Infra-estruturas de rede devem contemplar telecomunicações
18 mensagens
|Página 1 de 1
Indústria defende energia nuclear e quer repartir custos por todos
A Confederação da Indústria Portuguesa (CIP) defendeu ontem a opção pelo nuclear para a produção de energia eléctrica e exigiu que os custos crescentes do preço da electricidade sejam suportados por todos os consumidores.
Em termos de estrutura de produção, defende que para que o País tenha uma "independência energética razoável" deve apostar em centrais nucleares, hidroeléctricas de albufeira e centrais de socorro de arranque rápido.
Ao recomendar que os custos da electricidade sejam suportados pela totalidade dos consumidores, a CIP argumenta que é "insustentável" que a indústria tenha de subsidiar os restantes consumidores que, por regulamento, têm os custos limitados à variação anual da inflação.
Segundo a CIP, o sistema de revisão de tarifas de energia, tal como existe, apesar de matematicamente correcto e de acordo com as orientações comunitárias, é "cego e ignora a competitividade das empresas". Considera, por isso, necessário que se fixe um desconto tarifário às empresas que adiram ao regime de interruptibilidade, o que pode significar uma redução de 10% no total da factura.
A Confederação da Indústria Portuguesa (CIP) defendeu ontem a opção pelo nuclear para a produção de energia eléctrica e exigiu que os custos crescentes do preço da electricidade sejam suportados por todos os consumidores.
Em termos de estrutura de produção, defende que para que o País tenha uma "independência energética razoável" deve apostar em centrais nucleares, hidroeléctricas de albufeira e centrais de socorro de arranque rápido.
Ao recomendar que os custos da electricidade sejam suportados pela totalidade dos consumidores, a CIP argumenta que é "insustentável" que a indústria tenha de subsidiar os restantes consumidores que, por regulamento, têm os custos limitados à variação anual da inflação.
Segundo a CIP, o sistema de revisão de tarifas de energia, tal como existe, apesar de matematicamente correcto e de acordo com as orientações comunitárias, é "cego e ignora a competitividade das empresas". Considera, por isso, necessário que se fixe um desconto tarifário às empresas que adiram ao regime de interruptibilidade, o que pode significar uma redução de 10% no total da factura.
- Mensagens: 3433
- Registado: 5/10/2004 16:59
OPEP sobe produção mas petróleo bate novo recorde
Cartel petrolífero vai produzir 27,5 milhões de barris por dia, mais 500 mil barris
A OPEP anunciou ontem o aumento da produção, com efeitos imediatos, para 27,5 milhões de barris por dia, mais 500 mil barris que em Novembro, com o objectivo de ajudar a travar a escalada dos preços do crude nos mercados internacional, a qual ameaça comprometer a retoma da economia mundial. Mas os preços do petróleo voltaram, quase de seguida, a bater novos recordes, logo que foi divulgada uma quebra nas reservas de gasolina dos Estados Unidos.
"Esta subida da produção não tem grande significado. Na realidade, a OPEP já produz 'não oficialmente' 27,7 milhões de barris e, na prática, não colocou mais petróleo no mercado. O problema é que o mercado está convencido - a própria Agência Internacional de Energia o sugere - que o aumento da oferta não vai ser suficiente para cobrir as necessidades crescentes da procura", explicam os operadores.
O consumo de petróleo disparou nos últimos meses, quer devido à vaga de frio que se fez sentir na Europa e nos EUA, quer ao aumento da procura de energia em economias em forte expansão económica, como a China e a Índia.
A campainha de alerta para o desequilíbrio do mercado soou ontem, quando os Estados Unidos revelaram uma inesperada quebra de 2,9 milhões de barris nos stocks de gasolina, estimados agora em 221,4 milhões de barris.
E o resultado foi imediato - em Nova Iorque, o preço do crude, que tinha caído para 54,60 dólares, pulou para um novo máximo histórico de 56,15 dólares o barril; em Londres, o brent subiu para um recorde de 54,85 dólares.
Neste cenário, a OPEP diz que irá manter-se vigilante e que, se for necessário, reserva-se a possibilidade de novo aumento da produção em Maio.
"A primeira subida foi agora", declarou o ministro da Energia do Kuwait, Ahmed Fahd Al-Ahmed Al-Sabah. "Em Abril, teremos outra reunião para analisar a situação do mercado e poderemos decidir novo aumento de mais 500 mil barris na produção, a partir de Maio. Tudo depende do comportamento dos preços."
Cartel petrolífero vai produzir 27,5 milhões de barris por dia, mais 500 mil barris
A OPEP anunciou ontem o aumento da produção, com efeitos imediatos, para 27,5 milhões de barris por dia, mais 500 mil barris que em Novembro, com o objectivo de ajudar a travar a escalada dos preços do crude nos mercados internacional, a qual ameaça comprometer a retoma da economia mundial. Mas os preços do petróleo voltaram, quase de seguida, a bater novos recordes, logo que foi divulgada uma quebra nas reservas de gasolina dos Estados Unidos.
"Esta subida da produção não tem grande significado. Na realidade, a OPEP já produz 'não oficialmente' 27,7 milhões de barris e, na prática, não colocou mais petróleo no mercado. O problema é que o mercado está convencido - a própria Agência Internacional de Energia o sugere - que o aumento da oferta não vai ser suficiente para cobrir as necessidades crescentes da procura", explicam os operadores.
O consumo de petróleo disparou nos últimos meses, quer devido à vaga de frio que se fez sentir na Europa e nos EUA, quer ao aumento da procura de energia em economias em forte expansão económica, como a China e a Índia.
A campainha de alerta para o desequilíbrio do mercado soou ontem, quando os Estados Unidos revelaram uma inesperada quebra de 2,9 milhões de barris nos stocks de gasolina, estimados agora em 221,4 milhões de barris.
E o resultado foi imediato - em Nova Iorque, o preço do crude, que tinha caído para 54,60 dólares, pulou para um novo máximo histórico de 56,15 dólares o barril; em Londres, o brent subiu para um recorde de 54,85 dólares.
Neste cenário, a OPEP diz que irá manter-se vigilante e que, se for necessário, reserva-se a possibilidade de novo aumento da produção em Maio.
"A primeira subida foi agora", declarou o ministro da Energia do Kuwait, Ahmed Fahd Al-Ahmed Al-Sabah. "Em Abril, teremos outra reunião para analisar a situação do mercado e poderemos decidir novo aumento de mais 500 mil barris na produção, a partir de Maio. Tudo depende do comportamento dos preços."
- Mensagens: 3433
- Registado: 5/10/2004 16:59
bolsa de valores
comentário
Terceira queda consecutiva
A Euronext Lisboa encerrou pela terceira sessão consecutiva em queda, em sintonia com as principais praças financeiras da Europa . Em causa está a alta do preço do petróleo, a valorização do euro face ao dólar e também a revisão em baixa dos resultados do gigante General Motors. O índice PSI-20, principal barómetro da bolsa lisboeta, recuou 0,52%, numa sessão em que se movimentaram 35,2 milhões de acções, cerca de 100,8 milhões de euros. A EDP foi o papel mais líquido, tendo deslizado 0,4%. Esta correcção deve-se ao impacto negativo que as normas internacionais de contabilidade terão na actividade da empresa. ParaRede, PT, Brisa, Sonae e BES foram outros dos títulos que mais penalizaram o mercado. A contrariar a tendência negativa esteve a Cofina (avançou 0,61%), estimulada pelos resultados de 2004 e também pelas declarações do seu presidente que admite melhoria de resultados para o corrente exercício (ver pág. 31). Semapa, BPI, PTM e Gescartão também remaram contra a maré. A sessão de hoje continuará a ser marcada pela evolução do petróleo e pela divulgação de novos indicadores macroeconómicos nos EUA e na Europa. Em Lisboa, a atenção dos investidores estará mais centrada nos resultados da Cimpor.
comentário
Terceira queda consecutiva
A Euronext Lisboa encerrou pela terceira sessão consecutiva em queda, em sintonia com as principais praças financeiras da Europa . Em causa está a alta do preço do petróleo, a valorização do euro face ao dólar e também a revisão em baixa dos resultados do gigante General Motors. O índice PSI-20, principal barómetro da bolsa lisboeta, recuou 0,52%, numa sessão em que se movimentaram 35,2 milhões de acções, cerca de 100,8 milhões de euros. A EDP foi o papel mais líquido, tendo deslizado 0,4%. Esta correcção deve-se ao impacto negativo que as normas internacionais de contabilidade terão na actividade da empresa. ParaRede, PT, Brisa, Sonae e BES foram outros dos títulos que mais penalizaram o mercado. A contrariar a tendência negativa esteve a Cofina (avançou 0,61%), estimulada pelos resultados de 2004 e também pelas declarações do seu presidente que admite melhoria de resultados para o corrente exercício (ver pág. 31). Semapa, BPI, PTM e Gescartão também remaram contra a maré. A sessão de hoje continuará a ser marcada pela evolução do petróleo e pela divulgação de novos indicadores macroeconómicos nos EUA e na Europa. Em Lisboa, a atenção dos investidores estará mais centrada nos resultados da Cimpor.
- Mensagens: 3433
- Registado: 5/10/2004 16:59
Lucros da Cofina atingem 12,5 milhões de euros em 2004
márcio alves candoso Arquivo DN-Paulo Spranger
cofina. Paulo Fernandes subiu 90% no lucro do sector de media
A Cofina obteve em 2004 um lucro consolidado de 12,5 milhões de euros, o que representa uma subida de 27,1% face ao exercício anterior. Estes dados reflectem ainda os negócios de media e indústria, sendo que este último foi recentemente destacado, integrando agora a Altri.
Segundo comunicado enviado à CMVM, o volume de vendas da Cofina, tal como estava consolidada até final do ano passado, foi de 274,16 milhões de euros, mais 22% que em 2003. O EBITDA atingiu os 46,94 milhões de euros, uma subida de 23,6%. A dívida consolidada baixou 12%, situando-se no final de Dezembro nos 130 milhões de euros.
A área de comunicação social - a única que integra hoje a Cofina - produziu um resultado líquido de 6,3 milhões de euros, o que reflecte um crescimento de 92,1%. O EBITDA associado foi de 20,1 milhões (mais 36,1 %), tendo os novos produtos tido um impacto negativo de cerca de 3 milhões de euros. Na área industrial - a actual Altri - há a registar lucros de 10,3 milhões de euros na Celulose do Caima, com um volume de negócios de 51,8 milhões (mais 5,4%). Por seu turno, a F.Ramada gerou resultados líquidos de 5,28 milhões de euros, uma subida de 54,2%. Os proveitos ascenderam a 87,9 milhões (mais 17,5%).
A Cofina detém os jornais Record, Correio da Manhã e Jornal de Negócios, assim como as revistas Sábado, Máxima e Rotas & Destinos.
Lusomundo. Em entrevista telefónica à Reuters, Paulo Fernandes, presidente-executivo (CEO) da Cofina e da Altri, afirmou que os 19% que detém na Lusomundo Media (proprietária, entre outros, do DN) são estratégicos e não estão à venda. O grupo, aliás, segundo o mesmo responsável, visa crescer organicamente e através de aquisições. Adiantou que a participação da Cofina na Lusomundo Media, "tendo em conta os valores anunciados na recente operação de alienação da Lusomundo Serviços, estará avaliada em 34 milhões de euros".
A Cofina ainda não anunciou qual o dividendo que vai propor à Assembleia Geral.
márcio alves candoso Arquivo DN-Paulo Spranger
cofina. Paulo Fernandes subiu 90% no lucro do sector de media
A Cofina obteve em 2004 um lucro consolidado de 12,5 milhões de euros, o que representa uma subida de 27,1% face ao exercício anterior. Estes dados reflectem ainda os negócios de media e indústria, sendo que este último foi recentemente destacado, integrando agora a Altri.
Segundo comunicado enviado à CMVM, o volume de vendas da Cofina, tal como estava consolidada até final do ano passado, foi de 274,16 milhões de euros, mais 22% que em 2003. O EBITDA atingiu os 46,94 milhões de euros, uma subida de 23,6%. A dívida consolidada baixou 12%, situando-se no final de Dezembro nos 130 milhões de euros.
A área de comunicação social - a única que integra hoje a Cofina - produziu um resultado líquido de 6,3 milhões de euros, o que reflecte um crescimento de 92,1%. O EBITDA associado foi de 20,1 milhões (mais 36,1 %), tendo os novos produtos tido um impacto negativo de cerca de 3 milhões de euros. Na área industrial - a actual Altri - há a registar lucros de 10,3 milhões de euros na Celulose do Caima, com um volume de negócios de 51,8 milhões (mais 5,4%). Por seu turno, a F.Ramada gerou resultados líquidos de 5,28 milhões de euros, uma subida de 54,2%. Os proveitos ascenderam a 87,9 milhões (mais 17,5%).
A Cofina detém os jornais Record, Correio da Manhã e Jornal de Negócios, assim como as revistas Sábado, Máxima e Rotas & Destinos.
Lusomundo. Em entrevista telefónica à Reuters, Paulo Fernandes, presidente-executivo (CEO) da Cofina e da Altri, afirmou que os 19% que detém na Lusomundo Media (proprietária, entre outros, do DN) são estratégicos e não estão à venda. O grupo, aliás, segundo o mesmo responsável, visa crescer organicamente e através de aquisições. Adiantou que a participação da Cofina na Lusomundo Media, "tendo em conta os valores anunciados na recente operação de alienação da Lusomundo Serviços, estará avaliada em 34 milhões de euros".
A Cofina ainda não anunciou qual o dividendo que vai propor à Assembleia Geral.
- Mensagens: 3433
- Registado: 5/10/2004 16:59
De Novembro a Janeiro Construção com quebra de 3,8%
A produção do sector de construção e obras públicas caiu 3,8% no trimestre terminado em Janeiro, revelou o Instituto Nacional de Estatística. A produção da construção e obras públicas diminuiu 6,7%, a produção do subsector de construção de edifícios 4,7% e a produção da engenharia civil 1,8%.
A produção do sector de construção e obras públicas caiu 3,8% no trimestre terminado em Janeiro, revelou o Instituto Nacional de Estatística. A produção da construção e obras públicas diminuiu 6,7%, a produção do subsector de construção de edifícios 4,7% e a produção da engenharia civil 1,8%.
- Mensagens: 3433
- Registado: 5/10/2004 16:59
conferência Constâncio analisa modelo europeu
O governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, vai analisar o tema Portugal e o futuro do modelo europeu, durante um jantar na Quinta de Santo António de Freixo (Leiria), no dia 31 de Março. A iniciativa partiu da Liga dos Amigos da Casa-Museu João Soares e do Banco Privado Português.
O governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, vai analisar o tema Portugal e o futuro do modelo europeu, durante um jantar na Quinta de Santo António de Freixo (Leiria), no dia 31 de Março. A iniciativa partiu da Liga dos Amigos da Casa-Museu João Soares e do Banco Privado Português.
- Mensagens: 3433
- Registado: 5/10/2004 16:59
Banco de Portugal alerta para envios ilegais de dinheiro
paula cordeiro Arquivo DN-Paulo Spranger
Mudança. Transferências ganharam peso com o aumento da imigração
Algumas empresas em Portugal estão a fazer transferências ilegais de dinheiro de e para o exterior. O alerta é dado pelo Banco de Portugal que, num comunicado ontem emitido, indica o nome de três sociedades que estão a efectuar ilegalmente esta actividade. Trata-se da Realuso-Agência de Câmbios, em Braga, da Winer-Publicidade e Decoração, também em Braga, e da Roytur-Viagens e Turismo, de Lisboa. Segundo o banco central, estas "entidades não autorizadas têm vindo a realizar aquelas operações, o que constitui uma prática ilícita e sujeita às sanções legalmente previstas".
As transferências de dinheiro, de acordo com a legislação, apenas podem ser efectuadas por instituições de crédito e por agências de câmbio. De acordo com o Banco de Portugal, são sete as agências autorizadas Central, Cotacâmbios, Mundial, Novacâmbios, Trans-Envio, Unicâmbio e Uno Money Transfers. Este tipo de negócio constituiu um alargamento da actividade destas empresas, concedido para fazer face à perda de receitas com a introdução do euro, que restringiu fortemente a actividade cambial.
O DN tentou contactar com as três empresas denunciadas pelo Banco de Portugal. Tanto a Winer como a Roytur negaram a realização de tais operações, afirmando desconhecer o comunicado da autoridade de supervisão do sector financeiro, não tendo sido ainda contactadas. Com a Realuso não foi possível falar com alguém.
As transferências de dinheiro de e para o exterior ganharam maior expressão nos último anos, com o aumento dos trabalhadores imigrantes em Portugal. O negócio levou algumas instituições de crédito a estabelecerem acordos com grandes empresas internacionais de transferências, como é o caso da Western Union, que tem um acordo com o BCP, com os CTT e com a Cotacâmbios.
Como referiu ao DN uma fonte de uma agência de câmbios, são conhecidas algumas situações de clientes lesados por entidades que garantem a transferência de dinheiro para o exterior, mas que depois chegam à conclusão que o montante não chegou ao destino. Com vista a beneficiar de comissões mais baixas, muitos são os imigrantes que confiam as suas economias a certas empresas, sem exigirem o respectivo comprovativo de transferência.
paula cordeiro Arquivo DN-Paulo Spranger
Mudança. Transferências ganharam peso com o aumento da imigração
Algumas empresas em Portugal estão a fazer transferências ilegais de dinheiro de e para o exterior. O alerta é dado pelo Banco de Portugal que, num comunicado ontem emitido, indica o nome de três sociedades que estão a efectuar ilegalmente esta actividade. Trata-se da Realuso-Agência de Câmbios, em Braga, da Winer-Publicidade e Decoração, também em Braga, e da Roytur-Viagens e Turismo, de Lisboa. Segundo o banco central, estas "entidades não autorizadas têm vindo a realizar aquelas operações, o que constitui uma prática ilícita e sujeita às sanções legalmente previstas".
As transferências de dinheiro, de acordo com a legislação, apenas podem ser efectuadas por instituições de crédito e por agências de câmbio. De acordo com o Banco de Portugal, são sete as agências autorizadas Central, Cotacâmbios, Mundial, Novacâmbios, Trans-Envio, Unicâmbio e Uno Money Transfers. Este tipo de negócio constituiu um alargamento da actividade destas empresas, concedido para fazer face à perda de receitas com a introdução do euro, que restringiu fortemente a actividade cambial.
O DN tentou contactar com as três empresas denunciadas pelo Banco de Portugal. Tanto a Winer como a Roytur negaram a realização de tais operações, afirmando desconhecer o comunicado da autoridade de supervisão do sector financeiro, não tendo sido ainda contactadas. Com a Realuso não foi possível falar com alguém.
As transferências de dinheiro de e para o exterior ganharam maior expressão nos último anos, com o aumento dos trabalhadores imigrantes em Portugal. O negócio levou algumas instituições de crédito a estabelecerem acordos com grandes empresas internacionais de transferências, como é o caso da Western Union, que tem um acordo com o BCP, com os CTT e com a Cotacâmbios.
Como referiu ao DN uma fonte de uma agência de câmbios, são conhecidas algumas situações de clientes lesados por entidades que garantem a transferência de dinheiro para o exterior, mas que depois chegam à conclusão que o montante não chegou ao destino. Com vista a beneficiar de comissões mais baixas, muitos são os imigrantes que confiam as suas economias a certas empresas, sem exigirem o respectivo comprovativo de transferência.
- Mensagens: 3433
- Registado: 5/10/2004 16:59
Receitas dos impostos crescem mas as despesas do Estado também
Arquivo DN-Paulo Spranger
Receita. O impostos sobre produtos petrolíferos subiu 11,2%
impostos directos
IRS e IRC proporcionaram aos cofres do Estado, nos primeiros dois meses do ano, 1670,3 milhões de euros, mais 6,9%. Num ano de crise, em que a economia cresceu 1% e o desemprego se aproxima do meio milhão de pessoas, não deixa de surpreender que a receita de IRS tenha crescido 7,4%, ascendendo a 1486,9 milhões de euros, enquanto o IRC, o imposto sobre os lucros das empresas, subiu 2,2% para 179,8 milhões, mesmo não tendo ocorrido, como em 2004, o terceiro pagamento especial por conta. Com este, o aumento seria de 36%.
impostos indirectos
A reanimação do consumo, mesmo em época de vacas magras, proporcionou um aumento de 12,2% na arrecadação dos impostos indirectos, que ascenderam a 3584,7 milhões de euros. O IVA, que por si só rendeu 2356,3 milhões de euros, registou subida de 7,8%; o imposto do tabaco cresceu 138,4% (252,5 milhões), fruto da actualização da taxa; e até o imposto sobre os produtos petrolíferos (ISP) proporcionou mais 11,2%, atingindo 499,6 milhões de euros, apesar das queixas dos automobilistas com a subida dos combustíveis.
Aumento nos gastos
As transferência correntes para as administrações públicas - Câmaras municipais, Serviço Nacional de Saúde e Segurança Social - aumentaram 7,6%. É o reflexo do desemprego e o disparo das despesas com a saúde, em medicamentos e hospitais, a pressionar as contas orçamentais. Mas o destaque vai para o aumento das transferências de dinheiro para Bruxelas. O cheque português para o orçamento da União aumentou 25%, embora o Estado, em 2004, tenha pago uma parcela, por conta do exercício orçamental do ano anterior.
aumenta Peso do estado no PIB
A despesa corrente primária - os gastos do Estado, sem contabilizar as despesas em juros pagos com a manutenção da dívida pública - cresceu 5,6% em Janeiro e Fevereiro em comparação com igual período de 2004. Um valor bem acima do crescimento nominal da economia, calculado em 4,75% para 2005, o que leva os economistas a emitirem alertas. É que, sempre que a despesa corrente primária é superior ao crescimento real somado aà inflação esperada, significa que o peso do Estado na economia está a aumentar.
Arquivo DN-Paulo Spranger
Receita. O impostos sobre produtos petrolíferos subiu 11,2%
impostos directos
IRS e IRC proporcionaram aos cofres do Estado, nos primeiros dois meses do ano, 1670,3 milhões de euros, mais 6,9%. Num ano de crise, em que a economia cresceu 1% e o desemprego se aproxima do meio milhão de pessoas, não deixa de surpreender que a receita de IRS tenha crescido 7,4%, ascendendo a 1486,9 milhões de euros, enquanto o IRC, o imposto sobre os lucros das empresas, subiu 2,2% para 179,8 milhões, mesmo não tendo ocorrido, como em 2004, o terceiro pagamento especial por conta. Com este, o aumento seria de 36%.
impostos indirectos
A reanimação do consumo, mesmo em época de vacas magras, proporcionou um aumento de 12,2% na arrecadação dos impostos indirectos, que ascenderam a 3584,7 milhões de euros. O IVA, que por si só rendeu 2356,3 milhões de euros, registou subida de 7,8%; o imposto do tabaco cresceu 138,4% (252,5 milhões), fruto da actualização da taxa; e até o imposto sobre os produtos petrolíferos (ISP) proporcionou mais 11,2%, atingindo 499,6 milhões de euros, apesar das queixas dos automobilistas com a subida dos combustíveis.
Aumento nos gastos
As transferência correntes para as administrações públicas - Câmaras municipais, Serviço Nacional de Saúde e Segurança Social - aumentaram 7,6%. É o reflexo do desemprego e o disparo das despesas com a saúde, em medicamentos e hospitais, a pressionar as contas orçamentais. Mas o destaque vai para o aumento das transferências de dinheiro para Bruxelas. O cheque português para o orçamento da União aumentou 25%, embora o Estado, em 2004, tenha pago uma parcela, por conta do exercício orçamental do ano anterior.
aumenta Peso do estado no PIB
A despesa corrente primária - os gastos do Estado, sem contabilizar as despesas em juros pagos com a manutenção da dívida pública - cresceu 5,6% em Janeiro e Fevereiro em comparação com igual período de 2004. Um valor bem acima do crescimento nominal da economia, calculado em 4,75% para 2005, o que leva os economistas a emitirem alertas. É que, sempre que a despesa corrente primária é superior ao crescimento real somado aà inflação esperada, significa que o peso do Estado na economia está a aumentar.
- Mensagens: 3433
- Registado: 5/10/2004 16:59
Despesa do Estado cresce mais do que a economia
rudolfo rebêlo
A despesa do Estado com os salários, Segurança Social e a compra de bens e serviços aumentou 5,6% nos primeiros dois meses do ano, se se excluir o pagamento de juros da Dívida Pública. Uma subida bem acima do crescimento nominal da economia, calculado em 4,75% para este ano, de acordo com a execução orçamental ontem divulgada pelo Ministério das Finanças.
O que aconteceu na despesa do Estado? O governo - ainda a equipa de Bagão Félix - afirma que o "acréscimo" de despesa "se encontra determinado por alguns factores de carácter temporário". É o caso, diz o ministério, das despesas com a Segurança Social e salários dos funcionários públicos. A factura com a Segurança Social regista um acréscimo de 9%. As Finanças afirmam que a culpa está no "diferente padrão de execução" na despesa com a ADSE - o sistema de protecção de saúde dos funcionários - em comparação com os dois primeiros meses de 2004.
Os gastos com os salários da Função Pública aumentaram 3,8%, até Fevereiro, quando até Dezembro de 2004 os aumentos de despesa evoluía entre 1,0% e 2,0%. A equipa de Bagão Félix justifica o aumento com os salários pelo "pagamento de actualização salarial aos funcionários e respectivos retroactivos". O maior aumento na factura com os ordenados, realça a nota das Finanças, registou-se no Ministério da Educação, reflectindo "os encargos com a mudança de escalões docentes" do ensino secundário. É o resultado das promoções automáticas nas carreiras dos professores do ensino secundário, pré-primário e primário.
Receitas. O que permitiu equilibrar as contas foi o aumento de cerca de 11% na receita fiscal, um acréscimo de 517 milhões de euros. Se nos impostos directos o crescimento de 6,9% na receita é justificado pelo comportamento do IRS, que subiu 7,4%, embora não esteja reflectido o decréscimo na retenção da fonte, decidido no final de Fevereiro, nos imposto indirectos, o IVA, impulsionado pela febre consumista dos portugueses, é a 'caixa-forte' do Estado - a receita do imposto subiu 7,8%, bem acima do crescimento nominal da economia. O único senão é que uma boa parte desta arrecadação (no primeiro trimestre) será contabilizada nas contas orçamentais de 2004, de acordo com as regras impostas pela União Europeia.
rudolfo rebêlo
A despesa do Estado com os salários, Segurança Social e a compra de bens e serviços aumentou 5,6% nos primeiros dois meses do ano, se se excluir o pagamento de juros da Dívida Pública. Uma subida bem acima do crescimento nominal da economia, calculado em 4,75% para este ano, de acordo com a execução orçamental ontem divulgada pelo Ministério das Finanças.
O que aconteceu na despesa do Estado? O governo - ainda a equipa de Bagão Félix - afirma que o "acréscimo" de despesa "se encontra determinado por alguns factores de carácter temporário". É o caso, diz o ministério, das despesas com a Segurança Social e salários dos funcionários públicos. A factura com a Segurança Social regista um acréscimo de 9%. As Finanças afirmam que a culpa está no "diferente padrão de execução" na despesa com a ADSE - o sistema de protecção de saúde dos funcionários - em comparação com os dois primeiros meses de 2004.
Os gastos com os salários da Função Pública aumentaram 3,8%, até Fevereiro, quando até Dezembro de 2004 os aumentos de despesa evoluía entre 1,0% e 2,0%. A equipa de Bagão Félix justifica o aumento com os salários pelo "pagamento de actualização salarial aos funcionários e respectivos retroactivos". O maior aumento na factura com os ordenados, realça a nota das Finanças, registou-se no Ministério da Educação, reflectindo "os encargos com a mudança de escalões docentes" do ensino secundário. É o resultado das promoções automáticas nas carreiras dos professores do ensino secundário, pré-primário e primário.
Receitas. O que permitiu equilibrar as contas foi o aumento de cerca de 11% na receita fiscal, um acréscimo de 517 milhões de euros. Se nos impostos directos o crescimento de 6,9% na receita é justificado pelo comportamento do IRS, que subiu 7,4%, embora não esteja reflectido o decréscimo na retenção da fonte, decidido no final de Fevereiro, nos imposto indirectos, o IVA, impulsionado pela febre consumista dos portugueses, é a 'caixa-forte' do Estado - a receita do imposto subiu 7,8%, bem acima do crescimento nominal da economia. O único senão é que uma boa parte desta arrecadação (no primeiro trimestre) será contabilizada nas contas orçamentais de 2004, de acordo com as regras impostas pela União Europeia.
- Mensagens: 3433
- Registado: 5/10/2004 16:59
Impostos na SuperLiga
Fisco de olho nos clubes
Bagão Félix (à esq.) e Orlando Caliço (à dir.) ordenaram o despacho dias antes de serem substituídos no Ministério das Finanças
O ex-secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Orlando Caliço, ordenou que a Direcção-geral de Impostos (DGCI) acompanhe a tempo inteiro os clubes da SuperLiga e todas as entidades associadas da Liga Portuguesa de Futebol Profissional. A ordem foi dada poucos dias antes de o governante cessar funções
Fisco de olho nos clubes
Bagão Félix (à esq.) e Orlando Caliço (à dir.) ordenaram o despacho dias antes de serem substituídos no Ministério das Finanças
O ex-secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Orlando Caliço, ordenou que a Direcção-geral de Impostos (DGCI) acompanhe a tempo inteiro os clubes da SuperLiga e todas as entidades associadas da Liga Portuguesa de Futebol Profissional. A ordem foi dada poucos dias antes de o governante cessar funções
- Mensagens: 3433
- Registado: 5/10/2004 16:59
EDP adquire participações na Turbogás e na Portugen
DE
A energética nacional revelou hoje que, em execução de opção de compra, a EDP Participações SGPS (EDPP) comprou à National Power International Holdings por 51,9 milhões de euros um total de 20% do capital social da Turbogás e de 26,667% do capital social da Portugen.
Na sequência da informação divulgada em 13 de Dezembro de
2004, comunica-se que, em execução de opção de compra, a
EDP PARTICIPAÇÕES – S.G.P.S., S.A. (“EDPP”), sociedade
dominada pela EDP, adquiriu hoje à NATIONAL POWER
INTERNATIONAL HOLDINGS BV (“IPBV”), por um valor global de
€51.984.977,55, participações representativas de 20% do capital
social da TURBOGÁS – Produtora Energética, S.A. (“TURBOGÁS”) e
de 26,667% do capital social da PORTUGEN – Energia, S.A.
(“PORTUGEN”).
Com a concretização da presente transacção, a EDPP passou a
ser titular de uma participação de 40% no capital social da
TURBOGÁS, sendo o outro accionista desta sociedade a IPBV,
com uma participação de 60%. Por outro lado, a EDPP tornou-se
accionista da PORTUGEN, passando a deter uma participação
de 26,667% no respectivo capital social e sendo o outro
accionista desta sociedade, a INTERNATIONAL POWER PORTUGAL
HOLDINGS S.G.P.S., S.A., com uma participação de 73,333%.
A TURBOGÁS foi constituída em 1994 com o propósito único de
desenvolver, construir e operar o centro electroprodutor de ciclo
combinado a gás situado na Tapada do Outeiro, com uma
capacidade instalada de 990 MW. Actualmente, a TURBOGÁS
vende a totalidade da energia que produz à REN – Rede
Eléctrica Nacional, S.A., no âmbito do sistema eléctrico público português, ao abrigo de
um contrato de aquisição de energia de longo prazo. A PORTUGEN é a entidade
responsável pela operação e manutenção do centro electroprodutor da Tapada do
Outeiro.
DE
A energética nacional revelou hoje que, em execução de opção de compra, a EDP Participações SGPS (EDPP) comprou à National Power International Holdings por 51,9 milhões de euros um total de 20% do capital social da Turbogás e de 26,667% do capital social da Portugen.
Na sequência da informação divulgada em 13 de Dezembro de
2004, comunica-se que, em execução de opção de compra, a
EDP PARTICIPAÇÕES – S.G.P.S., S.A. (“EDPP”), sociedade
dominada pela EDP, adquiriu hoje à NATIONAL POWER
INTERNATIONAL HOLDINGS BV (“IPBV”), por um valor global de
€51.984.977,55, participações representativas de 20% do capital
social da TURBOGÁS – Produtora Energética, S.A. (“TURBOGÁS”) e
de 26,667% do capital social da PORTUGEN – Energia, S.A.
(“PORTUGEN”).
Com a concretização da presente transacção, a EDPP passou a
ser titular de uma participação de 40% no capital social da
TURBOGÁS, sendo o outro accionista desta sociedade a IPBV,
com uma participação de 60%. Por outro lado, a EDPP tornou-se
accionista da PORTUGEN, passando a deter uma participação
de 26,667% no respectivo capital social e sendo o outro
accionista desta sociedade, a INTERNATIONAL POWER PORTUGAL
HOLDINGS S.G.P.S., S.A., com uma participação de 73,333%.
A TURBOGÁS foi constituída em 1994 com o propósito único de
desenvolver, construir e operar o centro electroprodutor de ciclo
combinado a gás situado na Tapada do Outeiro, com uma
capacidade instalada de 990 MW. Actualmente, a TURBOGÁS
vende a totalidade da energia que produz à REN – Rede
Eléctrica Nacional, S.A., no âmbito do sistema eléctrico público português, ao abrigo de
um contrato de aquisição de energia de longo prazo. A PORTUGEN é a entidade
responsável pela operação e manutenção do centro electroprodutor da Tapada do
Outeiro.
- Mensagens: 3433
- Registado: 5/10/2004 16:59
Lucro das empresas de media quase triplica em 2004 para 122,45 M€
Lusa
Os lucros das principais empresas de media portuguesas quase triplicaram no ano passado, para 122,45 milhões de euros, devido ao crescimento da actividade num ano em que se realizaram o Rock in Rio Lisboa e o EURO 2004.
Das quatro empresas cotadas, Media Capital, Impresa, Cofina e PT Multimédia, apenas a dona da TVI apresentou resultados líquidos negativos, embora tenha conseguido diminuir o prejuízo em 87 por cento, de 43,5 para 5,8 milhões de euros.
De destacar também que a Impresa regressou aos lucros, com resultados positivos de 6,2 milhões de euros, que comparam com perdas de 10,2 milhões em 2003.
Esta é a primeira vez que a empresa liderada por Francisco Pinto Balsemão regista lucro desde a sua entrada em bolsa, em 2000.
A PT Multimédia, que vendeu no mês passado a Lusomundo Serviços (holding que controlava a Lusomundo Media e activos como o DN e a TSF) à Controlinveste, apresentou o maior crescimento de resultados, com os lucros a triplicarem, para 110 milhões de euros.
No entanto, apesar de ser um protagonista no mercado da comunicação social, a actividade da PT Multimédia reflecte, essencialmente, os negócios da TV por subscrição e Internet de banda larga.
Na Cofina, os lucros da área de media crescerem 92 por cento, para 6,25 milhões de euros.
Estes resultados estão directamente relacionados com o aumento das receitas, especialmente de publicidade, num ano em que se realizaram eventos internacionais como o Rock in Rio e o Campeonato da Europa de Futebol, que influenciaram especificamente os resultados das empresas de media no primeiro semestre de 2004.
A Cofina, liderada por Paulo Fernandes, foi a que registou um maior crescimento relativo das receitas, que aumentaram 34 por cento, para cerca de 134 milhões de euros.
A subida mais modesta pertenceu à Media Capital, com as vendas a aumentarem 9,44 por cento, para 218,6 milhões de euros.
As receitas da Impresa cresceram 12,33 por cento, para 258,7 milhões de euros, enquanto as da PT Multimédia subiram 6,65 por cento, para cerca de 730 milhões de euros.
Em termos específicos de receitas de publicidade, o destaque positivo voltou a pertencer à Cofina, com um aumento de 15 por cento, para 51,7 milhões de euros, enquanto a PT Multimédia registou o menor acréscimo, de 7,9 por cento, para 76,7 milhões de euros.
As vendas de publicidade da Impresa subiram 13 por cento, para 179 milhões de euros, e as da PT Multimédia aumentaram 7,88 por cento, para 76,7 milhões de euros.
A Impresa apresentou o melhor desempenho em termos de resultado bruto de exploração ou EBIDTA (lucro antes de impostos, juros, amortizações e depreciações), que cresceu quase 62 por cento, para 57,7 milhões de euros.
O EBIDTA da PT Multimédia melhorou 42 por cento, para 191,6 milhões de euros, e o da Cofina, 36 por cento, para 20 milhões de euros.
O EBIDTA da Media Capital cifrou-se em 46 milhões de euros, em alta de 28 por cento.
Lusa
Os lucros das principais empresas de media portuguesas quase triplicaram no ano passado, para 122,45 milhões de euros, devido ao crescimento da actividade num ano em que se realizaram o Rock in Rio Lisboa e o EURO 2004.
Das quatro empresas cotadas, Media Capital, Impresa, Cofina e PT Multimédia, apenas a dona da TVI apresentou resultados líquidos negativos, embora tenha conseguido diminuir o prejuízo em 87 por cento, de 43,5 para 5,8 milhões de euros.
De destacar também que a Impresa regressou aos lucros, com resultados positivos de 6,2 milhões de euros, que comparam com perdas de 10,2 milhões em 2003.
Esta é a primeira vez que a empresa liderada por Francisco Pinto Balsemão regista lucro desde a sua entrada em bolsa, em 2000.
A PT Multimédia, que vendeu no mês passado a Lusomundo Serviços (holding que controlava a Lusomundo Media e activos como o DN e a TSF) à Controlinveste, apresentou o maior crescimento de resultados, com os lucros a triplicarem, para 110 milhões de euros.
No entanto, apesar de ser um protagonista no mercado da comunicação social, a actividade da PT Multimédia reflecte, essencialmente, os negócios da TV por subscrição e Internet de banda larga.
Na Cofina, os lucros da área de media crescerem 92 por cento, para 6,25 milhões de euros.
Estes resultados estão directamente relacionados com o aumento das receitas, especialmente de publicidade, num ano em que se realizaram eventos internacionais como o Rock in Rio e o Campeonato da Europa de Futebol, que influenciaram especificamente os resultados das empresas de media no primeiro semestre de 2004.
A Cofina, liderada por Paulo Fernandes, foi a que registou um maior crescimento relativo das receitas, que aumentaram 34 por cento, para cerca de 134 milhões de euros.
A subida mais modesta pertenceu à Media Capital, com as vendas a aumentarem 9,44 por cento, para 218,6 milhões de euros.
As receitas da Impresa cresceram 12,33 por cento, para 258,7 milhões de euros, enquanto as da PT Multimédia subiram 6,65 por cento, para cerca de 730 milhões de euros.
Em termos específicos de receitas de publicidade, o destaque positivo voltou a pertencer à Cofina, com um aumento de 15 por cento, para 51,7 milhões de euros, enquanto a PT Multimédia registou o menor acréscimo, de 7,9 por cento, para 76,7 milhões de euros.
As vendas de publicidade da Impresa subiram 13 por cento, para 179 milhões de euros, e as da PT Multimédia aumentaram 7,88 por cento, para 76,7 milhões de euros.
A Impresa apresentou o melhor desempenho em termos de resultado bruto de exploração ou EBIDTA (lucro antes de impostos, juros, amortizações e depreciações), que cresceu quase 62 por cento, para 57,7 milhões de euros.
O EBIDTA da PT Multimédia melhorou 42 por cento, para 191,6 milhões de euros, e o da Cofina, 36 por cento, para 20 milhões de euros.
O EBIDTA da Media Capital cifrou-se em 46 milhões de euros, em alta de 28 por cento.
- Mensagens: 3433
- Registado: 5/10/2004 16:59
Petróleo e General Motors penalizam mercados
DE
Os índices norte-americanos encerraram hoje no vermelho, penalizados pela revisão em baixa da estimativa de lucro da General Motors e pelo novo máximo histórico dos preços do petróleo.
Assim, o Nasdaq Composite fechou a perder 0,94% para 2.015,75 pontos, depois de ter fechado na terça-feira a cair 0,78% para 2.034,98 pontos.
O Dow Jones Industrial Average terminou a cair 1,04% para 10.633,52 pontos, após ter encerrado a perder 0,55% para 10.745,1 pontos, na sessão anterior.
Os preços do petróleo bateram hoje novo máximo histórico no mercado nova-iorquino, ao atingir 56,3 dólares por barril.
A subida dos preços ficou a dever-se à divulgação das reservas norte-americanas de petróleo e produtos derivados, que caíram muito mais que o esperado.
A General Motors, maior fabricante mundial de automóveis, baixou a previsão de resultados para 2005, ao mesmo tempo que prevê vir a sofrer o maior prejuízo trimestral desde 1992, devido à quebra das vendas nos EUA.
Estas duas notícias vieram agitar o receio de que as empresas estejam a ser cada vez mais pressionadas pelos custos de produção e pela falta de rendimento disponível dos consumidores, que vêm a sua factura energética crescer todos os meses.
DE
Os índices norte-americanos encerraram hoje no vermelho, penalizados pela revisão em baixa da estimativa de lucro da General Motors e pelo novo máximo histórico dos preços do petróleo.
Assim, o Nasdaq Composite fechou a perder 0,94% para 2.015,75 pontos, depois de ter fechado na terça-feira a cair 0,78% para 2.034,98 pontos.
O Dow Jones Industrial Average terminou a cair 1,04% para 10.633,52 pontos, após ter encerrado a perder 0,55% para 10.745,1 pontos, na sessão anterior.
Os preços do petróleo bateram hoje novo máximo histórico no mercado nova-iorquino, ao atingir 56,3 dólares por barril.
A subida dos preços ficou a dever-se à divulgação das reservas norte-americanas de petróleo e produtos derivados, que caíram muito mais que o esperado.
A General Motors, maior fabricante mundial de automóveis, baixou a previsão de resultados para 2005, ao mesmo tempo que prevê vir a sofrer o maior prejuízo trimestral desde 1992, devido à quebra das vendas nos EUA.
Estas duas notícias vieram agitar o receio de que as empresas estejam a ser cada vez mais pressionadas pelos custos de produção e pela falta de rendimento disponível dos consumidores, que vêm a sua factura energética crescer todos os meses.
- Mensagens: 3433
- Registado: 5/10/2004 16:59
BCP reuniu 4900 milhões de euros em capitais desde o início de 2001
Maria João Gago
Com reforços de capital, emissão de valores mobiliários convertíveis e alienações o grupo captou o equivalente a 70% do seu valor de mercado.
O Banco Comercial Português arrecadou mais de 4,9 mil milhões de euros com as operações de aumento de capital e alienação de activos realizadas desde o início de 2001. Este montante permitiu à instituição recuperar das dificuldades financeiras que marcaram a entrada do BCP no século XXI e que foram particularmente visíveis no exercício de 2002. O saneamento abriu a porta à saída de Jardim Gonçalves, que hoje entrega a liderança do grupo a Paulo Teixeira Pinto.
As necessidades de capitalização do BCP, decorrentes do objectivo de colocar o seu rácio de solvabilidade em níveis próximos dos 12%, foram equivalentes a 70% da capitalização actual do banco, que totaliza 7,1 mil milhões de euros.
Quase metade dos 4,9 mil milhões de euros arrecadados nos últimos quatro anos, foi captado com recurso ao mercado. O banco procedeu a dois aumentos de capital e à emissão de valores mobiliários obrigatoriamente convertíveis em acções (VMOC), encaixando um total de 2,35 mil milhões.
A emissão de VMOC e o último aumento de capital, realizados entre o final de 2002 e o primeiro trimestre de 2003, resolveram o problema de curto prazo do banco. Foi também por esta altura que as acções do BCP atingiram o seu valor mais baixo da década.
A partir daqui o BCP aprofundou a estratégia, entretanto delineada, de alienação de activos não estratégicos e de focalização no seu ’core-business’. O programa de venda de participações rendeu, entre 2001 e o início deste ano, mais de 2,5 mil milhões de euros, dos quais 95% foram arrecadados apenas a partir de Março de 2003.
O mercado premiou a opção pela recentragem estratégica. Desde que atingiram o seu valor mais baixo do período em análise – 1,24 euros em meados de Abril de 2003 –, as acções do BCP recuperaram 75%, tendo encerrado nos 2,18 euros na última sexta-feira. Ainda assim, face ao final de 2000, o título acumula perdas de quase 55%.
Política de investimentos mais austera
A focalização estratégica do maior grupo bancário português foi também evidente na austeridade que marcou a sua política de investimentos. No total, nos últimos quatro anos, o BCP despendeu pouco mais de 1,6 mil milhões de euros. E cerca de 70% deste montante destinou-se à compra da Seguros e Pensões à Eureko, decidida no âmbito da redefinição da parceria estratégica firmada entre o banco e a ‘holding’ seguradora holandesa. Aliás, esta aquisição foi feita com o compromisso, assumido desde logo, de proceder, de seguida, à alienação do negócio dos seguros.
Este objectivo foi concretizado no ano passado, com a venda da totalidade dos seguros não bancários ao Grupo Caixa Geral de Depósitos e da maioria do negócio de ‘bancassurance’ ao belga-holandês Fortis.
Aos programas de captação de recursos e alienação de activos, assim como ao maior rigor na política de investimentos, seguiu-se, já em 2004, a adopção de um plano de crescimento orgânico. O projecto de refundação do BCP, iniciado com o lançamento da marca única Millennium, visa aumentar as receitas e a rendibilidade do banco (ver texto ao lado). Mas sem pôr em risco os rácios de capital do grupo.
O primeiro ano da “nova vida” do BCP permitiu-lhe regressar a um nível de resultados líquidos superior a 500 milhões de euros, contra o mínimo de 272 milhões alcançado em 2002. O rácio de solvabilidade passou de 9,8%, há dois anos, para 11,9% no final de Dezembro último.
Maria João Gago
Com reforços de capital, emissão de valores mobiliários convertíveis e alienações o grupo captou o equivalente a 70% do seu valor de mercado.
O Banco Comercial Português arrecadou mais de 4,9 mil milhões de euros com as operações de aumento de capital e alienação de activos realizadas desde o início de 2001. Este montante permitiu à instituição recuperar das dificuldades financeiras que marcaram a entrada do BCP no século XXI e que foram particularmente visíveis no exercício de 2002. O saneamento abriu a porta à saída de Jardim Gonçalves, que hoje entrega a liderança do grupo a Paulo Teixeira Pinto.
As necessidades de capitalização do BCP, decorrentes do objectivo de colocar o seu rácio de solvabilidade em níveis próximos dos 12%, foram equivalentes a 70% da capitalização actual do banco, que totaliza 7,1 mil milhões de euros.
Quase metade dos 4,9 mil milhões de euros arrecadados nos últimos quatro anos, foi captado com recurso ao mercado. O banco procedeu a dois aumentos de capital e à emissão de valores mobiliários obrigatoriamente convertíveis em acções (VMOC), encaixando um total de 2,35 mil milhões.
A emissão de VMOC e o último aumento de capital, realizados entre o final de 2002 e o primeiro trimestre de 2003, resolveram o problema de curto prazo do banco. Foi também por esta altura que as acções do BCP atingiram o seu valor mais baixo da década.
A partir daqui o BCP aprofundou a estratégia, entretanto delineada, de alienação de activos não estratégicos e de focalização no seu ’core-business’. O programa de venda de participações rendeu, entre 2001 e o início deste ano, mais de 2,5 mil milhões de euros, dos quais 95% foram arrecadados apenas a partir de Março de 2003.
O mercado premiou a opção pela recentragem estratégica. Desde que atingiram o seu valor mais baixo do período em análise – 1,24 euros em meados de Abril de 2003 –, as acções do BCP recuperaram 75%, tendo encerrado nos 2,18 euros na última sexta-feira. Ainda assim, face ao final de 2000, o título acumula perdas de quase 55%.
Política de investimentos mais austera
A focalização estratégica do maior grupo bancário português foi também evidente na austeridade que marcou a sua política de investimentos. No total, nos últimos quatro anos, o BCP despendeu pouco mais de 1,6 mil milhões de euros. E cerca de 70% deste montante destinou-se à compra da Seguros e Pensões à Eureko, decidida no âmbito da redefinição da parceria estratégica firmada entre o banco e a ‘holding’ seguradora holandesa. Aliás, esta aquisição foi feita com o compromisso, assumido desde logo, de proceder, de seguida, à alienação do negócio dos seguros.
Este objectivo foi concretizado no ano passado, com a venda da totalidade dos seguros não bancários ao Grupo Caixa Geral de Depósitos e da maioria do negócio de ‘bancassurance’ ao belga-holandês Fortis.
Aos programas de captação de recursos e alienação de activos, assim como ao maior rigor na política de investimentos, seguiu-se, já em 2004, a adopção de um plano de crescimento orgânico. O projecto de refundação do BCP, iniciado com o lançamento da marca única Millennium, visa aumentar as receitas e a rendibilidade do banco (ver texto ao lado). Mas sem pôr em risco os rácios de capital do grupo.
O primeiro ano da “nova vida” do BCP permitiu-lhe regressar a um nível de resultados líquidos superior a 500 milhões de euros, contra o mínimo de 272 milhões alcançado em 2002. O rácio de solvabilidade passou de 9,8%, há dois anos, para 11,9% no final de Dezembro último.
- Mensagens: 3433
- Registado: 5/10/2004 16:59
Como uma Scut na Beira beneficia todo o país
Helena Garrido, Vasco Noronha e Bruno Proença
O governador do Banco de Portugal propôs ontem, na sentrelinhas, um aumento do Imposto Automóvel (IA) e do Imposto Sobre produtos Petrolífelos (ISP), como alternativa à introdução de portagens nas estradas Sem Custos para o Utilizador (Scuts).
A primeira reacção a esta medida é perguntar porque é que Lisboa tem de pagar as estradas da Beira, num argumento que foi usado quando, em meados da década de 90, se tentou aumentar a portagem da Ponte 25 de Abril. A este argumento está subjacente a defesa do modelo do utilizador-pagador dos bens provisionados pelo Estado, a que se contrapõe o que propõe Vítor Constâncio, de financiar as Scuts através dos impostos que recaem sobre o uso de automóveis. Pode afirmar-se que a proposta do governador corresponde a uma forma moderada e mais positiva, por racional, do princípio do utilizador pagador. Quando se aplicam portagens parte-se do princípio que só beneficia daquela estrada quem a usa. O que não é verdade. O facto de algumas regiões interiores do país terem boas estradas traduz-se em aumento de bem estar para todos os portugueses. Essas externalidades positivas correspondem em termos genéricos ao aumento de eficiência da economia criada pela existência de estradas boas, que a todos beneficia. Como todos ganham com um país menos assimétrico, que as estradas podem dinamizar. Nesse sentido, e sem que se consiga perceber uma significativa distorção nos preços, o imposto parece garantir um desenvolvimento mais equitatitivo que o princípio do utilizador pagador.
Helena Garrido, Vasco Noronha e Bruno Proença
O governador do Banco de Portugal propôs ontem, na sentrelinhas, um aumento do Imposto Automóvel (IA) e do Imposto Sobre produtos Petrolífelos (ISP), como alternativa à introdução de portagens nas estradas Sem Custos para o Utilizador (Scuts).
A primeira reacção a esta medida é perguntar porque é que Lisboa tem de pagar as estradas da Beira, num argumento que foi usado quando, em meados da década de 90, se tentou aumentar a portagem da Ponte 25 de Abril. A este argumento está subjacente a defesa do modelo do utilizador-pagador dos bens provisionados pelo Estado, a que se contrapõe o que propõe Vítor Constâncio, de financiar as Scuts através dos impostos que recaem sobre o uso de automóveis. Pode afirmar-se que a proposta do governador corresponde a uma forma moderada e mais positiva, por racional, do princípio do utilizador pagador. Quando se aplicam portagens parte-se do princípio que só beneficia daquela estrada quem a usa. O que não é verdade. O facto de algumas regiões interiores do país terem boas estradas traduz-se em aumento de bem estar para todos os portugueses. Essas externalidades positivas correspondem em termos genéricos ao aumento de eficiência da economia criada pela existência de estradas boas, que a todos beneficia. Como todos ganham com um país menos assimétrico, que as estradas podem dinamizar. Nesse sentido, e sem que se consiga perceber uma significativa distorção nos preços, o imposto parece garantir um desenvolvimento mais equitatitivo que o princípio do utilizador pagador.
- Mensagens: 3433
- Registado: 5/10/2004 16:59
O futuro gere-se com o ‘hedging’
Financial Times
Pergunte a uma grande petrolífera integrada qual o preço do crude a longo prazo e a resposta será um valor entre os 15 e os 20 dólares/barril, isto é, um valor inferior ao previsto actualmente.
As grandes petrolíferas hesitam em investir em projectos viáveis apenas à luz dos preços actuais. Assim sendo, pergunta-se porque razão - com os preços dos futuros próximos de máximos históricos e acima dos 43 dólares até 2011 - não se adoptam mais políticas de ‘hedging’ para fixar estes níveis de preços?
O ‘hedging’ permite diversificar o risco e pode baixar o custo do capital. Todavia, os gigantes do petróleo optaram por diversificar as suas carteiras e reduzir o custo do capital. As empresas integradas, que refinam a mesma quantidade de petróleo que produzem, utilizam grandes quantidades de crude, pelo que acabam por compensar a sua exposição aos preços. Os produtores independentes de petróleo, com maior exposição ao crude, implementam habitualmente políticas de ‘hedging’ mais extensivas. Financeiramente, são também menos robustos do que os seus rivais. Uma razão para que os seus financiadores exijam um reforço das vendas por ocasião de novos financiamentos.
Com efeito, constata-se que a diferença de preço entre o ‘light sweet crude’ e o ‘heavy sour crude’ - mais difícil de refinar - aumentou, chegando mesmo a duplicar no ano transacto. A venda de contratos de futuros cotados em Nova Iorque, com base em petróleo ‘light sweet’, não permite o ‘hedge’ deste diferencial, mas as operações de derivados fora da bolsa acabam por mitigar as desculpas invocadas para não aplicar o ‘hedging’.
A falta de liquidez dos mercados de operações a prazo deverá, pois, impedir que os grandes produtores adoptem o ‘hedging’ para o grosso da sua produção. Parte dessa iliquidez resulta, porém, das escassas vendas do produtor. A resposta dos gigantes petrolíferos ao ‘hedging’, em termos de stock, escuda-se no facto dos seus accionistas quererem mais exposição aos preços do crude. Estatisticamente, porém, os stocks de petróleo integrados são pouco sensíveis às oscilações dos preços do petróleo, o que faz deles uma má referência para esses mesmos preços. Se os accionistas quisessem ser mais honestos, diriam que as perdas do ‘hedging’ não os entusiasmam e que o êxito do mesmo também não os exalta particularmente.
O receio de que os preços possam voltar a subir e a falta de rigor das previsões até agora apresentadas pela maioria das grandes petrolíferas é, muito possivelmente, a principal razão para não se implementar uma estratégia de ‘hedging’.
Financial Times
Pergunte a uma grande petrolífera integrada qual o preço do crude a longo prazo e a resposta será um valor entre os 15 e os 20 dólares/barril, isto é, um valor inferior ao previsto actualmente.
As grandes petrolíferas hesitam em investir em projectos viáveis apenas à luz dos preços actuais. Assim sendo, pergunta-se porque razão - com os preços dos futuros próximos de máximos históricos e acima dos 43 dólares até 2011 - não se adoptam mais políticas de ‘hedging’ para fixar estes níveis de preços?
O ‘hedging’ permite diversificar o risco e pode baixar o custo do capital. Todavia, os gigantes do petróleo optaram por diversificar as suas carteiras e reduzir o custo do capital. As empresas integradas, que refinam a mesma quantidade de petróleo que produzem, utilizam grandes quantidades de crude, pelo que acabam por compensar a sua exposição aos preços. Os produtores independentes de petróleo, com maior exposição ao crude, implementam habitualmente políticas de ‘hedging’ mais extensivas. Financeiramente, são também menos robustos do que os seus rivais. Uma razão para que os seus financiadores exijam um reforço das vendas por ocasião de novos financiamentos.
Com efeito, constata-se que a diferença de preço entre o ‘light sweet crude’ e o ‘heavy sour crude’ - mais difícil de refinar - aumentou, chegando mesmo a duplicar no ano transacto. A venda de contratos de futuros cotados em Nova Iorque, com base em petróleo ‘light sweet’, não permite o ‘hedge’ deste diferencial, mas as operações de derivados fora da bolsa acabam por mitigar as desculpas invocadas para não aplicar o ‘hedging’.
A falta de liquidez dos mercados de operações a prazo deverá, pois, impedir que os grandes produtores adoptem o ‘hedging’ para o grosso da sua produção. Parte dessa iliquidez resulta, porém, das escassas vendas do produtor. A resposta dos gigantes petrolíferos ao ‘hedging’, em termos de stock, escuda-se no facto dos seus accionistas quererem mais exposição aos preços do crude. Estatisticamente, porém, os stocks de petróleo integrados são pouco sensíveis às oscilações dos preços do petróleo, o que faz deles uma má referência para esses mesmos preços. Se os accionistas quisessem ser mais honestos, diriam que as perdas do ‘hedging’ não os entusiasmam e que o êxito do mesmo também não os exalta particularmente.
O receio de que os preços possam voltar a subir e a falta de rigor das previsões até agora apresentadas pela maioria das grandes petrolíferas é, muito possivelmente, a principal razão para não se implementar uma estratégia de ‘hedging’.
- Mensagens: 3433
- Registado: 5/10/2004 16:59
Amorim com participação qualificada no Banco BPI
António Freitas de Sousa
O empresário Américo Amorim passou a ter uma participação qualificada da ordem dos 2,002% no Banco BPI, ao mesmo tempo que reduziu a sua posição no capital do Banco Popular Espanhol, de 5,17% para cerca de 4,8%.
Amorim reforçou a participação no Banco BPI através da aquisição de mais de 14,9 milhões de acções, que, a somar a uma pequena posição anterior de pouco mais de 55 mil acções, passou a constituir participação qualificada (2,002% dos direitos de voto e 1,971% do capital). A aquisição foi processada por via da Financim, Financiamentos Mobiliários, uma SGPS detida em 65% por Américo Amorim, segundo informava ontem o BPI à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários. Recorde-se que o empresário esteve ligado à génese do BPI - na altura ainda Sociedade Portuguesa de Investimentos - de onde acabaria por sair quando Artur Santos Silva não quis avançar para a banca de retalho. Na sequência disso, Amorim acabaria por investir na formação do Banco Comercial Português, de onde também acabaria por sair.
Entretanto, na sequência do aumento de capital ontem finalizado pelo Banco Popular Espanhol, Américo Amorim viu a sua participação reduzida de 5,17% para cerca de 4,8%. A operação - que estava reservada a investidores institucionais espanhóis e estrangeiros - compreendeu a emissão de 15,7 milhões de novas acções. A instituição previa que o aumento de capital podia responder por um encaixe de quase 820 milhões de euros, mas o resultado final não foi além dos 792,85 milhões. Isto é, ao invés de colocar as novas acções a 52,2 euros cada, o Banco Popular conseguiu apenas 50,5 euros (menos 3,2%). O encaixe da operação será utilizado para melhorar o rácio de capital do banco.
António Freitas de Sousa
O empresário Américo Amorim passou a ter uma participação qualificada da ordem dos 2,002% no Banco BPI, ao mesmo tempo que reduziu a sua posição no capital do Banco Popular Espanhol, de 5,17% para cerca de 4,8%.
Amorim reforçou a participação no Banco BPI através da aquisição de mais de 14,9 milhões de acções, que, a somar a uma pequena posição anterior de pouco mais de 55 mil acções, passou a constituir participação qualificada (2,002% dos direitos de voto e 1,971% do capital). A aquisição foi processada por via da Financim, Financiamentos Mobiliários, uma SGPS detida em 65% por Américo Amorim, segundo informava ontem o BPI à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários. Recorde-se que o empresário esteve ligado à génese do BPI - na altura ainda Sociedade Portuguesa de Investimentos - de onde acabaria por sair quando Artur Santos Silva não quis avançar para a banca de retalho. Na sequência disso, Amorim acabaria por investir na formação do Banco Comercial Português, de onde também acabaria por sair.
Entretanto, na sequência do aumento de capital ontem finalizado pelo Banco Popular Espanhol, Américo Amorim viu a sua participação reduzida de 5,17% para cerca de 4,8%. A operação - que estava reservada a investidores institucionais espanhóis e estrangeiros - compreendeu a emissão de 15,7 milhões de novas acções. A instituição previa que o aumento de capital podia responder por um encaixe de quase 820 milhões de euros, mas o resultado final não foi além dos 792,85 milhões. Isto é, ao invés de colocar as novas acções a 52,2 euros cada, o Banco Popular conseguiu apenas 50,5 euros (menos 3,2%). O encaixe da operação será utilizado para melhorar o rácio de capital do banco.
- Mensagens: 3433
- Registado: 5/10/2004 16:59
Infra-estruturas de rede devem contemplar telecomunicações
Infra-estruturas de rede devem contemplar telecomunicações
H.S.S.
As infra-estruturas de rede, a construir sobre domínio público do Estado, devem a partir de agora estar preparadas de base para permitir a colocação de redes de telecomunicações.
A medida, ontem publicada em Diário da República, está prevista na Iniciativa Nacional para a Banda Larga e é considerada uma das iniciativas chave para a redução dos obstáculos à implementação da banda larga. “Ao permitir o acesso em condições transparentes e não discriminatórias a estas infra-estruturas, estamos a criar condições para que os vários operadores levem a banda larga a todo o território nacional”, explica Diogo Vasconcelos, presidente da Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC).
“As vantagens são óbvias, dado que este ordenamento das condutas de longa distância era necessário”, afirma Adelino Santos, director-geral da Colt Portugal, uma das empresas que poderá vir a tirar partido da nova legislação, acrescentando que a medida “diminui a grande barreira de entrada que era o investimento inicial”. Diogo Vasconcelos espera que, assim, a cobertura se torne “mais atraente, mesmo em zonas mais remotas”.
A nova legislação, que servirá de garantia de acesso às infra-estruturas viárias, ferroviárias, saneamento, de água ou electricidade, permitirá a maximização de sinergias entre investimento em infra-estruturas e telecomunicações: “Em fase de execução de obra, a construção destas infra-estruturas para alojamento de redes de comunicações representa um acréscimo de custos quase nulo”, explica Diogo Vasconcelos. Adelino Santos só lamenta que “fiquem de fora as infra-estruturas geridas pela administração local e regional. Está a tirar-se partido de um investimento de longa distância, que dentro das cidades teria o mesmo sentido e igual valor económico”.
Redes de cobertura nacional
Rede Eléctrica Nacional
Refer
Transgás
IEP
EPAL
H.S.S.
As infra-estruturas de rede, a construir sobre domínio público do Estado, devem a partir de agora estar preparadas de base para permitir a colocação de redes de telecomunicações.
A medida, ontem publicada em Diário da República, está prevista na Iniciativa Nacional para a Banda Larga e é considerada uma das iniciativas chave para a redução dos obstáculos à implementação da banda larga. “Ao permitir o acesso em condições transparentes e não discriminatórias a estas infra-estruturas, estamos a criar condições para que os vários operadores levem a banda larga a todo o território nacional”, explica Diogo Vasconcelos, presidente da Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC).
“As vantagens são óbvias, dado que este ordenamento das condutas de longa distância era necessário”, afirma Adelino Santos, director-geral da Colt Portugal, uma das empresas que poderá vir a tirar partido da nova legislação, acrescentando que a medida “diminui a grande barreira de entrada que era o investimento inicial”. Diogo Vasconcelos espera que, assim, a cobertura se torne “mais atraente, mesmo em zonas mais remotas”.
A nova legislação, que servirá de garantia de acesso às infra-estruturas viárias, ferroviárias, saneamento, de água ou electricidade, permitirá a maximização de sinergias entre investimento em infra-estruturas e telecomunicações: “Em fase de execução de obra, a construção destas infra-estruturas para alojamento de redes de comunicações representa um acréscimo de custos quase nulo”, explica Diogo Vasconcelos. Adelino Santos só lamenta que “fiquem de fora as infra-estruturas geridas pela administração local e regional. Está a tirar-se partido de um investimento de longa distância, que dentro das cidades teria o mesmo sentido e igual valor económico”.
Redes de cobertura nacional
Rede Eléctrica Nacional
Refer
Transgás
IEP
EPAL
- Mensagens: 3433
- Registado: 5/10/2004 16:59
18 mensagens
|Página 1 de 1
Quem está ligado:
Utilizadores a ver este Fórum: Esquinas3, eurowire.financeiro, Google [Bot], Goya777, iniciado1, latbal, Mr.Warrior, novato, PAULOJOAO, Pmart 1, Shimazaki_2 e 1086 visitantes