Aposta nas «commodities» é solução perante acções caras
Cimpor diz mantém payout 60% exercício 2004 apesar ano difícil
18/03/2005 16:15
LISBOA, 18 Mar (Reuters) - O payout da Cimpor-Cimentos de Portugal vai manter-se em 2004 próximo dos 60 pct registados em 2003, disse fonte oficial da Cimpor.
Acrescentou, em declarações telefónicas à Reuters, que a proposta de dividendo exacta referente ao exercício de 2004 será aprovada pelo conselho de administração na segunda semana de Abril para deliberação na assembleia geral de 27 de Abril.
A Cimpor distribuiu um dividendo de 0,17 euros por acção referente ao exercício de 2003.
"O CA da Cimpor da vai aprovar a proposta do dividendo a distribuir relativamente ao exercício de 2004 na segunda semana de Abril", disse fonte oficial da Cimpor.
"Esta proposta deverá estar em linha com a política de dividendos que a Cimpor tem vindo a seguir", acrescentou.
A cimenteira obteve um lucro líquido de 185,9 milhões de euros (ME) em 2004, o mesmo valor de 2003, tendo o volume de negócios subido para 1.365,6 ME, de 1.360,9 ME no período homólogo de 2003.
Contudo, a Cimpor considerou, em comunicado, o ano de 2004 "particularmente difícil" devido a um conjunto de factores adversos como: "a queda de dois dos seus principais mercados (Portugal e Egipto), a descida dos preços de venda do cimento no mercado brasileiro, o aumento dos custos energéticos e o encarecimento dos fretes marítimos".
Transaccionaram-se 183.070 acções da Cimpor a cair 0,23 pct para os 4,35 euros.
((---Henrique Simões de Almeida, Lisboa Editorial, 351 21 3509206, lisbon.newsroom@reuters.com, Reuters messaging: Henrique.almeida.reuters.com@reuters.net))
18/03/2005 16:15
LISBOA, 18 Mar (Reuters) - O payout da Cimpor-Cimentos de Portugal vai manter-se em 2004 próximo dos 60 pct registados em 2003, disse fonte oficial da Cimpor.
Acrescentou, em declarações telefónicas à Reuters, que a proposta de dividendo exacta referente ao exercício de 2004 será aprovada pelo conselho de administração na segunda semana de Abril para deliberação na assembleia geral de 27 de Abril.
A Cimpor distribuiu um dividendo de 0,17 euros por acção referente ao exercício de 2003.
"O CA da Cimpor da vai aprovar a proposta do dividendo a distribuir relativamente ao exercício de 2004 na segunda semana de Abril", disse fonte oficial da Cimpor.
"Esta proposta deverá estar em linha com a política de dividendos que a Cimpor tem vindo a seguir", acrescentou.
A cimenteira obteve um lucro líquido de 185,9 milhões de euros (ME) em 2004, o mesmo valor de 2003, tendo o volume de negócios subido para 1.365,6 ME, de 1.360,9 ME no período homólogo de 2003.
Contudo, a Cimpor considerou, em comunicado, o ano de 2004 "particularmente difícil" devido a um conjunto de factores adversos como: "a queda de dois dos seus principais mercados (Portugal e Egipto), a descida dos preços de venda do cimento no mercado brasileiro, o aumento dos custos energéticos e o encarecimento dos fretes marítimos".
Transaccionaram-se 183.070 acções da Cimpor a cair 0,23 pct para os 4,35 euros.
((---Henrique Simões de Almeida, Lisboa Editorial, 351 21 3509206, lisbon.newsroom@reuters.com, Reuters messaging: Henrique.almeida.reuters.com@reuters.net))
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Monetário fecha subida prazos longos
18/03/2005 16:36
1625 TMG - O mercado monetário fechou com as taxas dos
prazos curtos estáveis e o prazo a um ano a subir perante
expectativas de uma subida da taxa de juro nos EUA.
Economistas contactados pela Reuters esperam uma subida de
25 pontos base para 2,75 pct na taxa de juro americana após a
reunião da Fed no próximo dia 22 de Março.
"Os prazos mais longos subiram em antecipação à subida
esperada nas taxas de juro nos EUA", disse um operador.
O preço do petróleo alivia dos máximos das últimas duas
sessões perante uma tomada de mais valias.
O crude cai 0,27 dólares para 56,20 dólares.
O euro segue a cotar 1,3287 dólares, tendo oscilado
entre os 1,3386 e 1,3265 dólares.
*O/N em 2,05/2,07 vs 2,05/2,07 no fecho anterior
*T/N em 2,05/2,07 vs 2,05/2,07 no fecho anterior
18/03/2005 16:36
1625 TMG - O mercado monetário fechou com as taxas dos
prazos curtos estáveis e o prazo a um ano a subir perante
expectativas de uma subida da taxa de juro nos EUA.
Economistas contactados pela Reuters esperam uma subida de
25 pontos base para 2,75 pct na taxa de juro americana após a
reunião da Fed no próximo dia 22 de Março.
"Os prazos mais longos subiram em antecipação à subida
esperada nas taxas de juro nos EUA", disse um operador.
O preço do petróleo alivia dos máximos das últimas duas
sessões perante uma tomada de mais valias.
O crude cai 0,27 dólares para 56,20 dólares.
O euro segue a cotar 1,3287 dólares, tendo oscilado
entre os 1,3386 e 1,3265 dólares.
*O/N em 2,05/2,07 vs 2,05/2,07 no fecho anterior
*T/N em 2,05/2,07 vs 2,05/2,07 no fecho anterior
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Economia portuguesa com poucos sinais de retoma
A economia portuguesa não dá grandes sinais de vitalidade nestes primeiros meses do ano. De acordo com a síntese de conjuntura do Instituto Nacional de Estatística (INE), "numa altura em que a economia portuguesa continua a revelar fragilidades associadas à retoma internacional, os indicadores internos mostram que o consumo privado é o único elemento que mostra sinais de melhorias". Os sinais negativos chegam de todo o lado - o clima económico voltou a cair em Fevereiro e o indicador de actividade desacelerou. O investimento abrandou de Janeiro para Fevereiro, devido a uma evolução menos positiva no sector da construção, o mercado de trabalho continuou a registar um "agravamento" e o défice comercial aumentou.
A economia portuguesa não dá grandes sinais de vitalidade nestes primeiros meses do ano. De acordo com a síntese de conjuntura do Instituto Nacional de Estatística (INE), "numa altura em que a economia portuguesa continua a revelar fragilidades associadas à retoma internacional, os indicadores internos mostram que o consumo privado é o único elemento que mostra sinais de melhorias". Os sinais negativos chegam de todo o lado - o clima económico voltou a cair em Fevereiro e o indicador de actividade desacelerou. O investimento abrandou de Janeiro para Fevereiro, devido a uma evolução menos positiva no sector da construção, o mercado de trabalho continuou a registar um "agravamento" e o défice comercial aumentou.
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solução
Património tapa défice
Este ano, o Governo precisa, já à partida, de arrecadar cerca de 3 mil milhões de euros para conseguir manter o défice público abaixo da fasquia dos 3% do PIB exigida por Bruxelas. Para isso, não restam grandes alternativas. Depois de Manuela Ferreira Leite ter usado a venda ao Citigroup das dívidas fiscais e de Bagão Félix ter 'inventado' a transferência dos fundos de pensões da CGD e de outras empresas públicas para a Caixa Geral de Aposentações (CGA), o novo Governo socialista terá, quase obrigatoriamente, de recorrer à venda de património imobiliário, como reconhecem fontes socialistas. Para isso, vai ser feito um levantamento dos imóveis que não estão aproveitados, incluindo edifícios militares, e só depois se avançará com o concurso público de alienação
Património tapa défice
Este ano, o Governo precisa, já à partida, de arrecadar cerca de 3 mil milhões de euros para conseguir manter o défice público abaixo da fasquia dos 3% do PIB exigida por Bruxelas. Para isso, não restam grandes alternativas. Depois de Manuela Ferreira Leite ter usado a venda ao Citigroup das dívidas fiscais e de Bagão Félix ter 'inventado' a transferência dos fundos de pensões da CGD e de outras empresas públicas para a Caixa Geral de Aposentações (CGA), o novo Governo socialista terá, quase obrigatoriamente, de recorrer à venda de património imobiliário, como reconhecem fontes socialistas. Para isso, vai ser feito um levantamento dos imóveis que não estão aproveitados, incluindo edifícios militares, e só depois se avançará com o concurso público de alienação
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Ganhos do BCP e PT sustentam primeira subida do PSI-20 na semana
A bolsa nacional interrompeu hoje uma série de quatro sessões em queda, com o PSI-20 a avançar 0,26%, sustentado pelas valorizações dos dois títulos com maior peso no índice: Banco Comercial Português e Portugal Telecom. A Brisa e a EDP impediram maiores ganhos.
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Jornal de Negócios Online
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A bolsa nacional interrompeu hoje uma série de quatro sessões em queda, com o PSI-20 a avançar 0,26%, sustentado pelas valorizações dos dois títulos com maior peso no índice: Banco Comercial Português e Portugal Telecom. A Brisa e a EDP impediram maiores ganhos.
A bolsa nacional interrompeu hoje uma série de quatro sessões em queda, com o PSI-20 a avançar 0,26%, sustentado pelas valorizações dos dois títulos com maior peso no índice: Banco Comercial Português e Portugal Telecom. A Brisa e a EDP impediram maiores ganhos.
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A bolsa nacional interrompeu hoje uma série de quatro sessões em queda, com o PSI-20 a avançar 0,26%, sustentado pelas valorizações dos dois títulos com maior peso no índice: Banco Comercial Português e Portugal Telecom. A Brisa e a EDP impediram maiores ganhos.
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Executivo compromete-se a discutir Programa de Estabilidade na AR
Elisabete Miranda
Em contrapartida, Executivo quer ser dispensado de apresentar o Relatório de Orientação da Despesa Pública.
Este ano, o Governo vai levar o Programa de Estabilidade e Crescimento para 2005–2007 a discussão na Assembleia da República. Em contrapartida, o Executivo pretende que os deputados o dispensem de apresentar o Relatório de Orientação da Despesa Pública, um documento que a Lei de Enquadramento Orçamental obriga que seja discutido no Parlamento em Maio. Esta é a principal diferença em matéria de finanças públicas que ressalta da comparação entre o programa de Governo e o programa eleitoral.
Para além desta novidade, o programa do Governo introduz ainda um novo ponto onde se compromete com a “implementação acelerada” do Plano Oficial de Contas Público, e um parágrafo subordinado à transparência nas contas públicas, sem concretizar acções.
Duas outras diferenças em relação ao programa eleitoral situam-se na área fiscal. O Governo deixa cair o compromisso de aplicação de uma colecta mínima de IRC às sociedades e deixa implícita a intenção de acabar com o regime simplificado em sede de IRC.
O abandono do compromisso de tributar as sociedades através de um imposto mínimo era expectável. Apesar de a ter inscrito no programa, Manuel Pinho, à altura porta-voz para a economia do PS desvalorizou a medida, dizendo que não se tratava de um compromisso mas de uma manifestação de abertura para a discussão. Com esta medida, cai também a promessa eleitoral de dispensar as pequenas empresas de apresentar declaração, uma vez que seriam sujeitas ao referido imposto mínimo.
Uma segunda marca distintiva em relação ao programa eleitoral reside na referência à criação de um “regime simplificado objectivo para certos sectores de actividades, sujeitos a IRC”. Neste ponto, o Governo mostra-se empenhado em acabar com o regime simplificado de tributação para as sociedades tributadas em IRC, restrigindo-o apenas às empresas em nome individual e trabalhadores independentes.
Eurostat aprova défice de 2004
O Eurostat deverá certificar o reporte de défices excessivos enviado pelo último Governo português para Bruxelas, numa decisão que será hoje conhecida oficialmente. Isto significa que Portugal cumprirá o Pacto de Estabilidade em 2004. Contudo, o instituto estatístico europeu deverá aprovar os valores para as contas públicas nacionais, mas sob reserva, apurou o DE.
As dúvidas do Eurostat residem na segunda transferência do fundo de pensões da CGD para a Caixa Geral de Aposentações (CGA) - as transferências para a CGA foram a principal receita extraordinária de 2004 -, depois da operação de ‘sale & leaseback’ ter sido reprovada pelo instituto estatístico europeu. Como a instituição europeia está a trabalhar com um cenário de 2,93% para o défice português no ano transacto, qualquer revisão em alta no futuro, mesmo que mínima, significará que Portugal voltaria a violar a meta dos 3% do PIB que o Pacto de Estabilidade fixa para o défice orçamental, à semelhança do que aconteceu em 2001.
Elisabete Miranda
Em contrapartida, Executivo quer ser dispensado de apresentar o Relatório de Orientação da Despesa Pública.
Este ano, o Governo vai levar o Programa de Estabilidade e Crescimento para 2005–2007 a discussão na Assembleia da República. Em contrapartida, o Executivo pretende que os deputados o dispensem de apresentar o Relatório de Orientação da Despesa Pública, um documento que a Lei de Enquadramento Orçamental obriga que seja discutido no Parlamento em Maio. Esta é a principal diferença em matéria de finanças públicas que ressalta da comparação entre o programa de Governo e o programa eleitoral.
Para além desta novidade, o programa do Governo introduz ainda um novo ponto onde se compromete com a “implementação acelerada” do Plano Oficial de Contas Público, e um parágrafo subordinado à transparência nas contas públicas, sem concretizar acções.
Duas outras diferenças em relação ao programa eleitoral situam-se na área fiscal. O Governo deixa cair o compromisso de aplicação de uma colecta mínima de IRC às sociedades e deixa implícita a intenção de acabar com o regime simplificado em sede de IRC.
O abandono do compromisso de tributar as sociedades através de um imposto mínimo era expectável. Apesar de a ter inscrito no programa, Manuel Pinho, à altura porta-voz para a economia do PS desvalorizou a medida, dizendo que não se tratava de um compromisso mas de uma manifestação de abertura para a discussão. Com esta medida, cai também a promessa eleitoral de dispensar as pequenas empresas de apresentar declaração, uma vez que seriam sujeitas ao referido imposto mínimo.
Uma segunda marca distintiva em relação ao programa eleitoral reside na referência à criação de um “regime simplificado objectivo para certos sectores de actividades, sujeitos a IRC”. Neste ponto, o Governo mostra-se empenhado em acabar com o regime simplificado de tributação para as sociedades tributadas em IRC, restrigindo-o apenas às empresas em nome individual e trabalhadores independentes.
Eurostat aprova défice de 2004
O Eurostat deverá certificar o reporte de défices excessivos enviado pelo último Governo português para Bruxelas, numa decisão que será hoje conhecida oficialmente. Isto significa que Portugal cumprirá o Pacto de Estabilidade em 2004. Contudo, o instituto estatístico europeu deverá aprovar os valores para as contas públicas nacionais, mas sob reserva, apurou o DE.
As dúvidas do Eurostat residem na segunda transferência do fundo de pensões da CGD para a Caixa Geral de Aposentações (CGA) - as transferências para a CGA foram a principal receita extraordinária de 2004 -, depois da operação de ‘sale & leaseback’ ter sido reprovada pelo instituto estatístico europeu. Como a instituição europeia está a trabalhar com um cenário de 2,93% para o défice português no ano transacto, qualquer revisão em alta no futuro, mesmo que mínima, significará que Portugal voltaria a violar a meta dos 3% do PIB que o Pacto de Estabilidade fixa para o défice orçamental, à semelhança do que aconteceu em 2001.
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Programa de Governo acentua necessidade de rigor e contenção
Rita Tavares
Na introdução do documento, sublinha-se o momento difícil e a “especial relevância” da consolidação das contas públicas.
Depois da maioria absoluta da responsabilidade que José Sócrates pediu, o discurso socialista passa o acento da “confiança” para o “rigor orçamental” e a “contenção na despesa pública”. Do compromisso anterior às eleições, para o Programa de Governo, pode ler-se de novo, na introdução do documento: “De especial relevância para o sucesso da política económica do Governo serão as medidas destinadas a dar passos consistentes para a consolidação das contas públicas, que não dispensam o rigor orçamental e a contenção na despesa pública”.
O Programa de Governo, levado ontem à Assembleia da República pelo ministro dos Assuntos Parlamentares, Augusto Santos Silva, pouco mais muda em relação ao compromisso eleitoral, as alterações são cirúrgicas. Destaca-se a introdução de três subtítulos discretos e pouco desenvolvidos em termos de objectivos: “Transparência das contas públicas”, “desenvolver parcerias para a inovação e o emprego” e “política cultural externa”.
O primeiro, um contributo do ministro das Finanças Luís Campos e Cunha, o segundo, uma aposta mais concreta no que é um ‘ponto de honra’ para o primeiro-ministro e o terceiro, uma novidade introduzida por Freitas do Amaral, o novo MNE. De resto, pouco ou nada muda, a confirmar a fidelidade ao programa eleitortal que já era prevista - e dita ao DE, na quinta-feira, por Pedro Silva Pereira, o ministro responsável pela coordenação do documento.
Na Segurança Social nada muda, na Saúde e no emblemático Plano Tecnológico também não.
Em matéria de Finanças Públicas, o novo Executivo propõe-se a debater o Programa de Estabilidade na Assembleia da República, como prova de que a maioria absoluta não impedirá o diálogo no Parlamento (ver texto na página ao lado). Na Justiça, é na área de revisão do mapa judiciário e da carreira dos magistrados que o Programa de Governo sai reforçado em relação ao programa eleitoral. No Ensino Superior mantém-se apenas a dúvida sobre a continuação do processo de criação da Universidade de Viseu.
A política fiscal é para manter tal qual foi prometida durante a campanha eleitoral do PS. Não há palavra sobre subida de impostos e apenas a promessa de que estes não descerão. Depois de entregar o documento a Jaime Gama, novo presidente da AR, Santos Silva reafirmou o propósito: “O PS cumpre os seus compromissos eleitorais”. O ministros dos Assuntos Parlamentares definiu ainda as prioridades do programa que ali deixava: “A agenda de crescimento económico, o emprego, a consolidação das finanças públicas, a qualificação dos portugueses, a inovação empresarial e repor no centro da vida política as políticas sociais, nomedamente de combate à pobreza nos mais idosos”. Mais uma marca constante nos discursos de campanha de Sócrates.
Rita Tavares
Na introdução do documento, sublinha-se o momento difícil e a “especial relevância” da consolidação das contas públicas.
Depois da maioria absoluta da responsabilidade que José Sócrates pediu, o discurso socialista passa o acento da “confiança” para o “rigor orçamental” e a “contenção na despesa pública”. Do compromisso anterior às eleições, para o Programa de Governo, pode ler-se de novo, na introdução do documento: “De especial relevância para o sucesso da política económica do Governo serão as medidas destinadas a dar passos consistentes para a consolidação das contas públicas, que não dispensam o rigor orçamental e a contenção na despesa pública”.
O Programa de Governo, levado ontem à Assembleia da República pelo ministro dos Assuntos Parlamentares, Augusto Santos Silva, pouco mais muda em relação ao compromisso eleitoral, as alterações são cirúrgicas. Destaca-se a introdução de três subtítulos discretos e pouco desenvolvidos em termos de objectivos: “Transparência das contas públicas”, “desenvolver parcerias para a inovação e o emprego” e “política cultural externa”.
O primeiro, um contributo do ministro das Finanças Luís Campos e Cunha, o segundo, uma aposta mais concreta no que é um ‘ponto de honra’ para o primeiro-ministro e o terceiro, uma novidade introduzida por Freitas do Amaral, o novo MNE. De resto, pouco ou nada muda, a confirmar a fidelidade ao programa eleitortal que já era prevista - e dita ao DE, na quinta-feira, por Pedro Silva Pereira, o ministro responsável pela coordenação do documento.
Na Segurança Social nada muda, na Saúde e no emblemático Plano Tecnológico também não.
Em matéria de Finanças Públicas, o novo Executivo propõe-se a debater o Programa de Estabilidade na Assembleia da República, como prova de que a maioria absoluta não impedirá o diálogo no Parlamento (ver texto na página ao lado). Na Justiça, é na área de revisão do mapa judiciário e da carreira dos magistrados que o Programa de Governo sai reforçado em relação ao programa eleitoral. No Ensino Superior mantém-se apenas a dúvida sobre a continuação do processo de criação da Universidade de Viseu.
A política fiscal é para manter tal qual foi prometida durante a campanha eleitoral do PS. Não há palavra sobre subida de impostos e apenas a promessa de que estes não descerão. Depois de entregar o documento a Jaime Gama, novo presidente da AR, Santos Silva reafirmou o propósito: “O PS cumpre os seus compromissos eleitorais”. O ministros dos Assuntos Parlamentares definiu ainda as prioridades do programa que ali deixava: “A agenda de crescimento económico, o emprego, a consolidação das finanças públicas, a qualificação dos portugueses, a inovação empresarial e repor no centro da vida política as políticas sociais, nomedamente de combate à pobreza nos mais idosos”. Mais uma marca constante nos discursos de campanha de Sócrates.
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O desafio da China
Financial Times
O abrandamento económico verificado na China continua a desafiar os padrões normais.
O investimento nos bens imóveis cresceu 24,5% durante os dois primeiros meses do ano - 8,5 pontos percentuais acima da meta estabelecida por Pequim para 2005 -, enquanto a produção industrial atingiu o seu máximo pelo nono mês consecutivo. Mas, Washington espera que Pequim possa refrear o crescimento através da valorização da moeda, o que faz com que o défice comercial dos EUA pareça mais desenquadrado que nunca.
Se por um lado a China aumentou as suas vendas, por outro as importações diminuíram, o que poderá ser explicado pelo aumento do ‘outsourcing’ da indústria transformadora na China e pelo enorme crescimento dos stocks durante os últimos anos. No caso do aço, a China importou, em 2004, 35 milhões de toneladas, enquanto que para o presente ano se espera que a venda além fronteiras ronde os 5 milhões de toneladas. Entretanto, o fim das quotas está a desencadear um forte crescimento nas exportações de vestuário, originando um enorme excedente comercial, que já ronda os 11 mil milhões de dólares, podendo atingir os 40 mil milhões no final do ano.
Isto indica que possa haver uma pequena diminuição na acumulação das reservas em moeda estrangeira, uma vez que os fluxos de capital “especulativo” voltaram a aumentar. A UBS prevê que, para que o iuan se mantenha estável, as compras mensais de moeda estrangeira possam atingir os 25-30 mil milhões de dólares - cerca do dobro dos níveis verificados no ano transacto. Por toda a Ásia, a desaceleração do crescimento tem gerado um aumento dos excedentes comerciais. O excedente médio mensal na Ásia ex-Japão permaneceu nos 5,4 mil milhões de dólares - valor máximo verificado durante a recuperação cíclica em meados de 2004. Actualmente, esse valor é superior a 15 mil milhões de dólares. Com estes níveis, mesmo perante uma valorização das moedas, o impacto no (des)equilíbrio global será reduzido.
Financial Times
O abrandamento económico verificado na China continua a desafiar os padrões normais.
O investimento nos bens imóveis cresceu 24,5% durante os dois primeiros meses do ano - 8,5 pontos percentuais acima da meta estabelecida por Pequim para 2005 -, enquanto a produção industrial atingiu o seu máximo pelo nono mês consecutivo. Mas, Washington espera que Pequim possa refrear o crescimento através da valorização da moeda, o que faz com que o défice comercial dos EUA pareça mais desenquadrado que nunca.
Se por um lado a China aumentou as suas vendas, por outro as importações diminuíram, o que poderá ser explicado pelo aumento do ‘outsourcing’ da indústria transformadora na China e pelo enorme crescimento dos stocks durante os últimos anos. No caso do aço, a China importou, em 2004, 35 milhões de toneladas, enquanto que para o presente ano se espera que a venda além fronteiras ronde os 5 milhões de toneladas. Entretanto, o fim das quotas está a desencadear um forte crescimento nas exportações de vestuário, originando um enorme excedente comercial, que já ronda os 11 mil milhões de dólares, podendo atingir os 40 mil milhões no final do ano.
Isto indica que possa haver uma pequena diminuição na acumulação das reservas em moeda estrangeira, uma vez que os fluxos de capital “especulativo” voltaram a aumentar. A UBS prevê que, para que o iuan se mantenha estável, as compras mensais de moeda estrangeira possam atingir os 25-30 mil milhões de dólares - cerca do dobro dos níveis verificados no ano transacto. Por toda a Ásia, a desaceleração do crescimento tem gerado um aumento dos excedentes comerciais. O excedente médio mensal na Ásia ex-Japão permaneceu nos 5,4 mil milhões de dólares - valor máximo verificado durante a recuperação cíclica em meados de 2004. Actualmente, esse valor é superior a 15 mil milhões de dólares. Com estes níveis, mesmo perante uma valorização das moedas, o impacto no (des)equilíbrio global será reduzido.
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PT mantém domínio na maioria dos mercados de telecomunicações
Vasco Noronha e D.B.N.
Um documento da Anacom revela que Portugal está entre os países mais cumpridores na definição dos segmentos de mercado relevantes.
A Portugal Telecom (PT) continua a manter uma posição de domínio em vários segmentos de mercado relevantes do sector das telecomunicações, cinco anos após se ter avançado na liberalização desta actividade.
A juntar aos vários mercados já analisados pela Anacom, como por exemplo os de acesso e de banda estreita – alvo já de decisões do regulador – o organismo liderado por Pedro Duarte Neves veio ontem alertar para o domínio da PT nos mercados de trânsito (serviços de trânsito das chamadas originadas e terminadas noutras redes) e dos circuitos que a operadora incumbente aluga aos seus concorrentes.
Neste domínio, o regulador emitiu um parecer, já submetido à Autoridade da Concorrência e notificado a Bruxelas, no qual conclui que há três mercados relevantes : o retalhista de circuitos alugados, analógicos e digitais, até 2 Mbps (usados pelos clientes finais para fazer o tráfego de voz e de dados entre duas instalações da mesma empresa em zonas distintas), o grossista dos segmentos terminais analógicos e digitais e o grossista de segmentos de trânsito analógicos e digitais.
A Anacom conclui que, nos três a PT tem um poder de mercado significativo e, ao nível do primeiro, recomenda ao operador histórico que mantenha as obrigações de não discriminação, separação de contas e transparência no controlo de custos e na contabilização.
Quanto aos restantes dois mercados, que respeitam aos serviços de trânsito prestados pela PT pelas chamadas originadas e terminadas noutras redes, o organismo considera que o operador incumbente deve disponibilizar aos seus concorrentes uma oferta de referência grossista, com circuitos analógicos e digitais até 155 Mbps, incluindo rotas específicas, circuitos para os Açores e para a Madeira, acesso a cabos submarinos e oferta de tecnologias xDSL simétricas, de modo a melhorar a concorrência nestes segmentos.
Contactada a PT, não houve qualquer comentário a fazer.
Portugal à frente na definição dos mercados
Dos 18 mercados que, por determinação de Bruxelas, a Anacom tem que analisar, o regulador já notificou a UE de 15, faltando apenas três, o que coloca Portugal como o quarto país entre os mais cumpridores, apenas superado pelo Reino Unido, Áustria e Finlândia. Dos 11 incumpridores, que ainda não fizeram qualquer notificação destaca-se a Espanha (ver gráfico).
“Isto coloca o regulador nacional no pelotão das melhores práticas entre os seus congéneres europeus”, destacou o organismo liderado por Pedro Duarte Neves.
Apenas faltam três mercados em que a análise da Anacom ainda não se iniciou: o grossista de originação e acesso móvel, o grossista de serviços de itinerância móvel e o grossista de radiodifusão, prevendo o organismo cumprir esta definição até Outubro.
Mercados concluídos e em consulta
Retalhista de banda estreita
Grossistas de originação e terminação de chamadas na rede fixa
Grossistas de terminação de chamadas de voz em redes móveis individuais
Grossistas de acesso desagregado e de acesso em banda larga
Mercados em processo de decisão
Retalhista de circuitos alugados analógicos e digitais
Grossista de segmentos terminais analógicos e digitais
Grossista dos segmentos de trânsito analógicos e digitais, sem distinção de capacidade e abrangendo o território nacional.
Operadora cancela emissão a 20 anos e consegue encaixe superior ao previsto nos prazos mais curtos
A Portugal Telecom cancelou ontem a ‘tranche’ mais longa, com maturidade de 20 anos, da operação de venda de dívida de 1.500 milhões de euros, anunciada segunda-feira, devido à volatilidade do mercado nos prazos mais longos, mas conseguiu um encaixe superior ao previsto (que era de 1.000 milhões) ao colocar 1.250 milhões nas duas ‘tranches’ com prazos mais curtos (a sete e a 12 anos), adiantou ao DE fonte da operadora de telecomunicações.
“A nossa intenção inicial era de colocar 1.500 milhões, em três ‘tranches’ de 500 milhões mas, devido à volatilidade do mercado, cancelámos a com maturidade mais longa. No entanto, nas com maturidade a sete anos (de 500 milhões) colocámos 750 milhões e na de 12 anos colocámos outros 500 milhões”, precisou a mesma fonte, salientando que com este encaixe, a maturidade da dívida da empresa alargou-se, de três para cinco anos e o custo da mesma baixou de 4,3% para 4%. “Atingimos os nossos objectivos”, acrescentou a mesma fonte, destacando ainda que, apesar do aumento dos ‘spreads’ a pagar aos investidores terem aumentando dos 30 para 37 pontos base na emissão a sete anos e de 40 a 45 para 50 pontos base, a operação foi positiva, pois “beneficiámos da queda dos juros”.
A volatilidade do mercado, referida pela fonte da PT deveu-se à reacção dos investidores após a Standard & Poor´s ter ameaçado cortar o ‘rating’ da dívida da General Motors para um nível “junk”, atribuído às empresas em dificuldades financeiras.
Na segunda-feira, a PT anunciou a emissão, nos mercados internacionais, de uma ‘Eurobond’, cujo encaixe seria usado para pagar uma outra emissão denominada em euros, que vence em 2006, e no fundeamento prévio das responsabilidades decorrentes dos benefícios de reformas bem como na melhoria da flexibilidade financeira da empresa.
Crise na GM arrasta mercado
A agência Standard & Poor’s alterou o ‘rating’ da dívida atribuído à General Motors de estável para negativa, o que se aplica a empresas com graves dificuldades financeiras. Este aviso surge depois da GM, a terceira maior emitente de divida norte-americana, avaliada em 300.00 milhões de dólares, ter anunciado que não vai cumprir os objectivos para 2005, revendo em forte baixa as previsões de lucros, prevendo uma quebra acentuada nos resultados já no primeiro trimestre deste ano. Este anúncio provocou de imediato agitação no mercado da dívida a nível mundial e com impacto em Portugal. A crise na GM deve-se à perda de quota de mercado nos EUA, em especial para os fabricantes japoneses e sul-coreanos que obrigaram à redução de preços. As previsões apontavam para uma produção de 1,25 milhões de veículos nos EUA, mas a quebra na procura obrigou a reduzir para 70 mil.
Vasco Noronha e D.B.N.
Um documento da Anacom revela que Portugal está entre os países mais cumpridores na definição dos segmentos de mercado relevantes.
A Portugal Telecom (PT) continua a manter uma posição de domínio em vários segmentos de mercado relevantes do sector das telecomunicações, cinco anos após se ter avançado na liberalização desta actividade.
A juntar aos vários mercados já analisados pela Anacom, como por exemplo os de acesso e de banda estreita – alvo já de decisões do regulador – o organismo liderado por Pedro Duarte Neves veio ontem alertar para o domínio da PT nos mercados de trânsito (serviços de trânsito das chamadas originadas e terminadas noutras redes) e dos circuitos que a operadora incumbente aluga aos seus concorrentes.
Neste domínio, o regulador emitiu um parecer, já submetido à Autoridade da Concorrência e notificado a Bruxelas, no qual conclui que há três mercados relevantes : o retalhista de circuitos alugados, analógicos e digitais, até 2 Mbps (usados pelos clientes finais para fazer o tráfego de voz e de dados entre duas instalações da mesma empresa em zonas distintas), o grossista dos segmentos terminais analógicos e digitais e o grossista de segmentos de trânsito analógicos e digitais.
A Anacom conclui que, nos três a PT tem um poder de mercado significativo e, ao nível do primeiro, recomenda ao operador histórico que mantenha as obrigações de não discriminação, separação de contas e transparência no controlo de custos e na contabilização.
Quanto aos restantes dois mercados, que respeitam aos serviços de trânsito prestados pela PT pelas chamadas originadas e terminadas noutras redes, o organismo considera que o operador incumbente deve disponibilizar aos seus concorrentes uma oferta de referência grossista, com circuitos analógicos e digitais até 155 Mbps, incluindo rotas específicas, circuitos para os Açores e para a Madeira, acesso a cabos submarinos e oferta de tecnologias xDSL simétricas, de modo a melhorar a concorrência nestes segmentos.
Contactada a PT, não houve qualquer comentário a fazer.
Portugal à frente na definição dos mercados
Dos 18 mercados que, por determinação de Bruxelas, a Anacom tem que analisar, o regulador já notificou a UE de 15, faltando apenas três, o que coloca Portugal como o quarto país entre os mais cumpridores, apenas superado pelo Reino Unido, Áustria e Finlândia. Dos 11 incumpridores, que ainda não fizeram qualquer notificação destaca-se a Espanha (ver gráfico).
“Isto coloca o regulador nacional no pelotão das melhores práticas entre os seus congéneres europeus”, destacou o organismo liderado por Pedro Duarte Neves.
Apenas faltam três mercados em que a análise da Anacom ainda não se iniciou: o grossista de originação e acesso móvel, o grossista de serviços de itinerância móvel e o grossista de radiodifusão, prevendo o organismo cumprir esta definição até Outubro.
Mercados concluídos e em consulta
Retalhista de banda estreita
Grossistas de originação e terminação de chamadas na rede fixa
Grossistas de terminação de chamadas de voz em redes móveis individuais
Grossistas de acesso desagregado e de acesso em banda larga
Mercados em processo de decisão
Retalhista de circuitos alugados analógicos e digitais
Grossista de segmentos terminais analógicos e digitais
Grossista dos segmentos de trânsito analógicos e digitais, sem distinção de capacidade e abrangendo o território nacional.
Operadora cancela emissão a 20 anos e consegue encaixe superior ao previsto nos prazos mais curtos
A Portugal Telecom cancelou ontem a ‘tranche’ mais longa, com maturidade de 20 anos, da operação de venda de dívida de 1.500 milhões de euros, anunciada segunda-feira, devido à volatilidade do mercado nos prazos mais longos, mas conseguiu um encaixe superior ao previsto (que era de 1.000 milhões) ao colocar 1.250 milhões nas duas ‘tranches’ com prazos mais curtos (a sete e a 12 anos), adiantou ao DE fonte da operadora de telecomunicações.
“A nossa intenção inicial era de colocar 1.500 milhões, em três ‘tranches’ de 500 milhões mas, devido à volatilidade do mercado, cancelámos a com maturidade mais longa. No entanto, nas com maturidade a sete anos (de 500 milhões) colocámos 750 milhões e na de 12 anos colocámos outros 500 milhões”, precisou a mesma fonte, salientando que com este encaixe, a maturidade da dívida da empresa alargou-se, de três para cinco anos e o custo da mesma baixou de 4,3% para 4%. “Atingimos os nossos objectivos”, acrescentou a mesma fonte, destacando ainda que, apesar do aumento dos ‘spreads’ a pagar aos investidores terem aumentando dos 30 para 37 pontos base na emissão a sete anos e de 40 a 45 para 50 pontos base, a operação foi positiva, pois “beneficiámos da queda dos juros”.
A volatilidade do mercado, referida pela fonte da PT deveu-se à reacção dos investidores após a Standard & Poor´s ter ameaçado cortar o ‘rating’ da dívida da General Motors para um nível “junk”, atribuído às empresas em dificuldades financeiras.
Na segunda-feira, a PT anunciou a emissão, nos mercados internacionais, de uma ‘Eurobond’, cujo encaixe seria usado para pagar uma outra emissão denominada em euros, que vence em 2006, e no fundeamento prévio das responsabilidades decorrentes dos benefícios de reformas bem como na melhoria da flexibilidade financeira da empresa.
Crise na GM arrasta mercado
A agência Standard & Poor’s alterou o ‘rating’ da dívida atribuído à General Motors de estável para negativa, o que se aplica a empresas com graves dificuldades financeiras. Este aviso surge depois da GM, a terceira maior emitente de divida norte-americana, avaliada em 300.00 milhões de dólares, ter anunciado que não vai cumprir os objectivos para 2005, revendo em forte baixa as previsões de lucros, prevendo uma quebra acentuada nos resultados já no primeiro trimestre deste ano. Este anúncio provocou de imediato agitação no mercado da dívida a nível mundial e com impacto em Portugal. A crise na GM deve-se à perda de quota de mercado nos EUA, em especial para os fabricantes japoneses e sul-coreanos que obrigaram à redução de preços. As previsões apontavam para uma produção de 1,25 milhões de veículos nos EUA, mas a quebra na procura obrigou a reduzir para 70 mil.
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Indústria
Portugal ultrapassado pelo Leste na inovação
Beatriz Casais
De acordo com o Ranking Europeu de Inovação de 2004 - da responsabilidade da Comissão Europeia - Portugal ocupa o 15º lugar entre os 25 países da União Europeia em termos da capacidade inovadora ao nível industrial.
Apesar do estudo revelar uma melhoria significativa face a 2001, primeiro ano do estudo, Portugal continua ainda muito afastado dos níveis de inovação da Suécia e da Finlândia, que lideram a tabela. E vê-se inclusivamente ultrapassado pela Estónia e pela Eslovénia, novos países da UE.
O estudo utiliza vinte indicadores, nomeadamente os recursos humanos, a criação, transmissão e aplicação de conhecimento, bem como o financiamento (estatal e privado) para a inovação. A área industrial que se demonstrou mais inovadora em termos europeus foi o sector eléctrico e de equipamento óptico, sendo o sector têxtil o que menos conseguiu inovar. O ranking é fechado pelo Chipre e pela Polónia - apesar de várias multinacionais do competitivo sector automóvel terem deslocalizado para aquele país.
Preocupada com a matéria está a Universidade de Aveiro, que organiza a partir de hoje uma iniciativa que pretende fomentar a discussão à volta da inovação industrial. Estruturas do sistema nacional de inovação e boas práticas que conduziram as empresas ao sistema fazem parte da discussão. Potenciar um ‘lobby’ ao nível das estruturas do sistema nacional de inovação, onde o Governo é parte importante, é um dos motivos dos organizadores.
Nuno Terrível, um dos responsáveis da organização, disse ao DE que considera primordial para as empresas o investimento na inovação industrial, de forma a alcançarem maior competitividade no âmbito mundial. Aquele responsável disse ao DE que se “pretende estimular a discussão e interacção entre as pessoas que desenvolvem investigação e desenvolvimento, para que daí resultem inclusivamente novos projectos”. Nuno Terrível manifestou-se ainda bastante satisfeito pelo facto do novo governo optar por um ministério da Economia e Inovação, em vez de integrar a inovação no ministério da ciência e tecnologia, já que considera que “a inovação é muito mais abrangente do que a ciência e tecnologia”, disse.
Siemens, Vulcano e Critical Software participam
A Siemens iniciou o seu projecto de investigação em 1996, com o primeiro centro em Portugal na área das tecnologias de comunicações ópticas. Nos últimos cinco anos a Siemens investiu 140 milhões de euros em infra-estruturas laboratoriais e em investigação, sendo que só em 2004 esse investimento rondou os 55 milhões. A empresa possui mil engenheiros a trabalharem em dois laboratórios de investigação, estando prevista para breve a abertura de um terceiro laboratório que irá empregar 300 pessoas.
A Vulcano iniciou em 1993 um projecto de construção de competências em áreas específicas para o desenvolvimento de produtos com novas funcionalidades. Desde 2001 a empresa investe por ano cerca de cinco milhões de euros, uma média de 2,3% da facturação. E garante que o segredo do sucesso em inovação está na capacidade de correr riscos para surpreender o mercado.
A Critical Software nasceu já com uma cultura ligada aos processos de inovação. Decorrente de um projecto de investigação da Universidade de Coimbra e do Instituto Pedro Nunes, a Critical Software tem vindo a beneficiar de apoios de investigação da Comissão Europeia e de entidades financiadoras nacionais. Cerca de 12% do seu volume de negócios é investido em inovação.
As três empresas vão estar em Aveiro para divulgar as suas iniciativas.
Portugal ultrapassado pelo Leste na inovação
Beatriz Casais
De acordo com o Ranking Europeu de Inovação de 2004 - da responsabilidade da Comissão Europeia - Portugal ocupa o 15º lugar entre os 25 países da União Europeia em termos da capacidade inovadora ao nível industrial.
Apesar do estudo revelar uma melhoria significativa face a 2001, primeiro ano do estudo, Portugal continua ainda muito afastado dos níveis de inovação da Suécia e da Finlândia, que lideram a tabela. E vê-se inclusivamente ultrapassado pela Estónia e pela Eslovénia, novos países da UE.
O estudo utiliza vinte indicadores, nomeadamente os recursos humanos, a criação, transmissão e aplicação de conhecimento, bem como o financiamento (estatal e privado) para a inovação. A área industrial que se demonstrou mais inovadora em termos europeus foi o sector eléctrico e de equipamento óptico, sendo o sector têxtil o que menos conseguiu inovar. O ranking é fechado pelo Chipre e pela Polónia - apesar de várias multinacionais do competitivo sector automóvel terem deslocalizado para aquele país.
Preocupada com a matéria está a Universidade de Aveiro, que organiza a partir de hoje uma iniciativa que pretende fomentar a discussão à volta da inovação industrial. Estruturas do sistema nacional de inovação e boas práticas que conduziram as empresas ao sistema fazem parte da discussão. Potenciar um ‘lobby’ ao nível das estruturas do sistema nacional de inovação, onde o Governo é parte importante, é um dos motivos dos organizadores.
Nuno Terrível, um dos responsáveis da organização, disse ao DE que considera primordial para as empresas o investimento na inovação industrial, de forma a alcançarem maior competitividade no âmbito mundial. Aquele responsável disse ao DE que se “pretende estimular a discussão e interacção entre as pessoas que desenvolvem investigação e desenvolvimento, para que daí resultem inclusivamente novos projectos”. Nuno Terrível manifestou-se ainda bastante satisfeito pelo facto do novo governo optar por um ministério da Economia e Inovação, em vez de integrar a inovação no ministério da ciência e tecnologia, já que considera que “a inovação é muito mais abrangente do que a ciência e tecnologia”, disse.
Siemens, Vulcano e Critical Software participam
A Siemens iniciou o seu projecto de investigação em 1996, com o primeiro centro em Portugal na área das tecnologias de comunicações ópticas. Nos últimos cinco anos a Siemens investiu 140 milhões de euros em infra-estruturas laboratoriais e em investigação, sendo que só em 2004 esse investimento rondou os 55 milhões. A empresa possui mil engenheiros a trabalharem em dois laboratórios de investigação, estando prevista para breve a abertura de um terceiro laboratório que irá empregar 300 pessoas.
A Vulcano iniciou em 1993 um projecto de construção de competências em áreas específicas para o desenvolvimento de produtos com novas funcionalidades. Desde 2001 a empresa investe por ano cerca de cinco milhões de euros, uma média de 2,3% da facturação. E garante que o segredo do sucesso em inovação está na capacidade de correr riscos para surpreender o mercado.
A Critical Software nasceu já com uma cultura ligada aos processos de inovação. Decorrente de um projecto de investigação da Universidade de Coimbra e do Instituto Pedro Nunes, a Critical Software tem vindo a beneficiar de apoios de investigação da Comissão Europeia e de entidades financiadoras nacionais. Cerca de 12% do seu volume de negócios é investido em inovação.
As três empresas vão estar em Aveiro para divulgar as suas iniciativas.
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Preço da gasolina em Portugal já aumentou 6,8% desde o início do ano
Notícia agenciafinanceira.com
(18/03/05)-(Agência Financeira) No entanto, os combustíveis em Portugal ainda só aumentaram um máximo de 6,81%. Esse aumento foi registado na British Petroleum (BP), e mais particularmente na gasolina sem chumbo de 95 octanas que passou dos 0,999 euros por litro praticados no início de 2005 para os 1,067 euros que entraram em vigor esta quarta-feira.
Relativamente ao gasóleo a subida foi ainda mais ténue com o seu preço a subir no máximo 3,38%, sendo que a maior diferença pertence à Repsol que passou dos 0,859 para os 0,888 euros.
Na Galp, que é a maior petrolífera a actuar em Portugal, com uma quota de 40% do mercado, a gasolina de 95 octanas subiu 6,61% para os 1,065 euros por litro, enquanto o gasóleo avançou 2,89% para os 0,889 euros, sendo no entanto o mais caro do mercado, actualmente.
Ou seja, à partida isso poderia querer dizer que as petrolíferas ainda têm uma margem de manobra muito elevada para continuar a aumentar os preços dos combustíveis mas segundo apurou a Agência Financeira, estes valores não têm uma relação directa mas sim indirecta.
O petróleo que é comprado pelas petrolíferas não é negociado directamente com o mercado de crude, que é vendido em bruto, mas sim com o mercado internacional de produtos acabados de gasolinas e de gasóleos, e onde os aumentos não são na mesma proporção.
O mercado de crude vive de flutuações, não só devido a factores normais, como o aumento da procura devido ao frio, em que o consumo de óleo para aquecimento aumenta exponencialmente, como também de factores políticos como as greves, os atentados e as declarações da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), que são responsáveis por 40% da produção de crude a nível global.
Além disso, os preços em Portugal são ainda acrescidos de imposto (ISP), que segundo fonte do sector, «constitui mais de metade do preço», o que significa que, caso isso não fosse equacionado o aumento real seria bem maior.
Quanto às perspectivas de novas subidas, a mesma fonte explica que não é possível fazer projecções a longo prazo mas sempre deixou antever que estes aumentos no preço do crude são maus para o sector e que é quase certo que impliquem novos aumentos nos combustíveis, apesar do seu preço variar diariamente nos mercados internacionais.
Nuno Alexandre Francisco
Notícia agenciafinanceira.com
(18/03/05)-(Agência Financeira) No entanto, os combustíveis em Portugal ainda só aumentaram um máximo de 6,81%. Esse aumento foi registado na British Petroleum (BP), e mais particularmente na gasolina sem chumbo de 95 octanas que passou dos 0,999 euros por litro praticados no início de 2005 para os 1,067 euros que entraram em vigor esta quarta-feira.
Relativamente ao gasóleo a subida foi ainda mais ténue com o seu preço a subir no máximo 3,38%, sendo que a maior diferença pertence à Repsol que passou dos 0,859 para os 0,888 euros.
Na Galp, que é a maior petrolífera a actuar em Portugal, com uma quota de 40% do mercado, a gasolina de 95 octanas subiu 6,61% para os 1,065 euros por litro, enquanto o gasóleo avançou 2,89% para os 0,889 euros, sendo no entanto o mais caro do mercado, actualmente.
Ou seja, à partida isso poderia querer dizer que as petrolíferas ainda têm uma margem de manobra muito elevada para continuar a aumentar os preços dos combustíveis mas segundo apurou a Agência Financeira, estes valores não têm uma relação directa mas sim indirecta.
O petróleo que é comprado pelas petrolíferas não é negociado directamente com o mercado de crude, que é vendido em bruto, mas sim com o mercado internacional de produtos acabados de gasolinas e de gasóleos, e onde os aumentos não são na mesma proporção.
O mercado de crude vive de flutuações, não só devido a factores normais, como o aumento da procura devido ao frio, em que o consumo de óleo para aquecimento aumenta exponencialmente, como também de factores políticos como as greves, os atentados e as declarações da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), que são responsáveis por 40% da produção de crude a nível global.
Além disso, os preços em Portugal são ainda acrescidos de imposto (ISP), que segundo fonte do sector, «constitui mais de metade do preço», o que significa que, caso isso não fosse equacionado o aumento real seria bem maior.
Quanto às perspectivas de novas subidas, a mesma fonte explica que não é possível fazer projecções a longo prazo mas sempre deixou antever que estes aumentos no preço do crude são maus para o sector e que é quase certo que impliquem novos aumentos nos combustíveis, apesar do seu preço variar diariamente nos mercados internacionais.
Nuno Alexandre Francisco
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ESR reduz preço-alvo da PT
DE
Os analistas do Espírito Santo Research (ESR) reviram em baixa o preço-alvo da Portugal Telecom (PT) para os 10,9 euros, mas mantiveram a recomendação de 'Compra'.
O anterior preço-alvo atribuído pelo ESR para a PT era de 11,4 euros.
DE
Os analistas do Espírito Santo Research (ESR) reviram em baixa o preço-alvo da Portugal Telecom (PT) para os 10,9 euros, mas mantiveram a recomendação de 'Compra'.
O anterior preço-alvo atribuído pelo ESR para a PT era de 11,4 euros.
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BCPI mantém recomendação e preço-alvo da Brisa
DE
Os analistas do Millennium bcp Investimento (BCPI) decidiram deixar inalterada a sua recomendação de 'Compra, Baixo Risco' com um preço-alvo de 7,8€ para os títulos da Brisa, depois desta ter anunciado a compra de mais 40% da Auto-Estradas do Atlântico (AEA).
Segundo um comunicado hoje emitido e citado pela agência Reuters, o BCPI afirma que o reforço da Brisa na AEA aumenta a possibilidade da empresa vir a obter o controlo total da concessão no futuro, embora deva ter um impacto negativo nos resultados líquidos da empresa.
"Esta transacção poderá ter um impacto negativo a nível do resultado líquido da Brisa, porque a ARA (detida agora a 50% pela Brisa na sequência desta operação) divulgou um resultado líquido negativo de 16,6 milhões de euros em 2003, ou seja, cerca de 8% da nossa previsão de resultados de 2005 para a Brisa", diz o BCPI.
"Nesta fase, a participação da Brisa na AEA deverá continuar a ser avaliada a custo de aquisição. Mantemos uma recomendação de 'Combra, Baixo Risco' em Brisa, com um preço-alvo para o final deste ano de 7,80€", conclui o banco.
DE
Os analistas do Millennium bcp Investimento (BCPI) decidiram deixar inalterada a sua recomendação de 'Compra, Baixo Risco' com um preço-alvo de 7,8€ para os títulos da Brisa, depois desta ter anunciado a compra de mais 40% da Auto-Estradas do Atlântico (AEA).
Segundo um comunicado hoje emitido e citado pela agência Reuters, o BCPI afirma que o reforço da Brisa na AEA aumenta a possibilidade da empresa vir a obter o controlo total da concessão no futuro, embora deva ter um impacto negativo nos resultados líquidos da empresa.
"Esta transacção poderá ter um impacto negativo a nível do resultado líquido da Brisa, porque a ARA (detida agora a 50% pela Brisa na sequência desta operação) divulgou um resultado líquido negativo de 16,6 milhões de euros em 2003, ou seja, cerca de 8% da nossa previsão de resultados de 2005 para a Brisa", diz o BCPI.
"Nesta fase, a participação da Brisa na AEA deverá continuar a ser avaliada a custo de aquisição. Mantemos uma recomendação de 'Combra, Baixo Risco' em Brisa, com um preço-alvo para o final deste ano de 7,80€", conclui o banco.
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Lucro das empresas do Ibex-35 subiu 19% no ano passado
Lusa
O lucro das empresas que integram o Ibex-35 aumentou 19,2 por cento no ano passado, face a 2003, para 25,256 mil milhões de euros, mostram as contas apresentadas pelas empresas do principal índice da bolsa espanhola.
O aumento dos resultados líquidos, um dos maiores dos últimos anos, foi, no entanto, influenciado negativamente pelo facto de a Acciona ter vendido em 2003 a sua participação na operadora Vodafone, inflacionando as contas desse ano, que foram termo de comparação para as de 2004.
Sem este resultado extraordinário o lucro das maiores cotadas teria crescido 30 por cento.
A subida dos lucros é atribuída pela generalidade das empresas do Ibex-35 ao aumento das vendas, aos menores custos financeiros, à subida dos preços de algumas matérias-primas, ao êxito da diversificação do negócio tradicional, sobretudo nas construtoras, e à estabilidade do mercado latino-americano.
A análise dos resultados permite registar uma evolução atípica, com desempenhos negativos nos primeiros meses do ano - no final do primeiro trimestre o lucro caía 16,7 por cento homólogos - e uma recuperação que começou a sentir-se no terceiro trimestre e se consolidou no último.
A Repsol YPF e o Grupo Santander foram excepções, tendo sofrido uma evolução negativa no último trimestre de 2004.
As empresas que mais contribuíram para o crescimento dos resultados foram o grupo Santander, a Telefónica, o Banco Bilbao Viscaya Argentária (BBVA), a Iberdrola e a Arcelor.
O Santander foi o que mais ganhou em 2004 - 3,135 mil milhões de euros -, registando um aumento de 20 por cento relativamente a 2003 e passando a ser a primeira empresa espanhola a superar os 3 mil milhões de euros de lucro anual.
A operadora Telefónica também se destacou neste exercício com um aumento de lucro de 30,6 por cento, graças ao negócio de telefonia fixa, que compensou a paragem nas vendas de comunicações móveis.
Outro aumento de lucro a registar foi o do gigante siderúrgico europeu Arcelor, que beneficiou da subida do preço do aço.
A Repsol foi a excepção entre as principais empresas do Ibex, com uma descida do lucro de 3,46 por cento, mas continua a liderar o ranking de facturação em Espanha, ao somar 40,585 mil milhões de euros, 12,52 por cento mais que em 2003.
Lusa
O lucro das empresas que integram o Ibex-35 aumentou 19,2 por cento no ano passado, face a 2003, para 25,256 mil milhões de euros, mostram as contas apresentadas pelas empresas do principal índice da bolsa espanhola.
O aumento dos resultados líquidos, um dos maiores dos últimos anos, foi, no entanto, influenciado negativamente pelo facto de a Acciona ter vendido em 2003 a sua participação na operadora Vodafone, inflacionando as contas desse ano, que foram termo de comparação para as de 2004.
Sem este resultado extraordinário o lucro das maiores cotadas teria crescido 30 por cento.
A subida dos lucros é atribuída pela generalidade das empresas do Ibex-35 ao aumento das vendas, aos menores custos financeiros, à subida dos preços de algumas matérias-primas, ao êxito da diversificação do negócio tradicional, sobretudo nas construtoras, e à estabilidade do mercado latino-americano.
A análise dos resultados permite registar uma evolução atípica, com desempenhos negativos nos primeiros meses do ano - no final do primeiro trimestre o lucro caía 16,7 por cento homólogos - e uma recuperação que começou a sentir-se no terceiro trimestre e se consolidou no último.
A Repsol YPF e o Grupo Santander foram excepções, tendo sofrido uma evolução negativa no último trimestre de 2004.
As empresas que mais contribuíram para o crescimento dos resultados foram o grupo Santander, a Telefónica, o Banco Bilbao Viscaya Argentária (BBVA), a Iberdrola e a Arcelor.
O Santander foi o que mais ganhou em 2004 - 3,135 mil milhões de euros -, registando um aumento de 20 por cento relativamente a 2003 e passando a ser a primeira empresa espanhola a superar os 3 mil milhões de euros de lucro anual.
A operadora Telefónica também se destacou neste exercício com um aumento de lucro de 30,6 por cento, graças ao negócio de telefonia fixa, que compensou a paragem nas vendas de comunicações móveis.
Outro aumento de lucro a registar foi o do gigante siderúrgico europeu Arcelor, que beneficiou da subida do preço do aço.
A Repsol foi a excepção entre as principais empresas do Ibex, com uma descida do lucro de 3,46 por cento, mas continua a liderar o ranking de facturação em Espanha, ao somar 40,585 mil milhões de euros, 12,52 por cento mais que em 2003.
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EUA 2005-03-18 14:50
Confiança dos consumidores cai surpreendentemente
DE
A Universidade do Michigan anunciou hoje que o sentimento dos consumidores norte-americanos caiu para os 92,9 pontos em Março, face aos 94,1 registados em Fevereiro. Os analistas contactados pela Reuters estimavam que o índice crescesse para uma média de 95 pontos.
Esta queda levou o indicador para o valor mais baixo de Novembro de 2004, em que se situou nos 92,8 pontos. O indicador foi bastante pressionado pelo vector 'condições actuais' que caiu 1,9 pontos dos 109,2 de Fevereiro para os 107,3 de Março, enquanto que o indicador 'expectativas' recuou 0,8 pontos dos 84,4 para os 83,6 pontos.
O indicador do sentimento dos consumidores é feito numa base mensal e destina-se a fazer uma estimativa de como evoluirá a economia nesse mês.
Confiança dos consumidores cai surpreendentemente
DE
A Universidade do Michigan anunciou hoje que o sentimento dos consumidores norte-americanos caiu para os 92,9 pontos em Março, face aos 94,1 registados em Fevereiro. Os analistas contactados pela Reuters estimavam que o índice crescesse para uma média de 95 pontos.
Esta queda levou o indicador para o valor mais baixo de Novembro de 2004, em que se situou nos 92,8 pontos. O indicador foi bastante pressionado pelo vector 'condições actuais' que caiu 1,9 pontos dos 109,2 de Fevereiro para os 107,3 de Março, enquanto que o indicador 'expectativas' recuou 0,8 pontos dos 84,4 para os 83,6 pontos.
O indicador do sentimento dos consumidores é feito numa base mensal e destina-se a fazer uma estimativa de como evoluirá a economia nesse mês.
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JM considera aposta na Polónia como "ganha"
Rita Gama
O presidente da Comissão Executiva da Jerónimo Martins afirmou hoje que o investimento da empresa na polaca Biedronka foi um sucesso, pois a sua carteira de negócios foi cumprida e a cadeia de supermercados já representa 30% das vendas do Grupo e 17% do EBITDA.
Ao falar durante a Conferência promovida pelo Diário Económico subordinada ao tema 'Investir a Leste', Luís Palha afirmou que a Jerónimo Martins (JM) espera ter obtido em 2004 pela primeira vez o 'break-even' em termos de resultado líquido para a Biedronka.
Este responsável adiantou ainda que a Polónica tem dos melhores ambientes para o investimento porque - ao contrário do que se possa pensar - o mercado "não está incipiente e é altamente competitivo".
Luís Palha revelou ainda que Biedronka já mantém a liderança nos supermercados de desconto polacos, e que em número de estabelecimentos é a maior cadeia alimentar e de retalho no país.
"46% da população polaca já compra regularmente na Biedronka, ou seja um milhão de clientes por dia", afirmou este responsável, o qual adiantou que o objectivo da Biedronka, apesar da gama limitade de produtos, é o de terem "os preços mais baratos do mercado".
Luís Palha disse também que a JM vai continuar a investir 60 milhões de euros por ano em novas lojas na Polónia, sendo esperado que a empresa tenha em 2007 um total de 900 lojas, contra as actuais 730.
Rita Gama
O presidente da Comissão Executiva da Jerónimo Martins afirmou hoje que o investimento da empresa na polaca Biedronka foi um sucesso, pois a sua carteira de negócios foi cumprida e a cadeia de supermercados já representa 30% das vendas do Grupo e 17% do EBITDA.
Ao falar durante a Conferência promovida pelo Diário Económico subordinada ao tema 'Investir a Leste', Luís Palha afirmou que a Jerónimo Martins (JM) espera ter obtido em 2004 pela primeira vez o 'break-even' em termos de resultado líquido para a Biedronka.
Este responsável adiantou ainda que a Polónica tem dos melhores ambientes para o investimento porque - ao contrário do que se possa pensar - o mercado "não está incipiente e é altamente competitivo".
Luís Palha revelou ainda que Biedronka já mantém a liderança nos supermercados de desconto polacos, e que em número de estabelecimentos é a maior cadeia alimentar e de retalho no país.
"46% da população polaca já compra regularmente na Biedronka, ou seja um milhão de clientes por dia", afirmou este responsável, o qual adiantou que o objectivo da Biedronka, apesar da gama limitade de produtos, é o de terem "os preços mais baratos do mercado".
Luís Palha disse também que a JM vai continuar a investir 60 milhões de euros por ano em novas lojas na Polónia, sendo esperado que a empresa tenha em 2007 um total de 900 lojas, contra as actuais 730.
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Lucros do Millennium bcp Investimento crescem 36% em 2004
DE
Os lucros consolidados do Millennium bcp Investimento subiram 36% no ano passado, face a 2003, para 54,25 milhões de euros, divulgou hoje a instituição que concentra a actividade da banca de investimento do BCP.
A evolução dos resultados decorreu essencialmente do crescimento das comissões líquidas (mais 49%), resultados em operações financeiras (mais 172%) e proveitos de prestação de serviços (mais 111%), precisou hoje o banco em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Assim, pese as quebras nas rubricas rendimento de títulos e outros proveitos de exploração, o produto bancário do banco de investimento cresceu 35%, para 113,6 milhões de euros.
A margem financeira antes de provisões aumentou 21%, para 21,1 milhões de euros, mas as provisões para riscos de crédito aumentaram 3,5 milhões, "reflectindo a política prudente de provisionamento" seguida pelo banco.
Os custos mantiveram a tendência de queda dos anos anteriores, diminuindo sete por cento, para 35,2 milhões de euros.
A rentabilidade do activo (ROA) subiu de 1,12 para 1,40%, enquanto a rentabilidade dos capitais próprios passou de 22,8 para 29,1%.
DE
Os lucros consolidados do Millennium bcp Investimento subiram 36% no ano passado, face a 2003, para 54,25 milhões de euros, divulgou hoje a instituição que concentra a actividade da banca de investimento do BCP.
A evolução dos resultados decorreu essencialmente do crescimento das comissões líquidas (mais 49%), resultados em operações financeiras (mais 172%) e proveitos de prestação de serviços (mais 111%), precisou hoje o banco em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Assim, pese as quebras nas rubricas rendimento de títulos e outros proveitos de exploração, o produto bancário do banco de investimento cresceu 35%, para 113,6 milhões de euros.
A margem financeira antes de provisões aumentou 21%, para 21,1 milhões de euros, mas as provisões para riscos de crédito aumentaram 3,5 milhões, "reflectindo a política prudente de provisionamento" seguida pelo banco.
Os custos mantiveram a tendência de queda dos anos anteriores, diminuindo sete por cento, para 35,2 milhões de euros.
A rentabilidade do activo (ROA) subiu de 1,12 para 1,40%, enquanto a rentabilidade dos capitais próprios passou de 22,8 para 29,1%.
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Investir na Polónia é competir na primeira divisão da concorrência bancária
Rita Gama
O administrador do Millennium bcp Francisco Lacerda afirmou hoje que investir na Polónia é entrar num mercado "muito complexo", equivalente a entrar "na primeira divisão" da concorrência entre instituições financeiras.
Ao falar no âmbito da conferência hoje promovida pelo 'Diário Económico' subordinada ao tema 'Investir a Leste', Francisco Lacerda explicou que a entrada do BCP na Polónia foi "o arranque para a internacionalização para mercados terceiros", sendo que o Banco Milenium é o pilar-chave do Grupo BCP na Polónia.
Segundo este responsável, a aposta na Polónia foi boa, porque o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste país tem tido níveis consistentemente mais altos do que os portugueses.
Francisco Lacerda revelou ainda que, dos 1700 balcões do bcp, "350 são na Polónia, e 1/3 dos clientes são de fora de Portugal", sendo o produto de eleição o crédito à habitação, embora o banco já esteja a crescer fortemente na produção de negócio novo.
"Em Janeiro, o novo negócio representou mais de 10% do total", disse.
Francisco Lacerda explicou ainda que, embora haja riscos, vale a pena investir na Polónia, mas "não se pode investir na expectativa de um crescimento rápido".
"É um mercado muito complexo, com muita experiência. É como competir na primeira divisão da concorrência bancária".
O administrador do Millennium bcp explicou ainda que a estratégia do banco é ter um chefe local que conheça bem o mercado local, e uma equipa com profissionais locais e estrangeiros, fazendo então "fora o que se faz em casa".
Rita Gama
O administrador do Millennium bcp Francisco Lacerda afirmou hoje que investir na Polónia é entrar num mercado "muito complexo", equivalente a entrar "na primeira divisão" da concorrência entre instituições financeiras.
Ao falar no âmbito da conferência hoje promovida pelo 'Diário Económico' subordinada ao tema 'Investir a Leste', Francisco Lacerda explicou que a entrada do BCP na Polónia foi "o arranque para a internacionalização para mercados terceiros", sendo que o Banco Milenium é o pilar-chave do Grupo BCP na Polónia.
Segundo este responsável, a aposta na Polónia foi boa, porque o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste país tem tido níveis consistentemente mais altos do que os portugueses.
Francisco Lacerda revelou ainda que, dos 1700 balcões do bcp, "350 são na Polónia, e 1/3 dos clientes são de fora de Portugal", sendo o produto de eleição o crédito à habitação, embora o banco já esteja a crescer fortemente na produção de negócio novo.
"Em Janeiro, o novo negócio representou mais de 10% do total", disse.
Francisco Lacerda explicou ainda que, embora haja riscos, vale a pena investir na Polónia, mas "não se pode investir na expectativa de um crescimento rápido".
"É um mercado muito complexo, com muita experiência. É como competir na primeira divisão da concorrência bancária".
O administrador do Millennium bcp explicou ainda que a estratégia do banco é ter um chefe local que conheça bem o mercado local, e uma equipa com profissionais locais e estrangeiros, fazendo então "fora o que se faz em casa".
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A receita de Belmiro para a prosperidade
Filipe Charters de Azevedo
Belmiro de Azevedo diz que o novo Governo tem todas as condições para resolver os problemas do país. O empresário alertou ainda que “o poder existe para ser usado”. O patrão da Sonae acrescentou que a competitividade do país assenta na melhor gestão dos recursos naturais.
No seminário, “ o desafio do empresário português”, organizado pelo INA esta sexta-feira, Belmiro de Azevedo defendeu que o futuro do país está na gestão dos recursos naturais e humanos. “Precisamos de indústrias leves, não poluentes que aproveitam o sector florestal.” O ordenamento do território e a protecção ambiental é ainda uma das prioridades do empresário: “Portugal é um país pequeno, mas bem situado. Não pode ser poluído”. Sobretudo por sectores com baixo valor acrescentado.
O patrão da Sonae referiu ainda que o sector têxtil e do calçado tem espaço em Portugal, desde que o modelo de produção não esteja baseado nos baixos salários. “As multinacionais compram minutos baratos. É isso que lhes interessa. A eficiência no sector têxtil e a sua competitividade está na organização e gestão das matérias-primas.”
Belmiro de Azevedo referiu ainda o cluster nacional de software compete com os melhores do mundo. Ainda assim, o empresário acredita que estas empresas podem apostar na intermediação e relação comercial entre a Europa e os países do Sudeste Asiático.
Por fim, Belmiro referiu o Turismo ligado à agricultura, como o quarto sector de excelência para a economia portuguesa.
Recados aos governantes
O empresário português lembrou aos actuais governantes que o poder só faz sentido se for usado. “ De outro modo é pura vaidade”, acrescentou.
Belmiro de Azevedo insurgiu-se ainda com o facto de o Governo dizer que não vai recorrer ao despedimento. “Essas coisas fazem-se, não se anunciam”, explicou o empresário. É necessário que os governantes criam as condições para quem quiser saia da função pública, e alguma pressão é conveniente, a par dos adequados incentivos.
Filipe Charters de Azevedo
Belmiro de Azevedo diz que o novo Governo tem todas as condições para resolver os problemas do país. O empresário alertou ainda que “o poder existe para ser usado”. O patrão da Sonae acrescentou que a competitividade do país assenta na melhor gestão dos recursos naturais.
No seminário, “ o desafio do empresário português”, organizado pelo INA esta sexta-feira, Belmiro de Azevedo defendeu que o futuro do país está na gestão dos recursos naturais e humanos. “Precisamos de indústrias leves, não poluentes que aproveitam o sector florestal.” O ordenamento do território e a protecção ambiental é ainda uma das prioridades do empresário: “Portugal é um país pequeno, mas bem situado. Não pode ser poluído”. Sobretudo por sectores com baixo valor acrescentado.
O patrão da Sonae referiu ainda que o sector têxtil e do calçado tem espaço em Portugal, desde que o modelo de produção não esteja baseado nos baixos salários. “As multinacionais compram minutos baratos. É isso que lhes interessa. A eficiência no sector têxtil e a sua competitividade está na organização e gestão das matérias-primas.”
Belmiro de Azevedo referiu ainda o cluster nacional de software compete com os melhores do mundo. Ainda assim, o empresário acredita que estas empresas podem apostar na intermediação e relação comercial entre a Europa e os países do Sudeste Asiático.
Por fim, Belmiro referiu o Turismo ligado à agricultura, como o quarto sector de excelência para a economia portuguesa.
Recados aos governantes
O empresário português lembrou aos actuais governantes que o poder só faz sentido se for usado. “ De outro modo é pura vaidade”, acrescentou.
Belmiro de Azevedo insurgiu-se ainda com o facto de o Governo dizer que não vai recorrer ao despedimento. “Essas coisas fazem-se, não se anunciam”, explicou o empresário. É necessário que os governantes criam as condições para quem quiser saia da função pública, e alguma pressão é conveniente, a par dos adequados incentivos.
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Lucros da Cimpor superam expectativas do Millennium bcp mas receitas desiludem
Os lucros da Cimpor no quarto trimestre superaram as expectativas dos analistas do Millennium bcp, que apontavam para 29 milhões de euros, com a empresa a anunciar quase o dobro, mas quer as receitas, quer o EBITDA, foram inferiores ao estimado pelos especialistas.
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Ana Filipa Rego
arego@mediafin.pt
Os lucros da Cimpor no quarto trimestre superaram as expectativas dos analistas do Millennium bcp, que apontavam para 29 milhões de euros, com a empresa a anunciar quase o dobro, mas quer as receitas, quer o EBITDA, foram inferiores ao estimado pelos especialistas.
Em research, o Millennium bcp explica que os resultados líquidos situaram-se acima do esperado, «sendo que o principal desvio se ficou a dever a impostos». Os analistas esperavam lucros de 29 milhões de euros e a empresa ganhou 46,7 milhões de euros.
Os impostos ascenderam a 5,6 milhões de euros, quando a estimativa do Millennium bcp era de 15,2 milhões de euros negativos.
Em relação às receitas, no valor de 329,6 milhões de euros, ficaram 8% «abaixo das nossas estimativas, os custos operacionais (223,9 milhões de euros) foram 10% menos e o EBITDA ou "cash flow" operacional, que foi de 105,7 milhões de euros, foi 3% inferior ao estimado».
A empresa anunciou ontem que registou lucros de 185,9 milhões de euros em 2004, um valor idêntico ao verificado no ano anterior, anunciou hoje a cimenteira controlada pela Teixeira Duarte. O volume de negócios também ficou pouco alterado e o «cash flow» operacional caiu 10,5%.
Em comunicado, a Cimpor avançou que as vendas foram de 1,365 mil milhões de euros, contra 1,360 mil milhões de euros do ano anterior e o EBITDA ou «cash flow» operacional caiu 10,5% para os 458,7 milhões de euros, face aos 512,5 milhões de euros de 2003.
As acções da Cimpor seguiam nos 4,38 euros, a subir 0,46%. O Millennium diz que não vai alterar a avaliação da cimenteira.
Os lucros da Cimpor no quarto trimestre superaram as expectativas dos analistas do Millennium bcp, que apontavam para 29 milhões de euros, com a empresa a anunciar quase o dobro, mas quer as receitas, quer o EBITDA, foram inferiores ao estimado pelos especialistas.
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Ana Filipa Rego
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Os lucros da Cimpor no quarto trimestre superaram as expectativas dos analistas do Millennium bcp, que apontavam para 29 milhões de euros, com a empresa a anunciar quase o dobro, mas quer as receitas, quer o EBITDA, foram inferiores ao estimado pelos especialistas.
Em research, o Millennium bcp explica que os resultados líquidos situaram-se acima do esperado, «sendo que o principal desvio se ficou a dever a impostos». Os analistas esperavam lucros de 29 milhões de euros e a empresa ganhou 46,7 milhões de euros.
Os impostos ascenderam a 5,6 milhões de euros, quando a estimativa do Millennium bcp era de 15,2 milhões de euros negativos.
Em relação às receitas, no valor de 329,6 milhões de euros, ficaram 8% «abaixo das nossas estimativas, os custos operacionais (223,9 milhões de euros) foram 10% menos e o EBITDA ou "cash flow" operacional, que foi de 105,7 milhões de euros, foi 3% inferior ao estimado».
A empresa anunciou ontem que registou lucros de 185,9 milhões de euros em 2004, um valor idêntico ao verificado no ano anterior, anunciou hoje a cimenteira controlada pela Teixeira Duarte. O volume de negócios também ficou pouco alterado e o «cash flow» operacional caiu 10,5%.
Em comunicado, a Cimpor avançou que as vendas foram de 1,365 mil milhões de euros, contra 1,360 mil milhões de euros do ano anterior e o EBITDA ou «cash flow» operacional caiu 10,5% para os 458,7 milhões de euros, face aos 512,5 milhões de euros de 2003.
As acções da Cimpor seguiam nos 4,38 euros, a subir 0,46%. O Millennium diz que não vai alterar a avaliação da cimenteira.
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Analistas prevêem novos recordes no petróleo na próxima semana
O preço do petróleo deverá continuar a subir na próxima semana, apesar dos recordes fixados nas últimas sessões, segundo as estimativas dos analistas, sustentadas pelas previsões de um aumento na procura, acima do incremento verificado no lado da oferta.
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Nuno Carregueiro
nc@mediafin.pt
Crude em três meses
O preço do petróleo deverá continuar a subir na próxima semana, apesar dos recordes fixados nas últimas sessões, segundo as estimativas dos analistas, sustentadas pelas previsões de um aumento na procura, acima do incremento verificado no lado da oferta.
Entre os analistas contactados pela Agência Bloomberg, 32, ou 54%, consideram que os preços do petróleo vão valorizar na próxima semana, o que representa o consenso mais alargado desde Outubro. Seis perspectivam uma fraca variação nas cotações, enquanto 12 aguardam uma correcção.
Ontem o barril de crude em Nova Iorque tocou num máximo de sempre acima dos 57 dólares, enquanto na Bolsa de Londres o «brent» chegou a ser transaccionado nos 56,15 dólares.
Para esta semana mesmos analistas anteviam uma queda nos preços do crude, mas estes subiram cerca de 4%, apesar de a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) ter acordado um aumento de produção de 500 mil barris por dia e prometido novos incrementos caso os preços se mantenham elevados.
Em Londres o «brent» está já a subir há seis semanas consecutivas, uma escalada explicada pelos receios de aumento na procura e escassez na oferta, mas também motivada por especulações de mercado.
A Agência Internacional de Energia anunciou quarta-feira que as reservas de gasolina nos Estados Unidos desceram na semana passada, reforçando a entrada de investidores especuladores no mercado petrolífero.
O mercado teme que o aumento de produção da OPEP, que já está a operar perto da sua capacidade máxima, seja insuficiente para responder à subida da procura, que a AIE estima em 1,81 milhões de barris por dia, ou 2,2%.
«Os preços só vão descer quando começarem a existir sinais de abrandamento na procura», refere o analista Kyle Cooper, do Citigroup, explicando que «a entrada de especuladores despejou muito dinheiro nos mercados».
Muitos investidores estão a redireccionar as suas aplicações do mercado accionista para o crude, pois as remunerações têm sido mais elevadas, o que também ajuda a manter a tendência de alta dos preços. Nos últimos três anos a cotação do crude quase triplicou e este ano já acumula um ganho de 33%.
Hoje o crude seguia a descer 0,3% para os 56,23 dólares e o «brent» caia 0,25% até aos 54,92 dólares.
O preço do petróleo deverá continuar a subir na próxima semana, apesar dos recordes fixados nas últimas sessões, segundo as estimativas dos analistas, sustentadas pelas previsões de um aumento na procura, acima do incremento verificado no lado da oferta.
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Nuno Carregueiro
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Crude em três meses
O preço do petróleo deverá continuar a subir na próxima semana, apesar dos recordes fixados nas últimas sessões, segundo as estimativas dos analistas, sustentadas pelas previsões de um aumento na procura, acima do incremento verificado no lado da oferta.
Entre os analistas contactados pela Agência Bloomberg, 32, ou 54%, consideram que os preços do petróleo vão valorizar na próxima semana, o que representa o consenso mais alargado desde Outubro. Seis perspectivam uma fraca variação nas cotações, enquanto 12 aguardam uma correcção.
Ontem o barril de crude em Nova Iorque tocou num máximo de sempre acima dos 57 dólares, enquanto na Bolsa de Londres o «brent» chegou a ser transaccionado nos 56,15 dólares.
Para esta semana mesmos analistas anteviam uma queda nos preços do crude, mas estes subiram cerca de 4%, apesar de a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) ter acordado um aumento de produção de 500 mil barris por dia e prometido novos incrementos caso os preços se mantenham elevados.
Em Londres o «brent» está já a subir há seis semanas consecutivas, uma escalada explicada pelos receios de aumento na procura e escassez na oferta, mas também motivada por especulações de mercado.
A Agência Internacional de Energia anunciou quarta-feira que as reservas de gasolina nos Estados Unidos desceram na semana passada, reforçando a entrada de investidores especuladores no mercado petrolífero.
O mercado teme que o aumento de produção da OPEP, que já está a operar perto da sua capacidade máxima, seja insuficiente para responder à subida da procura, que a AIE estima em 1,81 milhões de barris por dia, ou 2,2%.
«Os preços só vão descer quando começarem a existir sinais de abrandamento na procura», refere o analista Kyle Cooper, do Citigroup, explicando que «a entrada de especuladores despejou muito dinheiro nos mercados».
Muitos investidores estão a redireccionar as suas aplicações do mercado accionista para o crude, pois as remunerações têm sido mais elevadas, o que também ajuda a manter a tendência de alta dos preços. Nos últimos três anos a cotação do crude quase triplicou e este ano já acumula um ganho de 33%.
Hoje o crude seguia a descer 0,3% para os 56,23 dólares e o «brent» caia 0,25% até aos 54,92 dólares.
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Condições para novas remunerações
PTM reduz despesa com «buyback» de 337 para 140 milhões de euros
A PT Multimédia vai «poupar» cerca de mais de 190 milhões de euros com a decisão da Portugal Telecom de renunciar ao exercício físico dos «put warrants». Os analistas continuam a insistir que a empresa liderada por Zeinal Bava poderá reduzir o excesso de liquidez no seu balanço, com remunerações adicionais aos accionistas.
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Pedro Carvalho
pc@mediafin.pt
A PT Multimédia vai «poupar» cerca de mais de 190 milhões de euros com a decisão da Portugal Telecom de renunciar ao exercício físico dos «put warrants». Os analistas continuam a insistir que a empresa liderada por Zeinal Bava poderá reduzir o excesso de liquidez no seu balanço, com remunerações adicionais aos accionistas.
A Portugal Telecom (PT) [PT], dona de 57,6% da PT Multimédia (PT) [Cot], anunciou ontem que no âmbito da possível emissão de «put warrants» sobre acções da participada, optou por renunciar «irrevogavelmente ao exercício físico» dos mesmos.
Adicionalmente, a PT informou que irá optar pelo exercício financeiro dos «put warrants» que receber, «nos termos e condições finais que vierem a ser aprovados pelo Conselho de Administração» da PTM.
Na opinião dos analistas do Millennium bcp investimento, este anúncio «vem reduzir o montante máximo que a PTM terá que despender no âmbito do programa de "share buyback" para cerca de 140 milhões de euros, por comparação com 337 milhões de euros caso a PT optasse por exercer fisicamente os "warrants" através da entrega das acções».
Os 57,6% da PT correspondem a cerca de 90,3 milhões de acções da PTM. Este lote dar-lhe-ia o direito de alienar à Multimédia mais de 9 milhões de títulos ao preço de exercício de 21,50 euros.
O banco de investimento diz continuar a acreditar, que após a aprovação do processo de venda da Lusomundo Serviços por parte das diversas autoridades envolvidas, «a PTM terá condições para fazer novas políticas de remuneração aos seus accionistas por forma a reduzir o excesso de liquidez no seu balanço».
PTM reduz despesa com «buyback» de 337 para 140 milhões de euros
A PT Multimédia vai «poupar» cerca de mais de 190 milhões de euros com a decisão da Portugal Telecom de renunciar ao exercício físico dos «put warrants». Os analistas continuam a insistir que a empresa liderada por Zeinal Bava poderá reduzir o excesso de liquidez no seu balanço, com remunerações adicionais aos accionistas.
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Pedro Carvalho
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A PT Multimédia vai «poupar» cerca de mais de 190 milhões de euros com a decisão da Portugal Telecom de renunciar ao exercício físico dos «put warrants». Os analistas continuam a insistir que a empresa liderada por Zeinal Bava poderá reduzir o excesso de liquidez no seu balanço, com remunerações adicionais aos accionistas.
A Portugal Telecom (PT) [PT], dona de 57,6% da PT Multimédia (PT) [Cot], anunciou ontem que no âmbito da possível emissão de «put warrants» sobre acções da participada, optou por renunciar «irrevogavelmente ao exercício físico» dos mesmos.
Adicionalmente, a PT informou que irá optar pelo exercício financeiro dos «put warrants» que receber, «nos termos e condições finais que vierem a ser aprovados pelo Conselho de Administração» da PTM.
Na opinião dos analistas do Millennium bcp investimento, este anúncio «vem reduzir o montante máximo que a PTM terá que despender no âmbito do programa de "share buyback" para cerca de 140 milhões de euros, por comparação com 337 milhões de euros caso a PT optasse por exercer fisicamente os "warrants" através da entrega das acções».
Os 57,6% da PT correspondem a cerca de 90,3 milhões de acções da PTM. Este lote dar-lhe-ia o direito de alienar à Multimédia mais de 9 milhões de títulos ao preço de exercício de 21,50 euros.
O banco de investimento diz continuar a acreditar, que após a aprovação do processo de venda da Lusomundo Serviços por parte das diversas autoridades envolvidas, «a PTM terá condições para fazer novas políticas de remuneração aos seus accionistas por forma a reduzir o excesso de liquidez no seu balanço».
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Euro desvaloriza com os investidores a preferirem activos dos EUA
O euro deslizava face ao dólar devido às quedas das acções e obrigações de mercados emergentes, o que leva os investidores a procurarem activos mais seguros dos Estados Unidos. Apesar do índice de confiança dos consumidores ter caído em Março inesperadamente, o euro manteve a tendência de perda.
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Sara Antunes
saraantunes@mediafin.pt
O euro deslizava face ao dólar devido às quedas das acções e obrigações de mercados emergentes, o que leva os investidores a procurarem activos mais seguros dos Estados Unidos. Apesar do índice de confiança dos consumidores ter caído em Março inesperadamente, o euro manteve a tendência de perda.
O euro [Cot] recuava 0,72% para os 1,3281 dólares.
O índice de confiança dos norte-americanos caiu em Março inesperadamente, pelo terceiro mês consecutivo, segundo um relatório da Universidade Michigan. A subida dos preços da gasolina foi o que mais atingiu a confiança dos consumidores dos EUA.
Os títulos e obrigações dos mercados emergentes têm desvalorizado, o que faz com que os investidores se refugiem em activos denominados em dólares.
Para além deste factor, a Reserva Federal (Fed) reúne na próxima semana, e espera-se que aumente pela sétima vez, desde Junho, a taxa de juro de referência para os EUA, o que impulsionará a remuneração dos depósitos denominados em dólares.
Actualmente a taxa de juro de referência praticada pelos EUA é de 2,5%, o que compara com os 2% aplicados na Zona Euro.
A tendência de queda do dólar, que se tem verificado nos últimos tempos, deverá terminar a médio prazo, tendo em conta as condições da evolução da economia norte-americana, segundo Johan Schrader, responsável da empresa de consultoria e «research» Gavekal, durante uma conferência do BPI realizada hoje em Lisboa.
O euro deslizava face ao dólar devido às quedas das acções e obrigações de mercados emergentes, o que leva os investidores a procurarem activos mais seguros dos Estados Unidos. Apesar do índice de confiança dos consumidores ter caído em Março inesperadamente, o euro manteve a tendência de perda.
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Sara Antunes
saraantunes@mediafin.pt
O euro deslizava face ao dólar devido às quedas das acções e obrigações de mercados emergentes, o que leva os investidores a procurarem activos mais seguros dos Estados Unidos. Apesar do índice de confiança dos consumidores ter caído em Março inesperadamente, o euro manteve a tendência de perda.
O euro [Cot] recuava 0,72% para os 1,3281 dólares.
O índice de confiança dos norte-americanos caiu em Março inesperadamente, pelo terceiro mês consecutivo, segundo um relatório da Universidade Michigan. A subida dos preços da gasolina foi o que mais atingiu a confiança dos consumidores dos EUA.
Os títulos e obrigações dos mercados emergentes têm desvalorizado, o que faz com que os investidores se refugiem em activos denominados em dólares.
Para além deste factor, a Reserva Federal (Fed) reúne na próxima semana, e espera-se que aumente pela sétima vez, desde Junho, a taxa de juro de referência para os EUA, o que impulsionará a remuneração dos depósitos denominados em dólares.
Actualmente a taxa de juro de referência praticada pelos EUA é de 2,5%, o que compara com os 2% aplicados na Zona Euro.
A tendência de queda do dólar, que se tem verificado nos últimos tempos, deverá terminar a médio prazo, tendo em conta as condições da evolução da economia norte-americana, segundo Johan Schrader, responsável da empresa de consultoria e «research» Gavekal, durante uma conferência do BPI realizada hoje em Lisboa.
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Após terminar 2004 em recessão
Banco de Portugal diz actividade económica volta a cair em Fevereiro
O indicador coincidente mensal para a evolução homóloga da actividade económica do país diminuiu 0,2% em Fevereiro mantendo a trajectória descendente verificada desde Julho de 2005, apesar do consumo privado sugerir um ritmo de crescimento «considerável» desde o início deste ano, avança o Banco de Portugal.
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Ana Filipa Rego
arego@mediafin.pt
O indicador coincidente mensal para a evolução homóloga da actividade económica do país diminuiu 0,2% em Fevereiro mantendo a trajectória descendente verificada desde Julho de 2005, apesar do consumo privado sugerir um ritmo de crescimento «considerável» desde o início deste ano, avança o Banco de Portugal.
Nos Indicadores de Conjuntura de Março o Banco de Portugal diz que, este indicador decresceu 0,2%, tendo vindo a apresentar uma trajectória descendente desde Julho de 2004, quando o mesmo aumentou 1,5%.
O Banco de Portugal relembra que o Produto Interno Bruto recuou 0,3% nos últimos três meses do ano passado, face ao terceiro trimestre de 2004, colocando de novo a economia portuguesa em recessão técnica.
Segundo as Contas Nacionais divulgadas pelo Instituto Nacional de Estatística, o PIB português registou uma contracção em cadeia de 0,3%. Já no terceiro trimestre, o PIB tinha apresentando uma queda de 1%.
Essa desaceleração reflectiu o comportamento mais desfavorável do contributo da procura externa líquida para o crescimento homólogo do PIB, que resultou quer da desaceleração das exportações (aumento homólogo de 30% que compara com 4,1% no terceiro trimestre) quer da aceleração das importações de bens e serviços (6,7% face a 6,1% no trimestre anterior).
Por outro lado, a aceleração da procura interna reflectiu quer a evolução do consumo privado (que apresentou uma variação homóloga de 2,6% após 2,2% no terceiro trimestre) quer o comportamento da FBCF (que cresceu 1,3% face a 1,1 no trimestre anterior).
Consumo privado mantém crescimento «considerável» no início de 2005
Em relação aos dados de Fevereiro, a informação disponível para o consumo privado pelo Banco de Portugal sugere, apesar do indicador coincidente mensal para a evolução homóloga da actividade económica ter diminuído, «a manutenção de um ritmo de crescimento considerável no início de 2005».
A mesma fonte acrescenta que, adicionalmente, os indicadores qualitativos de carácter prospectivo «apontam para alguma melhoria do comportamento futuro deste agregado», sublinhando que de acordo com o Inquérito de Opinião da Comissão Europeia, a confiança dos consumidores manteve-se inalterada no período de três meses terminado em Fevereiro face ao registado no último trimestre de 2004, mas que em termos mensais, aumentou ligeiramente ao longo dos dois primeiros meses do ano, «reflectindo, em parte, uma avaliação mais favorável da situação económica geral nos próximos 12 meses».
Inflação sobe em 0,2 pontos percentuais em Fevereiro
O Banco de Portugal revela ainda que a taxa de variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) registou um aumento de 0,2 pontos percentuais em Fevereiro para 2,2% que resultou da aceleração dos preços da componente de bens, de 1,5% para 1,7%, uma vez que os preços da componente de serviços registaram uma desaceleração de 3% para 2,8%. A variação média anual aumentou 0,1 pontos percentuais para 2,4%.
Banco de Portugal diz actividade económica volta a cair em Fevereiro
O indicador coincidente mensal para a evolução homóloga da actividade económica do país diminuiu 0,2% em Fevereiro mantendo a trajectória descendente verificada desde Julho de 2005, apesar do consumo privado sugerir um ritmo de crescimento «considerável» desde o início deste ano, avança o Banco de Portugal.
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Ana Filipa Rego
arego@mediafin.pt
O indicador coincidente mensal para a evolução homóloga da actividade económica do país diminuiu 0,2% em Fevereiro mantendo a trajectória descendente verificada desde Julho de 2005, apesar do consumo privado sugerir um ritmo de crescimento «considerável» desde o início deste ano, avança o Banco de Portugal.
Nos Indicadores de Conjuntura de Março o Banco de Portugal diz que, este indicador decresceu 0,2%, tendo vindo a apresentar uma trajectória descendente desde Julho de 2004, quando o mesmo aumentou 1,5%.
O Banco de Portugal relembra que o Produto Interno Bruto recuou 0,3% nos últimos três meses do ano passado, face ao terceiro trimestre de 2004, colocando de novo a economia portuguesa em recessão técnica.
Segundo as Contas Nacionais divulgadas pelo Instituto Nacional de Estatística, o PIB português registou uma contracção em cadeia de 0,3%. Já no terceiro trimestre, o PIB tinha apresentando uma queda de 1%.
Essa desaceleração reflectiu o comportamento mais desfavorável do contributo da procura externa líquida para o crescimento homólogo do PIB, que resultou quer da desaceleração das exportações (aumento homólogo de 30% que compara com 4,1% no terceiro trimestre) quer da aceleração das importações de bens e serviços (6,7% face a 6,1% no trimestre anterior).
Por outro lado, a aceleração da procura interna reflectiu quer a evolução do consumo privado (que apresentou uma variação homóloga de 2,6% após 2,2% no terceiro trimestre) quer o comportamento da FBCF (que cresceu 1,3% face a 1,1 no trimestre anterior).
Consumo privado mantém crescimento «considerável» no início de 2005
Em relação aos dados de Fevereiro, a informação disponível para o consumo privado pelo Banco de Portugal sugere, apesar do indicador coincidente mensal para a evolução homóloga da actividade económica ter diminuído, «a manutenção de um ritmo de crescimento considerável no início de 2005».
A mesma fonte acrescenta que, adicionalmente, os indicadores qualitativos de carácter prospectivo «apontam para alguma melhoria do comportamento futuro deste agregado», sublinhando que de acordo com o Inquérito de Opinião da Comissão Europeia, a confiança dos consumidores manteve-se inalterada no período de três meses terminado em Fevereiro face ao registado no último trimestre de 2004, mas que em termos mensais, aumentou ligeiramente ao longo dos dois primeiros meses do ano, «reflectindo, em parte, uma avaliação mais favorável da situação económica geral nos próximos 12 meses».
Inflação sobe em 0,2 pontos percentuais em Fevereiro
O Banco de Portugal revela ainda que a taxa de variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) registou um aumento de 0,2 pontos percentuais em Fevereiro para 2,2% que resultou da aceleração dos preços da componente de bens, de 1,5% para 1,7%, uma vez que os preços da componente de serviços registaram uma desaceleração de 3% para 2,8%. A variação média anual aumentou 0,1 pontos percentuais para 2,4%.
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Ricardo Salgado no «Strategy Day»
BES criou 2,971 mil milhões de euros para os accionistas desde a privatização
O presidente do Banco Espírito Santo (BES), numa apresentação a analistas, diz que o banco, desde a privatização em 1991, criou 2,971 mil milhões de euros para os accionistas. O banco diz que a adopção das novas normas de contabilidade deverá aumentar os capitais próprios em 230 milhões, podendo reduzir os lucros em 44 milhões.
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Pedro Carvalho
pc@mediafin.pt
Acções do BES nos últimos dois anos
O presidente do Banco Espírito Santo (BES), numa apresentação a analistas, diz que o banco, desde a privatização em 1991, criou 2,971 mil milhões de euros para os accionistas. O banco diz que a adopção das novas normas de contabilidade deverá aumentar os capitais próprios em 230 milhões, podendo reduzir os lucros em 44 milhões.
No âmbito do «Strategy Day», o Banco Espírito Santo (BES) realizou hoje uma apresentação juntos dos analistas.
Na apresentação, Ricardo salgado disse que, desde a privatização do banco, em 1991, a instituição bancária criou 2,971 mil milhões de euros de valor para os seus accionistas, com uma taxa de crescimento anual composta de 13%. A capitalização bolsista do BES totaliza 3,978 mil milhões de euros.
O presidente do banco reiterou ainda três objectivos a que se propõe: conseguir uma quota de mercado de 20%; ser o terceiro banco ibérico mais eficiente; e conseguir um retorno para os accionistas acima da média do sector na Europa.
Numa outra apresentação feita pelo CFO Amílcar Morais Pires, o banco desvendou a contabilização dos impactos, ainda que provisórios, que a adopção das novas regras de contabilidade (IAS/IFSR) terão sobre a actividade da instituição.
Resultados do primeiro trimestre já serão com IFRS
A nível do balanço, os capitais próprios, após vários ajustamentos e reclassificações, deverão aumentar em 230 milhões de euros.
A nível da demonstração de resultados, os custos com o pessoal deverão sofrer um ajuste positivo de 68,1 milhões de euros.
As rubricas da amortização de activos intangíveis, os custos extraordinários e os interesses minoritários deverão ter um ajuste negativo de 22,8 milhões, 55,8 milhões e 33,5 milhões de euros, respectivamente.
Se deduzidos no «bottom line», o impacto sobre os lucros líquidos poderá ser negativo em 44 milhões de euros.
BES criou 2,971 mil milhões de euros para os accionistas desde a privatização
O presidente do Banco Espírito Santo (BES), numa apresentação a analistas, diz que o banco, desde a privatização em 1991, criou 2,971 mil milhões de euros para os accionistas. O banco diz que a adopção das novas normas de contabilidade deverá aumentar os capitais próprios em 230 milhões, podendo reduzir os lucros em 44 milhões.
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Acções do BES nos últimos dois anos
O presidente do Banco Espírito Santo (BES), numa apresentação a analistas, diz que o banco, desde a privatização em 1991, criou 2,971 mil milhões de euros para os accionistas. O banco diz que a adopção das novas normas de contabilidade deverá aumentar os capitais próprios em 230 milhões, podendo reduzir os lucros em 44 milhões.
No âmbito do «Strategy Day», o Banco Espírito Santo (BES) realizou hoje uma apresentação juntos dos analistas.
Na apresentação, Ricardo salgado disse que, desde a privatização do banco, em 1991, a instituição bancária criou 2,971 mil milhões de euros de valor para os seus accionistas, com uma taxa de crescimento anual composta de 13%. A capitalização bolsista do BES totaliza 3,978 mil milhões de euros.
O presidente do banco reiterou ainda três objectivos a que se propõe: conseguir uma quota de mercado de 20%; ser o terceiro banco ibérico mais eficiente; e conseguir um retorno para os accionistas acima da média do sector na Europa.
Numa outra apresentação feita pelo CFO Amílcar Morais Pires, o banco desvendou a contabilização dos impactos, ainda que provisórios, que a adopção das novas regras de contabilidade (IAS/IFSR) terão sobre a actividade da instituição.
Resultados do primeiro trimestre já serão com IFRS
A nível do balanço, os capitais próprios, após vários ajustamentos e reclassificações, deverão aumentar em 230 milhões de euros.
A nível da demonstração de resultados, os custos com o pessoal deverão sofrer um ajuste positivo de 68,1 milhões de euros.
As rubricas da amortização de activos intangíveis, os custos extraordinários e os interesses minoritários deverão ter um ajuste negativo de 22,8 milhões, 55,8 milhões e 33,5 milhões de euros, respectivamente.
Se deduzidos no «bottom line», o impacto sobre os lucros líquidos poderá ser negativo em 44 milhões de euros.
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