Caldeirão da Bolsa

A importância de reduzir o défice públicon e o elevado endiv

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por marafado » 27/4/2005 3:07

Automóvel - Seguros mais baratos em quatro empresas

Poupar 800 euros por ano

Luís C. Ribeiro


O seguro automóvel (obrigatório, facultativo ou contra todos os riscos) custa menos 800 euros por ano nas seguradoras Ok! Teleseguro e Seguro Directo. Eis a conclusão de um inquérito publicado hoje pela revista ‘Dinheiro & Direitos’, da DECO PROTESTE.






Segundo a publicação da organização de defesa dos consumidores, que analisou 11 apólices e os respectivos prémios anuais, as seguradoras “Ok! Teleseguro e Seguro Directo são escolhas acertadas para a maioria dos consumidores. Para alguns condutores, a Açoreana e a Allianz também são boas opções”.

A ‘Dinheiro & Direitos’ lembra que “a escolha destas companhias permite poupar até 800 euros por ano” e que, “todos os anos, as seguradoras aumentam os prémios do seguro automóvel, invocando os (maus) resultados do ano anterior ou um aumento anormal da sinistralidade rodoviária.”
 
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por marafado » 27/4/2005 3:04

Irlandeses apostam forte na compra de imóveis no Algarve



nPaula martinheira
nEm dublin DN-Miguel Veterano JR

Localização. Praia do Burgau vai acolher um dos resorts da Oceanic

O grupo anglo-irlandês Oceânico Developments vai investir no Algarve mais de 500 milhões de euros, em dois novos empreendimentos de luxo, localizados nos concelhos de Lagos e Silves.

O Belmar Spa & Beach Resort será construído numa zona com vista para a praia de Porto de Mós, em Lagos, enquanto o Amendoeira Golf Resort ocupará uma área de 259 hectares no Morgado da Lameira, entre Alcantarilha e Silves, num terreno que pertencia ao empresário português João Pereira Coutinho.

Os dois empreendimentos, a que se juntam ainda o Jardim da Meia Praia (com 66 apartamentos e moradias), a Quinta do Monte Funchal (um projecto "chave na mão" para moradias de luxo na Quinta do Monte Funchal, perto de Lagos) e o Estrela da Luz e Vila Baía, com 146 apartamentos cada, situados na praia da Luz. O primeiro destes dois últimos empreendimentos deverá ser inaugurado em Março e o segundo prevê-se que esteja concluído no primeiro trimestre de 2006. Com estes investimentos, o Oceânico Developments tornou-se num dos maiores promotores imobiliários algarvios. Um facto que demonstra o crescente interesse que o Algarve tem vindo a despertar junto de investidores britânicos e irlandeses.

Com preços que variam entre os 245 mil euros (um T1 com 72 metros quadrados) e os 525 mil euros (T3 com áreas que vão até aos 295 metros quadrados), as 189 unidades do Belmar Spa & Beach Resort venderam-se em menos de 12 horas, no lançamento oficial das vendas do empreendimento, realizado a semana passada em Dublin, na Irlanda.

No dia do lançamento, os investidores tiveram a oportunidade de, ao fazer uma pré-reserva (mediante o pagamento de uma caução de 5000 euros), beneficiar de um desconto de 30 mil euros por unidade. Num ápice , todo o resort foi vendido, tendo havido investidores que compraram de uma assentada 30 apartamentos.

"É um empreendimento de cinco estrelas, com grande qualidade e infra-estruturas de lazer, que fica a 200 metros da praia", frisou ao DN Gerry Fagan, o sócio irlandês do grupo. Aquele responsável justificou o êxito das vendas também pelo facto de a Irlanda estar a "duas horas e meia do Algarve, havendo voos regulares diários entre Dublin e Faro".

A esta vantajosa ligação área acrescem, contudo, outros factores que tornam o Algarve um alvo apetecível para o mercado irlandês.

"Segurança, acessibilidades, boa gastronomia e hospitalidade" foram outras das "virtudes" do Algarve apontadas pelos investidores.

Mas é preciso não esquecer igualmente o elevado poder de compra dos irlandeses. Desta forma, Portugal é para aqueles investidores um destino "muito barato". Com efeito, o significativo de-senvolvimento económico regis- tado na Irlanda, na última década, posicionou o país nos lugares cimeiros dos Estados mais ricos da União Europeia.

Embora ainda esteja em fase de aprovação, o Amendoeira Golfe & Resort registou idêntico sucesso na Irlanda. É que este empreendimento irá contar com dois campos de golfe, de 18 buracos cada, desenhados pelos conhecidos jogadores Nick Faldo e Christy O'Connor Jnr.

O golfe é o desporto-rei na Irlanda, como provam os 408 campos existentes no país, com mais de 250 mil praticantes, pelo que qualquer apartamento ou villa com campo de golfe ao lado é, só por si, requisito essencial para "irlandês que se preze", como ironizava ao DN o sócio britânico da Oceânico, Simon Furgess.
 
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por marafado » 27/4/2005 3:03

Silves vai acolher 5000 novas camas turísticas nos próximos anos



nP. M. Arquivo DN-Miguel Veterano JR

à espera. Silves tem atribuídas 7000 camas desde 1995

Nos próximos anos, o concelho de Silves vai acolher 5000 mil novas camas turísticas, de acordo com o Plano Director Municipal (PDM). Só o Amendoeira Golf Resort, cujo Plano de Pormenor acaba de ser aprovado, é responsável por 1200, espalhadas por cinco villages, integrando apartamentos T1, T2 e T3, moradias e um hotel de cinco estrelas, com Spa e centro de conferências. A presidente da autarquia local, Isabel Soares, lamenta, contudo, que neste momento das 7000 camas turísticas atribuídas ao município em 1995 "nenhuma tenha sido construída". "Esperemos que seja desta que o Amendoeira arranque, já que o projecto aguarda aprovação há 20 anos, tendo, entretanto, mudado de proprietários". A este empreendimento de capitais ingleses e irlandeses junta-se outro previsto para uma zona a sul de Silves, do grupo Pestana, que prevê um campo de golfe de 27 buracos, um hotel e aldeamentos. Para Isabel Soares, "estes projectos são recebidos de braços abertos pela autarquia, já que são de elevada qualidade e são no interior do concelho".
 
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por marafado » 27/4/2005 3:01

Retoma da economia ainda pouco consistente

Indicadores sintéticos melhoraram mas os quantitativos dão sinais divergentes

nFernando Valdez
Consumo. Famílias apertaram o cinto na compra de bens duradouros

Os dados relativos à economia portuguesa no primeiro trimestre deste ano dão indicações de uma ténue recuperação, embora com tendências divergentes.

A síntese económica de conjuntura do Instituto Nacional de Estatística (INE ) assinala que o indicador de actividade melhorou em Fevereiro pelo segundo mês con- secutivo, atingindo o nível mais elevado dos últimos cinco meses.

O indicador de clima económico, que reflecte as opiniões dos empresários da indústria, construção, comércio e serviços, desagravou-se em Março pelo segundo mês consecutivo, mas continuou negativo.

O consumo privado, por seu lado, desacelerou ligeiramente em Fevereiro, devido ao comportamento menos favorável dos bens de consumo duradouros, parcialmente compensado pela melhoria no consumo corrente. E o indicador de formação bruta de capital fixo (FBCF) caiu fortemente em Março, reforçando a tendência negativa. Isso ficou a dever-se principalmente à tendência mais negativa do investimento em construção, mas também a um abrandamento das vendas de material de transporte e a uma evolução desfavorável da FBCF em máquinas e equipamentos.

A produção da construção caiu 4,8% no trimestre terminado em Fevereiro, apesar de as condições meteorológicas serem em 2005 favoráveis à actividade de construção e as vendas de cimento recuaram 4,2% em Fevereiro, acentuando a tendência de queda.

Também as indicações sobre as vendas grossistas de máquinas e equipamentos registaram em Março uma clara degradação.

O INE recorda que a procura turística, medida pelo número de dormidas na hotelaria portuguesa, recuou 2,9% em Fevereiro, induzindo uma quebra de 0,4% na procura da hotelaria no primeiro bimestre.

E acrescenta que o indicador de emprego em Portugal, baseado nos dados dos inquéritos de curto prazo, reforçou em Fevereiro a evolução negativa, caindo 2,1% homólogos, 0,3 pontos percentuais abaixo de Janeiro. A tendência de queda do emprego foi generalizada a todos os grandes sectores de actividade, registando a indústria a evolução mais desfavorável.

As expectativas dos empresários sobre a criação futura de emprego mantiveram-se relativamente estabilizadas em Março.

Por outro lado, os dados do comércio internacional relativos ao trimestre terminado em Janeiro indicam uma aceleração tanto das importações como das exportações, mas a taxa de cobertura das importações pelas exportações, corrigida de sazonalidade, piorou face ao mês de Dezembro.

O INE considera que o indicador de procura externa, que mede as importações ponderadas dos principais países clientes de Portugal, continua a apresentar taxas de crescimento acima da variação em valor das exportações nacionais. Esta evolução indicia que se mantém a tendência de perda de quota de mercado das exportações portuguesas, nomeadamente nos principais países clientes.
 
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por marafado » 27/4/2005 2:58

Nasdaq cai mais de 1%
Confiança dos consumidores e resultados penalizam Wall Street
As bolsas norte-americanas fecharam a desvalorizar, depois da DuPont e da Lexmark terem anunciado resultados que ficaram abaixo das previsões dos analistas. O Nasdaq caiu 1,17% e o Dow Jones cedeu 0,89%, pressionado também por dados económicos.

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Nuno Carregueiro
nc@mediafin.pt


As bolsas norte-americanas fecharam a desvalorizar, depois da DuPont e da Lexmark terem anunciado resultados que ficaram abaixo das previsões dos analistas. O Nasdaq caiu 1,17% e o Dow Jones cedeu 0,89%, pressionado também por dados económicos.

O Nasdaq fechou a valer 1.927,44 pontos e o Dow Jones marcou 10.151,06 pontos.

Os investidores vão voltar esta semana a centrar atenções na apresentação de resultados, pois vão ser conhecidas as contas de importantes empresas, como a Microsoft, a Exxon Mobil e a Amazon.com.

Várias empresas anunciaram resultados decepcionantes e os mercados foram também pressionados pelo facto de o índice que mede a confiança dos consumidores norte-americanos ter descido para um mínimo de cinco meses.

Hoje, a DuPont anunciou um lucro por acção de 96 cêntimos, menos que os 1,01 dólares estimados pelos analistas, provocando uma queda de 2,24% nas suas acções.

A Lexmark, que fabrica impressoras, também anunciou resultados desfavoráveis, pelo que as suas acções deslizaram 14,39%. Esta notícia penalizou os títulos da sua rival Hewlett-Packard, que desvalorizaram 3,08%.

A American International Group, maior seguradora do mundo, também pressionou os índices, com uma queda de 1,35%, depois do «New York Times» ter noticiado que a companhia terá descoberto mais mil milhões de dólares de erros contabilísticos.

A IBM evitou maiores quedas nos índices, com uma subida de 0,56%, depois de ter anunciado um aumento no dividendo e do programa de recompra de acções.
 
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por marafado » 27/4/2005 2:55

BPI Online: A Semana

Os principais temas em destaque para a semana corrente são:



- A divulgação dos resultados continua a dominar as atenções dos investidores.

- Várias empresas irão reportar os seus “números”: Microsoft, Daimler, Impresa,etc.

-No curto prazo, existe a possibilidade de uma recuperação técnica.



Se desejar consultar na íntegra «A Semana», deverá utilizar o seguinte endereço:



http://www.bpionline.pt/docs/noticias/s ... 6Abril.pdf
 
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por marafado » 27/4/2005 2:53

Semana positiva para os mercados americanos

Os mercados accionistas europeus registaram a segunda semana consecutiva de descida, penalizados pela forte queda dos mercados norte-americanos no final da semana anterior e início da semana passada. Esta descida foi reflexo das preocupações com o crescimento económico, da subida do preço do petróleo e de alguma desilusão com o início da Earnings Season nos EUA (IBM, Apple) e Europa (ASML, Philips).

Mercado Accionista Variação Semanal
PSI 20 0,16%
DJ EuroStoxx50
-1,24%
DAX30
-2,07%
S&P500
0,83%
Nasdaq
1,26%
Entre 15 e 22 de Abril de 2005


No entanto, a forte subida do sector tecnológico e a ausência de surpresas negativas nos resultados apresentados ao longo da semana passada nos EUA (Texas Instruments, Intel, Yahoo, Motorola, Google) e Europa (Nokia, VW, SAP, Ericsson) levaram à recuperação do mercado, embora tal se tenha revelado insuficiente para que regressasse a terreno positivo.

A yield das obrigações a 10 anos nos EUA registou um ligeira subida de 1pb para os 4,25%. Após ter atingido um mínimo de 4,18% a meio da semana, devido aos receios de desaceleração da economia, acabou por fechar a semana em ligeira alta, devido ao número dos pedidos de subsídios de desemprego abaixo do esperado e ao forte número do Philadelphia Fed. Refira-se que a queda dos mercados accionistas no final da semana e o receio de aumento de tensões na Coreia do Norte acabaram por levar à descida das yields na sexta-feira. Na Alemanha, a yield das obrigações a 10 anos, após ter atingido um mínimo de 3,44% a meio da semana, acabou por encerrar com uma ligeira queda de 3pb para os 3,47%.

O petróleo subiu cerca de 7,7%, recuperando parte da queda da semana anterior, devido ao receio que a capacidade de refinação da gasolina nos EUA se venha a mostrar insuficiente face ao aumento da procura com o aproximar do Verão.

A nível sectorial, as tecnológicas foram o único sector a encerrar a semana em terreno positivo, recuperando das perdas da semana anterior. O sector foi suportado pela forte subida da Nokia, a qual beneficiou da apresentação de bons resultados, tanto da empresa como das suas congéneres norte-americanas. O sector de recursos naturais voltou a destacar-se pela negativa, tendo liderado as perdas, penalizado pela queda do preço das matérias-primas.

A bolsa nacional regressou aos ganhos na semana passada, escapando às quedas dos mercados congéneres europeus, tendo o PSI 20 valorizado 0,16%. A Sonae voltou a destacar-se pela positiva, valorizando 5%, tendo a Sonaecom ganho 1,8%, dada a expectativa de beneficiar de movimentos regulatórios favoráveis. A Portucel regressou aos ganhos na semana passada, valorizando 2,1% para os €1,45, tendo o Millennium bcp investimento reiniciado a cobertura da empresa com um preço alvo de €1,65.

Esta será mais uma semana forte da Earnings Season, estando agendada a divulgação de 161 resultados de empresas do S&P500. No final da semana cerca de 75% das empresas deste índice terão divulgado os seus resultados. De acordo com a Thomson Financial, para o 1º trimestre de 2005, a estimativa de crescimento de EPS (incorporando os resultados das empresas que já reportaram e as expectativas para as que ainda não reportaram) encontra-se nos 12,1% bastante acima dos 8,6% estimados no final da passada semana e dos 7,6% estimados no início do trimestre. Os sectores que mais têm surpreendido têm sido as cíclicas de consumo, o sector energético e o financeiro. Das 211 empresas do S&P500 que apresentaram resultados (até ao final da semana passada), 66% surpreenderam pela positiva, 17% foram em linha com o esperado e 17% abaixo. Ainda de acordo com a Thomson Financial, o rácio de expectativas negativas/expectativas positivas para o 2º trimestre de 2005 situa-se nos 1,7, abaixo dos 1,9 do 1º trimestre de 2005 (em termos comparáveis) e da média de longo prazo de 2,0.


Millennium bcp investimento
 
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por marafado » 27/4/2005 2:51

Recomendações de bolsa

Do universo de empresas que o Millennium bcp investimento analisa, apresentamos de seguida os cinco títulos que têm maior potencial de valorização face ao seu preço alvo, sendo esta carteira revista semanalmente:


Empresa Risco Preço* Alvo Final 2005 ptencial
Altri Médio 1,13 2,10 86%
P Telecom Médio 9,08 11,55 27%
Mota-Engil Médio 2,56 3,25 27%

Brisa Baixo 6,15 7,80 27%
PT Multimédia Médio 18,55 23,05 24%
* Fecho de 6ª feira dia 22 de Abril de 2005
 
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por marafado » 27/4/2005 2:45

Editorial > 2005-04-26 13:59
O país mudou?

António Costa


O país está mergulhado numa crise económica e social - a política já lá vai - da qual não sairá tão cedo. E os números do Banco de Portugal relativos ao primeiro trimestre de 2005 deixam perceber que se estávamos mal, pior ficámos.

É que, por mais discursos de optimismo, a retoma da economia nacional está mais dependente da correcção de problemas estruturais do que da confiança dos agentes económicos.

Traçado um quadro muito geral, é possível chegar à conclusão de que, nos últimos três/quatro anos, nada de estrutural mudou. O Governo de coligação Durão/Portas ensaiou uma política de austeridade, depois do regabofe do último executivo de Guterres. Mas foi sol de pouca dura e demasiado centrado na política orçamental. Do lado da economia, pouco ou nada. Assim, o que mudou, foi para pior. O défice orçamental anda hoje na casa dos 6% da riqueza criada, o défice externo voltou a aumentar, bastando para isso uma pequena, muito pequena, recuperação do consumo, e o desemprego bateu o tecto dos 7%, antecipando-se que por aí ficará pelo menos ao longo de 2005. Ou seja, o país mudou para pior. No entanto, para quem ouviu a intervenção de Jorge Sampaio, ontem na Assembleia da República, por ocasião dos 31 anos do 25 de Abril, o retrato é outro.

É preciso salientar os avisos de Jorge Sampaio. Falou dos sacrifícios - que têm de ser repartidos por todos - e da necessidade da revisão do Pacto de Estabilidade não induzir uma política de laxismo orçamental. Portanto, alguns dos alertas deixados em anos anteriores estavam lá. Mas o tom, esse, foi diferente, mais suave do que as circunstâncias económicas, sociais, mas também políticas impunham. Porque o país mudou para pior.

O Governo de José Sócrates ouviu o discurso que queria. E subscreveria cada uma das suas páginas. Sampaio chamou a atenção para problemas aos quais urge dar resposta, mas não foi incisivo, como em outros momentos, a identificar os seus responsáveis. Disse que cada um dos intervenientes políticos deveria assumir as suas responsabilidades, mas foi mais a pensar no passado recente e menos no futuro próximo.

Jorge Sampaio, como ele próprio o reconheceu, exerce o cargo de Presidente da República numa fase particularmente difícil. Do País e do mundo. E no último ano esteve no centro da decisão política. Deu continuidade a um governo de coligação PSD/CDS-PP e, passados quatro meses, demitiu-o. Abrindo a porta a um novo ciclo político, com a maioria absoluta de Sócrates.

Percebe-se, neste quadro, o fio condutor da intervenção do Presidente da República. Defendeu as suas opções e deixou o seu julgamento para a história. No seu último discurso do 25 de Abril, quis ser pacificador e não quis abrir novas feridas. Mas o momento exigia outra intervenção.

arcosta@economicasgps.com



Comentários

Hugo Zão
Ai, que pessimismo, o Eng. Sócrates está farto de dizer que, com a restauração da confiança na economia, a coisa agora vai...

O Independente
Como se sabe, o Dr Jorge Sampaio é socialista e essa tendência sempre foi evidente ao longo das suas Presidências...diz que é o Presidente de todos os Portugueses mas eu não concordo. Pelo menos meu não é! Nem nunca foi. Sócrates tem uma divida para com o Presidente, já que foi ele que conseguiu a ambicionada Maioria absoluta. A sua estratégia foi elaborada com grande mestria e os lideres do PS e do PSD caíram como patos. Em 60 dias de Governo com Maioria absoluta nada de novo se vê, a não ser a revogação de legislação aprovada pelo anterior Governo, seja boa ou má. Agora vem o Exmo Sr Presidente da República pedir sacrificios. Mas o que é que temos passado até agora? Querem mais sacrificios? Para quê? Peçam sacrificios a quem não passou (nem passa) por eles e enriquece com as dificuldades dos outros. É exactamente por esses oportunistas que se deve começar. Analisem os sinais exteriores de riqueza dos Médicos, Advogados, Politicos, Autarcas, Jogadores de Futebol (inadmissivel que gozem beneficios fiscais por profissão de desgaste rápido), Empresários de todos os sectores, Trabalhadores por conta própria, etc etc etc. Controlem todos esses senhores que vivem à grande e ostentam relevantes bens materiais em nome de soc. de leasing e de empresas em Off-Shore. Verificarão que tudo será mais justo e grande parte do défice será colmatado. Para estas desigualdades o Sr Presidente não lança o alerta...cala-se e assobia para o ar. É por estas e por outras que considero a figura do Presidente perfeitamente dispensável no panorama nacional...de pouco serve, a não ser para umas visitas de Estado e de representação. Assim vai este Portugalzinho...mal, como sempre.

vg
O PR está em fim de mandato e a a justificar-se.Ele sabe ,como todos nós ,os que sabemos,que o "Titanic afunda e a orquestra toca a valsa do plano".Quem vier ,a seguir, que trate

nocas
Vocês já me estão a irritar com esta ladaínha recorrente do Presidente da República que não intervém, ou que devia ter intervido, ou que é dispensável... Antes de escreverem a primeira coisa que vos passa pela cabeça (isto vale para o autor e para os comentaristas), estudem, ESTUDEM meus senhores! Os poderes do Presidente da República estão definidos na Constituição, temos um sistema semi-presidencial de pendor parlamentar. O Presidente não é o paizinho para castigar o governo e, sobretudo, NÃO GOVERNA, pelo que se agradece que intervenha apenas o estritamente necessário. Estamos bem servidos com este sistema, não precisamos de "saber quem manda" como diz o Manuel Monteiro, nem precisamos de primas donnas estilo Soares ou Cavaco Silva. Que seca!

arthur
Caro: sr A.Costa Continuar a pedir sacrificios ao "povão" é um ultraje... este carpir vem sendo usado desde o inicio do consulado de SALAZAR ..Basta... de usarem e abusarem das mesmas "bestas" de carga!!!Os acrificios que comecem pelos responsaveis da nossa eterna desgraça.

mocas
quer dizer então que este PR não é o mesmo que havia em finais de novembro passado?

arthur
Noquinhas... não se irrete... olhe pela sua suadinha... O PR... efectivamente ( ao contario do que pensa) é o "nosso" paizinho.. só que, como todos os bons pais, deve tratar todos os filhinhos por IGUAL... Não acha ou SECAS?

cCheli&Chela
Décimo Sétimo ou Oitavo episódio da Abrilada: o PR demite um governo com maioria na Assembleia, porque o PM não tinha "estaleca", não coordenava os Ministros, enfim uma triste amostra do que deve ser um governo democrático. Meteu lá um tecnológico que, para além de prometer 150.000 empregos, vai empregar todos os tecnólogos deste país. Não se sabe bem a fazer o quê..Bom já sabemos: vão dar corpo ao tal plano tecnológico que, faz-se, fazendo... O tal défice de que falaste, Presidente Sampaio, esse, vai ser óbviamente atacado por outro plano a 5,10, ou 20 anos, o chamado Plano Emergente de Ataque Tecnológico e Financeiro ao Excesso de Despesa Público (PEATFDP). Tenhamos ainda consciência que nos Negócios Estrangeiros anda por lá uma personagem que, depois de dizer raios e coriscos dos Yankees, acabou por ir beijar a mão à Condoleeza. Aguardam-se cenas dos próximos capítulos....

A VÍTIMA
NÃO QUERO AINDA FALAR SOBRE O GOVERNO DE SÓCRATES. É CEDO. MAS NÃO LHA DOU SEIS MESES PARA PENSAR EM COMEÇAR A FA- ZER. MAS AO SR. PR, DIGO-LHE, BASTA. SACRIFICIOS A QUEM? O SR. EM 2 MANDATOS DEIXOUY ENRIQUECER TODA A ESCUMALHA QUE NUNCA PRODUZIU NADA DE NADA, DEIXOU ASSALTAR O BOLSO DOS PEQUENOS, SEM LEVANTAR UM DEDO E VEM AGORA DE CRAVO AO PEITO, QUANDO ESTÁ PARA SAIR COM TODOS OS DIREITOS QUE LHE DÁ O CARGO, POR NÃO ATACAR QUEM DEVIA .PEDIR SACRI- FÍCIOS AOS ÚNICOS SACRIFICADOS ETERNOS DESTA COISA QUE CHAMAMOS PORTUGAL É COMO O NOSSO LEAL ESCUDEIRO A QUEM PA- GAMOS DINHEIRO E HONRARIAS NOS ESPE- TAR UMA RAJADA DE TIROS DE BAZUCA PELAS COSTAS.

M.Ferreira
Realmente também acho que que o que se escreve neste espaço NÃO DEVE IRRITAR NINGUÉM. Estando ou não de acordo, podemos expressar a nossa opinião e... ponto final. Agora que o snr. Editorialista António Costa é "useiro e veseiro" em provocações, isso já os leitores se deram conta. É assim que o "homem" pensa, é assim que ele escreve, é assim que que ele demonstra o seu facciosismo. "Regabofe", como o snr. A.Costa diz, só o dos governos socialistas (e dos socialistas em geral - incluindo o snr.P.R.). Os "OUTROS" são todos uns "santinhos"!. O "homem" está a precisar de uma "reciclagem". Meu caro snr. "Independente": o senhor surpreendeu-me com a parte final do seu comentário!!. Afinal (excluindo o que diz sobre o P.R. actual)- e se mo permite - eu subscrevo o que diz. Mas lá que admirado estou, ai isso estou. Não costumo ler, escritas por si, coisas destas..., ainda bem..
 
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A importância de reduzir o défice públicon e o elevado endiv

por marafado » 27/4/2005 2:41

A importância de reduzir o défice públicon e o elevado endividamento das famílias

Helena Garrido e António José Gouveia


As prestações médias mensais pagas pelos clientes de crédito à habitação da CGD, um dos líderes do mercado, caíram 26% na última década, quando o valor médio dos empréstimos mais do que duplicou.

É o reflexo da acentuada descida das taxas de juro, na sequência da adesão de Portugal ao euro, mas também por via de uma conjuntura que baixou o preço do dinheiro na zona euro para níveis historicamente baixos. O ano 2000, em que se pode ver no gráfico um ‘pico’, revela bem que vivemos num tempo excepcional em matéria de taxas de juro. Em 2000 a taxa de refinanciamento do BCE chegou aos 4,75%, longe dos actuais 2% fixados desde Junho de 2003 e que os analistas prevêem que assim fique até ao fim do ano.

Os efeitos de uma subida das taxas de juro no bolso das famílias portuguesas é uma preocupação, praticamente desde 1999. Essa mesma preocupação está clara num trabalho publicado pelo Banco de Portugal no Boletim Económico de Setembro de 2004. O que acontecerá ao país se as taxas regressarem aos seus níveis mais normais em termos históricos ninguém pode saber, mas pode não ser muito bom. Os recentes produtos lançados pela banca, que atiram para o fim da vida do empréstimo no máximo 30% do crédito, alargam ainda mais o universo dos que podem ter acesso ao crédito e sobem o montante de financiamento suportável no curto prazo, agravando o problema do ponto de vista macroeconómico.

Se a economia estiver como está hoje, com um crescimento que nem atinge o potencial de 2,5%, a subida dos juros será um pesadelo. Resta esperar que, nessa altura, as contas públicas já possam dar uma ajuda às empresas e famílias portuguesas. Eis mais uma razão, ou a razão, para reduzir o défice.


Prestação média mensal por crédito à habitação caiu 26%
 
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