O ovo estrelado do Governo
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O ovo estrelado do Governo
23 Junho 2005 13:47
Fernando Sobral
O ovo estrelado do Governo
fsobral@mediafin.pt
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Três meses e meio depois de ter chegado ao poder, o Governo iniciou oficialmente a sua temporada de exames. Há ministros que já chumbaram por falta de comparência, outros porque eram demasiado frágeis na matemática e há alguns que se estão a resguardar para a segunda chamada.
Três meses e meio depois de ter chegado ao poder, o Governo iniciou oficialmente a sua temporada de exames. Há ministros que já chumbaram por falta de comparência, outros porque eram demasiado frágeis na matemática e há alguns que se estão a resguardar para a segunda chamada.
Há, acredita-se, alguns que vão passar com nota positiva. Apesar de, neste país, já se ter conseguido a proeza, digna de um livro de recordes, de alguns alunos terem entrado na Faculdade com notas negativas.
O país está frito. Parece óbvio, depois da Comissão Europeia ter dito o inevitável e de, por cá, todos terem atirado as culpas para o lado. Até o PR decidiu que era distribuidor de jogo. Ninguém gosta de ser acusado de cozinhar Portugal. Mesmo numa versão de dieta mediterrânica.
O Governo, neste mês de calor, parece um ovo estrelado. Cada medida é colocada em cima da chapa e frita sem necessidade de óleo. A oposição só pode pedir o pão para ir comendo esta resistência sem limites das corporações.
Se faz, fica frito. Se não faz, frito fica. O Governo está a perder a capacidade de ser o cozinheiro de serviço.
Portugal deve ser servido frito ou grelhado? O próprio Sócrates deve estar apenas a pedir uma comida macrobiótica.
Fernando Sobral
O ovo estrelado do Governo
fsobral@mediafin.pt
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Três meses e meio depois de ter chegado ao poder, o Governo iniciou oficialmente a sua temporada de exames. Há ministros que já chumbaram por falta de comparência, outros porque eram demasiado frágeis na matemática e há alguns que se estão a resguardar para a segunda chamada.
Três meses e meio depois de ter chegado ao poder, o Governo iniciou oficialmente a sua temporada de exames. Há ministros que já chumbaram por falta de comparência, outros porque eram demasiado frágeis na matemática e há alguns que se estão a resguardar para a segunda chamada.
Há, acredita-se, alguns que vão passar com nota positiva. Apesar de, neste país, já se ter conseguido a proeza, digna de um livro de recordes, de alguns alunos terem entrado na Faculdade com notas negativas.
O país está frito. Parece óbvio, depois da Comissão Europeia ter dito o inevitável e de, por cá, todos terem atirado as culpas para o lado. Até o PR decidiu que era distribuidor de jogo. Ninguém gosta de ser acusado de cozinhar Portugal. Mesmo numa versão de dieta mediterrânica.
O Governo, neste mês de calor, parece um ovo estrelado. Cada medida é colocada em cima da chapa e frita sem necessidade de óleo. A oposição só pode pedir o pão para ir comendo esta resistência sem limites das corporações.
Se faz, fica frito. Se não faz, frito fica. O Governo está a perder a capacidade de ser o cozinheiro de serviço.
Portugal deve ser servido frito ou grelhado? O próprio Sócrates deve estar apenas a pedir uma comida macrobiótica.
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