Caldeirão da Bolsa

PT para JAS ou Marco

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

ertf

por luis lobs » 2/5/2005 19:04

alguem sabe a hora exacta da apresentacao dos resultados.
 
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por GAB » 2/5/2005 13:32

Não se pode tomar posições com base no que é potencialmente positivo ou negativo.

O que conta é a reacção dos investidores, mesmo que ela seja económica e cientificamente errada


Por experiência propria e por me ter saido caro, confesso que tal situação descrita pelo JN é uma das realidades que se devem reter....
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PTC

por JAS » 2/5/2005 13:26

Pedras, de facto estava enganado pois a Telefónica exerce actividade concorrencial e portanto está sujeita ao artº9 dos Estatutos da PTC.
Como eles tiveram mais de 10% e agora têm 9,7% isso pode significar que já venderam.
E talvez explique aquela queda da cotação que houve...

1. Os accionistas que exerçam, directa ou indirectamente, actividade concorrente com a actividade desenvolvida pelas sociedades em relação de domínio com a Portugal Telecom, SGPS, SA não podem ser titulares, sem prévia autorização da Assembleia Geral, de acções ordinárias representativas de mais de dez por cento do capital social da Sociedade.


Um abraço,
JAS
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Re: PT para JAS ou Marco

por pedras11 » 1/5/2005 21:57

JAS Escreveu:
PedroIV Escreveu:Qual das medidas poderá ter maior impacto na PT, o aumento potencial de 3 para 10% da aquisição de acções próprias ( positiva), ou a fixação de um limite de 10% à telefónica ( negativa???


A fixação do limite de 10% é um disparate, na minha opinião, pelas seguintes razões:
- A PTC, segundo notícias recentes, já é detida em 70% por entidades estrangeiras;
- O Estado, que detém apenas 500 acções, tem essa golden share e continua a querer mandar naquilo;
- Já se viu, como no caso recente da Cimpor, que se consegue controlar uma empresa pela soma de "vários 10%" e que nunca se consegue provar que haja acordos secretos entre eles que inviabilizem a soma desses votos;
- Talvez fosse preferível uma Telefónica interessada no negócio da PTC do que uma Telefónica hostil que pode fazer bastante dado em termos concorrenciais.

Portanto este ponto parece-me negativo mas até diria que o seu efeito poderá ser apenas não provocar qualquer subida na cotação porque não veremos a Telefónica a comprar enormes quantidades.
Não me parece que provoque grande descida pois também não me parece que a Telefónica vá vender acções além das que já possuia acima dos 10%.


Quanto à nova CAP e à sua ampliação dos 3 para os "até 10%" é evidente que isso gera uma procura ao longo do ano equivalente a 125 milhões de acções.
É com certeza um excesso de procura e irá provocar subida de cotação.

Mas aqui temos 2 hipóteses:
- Se ela for feita directamente pela PTC é linear e transparente, pois obedece a regras bem definidas, e provoca aumento de cotação pela certa pois traduz-se por uma procura constante e contínua quase independente do preço;
- Se meterem outra vez um banco pelo meio, como intermediário, o negócio é do banco...Ele procurará comprar ao menor preço para depois revender à PTC a um preço previamente estabelecido. Mete muito mais manobras, quedas provocadas, etc, etc.

Um abraço,
JAS



Número máximo de acções a adquirir e extinguir: 116.648.505;
Prazo fixado para a aquisição: até 23 de Dezembro de 2005;
Modo de aquisição: exclusivamente em bolsa, sem prejuízo de eventual aquisição a contrapartes de instrumentos derivados de equity swaps, similares, limitada à quantidade adquirida por estas em bolsa;
Parâmetros: encontra-se previsto que o Conselho de Administração da PT observe os seguintes procedimentos e parâmetros mínimos:

(a) colocação de, pelo menos, uma ordem de compra em cada semana;
(b) total de ordens em cada semana não inferior a 10% da média do volume diário de transacções nas 5 sessões de bolsa imediatamente anteriores;
(c) total de ordens que permitam completar aquisição não inferior a 116.648.505 acções ordinárias próprias.

2. Deliberação geral autorizativa de aquisição e alienação de acções próprias, contendo os aspectos principais seguintes:

a) Número máximo: até dez por cento do capital social, deduzidas as alienações efectuadas, sem prejuízo do cumprimento de obrigações específicas;
b) Prazo: dezoito meses, a contar da data da deliberação;
c) Contrapartidas mínima e máxima: intervalo de quinze por cento para menos e para mais relativamente à cotação mais baixa e média, respectivamente, nas bolsas nacionais, nas 5 sessões imediatamente anteriores à aquisição, salvo o cumprimento de obrigações específicas;
d) Momento: a determinar pelo órgão de administração da sociedade adquirente.

3. Nas eventuais aquisições autorizadas que o Conselho de Administração venha a decidir, a deliberação prevê que este tome em conta as recomendações da CMVM e o constante do mencionado Regulamento, designadamente nos aspectos seguintes:

a) adequada manutenção de registo e oportuna divulgação pública das operações realizadas;
b) execução das operações em condições de tempo, de modo e de volume que não perturbem o regular funcionamento do mercado, devendo nomeadamente procurar-se evitar a sua execução em momentos sensíveis da negociação, em especial, na abertura e fecho da sessão, em momentos de perturbação do mercado, em momentos próximos à divulgação de factos relevantes ou de divulgação de resultados;
c) realização das aquisições a preço não superior ao mais elevado de entre o da última operação independente e o da oferta independente de maior montante no mercado de cotações oficiais da Euronext Lisbon;
d) aquisições não excedentes a 25% do volume diário médio de negociação, ou a 50% desse volume mediante comunicação à autoridade competente e divulgação ao mercado.

Conforme acima referido, esta deliberação geral de aquisição de acções próprias tem natureza meramente autorizativa, estando a eventual concretização de quaisquer aquisições dependente de decisão do Conselho de Administração.
"O desprezo pelo dinheiro é frequente, sobretudo naqueles que não o possuem"

Fonte: "La Philosophie de G. C."
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Pt

por jarc » 1/5/2005 21:42

Pode parecer disparatado o que vou escrevere, mas estou convencido que a médio prazo é bom para a cotação da pt que a telefónica se fique pelos 10%. Terá sido imposição do Governo com a sua "acção de ouro" ou assim é mais fácil entrar outro parceiro? Tb é preciso perceber que se a telefónica se enchesse podia lançar uma OPA a preço baixo.

Concordo que em mercado "Bear" a compra de acções próprias só atenua a queda.
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Re: Re

por pedras11 » 1/5/2005 21:31

JAS Escreveu:
pedras11 Escreveu:A venda de acções PT por parte da Telefónica é consequência da redução de capital da PT, uma vez que esta faz subir a % da Telefónica no capital da PT .Uma vez não autorizada uma posição acima de 10% terá de vender o excedente.

Não é bem assim...
O que está limitado são os direitos de voto a 10%.

Nada impede a Telefónica de deter mais do que 10% do capital se achar que é bom negócio.

Pode-se presumir que lhe interessava mais os direitos de voto do que as acções em si.
Mas não é linear que a Telefónica vá vender.
Pelo menos não é obrigatório.

Então o que entendes desta noticia, que foi a base do meu comentário:

Empresa espanhola não esteve presente na AG
Telefónica mantém limite de 10% no capital da PT (act)
A proposta de permitir o reforço da Telefónica acima de 10% no capital social da Portugal Telecom, no âmbito do programa de «share buyback» da empresa de telecomunicações portuguesa, foi retirada da ordem de trabalhos da Assembleia Geral, pelo presidente da mesa da AG.

--------------------------------------------------------------------------------

Alexandra Machado
amachado@mediafin.pt


A proposta de permitir o reforço da Telefónica acima de 10% no capital social da Portugal Telecom, no âmbito do programa de «share buyback» da empresa de telecomunicações portuguesa, foi retirada da ordem de trabalhos da Assembleia Geral, pelo presidente da mesa da AG.

Com a retirada desta proposta, a Telefónica fica obrigada a vender todas as acções acima de 10% do capital da PT, mesmo quando esse limite seja ultrapassado através de compra de acções próprias da operadora nacional. A empresa espanhola controla actualmente 9,7% do capital da PT.

Miguel Horta e costa, à saída da AG explicou que o ponto foi retirado pelo presidente da mesa da AG, «por uma questão técnica», pelo facto de este ter considerado que extravasava o âmbito do ponto em discussão, no caso, a redução de capital decorrente do «share buy back».

A Telefónica não esteve presente na Assembleia Geral, não tendo Miguel Horta e Costa adiantado a justificação da operadora espanhola para não comparecer na reunião anual de accionistas.



JAS
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Re

por JAS » 1/5/2005 19:44

pedras11 Escreveu:A venda de acções PT por parte da Telefónica é consequência da redução de capital da PT, uma vez que esta faz subir a % da Telefónica no capital da PT .Uma vez não autorizada uma posição acima de 10% terá de vender o excedente.

Não é bem assim...
O que está limitado são os direitos de voto a 10%.

Nada impede a Telefónica de deter mais do que 10% do capital se achar que é bom negócio.

Pode-se presumir que lhe interessava mais os direitos de voto do que as acções em si.
Mas não é linear que a Telefónica vá vender.
Pelo menos não é obrigatório.

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por pedras11 » 1/5/2005 1:14

Há aqui dois aspectos que ainda não foram devidamente esclarecidos:

:arrow: A PT vai comprar acções próprias para posterior redução de capital social.

:arrow: A venda de acções PT por parte da Telefónica é consequência da redução de capital da PT, uma vez que esta faz subir a % da Telefónica no capital da PT .Uma vez não autorizada uma posição acima de 10% terá de vender o excedente.

PS: Se querem a minha opinião esta compra de acções próprias irá ser benéfica para a cotação do PT. Saliento ainda que face á redução de capital, a PT poderá ter para o próximo ano um dividendo muito próximo dos 0,5€.

Bom fim de semana a todos.
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por Pedro IV » 30/4/2005 19:12

Obrigado Marco.
Pedro
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por MarcoAntonio » 30/4/2005 19:09

Bom,

um pouco na linha do que referiu o JN, para mim o importante é avaliação que o mercado fará de cada situação.

O peso, relevância e impacto serão definidos pelo mercado e não por uma regra ou lógica óbvia.

Posto isto, se determinado factor vai ser positivo e em quanto vai ser positivo e durante quanto tempo vai ser positivo, será o mercado a avaliar e a definir.

E tal dependerá de inúmeros factores, alguns exógenos a estes primeiros em si. O comportamento dos mercados em geral interferirá, o sentimento e a confiança dos investidores interferirá, o estado da economia e disponibilidade/liquidez dos investidores interferirá e por aí adiante.

Para evitar o retorno a uma questão que já aqui foi discutida quase até à exaustão eu refiro o seguinte: admito perfeitamente que a compra de acções próprias da PT, a ser levada a cabo, crie uma pressão compradora adicional que per si (isoladamente) tenderá a influenciar positivamente a cotação.

Mas esse não é o único factor.

O próprio mercado encontrará formas de reagir a esse factor (esse dado, ao ser conhecido, será utilizado por um conjunto de investidores), outros factores existirão em simultaneo a influenciar a cotação e, finalmente, existem dados concretos que só serão conhecidos à posteriori quando não terão já grande utilidade.

A título de exemplo: na anterior acção de compra de acções próprias levada a cabo pela PT, a certa altura a PT interrompeu a mesma (o que levou à degradação do gráfico, o que aliás foi detectado relativamente cedo por quem analisava o titulo tecnicamente). Posteriormente foi conhecido que a PT tinha interrompido o plano de compra de acções próprias. Sabê-lo às posteriori não é de grande utilidade e por seu turno, foi possível por análise gráfica perceber que algo se passava e que a tendência tinha sido interrompida (mais tarde soube-se a razão)...

A próprio início da subida deu-se cerca de um mês antes da divulgação da notícia e a PT já tinha dado um importantíssima sinal técnico (a quebra em alta da LT descendente que dominou todo o bear market) e portanto dado um importantíssimo sinal de inversão.


A PT vai comprar acções próprias? Ok.

Tal vai ter um impacto positivo na cotação, fazendo-a «subir mais» ou «cair menos»*?

Eventualmente. Logo se verá...

A minha ferramenta de análise é o gráfico e continuará a ser, com ou sem compra de acções próprias.

Aproveito e acrescento um gráfico da PTC que cobre a anterior compra de acções próprias e que serve também de complemento à resposta sobre a necessidade de ajustar o gráfico ou não (este que apresento não sofreu qualquer ajuste, note-se).


* Existem casos em que durante um plano de compra de acções próprias a cotação da empresa caiu violentamente. Tal ocorreu em Bear Market, é certo, mas só vem demonstrar que o peso e impacto são relativos e não são factores isolados.
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por PedroIV » 30/4/2005 10:11

JAS, muito obrigado.
Um abraço e bom f de semana.
PedroIV
 

Re: PT para JAS ou Marco

por JAS » 30/4/2005 0:51

PedroIV Escreveu:Qual das medidas poderá ter maior impacto na PT, o aumento potencial de 3 para 10% da aquisição de acções próprias ( positiva), ou a fixação de um limite de 10% à telefónica ( negativa???


A fixação do limite de 10% é um disparate, na minha opinião, pelas seguintes razões:
- A PTC, segundo notícias recentes, já é detida em 70% por entidades estrangeiras;
- O Estado, que detém apenas 500 acções, tem essa golden share e continua a querer mandar naquilo;
- Já se viu, como no caso recente da Cimpor, que se consegue controlar uma empresa pela soma de "vários 10%" e que nunca se consegue provar que haja acordos secretos entre eles que inviabilizem a soma desses votos;
- Talvez fosse preferível uma Telefónica interessada no negócio da PTC do que uma Telefónica hostil que pode fazer bastante dado em termos concorrenciais.

Portanto este ponto parece-me negativo mas até diria que o seu efeito poderá ser apenas não provocar qualquer subida na cotação porque não veremos a Telefónica a comprar enormes quantidades.
Não me parece que provoque grande descida pois também não me parece que a Telefónica vá vender acções além das que já possuia acima dos 10%.


Quanto à nova CAP e à sua ampliação dos 3 para os "até 10%" é evidente que isso gera uma procura ao longo do ano equivalente a 125 milhões de acções.
É com certeza um excesso de procura e irá provocar subida de cotação.

Mas aqui temos 2 hipóteses:
- Se ela for feita directamente pela PTC é linear e transparente, pois obedece a regras bem definidas, e provoca aumento de cotação pela certa pois traduz-se por uma procura constante e contínua quase independente do preço;
- Se meterem outra vez um banco pelo meio, como intermediário, o negócio é do banco...Ele procurará comprar ao menor preço para depois revender à PTC a um preço previamente estabelecido. Mete muito mais manobras, quedas provocadas, etc, etc.

Um abraço,
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por JN » 29/4/2005 22:44

A pergunta não é para mim.
Não quero influenciar as respostas.

No entanto, não posso deixar de alertar para isto;
Este tipo de raciocínio é o erro mais comum praticado por investidores que perdem nas bolsas. Não se pode tomar posições com base no que é potencialmente positivo ou negativo. O que conta é a reacção dos investidores, mesmo que ela seja económica e cientificamente errada. Deixem as noticias fazer o seu impacto nas massas e depois analisem e tomem posições, doutra forma isto passa a ser um jogo, não como o totoloto como vulgarmente se diz, mas não deixa de ser um jogo de sorte e azar.

Espero não ser mal entendido.
Um abraço!
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PT para JAS ou Marco

por PedroIV » 29/4/2005 22:27

Qual das medidas poderá ter maior impacto na PT, o aumento potencial de 3 para 10% da aquisição de acções próprias ( positiva), ou a fixação de um limite de 10% à telefónica ( negativa???(?

Antecipadamente grato
Pedro
PedroIV