Ratoeiras na Bolsa
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Re: Ratoeiras na Bolsa
luiz22 Escreveu:19 Abril 2005 13:59
Pedro S. Guerreiro
Ratoeiras na Bolsa
psg@mediafin.pt
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Rodrigo Rato largou uma bomba sobre as bolsas. O director-geral do Fundo Monetário Internacional alertou, em entrevista ao «La Tribune», para «uma correcção abrupta» nos mercados e para uma subida «brutal» das taxas de juro.
Estes avisos não são comuns e muito menos com estes adjectivos. Se recuarmos um pouco, não encontramos muitos alertas para o rumo bolsista proferidos por governantes ou altos dirigentes de instituições como o FMI. Dois vêm à memória: o «gato por lebre» de Cavaco em 1987; a «exuberância irracional» de Greenspan sobre as cotadas da Nova Economia. Os dois avisos foram bem mais eufemísticos do que o de Rato. E ambos estavam correctos.
E agora? Agora as razões são diferentes: não é uma pandemia de optimismo fantasista; é antes um cocktail explosivo de factores macroeconómicos (petróleo em alta, dólar desvalorizado e rigidez cambial na Ásia, fraco crescimento na Europa e no Japão, elevado endividamento americano...). Ou seja, os investidores e as empresas estão a contar com cenários de crescimento que não controlam e que podem falhar.
É um balde de água gelada, sobretudo porque depois de tanta amargura nas cotações, a expectativa é de que no sobe-e-desce cíclico, agora seria sempre a subir. Pode não ser, diz Rodrigo Rato.
Há duas maneiras de ler o aviso do presidente do FMI: desvalorizá-lo, pô-lo em perspectiva, ignorar e enterrar a cabeça na areia porque ninguém gosta de más notícias; ou lembrar que foi por tanta gente tanto tempo enterrar a cabeça na areia que a última «bolha», a das «dotcom», explodiu tão insuflada.
Como os anteriores, o aviso de Rodrigo Rato é para levar a sério. A novidade é que desta vez os políticos não são alheios à coisa. Pelo contrário, desta vez são os governantes – e não os investidores – que devem ouvir em primeiro lugar o que diz Rato. O problema é nosso, a solução é deles.
Não estou de acordo...
O Rato Rodrigo, nada disse de novo. Destas «bombásticas» declarações, podemos encontrar todos os dias em quantidade e de gente do mesmo calibre. Mais: não é seguramente o Rato que influencia o caminho dos mercados.
Ratos á muitos e Rodrigo ninguém conhece, se não por que caíram os mercados americanos e só depois os europeus? O endividamento dos EUA? Esse tema é mais antigo que a historia da Humanidade...
R. Martins
Quem não conhece o «CALDEIRÃO» não conhece este mundo
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A nível interno um alerta:
Défice da balança de transacções correntes é mais grave que o défice público
Lusa
O economista Daniel Bessa afirmou hoje que o défice da balança de transacções correntes, que nos últimos anos atingiu os 10 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), é um problema muito mais complexo do que o défice público.
O ex-ministro da Economia justificava desta forma a aposta que Portugal deve fazer na produção de bens transaccionáveis para exportação de forma a corrigir a rota dos últimos anos onde o investimento esteve direccionado para o mercado interno.
"Esta orientação do investimento para o mercado interno produziu um défice da balança de transacções correntes de 10 por cento do PIB, ou seja, 13 mil milhões de euros por ano", afirmou Daniel Bessa na sua intervenção no 2ºEncontro Nacional da Cotec.
O economista refere que estes são valores incomportáveis para o sistema bancário nacional, pois significa que diariamente saem 35 milhões de euros das contas nacionais em direcção ao estrangeiro.
"Há portanto um problema gravíssimo de 'funding' [financiamento] do sistema bancário residente que não pode deixar de afectar a actividade bancária nacional", afirmou.
Segundo Daniel Bessa, o problema tem sido ultrapassado através da securitização (venda de créditos no exterior), mas a solução acarreta "implicações seríssimas" para o país pois leva os bancos a financiar mais a habitação e consumo do que o crédito à produção e às empresas, já que este é "dificilmente securatizável".
A aposta no mercado interno conduziu ainda, segundo Daniel Bessa, a "números astronómicos" no sector imobiliário, cuja actividade de construção chegou a atingir 12,5 por cento do emprego, 7,5 por cento do PIB e 50 por cento da formação bruta de capital fixo (FBCF).
O economista conclui, por isso, que o défice da balança de transacções correntes é um problema muito mais difícil de resolver porque envolve actores internacionais, ao contrário do défice público que é um problema interno.
A solução passa, segundo o ex-ministro, por exportar mais 25 a 30 milhões de euros por dia
Défice da balança de transacções correntes é mais grave que o défice público
Lusa
O economista Daniel Bessa afirmou hoje que o défice da balança de transacções correntes, que nos últimos anos atingiu os 10 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), é um problema muito mais complexo do que o défice público.
O ex-ministro da Economia justificava desta forma a aposta que Portugal deve fazer na produção de bens transaccionáveis para exportação de forma a corrigir a rota dos últimos anos onde o investimento esteve direccionado para o mercado interno.
"Esta orientação do investimento para o mercado interno produziu um défice da balança de transacções correntes de 10 por cento do PIB, ou seja, 13 mil milhões de euros por ano", afirmou Daniel Bessa na sua intervenção no 2ºEncontro Nacional da Cotec.
O economista refere que estes são valores incomportáveis para o sistema bancário nacional, pois significa que diariamente saem 35 milhões de euros das contas nacionais em direcção ao estrangeiro.
"Há portanto um problema gravíssimo de 'funding' [financiamento] do sistema bancário residente que não pode deixar de afectar a actividade bancária nacional", afirmou.
Segundo Daniel Bessa, o problema tem sido ultrapassado através da securitização (venda de créditos no exterior), mas a solução acarreta "implicações seríssimas" para o país pois leva os bancos a financiar mais a habitação e consumo do que o crédito à produção e às empresas, já que este é "dificilmente securatizável".
A aposta no mercado interno conduziu ainda, segundo Daniel Bessa, a "números astronómicos" no sector imobiliário, cuja actividade de construção chegou a atingir 12,5 por cento do emprego, 7,5 por cento do PIB e 50 por cento da formação bruta de capital fixo (FBCF).
O economista conclui, por isso, que o défice da balança de transacções correntes é um problema muito mais difícil de resolver porque envolve actores internacionais, ao contrário do défice público que é um problema interno.
A solução passa, segundo o ex-ministro, por exportar mais 25 a 30 milhões de euros por dia
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não é bem assim
Estes tipos mandam postas de pescada mas a maior parte das vezez não acertam, obviamente tantas mandam que por vezes acertam.....
O mercado , o ticker é que manda...
Qt e qts vezes o mercado apos ja muito ter subido ainda consegue subir mais e cada vez mais rapido tornando- se mais liquido e viciante...
Ai sim o mercado apresenta-se perigoso com sinais de exaustao...antes não.
Subida da inflação e dos juros é normal pois uma serve para combater a outra.O aumento do preço do $$$ (juro ) faz diminuir a liquidez pois este torna-se mais caro. Todavia as empresas bem geridas podem aumentar o seu valor pois o efeito inflação tambem se reflete nas cotações qts e qts vezes isso acontece em economias como o Brasil ou argentina qd ha inflação via desvalorização da moeda.....
O mercado , o ticker é que manda...
Qt e qts vezes o mercado apos ja muito ter subido ainda consegue subir mais e cada vez mais rapido tornando- se mais liquido e viciante...
Ai sim o mercado apresenta-se perigoso com sinais de exaustao...antes não.
Subida da inflação e dos juros é normal pois uma serve para combater a outra.O aumento do preço do $$$ (juro ) faz diminuir a liquidez pois este torna-se mais caro. Todavia as empresas bem geridas podem aumentar o seu valor pois o efeito inflação tambem se reflete nas cotações qts e qts vezes isso acontece em economias como o Brasil ou argentina qd ha inflação via desvalorização da moeda.....
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Paul Vocker, chairman do FED de 1979 a 1987 num editorial do Washington Post alerta para os mesmos perigos.
http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/articles/A38725-2005Apr8.html
Já começa aumentar as vozes críticas, só não ouve quem não quer.
Cumprimentos,
http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/articles/A38725-2005Apr8.html
Já começa aumentar as vozes críticas, só não ouve quem não quer.
Cumprimentos,
Alex
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Ratoeiras na Bolsa
19 Abril 2005 13:59
Pedro S. Guerreiro
Ratoeiras na Bolsa
psg@mediafin.pt
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Rodrigo Rato largou uma bomba sobre as bolsas. O director-geral do Fundo Monetário Internacional alertou, em entrevista ao «La Tribune», para «uma correcção abrupta» nos mercados e para uma subida «brutal» das taxas de juro.
Estes avisos não são comuns e muito menos com estes adjectivos. Se recuarmos um pouco, não encontramos muitos alertas para o rumo bolsista proferidos por governantes ou altos dirigentes de instituições como o FMI. Dois vêm à memória: o «gato por lebre» de Cavaco em 1987; a «exuberância irracional» de Greenspan sobre as cotadas da Nova Economia. Os dois avisos foram bem mais eufemísticos do que o de Rato. E ambos estavam correctos.
E agora? Agora as razões são diferentes: não é uma pandemia de optimismo fantasista; é antes um cocktail explosivo de factores macroeconómicos (petróleo em alta, dólar desvalorizado e rigidez cambial na Ásia, fraco crescimento na Europa e no Japão, elevado endividamento americano...). Ou seja, os investidores e as empresas estão a contar com cenários de crescimento que não controlam e que podem falhar.
É um balde de água gelada, sobretudo porque depois de tanta amargura nas cotações, a expectativa é de que no sobe-e-desce cíclico, agora seria sempre a subir. Pode não ser, diz Rodrigo Rato.
Há duas maneiras de ler o aviso do presidente do FMI: desvalorizá-lo, pô-lo em perspectiva, ignorar e enterrar a cabeça na areia porque ninguém gosta de más notícias; ou lembrar que foi por tanta gente tanto tempo enterrar a cabeça na areia que a última «bolha», a das «dotcom», explodiu tão insuflada.
Como os anteriores, o aviso de Rodrigo Rato é para levar a sério. A novidade é que desta vez os políticos não são alheios à coisa. Pelo contrário, desta vez são os governantes – e não os investidores – que devem ouvir em primeiro lugar o que diz Rato. O problema é nosso, a solução é deles.
Pedro S. Guerreiro
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psg@mediafin.pt
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Rodrigo Rato largou uma bomba sobre as bolsas. O director-geral do Fundo Monetário Internacional alertou, em entrevista ao «La Tribune», para «uma correcção abrupta» nos mercados e para uma subida «brutal» das taxas de juro.
Estes avisos não são comuns e muito menos com estes adjectivos. Se recuarmos um pouco, não encontramos muitos alertas para o rumo bolsista proferidos por governantes ou altos dirigentes de instituições como o FMI. Dois vêm à memória: o «gato por lebre» de Cavaco em 1987; a «exuberância irracional» de Greenspan sobre as cotadas da Nova Economia. Os dois avisos foram bem mais eufemísticos do que o de Rato. E ambos estavam correctos.
E agora? Agora as razões são diferentes: não é uma pandemia de optimismo fantasista; é antes um cocktail explosivo de factores macroeconómicos (petróleo em alta, dólar desvalorizado e rigidez cambial na Ásia, fraco crescimento na Europa e no Japão, elevado endividamento americano...). Ou seja, os investidores e as empresas estão a contar com cenários de crescimento que não controlam e que podem falhar.
É um balde de água gelada, sobretudo porque depois de tanta amargura nas cotações, a expectativa é de que no sobe-e-desce cíclico, agora seria sempre a subir. Pode não ser, diz Rodrigo Rato.
Há duas maneiras de ler o aviso do presidente do FMI: desvalorizá-lo, pô-lo em perspectiva, ignorar e enterrar a cabeça na areia porque ninguém gosta de más notícias; ou lembrar que foi por tanta gente tanto tempo enterrar a cabeça na areia que a última «bolha», a das «dotcom», explodiu tão insuflada.
Como os anteriores, o aviso de Rodrigo Rato é para levar a sério. A novidade é que desta vez os políticos não são alheios à coisa. Pelo contrário, desta vez são os governantes – e não os investidores – que devem ouvir em primeiro lugar o que diz Rato. O problema é nosso, a solução é deles.
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