ficou desalojado, tendo ainda ardido um automóvel e vários armazéns agrícolas, alfaias e alimentação dos gados.
«Os prejuízos causados por este incêndio foram ainda mais elevados pelo facto de as culturas e os pastos existentes nas imediações destas povoações terem sido totalmente dizimados», salientou Fernando Campos.
O presidente afirmou que por causa da «gravidade» da situação, sobretudo ao nível das actividades agrícolas e na pecuária, a Câmara de Boticas «já solicitou ao primeiro-ministro que accione os mecanismos necessários para a declaração de calamidade pública para a zona atingida, para que sejam adoptadas as medidas de apoio às populações afectadas».
O pedido de Fernando Campos seguiu-se ao do presidente da Câmara de Vila Pouca de Aguiar, Domingos Dias, que esta tarde também pediu a declaração de calamidade pública para o seu concelho, onde este incêndio queimou cerca de 10 mil hectares, destruiu 28 habitações e desalojou 40 pessoas.
Na sequência deste fogo um septuagenário perdeu a vida e cinco pessoas ficaram feridas sem gravidade.
As chamas deflagraram às 10:00 de domingo em Pielas, Vila Pouca de Aguiar, mas atingiram ainda os concelhos de Ribeira de Pena e de Boticas.
Às 20:00 de hoje permaneciam no combate às chamas 64 bombeiros, que contavam com o apoio de 18 viaturas, quatro aviões e dois helicópteros.
O presidente da Câmara de Boticas (Vila Real), Fernando Campos, pediu segunda-feira a declaração de calamidade pública para as povoações afectadas por um incêndio que lavrou durante mais de 24 horas no concelho.
Segundo o autarca, o fogo, que deflagrou domingo em Pielas, Vila Pouca de Aguiar, estendeu-se depois ao concelho de Boticas, onde consumiu cerca de 2.000 hectares de mancha florestal, principalmente pinheiro bravo, e destruiu duas casas, uma das quais habitada.
Na sequência deste incêndio, um septuagenário ficou desalojado, tendo ainda ardido um automóvel e vários armazéns agrícolas, alfaias e alimentação dos gados.
«Os prejuízos causados por este incêndio foram ainda mais elevados pelo facto de as culturas e os pastos existentes nas imediações destas povoações terem sido totalmente dizimados», salientou Fernando Campos.
O presidente afirmou que por causa da «gravidade» da situação, sobretudo ao nível das actividades agrícolas e na pecuária, a Câmara de Boticas «já solicitou ao primeiro-ministro que accione os mecanismos necessários para a declaração de calamidade pública para a zona atingida, para que sejam adoptadas as medidas de apoio às populações afectadas».
O pedido de Fernando Campos seguiu-se ao do presidente da Câmara de Vila Pouca de Aguiar, Domingos Dias, que esta tarde também pediu a declaração de calamidade pública para o seu concelho, onde este incêndio queimou cerca de 10 mil hectares, destruiu 28 habitações e desalojou 40 pessoas.
Na sequência deste fogo um septuagenário perdeu a vida e cinco pessoas ficaram feridas sem gravidade.
As chamas deflagraram às 10:00 de domingo em Pielas, Vila Pouca de Aguiar, mas atingiram ainda os concelhos de Ribeira de Pena e de Boticas.
Às 20:00 de hoje permaneciam no combate às chamas 64 bombeiros, que contavam com o apoio de 18 viaturas, quatro aviões e dois helicópteros.
EMPRESAS Publicado 8 Agosto 2005 10:02
PT, REN e EDP foram as mais afectadas pelos incêndios dos últimos dias
A Portugal Telecom, a REN e a Energias de Portugal foram as empresas mais afectadas pelos incêndios dos últimos dias. Estas empresas antecipam «graves prejuízos», estando sobretudo preocupadas com o agravamento dos prémios a pagar às seguradoras.
Jornal de Negócios Online
negocios@mediafin.pt
A Portugal Telecom, a REN e a Energias de Portugal foram as empresas mais afectadas pelos incêndios dos últimos dias. Estas empresas antecipam «graves prejuízos», estando sobretudo preocupadas com o agravamento dos prémios a pagar às seguradoras.
Num primeiro balanço, estas empresas disseram ao Diário Económico que ainda é cedo para fazer um balanço dos prejuízos mas as empresas têm os seus activos segurados.
Mesmo que, como sublinha Rui Silva, do gabinete de comunicação da EDP «os prémios de seguros para incêndios florestais são elevadíssimos».
Numa avaliação preliminar dos danos provocados pelos fogos às infra-estruturas da EDP, Rui Silva refere que são «bastante mais graves que o ano passado», embora a empresa ainda não tenha tido acesso «à maior parte da área ardida».
A Portugal Telecom (PT), que tem em funcionamento um gabinete de crise também tem sido fortemente penalizada. Só durante o dia de sexta-feira 20 mil clientes da empresa foram afectados pelos incêndios. E desde que começou a época dos fogos, a PT já viu destruídos 6 mil postes de telecomunicações, 400 quilómetros de cabos de cobre e 100 de fibra óptica, de acordo com o mesmo jornal.
José Penedos, presidente da REN- Rede Eléctrica Nacional não quantifica ainda as perdas, mas lembra que em 2004 as mesma atingiram 500 mil euros e que, este ano, a empresa investiu 1 milhão de euros em prevenção. Já a Brisa foi afectada, pela primeira vez, pelos incêndios, ao ter de abdicar da cobrança de portagens na A1 por duas vezes durante a semana passada, num total aproximado de sete horas.
PT, REN e EDP foram as mais afectadas pelos incêndios dos últimos dias
A Portugal Telecom, a REN e a Energias de Portugal foram as empresas mais afectadas pelos incêndios dos últimos dias. Estas empresas antecipam «graves prejuízos», estando sobretudo preocupadas com o agravamento dos prémios a pagar às seguradoras.
Jornal de Negócios Online
negocios@mediafin.pt
A Portugal Telecom, a REN e a Energias de Portugal foram as empresas mais afectadas pelos incêndios dos últimos dias. Estas empresas antecipam «graves prejuízos», estando sobretudo preocupadas com o agravamento dos prémios a pagar às seguradoras.
Num primeiro balanço, estas empresas disseram ao Diário Económico que ainda é cedo para fazer um balanço dos prejuízos mas as empresas têm os seus activos segurados.
Mesmo que, como sublinha Rui Silva, do gabinete de comunicação da EDP «os prémios de seguros para incêndios florestais são elevadíssimos».
Numa avaliação preliminar dos danos provocados pelos fogos às infra-estruturas da EDP, Rui Silva refere que são «bastante mais graves que o ano passado», embora a empresa ainda não tenha tido acesso «à maior parte da área ardida».
A Portugal Telecom (PT), que tem em funcionamento um gabinete de crise também tem sido fortemente penalizada. Só durante o dia de sexta-feira 20 mil clientes da empresa foram afectados pelos incêndios. E desde que começou a época dos fogos, a PT já viu destruídos 6 mil postes de telecomunicações, 400 quilómetros de cabos de cobre e 100 de fibra óptica, de acordo com o mesmo jornal.
José Penedos, presidente da REN- Rede Eléctrica Nacional não quantifica ainda as perdas, mas lembra que em 2004 as mesma atingiram 500 mil euros e que, este ano, a empresa investiu 1 milhão de euros em prevenção. Já a Brisa foi afectada, pela primeira vez, pelos incêndios, ao ter de abdicar da cobrança de portagens na A1 por duas vezes durante a semana passada, num total aproximado de sete horas.
"O desprezo pelo dinheiro é frequente, sobretudo naqueles que não o possuem"
Fonte: "La Philosophie de G. C."
Autor: Courteline , Georges
Site porreiro para jogar (carregar em Arcade) : www.gamespt.net
Fonte: "La Philosophie de G. C."
Autor: Courteline , Georges
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Importante será também referir que empresas como a PT, EDP e Brisa estão a ser bastante penalizadas pelos fogos florestais.
Por exemplo a PT já viu 40 antenas destruídas.
Por exemplo a PT já viu 40 antenas destruídas.
"O desprezo pelo dinheiro é frequente, sobretudo naqueles que não o possuem"
Fonte: "La Philosophie de G. C."
Autor: Courteline , Georges
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Impacto dos Incêndios
Estrutura para os incêndios
DE
A Autoridade Nacional para os Incêndios Florestais foi criada em Maio deste ano para coordenar todos os intervenientes nas operações de vigilância, aviso, detecção, alerta, combate e rescaldo aos fogos.
A estrutura integra o Presidente do Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil, o responsável do Instituto de Conservação da Natureza, o director-geral dos Recursos Florestais, o presidente da Agência para a Prevenção de Incêndios Florestais e ainda do Instituto de Meteorologia. Estão também destacados oficiais do Comando Operacional Conjunto do Estado-Maior General das Forças Armadas, da PJ e da GNR.
A autoridade funcionará até ao final de Outubro, altura em que deverá apresentar ao Governo um relatório final de actividade do qual deverão constar os estrangulamentos verificados na actuação das entidades intervenientes, as debilidades e as experiências inovadoras e boas práticas. Caberá também ao coordenador da autoridade recomendar alterações legislativas e eventuais alterações de procedimentos para a optimização dos meios.
Estrutura para os incêndios
DE
A Autoridade Nacional para os Incêndios Florestais foi criada em Maio deste ano para coordenar todos os intervenientes nas operações de vigilância, aviso, detecção, alerta, combate e rescaldo aos fogos.
A estrutura integra o Presidente do Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil, o responsável do Instituto de Conservação da Natureza, o director-geral dos Recursos Florestais, o presidente da Agência para a Prevenção de Incêndios Florestais e ainda do Instituto de Meteorologia. Estão também destacados oficiais do Comando Operacional Conjunto do Estado-Maior General das Forças Armadas, da PJ e da GNR.
A autoridade funcionará até ao final de Outubro, altura em que deverá apresentar ao Governo um relatório final de actividade do qual deverão constar os estrangulamentos verificados na actuação das entidades intervenientes, as debilidades e as experiências inovadoras e boas práticas. Caberá também ao coordenador da autoridade recomendar alterações legislativas e eventuais alterações de procedimentos para a optimização dos meios.
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Entrevista a Rui Gonçalves
“Os meios actuais são adequados”
Raquel Martins
Os incêndios recorrentes põem em causa o objectivo do Governo de tornar a floresta um motor do crescimento económico?
Os incêndios já estão identificados como um dos problemas que põem em causa o crescimento económico e, por isso, mal tomámos posse, começámos a elaborar o Plano Nacional de Defesa da Floresta contra Incêndios, que fará propostas concretas ao nível da gestão florestal e do combate aos incêndios. Esse plano estará concluído no final de Setembro para que seja formalmente aprovado no início de 2006. Há um aspecto novo em relação aos Governos anteriores que foi a criação da Autoridade Nacional para os Incêndios Florestais, uma reivindicação antiga nunca concretizada. Temos um coordenador de todas as acções de vigilância e de combate, onde participam os Ministérios da Administração Interna e da Agricultura.
Perante a situação que se vive, os meios de combate disponíveis são suficientes?
Os meios que existem são considerados adequados. A única polémica foi a disponibilização atempada dos meios aéreos, mas que são complementares no combate. Os restantes meios foram reforçados com as equipas de sapadores florestais, que colaboram na prevenção, vigilância e rescaldo, e pela integração das forças armadas.
Prevê que a área ardida aumente para os níveis do ano passado?
Não vale a pena tenta adivinhar o que vai acontecer. A situação este ano é muito complicada devido às condições de seca e meteorológicas. O que podemos dizer é que até agora a situação não foi tão má quanto em 2003 e 2004.
Continua a fazer sentido manter o objectivo de tornar a floresta um ‘cluster’ da economia nacional?
Continua. Apesar de a situação ser má ao nível dos fogos, se olharmos com detalhe verificamos que há regiões onde não têm ocorrido incêndios da dimensão do ano passado, porque se tem feito um esforço por parte da Direcção-geral das Florestas e das autarquias ao nível dos planos de reflorestação que tem tido resultados. Investir na gestão é a prova de que é possível rentabilizar a floresta.
Rui Gonçalves, Secretário de Estado das Florestas
“Os meios actuais são adequados”
Raquel Martins
Os incêndios recorrentes põem em causa o objectivo do Governo de tornar a floresta um motor do crescimento económico?
Os incêndios já estão identificados como um dos problemas que põem em causa o crescimento económico e, por isso, mal tomámos posse, começámos a elaborar o Plano Nacional de Defesa da Floresta contra Incêndios, que fará propostas concretas ao nível da gestão florestal e do combate aos incêndios. Esse plano estará concluído no final de Setembro para que seja formalmente aprovado no início de 2006. Há um aspecto novo em relação aos Governos anteriores que foi a criação da Autoridade Nacional para os Incêndios Florestais, uma reivindicação antiga nunca concretizada. Temos um coordenador de todas as acções de vigilância e de combate, onde participam os Ministérios da Administração Interna e da Agricultura.
Perante a situação que se vive, os meios de combate disponíveis são suficientes?
Os meios que existem são considerados adequados. A única polémica foi a disponibilização atempada dos meios aéreos, mas que são complementares no combate. Os restantes meios foram reforçados com as equipas de sapadores florestais, que colaboram na prevenção, vigilância e rescaldo, e pela integração das forças armadas.
Prevê que a área ardida aumente para os níveis do ano passado?
Não vale a pena tenta adivinhar o que vai acontecer. A situação este ano é muito complicada devido às condições de seca e meteorológicas. O que podemos dizer é que até agora a situação não foi tão má quanto em 2003 e 2004.
Continua a fazer sentido manter o objectivo de tornar a floresta um ‘cluster’ da economia nacional?
Continua. Apesar de a situação ser má ao nível dos fogos, se olharmos com detalhe verificamos que há regiões onde não têm ocorrido incêndios da dimensão do ano passado, porque se tem feito um esforço por parte da Direcção-geral das Florestas e das autarquias ao nível dos planos de reflorestação que tem tido resultados. Investir na gestão é a prova de que é possível rentabilizar a floresta.
Rui Gonçalves, Secretário de Estado das Florestas
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Impacto dos Incêndios
“90 % da floresta é privada”
Mário Baptista
Apoio do Estado para que os pequenos proprietários se juntem em associações que permitam que as zonas florestais tenham um valor económico, assim obrigando à sua conservação e vigilância.
Em síntese, esta é a tese de Costa Neves, o ministro da Agricultura do anterior Executivo. Ao DE, este ex-governante lembra que “quase 90% da floresta portuguesa é privada e, portanto, para haver limpezas, tem de ser garantido o valor económico” dessa acção. É por isso que o Estado , “tem de promover e apoiar a pequena associação dos proprietários, financiando as acções de limpeza das matas por parte dessas associações”. Cabe ao poder estatal, “fornecer apoio técnico, dar benefícios fiscais, financiar obras para acessos e pontos de água nas matas e supervisionar a coordenação” das associações. Esta iniciativa de “gestão das florestas” é um trabalho “para uma geração, demora 15 a 20 anos a fazer”. Os meios de combate aos incêndios, “que podem sempre ser aperfeiçoados, são apenas o remédio”, conclui.
“90 % da floresta é privada”
Mário Baptista
Apoio do Estado para que os pequenos proprietários se juntem em associações que permitam que as zonas florestais tenham um valor económico, assim obrigando à sua conservação e vigilância.
Em síntese, esta é a tese de Costa Neves, o ministro da Agricultura do anterior Executivo. Ao DE, este ex-governante lembra que “quase 90% da floresta portuguesa é privada e, portanto, para haver limpezas, tem de ser garantido o valor económico” dessa acção. É por isso que o Estado , “tem de promover e apoiar a pequena associação dos proprietários, financiando as acções de limpeza das matas por parte dessas associações”. Cabe ao poder estatal, “fornecer apoio técnico, dar benefícios fiscais, financiar obras para acessos e pontos de água nas matas e supervisionar a coordenação” das associações. Esta iniciativa de “gestão das florestas” é um trabalho “para uma geração, demora 15 a 20 anos a fazer”. Os meios de combate aos incêndios, “que podem sempre ser aperfeiçoados, são apenas o remédio”, conclui.
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Impacto dos Incêndios
“Problema de formação”
Mário Baptista
O antigo ministro da Agricultura de Durão Barroso defendeu ao DE o endurecimento da penas “para o vandalismo ou a negligência” que leva a incêndios.
Sevinate Pinto considera que as causas dos incêndios dividem-se em três categorias: “procedimento das pessoas, organização de meios e características das florestas”. O antigo ministro da Agricultura sublinha que “a maior parte dos incêndios é originada pela negligência ou por maldade e vandalismo” e daí a necessidade de endurecer as penas. Actualmente, a pena pode ir até cinco anos em caso de negligência, e de três a oito em caso de dolo. Depois, a organização dos meios: “Houve um esforço importante feito desde 2003, mas não é possível melhorar muito a formação de bombeiros”, diz. No entanto, este antigo governante reconhece que “há um problema de formação de bombeiros”. Por último, a tipologia da floresta. “Temos floresta a mais com uma economia deficiente, porque os terrenos estão ao abandono”, afirma.
“Problema de formação”
Mário Baptista
O antigo ministro da Agricultura de Durão Barroso defendeu ao DE o endurecimento da penas “para o vandalismo ou a negligência” que leva a incêndios.
Sevinate Pinto considera que as causas dos incêndios dividem-se em três categorias: “procedimento das pessoas, organização de meios e características das florestas”. O antigo ministro da Agricultura sublinha que “a maior parte dos incêndios é originada pela negligência ou por maldade e vandalismo” e daí a necessidade de endurecer as penas. Actualmente, a pena pode ir até cinco anos em caso de negligência, e de três a oito em caso de dolo. Depois, a organização dos meios: “Houve um esforço importante feito desde 2003, mas não é possível melhorar muito a formação de bombeiros”, diz. No entanto, este antigo governante reconhece que “há um problema de formação de bombeiros”. Por último, a tipologia da floresta. “Temos floresta a mais com uma economia deficiente, porque os terrenos estão ao abandono”, afirma.
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Impacto dos Incêndios
Governo espera por Outubro para reformar combate aos fogos
Mário Baptista com Raquel Martins
Depois de receber o relatório da direcção de combate aos incêndios, o Governo vai modificar a estrutura.
O Ministério da Administração Interna (MAI) vai esperar pelo relatório da Autoridade Nacional para os Incêndios Florestais (ANIF) para depois repensar a estrutura e a organização dos serviços que combatem os incêndios em Portugal, disse ao Diário Económico uma fonte oficial do Ministério de António Costa.
“O relatório será entregue até 31 de Setembro e nele constarão as deficiências do sistema e as sugestões para a reforma que se poderá seguir”, acrescenta a mesma fonte.
Na última semana, o Governo foi parco em declarações públicas, mas com o avolumar da crise, as imagens das populações a combater os incêndios à porta das suas casas, e com o corte, durante horas, da auto-estrada mais importante do país, o substituto de José Sócrates foi forçado a falar ao país.
António Costa pediu aos patrões para dispensarem os bombeiros voluntários e apelou a uma mobilização geral para o combate a esta praga que se repete ano após ano, ainda que, por enquanto, com menos intensidade do que em Agosto de 2004.
“Seria irresponsável alterar um dispositivo que já estava preparado quando o Governo entrou em funções, em Março”, explica o gabinete de António Costa, assim deixando claro que o modelo de organização é da responsabilidade do anterior Executivo. O Governo optou por não introduzir mudanças de fundo na estrutura, limitando-se a “alterações cirúrgicas nos pontos fundamentais”, nomeadamente no reforço da cadeia de comando do Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil, “alterando o papel e o nome dos coordenadores regionais, que passaram a comandantes distritais, precisamente para reforçar a ideia de autoridade e da cadeia de comando”. Isto para além da criação da Autoridade Nacional para os Incêndios Florestais.
Bombeiros e municípios desentendem-se
Os bombeiros não são culpados. É este o título de um comunicado enviado às redacções, no qual a Associação Nacional dos Bombeiros Profissionais rejeita “veementemente qualquer tentativa de responsabilização dos bombeiros” pelas dificuldades e descoordenações no combate aos fogos florestais.
A ANBP critica os municípios, considerando que a associação dos municípios “é a entidade que mais tem contribuído para a indefinição existente”. Ao DE, o presidente da Associação Nacional de Municípios, Fernando Ruas, escusou-se a comentar o comunicado da ANBP.
As autarquias estão disponíveis para uma colaboração total, acrescenta, mas têm um papel complementar, uma vez que há organismos da Administração Central vocacionados para os incêndios. “Estamos disponíveis para incrementar o papel que nos é atribuído, mas isso implica meios humanos e financeiros”, conclui Ruas.
O representante dos municípios frisa ainda que “notoriamente os meios não são suficientes” perante a situação que se vive. Já ao nível dos impactos económicos, os municípios ainda não têm um levantamento do cálculo dos prejuízos.
Os meios no combate
Desde 1 de Julho (Fase Bravo):
4800 bombeiros
950 viaturas
49 meios aéreos
Dispositivo de vigilância:
250 postos de vigia
500 guardas florestais
25 patrulhas do exército
Brigadas autárquicas acção de investigação da PJ e da GNR
Forças Armadas
720 fuzileiros na Serra da Arrábida
40 missões das Forças Armadas
2650 militares espalhados pelo país
Muitas medidas, pouca eficácia
Governo Durão Barroso
Planos Regionais de Ordenamento Florestal
Plano de Gestão Florestal
Ampliação do património florestal público
Apoio ao associativismo
Instituição do Sistema Bonificado do Crédito Florestal;
Associativismo das explorações florestais;
Acções de emparcelamento florestal;
Acções que evitem o fraccionamento da propriedade florestal;
Instituição do Sistema de Seguros Florestais para áreas florestais que sejam objecto de financiamento Público;
Instituição de uma estrutura Nacional , regional e sub - regional com funções de planeamento e coordenação das acções de prevenção, detecção e combate a incêndios;
Promoção da criação de um sistema de previsão do risco de incêndios florestais;
Criação de uma Autoridade Florestal nacional;
Criação de uma Comissão Interministerial para os Assuntos da Floresta
Governo Santana Lopes
Criação das ZIF ‘s (propriedade até 30 ha
Definição do quadro jurídico para expropriações urgentes;
Definição de formas de intervenção substitutiva do Estado aos proprietários;
Definição do modelo de gestão orçamental das matas públicas;
Definição do papel do Estado na gestão dos baldios;
Criação da rede de experimentação dos modelos de gestão e técnicas silvícolas;
Simplificação das ajudas pelo Quadro Comunitário de Apoio III;
Criação do Fundo Florestal Permanente;
Criação de Seguros Florestais: propostas de aplicabilidade;
Criação da estrutura nacional única para vigilância;
Criação dos Cadastros Simplificados
Formação Profissional
Actualização e publicação da cartografia
Governo Sócrates
Reforço dos meios de prevenção e vigilância dos fogos;
Sistema de Comando Único para as acções de vigilância, detecção e combate a fogos florestais dirigidos pelo MAI;
Conclusão da elaboração do Plano Nacional de Prevenção e Protecção das Florestas contra incêndios;
Reforço da capacidade de primeira intervenção com aumento de 180 para 220 equipas de sapadores florestais;
Construção de 11 postos de vigia (total 248).
Governo espera por Outubro para reformar combate aos fogos
Mário Baptista com Raquel Martins
Depois de receber o relatório da direcção de combate aos incêndios, o Governo vai modificar a estrutura.
O Ministério da Administração Interna (MAI) vai esperar pelo relatório da Autoridade Nacional para os Incêndios Florestais (ANIF) para depois repensar a estrutura e a organização dos serviços que combatem os incêndios em Portugal, disse ao Diário Económico uma fonte oficial do Ministério de António Costa.
“O relatório será entregue até 31 de Setembro e nele constarão as deficiências do sistema e as sugestões para a reforma que se poderá seguir”, acrescenta a mesma fonte.
Na última semana, o Governo foi parco em declarações públicas, mas com o avolumar da crise, as imagens das populações a combater os incêndios à porta das suas casas, e com o corte, durante horas, da auto-estrada mais importante do país, o substituto de José Sócrates foi forçado a falar ao país.
António Costa pediu aos patrões para dispensarem os bombeiros voluntários e apelou a uma mobilização geral para o combate a esta praga que se repete ano após ano, ainda que, por enquanto, com menos intensidade do que em Agosto de 2004.
“Seria irresponsável alterar um dispositivo que já estava preparado quando o Governo entrou em funções, em Março”, explica o gabinete de António Costa, assim deixando claro que o modelo de organização é da responsabilidade do anterior Executivo. O Governo optou por não introduzir mudanças de fundo na estrutura, limitando-se a “alterações cirúrgicas nos pontos fundamentais”, nomeadamente no reforço da cadeia de comando do Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil, “alterando o papel e o nome dos coordenadores regionais, que passaram a comandantes distritais, precisamente para reforçar a ideia de autoridade e da cadeia de comando”. Isto para além da criação da Autoridade Nacional para os Incêndios Florestais.
Bombeiros e municípios desentendem-se
Os bombeiros não são culpados. É este o título de um comunicado enviado às redacções, no qual a Associação Nacional dos Bombeiros Profissionais rejeita “veementemente qualquer tentativa de responsabilização dos bombeiros” pelas dificuldades e descoordenações no combate aos fogos florestais.
A ANBP critica os municípios, considerando que a associação dos municípios “é a entidade que mais tem contribuído para a indefinição existente”. Ao DE, o presidente da Associação Nacional de Municípios, Fernando Ruas, escusou-se a comentar o comunicado da ANBP.
As autarquias estão disponíveis para uma colaboração total, acrescenta, mas têm um papel complementar, uma vez que há organismos da Administração Central vocacionados para os incêndios. “Estamos disponíveis para incrementar o papel que nos é atribuído, mas isso implica meios humanos e financeiros”, conclui Ruas.
O representante dos municípios frisa ainda que “notoriamente os meios não são suficientes” perante a situação que se vive. Já ao nível dos impactos económicos, os municípios ainda não têm um levantamento do cálculo dos prejuízos.
Os meios no combate
Desde 1 de Julho (Fase Bravo):
4800 bombeiros
950 viaturas
49 meios aéreos
Dispositivo de vigilância:
250 postos de vigia
500 guardas florestais
25 patrulhas do exército
Brigadas autárquicas acção de investigação da PJ e da GNR
Forças Armadas
720 fuzileiros na Serra da Arrábida
40 missões das Forças Armadas
2650 militares espalhados pelo país
Muitas medidas, pouca eficácia
Governo Durão Barroso
Planos Regionais de Ordenamento Florestal
Plano de Gestão Florestal
Ampliação do património florestal público
Apoio ao associativismo
Instituição do Sistema Bonificado do Crédito Florestal;
Associativismo das explorações florestais;
Acções de emparcelamento florestal;
Acções que evitem o fraccionamento da propriedade florestal;
Instituição do Sistema de Seguros Florestais para áreas florestais que sejam objecto de financiamento Público;
Instituição de uma estrutura Nacional , regional e sub - regional com funções de planeamento e coordenação das acções de prevenção, detecção e combate a incêndios;
Promoção da criação de um sistema de previsão do risco de incêndios florestais;
Criação de uma Autoridade Florestal nacional;
Criação de uma Comissão Interministerial para os Assuntos da Floresta
Governo Santana Lopes
Criação das ZIF ‘s (propriedade até 30 ha
Definição do quadro jurídico para expropriações urgentes;
Definição de formas de intervenção substitutiva do Estado aos proprietários;
Definição do modelo de gestão orçamental das matas públicas;
Definição do papel do Estado na gestão dos baldios;
Criação da rede de experimentação dos modelos de gestão e técnicas silvícolas;
Simplificação das ajudas pelo Quadro Comunitário de Apoio III;
Criação do Fundo Florestal Permanente;
Criação de Seguros Florestais: propostas de aplicabilidade;
Criação da estrutura nacional única para vigilância;
Criação dos Cadastros Simplificados
Formação Profissional
Actualização e publicação da cartografia
Governo Sócrates
Reforço dos meios de prevenção e vigilância dos fogos;
Sistema de Comando Único para as acções de vigilância, detecção e combate a fogos florestais dirigidos pelo MAI;
Conclusão da elaboração do Plano Nacional de Prevenção e Protecção das Florestas contra incêndios;
Reforço da capacidade de primeira intervenção com aumento de 180 para 220 equipas de sapadores florestais;
Construção de 11 postos de vigia (total 248).
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Impacto dos Incêndios
API e COTEC já estudaram a floresta
António Freitas de Sousa
Com a floresta a ocupar 38% do território, a responder por 6% do PIB e a dar trabalho a 160 mil pessoas, a Agência Portuguesa para o Investimento (API) não a podia deixar de considerar como uma área prioritária para o investimento.
Em duas vertentes diferenciadas: na floresta propriamente dita - como suporte às celuloses, à pasta e papel, ao mobiliário e a parte da agricultura - e no turismo. Segundo um estudo que a API apresentou há um mês, existem 1,8 milhões de hectares de terreno com aptidão para novos povoamentos. E “existe uma insuficiência de 600 mil hectares de novas plantações, entre necessidades industriais”. Isto é, cerca de 33% de novos povoamentos têm interesse económico e procura assegurada. Além disso, e uma vez que se registam “a Espanha e o Magreb como mercados de proximidade com insuficiências de madeira”, a fileira florestal pode aumentar as exportações.
O problema são os fogos. Num estudo da COTEC encomendado a Daniel Bessa, são elencadas as principais dificuldades a superar nessa matéria: falta de profissionalização, centralização e comando único, qualidade do sistema de comunicações e rapidez e eficácia da primeira intervenção. Mas, segundo o mesmo estudo, há um trabalho a montante que ainda não está feito: a criação da carta de risco de incêndio estrutural e conjuntural (com actualização em contínuo).
Mas, no âmago, o problema fundamental é o abandono da floresta. A dos níveis: das populações e da utilização económica de tudo aquilo que produz.
API e COTEC já estudaram a floresta
António Freitas de Sousa
Com a floresta a ocupar 38% do território, a responder por 6% do PIB e a dar trabalho a 160 mil pessoas, a Agência Portuguesa para o Investimento (API) não a podia deixar de considerar como uma área prioritária para o investimento.
Em duas vertentes diferenciadas: na floresta propriamente dita - como suporte às celuloses, à pasta e papel, ao mobiliário e a parte da agricultura - e no turismo. Segundo um estudo que a API apresentou há um mês, existem 1,8 milhões de hectares de terreno com aptidão para novos povoamentos. E “existe uma insuficiência de 600 mil hectares de novas plantações, entre necessidades industriais”. Isto é, cerca de 33% de novos povoamentos têm interesse económico e procura assegurada. Além disso, e uma vez que se registam “a Espanha e o Magreb como mercados de proximidade com insuficiências de madeira”, a fileira florestal pode aumentar as exportações.
O problema são os fogos. Num estudo da COTEC encomendado a Daniel Bessa, são elencadas as principais dificuldades a superar nessa matéria: falta de profissionalização, centralização e comando único, qualidade do sistema de comunicações e rapidez e eficácia da primeira intervenção. Mas, segundo o mesmo estudo, há um trabalho a montante que ainda não está feito: a criação da carta de risco de incêndio estrutural e conjuntural (com actualização em contínuo).
Mas, no âmago, o problema fundamental é o abandono da floresta. A dos níveis: das populações e da utilização económica de tudo aquilo que produz.
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Impacto dos Incêndios
Incêndios com impacto negativo
Celso Filipe, Sónia Santos Pereira, Hermínia Saraiva e Gilda Sousa
Gabinete de crise
A PT tem em funcionamento um gabinete de crise para atenuar e resolver as falhas de comunicação provocadas pelos incêndios. Até sexta-feira a empresa já contabilizava 6.000 postes de telecomunicações destruídos pelos fogos, quando durante todo o ano de 2004 esse número atingiu os 13 mil. Esta comparação pode indiciar um aumento das perdas, embora a empresa ainda considere prematuro fazer um balanço.
Falhas graves nas linhas
A EDP diz que os incêndios deste ano estão a afectar mais a empresa do que em 2004, mas ainda não consegue fazer um balanço das perdas. “Em relação à maior parte da área ardida ainda não conseguimos coligir informação” explica Rui Silva, do gabinete de comunicação da eléctrica, embora saliente que existem situações já detectadas “bastante graves” que envolvem a “danificação total das linhas e de algumas instalações”.
Corte de estradas
Os incêndios afectaram, pela primeira vez, a actividade da Brisa, a qual foi obrigada a encerrar o troço da A1 entre Leiria e Condeixa. Os cortes foram “um procedimento normal em caso de emergência”, disse Franco Caruso, porta-voz da concessionária. Sobre os prejuízos resultantes da situação, este responsável afirmou não existir informação disponível, sublinhando que a Brisa tem seguros que cobrem este tipo de riscos.
Reflexo nos preços
A Jomar, empresa dedicada ao fabrico de painéis de madeira, prevê sérias dificuldades no aprovisionamento de matéria-prima a curto prazo, situação que deverá ter repercussões negativas no preço. Segundo Rui Almeida, director de compras, a madeira portuguesa já é escassa e os incêndios que têm vindo a lavrar poderão influenciar negativamente o abastecimento futuro. A Jomar adquire 100% da madeira no país e tem armazenado material que garante três meses de produção.
Combate aos fogos
O grupo Portucel/Soporcel é responsável pela gestão de 132 mil hectares de floresta, o equivalente a 5% do parque florestal nacional. Em conjunto com os concorrentes StoraCelbi e com o grupo Caima criou uma empresa dedicada à prevenção e combate a incêndios, a Afocelca. Até ao final Junho, esta empresa combateu 98 incêndios, metade dos quais fora das propriedades próprias das empresas associadas. A Afocelca tem um orçamento de 5,2 milhões de euros para este ano.
Prejuízos incalculados
A REN - Rede Eléctrica Nacional ainda não consegue quantificar os prejuízos provocados pelos incêndios deste ano, mas a empresa tem aumentado o seu investimento em prevenção. Este ano, segundo José Penedos, presidente da REN, foi alocada para este fim uma verba de um milhão de euros, especialmente destinada à limpeza das áreas que envolvem os postes de alta tensão. Em 2004 os fogos tiveram um impacto negativo de 500 mil euros nas contas da REN.
Sobreiros incólumes
Os montados de sobro estão, para já, a passar basicamente incólumes aos incêndios que têm devastado o país. Como referiu Joaquim Lima, director-geral da APCOR (Associação Portuguesa de Cortiça), este ano o sobreiro não está a ser muito afectado pelos incêndios, contrariamente ao que sucedeu em 2003, exercício em que arderam 30 mil hectares. Joaquim Lima recordou que a disposição da floresta de sobro é menos propícia a fogos, mas Agosto costuma ser difícil.
Indemnizações
A área florestal ardida aliada ao calor que se fez sentir ao longo da última semana poderá colocar 2005 como o pior ano dos incêndios em Portugal, ultrapassando mesmo os números dramáticos registados em 2003 e que levaram o conjunto das seguradoras portuguesas a pagar indemnizações no valor de 9,7 milhões de euros, de acordo com dados recolhidos pela Associação Portuguesa de Seguradores (APS). O cálculo dos prejuízos a reclamar às companhia de seguros este ano ainda está por efectuar.
Incêndios com impacto negativo
Celso Filipe, Sónia Santos Pereira, Hermínia Saraiva e Gilda Sousa
Gabinete de crise
A PT tem em funcionamento um gabinete de crise para atenuar e resolver as falhas de comunicação provocadas pelos incêndios. Até sexta-feira a empresa já contabilizava 6.000 postes de telecomunicações destruídos pelos fogos, quando durante todo o ano de 2004 esse número atingiu os 13 mil. Esta comparação pode indiciar um aumento das perdas, embora a empresa ainda considere prematuro fazer um balanço.
Falhas graves nas linhas
A EDP diz que os incêndios deste ano estão a afectar mais a empresa do que em 2004, mas ainda não consegue fazer um balanço das perdas. “Em relação à maior parte da área ardida ainda não conseguimos coligir informação” explica Rui Silva, do gabinete de comunicação da eléctrica, embora saliente que existem situações já detectadas “bastante graves” que envolvem a “danificação total das linhas e de algumas instalações”.
Corte de estradas
Os incêndios afectaram, pela primeira vez, a actividade da Brisa, a qual foi obrigada a encerrar o troço da A1 entre Leiria e Condeixa. Os cortes foram “um procedimento normal em caso de emergência”, disse Franco Caruso, porta-voz da concessionária. Sobre os prejuízos resultantes da situação, este responsável afirmou não existir informação disponível, sublinhando que a Brisa tem seguros que cobrem este tipo de riscos.
Reflexo nos preços
A Jomar, empresa dedicada ao fabrico de painéis de madeira, prevê sérias dificuldades no aprovisionamento de matéria-prima a curto prazo, situação que deverá ter repercussões negativas no preço. Segundo Rui Almeida, director de compras, a madeira portuguesa já é escassa e os incêndios que têm vindo a lavrar poderão influenciar negativamente o abastecimento futuro. A Jomar adquire 100% da madeira no país e tem armazenado material que garante três meses de produção.
Combate aos fogos
O grupo Portucel/Soporcel é responsável pela gestão de 132 mil hectares de floresta, o equivalente a 5% do parque florestal nacional. Em conjunto com os concorrentes StoraCelbi e com o grupo Caima criou uma empresa dedicada à prevenção e combate a incêndios, a Afocelca. Até ao final Junho, esta empresa combateu 98 incêndios, metade dos quais fora das propriedades próprias das empresas associadas. A Afocelca tem um orçamento de 5,2 milhões de euros para este ano.
Prejuízos incalculados
A REN - Rede Eléctrica Nacional ainda não consegue quantificar os prejuízos provocados pelos incêndios deste ano, mas a empresa tem aumentado o seu investimento em prevenção. Este ano, segundo José Penedos, presidente da REN, foi alocada para este fim uma verba de um milhão de euros, especialmente destinada à limpeza das áreas que envolvem os postes de alta tensão. Em 2004 os fogos tiveram um impacto negativo de 500 mil euros nas contas da REN.
Sobreiros incólumes
Os montados de sobro estão, para já, a passar basicamente incólumes aos incêndios que têm devastado o país. Como referiu Joaquim Lima, director-geral da APCOR (Associação Portuguesa de Cortiça), este ano o sobreiro não está a ser muito afectado pelos incêndios, contrariamente ao que sucedeu em 2003, exercício em que arderam 30 mil hectares. Joaquim Lima recordou que a disposição da floresta de sobro é menos propícia a fogos, mas Agosto costuma ser difícil.
Indemnizações
A área florestal ardida aliada ao calor que se fez sentir ao longo da última semana poderá colocar 2005 como o pior ano dos incêndios em Portugal, ultrapassando mesmo os números dramáticos registados em 2003 e que levaram o conjunto das seguradoras portuguesas a pagar indemnizações no valor de 9,7 milhões de euros, de acordo com dados recolhidos pela Associação Portuguesa de Seguradores (APS). O cálculo dos prejuízos a reclamar às companhia de seguros este ano ainda está por efectuar.
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Recolector escreveu:
A espécie tem de facto origem no Mediterrâneo, embora haja quem defenda que veio do Mediterrâneo oriental; admite-se que seja autóctone da Península Ibérica, mas julgo que isso não é consensual entre os especialistas.
De qualquer forma, o pinheiro-manso ocorre principalmente no sul do país (mais de metade está nos concelhos de Alcácer do Sal e Grândola), sendo muito escasso no norte. A sua presença no Gerês é pouco significativa e duvido muito que seja natural (ou seja, o facto de a espécie ser autóctone no sul do país não a torna autóctone no norte).
Sim, principalmente, mas no caso do Gerês encontras lá outras espécies de pinheiros, por exemplo o pinheiro-silvestre ou pinheiro de casquinha (Pinus sylvestris) que aparece com alguma abundância na zona norte do Parque, por exemplo entre Lamas de Mouro e Castro Laboreiro.
1 abraço,
Elias
A ocorrência de Pinheiro Manso (o dos pinhões ) nas zonas de fronteira do parque e nos tais 10% de zona mediterrânica é natural, pois este é uma espécie nativa.
A espécie tem de facto origem no Mediterrâneo, embora haja quem defenda que veio do Mediterrâneo oriental; admite-se que seja autóctone da Península Ibérica, mas julgo que isso não é consensual entre os especialistas.
De qualquer forma, o pinheiro-manso ocorre principalmente no sul do país (mais de metade está nos concelhos de Alcácer do Sal e Grândola), sendo muito escasso no norte. A sua presença no Gerês é pouco significativa e duvido muito que seja natural (ou seja, o facto de a espécie ser autóctone no sul do país não a torna autóctone no norte).
Quanto ao pinheiro, suponho que te referes ao Pinheiro Bravo.
Sim, principalmente, mas no caso do Gerês encontras lá outras espécies de pinheiros, por exemplo o pinheiro-silvestre ou pinheiro de casquinha (Pinus sylvestris) que aparece com alguma abundância na zona norte do Parque, por exemplo entre Lamas de Mouro e Castro Laboreiro.
1 abraço,
Elias
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Elias Escreveu:1 - O Gerês não pertence à região mediterrânica, mas sim à região euro-siberiana, onde a vegetação potencial é formada basicamente por espécies de origem atlântica e centro-europeia. Por isso, não faz sentido falar de "natureza mediterrânica" em relação a esta área protegida (a zona de inflência mediterrânica apenas abrange o planalto da Mourela, situada no extremo leste do Parque, já no distrito de Vila Real, concelho de Montalegre, mas aqui o coberto florestal não é dominante e além disso esta porção de terreno representa apenas menos de 10% da área total do parque nacional)
Obrigado pela correcção. Sendo assim onde se lia "porção de natureza mediterrânica", deve ler-se "porção de natureza Eurosiberiana".
Elias Escreveu:2 - Os grandes fogos que se verificam no país não incidem, na sua maioria, sobre a vegetação espontânea e autóctone, mas sim sobre as monoculturas de pinheiro e eucalipto que cobrem actualmente uma parte substancial do território português...
Todos concordamos que são as florestas artificiais as mais vulneráveis ao fogo. Sendo florestas criadas pelo homem, requerem manutenção, para não voltarem ao estado natural.
Nas florestas artificiais, a limpeza regular da mata pode levar ao empobrecimento dos solos, pelo que o "estrume" resultante da decomposição dos residuos, deveria de alguma forma ser devolvido à floresta.
Quanto ao pinheiro, suponho que te referes ao Pinheiro Bravo.
Elias Escreveu:... e que de mediterrânico têm muito pouco; no caso do Gerês, não há muitos eucaliptos, mas há pinhais q.b. e muitos matagais, formados principalmente por giestas; a estrutura destes matagais, que derivam da degradação dos bosques ao longo dos séculos, já nada tem a ver com o coberto original.
A ocorrência de Pinheiro Manso (o dos pinhões
p.s.
Isto já está mal, não estraguem + a "floresta":evil:
1- A adulação contemplativa do sucesso alheio (Espanhol no caso) está para a auto estima do nosso povo, como os eucaliptos para a floresta autóctone, tende a secar o que há de bom na floresta ...
2- Se os espanhóis e os irlandeses (2 exemplos devem chegar..) quando tinham um nível de desenvolvimento muito inferior, alimentassem este tipo de mentalidade, ainda hoje não eram ninguém.
Lei da Gravidade, revisitada :
1º Tudo o que subiu, cai por si.
2º Tudo o que caiu, só sobe se impulsionado.
1º Tudo o que subiu, cai por si.
2º Tudo o que caiu, só sobe se impulsionado.
Recolector escreveu:
Concordo com os aspectos de conservação do ecossistema, que devem ser parte da política de conservação dentro de uma área protegida como é o Gerês. Contudo, gostaria de referir dois aspectos:
1 - O Gerês não pertence à região mediterrânica, mas sim à região euro-siberiana, onde a vegetação potencial é formada basicamente por espécies de origem atlântica e centro-europeia. Por isso, não faz sentido falar de "natureza mediterrânica" em relação a esta área protegida (a zona de inflência mediterrânica apenas abrange o planalto da Mourela, situada no extremo leste do Parque, já no distrito de Vila Real, concelho de Montalegre, mas aqui o coberto florestal não é dominante e além disso esta porção de terreno representa apenas menos de 10% da área total do parque nacional)
2 - Os grandes fogos que se verificam no país não incidem, na sua maioria, sobre a vegetação espontânea e autóctone, mas sim sobre as monoculturas de pinheiro e eucalipto que cobrem actualmente uma parte substancial do território português e que de mediterrânico têm muito pouco; no caso do Gerês, não há muitos eucaliptos, mas há pinhais q.b. e muitos matagais, formados principalmente por giestas; a estrutura destes matagais, que derivam da degradação dos bosques ao longo dos séculos, já nada tem a ver com o coberto original.
Saudações,
Elias
O Gerês destina-se a preservar, no estado original, uma porção de natureza mediterrânica, pelo que não fazia sentido "limpar" o manto, pois o mesmo faz parte do todo que é o ecossistema da floresta natural.
Concordo com os aspectos de conservação do ecossistema, que devem ser parte da política de conservação dentro de uma área protegida como é o Gerês. Contudo, gostaria de referir dois aspectos:
1 - O Gerês não pertence à região mediterrânica, mas sim à região euro-siberiana, onde a vegetação potencial é formada basicamente por espécies de origem atlântica e centro-europeia. Por isso, não faz sentido falar de "natureza mediterrânica" em relação a esta área protegida (a zona de inflência mediterrânica apenas abrange o planalto da Mourela, situada no extremo leste do Parque, já no distrito de Vila Real, concelho de Montalegre, mas aqui o coberto florestal não é dominante e além disso esta porção de terreno representa apenas menos de 10% da área total do parque nacional)
2 - Os grandes fogos que se verificam no país não incidem, na sua maioria, sobre a vegetação espontânea e autóctone, mas sim sobre as monoculturas de pinheiro e eucalipto que cobrem actualmente uma parte substancial do território português e que de mediterrânico têm muito pouco; no caso do Gerês, não há muitos eucaliptos, mas há pinhais q.b. e muitos matagais, formados principalmente por giestas; a estrutura destes matagais, que derivam da degradação dos bosques ao longo dos séculos, já nada tem a ver com o coberto original.
Saudações,
Elias
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comentário
Caro Alexandre
Pois.....os homens são bons...do melhor que há neste mundo...nem sequer dúvido disso....do que tenho dúvidas é da seriedade da organização...é apenas uma feira de generosidades.... de gestos de boa vontade e de alguma heroicidade mas sem nada que frutifique de um modo consequente....homens cansados e a dormir...mas ninguém pensou na rendição....ninguém planeou o abastecimento de pelo menos a alimentação?....já não falo de meios adequados ao combate ao fogo....como é possível andar no meio do fumo sem uma simples máscara com meios de respiração capazes e autónomos?....O que é isto?...andam a brincar com a boa fé dos portugueses.
Claro que o fogo é uma realidade implacávél....mas isso mais exige o planeamento sério e simples.
cumps
Pois.....os homens são bons...do melhor que há neste mundo...nem sequer dúvido disso....do que tenho dúvidas é da seriedade da organização...é apenas uma feira de generosidades.... de gestos de boa vontade e de alguma heroicidade mas sem nada que frutifique de um modo consequente....homens cansados e a dormir...mas ninguém pensou na rendição....ninguém planeou o abastecimento de pelo menos a alimentação?....já não falo de meios adequados ao combate ao fogo....como é possível andar no meio do fumo sem uma simples máscara com meios de respiração capazes e autónomos?....O que é isto?...andam a brincar com a boa fé dos portugueses.
Claro que o fogo é uma realidade implacávél....mas isso mais exige o planeamento sério e simples.
cumps
Se naufragares no meio do mar,toma desde logo, duas resoluções:- Uma primeira é manteres-te à tona; - Uma segunda é nadar para terra;
Sun Tzu
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Re: comentário
jotabil Escreveu:Caro triunviratista
Como conseguimos conceber que haja bombeiros cansados a lutar contra o fogo?.....E sem alimetação?...... e 200 elementos de 40 corporações?.....que feira é esta?
O fogo é um inimigo implacável que actua num terreno e meio ambiental que lhe é propício e só nessas condições.
Temos de estudar....planear...organizar ....decidir e controlar....e parece que nada disso se faz....não há planeamento tanto no pessoal....como nos meios.
Se um dia te deres ao trabalho para veres na lei como está estruturado o dispositivo bombeiral....ficavas de olhos em bico.
E se um dia admirares um paneamento elaborado no âmbito da protecção civil ficavas baralhado com tantas folhas e confusão de termos e siglas.
Um plano tem de ser tanto mais simples quanto mais exigente é a missão a cumprir.
Naturalmente que os condicionamentos climatéricos e de terreno são demasiado acentuados....mas isso mais rigor exige na acção organizadora.
Como é que existem homens de tronco nu ou de Tshirt a combater o fogo?.......Basta um pouco de fumo para inutilizar qualquer esforço.
Nada...é uma feira de boas vontades acredita...não é possível coordenar o esforço de 200 homens de 40 corporações ...é um esforço caótico e sem direcção definida.
Ficamos presos à generosidade dos homens que se entendem bombeiros e quase ficamos desarmados perante as evidentes e claras limitações à necessária acção coordenada contra o fogo....mas temos de dizer o que se passa.
A comunicação explora essa descoordenação, fazendo dela um sinal de grande heroísmo e generosidade dos homens(bombeiros).....mas aqui para nós.....apenas revela o granel que nos invade a todos como baratas expostas à luz inesperada.
Respeito pelos que trabalham que são gente generosa ...a merecer melhor sorte...dado o seu esforço inglório.
E depois...Caro triunviratista.....os comandantes ...aqueles com tantos galões que até afligem.....a terem visões estratégicas junto a uma viatura e de rádio na mão...comovem-me.
Que Nossa Senhora da Conceição nos acuda no meio de tanta eficácia
cumps
Os nossos bombeiros sâo uns herois, ou melhor, as pessoas que apagam os fogos são uns herois, porque na realidade não temos bombeiros.
Por acaso sabem quanto ganha um bombeiro em España? Quais são os testes que fazem para ser admitidos? Quantos dias por semana trabalham? O orgulho que é ser bombeiro?
Neste momento, sempre que me desloco a España, fico com a sensação, que nasci no lado errado, mas tambem podia ter nascido num bem pior.
comentário
Caro triunviratista
Como conseguimos conceber que haja bombeiros cansados a lutar contra o fogo?.....E sem alimetação?...... e 200 elementos de 40 corporações?.....que feira é esta?
O fogo é um inimigo implacável que actua num terreno e meio ambiental que lhe é propício e só nessas condições.
Temos de estudar....planear...organizar ....decidir e controlar....e parece que nada disso se faz....não há planeamento tanto no pessoal....como nos meios.
Se um dia te deres ao trabalho para veres na lei como está estruturado o dispositivo bombeiral....ficavas de olhos em bico.
E se um dia admirares um paneamento elaborado no âmbito da protecção civil ficavas baralhado com tantas folhas e confusão de termos e siglas.
Um plano tem de ser tanto mais simples quanto mais exigente é a missão a cumprir.
Naturalmente que os condicionamentos climatéricos e de terreno são demasiado acentuados....mas isso mais rigor exige na acção organizadora.
Como é que existem homens de tronco nu ou de Tshirt a combater o fogo?.......Basta um pouco de fumo para inutilizar qualquer esforço.
Nada...é uma feira de boas vontades acredita...não é possível coordenar o esforço de 200 homens de 40 corporações ...é um esforço caótico e sem direcção definida.
Ficamos presos à generosidade dos homens que se entendem bombeiros e quase ficamos desarmados perante as evidentes e claras limitações à necessária acção coordenada contra o fogo....mas temos de dizer o que se passa.
A comunicação explora essa descoordenação, fazendo dela um sinal de grande heroísmo e generosidade dos homens(bombeiros).....mas aqui para nós.....apenas revela o granel que nos invade a todos como baratas expostas à luz inesperada.
Respeito pelos que trabalham que são gente generosa ...a merecer melhor sorte...dado o seu esforço inglório.
E depois...Caro triunviratista.....os comandantes ...aqueles com tantos galões que até afligem.....a terem visões estratégicas junto a uma viatura e de rádio na mão...comovem-me.
Que Nossa Senhora da Conceição nos acuda no meio de tanta eficácia
cumps
Como conseguimos conceber que haja bombeiros cansados a lutar contra o fogo?.....E sem alimetação?...... e 200 elementos de 40 corporações?.....que feira é esta?
O fogo é um inimigo implacável que actua num terreno e meio ambiental que lhe é propício e só nessas condições.
Temos de estudar....planear...organizar ....decidir e controlar....e parece que nada disso se faz....não há planeamento tanto no pessoal....como nos meios.
Se um dia te deres ao trabalho para veres na lei como está estruturado o dispositivo bombeiral....ficavas de olhos em bico.
E se um dia admirares um paneamento elaborado no âmbito da protecção civil ficavas baralhado com tantas folhas e confusão de termos e siglas.
Um plano tem de ser tanto mais simples quanto mais exigente é a missão a cumprir.
Naturalmente que os condicionamentos climatéricos e de terreno são demasiado acentuados....mas isso mais rigor exige na acção organizadora.
Como é que existem homens de tronco nu ou de Tshirt a combater o fogo?.......Basta um pouco de fumo para inutilizar qualquer esforço.
Nada...é uma feira de boas vontades acredita...não é possível coordenar o esforço de 200 homens de 40 corporações ...é um esforço caótico e sem direcção definida.
Ficamos presos à generosidade dos homens que se entendem bombeiros e quase ficamos desarmados perante as evidentes e claras limitações à necessária acção coordenada contra o fogo....mas temos de dizer o que se passa.
A comunicação explora essa descoordenação, fazendo dela um sinal de grande heroísmo e generosidade dos homens(bombeiros).....mas aqui para nós.....apenas revela o granel que nos invade a todos como baratas expostas à luz inesperada.
Respeito pelos que trabalham que são gente generosa ...a merecer melhor sorte...dado o seu esforço inglório.
E depois...Caro triunviratista.....os comandantes ...aqueles com tantos galões que até afligem.....a terem visões estratégicas junto a uma viatura e de rádio na mão...comovem-me.
Que Nossa Senhora da Conceição nos acuda no meio de tanta eficácia
cumps
Se naufragares no meio do mar,toma desde logo, duas resoluções:- Uma primeira é manteres-te à tona; - Uma segunda é nadar para terra;
Sun Tzu
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MarcoAntonio Escreveu:Recolector, um comentário desses a uma pitada de humor é que eu não esperava!
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Descontrai, recolector, é fim de semana...
A culpa disto tudo é de apenas um Homem: D. Afonso Henriques. Não fosse ele e estavamos sobre o dominio de Espanha. E bem melhor!!!!
"O desprezo pelo dinheiro é frequente, sobretudo naqueles que não o possuem"
Fonte: "La Philosophie de G. C."
Autor: Courteline , Georges
Site porreiro para jogar (carregar em Arcade) : www.gamespt.net
Fonte: "La Philosophie de G. C."
Autor: Courteline , Georges
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Recolector, um comentário desses a uma pitada de humor é que eu não esperava!
Descontrai, recolector, é fim de semana...

Descontrai, recolector, é fim de semana...
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Das chamas ao estado febril, vai um passo ...
MarcoAntonio Escreveu:Quando dizem «vêm aí os espanhóis tomar conta disto tudo»... não há-de faltar muito e eu começarei a pensar: olha, se calhar nem era mau de todo.
Cumprimentos
Recolector
Lei da Gravidade, revisitada :
1º Tudo o que subiu, cai por si.
2º Tudo o que caiu, só sobe se impulsionado.
1º Tudo o que subiu, cai por si.
2º Tudo o que caiu, só sobe se impulsionado.
nunofaustino Escreveu:... basta ir a uma mata nacional (vao ao bussaco, ao geres, ao pinal de leiria) e ver que o Estado Portugues n limpa as suas matas, por isso n pode exigir que os priprietarios individuais limpem as suas matas.
O Gerês destina-se a preservar, no estado original, uma porção de natureza mediterrânica, pelo que não fazia sentido "limpar" o manto, pois o mesmo faz parte do todo que é o ecossistema da floresta natural.
Lei da Gravidade, revisitada :
1º Tudo o que subiu, cai por si.
2º Tudo o que caiu, só sobe se impulsionado.
1º Tudo o que subiu, cai por si.
2º Tudo o que caiu, só sobe se impulsionado.
Este e um assunto que me irrita profundamente... para encontrarmos uma solucao para os fogos em Portugal temos de olhar para os bons exemplos (ca dentro e la fora) e tentar adaptar isso a nivel nacional...
Vamos ver o que os outros paises fazem de bom e de mau... vamos ver quais sao os concelhos em Portugal que tem menos fogos por ano e tentar entender porque...
Na minha opiniao, para resolver este problema temos de perceber quais sao so verdadeiros custos que um fogo provoca:
1. Perda de floresta, com potencial perigo de desertificacao das zonas ardidas (particularmente importante em altura de seca extrema e caso nao sejam tomadas medidas de reflorestacao)
2. Perdas de habitacoes
3. Perdas inerentes ao combate aos incendios (despesas de manutencao dos materiais utilizados pelos bombeiros, perda da agua, gastos com empresas com meios aereos)
4. Perdas laterais (na sexta feira estavam mais de 1000 bombeiros a combater os incendios em Portugal. Se a este numero adicionarmos mais 500 pessoas cujas habitacoes estavam em risco e que ajudavam os bombeiros chegamos a um numero perto as 2000 pessoas. Qual e o custo para a economia portuguesa e o que e que isto faz a competitividade das empresas portuguesas - eu conheco pessoas que em Agosto trabalham 10 dias no maximo... o resto andam a combater fogos)
Tudo isto somado, a factura nao e pequena e por isso acho que e uma prioridade o combate a esta criminalidade.
Ao contrario do que as pessoas pensam, eu acredito que mais de metade destes fogos seriam eviatdos atraves da ordenacao do territorio e da educacao nas escolas. Eu dou o exmeplo que melhor conheco. O concelho de Mortagua (Viseu e nao coimbra como foi dito) tem cerca de 90% da sua area coberta com mata. 90% dessa mancha verde sao eucaliptos que estao arrendados (por particulares) a empresas de celulose. Para alem disso, a camara investiu largos milhares de contos a contruir estradoes (onde possam passar dois carros de bombeiros simultaneamente) e depositos de agua de x em x Km. para alem disso tem um sistema de ocupacao de tempos livres em que jovens estao colocados em postos de vigis estrategicamente colocados. Par alem disso tb foi construida uma centreal termoelectrica que produz energia atraves do consumo dos residuos florestais. Finalmente, a populacao esta consciente que o fogo pode destruir tudo o que possuem em poucos minutos e estao atentos a potenciais movimentos estranhos. O resultado, e que em Mortagua ocorrem muito poucos fogos por ano e os que ha sao combatidos de um modo eficaz tanto pelos bombeiros como pela populacoes (ja n e a 1a vez que qdo os bombeiros chegam, ja a populacao apagou o incendio).
No entanto todos os anos ha fogos em Mortagua. E ocorrem nos mesmos locais e resultam do descuidos individuis e de empresas. 90% dos fogos comecam junto a linha de caminho de ferro (normalmente resultante de um pirisca) ou em locais onde as linhas de electricidade tocam umas nas outras e produzem faiscas que levam ao inicio do fogo. Algo que e dificil de combater.
Ou seja, o ordenamento e a educacao da populacao que vive junto a pontos criticos permitiria a diminuicao dos incendios.
Mas a ordenacao do territorio n e facil... gd parte dos terrenos sao de pequenas dimensoes e ficava mais caro ao proprietario limpar as matas do que o rendimento que ele tira delas. Para elm disso, basta ir a uma mata nacional (vao ao bussaco, ao geres, ao pinal de leiria) e ver que o Estado Portugues n limpa as suas matas, por isso n pode exigir que os priprietarios individuais limpem as suas matas.
E necessario vontade politica para encarar este problema de frente (algo que nunca foi feito) e preparar uma lei do ordenamento do territorio verde de modo a protege-lo e de modo a fazer com que as pessoas tenham prazer em disfruta-lo. Aqui nos estados unidos, qquer parque nacional tem entrada paga (cerca de 10USD/dia ou 50USD/ano). No entanto esse $$ e gasto na manutencao do parque e eles estao sempre em condicoes excelentes (mesmos os trilhos ficam limpos depois na primavera, com os troncos cortados e as marcas bem identificadas).
No fundo existe uma politica nacional que permite proteger as zonas verdes, mas que ao mesmo tempo permite que as pessoas os desfrutem pagando um valor quase simbolico...
Um abraco
Nuno
Vamos ver o que os outros paises fazem de bom e de mau... vamos ver quais sao os concelhos em Portugal que tem menos fogos por ano e tentar entender porque...
Na minha opiniao, para resolver este problema temos de perceber quais sao so verdadeiros custos que um fogo provoca:
1. Perda de floresta, com potencial perigo de desertificacao das zonas ardidas (particularmente importante em altura de seca extrema e caso nao sejam tomadas medidas de reflorestacao)
2. Perdas de habitacoes
3. Perdas inerentes ao combate aos incendios (despesas de manutencao dos materiais utilizados pelos bombeiros, perda da agua, gastos com empresas com meios aereos)
4. Perdas laterais (na sexta feira estavam mais de 1000 bombeiros a combater os incendios em Portugal. Se a este numero adicionarmos mais 500 pessoas cujas habitacoes estavam em risco e que ajudavam os bombeiros chegamos a um numero perto as 2000 pessoas. Qual e o custo para a economia portuguesa e o que e que isto faz a competitividade das empresas portuguesas - eu conheco pessoas que em Agosto trabalham 10 dias no maximo... o resto andam a combater fogos)
Tudo isto somado, a factura nao e pequena e por isso acho que e uma prioridade o combate a esta criminalidade.
Ao contrario do que as pessoas pensam, eu acredito que mais de metade destes fogos seriam eviatdos atraves da ordenacao do territorio e da educacao nas escolas. Eu dou o exmeplo que melhor conheco. O concelho de Mortagua (Viseu e nao coimbra como foi dito) tem cerca de 90% da sua area coberta com mata. 90% dessa mancha verde sao eucaliptos que estao arrendados (por particulares) a empresas de celulose. Para alem disso, a camara investiu largos milhares de contos a contruir estradoes (onde possam passar dois carros de bombeiros simultaneamente) e depositos de agua de x em x Km. para alem disso tem um sistema de ocupacao de tempos livres em que jovens estao colocados em postos de vigis estrategicamente colocados. Par alem disso tb foi construida uma centreal termoelectrica que produz energia atraves do consumo dos residuos florestais. Finalmente, a populacao esta consciente que o fogo pode destruir tudo o que possuem em poucos minutos e estao atentos a potenciais movimentos estranhos. O resultado, e que em Mortagua ocorrem muito poucos fogos por ano e os que ha sao combatidos de um modo eficaz tanto pelos bombeiros como pela populacoes (ja n e a 1a vez que qdo os bombeiros chegam, ja a populacao apagou o incendio).
No entanto todos os anos ha fogos em Mortagua. E ocorrem nos mesmos locais e resultam do descuidos individuis e de empresas. 90% dos fogos comecam junto a linha de caminho de ferro (normalmente resultante de um pirisca) ou em locais onde as linhas de electricidade tocam umas nas outras e produzem faiscas que levam ao inicio do fogo. Algo que e dificil de combater.
Ou seja, o ordenamento e a educacao da populacao que vive junto a pontos criticos permitiria a diminuicao dos incendios.
Mas a ordenacao do territorio n e facil... gd parte dos terrenos sao de pequenas dimensoes e ficava mais caro ao proprietario limpar as matas do que o rendimento que ele tira delas. Para elm disso, basta ir a uma mata nacional (vao ao bussaco, ao geres, ao pinal de leiria) e ver que o Estado Portugues n limpa as suas matas, por isso n pode exigir que os priprietarios individuais limpem as suas matas.
E necessario vontade politica para encarar este problema de frente (algo que nunca foi feito) e preparar uma lei do ordenamento do territorio verde de modo a protege-lo e de modo a fazer com que as pessoas tenham prazer em disfruta-lo. Aqui nos estados unidos, qquer parque nacional tem entrada paga (cerca de 10USD/dia ou 50USD/ano). No entanto esse $$ e gasto na manutencao do parque e eles estao sempre em condicoes excelentes (mesmos os trilhos ficam limpos depois na primavera, com os troncos cortados e as marcas bem identificadas).
No fundo existe uma politica nacional que permite proteger as zonas verdes, mas que ao mesmo tempo permite que as pessoas os desfrutem pagando um valor quase simbolico...
Um abraco
Nuno
Pluricanal... não obrigado. Serviço péssimo e enganador!!!
«Bombeiros não são culpados»
Com o dedo apontado ao Estado e aos municípios, a Associação Nacional de Bombeiros Profissionais (ANBP) emitiu um comunicado intitulado, «Os bombeiros não são culpados».
Perante as queixas de muitas populações e de alguns autarcas a ANBP resolveu marcar uma posição.
O presidente Fernando Curto lembrou que há muito vem alertando para a necessidade de organização no combate aos incêndios em Portugal.
O dirigente, ouvido pela TSF, diz que «quem está no terreno abnegadamente e profissionalmente não pode ser culpado de situações» relacionadas com a descoordenação, falta de meios humanos e técnicos assim como a inexistência de uma política correcta de prevenção.
Em comunicado, a ANBP considera que «o Estado, as autarquias e mesmo algumas entidades ligadas à protecção civil são os principais culpados desta situação».
A associação considera ainda que «acusar os bombeiros é o caminho mais fácil» quando o problema reside no facto da questão ser tratada pelos políticos «de uma forma sazonal».
«As autarquias, designadamente a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), tem também responsabilidades», diz o texto.
«Há muito que já deveriam ter criado grupos de bombeiros profissionais nos seus concelhos que respondessem prontamente a estas calamidades», acrescenta o documento intitulado «Bombeiros não são culpados».
A ANBP lembra ainda a posição que tomou a 05 de Janeiro, no momento da apresentação do «Plano de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais de 2005» pelo então primeiro-ministro Pedro Santana Lopes.
Na altura, a associação apontou estas falhas e alertou para o facto de o país estar a atravessar um período de seca grave que iria ter «repercussões gravíssimas» nos incêndios florestais.
Com o dedo apontado ao Estado e aos municípios, a Associação Nacional de Bombeiros Profissionais (ANBP) emitiu um comunicado intitulado, «Os bombeiros não são culpados».
Perante as queixas de muitas populações e de alguns autarcas a ANBP resolveu marcar uma posição.
O presidente Fernando Curto lembrou que há muito vem alertando para a necessidade de organização no combate aos incêndios em Portugal.
O dirigente, ouvido pela TSF, diz que «quem está no terreno abnegadamente e profissionalmente não pode ser culpado de situações» relacionadas com a descoordenação, falta de meios humanos e técnicos assim como a inexistência de uma política correcta de prevenção.
Em comunicado, a ANBP considera que «o Estado, as autarquias e mesmo algumas entidades ligadas à protecção civil são os principais culpados desta situação».
A associação considera ainda que «acusar os bombeiros é o caminho mais fácil» quando o problema reside no facto da questão ser tratada pelos políticos «de uma forma sazonal».
«As autarquias, designadamente a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), tem também responsabilidades», diz o texto.
«Há muito que já deveriam ter criado grupos de bombeiros profissionais nos seus concelhos que respondessem prontamente a estas calamidades», acrescenta o documento intitulado «Bombeiros não são culpados».
A ANBP lembra ainda a posição que tomou a 05 de Janeiro, no momento da apresentação do «Plano de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais de 2005» pelo então primeiro-ministro Pedro Santana Lopes.
Na altura, a associação apontou estas falhas e alertou para o facto de o país estar a atravessar um período de seca grave que iria ter «repercussões gravíssimas» nos incêndios florestais.
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