Caldeirão da Bolsa

Novo Modelo do Sector Energético

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por marafado » 21/4/2005 19:33

Contratos da Edinfor passados para a LogicaCMG valem 510 M€

DE


O Millennium bcp Investimento informou hoje que o acordo de 'outsourcing' dos contratos existentes entre a Edinfor e a EDP realizado âmbito da alienação de 60% do capital social da empresa de sistemas informáticos por parte da energética nacional tem um valor de 510 milhões de euros.

Segundo um comunicado hoje emitido pelo Millennium bcp Investimento, a "transacção teve implícito um 'enterprise value' para a Edinfor de 135 milhões de euros".

Em adição, o documento adianta que "o acordo também tem prevista uma opção potestativa de venda dos restantes 40% da Edinfor pela EDP à LogicaCMG a partir do final segundo ano de vigência do acordo, e uma opção potestativa de compra dos mesmos 40% da Edinfor pela LogicaCMG a partir do final do quarto ano de vigência do acordo".

A EDP encerrou a sessão de hoje na Euronext Lisbon inalterada nos 2,18€.
 
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por marafado » 21/4/2005 19:32

Novo Modelo do Sector Energético
EDP é apenas ‘irmão do meio’ à escala peninsular

P.M.P.


O modelo que o Governo socialista pretende imprimir ao sector eléctrico visa aumentar a concorrência no mercado nacional. No entanto, alguns sectores referem que poderá levantar problemas quando o mercado português e o espanhol se fundirem, dando lugar ao tão aguardado Mibel.

Apesar de ser um gigante à escala nacional, numa perspectiva ibérica a eléctrica portuguesa é apenas um “irmão do meio”, referem fontes próximas da eléctrica. A deterioração da sua posição de mercado na produção de electricidade em favor da Galp poderá fragilizá-la quando a concorrência com os espanhóis começar a sério. Assim, criticam as mesmas fontes, se avançar com este modelo, o Governo português poderá estar a cometer o mesmo erro de perspectiva que consideram ter sido cometido por Bruxelas quando decidiu chumbar o projecto de reestruturação do sector energético liderado por Carlos Tavares e João Talone. Segundo defendeu a EDP e o Governo na altura, a operação de fusão entre os negócios do gás e da electricidade, debaixo do chapéu-de-chuva da EDP, deveria ter sido analisado à luz do mercado ibérico para o qual se caminha, e não do exíguo mercado português, onde a EDP domina 75% da produção de electricidade.

A nível ibérico, a EDP detém apenas 19% da producção - incluindo a sua subsidiária espanhola, a Hidrocantábrico. A Endesa e a Iberdrola, os líderes peninsulares, dominam 30% e 20% da produção, respectivamente.

Em termos estratégicos, a grande vencedora é a Galp, que volta a poder definir uma estratégia para o negócio do gás, aquele com maior potencial de crescimento. Sem o gás, a alternativa para a Galp seria apostar na exploração, um negócio com muito maiores exigências de investimento e retorno bastante menos seguro.
 
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por marafado » 21/4/2005 19:31

Livro Branco define contornos do lado espanhol do Mibel

Diana Brito Nunes//R.Casado*


A elaboração do Livro Branco da Energia em Espanha está a provocar uma onda de acusações entre as eléctricas espanholas.

Numa altura em que se discute em Portugal o arranque do mercado ibérico de electricidade, previsto para 30 de Junho deste ano, Espanha está a preparar o Livro Branco da Energia, que visa definir as orientações estratégicas para o sector energético espanhol e que deverá estar concluído até ao final do primeiro semestre deste ano. Num contexto em que os dois mercados caminham para a fusão, este documento será um contributo importante para a clarificação das futuras regras do mercado ibérico energético. No centro do debate está o funcionamento ‘imperfeito’ do mercado de produção eléctrica.

Apesar do documento estar ainda em fase de elaboração, certo é que o Governo já fez saber que o actual sistema de atribuição às empresas dos custos de transição para a concorrência (CTC) será alterado, ordenando o congelamento imediato das ajudas, em vigor desde 1998, até que esteja completada a reforma do sector.

Uma das opções em cima da mesa é a de reduzir o valor pendente dos pagamento dos CTC até 2010 (equivalente a 4.500 milhões de euros) e converter num preço fixo a tarifa, sem que se reflicta no mercado. No entanto, neste caso, o preço grossista poderia disparar e pressionar as tarifas. Outros vão mais longe e defendem que se elimine a concorrência, uma medida que as eléctricas receiam, já que querem ver um preço totalmente liberalizado.

Seja qual for a decisão do Governo bastou a Zapatero anunciar a intenção de avançar com a reforma do sector para suscitar uma onda de reacções entre as eléctricas, que tentam a todo o custo salvaguardar os seus interesses.

Neste quadro, a Endesa e Iberdrola, principais ‘players’ do mercado, têm-se envolvido nos últimos tempos em várias confrontações públicas, acusando-se mutuamente de provocarem a distorção do mercado eléctrico, uma reacção ampliada pela incerteza sobre o quadro futuro de regulação do sector e o pressuposto interesse do Governo em criar grandes grupos através de fusões. As possíveis movimentações para aumentar a concentração do sector em Espanha colidem com a estratégia do anterior Governo de Aznar, responsável também pela criação dos CTC.

O plano do Governo visa estabelecer novas normas para o mercado de produção, aumentando a competição entre os produtores que disputam entre si as vendas aos distribuidores.

A troca de acusações, que visam pressionar o Governo de Zapatero e Ignacio Pérz Arriaga, perito nomeado pelo Executivo encarregue de elaborar o Livro Branco, vêm também da Unión Fenosa, Hidrocantábrico (filial da EDP-Energias de Portugal) e Viesgo (filial da italiana Enel) que exigem ser ouvidas neste processo. À lista junta-se os novos intervenientes como a Gás Natural, os produtores das energias renováveis e ainda as empresas de comercialização mas que não têm produção em Espanha, como a britânica Centrica e a francesa EDF.

O primeiro obstáculo a resolver passa pela definição de um preço livre baseado numa tarifa fixa e regulada. Como o Governo não definiu uma tarifa oficial, em vigor durante um ano, as alterações diárias no mercado grossista de produção não podem repercutir-se imediatamente no custo para o consumidor.

Para já, a revogação do anterior sistema que vigorou sete anos é já uma certeza. Isto quando o actual Governo do PSOE considerou recentemente que o sistema criou fortes ‘distorções’ no mercado, uma posição reiterada por várias empresas, como a Iberdrola, Viesgo e Gás Natural, uma vez que os custos reais da produção não se reflectiam no preço do mercado grossista para não perder as ajudas do Governo. A Endesa é uma das empresas acusadas de manipular preços por esse motivo. *Expansión
 
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por marafado » 21/4/2005 19:30

Novo Modelo do Sector Energético
Endesa e Gas Natural com ambições de crescer em Portugal

H.S.S.


A Endesa, liderada por Rafael Miranda (na foto) está no mercado nacional desde 2000 através de uma parceria com a Sonae, e é um dos maiores accionistas da Tejo Energia, com 35% do capital, que controla a central de ciclo combinado do Pego.

Na atribuição de licenças para novas centrais, a eléctrica conseguiu um dos três pontos de ligação à rede concedidos em Sines, com uma capacidade instalada de cerca de 430 Mva, projecto que será desenvolvido em parceria com a EDP. Já a Gas Natural tem visto frustradas as suas pretensões de concentração no mercado espanhol, mantendo, ainda assim, as ambições de ser um dos players dominantes do mercado ibérico. Estando presentemente a actuar no mercado de distribuição de gás natural e na produção de electricidade em Espanha, a empresa pretendia investir mais de 400 milhões de euros na construção de uma central de ciclo combinado em Sines, mas acabou por ser preterida a favor da EDP e da Endesa. Apesar de frustração inicial a empresa espanhola decidiu recorrer da decisão do ex-ministro Álvaro Barreto.
 
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por marafado » 21/4/2005 19:29

Novo Modelo do Sector Energético
Iberdrola investe e quer parceria com Galp na electricidade

R.C.


A Iberdrola está também na expectativa de crescer no mercado energético português, depois de fracassados os primeiros passos.

Em 1998, estabeleceu uma parceria com a EDP, prevendo a troca de participações. O acordo contemplava investimentos conjuntos, nomeadamente internacionais que nunca avançaram. Rapidamente se chegou à conclusão que esta era uma associação que não iria funcionar. E apesar da EDP ter vendido a sua posição na Iberdrola, a eléctrica espanhola aproveitou para reforçar a sua, tendo actualmente 5,7%. Entretanto, a companhia espanhola ficou, em 2000, com 4% da Galp, com a qual pretende agora estabelecer uma parceria para a produção de electricidade. A empresa, liderada em Portugal pelo ex-ministro da economia Pina Moura (na foto), tem uma licença para a construção de uma central de ciclo combinado a gás natural de 400 MW, na Figueira da Foz. Para avançar com esta associação, que já terá sido manifestada ao Governo, a Iberdrola propõe-se alienar a sua participação na eléctrica nacional. A eléctrica conta ainda com uma presença relevante nas renováveis
 
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Novo Modelo do Sector Energético

por marafado » 21/4/2005 19:28

Novo Modelo do Sector Energético
Eni de ‘olho’ no gás aguarda negociações com novo Governo

R.C.


A companhia italiana Eni, presidida por Vittorio Mincato (na foto) entrou em Portugal por via de convite endereçado pelo então ministro da Economia, Pina Moura, a um conjunto de 15 entidades internacionais, em Junho de 1999.

Em 2000, o Estado português e a Eni assinaram o acordo para a compra de 11% da Galp por um valor de 317,9 milhões de euros. Ficou ainda acordado que a Eni passaria a deter 33,34% da Galp, percentagem que detém actualmente. A entrada da empresa italiana não foi pacifica, motivando mesmo um inquérito parlamentar ao negócio. Associado ao acordo estava a obrigatoriedade do Estado português proceder a uma fase de privatização até ao final do primeiro semestre de 2002. E que caso não ocorresse, a Eni teria direito a comprar mais 12% da Galp ao Estado. Como o Estado não realizou esse IPO, renegociou com a Eni um adiamento do acordo parassocial, tendo ficado acordado o IPO até 31 de Dezembro de 2003. Que também não se verificou. Agora, a Eni vai negociar com o Governo um aditamento ao acordo, no âmbito do novo modelo para o sector energético.
 
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