O dinheiro não é tudo!
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Já agora e desculpem lá a insistencia mas de vez em quando lembro -me deste topico e vou deixando aqui mais umas achegas ...
alem daqueles factores que mencionei como susceptiveis fazerem as pessoas felizes lembrei -me de mais um
não ter medo de arriscar e lutar por aquilo pensamos nos possa fazer feliz independentemente se temos ou não sucesso nessa "guerra" pela felicidade
Um abraço
Vasco
alem daqueles factores que mencionei como susceptiveis fazerem as pessoas felizes lembrei -me de mais um
não ter medo de arriscar e lutar por aquilo pensamos nos possa fazer feliz independentemente se temos ou não sucesso nessa "guerra" pela felicidade
Um abraço
Vasco
Aqui no Caldeirão no Longo Prazo estamos todos ricos ... no longuissimo prazo os nossos filhos estarão ainda mais ricos ...
[“ com a família, os amigos e dentro da comunidade”. [/b]
Muito boas noites elegi este excelente tema do Marafado como tema da Semana vamos ver se chegamos a alguma conclusão
Para César das Neves, a realidade complica-se se observarmos que “os muito ricos, quando ficam menos ricos, perdem sempre alguma felicidade”, já o contrário não é tão certo quando as pessoas vivem no limiar da sobrevivência, o progresso material torna-as, de facto, mais felizes
Esta talvez seja uma das ilusões mais antigas da Historia e isto porque não há uma quantidade grande de ricos a ficarem pobres provavelmente as pessoas ricas pensam que ficarão mais infelizes se ficarem pobres o que é diferente de ficarem de facto. aquilo que me parece importante é que pela minha experiencia de vida e por aquilo que observo na experiencia de vida de outros com que lido e tenho lidado é que a felicidade ( situações extremas de pobreza á parte )é bastante mais acessivel do que muita gente poderia imaginar e ela não depende muito das condições materiais depende mais de se ter objectivos de vida de se conseguir olhar para as coisas sem complicar muito ( normalmente quanto mais complicamos no relacionamento com os outros mais dificil se torna a felicidade )Ter uma familia - Filhos também um factor que tenho observado e experenciado é um factor de felicidade. Encarar a vida com Humor também é um factor de felicidade. Termos actividades profissionais de que gostamos também tras felicidade. Acreditar em algo de Sobrenatural um Deus qualquer que ele seja se não for uma crença doentia também traz equilibrio. Uma boa sesta de Fim de semana também tras felicidade
e tudo o isto tem alguns custos mas nada que seja incomportavel para a maioria das pessoas.
Um abraço
Vasco
Muito boas noites elegi este excelente tema do Marafado como tema da Semana vamos ver se chegamos a alguma conclusão
Para César das Neves, a realidade complica-se se observarmos que “os muito ricos, quando ficam menos ricos, perdem sempre alguma felicidade”, já o contrário não é tão certo quando as pessoas vivem no limiar da sobrevivência, o progresso material torna-as, de facto, mais felizes
Esta talvez seja uma das ilusões mais antigas da Historia e isto porque não há uma quantidade grande de ricos a ficarem pobres provavelmente as pessoas ricas pensam que ficarão mais infelizes se ficarem pobres o que é diferente de ficarem de facto. aquilo que me parece importante é que pela minha experiencia de vida e por aquilo que observo na experiencia de vida de outros com que lido e tenho lidado é que a felicidade ( situações extremas de pobreza á parte )é bastante mais acessivel do que muita gente poderia imaginar e ela não depende muito das condições materiais depende mais de se ter objectivos de vida de se conseguir olhar para as coisas sem complicar muito ( normalmente quanto mais complicamos no relacionamento com os outros mais dificil se torna a felicidade )Ter uma familia - Filhos também um factor que tenho observado e experenciado é um factor de felicidade. Encarar a vida com Humor também é um factor de felicidade. Termos actividades profissionais de que gostamos também tras felicidade. Acreditar em algo de Sobrenatural um Deus qualquer que ele seja se não for uma crença doentia também traz equilibrio. Uma boa sesta de Fim de semana também tras felicidade
Um abraço
Vasco
Aqui no Caldeirão no Longo Prazo estamos todos ricos ... no longuissimo prazo os nossos filhos estarão ainda mais ricos ...
O dinheiro não é tudo!
Nota Prévia: um bom fim de semana e façam o favor de ser felizes.
O dinheiro não é tudo!
Catarina Madeira
A sabedoria popular diz que “o dinheiro não dá felicidade, mas ajuda”. O Dinheiro & Ócio foi ouvir os especialistas para saber se o consumo traz felicidade ou se a felicidade leva ao aumento do consumo.
Se procura respostas objectivas sobre este tema pode parar de ler agora! Mas se pensa descobrir essas mesmas respostas noutro lugar fique a saber que dificilmente encontrará teorias absolutas sobre o assunto. Não fosse a felicidade um dos conceitos mais subjectivos da natureza humana, seria possível fazer mil e um estudos sobre a proporção do aumento da felicidade face ao aumento daquilo que podemos consumir.
“Ao longo dos últimos 50 anos, nós, os ocidentais, fomos beneficiados por um crescimento económico sem paralelo. Hoje, dispomos de casas, automóveis, férias e empregos melhores, e, sobretudo, de sistemas educacionais e de saúde mais aprimorados. Conforme reza a teoria económica padrão, isso deveria ter-nos tornado mais felizes. Mas as pesquisas mostram que não é bem assim. Quando perguntam aos britânicos e aos americanos se eles se sentem mais felizes, eles respondem que não houve qualquer melhora neste campo nos últimos 50 anos”. É este o ponto de partida do autor britânico Richard Layard, para trazer a lume o tema da relação entre a felicidade e o nível de vida das pessoas, no seu livro “Felicidade: lições de uma nova ciência”.
Na opinião de João César das Neves esta é uma corrente da Escola da Psicologia Económica que tem vindo a ganhar crescente importância. O economista e professor na Universidade Católica lembra que os especialistas premiados com o Nobel da Economia, há dois anos, pertenciam a esta Escola, que vem questionar alguns conceitos que os economistas tinham como certos. “Os conceitos de bem-estar e utilidade são postos em causa”, afinal o facto de as pessoas poderem consumir mais e de, por consequência, poderem alcançar um maior bem-estar não determina a sua felicidade. César das Neves conclui que as investigações recentes da psicologia têm obrigado a rever conceitos base da Economia.
Como objectivar o subjectivo?
A primeira e maior dificuldade que enfrenta quem quiser tratar este tema é: “o que é a felicidade?”. Layard recorre a estudos recentes da Neurologia, da Psicologia e da Sociologia para falar da “ciência da felicidade”, segundo a qual este estado emocional “constitui uma dimensão objectiva da experiência”. No entanto, João César das Neves chama a atenção para o facto de, quando falamos na possibilidade de medir a felicidade, “não se tratar de medir o nível de felicidade de cada pessoa, mas de medir a percentagem de pessoas que declaram ser felizes”. De acordo com o economista, nesta corrente de pensamento que liga o consumo à felicidade, o que é mensurável é apenas o ‘ratio’ entre “algumas grandezas económicas e a percentagem de pessoas que declaram ser felizes numa determinada comunidade”.
Para Isabel Leal, psicóloga e presidente da Associação Portuguesa de Psicologia de Saúde, a ideia antiga de que o consumo provoca felicidade não tem fundamento. De resto, um conceito não pode ser relacionado com outro, já que a felicidade não é concreta. “As pessoas têm momentos de felicidade e isso não se pode transformar num conceito métrico, não se pode tentar objectivar algo subjectivo”, afirma, “se consumir dá felicidade, essa felicidade deve ser de plástico”, acrescenta. Para reforçar a ideia, a psicóloga lembra o número de suicídios que ocorrem na Suécia e no Japão, dois países com elevado nível de rendimento ‘per capita’.
Já, de acordo com César das Neves, “é evidente que a felicidade influencia, mas não é determinante. A sociedade portuguesa é exemplo disso. Andamos desorientados desde que o eng.º António Guterres deixou o governo e declarou que o país estava num pântano e, no entanto, o consumo é a componente da despesa que mais tem crescido”. Tudo isto leva o economista a afirmar que existem outros factores com um efeito mais directo sobre o nível de consumo de uma sociedade e dá exemplos: “a situação financeira das famílias, o nível de riqueza do país ou os hábitos de consumo que já foram adquiridos”.
Para César das Neves, a realidade complica-se se observarmos que “os muito ricos, quando ficam menos ricos, perdem sempre alguma felicidade”, já o contrário não é tão certo. Neste contexto, Richard Layard defende que “quando as pessoas vivem no limiar da sobrevivência, o progresso material torna-as, de facto, mais felizes (…) mas quando o desconforto material está finalmente banido a renda adicional torna-se muito menos importante do que os nossos relacionamentos uns com os outros: com a família, os amigos e dentro da comunidade”.
Como prever o comportamento do consumidor?
De acordo com Marc Scholten, psicólogo e professor Instituto Superior de Psicologia Aplicada (ISPA), existe um crescente interesse em conhecer o papel da emoção no comportamento económico. Todavia, para o psicólogo, importa distinguir a felicidade de emoções momentâneas que se traduzem em impulsos e que, para Scholten, têm mais implicações sobre aquilo que as pessoas fazem.
Marc Scholten explica que, em psicologia, “as variáveis situacionais (exteriores ao indivíduo) são muito mais preditoras, em relação a comportamento específicos, do que as características da personalidade”. Uma conclusão que permite ao marketing dar, ainda mais, cartas no que se refere à influência sobre o comportamento do consumidor. Afinal, o que o marketing tem procurado fazer é estudar e implementar essas variáveis situacionais que influem no processo de decisão do consumidor.
Para o professor do ISPA, avaliar a felicidade é importante para conhecer o comportamento do consumidor já que se trata do objectivo final de todos nós. No entanto, “qualquer estudo que relacione as duas variáveis tem a importância condicionada pela fiabilidade de forma encontrada para medir algo tão subjectivo como a felicidade”, defende Scholten.
Portugueses consumidores
O Observatório do Endividamento da Universidade de Coimbra é um gabinete que tem procurado conhecer a realidade dos portugueses com dívidas. Através de algumas pessoas que procuram o apoio da DECO, este observatório conhece casos de sobreendividamento, maioritariamente relacionados com acidentes de vida. Catarina Frade, do Observatório, conta que 50% das situações estão ligadas ao desemprego ou a situações “que as pessoas não podiam prever”. Catarina explica, ainda, que existem casos pontuais de patologias em que consumidores compulsivos afirmam “procurar na aquisição de bens materiais algum alívio emocional para as frustrações pessoais e profissionais”. Por outro lado, muitos dos sobreendividados acabam por vir a questionar a necessidade dos bens adquiridos e apercebem-se de que “não são essas coisas que os tornam felizes”, relata a investigadora.
Apesar dos apelos da publicidade e do marketing, Catarina Frade acredita que o que, na maioria dos casos, motiva as pessoas a consumir é a necessidade e justifica lembrando que as maiores fontes de endividamento são os créditos para a compra de casa própria ou de automóvel. Aliás, na opinião da psicóloga Isabel Leal, o lugar do marketing e da publicidade é o da criação de necessidades. A psicóloga defende que consumir se tornou um valor, “o valor psicológico e não real daquilo que é suposto a pessoas consumirem”.
Quanto à questão de fundo: “Poder consumir torna as pessoas mais felizes?”, a investigadora do Observatório do Endividamento defende que “pessoas com os mesmos rendimentos podem apresentar estados emocionais totalmente diferentes”. Isabel Leal vai mais longe e afirma, categórica, que “o consumo não tem nada a ver com a felicidade”.
Música para um consumo feliz
Onda musical é um novo serviço disponibilizado pela Portugal Telecom. Acreditando que a correcta selecção de música pode influenciar a disposição com que as pessoas consomem, a PT disponibiliza a banda sonora indicada para a imagem de determinado estabelecimento comercial. Fonte oficial da PT afirma que existem estudos de mercado que confirmam que a música certa pode influir no tempo de permanência do cliente na loja e na sua predisposição para esperar ou experimentar os produtos.
“Quando estou triste e deprimida tenho de comprar alguma coisa e quando consumo fico mais bem disposta”.Rosa Pessoa
“Há momentos em que o estado emocional influencia o consumo, mas não existe nenhuma relação constante. Por comparação ao tempo de estudante em que não podia comprar, há uma felicidade associada ao consumo, embora seja muito crítico da sociedade de consumo”.João Príncipe
A felicidade, segundo Richard Layard:
Pode ser medida por correspondência a determinada actividade neurológica;
A nossa felicidade respeita a uma comparação com a dos outros;
Altera-se em função da educação e do conhecimento;
Diz mais respeito à estabilidade do que a mudanças frequentes;
Habituamo-nos com facilidade àquilo que nos torna felizes (diminuindo a sensação de felicidade ao longo do tempo), mas a perda torna-nos mais infelizes do que éramos antes de adquirir o bem em causa.
O que é a Escola da Psicologia Económica?
É uma disciplina de investigação académica que pretende explorar as fronteiras entre a Psicologia e a Economia. Os seus estudiosos procuram conhecer os factores psíquicos que envolvem os fenómenos económicos (comportamento de empresas, gestores, consumidores). Ao lado da Psicologia Económica surge a Economia Comportamental, duas ciências irmãs que congregam, respectivamente, psicólogos e economistas no estudo do comportamento humano em situações que envolvem componentes económicos.
O que é a Psicologia do consumo?
É uma área da Psicologia Económica que concentra grande parte da sua investigação no processo de tomada de decisão do consumidor.
O dinheiro não é tudo!
Catarina Madeira
A sabedoria popular diz que “o dinheiro não dá felicidade, mas ajuda”. O Dinheiro & Ócio foi ouvir os especialistas para saber se o consumo traz felicidade ou se a felicidade leva ao aumento do consumo.
Se procura respostas objectivas sobre este tema pode parar de ler agora! Mas se pensa descobrir essas mesmas respostas noutro lugar fique a saber que dificilmente encontrará teorias absolutas sobre o assunto. Não fosse a felicidade um dos conceitos mais subjectivos da natureza humana, seria possível fazer mil e um estudos sobre a proporção do aumento da felicidade face ao aumento daquilo que podemos consumir.
“Ao longo dos últimos 50 anos, nós, os ocidentais, fomos beneficiados por um crescimento económico sem paralelo. Hoje, dispomos de casas, automóveis, férias e empregos melhores, e, sobretudo, de sistemas educacionais e de saúde mais aprimorados. Conforme reza a teoria económica padrão, isso deveria ter-nos tornado mais felizes. Mas as pesquisas mostram que não é bem assim. Quando perguntam aos britânicos e aos americanos se eles se sentem mais felizes, eles respondem que não houve qualquer melhora neste campo nos últimos 50 anos”. É este o ponto de partida do autor britânico Richard Layard, para trazer a lume o tema da relação entre a felicidade e o nível de vida das pessoas, no seu livro “Felicidade: lições de uma nova ciência”.
Na opinião de João César das Neves esta é uma corrente da Escola da Psicologia Económica que tem vindo a ganhar crescente importância. O economista e professor na Universidade Católica lembra que os especialistas premiados com o Nobel da Economia, há dois anos, pertenciam a esta Escola, que vem questionar alguns conceitos que os economistas tinham como certos. “Os conceitos de bem-estar e utilidade são postos em causa”, afinal o facto de as pessoas poderem consumir mais e de, por consequência, poderem alcançar um maior bem-estar não determina a sua felicidade. César das Neves conclui que as investigações recentes da psicologia têm obrigado a rever conceitos base da Economia.
Como objectivar o subjectivo?
A primeira e maior dificuldade que enfrenta quem quiser tratar este tema é: “o que é a felicidade?”. Layard recorre a estudos recentes da Neurologia, da Psicologia e da Sociologia para falar da “ciência da felicidade”, segundo a qual este estado emocional “constitui uma dimensão objectiva da experiência”. No entanto, João César das Neves chama a atenção para o facto de, quando falamos na possibilidade de medir a felicidade, “não se tratar de medir o nível de felicidade de cada pessoa, mas de medir a percentagem de pessoas que declaram ser felizes”. De acordo com o economista, nesta corrente de pensamento que liga o consumo à felicidade, o que é mensurável é apenas o ‘ratio’ entre “algumas grandezas económicas e a percentagem de pessoas que declaram ser felizes numa determinada comunidade”.
Para Isabel Leal, psicóloga e presidente da Associação Portuguesa de Psicologia de Saúde, a ideia antiga de que o consumo provoca felicidade não tem fundamento. De resto, um conceito não pode ser relacionado com outro, já que a felicidade não é concreta. “As pessoas têm momentos de felicidade e isso não se pode transformar num conceito métrico, não se pode tentar objectivar algo subjectivo”, afirma, “se consumir dá felicidade, essa felicidade deve ser de plástico”, acrescenta. Para reforçar a ideia, a psicóloga lembra o número de suicídios que ocorrem na Suécia e no Japão, dois países com elevado nível de rendimento ‘per capita’.
Já, de acordo com César das Neves, “é evidente que a felicidade influencia, mas não é determinante. A sociedade portuguesa é exemplo disso. Andamos desorientados desde que o eng.º António Guterres deixou o governo e declarou que o país estava num pântano e, no entanto, o consumo é a componente da despesa que mais tem crescido”. Tudo isto leva o economista a afirmar que existem outros factores com um efeito mais directo sobre o nível de consumo de uma sociedade e dá exemplos: “a situação financeira das famílias, o nível de riqueza do país ou os hábitos de consumo que já foram adquiridos”.
Para César das Neves, a realidade complica-se se observarmos que “os muito ricos, quando ficam menos ricos, perdem sempre alguma felicidade”, já o contrário não é tão certo. Neste contexto, Richard Layard defende que “quando as pessoas vivem no limiar da sobrevivência, o progresso material torna-as, de facto, mais felizes (…) mas quando o desconforto material está finalmente banido a renda adicional torna-se muito menos importante do que os nossos relacionamentos uns com os outros: com a família, os amigos e dentro da comunidade”.
Como prever o comportamento do consumidor?
De acordo com Marc Scholten, psicólogo e professor Instituto Superior de Psicologia Aplicada (ISPA), existe um crescente interesse em conhecer o papel da emoção no comportamento económico. Todavia, para o psicólogo, importa distinguir a felicidade de emoções momentâneas que se traduzem em impulsos e que, para Scholten, têm mais implicações sobre aquilo que as pessoas fazem.
Marc Scholten explica que, em psicologia, “as variáveis situacionais (exteriores ao indivíduo) são muito mais preditoras, em relação a comportamento específicos, do que as características da personalidade”. Uma conclusão que permite ao marketing dar, ainda mais, cartas no que se refere à influência sobre o comportamento do consumidor. Afinal, o que o marketing tem procurado fazer é estudar e implementar essas variáveis situacionais que influem no processo de decisão do consumidor.
Para o professor do ISPA, avaliar a felicidade é importante para conhecer o comportamento do consumidor já que se trata do objectivo final de todos nós. No entanto, “qualquer estudo que relacione as duas variáveis tem a importância condicionada pela fiabilidade de forma encontrada para medir algo tão subjectivo como a felicidade”, defende Scholten.
Portugueses consumidores
O Observatório do Endividamento da Universidade de Coimbra é um gabinete que tem procurado conhecer a realidade dos portugueses com dívidas. Através de algumas pessoas que procuram o apoio da DECO, este observatório conhece casos de sobreendividamento, maioritariamente relacionados com acidentes de vida. Catarina Frade, do Observatório, conta que 50% das situações estão ligadas ao desemprego ou a situações “que as pessoas não podiam prever”. Catarina explica, ainda, que existem casos pontuais de patologias em que consumidores compulsivos afirmam “procurar na aquisição de bens materiais algum alívio emocional para as frustrações pessoais e profissionais”. Por outro lado, muitos dos sobreendividados acabam por vir a questionar a necessidade dos bens adquiridos e apercebem-se de que “não são essas coisas que os tornam felizes”, relata a investigadora.
Apesar dos apelos da publicidade e do marketing, Catarina Frade acredita que o que, na maioria dos casos, motiva as pessoas a consumir é a necessidade e justifica lembrando que as maiores fontes de endividamento são os créditos para a compra de casa própria ou de automóvel. Aliás, na opinião da psicóloga Isabel Leal, o lugar do marketing e da publicidade é o da criação de necessidades. A psicóloga defende que consumir se tornou um valor, “o valor psicológico e não real daquilo que é suposto a pessoas consumirem”.
Quanto à questão de fundo: “Poder consumir torna as pessoas mais felizes?”, a investigadora do Observatório do Endividamento defende que “pessoas com os mesmos rendimentos podem apresentar estados emocionais totalmente diferentes”. Isabel Leal vai mais longe e afirma, categórica, que “o consumo não tem nada a ver com a felicidade”.
Música para um consumo feliz
Onda musical é um novo serviço disponibilizado pela Portugal Telecom. Acreditando que a correcta selecção de música pode influenciar a disposição com que as pessoas consomem, a PT disponibiliza a banda sonora indicada para a imagem de determinado estabelecimento comercial. Fonte oficial da PT afirma que existem estudos de mercado que confirmam que a música certa pode influir no tempo de permanência do cliente na loja e na sua predisposição para esperar ou experimentar os produtos.
“Quando estou triste e deprimida tenho de comprar alguma coisa e quando consumo fico mais bem disposta”.Rosa Pessoa
“Há momentos em que o estado emocional influencia o consumo, mas não existe nenhuma relação constante. Por comparação ao tempo de estudante em que não podia comprar, há uma felicidade associada ao consumo, embora seja muito crítico da sociedade de consumo”.João Príncipe
A felicidade, segundo Richard Layard:
Pode ser medida por correspondência a determinada actividade neurológica;
A nossa felicidade respeita a uma comparação com a dos outros;
Altera-se em função da educação e do conhecimento;
Diz mais respeito à estabilidade do que a mudanças frequentes;
Habituamo-nos com facilidade àquilo que nos torna felizes (diminuindo a sensação de felicidade ao longo do tempo), mas a perda torna-nos mais infelizes do que éramos antes de adquirir o bem em causa.
O que é a Escola da Psicologia Económica?
É uma disciplina de investigação académica que pretende explorar as fronteiras entre a Psicologia e a Economia. Os seus estudiosos procuram conhecer os factores psíquicos que envolvem os fenómenos económicos (comportamento de empresas, gestores, consumidores). Ao lado da Psicologia Económica surge a Economia Comportamental, duas ciências irmãs que congregam, respectivamente, psicólogos e economistas no estudo do comportamento humano em situações que envolvem componentes económicos.
O que é a Psicologia do consumo?
É uma área da Psicologia Económica que concentra grande parte da sua investigação no processo de tomada de decisão do consumidor.
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