Caldeirão da Bolsa

Off-Topic -Ministra acredita que limites

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Pázada

por jarc » 29/7/2005 18:05

Há muito que se não via um governo a dar tanta pázada nos professores. Eles nem sabem onde se estão a meter. Parece que o dinheiro faz falta para a OTA, mas quem apanha o avião sei eu bem quem é. E é já seguir! :lol:
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por Vic » 29/7/2005 17:56

So para dizer que estou 100% de acordo com o Braganext.

Alias este (des)governo esta a conseguir os seus objectvos: Virar POVO PORTUGUÊS contra POVO PORTUGUÊS que trabalha no sector publico. Enfim dividir para reinar.
 
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por Presa36 » 29/7/2005 16:30

Fui professor durante 12 anos.

A certa altura comecei a ver que quem subia era quem menos trabalhava voluntariamente mas quem mais se encostava ao poder (como na política, ou nos serviços públicos, e quem mais aparecia.

a Certa altura (6 anos) cansei-me e passei a ser pequeno empresário.

Trabalho mais, mas com mais organização. Ganho mais.

Não estou arrependido.

É o que vai acontecer a muita gente da classe. Como vão ter que dar as 35h no local de trabalho, começam a pensar em rentabilizar mais esse tempo e então passam para outra onda.

Boa sorte a todos os professores.

Presa35
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por Kafka » 29/7/2005 16:15

Viva


Em relação às acumulações devo dizer o seguinte:
A ministra pretendia pôr termo às acumulações dos professores porque a nossa classe é a classe menos respeitada deste país. E este país é um país de bananas e de cagarolas (entre os quais, obviamente, me incluo). Os problemas dos professores são três: há-os mais que as mães, não têm camiões para bloquear estradas e são representados por sindicatos da treta. Todos nós, que frequentamos este forum, acreditamos nas leis do mercado. O mercado funciona e o mercado manda! Haverá sempre regras regulatórias mas o funcionamento de qualquer economia aberta está enquadrada pela lei da oferta e da procura. Impedir que os professores acumulem funções com o argumento de que há desemprego fazia sentido no século XIX. Hoje os professores que estão no desemprego deverão ser apoiados, deverão desunhar-se como os de mais, deverão procurar formar-se de modo a serem preferidos e, se o problema for a falta de cunha, deverão arranjar amizades que lhes proporcionem proveitos. Conheço advogados, economistas, enfermeiros, etc., que estão no desemprego e ninguém imagina sequer restringir a actividades daqueles que estão no activo e que, muitas das vezes, são funcionários públicos. O mais bonito disto tudo é, para além disso, a nossa boa ministra quer restringir as explicações como se os profes tivessem autênticos latifúndios com essa actividade. O melhor mesmo é a malta pôr-se fina e ver se ganha uns cobres na bolsa porque ser professor... f**** outro!
O mais incompreensível no Universo é o facto de ele ser compreensível.

A. Einstein
 
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por Braganext » 29/7/2005 14:48

Caro Andrade

Tudo que referes são factos evidentes da forma como estes governantes tratam os professores. Algumas coisas até tem aspectos positivos, mas "revolução" efectuada não respeitou as pessoas e aqueles que dão o seu melhor. Se pretendiam fazer aquilo que mais ninguem conseguiu fazer - avaliação dos Professores - não podiam começar por desumaniza-los e descrebiliza-los na sociedade.
Braganext em modo Bullnext desde Abril de 2003.
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.....

por andraderui » 29/7/2005 14:17

"Jornal Público, 23 de Junho de 2005

Que privilégios
Sou professor desde 1985. Tirei uma licenciatura em Ensino que paguei com o meu trabalho. Tenho duas pós-graduações que paguei do meu bolso. Encontro-me
(congelado) no 8.º Escalão da Carreira Docente. Leccionei, durante o presente ano lectivo, as disciplinas de Língua Portuguesa, Francês, Oficina de Teatro (oferta da escola), Área de Pro­jecto e Formação Cívica. Fui director de turma e responsável pela coordenação pedagógica da Formação Cívica.

Ponho do meu bolso muitas vezes para que al­guns alunos possam participar nas acti­vidades (este ano, por exemplo, paguei os bilhetes a alunos numa visita de
estudo ao Teatro Nacional D. Maria II). Trabalhei durante o feriado municipal (7 de Junho), no dia 9 até às 24 horas e no sábado, 11 de Junho, toda a manhã a montar uma exposição de todos os tra­balhos da Área de Projecto. Carreguei escadotes, expositores, subi e desci. Não meti um único atestado médico durante o ano. E vêm falar da porra dos privilégios.

Recebi de vencimento, no mês de Maio, 1437,22 euros. Descontei para a Caixa Geral de Aposentações/Segurança So­cial 201,41 euros e de IRS 433,00 euros.

Privilégios? Troco já por uma outra profissão com o mesmo salário e que se f... os privilégios!
Não vivo no luxo. Não passo férias no estrangeiro. Pago mensalmente à CGD a hipoteca de um T3, sem garagem e sem piscina. Pago mensalmente um Honda
Jazz. Não tenho Audi, BMW, Mercedes, jipe, casa de férias. Que porra de privi­légios?

Venham dar aulas. Venham ver como se comporta a maioria dos alunos dentro e fora da sala de aulas! Venham ver a falta de autoridade, a falta de respeito, o
enxovalho quase permanente! Com isto não está preocupado o Ministério da Educação, nem a Confap. Areia para os olhos!

Sou professor, repito, não um mal­feitor. Não sou comunista, não sou sindicalizado e vou aderir à greve por­que estou farto da incompetência e da prepotência do ministério, da Confap e da opinião pública!

JOSE JOAQUIM ARAÚJO
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Off-Topic -Ministra acredita que limites

por Pedrinho » 28/7/2005 11:21

Mas que grande palhaçada. Em 1.º lugar estou de acordo com o acabar de acumulações, até porque a "lei" diz que o professor lecciona "apenas" 23/25 horas das 35 h semanais, porque aquelas 10/12 horas servem para preparar aulas, avaliar, e DESCANSAR. Ora isto significa, que até agora a "lei" não estava a ser cumprida, e não vai ser cumprida. Eu enquanto professor, estive sempre várias horas por dia nas minhas empresas e nunca fui incomodado por qualquer tipo de fiscalização, nas férias "grandes" fui apenas chamado 2 meses em 14 anos para me apresentar na escola devido a uma reunião do conselho pedagógico, o que significou que estive sempre desde Julho até inícios de Setembro em férias (2 meses), e aproveitava para estar mais tempo nas minhas empresas.
Quanto à redução de acumulação das 10 para 6 ou 4 horas, principalmente quando falam nos C.F.Profissionais, isso vai ser treta: Em 1.º lugar eu só pedi à DREN acumulações quando dava f. Profissional no regime de aprendizagem (dão equivalência escolar ao 9.º ou 12.º ex.) porque nos cursos de qualificação chegava a dar 400 e 600 horas por ano e nunca fui incomodado, e não era só no IEFP era também em muitas outras instituições como associações, e empresas privadas.
Por isso não acredito em nada do andam para ai a dizer, e acho graça quando falam em criar cerca de 3.000 empregos, que eu saiba dar 3 ou 4 horas semanais no IEFP (por exemplo)ser obrigado a colectar-se, pagar um fortuna à S.Social+impostos+deslocações e ganhar 17 euros à hora, isso é emprego?
Já agora: E como é que fica a qualidade da formação profissional com a entrada de pessoas sem nenhuma experiência profissional ou empresarial a leccionar? Afinal o que é, e para que serve a formação profissional?
"...Saber fazer..." onde estás????



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