Caldeirão da Bolsa

«É hora de comprar acções que o mercado desfavorece»

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por cayenne » 13/4/2005 17:45

Já agora...
JDSU :mrgreen:
SANM
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por heterocedastico » 13/4/2005 17:38

E já agora:
- Merck (MRK)
- Pfizer (PFE)
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por heterocedastico » 13/4/2005 16:15

E outra:
- Harley Davinson (HDI)
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por GAB » 13/4/2005 11:08

Penso que este artigo está interessante, pois minha opinião é que nos proximos tempos ( 1 mes - saida de resultados 1 Trim.) a tendência dos activos ( de uma forma global) será de subida, penso que é mesmo de analisar titulos e entrar no sentido LONGO.
há sempres excepções à regra , não esquecer.

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por heterocedastico » 11/4/2005 15:33

E ainda:
- Biomet (BMET);
- Corvel (CRVL).
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por heterocedastico » 11/4/2005 10:37

Excelente artigo.

Já agora deixo aqui 3 exemplos de óptimas empresas fustigadas recentemente por más notícias:
- Forest Labs (FRX);
- AIG (AIG);
- Doral Financial (DRL).

1 abraço
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«É hora de comprar acções que o mercado desfavorece»

por luiz22 » 8/4/2005 22:47

8 Abril 2005 15:00
Clark Winter, estratega global do Citigroup Private Bank
«É hora de comprar acções que o mercado desfavorece»
"Estamos num ponto de inflexão do mercado e o futuro é uma incógnita. Perante este cenário, Clark Winter, do Citigroup, defende a selecção inteligente de acções.
Num momento de incerteza, é necessário remar contra a maré e comprar acções de cotadas quando o mercado não está a favorecê-las."


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Susana Domingos
sdomingos@mediafin.pt



Clark Winter - Estratega de investimento global do Citigroup Private Bank
O norte-americano Clark Winter é, actualmente, o responsável pela definição das estratégias de investimento do Citigroup Private Banking em todo o mundo.

Após 18 anos de actividade na JP Morgan, fundou a consultora Winter Capital International.

Qual é a sua visão global sobre o mercado neste momento?

Entre 1982 e 2005 as taxas de juro desceram, os impostos caíram e o fardo regulador diminuiu. O mercado pensa que, em muitos aspectos, estamos de volta ao cenário de 1972/74 (subida das taxas de juro, OPEP, energia e guerra – Vietname naquela altura, Iraque agora). Ao acreditar no regresso ao início dos anos 70, entramos no que denomino por «paradigma da liquidez»: há excesso de liquidez, mas os investidores não se mostram dispostos a aplicar capital.

Se voltámos ao início dos anos 70, vamos ter repetição dos últimos 30 anos?

A questão é saber se vai haver uma repetição ou se entramos numa nova era. Existem muitos paralelismos entre o actual momento e o de 72/74.

Qual era a melhor classe de activos nesse período?

O melhor era manter o dinheiro debaixo do colchão. Nenhum activo era tão compensador como não fazer nada.

E agora, estamos na mesma situação?

Durante cerca de vinte anos (de 1982 a 2001), compensava investir e fazer aplicações financeiras. E foi o que se fez. Criaram-se fábricas, postos de trabalho. Foi um bom período. Na minha opinião, não estamos de volta ao período de 72/74, embora o mercado nos queira fazer crer que sim.

Perante a actual conjuntura, onde é que se deve investir?

Tem que haver um esforço para rentabilizar o dinheiro. Se tivessem aplicado capital em obrigações em 82, estariam agora a beneficiar da valorização decorrente do declínio absoluto das taxas de juro. Investir em obrigações de maturidade mais longa financiando-se com empréstimos de curto prazo («carry trade») funcionava. Era possível ter uma rentabilidade positiva não saindo da mesma classe de activos, jogando apenas com a maturidade nas posições longas e curtas. Agora, com a curva de rendimentos a ficar menos inclinada, este tipo de estratégia deixou de ser atractiva. Rentabilizar o capital não é difícil quando são tudo boas notícias, aí pode até investir-se no mundo da moda. Numa conjuntura adversa é necessário remar contra a maré. É preciso olhar para activos atractivos e evitar riscos.

Com os défices em máximos e o dólar fraco, a rendibilidade dos activos dos EUA deixou de ser atractiva para os investidores estrangeiros.

Essa é a percepção do mercado. Se pegarmos no índice S&P500, medido em dólares ao longo dos últimos três ou quatro anos, observamos que os investidores dos EUA não perderam dinheiro. O mesmo investimento em ienes ou euros perdeu dinheiro.

E o que é que irá alterar esta realidade?

Compreender os «drivers» do mercado e ter visão. Não se limitar apenas a comprar acções, mas sim apostar em acções de empresas reestruturadas. Quem se envolveu nas reestruturações dos últimos anos, fez muito dinheiro.

Como é que os investidores se devem posicionar?

Têm que se procurar gestores que produzam «alfa» (conseguem bons desempenhos, seja qual for o comportamento do mercado) e não apenas «beta» (que seguem o desempenho dos índices). É preciso encontrar situações em que o desempenho não esteja correlacionado com o comportamento do mercado. Procuraria gestores de «private equity» que produzam «alfa» na selecção de acções (com uma escolha inteligente de acções, individuais, e não de índices), «hedge funds».

Em que activos aconselharia investir?

Tudo depende do risco que se quer correr e dos objectivos estratégicos estabelecidos: rendimento ou crescimento. Este objectivo tende a não sofrer alterações ao longo do tempo. A forma como se implementa é que se altera. Com as taxas de juro baixas, este não é o momento para apostar nas obrigações, o «spread» é demasiado baixo. Aconselharia a reduzir a duração das obrigações nos «portfolios».

É altura para ser mais conservador ou agressivo?

No rendimento fixo, mais conservador. No «portfolio» com objectivos de crescimento, é altura para ser mais agressivo. Porque o mercado não está optimista em relação às oportunidades de crescimento.

Que sectores é que deverão ter um desempenho acima do mercado?

O sector financeiro, por exemplo, tem sido muito penalizado e ninguém quer tocar nessas empresas? JP Morgan, Morgan Stanley?são empresas magníficas, mas que têm sido muito massacradas. No período de subida do mercado, habituámo-nos a seguir os «benchmarks», a seguir a «performance» relativa de uma cotada face aos pares, a fazer uma análise sectorial. Nesta fase de incerteza, é preciso ir além do mercado. É preciso comprar acções de empresas num momento em que o mercado não está a favorecê-las. E é difícil fazê-lo se se aplicar constantemente os instrumentos da última década que consistiam em seguir os índices e o seu desempenho.
 
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