Caldeirão da Bolsa

O que os contribuintes pensam dos funcionários públicos

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Grillo » 25/7/2005 19:46

Meus Caros mais escandaloso !!!são os padrinhos politicos que pôem "putos" de 28 anos filhos de ex-ministros em empresas tuteladas pelo Estado<Galp> a ganhar mais que Juizes,Médicos,Professores em final de Carreira!!!
 
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por Surfer » 25/7/2005 11:36

Almecu Escreveu:A grande maioria dos líderes de opinião pensa que esta situação se deve às más políticas dos últimos dez anos, espelhadas pelo descontrolo das finanças públicas e pela terrível ineficiência do sector público. Não lhes ocorre que as razões essenciais desta degradação possam estar muito mais do lado da incapacidade de mudança e da ineficiência dos comportamentos empresariais típicos em Portugal . É claro que há erros nas políticas públicas, a necessitar de urgente e dramática correcção. Mas o cancro estrutural da nossa crise vai muito para além disso. Para mal de todos nós, a ineficiência do nosso sector empresarial privado é bem mais grave e profunda que a do sector público. Porque será que tão poucos se atrevem a trazer ao debate nacional tão óbvia verdade? Por quanto mais tempo poderão as forças vivas da Nação e seus arautos continuar a enterrar a cabeça na areia?


Costuma-se dizer que as pessoas ficam ligadas aos actos que fazem, neste caso diria, que as palavras de João Cravinho demonstram a fraca qualidade dos nossos politicos. Neste caso ex-governante.

Enfim...Triste deste pais!
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por Casal Investidor » 25/7/2005 10:19

A crise e a competitividade do sector privado



Djoão

cravinho
ivergimos da UE desde 2002 e assim continuaremos nos próximos anos. Temos a mais baixa produtividade na UE a 15 e não se vislumbra recuperação sustentada. A nossa propensão à inovação está confinada a algumas ilhas da nossa economia. A competitividade da grande maioria das nossas empresas expostas à concorrência internacional desmorona-se de dia para dia. A grande maioria dos líderes de opinião pensa que esta situação se deve às más políticas dos últimos dez anos, espelhadas pelo descontrolo das finanças públicas e pela terrível ineficiência do sector público. Não lhes ocorre que as razões essenciais desta degradação possam estar muito mais do lado da incapacidade de mudança e da ineficiência dos comportamentos empresariais típicos em Portugal . É claro que há erros nas políticas públicas, a necessitar de urgente e dramática correcção. Mas o cancro estrutural da nossa crise vai muito para além disso. Para mal de todos nós, a ineficiência do nosso sector empresarial privado é bem mais grave e profunda que a do sector público. Porque será que tão poucos se atrevem a trazer ao debate nacional tão óbvia verdade? Por quanto mais tempo poderão as forças vivas da Nação e seus arautos continuar a enterrar a cabeça na areia?

Quem quiser reflectir seriamente sobre a realidade estrutural da crise da nossa economia poderá beneficiar de uma cura de desintoxicação mediante leitura rápida de insuspeitas publicações internacionais.

Em 2004 o índice de competitividade do IMD coloca Portugal na 45.ª posição, entre 60 países. Curiosamente o subíndice relativo ao sector empresarial privado (51) é o mais baixo de todos, significativamente abaixo dos subíndices de eficiência do sector governamental (41), das infra-estruturas básicas, tecnológicas e científicas, de saúde e educação (35%), e até mesmo da performance macroeconómica em ano de crise (44).

Ainda mais relevante para o fim em vista é o relatório do World Economic Fórum sob a direcção conjunta dos professores Klaus Schwab e Michael Porter, e a responsabilidade editorial de Xavier Sala-i-Martin. Como Porter, autor da metodologia do índice de competitividade do sector empresarial privado, e Sala-i-Martin bem sublinham, "instituições políticas, legais e sociais estáveis e boas políticas macroeconómicas criam o potencial para melhorar a produtividade nacional. Mas na realidade a riqueza é criada a nível microeconómico - pela capacidade das empresas para criar bens e serviços valiosos usando métodos eficientes" e gerando altos níveis de produtividade, que são a medida da verdadeira competitividade. "As fundações microeconómicas da produ- tividade (portanto, da competitividade) assentam em duas áreas inter-relacionadas (1) a sofisticação com que as empresas nacionais ou estrangeiras operam num dado país; (2) a qualidade do ambiente empresarial microeconómico em que competem. A produtividade de um país é definida em última análise pela produtividade das suas empresas." A partir desta base metodológica, o World Economic Forum calcula o índice de competitividade empresarial e dois subíndices, um relativo à sofisticação operacional e outro relativo à qualidade do ambiente empresarial nacional. Portugal é classificado na 36.ª posição no índice geral. Mas o subíndice de sofisticação das nossas empresas (46) é bem inferior ao subíndice relativo à qualidade do ambiente empresarial nacional (33).

Os indicadores de Portugal contrastam com os de Espanha, onde os três índices são praticamente idênticos (25). Vale a pena pormenorizar a comparação. Assim, quanto à incorporação de novas tecnologias na empresa, Portugal está na posição 87 e Espanha na 36. Quanto ao recurso à mão-de-obra barata como base de competitividade, Portugal 73 e Espanha 27. No que toca ao posicionamento na cadeia de valor, Portugal 42 e Espanha 19. No marketing, Portugal 52, Espanha 19. Na orientação para a satisfação do cliente, Portugal 66, Espanha 19. Medite-se na enorme diferença de sofisticação operacional das empresas em Portugal e Espanha e o que isso significa para o futuro. Daqui a três ou quatro anos, Portugal poderá ter um défice igual ao da Espanha. Mas quando é que as empresas portuguesas alcançarão sofisticação operacional igual ao das empresas espanholas?

joaocravinho@hotmail.com
 
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O que eu penso dos funcionários públicos

por Col » 25/7/2005 3:25

È simplesmente o que a maioria deles pensa quando lhe entra uma qualquer pessoa no seu departamento: LÁ VEM MAIS UM CHATEAR, no meu sector, o turistico, diz-se precisamente o contrário: AÍ VEM MAIS UM CLIENTE. Isto só acontece porque práticamente adquirem o direito à reforma no dia da admissão, conhecem algum caso de despedimento com justa causa? eu só conheço suspensões ou reformas compulsivas por corrupção ou burlas!
 
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por Surfer » 24/7/2005 23:04

valves Escreveu:Por exemplo : Um forense há uns dias afirmava num post que tendo 56 anos estava numa situação complicada devido há idade era dificil arranjar emprego no privado e como ainda estava longe da reforma não se podia reformar. Ora o estado deve ser nestes casos agir como empregador de ultima instancia para assegurar a dignidade da pessoa humana.


Sem comentários.... :oh:
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por BullPower » 24/7/2005 21:52

agora o que é repugnante é ver malta nova com idade de se fazer á vida e lutar pela vida andar a vegetar em repartições publicas ...


Essa é que é essa!!! :roll: E os privados que se aguentem à bronca a sustentar essa malta preguiçosa. Claro que não são todos, mas a maioria...

Abraço e BN.
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por valves » 24/7/2005 20:46

Olá ...

na minha opinião é o conceito de serviço publico que tem que ser repensado na practica hoje em dia o funcionalismo publico na practica funciona como um feudo de quem teve conhecimentos para lá ser metido e dos que já lá estão há decadas. Ou seja na practica anda meio mundo a pagar a estabilidade de meio mundo. Eu não critico que se use a admnistração publica como empregador mas deve ser um empregador ao serviço dos que precisam.

Por exemplo : Um forense há uns dias afirmava num post que tendo 56 anos estava numa situação complicada devido há idade era dificil arranjar emprego no privado e como ainda estava longe da reforma não se podia reformar. Ora o estado deve ser nestes casos agir como empregador de ultima instancia para assegurar a dignidade da pessoa humana. agora o que é repugnante é ver malta nova com idade de se fazer á vida e lutar pela vida andar a vegetar em repartições publicas ...

Um abraço

Vasco
Aqui no Caldeirão no Longo Prazo estamos todos ricos ... no longuissimo prazo os nossos filhos estarão ainda mais ricos ...
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Mcarvalho !!!!

por AC » 24/7/2005 15:29

I agree with you !!!!

Good Post !! :clap: :clap:
Mais vale um pássaro na mão que dois a voar

www.ac-investor.blogspot.com - Now with trade Alerts for US stocks
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por Incognitus » 23/7/2005 13:03

A Justiça, Ensino, Saúde e tudo o resto devia ser privatizado. Depois logo se via se as remunerações desses sectores são realmente "baixas". Porque quem consulte os valores de reforma dos funcionários públicos nessas áreas não fica nada com essa ideia de "baixeza".

Quem quiser confirmar, visite www.cga.pt
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.******.com
 
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por Vic » 23/7/2005 11:42

EU nunca ponho todos no mesmo saco.

Conheço EXCELENTES funcionarios publicos, que é uma pena para o pais, não terem a coragem de darem o salto e seguirem a sua vida como independentes, tamanho é o seu conhecimento, trabalho , saber e empreendedorismo. Fruto da educação de seus pais, no regime de austuridade no tempo do Salazarismo??? Talvez.

TAmbem conheço, na privada, cada "*****"!!! Desde empresarios que so pensam fugir ao fisco, outros a EXPLORAR os trabalhadores (O trabalho temporario, esta cheio de historias tristes), nos bancos é so incompetencencia (há dias um gerente de conta do CPP agora SAntander nem sabia o que era o Nasdaq!!!!!!!), nas companhias de seguros é so roubar, e eu que o diga, etc, etc, etc.

Conclusão. Em todo o lado, há bons e maus. Acho que era bom para o pais, deixar de haver este confronto constantemente entre sector publico e privado. Temos é que ter a coragem de denunciar os MAUS casos, quer eles estejam no publico ou privado. Em vez de mandar "postas de pescada para o ar", ter a CORAGEM de pegar numa folha de papel e escrever, aqui, nos jornais, nos livros de reclamações, etc. Senão for assim, as criticas parecem-me ser de pessoas, frustradas e sem qualquer autoestima.

Neste pais o que mais existe, é a critica... e criticar é facil...

Tambem por isso somos dos paises mais atrasados da Europa.

Já pensaram no que se ganhava, no tempo em que se passa a criticar só por criticar, estar a fazer algo construtivo para a sociedade...
 
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por F.VIEIRA » 23/7/2005 9:12

Este local é um espaço onde se deve falar de bolsa.Perspectivas subjectivas da luta social devem ser debatidas noutros locais.Mas já agora não posso deixar de comentar que o M. Carvalho adopta a leitura do patrão Abslutista e anti-funcionário público.Frustrações...
 
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Re: O que os contribuintes pensam dos funcionários públicos

por A330-300 » 23/7/2005 7:13

O mal é que em Portugal não há greve, não temos capacidade para mover as classes, sejam qual forem, para a luta de rua. Se for para a praia talvez......[/quote]


Concordo plenamente....

Há dois perfis quando se trata de mobilizações:

O Medroso que não assume nada.

Aquele que não tem onde cair morto ,mas faz o tipo "tenho outros dinheiros",não preciso entrar neste movimentos que essas pessoas coitadinhas ,pobrezinhas, até precisam...

Os que até apoiam a mobilização mas não participam porque querem se aproveitar do momento para mostrar aos chefes o quanto lhe são leais e o quanto merecem uma promoção(Vulgo sabujos)

Os que até são muito valentes mas na hora "H" dão para trás.

E os que não querem saber mesmo de nada.

E finalmente sobram os que tem capacidade e dignidade e que vão à luta. Ah....Coonvém dizer que são menos de 5%.

Nunca se conseguiu nada em Leis Trabalhistas sem greves ,luta e até mortes.Se temos o que temos hoje é porque muita gente foi para as ruas.È porque houve muita gente com tomates.

E é porcausa deste perfil de rato que Portugal aceita estes políticos,é por causa deste perfil que temos os piores salários da Europa,as piores condições no sistema de saúde ,etc

E não são injeções de dinheiro ou o fato de não sermos um país pequeno que nos faz mais pobres.

O que nos faz mais pobres é a pequenês da mentalidade.

Um exemplo do acima descrito viu-se quando da formação da União Européia.
Alguns países eram tão carantes quanto Portugal.
Foi injetado dinheiro nesses países .Portugal ,Irlanda e Espanha.

Os resultados mostram que só aqueles onde o povo tem uma mentalidade evoluída é que evoluíram .
Portugal além de ficar basicamente na mesma ,(apenas com umas auto-estradas a mais pelas quais ainda temos que pagar portagens) ainda começa a ver países como a Polônia ;hungria e Eslovênia a passarem-lhe à frente na produtividade.Ah pois é....
Visto que é a produtividade que faz um país crescer e visto que nós estamos parados ,em breve outros países que são hoje pobres mas cujo povo tem uma mentalidade primeiro mundista superarão Portugal deixando-nos assim a posição Nº1 em tudo o que não presta.

Se não temos competência para criar nada ,temos que pelo menos ter a coragem de copiar.
 
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por paos » 22/7/2005 16:53

Entre várias coisas,
Curioso é um orgão de suberania (juizes/justiça), fazer greve para que outro orgão não lhe mexe no tacho. Lindo não é??
 
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Re: O que os contribuintes pensam dos funcionários públicos

por alexandre7ias » 22/7/2005 14:51

mcarvalho Escreveu:válido para todos os governos independentemente da cor

in bpi

22/07/2005 14:09

Nem o Rambo...
O contribuinte chegou à repartição pública e viu a porta fechada. Surpreendido, dirigiu-se ao segurança de empresa privada que estava à porta e perguntou-lhe:

- Hoje não trabalham?

O segurança respondeu:

- Não trabalhar é nos outros dias. Hoje estão de greve.

Esta anedota ilustra de forma clara o que os contribuintes pensam dos funcionários públicos. É uma visão, naturalmente, deturpada, mas se os contribuintes a têm é porque alguém deu razão para ela existir.

Uma das razões que nos levam a ter esta ideia prende-se com a facilidade, a raiar a irresponsabilidade, com que os funcionários públicos e similares recorrem à greve, e a forma como a utilizam para defender os seus eventuais interesses.Desde pequeno que me impressionam os filmes de Hollywood em que o mau da fita, para conseguir os seus intentos, ameaçava a família do herói. Este, quando se tratava de lutar de acordo com a regras, era invencível, mas ao ver a sua família sob a mira do mau da fita, cedia de imediato. Sempre me pareceu uma atitude de grande cobardia, opinião em que era seguido pelos realizadores das fitas, que utilizavam este tipo de cena para nos dar uma imagem verdadeiramente horripilante e cobarde do mau da fita.

Tenho exactamente a mesma sensação quado leio nas notícias que os médicos ou enfermeiros, funcionários públicos, fazem greve.

Para atingir os seus intentos, esses profissionais decidem agredir, prejudicar, bater nos doentes, como forma de obrigar o Ministério da Saúde a ceder. Que culpa têm os doentes se as horas extraordinárias dos médicos não são pagas? Ou se as carreiras dos enfermeiros não são do seu agrado? O que pode o doente/contribuinte fazer para que o médico ou o enfermeiro tenha as suas reivindicações satisfeitas? Nada. Apenas aguentar e continuar a pagar impostos para que quem o trata sem o menor respeito continue a receber o salário e a usufruir de regalias com que quem trabalha não pode sonhar.

O mesmo raciocínio se aplica aos professores. Zangam-se com o Ministério da Educação e batem nos alunos. E vão batendo nos alunos até o ministério ceder.

O ministério não os deixa reformarem-se aos 50 anos? Os alunos não fazem exames! Estão a ver a lógica não estão? Eu não!

Acham isto sério?

A mesma sensação tenho quando são os trabalhadores dos transportes públicos a fazer greve. Aqui com mais um detalhe de verdadeira preversão: o utente já pagou adiantado, quando comprou o passe social. E agora? Os administradores das empresas públicas de transportes continuam a andar de motorista, mas os contribuintes que andem a pé, faltem ao trabalho ou apanhem um taxi. Ninguém os mandou não ceder! Não cedem, agora sofrem! E o contribuinte chega a casa cansado por vir do escritório a pé e pensa: «Que culpa tenho eu que estes gajos não se entendam? Quem é que me pôs neste filme?»

O mesmo se passa com os juízes e outros profissionais ligados à Justiça. O ministério não faz o que eles querem? Pancada no contribuinte até o ministro ceder!

É que, para complicar, se o Exterminador Implacável deita fora a arma quando vê a filha ser ameaçada, se Santo se rende quando vê a amada em risco, se o Homem Aranha perde os poderes quando a tia é ameaçada, se até o Rambo, sim, o Rambo! desiste quando vê a criança em perigo, o governo ri-se ao ver os seus contribuintes a levar pancada. E o raciocínio é simples: é que enquanto os trabalhadores ou os funcionários públicos estão em greve, não recebem.

Cada dia de greve é um défice menor, um dia de lucro líquido. Ficam os doentes mais um dia sem ser atendidos? O que é isso em listas de espera de anos? Os alunos ficam sem aulas? Grande novidade! Até parece que não estão habituados... Os processos ficam parados mais uns dias nos tribunais? Diluem-se na imensidão dos atrazos.

A menos que a intenção seja mesmo essa: ajudar o Governo e as empresas públicas a reduzir o défice ou os prej...



:shame: Sendo assim, que culpa tem todos os restantes pessoas, quando há greve. Ex: consumidores, utilizadores ou outra coisa qualquer do lado privado. Que culpa tem os clientes das fabricas, supermercados, e etc.
O mal é que em Portugal não há greve, não temos capacidade para mover as classes, sejam qual forem, para a luta de rua. Se for para a praia talvez......
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por Oeiras » 22/7/2005 14:42

A propósito dos Professores: ficou algum aluno com exame por realizar, parece-me que não, aliás adianto-te que houve professores que vigiaram exames e fizeram greve ao mesmo tempo, como: simplesmente não assinaram, mas cumpriram o dever, com a preocupação, que se o mesmo não fosse cumprido, alunos que nada tinham a ver com as reivindicações ficariam prejudicados.

Fico só por aqui, mas gostaria de chamar a atenção que quando um trabalhador faz greve é porque sente que a outra parte não lhe dá ouvidos, e quando pulei de contente no ano de 1974, mais propriamente no 25 de Abril, foi com a ideia que quem trabalhasse fosse ouvido, não estou a dizer que possa ter razão, mas que fosse ouvido. Parece que desta vez votamos num Governo com orelhas muito mocas, eu sei que é fácil falar na maior parte dos casos, resolver é mais complicado, mas garantidamente, enfiar a cabeça na areia parece-me a pior atitude que se possa tomar, e alguém aqui está a enfiá-la até ao fim do pescoço.
 
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O que os contribuintes pensam dos funcionários públicos

por mcarvalho » 22/7/2005 14:10

válido para todos os governos independentemente da cor

in bpi

22/07/2005 14:09

Nem o Rambo...
O contribuinte chegou à repartição pública e viu a porta fechada. Surpreendido, dirigiu-se ao segurança de empresa privada que estava à porta e perguntou-lhe:

- Hoje não trabalham?

O segurança respondeu:

- Não trabalhar é nos outros dias. Hoje estão de greve.

Esta anedota ilustra de forma clara o que os contribuintes pensam dos funcionários públicos. É uma visão, naturalmente, deturpada, mas se os contribuintes a têm é porque alguém deu razão para ela existir.

Uma das razões que nos levam a ter esta ideia prende-se com a facilidade, a raiar a irresponsabilidade, com que os funcionários públicos e similares recorrem à greve, e a forma como a utilizam para defender os seus eventuais interesses.Desde pequeno que me impressionam os filmes de Hollywood em que o mau da fita, para conseguir os seus intentos, ameaçava a família do herói. Este, quando se tratava de lutar de acordo com a regras, era invencível, mas ao ver a sua família sob a mira do mau da fita, cedia de imediato. Sempre me pareceu uma atitude de grande cobardia, opinião em que era seguido pelos realizadores das fitas, que utilizavam este tipo de cena para nos dar uma imagem verdadeiramente horripilante e cobarde do mau da fita.

Tenho exactamente a mesma sensação quado leio nas notícias que os médicos ou enfermeiros, funcionários públicos, fazem greve.

Para atingir os seus intentos, esses profissionais decidem agredir, prejudicar, bater nos doentes, como forma de obrigar o Ministério da Saúde a ceder. Que culpa têm os doentes se as horas extraordinárias dos médicos não são pagas? Ou se as carreiras dos enfermeiros não são do seu agrado? O que pode o doente/contribuinte fazer para que o médico ou o enfermeiro tenha as suas reivindicações satisfeitas? Nada. Apenas aguentar e continuar a pagar impostos para que quem o trata sem o menor respeito continue a receber o salário e a usufruir de regalias com que quem trabalha não pode sonhar.

O mesmo raciocínio se aplica aos professores. Zangam-se com o Ministério da Educação e batem nos alunos. E vão batendo nos alunos até o ministério ceder.

O ministério não os deixa reformarem-se aos 50 anos? Os alunos não fazem exames! Estão a ver a lógica não estão? Eu não!

Acham isto sério?

A mesma sensação tenho quando são os trabalhadores dos transportes públicos a fazer greve. Aqui com mais um detalhe de verdadeira preversão: o utente já pagou adiantado, quando comprou o passe social. E agora? Os administradores das empresas públicas de transportes continuam a andar de motorista, mas os contribuintes que andem a pé, faltem ao trabalho ou apanhem um taxi. Ninguém os mandou não ceder! Não cedem, agora sofrem! E o contribuinte chega a casa cansado por vir do escritório a pé e pensa: «Que culpa tenho eu que estes gajos não se entendam? Quem é que me pôs neste filme?»

O mesmo se passa com os juízes e outros profissionais ligados à Justiça. O ministério não faz o que eles querem? Pancada no contribuinte até o ministro ceder!

É que, para complicar, se o Exterminador Implacável deita fora a arma quando vê a filha ser ameaçada, se Santo se rende quando vê a amada em risco, se o Homem Aranha perde os poderes quando a tia é ameaçada, se até o Rambo, sim, o Rambo! desiste quando vê a criança em perigo, o governo ri-se ao ver os seus contribuintes a levar pancada. E o raciocínio é simples: é que enquanto os trabalhadores ou os funcionários públicos estão em greve, não recebem.

Cada dia de greve é um défice menor, um dia de lucro líquido. Ficam os doentes mais um dia sem ser atendidos? O que é isso em listas de espera de anos? Os alunos ficam sem aulas? Grande novidade! Até parece que não estão habituados... Os processos ficam parados mais uns dias nos tribunais? Diluem-se na imensidão dos atrazos.

A menos que a intenção seja mesmo essa: ajudar o Governo e as empresas públicas a reduzir o défice ou os prej...
 
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