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O crescimento e as dificuldades da JM
Luís Villalobos, Helena Garrido e Bruno Proença
O Grupo Jerónimo Martins passou por tempos difíceis, mas parece ter regressado em grande. Ontem, a empresa anunciou ter atingido lucros históricos de 92,5 milhões de euros.
Na base deste crescimento, que se acentuou no quarto trimestre, está a contribuição da polaca Biedronka, mas principalmente um enorme esforço feito pela empresa ao nível da redução dos custos e aumento da produtividade, aplicando os ganhos na descida dos preços para responder aos desafios da concorrência. A empresa tem desenvolvido uma forte aposta nas marcas próprias, mais visível no Pingo Doce, onde ganha nas margens, ao mesmo tempo que reduz os preços de venda ao público. Em Julho, irá decorrer uma reunião estratégica do grupo, em Varsóvia, para decidir se avançam para outros países além da Polónia, ou se investem na indústria alimentar deste país. Em Portugal, foi na indústria, onde estão em parceria com a Unilever, que a empresa sofreu uma quebra nas vendas, descendo 8,8% para os 307 milhões. Entre os factores que explicam as dificuldades sentidas na indústria está a maior aposta da distribuição nas marcas próprias e as duras negociações que estabelecem com os produtores para descer os preços. Os remédios das empresas de distribuição, como o Pingo Doce ou o Continente, são as doenças da indústria, o que no caso da JM, que conhece os dois lados da moeda, não deixa de ser uma ironia.
Luís Villalobos, Helena Garrido e Bruno Proença
O Grupo Jerónimo Martins passou por tempos difíceis, mas parece ter regressado em grande. Ontem, a empresa anunciou ter atingido lucros históricos de 92,5 milhões de euros.
Na base deste crescimento, que se acentuou no quarto trimestre, está a contribuição da polaca Biedronka, mas principalmente um enorme esforço feito pela empresa ao nível da redução dos custos e aumento da produtividade, aplicando os ganhos na descida dos preços para responder aos desafios da concorrência. A empresa tem desenvolvido uma forte aposta nas marcas próprias, mais visível no Pingo Doce, onde ganha nas margens, ao mesmo tempo que reduz os preços de venda ao público. Em Julho, irá decorrer uma reunião estratégica do grupo, em Varsóvia, para decidir se avançam para outros países além da Polónia, ou se investem na indústria alimentar deste país. Em Portugal, foi na indústria, onde estão em parceria com a Unilever, que a empresa sofreu uma quebra nas vendas, descendo 8,8% para os 307 milhões. Entre os factores que explicam as dificuldades sentidas na indústria está a maior aposta da distribuição nas marcas próprias e as duras negociações que estabelecem com os produtores para descer os preços. Os remédios das empresas de distribuição, como o Pingo Doce ou o Continente, são as doenças da indústria, o que no caso da JM, que conhece os dois lados da moeda, não deixa de ser uma ironia.
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Défice dos EUA pressiona dólar
DE
O dólar acentuou ontem a tendência de desvalorização que tem afectado a moeda norte-americana nas últimas sessões.
O euro ultrapassou mesmo os 1,34 dólares, aproximando-se do máximo de sempre alcançado no final do ano passado nos 1,366 dólares. Os analistas atribuem esta descida do dólar à apreensão em torno dos défices nos EUA, mas sublinham igualmente o papel de factores técnicos, bem como a especulação em torno da diversificação cambial das reservas de diversos bancos centrais e a tensão na região do Médio Oriente.
DE
O dólar acentuou ontem a tendência de desvalorização que tem afectado a moeda norte-americana nas últimas sessões.
O euro ultrapassou mesmo os 1,34 dólares, aproximando-se do máximo de sempre alcançado no final do ano passado nos 1,366 dólares. Os analistas atribuem esta descida do dólar à apreensão em torno dos défices nos EUA, mas sublinham igualmente o papel de factores técnicos, bem como a especulação em torno da diversificação cambial das reservas de diversos bancos centrais e a tensão na região do Médio Oriente.
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Máximos do euro e petróleo penalizam bolsas europeias
Pedro Ferreira Esteves
Moeda europeia ultrapassou os 1,34 dólares e crude chegou aos 54 dólares por barril em Londres.
O petróleo renovou ontem máximos históricos em Londres e Nova Iorque e o euro ultrapassou a fasquia dos 1,34 dólares pela primeira vez desde o início de Janeiro. Neste contexto, as bolsas europeias não resistiram e recuaram para o valor mais baixo da última semana.
O barril de petróleo negociado em Londres reforçou a trajectória ascendente das últimas sessões e valorizou mais de um dólar para os 54,05 dólares, um novo máximo desde que este tipo de crude começou a ser transaccionado em 1988. Em Nova Iorque, os contratos de futuros subiram para os 55,7 dólares por barril, representativos igualmente de um novo recorde.
Esta evolução do petróleo aconteceu no mesmo dia em que foi conhecido um reforço dos ‘stocks’ de crude nos EUA, que superou mesmo as estimativas dos analistas. Os fundos especulativos têm sido o grande motor da subida do petróleo, num contexto marcado pelo aumento da procura mundial e pela fraca capacidade de produção adicional dos produtores, em especial dos membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP). A crescente tensão entre os EUA e o Irão, um dos maiores produtores mundiais, e o encerramento temporário de uma plataforma petrolífera na Noruega, também contribuíram para os novos recordes do petróleo. O dólar fraco aumenta, por outro lado, o apetite por qualquer matéria-prima cotada na moeda norte-americana.
O dólar foi, precisamente, o outro foco de atenção dos mercados internacionais durante a sessão de ontem. A rival europeia aproveitou o seu enfraquecimento generalizado e disparou para o um novo máximo desde 4 de Janeiro, acima dos 1,34 dólares. A preocupação em torno de mais um aumento do défice comercial nos EUA, cujos dados serão conhecidos amanhã, continua a levar os investidores a vender dólares em favor das suas rivais europeia e japonesa.
Neste cenário, as principais bolsas europeias caíram para o seu valor mais baixo desde o início da semana passada, com sectores como as exportadoras e as ‘utilities’ a liderarem as perdas. A bolsa de Lisboa também recuou, numa tendência que se estendeu a Nova Iorque, onde os índices seguiam, perto do final da sessão, em terreno igualmente negativo.
Este movimento transversal aos mercados financeiros internacionais alastrou às obrigações, com reflexo na subida das ‘yields’ (taxas de rendimento até à maturidade). As taxas das obrigações a dez anos dos EUA dispararam para o máximo de sete meses, tendo a progressão sido mais limitada na Europa.
Brent já subiu 33% em 2005
Nos últimos doze meses, a valorização do barril em Londres foi de 64%
Pedro Ferreira Esteves
Moeda europeia ultrapassou os 1,34 dólares e crude chegou aos 54 dólares por barril em Londres.
O petróleo renovou ontem máximos históricos em Londres e Nova Iorque e o euro ultrapassou a fasquia dos 1,34 dólares pela primeira vez desde o início de Janeiro. Neste contexto, as bolsas europeias não resistiram e recuaram para o valor mais baixo da última semana.
O barril de petróleo negociado em Londres reforçou a trajectória ascendente das últimas sessões e valorizou mais de um dólar para os 54,05 dólares, um novo máximo desde que este tipo de crude começou a ser transaccionado em 1988. Em Nova Iorque, os contratos de futuros subiram para os 55,7 dólares por barril, representativos igualmente de um novo recorde.
Esta evolução do petróleo aconteceu no mesmo dia em que foi conhecido um reforço dos ‘stocks’ de crude nos EUA, que superou mesmo as estimativas dos analistas. Os fundos especulativos têm sido o grande motor da subida do petróleo, num contexto marcado pelo aumento da procura mundial e pela fraca capacidade de produção adicional dos produtores, em especial dos membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP). A crescente tensão entre os EUA e o Irão, um dos maiores produtores mundiais, e o encerramento temporário de uma plataforma petrolífera na Noruega, também contribuíram para os novos recordes do petróleo. O dólar fraco aumenta, por outro lado, o apetite por qualquer matéria-prima cotada na moeda norte-americana.
O dólar foi, precisamente, o outro foco de atenção dos mercados internacionais durante a sessão de ontem. A rival europeia aproveitou o seu enfraquecimento generalizado e disparou para o um novo máximo desde 4 de Janeiro, acima dos 1,34 dólares. A preocupação em torno de mais um aumento do défice comercial nos EUA, cujos dados serão conhecidos amanhã, continua a levar os investidores a vender dólares em favor das suas rivais europeia e japonesa.
Neste cenário, as principais bolsas europeias caíram para o seu valor mais baixo desde o início da semana passada, com sectores como as exportadoras e as ‘utilities’ a liderarem as perdas. A bolsa de Lisboa também recuou, numa tendência que se estendeu a Nova Iorque, onde os índices seguiam, perto do final da sessão, em terreno igualmente negativo.
Este movimento transversal aos mercados financeiros internacionais alastrou às obrigações, com reflexo na subida das ‘yields’ (taxas de rendimento até à maturidade). As taxas das obrigações a dez anos dos EUA dispararam para o máximo de sete meses, tendo a progressão sido mais limitada na Europa.
Brent já subiu 33% em 2005
Nos últimos doze meses, a valorização do barril em Londres foi de 64%
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Análise semanal
Retorno das acções nacionais cai para 8%
P.F.E.
Depois de terem apresentado, durante largos meses, taxas de rentabilidade de dois dígitos, que lhes permitiu liderar o mercado em 2004, os fundos que apostam em acções portuguesas baixaram, na última semana, para a fasquia dos 8%.
A correcção dos valores do mercado accionista português, em conjunto com uma comparação homóloga desfavorável, explicam este comportamento.
De acordo com os dados semanais da Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Património (APFIPP), o retorno dos fundos de acções nacionais e planos poupança acções baixou da casa dos 10% para os 8%. Esta evolução foi acompanhada por uma descida nas rentabilidades dos fundos de acções dos EUA, que caíram de 2,5% para 0,7%, e dos outros fundos de acções internacionais , que escorregaram de 6,3% para 4,6%. Apenas os fundos de acções europeias recuperaram algum terreno, ainda que muito ligeiro, para os 6,5%. Refira-se que a semana foi dominada, na generalidade das bolsas mundiais, pela apresentação de resultados em empresas de referência e por nova subida do preço do petróleo.
O resto do mercado apresentou comportamentos estáveis ou negativos. Os fundos de obrigações de taxa fixa registaram pequenos recuos, tanto os da zona euro como os internacionais. Por outro lado, o desempenho dos fundos mistos, fundos de fundos, fundos poupança reforma e fundos de pensões abertos foi marcado pela estabilidade, o mesmo se observando, como é hábito, nos fundos de tesouraria e do mercado monetário euro.
Retorno das acções nacionais cai para 8%
P.F.E.
Depois de terem apresentado, durante largos meses, taxas de rentabilidade de dois dígitos, que lhes permitiu liderar o mercado em 2004, os fundos que apostam em acções portuguesas baixaram, na última semana, para a fasquia dos 8%.
A correcção dos valores do mercado accionista português, em conjunto com uma comparação homóloga desfavorável, explicam este comportamento.
De acordo com os dados semanais da Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Património (APFIPP), o retorno dos fundos de acções nacionais e planos poupança acções baixou da casa dos 10% para os 8%. Esta evolução foi acompanhada por uma descida nas rentabilidades dos fundos de acções dos EUA, que caíram de 2,5% para 0,7%, e dos outros fundos de acções internacionais , que escorregaram de 6,3% para 4,6%. Apenas os fundos de acções europeias recuperaram algum terreno, ainda que muito ligeiro, para os 6,5%. Refira-se que a semana foi dominada, na generalidade das bolsas mundiais, pela apresentação de resultados em empresas de referência e por nova subida do preço do petróleo.
O resto do mercado apresentou comportamentos estáveis ou negativos. Os fundos de obrigações de taxa fixa registaram pequenos recuos, tanto os da zona euro como os internacionais. Por outro lado, o desempenho dos fundos mistos, fundos de fundos, fundos poupança reforma e fundos de pensões abertos foi marcado pela estabilidade, o mesmo se observando, como é hábito, nos fundos de tesouraria e do mercado monetário euro.
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‘Hedge funds’ crescem no Reino Unido
Financial Times
Pobres dos executivos. Criar valor para os accionistas é uma coisa, outra é determinar quem são, concretamente, esses accionistas e o que querem.
Os ‘hedge funds’ são, nesse sentido, emblemáticos. Ainda esta semana, a Deutsche Börse lamentava o fiasco da sua oferta de compra sobre a Bolsa de Valores de Londres.
Com efeito, os ‘hedge funds’ detêm cada vez mais acções no Reino Unido, o que denota um importante desenvolvimento, na medida em que os fundos de pensões tradicionais e as seguradoras se têm vindo a afastar das aplicações em acções. A preferência dos ‘hedge funds’ por ‘swaps’ - para evitar o pagamento do imposto de selo - não permite ter uma percepção clara das suas posições. Todavia, entre 1993 e 2003, a proporção de sociedades anónimas de responsabilidade limitada no Reino Unido detida por “outras instituições financeiras”, onde se incluem os ‘hedge funds’, cresceu de menos de 1% para mais de 11%. Estimativas oficiosas apontam para que 45% do volume de transacções em Londres esteja sob a alçada dos ‘hedge funds’.
Tudo indica que a sua actividade continuará a crescer - um aspecto extremamente positivo se esta estiver devidamente regulamentada, na medida em que os ‘hedge funds’ desempenham papéis distintos e particularmente úteis. Nomeadamente, o facto de questionarem as anomalias da avaliação, contribuindo para reduzir a volatilidade a longo prazo. O facto de, regra geral, serem geridos por antigos banqueiros, faz com que estejam mais vocacionados para colocar questões específicas aos seus directores em prol das boas práticas do governo das sociedades. Apesar da abordagem ser frequentemente agressiva, o seu principal objectivo é comum ao dos investidores, isto é, visam antes de mais obter bons retornos. Os executivos que tecem críticas à má influência dos ‘hedge funds’ deveriam ter presentes as palavras de Warren Buffet: “Quando um negócio corre bem, é normal as suas acções seguirem a tendência”.
Financial Times
Pobres dos executivos. Criar valor para os accionistas é uma coisa, outra é determinar quem são, concretamente, esses accionistas e o que querem.
Os ‘hedge funds’ são, nesse sentido, emblemáticos. Ainda esta semana, a Deutsche Börse lamentava o fiasco da sua oferta de compra sobre a Bolsa de Valores de Londres.
Com efeito, os ‘hedge funds’ detêm cada vez mais acções no Reino Unido, o que denota um importante desenvolvimento, na medida em que os fundos de pensões tradicionais e as seguradoras se têm vindo a afastar das aplicações em acções. A preferência dos ‘hedge funds’ por ‘swaps’ - para evitar o pagamento do imposto de selo - não permite ter uma percepção clara das suas posições. Todavia, entre 1993 e 2003, a proporção de sociedades anónimas de responsabilidade limitada no Reino Unido detida por “outras instituições financeiras”, onde se incluem os ‘hedge funds’, cresceu de menos de 1% para mais de 11%. Estimativas oficiosas apontam para que 45% do volume de transacções em Londres esteja sob a alçada dos ‘hedge funds’.
Tudo indica que a sua actividade continuará a crescer - um aspecto extremamente positivo se esta estiver devidamente regulamentada, na medida em que os ‘hedge funds’ desempenham papéis distintos e particularmente úteis. Nomeadamente, o facto de questionarem as anomalias da avaliação, contribuindo para reduzir a volatilidade a longo prazo. O facto de, regra geral, serem geridos por antigos banqueiros, faz com que estejam mais vocacionados para colocar questões específicas aos seus directores em prol das boas práticas do governo das sociedades. Apesar da abordagem ser frequentemente agressiva, o seu principal objectivo é comum ao dos investidores, isto é, visam antes de mais obter bons retornos. Os executivos que tecem críticas à má influência dos ‘hedge funds’ deveriam ter presentes as palavras de Warren Buffet: “Quando um negócio corre bem, é normal as suas acções seguirem a tendência”.
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Portugal cresceu abaixo da média europeia em 2004
Pedro Ferreira Esteves
Indústria europeia de fundos atingiu o volume mais alto de sempre acima dos 4 mil milhões.
O mercado português de fundos de investimento mobiliários registou, durante o último ano, um crescimento dos volumes sob gestão de 4,5%, um desempenho que fica aquém da média europeia, onde as maiores progressões pertenceram à Dinamarca e Irlanda.
De acordo com os dados da associação europeia do sector (EFAMA), divulgados ontem, os fundos portugueses geriam, no final de 2004, 23,42 mil milhões de euros, contra os 22,21 mil milhões do ano anterior. A taxa de crescimento de apenas 4,5% fica abaixo dos 10% registados em 2003, mas supera a evolução ligeiramente negativa de 2002.
Refira-se que o ano passado foi marcado, em Portugal, pelo surgimento da figura de fundos especiais de investimento, que culminou no lançamento de 12 novos produtos deste tipo e num volume sob gestão total superior a 500 milhões de euros. Por outro lado, o mercado de fundos mobiliários atingiu um valor superior a 24 mil milhões de euros pela primeira vez desde 2000, reaproximando-se do seu máximo de sempre ligeiramente abaixo dos 25 mil milhões. Perto do final do ano, os montantes totais sofreram uma correcção.
A média da União Europeia cresceu 11,4%, bem acima da progressão de Portugal. O total dos volumes sob gestão ultrapassou, pela primeira vez desde que estes dados são compilados, os 4 mil milhões de euros, fixando-se nos 4,072 biliões de euros.
Em termos relativos, o mercado português, representa 0,6% do total, um peso que supera apenas o dos países integrados no processo de alargamento, como a Polónia, República Checa ou Hungria. A Grécia tem uma posição relativa de 0,8% e a Finlândia de 0,7%. Estes dados confirmam as declarações do presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), Teixeira dos Santos, numa entrevista recente ao Diário Económico. “Portugal está na cauda da Europa no que se refere a aplicações em fundos de investimento. O valor ‘per capita’ é dos mais baixos na Europa dos Quinze”, sublinhou, alertando para o facto de ser importante “que os portugueses se habituem a aplicar as suas poupanças neste tipo de crescimento”.
Neste contexto, os responsáveis das sociedades gestoras reclamam um enquadramento fiscal que torne esta indústria mais atractiva, numa comparação com outros instrumentos de poupança mais tradicionais, como os certificados de aforro ou os depósitos a prazo.
As maiores taxas de crescimento em 2004 observaram-se na Dinamarca (+21%) e Irlanda (+20,35), tendo o Luxemburgo apresentado a terceira maior progressão (+17,2%). O mercado luxemburguês e o francês abrangem volumes superiores a mil milhões de euros cada, representando em conjunto 49,9% do total europeu.
Pedro Ferreira Esteves
Indústria europeia de fundos atingiu o volume mais alto de sempre acima dos 4 mil milhões.
O mercado português de fundos de investimento mobiliários registou, durante o último ano, um crescimento dos volumes sob gestão de 4,5%, um desempenho que fica aquém da média europeia, onde as maiores progressões pertenceram à Dinamarca e Irlanda.
De acordo com os dados da associação europeia do sector (EFAMA), divulgados ontem, os fundos portugueses geriam, no final de 2004, 23,42 mil milhões de euros, contra os 22,21 mil milhões do ano anterior. A taxa de crescimento de apenas 4,5% fica abaixo dos 10% registados em 2003, mas supera a evolução ligeiramente negativa de 2002.
Refira-se que o ano passado foi marcado, em Portugal, pelo surgimento da figura de fundos especiais de investimento, que culminou no lançamento de 12 novos produtos deste tipo e num volume sob gestão total superior a 500 milhões de euros. Por outro lado, o mercado de fundos mobiliários atingiu um valor superior a 24 mil milhões de euros pela primeira vez desde 2000, reaproximando-se do seu máximo de sempre ligeiramente abaixo dos 25 mil milhões. Perto do final do ano, os montantes totais sofreram uma correcção.
A média da União Europeia cresceu 11,4%, bem acima da progressão de Portugal. O total dos volumes sob gestão ultrapassou, pela primeira vez desde que estes dados são compilados, os 4 mil milhões de euros, fixando-se nos 4,072 biliões de euros.
Em termos relativos, o mercado português, representa 0,6% do total, um peso que supera apenas o dos países integrados no processo de alargamento, como a Polónia, República Checa ou Hungria. A Grécia tem uma posição relativa de 0,8% e a Finlândia de 0,7%. Estes dados confirmam as declarações do presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), Teixeira dos Santos, numa entrevista recente ao Diário Económico. “Portugal está na cauda da Europa no que se refere a aplicações em fundos de investimento. O valor ‘per capita’ é dos mais baixos na Europa dos Quinze”, sublinhou, alertando para o facto de ser importante “que os portugueses se habituem a aplicar as suas poupanças neste tipo de crescimento”.
Neste contexto, os responsáveis das sociedades gestoras reclamam um enquadramento fiscal que torne esta indústria mais atractiva, numa comparação com outros instrumentos de poupança mais tradicionais, como os certificados de aforro ou os depósitos a prazo.
As maiores taxas de crescimento em 2004 observaram-se na Dinamarca (+21%) e Irlanda (+20,35), tendo o Luxemburgo apresentado a terceira maior progressão (+17,2%). O mercado luxemburguês e o francês abrangem volumes superiores a mil milhões de euros cada, representando em conjunto 49,9% do total europeu.
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BCP em máximo de 26 meses com movimento especulativo
Maria João Gago
Título registou terceiro maior volume de transacções desde o início do ano e subiu em contraciclo com o sector.
As acções do Banco Comercial Português atingiram ontem o seu valor mais elevado desde Dezembro de 2002, na sequência de movimentos considerados especulativos por vários analistas contactados pelo Diário Económico. Além de ter estado quase toda a sessão a subir quase 1%, em contraciclo com o desempenho da banca europeia, o BCP movimentou mais de 20 milhões de acções, o que representa o terceiro maior volume de negócios desde o início do ano.
O título chegou valer 2,18 euros, na sequência de uma valorização de 0,93%. No entanto, no final da sessão, acabou por anular parte dos ganhos, encerrando com uma progressão de 0,46%, nos 2,17 euros, o valor mais alto dos últimos 12 meses. Já o Banco BPI e o BES caíram 0,94% e 0,15%, respectivamente, enquanto o DJ Stoxx de banca, o índice europeu do sector, cedeu 0,7%.
Além do elevado volume de transacções registado ontem, nos últimos dias, o BCP foi também alvo de vários negócios realizados fora de bolsa. Na sexta-feira passada, foi negociado fora de bolsa um bloco de 22,19 milhões de acções, correspondentes a uma participação de 0,68% no capital do BCP. Já na segunda-feira, foram transaccionadas 5,4 milhões de títulos, também fora de mercado, em três blocos diferentes.
Estrutura accionista pode sofrer alterações
Para os analistas, o desempenho do banco liderado por Jardim Gonçalves surpreende, sobretudo pelo facto de a valorização ser acompanhada de um elevado volume de negócios. Na opinião destes especialistas, esta coincidência deverá resultar da entrada de investidores estrangeiros no capital do BCP. Assim, não será de estranhar que, no médio prazo, venham a verificar-se alterações na estrutura accionista, admitem.
Entre os operadores de mercado, voltaram entretanto a circular rumores sobre a possibilidade de o Fortis poder entrar no capital do BCP. Ainda recentemente, um responsável do grupo belga-holandês, que é parceiro do banco no ‘bancassurance’, admitiu essa possibilidade, em entrevista ao Expresso. O facto de o Fortis apresentar hoje os seus resultados anuais acabou por ser mais uma razão para o ressurgimento deste rumor.
Quanto à possibilidade de o interesse pelas acções do BCP estar relacionado com o facto de Paulo Teixeira Pinto ir assumir à liderança da instituição na assembleia geral da próxima segunda-feira, os analistas dividem-se.
Há quem defenda que o título já descontou a sucessão de Jardim Gonçalves e que não se esperam grandes novidades da reunião. Mas para alguns especialistas o futuro presidente do BCP vai ser o protagonista da afirmação do grupo como uma instituição europeia, o que pode ter implicações na sua estrutura accionista.
Maria João Gago
Título registou terceiro maior volume de transacções desde o início do ano e subiu em contraciclo com o sector.
As acções do Banco Comercial Português atingiram ontem o seu valor mais elevado desde Dezembro de 2002, na sequência de movimentos considerados especulativos por vários analistas contactados pelo Diário Económico. Além de ter estado quase toda a sessão a subir quase 1%, em contraciclo com o desempenho da banca europeia, o BCP movimentou mais de 20 milhões de acções, o que representa o terceiro maior volume de negócios desde o início do ano.
O título chegou valer 2,18 euros, na sequência de uma valorização de 0,93%. No entanto, no final da sessão, acabou por anular parte dos ganhos, encerrando com uma progressão de 0,46%, nos 2,17 euros, o valor mais alto dos últimos 12 meses. Já o Banco BPI e o BES caíram 0,94% e 0,15%, respectivamente, enquanto o DJ Stoxx de banca, o índice europeu do sector, cedeu 0,7%.
Além do elevado volume de transacções registado ontem, nos últimos dias, o BCP foi também alvo de vários negócios realizados fora de bolsa. Na sexta-feira passada, foi negociado fora de bolsa um bloco de 22,19 milhões de acções, correspondentes a uma participação de 0,68% no capital do BCP. Já na segunda-feira, foram transaccionadas 5,4 milhões de títulos, também fora de mercado, em três blocos diferentes.
Estrutura accionista pode sofrer alterações
Para os analistas, o desempenho do banco liderado por Jardim Gonçalves surpreende, sobretudo pelo facto de a valorização ser acompanhada de um elevado volume de negócios. Na opinião destes especialistas, esta coincidência deverá resultar da entrada de investidores estrangeiros no capital do BCP. Assim, não será de estranhar que, no médio prazo, venham a verificar-se alterações na estrutura accionista, admitem.
Entre os operadores de mercado, voltaram entretanto a circular rumores sobre a possibilidade de o Fortis poder entrar no capital do BCP. Ainda recentemente, um responsável do grupo belga-holandês, que é parceiro do banco no ‘bancassurance’, admitiu essa possibilidade, em entrevista ao Expresso. O facto de o Fortis apresentar hoje os seus resultados anuais acabou por ser mais uma razão para o ressurgimento deste rumor.
Quanto à possibilidade de o interesse pelas acções do BCP estar relacionado com o facto de Paulo Teixeira Pinto ir assumir à liderança da instituição na assembleia geral da próxima segunda-feira, os analistas dividem-se.
Há quem defenda que o título já descontou a sucessão de Jardim Gonçalves e que não se esperam grandes novidades da reunião. Mas para alguns especialistas o futuro presidente do BCP vai ser o protagonista da afirmação do grupo como uma instituição europeia, o que pode ter implicações na sua estrutura accionista.
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Belmiro de Azevedo diz «spin off» da Sonae Indústria concluído até final do ano
A Sonae vai avançar com o processo de realizar o «spin off» da Sonae Indústria, que prevê demorar seis meses, pelo que a separação da empresa deverá estar concluída até ao final do ano, disse hoje Belmiro de Azevedo.
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Luísa Bessa
lbessa@mediafin.pt
A Sonae vai avançar com o processo de realizar o «spin off» da Sonae Indústria, que prevê demorar seis meses, pelo que a separação da empresa deverá estar concluída até ao final do ano, disse hoje Belmiro de Azevedo.
«Vamos iniciar o processo administrativo, financeiro e de mercado para realizar o ‘demerger’» da Sonae Indústria, disse o presidente da Sonae, na apresentação de resultados da empresa.
«Deve demorar no mínimo seis meses concluir a operação», pelo que se prevê estar finalizado o «spin off» «até final do ano», acrescentou.
Questionado por jornalistas, Belmiro de Azevedo justificou a demora do «spin off» com o facto de o processo de reestruturação ter sido longo, mas assinalou que este está agora concluído. A Sonae Indústria voltou aos resultados líquidos positivos em 2004.
Os resultados líquidos da Sonae SGPS ascenderam a 192 milhões de euros em 2004, um valor que ficou em linha com as estimativas mais elevadas dos analistas a representa um crescimento de 68% face ao registado em 2003. A empresa vai propor o pagamento de um dividendo de 2 cêntimos por acção, num total de 37 milhões de euros.
Modelo Continente pode voltar a ter novo parceiro
Na conferência de imprensa, questionado pelos jornalistas se a Sonae quer reforçar o «free float» da Modelo Continente, Belmiro de Azevedo afirmou que ter uma nova parceria «pode ser importante para a Sonae Distribuição», referindo que esta parceria «até pode ser o mercado».
Contudo, o presidente da Sonae assinalou que em anos anteriores «fazer uma oferta pública de venda era um bom negócio, mas agora nem tanto». Belmiro de Azevedo parece assim afastar esta solução, que seria realizada através da venda ao público de mais acções da Modelo Continente.
Em relação à possibilidade de encontrar um novo parceiro no capital da Modelo Continente, Belmiro de Azevedo afirmou que «já tivemos um parceiro estratégico [Carrefour] e podemos vir a ter outro», desde que este «venha consolidar [a Modelo Continente] em termos de dimensão e ‘procurement’».
A Sonae comprou, em Novembro do ano passado, a posição de 22,37% que o Carrefour detinha na sua participada Modelo Continente, por um total de 345 milhões de euros. Posteriormente a empresa de Belmiro de Azevedo vendeu cerca de metade desta posição ao Crédito Predial Português, do Santander, grupo que detém agora 30% da distribuidora.
Belmiro de Azevedo assinalou que a entrada de um novo parceiro no capital da Modelo Continente permitiria à Sonae reduzir o excesso de capital que tem na sua participada para o sector da distribuição.
Devido ao facto de ter opção de comprar as acções do Santander na Modelo, ao Grupo Sonae são imputados 98% dos direitos de voto da Modelo Continente, empresa que tem assim um reduzido «free float» em bolsa a regista uma liquidez reduzida.
As acções da Sonae SGPS seguiam a subir 0,85% para os 1,18 euros
A Sonae vai avançar com o processo de realizar o «spin off» da Sonae Indústria, que prevê demorar seis meses, pelo que a separação da empresa deverá estar concluída até ao final do ano, disse hoje Belmiro de Azevedo.
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Luísa Bessa
lbessa@mediafin.pt
A Sonae vai avançar com o processo de realizar o «spin off» da Sonae Indústria, que prevê demorar seis meses, pelo que a separação da empresa deverá estar concluída até ao final do ano, disse hoje Belmiro de Azevedo.
«Vamos iniciar o processo administrativo, financeiro e de mercado para realizar o ‘demerger’» da Sonae Indústria, disse o presidente da Sonae, na apresentação de resultados da empresa.
«Deve demorar no mínimo seis meses concluir a operação», pelo que se prevê estar finalizado o «spin off» «até final do ano», acrescentou.
Questionado por jornalistas, Belmiro de Azevedo justificou a demora do «spin off» com o facto de o processo de reestruturação ter sido longo, mas assinalou que este está agora concluído. A Sonae Indústria voltou aos resultados líquidos positivos em 2004.
Os resultados líquidos da Sonae SGPS ascenderam a 192 milhões de euros em 2004, um valor que ficou em linha com as estimativas mais elevadas dos analistas a representa um crescimento de 68% face ao registado em 2003. A empresa vai propor o pagamento de um dividendo de 2 cêntimos por acção, num total de 37 milhões de euros.
Modelo Continente pode voltar a ter novo parceiro
Na conferência de imprensa, questionado pelos jornalistas se a Sonae quer reforçar o «free float» da Modelo Continente, Belmiro de Azevedo afirmou que ter uma nova parceria «pode ser importante para a Sonae Distribuição», referindo que esta parceria «até pode ser o mercado».
Contudo, o presidente da Sonae assinalou que em anos anteriores «fazer uma oferta pública de venda era um bom negócio, mas agora nem tanto». Belmiro de Azevedo parece assim afastar esta solução, que seria realizada através da venda ao público de mais acções da Modelo Continente.
Em relação à possibilidade de encontrar um novo parceiro no capital da Modelo Continente, Belmiro de Azevedo afirmou que «já tivemos um parceiro estratégico [Carrefour] e podemos vir a ter outro», desde que este «venha consolidar [a Modelo Continente] em termos de dimensão e ‘procurement’».
A Sonae comprou, em Novembro do ano passado, a posição de 22,37% que o Carrefour detinha na sua participada Modelo Continente, por um total de 345 milhões de euros. Posteriormente a empresa de Belmiro de Azevedo vendeu cerca de metade desta posição ao Crédito Predial Português, do Santander, grupo que detém agora 30% da distribuidora.
Belmiro de Azevedo assinalou que a entrada de um novo parceiro no capital da Modelo Continente permitiria à Sonae reduzir o excesso de capital que tem na sua participada para o sector da distribuição.
Devido ao facto de ter opção de comprar as acções do Santander na Modelo, ao Grupo Sonae são imputados 98% dos direitos de voto da Modelo Continente, empresa que tem assim um reduzido «free float» em bolsa a regista uma liquidez reduzida.
As acções da Sonae SGPS seguiam a subir 0,85% para os 1,18 euros
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CGD vai reduzir posição na EDP para 5%
DE
Uma fonte da EDP afirmou hoje à Reuters que a Caixa Geral de Depósitos (CGD) vai vender 4,8% da sua participação na EDP a investidores institucionais, passando a deter apenas 5% do capital da energética nacional.
O director-executivo da EDP, João Talone, durante uma intervenção perante analistas, na cidade do norte de Espanha, admitiu que a CGD poderia reduzir a posição na EDP, sem dar mais pormenores.
DE
Uma fonte da EDP afirmou hoje à Reuters que a Caixa Geral de Depósitos (CGD) vai vender 4,8% da sua participação na EDP a investidores institucionais, passando a deter apenas 5% do capital da energética nacional.
O director-executivo da EDP, João Talone, durante uma intervenção perante analistas, na cidade do norte de Espanha, admitiu que a CGD poderia reduzir a posição na EDP, sem dar mais pormenores.
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Belmiro de Azevedo alerta contra consentimento da posição dominante da PT
DE
O presidente do Grupo Sonae afirmou hoje que as autoridades nacionais têm consentido com os abusos da posição dominante efectuados pela Portugal Telecom (PT), considerando que esta deveria ser obrigada a vender a sua rede de cabo.
Ao falar durante a conferência de imprensa da apresentação de contas da Sonae, Belmiro de Azevedo reafirmou que o seu Grupo "gostaria que, de facto, houvesse separação" accionista entre as redes de cobre e cabo da PT, devendo ser decidido "acabar com os monopólios do mesmo operador".
O presidente da Sonae disse ainda que, este ano, a Sonaecom "recorrerá, quando necessário, às autoridades competentes", nomeadamente a Anacom, Autoridade da Concorrência e a Comissão Europeia.
"É óbvio que tem havido, com o consentimento das autoridades, um abuso de posição dominante (por parte da PT), que é confortável para quem está nessa posição (...) mas para o país isso não deve acontecer", disse Belmiro, acrescentando que não pensava "que tivéssemos reguladores tão débeis".
"Não é inocente que as autoridades aprovem tarde projectos inovadores e competitivos " da Sonaecom, disse o presidente da Sonae, o qual considera que "aprovar mais tarde significa dar mais tempo a quem está preparado".
Belmiro de Azevedo manifestou ainda o seu desacordo com a recente decisão da Anacom de descer as tarifas de interligação da Optimus, por considerar que "nós fomos considerados como operador com poder de mercado dominante, sem que o fôssemos".
DE
O presidente do Grupo Sonae afirmou hoje que as autoridades nacionais têm consentido com os abusos da posição dominante efectuados pela Portugal Telecom (PT), considerando que esta deveria ser obrigada a vender a sua rede de cabo.
Ao falar durante a conferência de imprensa da apresentação de contas da Sonae, Belmiro de Azevedo reafirmou que o seu Grupo "gostaria que, de facto, houvesse separação" accionista entre as redes de cobre e cabo da PT, devendo ser decidido "acabar com os monopólios do mesmo operador".
O presidente da Sonae disse ainda que, este ano, a Sonaecom "recorrerá, quando necessário, às autoridades competentes", nomeadamente a Anacom, Autoridade da Concorrência e a Comissão Europeia.
"É óbvio que tem havido, com o consentimento das autoridades, um abuso de posição dominante (por parte da PT), que é confortável para quem está nessa posição (...) mas para o país isso não deve acontecer", disse Belmiro, acrescentando que não pensava "que tivéssemos reguladores tão débeis".
"Não é inocente que as autoridades aprovem tarde projectos inovadores e competitivos " da Sonaecom, disse o presidente da Sonae, o qual considera que "aprovar mais tarde significa dar mais tempo a quem está preparado".
Belmiro de Azevedo manifestou ainda o seu desacordo com a recente decisão da Anacom de descer as tarifas de interligação da Optimus, por considerar que "nós fomos considerados como operador com poder de mercado dominante, sem que o fôssemos".
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Índices caem com fracos resultados empresariais
DE
As principais praças da União Europeia terminaram a sessão de hoje em terreno negativo, com as contas abaixo do esperado divulgadas pela E.ON e a Carrefour a afectarem o sentimento dos investidores.
Segundo os analistas, "o lucro das empresas não deverá atingir este ano os 10%, o que significa que muitos títulos se encontram caros aos valores actuais. Isso leva à actual queda dos índices accionistas".
Deste modo, o FTSE-100 de Londres deslizou 0,68% para os 4962,10 pontos, o CAC-40 de Paris recuou 0,70% para os 4038,21 pontos e o S&P/MIB de Milão caíu 0,82% para os 31 702,00 pontos, enquanto o Dax Xetra de Frankfurt perdeu 0,87% para os 4337,68 pontos e o Ibex-35 de Madrid desceu 0,97% para os 9319,40 pontos.
DE
As principais praças da União Europeia terminaram a sessão de hoje em terreno negativo, com as contas abaixo do esperado divulgadas pela E.ON e a Carrefour a afectarem o sentimento dos investidores.
Segundo os analistas, "o lucro das empresas não deverá atingir este ano os 10%, o que significa que muitos títulos se encontram caros aos valores actuais. Isso leva à actual queda dos índices accionistas".
Deste modo, o FTSE-100 de Londres deslizou 0,68% para os 4962,10 pontos, o CAC-40 de Paris recuou 0,70% para os 4038,21 pontos e o S&P/MIB de Milão caíu 0,82% para os 31 702,00 pontos, enquanto o Dax Xetra de Frankfurt perdeu 0,87% para os 4337,68 pontos e o Ibex-35 de Madrid desceu 0,97% para os 9319,40 pontos.
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Dólar perde terreno com intensificar das pressões
DE
A divisa norte-americana voltou hoje a cair nos mercados internacionais, afectado pelas preocupações em torno da diversificação das reservas dos bancos centrais mundiais, o aumento do défice comercial dos EUA e a queda dos preços das obrigações.
Deste modo, às 17h22 o euro era transaccionado nos mercados cambiais a 1,3413 dólares, contra 1,3384 dólares no fecho de quarta-feira e depois de ter variado entre os 1,3371 e os 1,3456 dólares durante o dia.
Segundo os analistas, "o mercado encontra-se com uma tendência negativa face ao dólar neste momento. Embora a palavra 'diversificação' tenha realmente assustado os investidores, é a queda verificada nos mercados obrigaccionistas que está realmente a pesar sobre a 'nota verde', levando-o para os valores actuais".
O iene japonês encontra-se em queda face às suas principais rivais, sendo que às 17h00 o euro valia 139,64 ienes e o dólar 104,15 ienes, contra 139,07 e 103,90 ienes no término da última sessão.
DE
A divisa norte-americana voltou hoje a cair nos mercados internacionais, afectado pelas preocupações em torno da diversificação das reservas dos bancos centrais mundiais, o aumento do défice comercial dos EUA e a queda dos preços das obrigações.
Deste modo, às 17h22 o euro era transaccionado nos mercados cambiais a 1,3413 dólares, contra 1,3384 dólares no fecho de quarta-feira e depois de ter variado entre os 1,3371 e os 1,3456 dólares durante o dia.
Segundo os analistas, "o mercado encontra-se com uma tendência negativa face ao dólar neste momento. Embora a palavra 'diversificação' tenha realmente assustado os investidores, é a queda verificada nos mercados obrigaccionistas que está realmente a pesar sobre a 'nota verde', levando-o para os valores actuais".
O iene japonês encontra-se em queda face às suas principais rivais, sendo que às 17h00 o euro valia 139,64 ienes e o dólar 104,15 ienes, contra 139,07 e 103,90 ienes no término da última sessão.
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ING rompe consenso do mercado e recomenda compra de acções da EDP
Lusa
O banco de investimento ING recomenda hoje a "compra" das acções da EDP, focada no valor da empresa, considerando que a predominância de recomendações neutras e negativas reflectem uma análise "míope" das perspectivas subjacentes da eléctrica.
O analista considera ainda que o novo Governo socialista terá uma política pró-EDP no sentido de assegurar que a eléctrica estará bem posicionada no mercado ibérico de electricidade (Mibel), de forma a não prejudicar o valor da posição que ainda detém na EDP.
Numa nota de research, hoje divulgada, o analista Harold Hutchinson sobe o preço-alvo de 2,24 euros para 2,50 euros por acção, considerando que o valor incorporado nos activos de distribuição da EDP excedem o consenso do mercado.
O banco considera ainda "substancialmente justificado" o recurso apresentado pela eléctrica ao Tribunal Europeu de Justiça para anular a decisão da Comissão Europeia que impediu o controle conjunto da Gás de Portugal (GDP) por parte da EDP e da ENI.
O analista do ING defende que a médio prazo a decisão da Comissão Europeia será colocada em causa dada a integração do mercado ibérico.
Neste contexto, o analista defende que a EDP nem terá a capacidade de mercado de uma Endesa ou Iberdrola, nem o musculo da Gás Natural, parecendo por isso excessivo o julgamento de Bruxelas de que a fusão dos negócios do gás e electricidade na EDP constituísse uma ameaça para a concorrência a nível ibérico.
A reforçar o valor da empresa, estão ainda o acordo com o Governo relativamente aos Contratos de Aquisição de Energia (CAE) e os investimentos da Hidrocantábrico nas centrais de ciclo combinado e nas energias renováveis de forma a alterar a sua dependência histórica do carvão.
O analista considera ainda que a posição que a Cantábrico tem na Naturcop dá à EDP uma plataforma alternativa para contornar o impasse no negócio do gás, estando certo de que a reestruturação do gás em Portugal será retomada pela EDP e pelo Governo logo após o arranque formal do Mibel.
Lusa
O banco de investimento ING recomenda hoje a "compra" das acções da EDP, focada no valor da empresa, considerando que a predominância de recomendações neutras e negativas reflectem uma análise "míope" das perspectivas subjacentes da eléctrica.
O analista considera ainda que o novo Governo socialista terá uma política pró-EDP no sentido de assegurar que a eléctrica estará bem posicionada no mercado ibérico de electricidade (Mibel), de forma a não prejudicar o valor da posição que ainda detém na EDP.
Numa nota de research, hoje divulgada, o analista Harold Hutchinson sobe o preço-alvo de 2,24 euros para 2,50 euros por acção, considerando que o valor incorporado nos activos de distribuição da EDP excedem o consenso do mercado.
O banco considera ainda "substancialmente justificado" o recurso apresentado pela eléctrica ao Tribunal Europeu de Justiça para anular a decisão da Comissão Europeia que impediu o controle conjunto da Gás de Portugal (GDP) por parte da EDP e da ENI.
O analista do ING defende que a médio prazo a decisão da Comissão Europeia será colocada em causa dada a integração do mercado ibérico.
Neste contexto, o analista defende que a EDP nem terá a capacidade de mercado de uma Endesa ou Iberdrola, nem o musculo da Gás Natural, parecendo por isso excessivo o julgamento de Bruxelas de que a fusão dos negócios do gás e electricidade na EDP constituísse uma ameaça para a concorrência a nível ibérico.
A reforçar o valor da empresa, estão ainda o acordo com o Governo relativamente aos Contratos de Aquisição de Energia (CAE) e os investimentos da Hidrocantábrico nas centrais de ciclo combinado e nas energias renováveis de forma a alterar a sua dependência histórica do carvão.
O analista considera ainda que a posição que a Cantábrico tem na Naturcop dá à EDP uma plataforma alternativa para contornar o impasse no negócio do gás, estando certo de que a reestruturação do gás em Portugal será retomada pela EDP e pelo Governo logo após o arranque formal do Mibel.
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Exportações chinesas aumentaram 46,5% em Janeiro
DE
As exportações chinesas de têxteis e vestuário para a União Europeia (UE) aumentaram 46,5% no primeiro mês do ano face a igual período do ano anterior, segundo a indústria têxtil do sector, Euratex.
Este aumento baseia-se em estatísticas da própria China e é medido em valor, ou seja, tem em conta o preço e a quantidade, mas a Euratex salienta que o preço tem descido em muitos casos.
"Nas categorias alvo, em volume, foram registados na UE-15 aumentos de 625%, com baixas de preço de 36% nas camisolas e nos pullovers".
Foi neste contexto que esta associação representante dos empresários têxteis europeus pediu à Comissão Europeia medidas de salvaguarda para travar a subida, às vezes massiva, das exportações chinesas de produtos têxteis.
Desde a eliminação do sistema de quotas no final de 2004 que os têxteis chineses passaram a entrar mais facilmente na Europa.
"A 9 de Março, em nome da indústria têxtil europeia, a Euratex pediu formalmente à Comissão e aos Estados membros que apliquem a cláusula de salvaguarda especial para o têxtil a doze categorias de produtos importados da China", anunciou a organização profissional num comunicado.
Entre os produtos listados encontram-se as camisolas, as calças de algodão ou lã, os casacos, os sobretudos ou ainda os fatos.
As exportações chinesas de camisas e blusas para mulheres mais do que triplicaram em volume (+244 por cento) com quedas de preço de 41%, segundo a Euratex.
A associação pede "uma acção da União Europeia ao abrigo do artigo 241 do protocolo de entrada da China" na Organização Mundial do Comércio que permite a um membro da OMC adoptar medidas de salvaguarda para limitar o crescimento das exportações chinesas quando perturbações de mercado impedem o desenvolvimento normal do comércio.
As quotas de importação, que durante quarenta anos canalizaram a chegada dos produtos têxteis nos países industrializados, deixaram de existir no final de 2004 nos termos de um acordo internacional aprovado há dez anos.
A China é o primeiro exportador mundial de vestuário com 28% do mercado global, contra 19% em 1995.
DE
As exportações chinesas de têxteis e vestuário para a União Europeia (UE) aumentaram 46,5% no primeiro mês do ano face a igual período do ano anterior, segundo a indústria têxtil do sector, Euratex.
Este aumento baseia-se em estatísticas da própria China e é medido em valor, ou seja, tem em conta o preço e a quantidade, mas a Euratex salienta que o preço tem descido em muitos casos.
"Nas categorias alvo, em volume, foram registados na UE-15 aumentos de 625%, com baixas de preço de 36% nas camisolas e nos pullovers".
Foi neste contexto que esta associação representante dos empresários têxteis europeus pediu à Comissão Europeia medidas de salvaguarda para travar a subida, às vezes massiva, das exportações chinesas de produtos têxteis.
Desde a eliminação do sistema de quotas no final de 2004 que os têxteis chineses passaram a entrar mais facilmente na Europa.
"A 9 de Março, em nome da indústria têxtil europeia, a Euratex pediu formalmente à Comissão e aos Estados membros que apliquem a cláusula de salvaguarda especial para o têxtil a doze categorias de produtos importados da China", anunciou a organização profissional num comunicado.
Entre os produtos listados encontram-se as camisolas, as calças de algodão ou lã, os casacos, os sobretudos ou ainda os fatos.
As exportações chinesas de camisas e blusas para mulheres mais do que triplicaram em volume (+244 por cento) com quedas de preço de 41%, segundo a Euratex.
A associação pede "uma acção da União Europeia ao abrigo do artigo 241 do protocolo de entrada da China" na Organização Mundial do Comércio que permite a um membro da OMC adoptar medidas de salvaguarda para limitar o crescimento das exportações chinesas quando perturbações de mercado impedem o desenvolvimento normal do comércio.
As quotas de importação, que durante quarenta anos canalizaram a chegada dos produtos têxteis nos países industrializados, deixaram de existir no final de 2004 nos termos de um acordo internacional aprovado há dez anos.
A China é o primeiro exportador mundial de vestuário com 28% do mercado global, contra 19% em 1995.
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Belmiro de Azevedo admite abertura do capital a novo parceiro
Lusa
O presidente da Sonae SGPS admitiu hoje, no Porto, a entrada de um novo parceiro no capital da Modelo Continente, após a recente saída do Carrefour.
"Há-de haver um momento em que pode ser importante para a Sonae Distribuição ter um parceiro", disse, admitindo que tal pode passar pelo aumento do Àfree floatÈ(capital disperso em bolsa), sendo que neste caso o parceiro seria o mercado, ou pela entrada de um parceiro estratégico "que venha acrescentar valor e consolidar dimensão".
Falando durante a apresentação das contas de 2004 da Sonae SGPS, o empresário manifestou preferência por esta segunda hipótese, por entender que "já foi tempo em que fazer uma oferta pública de venda (OPV) era um grande negócio".
"Hoje os investidores nessa área só querem descontos e a dispersão em bolsa não é, normalmente, financeiramente interessante", disse, embora admitindo que "é sempre uma via".
Em Novembro, a Sonae conseguiu finalmente comprar a "desconfortável" posição de 22,37 por cento que o concorrente Carrefour detinha na Modelo Continente desde que adquiriu a Promodés, parceiro inicial e, esse sim, desejado, do grupo
português.
Ainda no âmbito da sua análise à actividade da Modelo Continente em 2004, Belmiro de Azevedo voltou a apontar baterias ao congelamento da atribuição de novas licenças para abertura de grandes superfícies, afirmando que tal limitou o crescimento da empresa durante três anos.
"Fomos obrigados a consolidar [o negócio] no mesmo patamar, quando gostamos de o fazer a subir", disse, destacando ser agora intenção da Modelo Continente, com o desbloqueamento da atribuição de licenças, investir 200 milhões de euros na expansão em Portugal.
Já no Brasil, os planos passam pela consolidação da liderança da Sonae no Sul do país, onde tem já uma posição forte no mercado, e pelo abandono de outras zonas, como São Paulo, onde as "condições de funcionamento do mercado não permitem continuar" o investimento.
"O grau de informalidade, fraude e roubo tornam extremamente difícil, para quem tem valores de transparência, jogar as regras do jogo", lamentou.
Lusa
O presidente da Sonae SGPS admitiu hoje, no Porto, a entrada de um novo parceiro no capital da Modelo Continente, após a recente saída do Carrefour.
"Há-de haver um momento em que pode ser importante para a Sonae Distribuição ter um parceiro", disse, admitindo que tal pode passar pelo aumento do Àfree floatÈ(capital disperso em bolsa), sendo que neste caso o parceiro seria o mercado, ou pela entrada de um parceiro estratégico "que venha acrescentar valor e consolidar dimensão".
Falando durante a apresentação das contas de 2004 da Sonae SGPS, o empresário manifestou preferência por esta segunda hipótese, por entender que "já foi tempo em que fazer uma oferta pública de venda (OPV) era um grande negócio".
"Hoje os investidores nessa área só querem descontos e a dispersão em bolsa não é, normalmente, financeiramente interessante", disse, embora admitindo que "é sempre uma via".
Em Novembro, a Sonae conseguiu finalmente comprar a "desconfortável" posição de 22,37 por cento que o concorrente Carrefour detinha na Modelo Continente desde que adquiriu a Promodés, parceiro inicial e, esse sim, desejado, do grupo
português.
Ainda no âmbito da sua análise à actividade da Modelo Continente em 2004, Belmiro de Azevedo voltou a apontar baterias ao congelamento da atribuição de novas licenças para abertura de grandes superfícies, afirmando que tal limitou o crescimento da empresa durante três anos.
"Fomos obrigados a consolidar [o negócio] no mesmo patamar, quando gostamos de o fazer a subir", disse, destacando ser agora intenção da Modelo Continente, com o desbloqueamento da atribuição de licenças, investir 200 milhões de euros na expansão em Portugal.
Já no Brasil, os planos passam pela consolidação da liderança da Sonae no Sul do país, onde tem já uma posição forte no mercado, e pelo abandono de outras zonas, como São Paulo, onde as "condições de funcionamento do mercado não permitem continuar" o investimento.
"O grau de informalidade, fraude e roubo tornam extremamente difícil, para quem tem valores de transparência, jogar as regras do jogo", lamentou.
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Mercados fecham mistos com petróleo a aliviar
DE
Os mercados norte-americanos encerraram hoje mistos, com o petróleo a cair pela primeira vez em sete dias.
Assim, o Nasdaq Composite fechou a cair 0,08% para 2.059,72 pontos, depois de ter fechado na quarta-feira a cair 0,59% para 2.061,29 pontos.
O Dow Jones Industrial Average terminou a ganhar 0,42% para 10.851,51 pontos, após ter encerrado a perder 0,98% para 10.805,62 pontos, na sessão anterior.
O petróleo recuou hoje em Nova Iorque, após seis dias consecutivos em alta, tendo encerrado a cair 2,23%, para 53,55 dólares.
O mercado beneficiou ainda de uma descida na rentabilidade das obrigações, depois da subida das 'yields' ter constituído factor de pressão nas praças internacionais.
Em dia de aniversário, o Nasdaq - que comemora hoje o quinto aniversário do máximo histórico de 5.048,62 pontos - caiu pressionado por títulos como a Echostar, Ebay e Intel.
A maior fabricante de semicondutores para computadores irá hoje divulgar uma actualização dos números do negócio, após o fecho do mercado, e deverá, segundo os analistas, anunciar que as vendas do primeiro trimestre irão ficar abaixo da sua estimativa mais elevada.
A pressionar os mercados esteve também uma subida inesperada dos novos pedidos de subsídio de desemprego, surpreendendo negativamente os analistas, totalizando agora 327 mil.
Os analistas contactados pela agência Bloomberg esperavam que o número de pedidos se mantivesse nos 310 mil, pelo que o valor saiu pior que o antecipado.
Hoje foram também divulgados os 'stocks' dos grossistas, que subiram 1,1% em Janeiro, acima do esperado pelos analistas, enquanto as vendas registaram a menor subida desde Junho.
Era esperado um aumento mensal de 0,6% dos stocks, pelo que os números saíram 0,5 pontos acima do antecipado
DE
Os mercados norte-americanos encerraram hoje mistos, com o petróleo a cair pela primeira vez em sete dias.
Assim, o Nasdaq Composite fechou a cair 0,08% para 2.059,72 pontos, depois de ter fechado na quarta-feira a cair 0,59% para 2.061,29 pontos.
O Dow Jones Industrial Average terminou a ganhar 0,42% para 10.851,51 pontos, após ter encerrado a perder 0,98% para 10.805,62 pontos, na sessão anterior.
O petróleo recuou hoje em Nova Iorque, após seis dias consecutivos em alta, tendo encerrado a cair 2,23%, para 53,55 dólares.
O mercado beneficiou ainda de uma descida na rentabilidade das obrigações, depois da subida das 'yields' ter constituído factor de pressão nas praças internacionais.
Em dia de aniversário, o Nasdaq - que comemora hoje o quinto aniversário do máximo histórico de 5.048,62 pontos - caiu pressionado por títulos como a Echostar, Ebay e Intel.
A maior fabricante de semicondutores para computadores irá hoje divulgar uma actualização dos números do negócio, após o fecho do mercado, e deverá, segundo os analistas, anunciar que as vendas do primeiro trimestre irão ficar abaixo da sua estimativa mais elevada.
A pressionar os mercados esteve também uma subida inesperada dos novos pedidos de subsídio de desemprego, surpreendendo negativamente os analistas, totalizando agora 327 mil.
Os analistas contactados pela agência Bloomberg esperavam que o número de pedidos se mantivesse nos 310 mil, pelo que o valor saiu pior que o antecipado.
Hoje foram também divulgados os 'stocks' dos grossistas, que subiram 1,1% em Janeiro, acima do esperado pelos analistas, enquanto as vendas registaram a menor subida desde Junho.
Era esperado um aumento mensal de 0,6% dos stocks, pelo que os números saíram 0,5 pontos acima do antecipado
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11-03-2005
Câmbios
Os conselhos do FMI
O FMI no seu relatório de Abril deverá fazer nota de que um maior enfraquecimento do dólar trará consequências nefastas ao tecido exportador alemão. Outro alerta que o FMI deverá dar nota prende-se com a queda dos sectores tecnológicos que, a persistir, também será uma influência muito negativa ao crescimento das exportações alemãs.
11-03-2005
Futuros
Evolução lenta
A pressão vendedora que foi sentida no mercado accionista nacional após as eleições legislativas sofreu um abrandamento nas últimas semanas, com algumas boas notícias macroeconómicas e com as empresas de referência da EuroNext Lisboa a apresentarem resultados (referentes a 2004) bastante animadores.
11-03-2005
Dívida
Maturidades longas invertem
Registou-se um ligeiro aumento da inclinação positiva da curva de rendimentos do euro, com o curto prazo a observar uma performance mais favorável do que o longo. Este movimento anula parte dos ganhos verificados nas últimas semanas no lado longo da curva do euro, ganhos esses suportados pela procura de duration e yield de investidores institucionais.
Câmbios
Os conselhos do FMI
O FMI no seu relatório de Abril deverá fazer nota de que um maior enfraquecimento do dólar trará consequências nefastas ao tecido exportador alemão. Outro alerta que o FMI deverá dar nota prende-se com a queda dos sectores tecnológicos que, a persistir, também será uma influência muito negativa ao crescimento das exportações alemãs.
11-03-2005
Futuros
Evolução lenta
A pressão vendedora que foi sentida no mercado accionista nacional após as eleições legislativas sofreu um abrandamento nas últimas semanas, com algumas boas notícias macroeconómicas e com as empresas de referência da EuroNext Lisboa a apresentarem resultados (referentes a 2004) bastante animadores.
11-03-2005
Dívida
Maturidades longas invertem
Registou-se um ligeiro aumento da inclinação positiva da curva de rendimentos do euro, com o curto prazo a observar uma performance mais favorável do que o longo. Este movimento anula parte dos ganhos verificados nas últimas semanas no lado longo da curva do euro, ganhos esses suportados pela procura de duration e yield de investidores institucionais.
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Índice em destaque
Canal ascendente comanda Ibex
O Ibex permanece num canal ascendente desde Agosto, traçado a partir da tendência ascendente de médio prazo (TAmp). Embora apresente uma inclinação bastante acentuada, o canal tem conseguido manter a sua validade sem grandes dificuldades. O limite superior do canal foi testado em meados de Fevereiro, com o índice a atingir inclusivamente o seu nível mais elevado desde Junho de 2001 (9.647,70 pontos).
Acção em destaque
Sonae SGPS em consolidação
As acções da Sonae SGPS mantiveram um forte ascendente até ao início de Fevereiro e mantêm-se desde então num período de consolidação do movimento de alta. Este título atingiu então um máximo desde Abril de 2001 a 1,20 euros por acção, em mais uma etapa do forte movimento de alta iniciado em Julho de 2004.
Canal ascendente comanda Ibex
O Ibex permanece num canal ascendente desde Agosto, traçado a partir da tendência ascendente de médio prazo (TAmp). Embora apresente uma inclinação bastante acentuada, o canal tem conseguido manter a sua validade sem grandes dificuldades. O limite superior do canal foi testado em meados de Fevereiro, com o índice a atingir inclusivamente o seu nível mais elevado desde Junho de 2001 (9.647,70 pontos).
Acção em destaque
Sonae SGPS em consolidação
As acções da Sonae SGPS mantiveram um forte ascendente até ao início de Fevereiro e mantêm-se desde então num período de consolidação do movimento de alta. Este título atingiu então um máximo desde Abril de 2001 a 1,20 euros por acção, em mais uma etapa do forte movimento de alta iniciado em Julho de 2004.
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Colaboração BNP Paribas
Lucros impulsionam acções
A conservação da nossa perspectiva construtiva a médio prazo para as acções assenta, essencialmente, na hipótese de uma subida gradual e moderada das taxas de juro.
11-03-2005, Patrick Mange
Boa evolução dos lucros
Num momento em que, nos Estados Unidos, termina a época de publicação de resultados relativos ao 4º trimestre de 2004, constata-se que os lucros continuam a surpreender pela positiva, isto pelo 7º trimestre consecutivo. Presentemente, os analistas antecipam, para o 1º trimestre de 2005, uma progressão dos lucros das empresas do S&P 500 na ordem de 8,8 % relativamente ao mesmo período do ano anterior, o que, com base nos valores disponíveis, representaria uma descida da ordem de 2,7 % relativamente ao trimestre anterior. Por outro lado, a taxa anualizada seria de 11,9 % na condição de os lucros se manterem ao mesmo nível do 4º trimestre de 2004, hipótese que consideramos absolutamente válida à luz da grande disciplina financeira das empresas que já referimos mais atrás.
Nestas circunstâncias, observar-se-ia o “círculo virtuoso” prevalecente em quase todas as fases de retorno à expansão económica, nomeadamente, um bom nível de produtividade e um reforço da capacidade de fixação dos preços a viabilizar um aumento da massa salarial e do investimento suficientemente grande para manter o crescimento da economia ao seu nível potencial sem degradação das margens. E tanto mais porque o crescimento ao nível potencial se traduz por uma melhor utilização das capacidades de produção e, num contexto de concorrência agravada pela globalização, por tensões limitadas sobre os preços e, por conseguinte, sobre as taxas, com o consequente aumento da alavancagem operacional e, provavelmente, da alavancagem financeira. Resumindo, os lucros deverão conservar uma orientação positiva, podendo mesmo ultrapassar as actuais expectativas.
Embora, do ponto de vista estatístico, seja mais difícil determinar a evolução dos lucros das empresas fora dos Estados Unidos, tudo indica que o mecanismo acima descrito se encontra já em actividade na Grã-Bretanha e em fase de arranque gradual na Zona Euro e no Japão (embora, nestas duas últimas regiões, a taxa de crescimento continue a ser decepcionante, com particular destaque para o caso da Alemanha). Contudo, e à semelhança do que aconteceu nos Estados Unidos durante a fase de retoma, esta evolução deve-se, sobretudo ao saneamento dos balanços das empresas e à maior rentabilidade das mesmas, para o que contribui, essencialmente, o aumento da produtividade. Assim, não constituirá motivo de surpresa que esta política conduza, a médio prazo, a uma “cura de emagrecimento” em termos de emprego e a um controlo rigoroso da rendibilidade dos investimentos (num contexto que leva a evocar o plano Dolores de redução de custos surgido em meados da década de 1990 como resposta ao enfraquecimento do dólar), tanto mais que, presentemente e de forma bem oportuna, os poderes públicos no Japão e em quase toda a Zona Euro se mostram muito mais receptivos a tais alterações, abrandando a regulamentação do mercado de trabalho e realocando maciçamente recursos do sector público para o sector privado. Pela nossa parte, continuamos a não pôr em dúvida que estas políticas microeconómicas e macroeconómicas venham a dar frutos a curto prazo.
Acções: prudência a curto prazo...
O contexto micro e macroeconómico continua favorável aos lucros e, por conseguinte, às acções e a maior parte dos índices atingiu um máximo de 4 anos.
Neste contexto de grande recuperação dos índices accionistas, numerosos indicadores técnicos ou de sentimento de mercado tendem a reflectir uma situação de sobrecompra, nomeadamente (e sem surpresa) nos mercados emergentes, mas, também, na Europa. Excepção feita a algumas situações, tal não parece ser ainda verdadeiramente preocupante, tanto mais que a dinâmica de preços continua muito favorável, mas não deixa de fazer recear uma consolidação a curto prazo. Apesar desta acentuada progressão dos índices, as cotações conservam níveis atractivos relativamente às obrigações, em termos tanto absolutos como relativos.
A conservação da nossa perspectiva construtiva a médio prazo relativamente às acções assenta, essencialmente, na hipótese de uma subida gradual e moderada das taxas de juro. De facto, as cotações das acções seriam pouco ou nada afectadas se, conforme prevemos, o refluxo dos prémios de risco compensar, total ou parcialmente, a subida das taxas e se o encarecimento do crédito não afectar os resultados operacionais (Doron Nissim e Stephen Penman demonstram que, em tal caso, o crescimento do volume de negócios seria mais do que suficiente para compensar o aumento dos custos financeiros). Ora, no contexto já aqui referido de controlo rigoroso dos custos de exploração e num quadro de concorrência internacional intensificada pelo processo de globalização (sem falar na vigilância dos Bancos Centrais em termos de inflação), parece, neste momento, realista o postulado de progressão moderada dos rendimentos obrigacionistas.
Considerando o posicionamento das economias no ciclo económico e a progressão (em íntima associação com esse ciclo) do processo de agravamento das políticas monetárias dos bancos centrais, é previsível que a subida das taxas de longo prazo continue a ser mais moderada na Zona Euro e no Japão do que nos Estados Unidos e que se encontre, virtualmente, terminada no Reino Unido.
... mas manter a médio prazo
Mesmo se, conforme mencionado mais acima, não excluirmos uma pequena consolidação técnica a curto prazo nos mercados accionistas, os elementos fundamentais continuam a ser, claramente, mais favoráveis às acções do que às obrigações. Por conseguinte, continuamos a privilegiar as primeiras, tanto mais que, neste momento, estas exibem (e, na nossa opinião, continuarão a exibir ainda durante muito tempo) uma relação rendimento/risco bem mais atractiva do que nos últimos anos.
A nossa sobreexposição em acções traduz-se, automaticamente, por uma pequena aposta positiva nos Estados Unidos, o que se deve ao peso do mercado norte-americano. Por outro lado, reduzimos a exposição à Zona Euro e, sobretudo, aos mercados emergentes, na medida em que os respectivos indicadores técnicos são os que mais se degradaram na sequência da progressão dos mercados em dois meses, mas conservamos apostas decididas. A nossa única aposta negativa refere-se ao Japão, onde o carácter relativamente favorável do nosso cenário económico não é suficiente para compensar a má orientação dos elementos técnicos, além de que o crescimento dos lucros previsto pelos analistas nos parece, presentemente, excessivo.
Lucros impulsionam acções
A conservação da nossa perspectiva construtiva a médio prazo para as acções assenta, essencialmente, na hipótese de uma subida gradual e moderada das taxas de juro.
11-03-2005, Patrick Mange
Boa evolução dos lucros
Num momento em que, nos Estados Unidos, termina a época de publicação de resultados relativos ao 4º trimestre de 2004, constata-se que os lucros continuam a surpreender pela positiva, isto pelo 7º trimestre consecutivo. Presentemente, os analistas antecipam, para o 1º trimestre de 2005, uma progressão dos lucros das empresas do S&P 500 na ordem de 8,8 % relativamente ao mesmo período do ano anterior, o que, com base nos valores disponíveis, representaria uma descida da ordem de 2,7 % relativamente ao trimestre anterior. Por outro lado, a taxa anualizada seria de 11,9 % na condição de os lucros se manterem ao mesmo nível do 4º trimestre de 2004, hipótese que consideramos absolutamente válida à luz da grande disciplina financeira das empresas que já referimos mais atrás.
Nestas circunstâncias, observar-se-ia o “círculo virtuoso” prevalecente em quase todas as fases de retorno à expansão económica, nomeadamente, um bom nível de produtividade e um reforço da capacidade de fixação dos preços a viabilizar um aumento da massa salarial e do investimento suficientemente grande para manter o crescimento da economia ao seu nível potencial sem degradação das margens. E tanto mais porque o crescimento ao nível potencial se traduz por uma melhor utilização das capacidades de produção e, num contexto de concorrência agravada pela globalização, por tensões limitadas sobre os preços e, por conseguinte, sobre as taxas, com o consequente aumento da alavancagem operacional e, provavelmente, da alavancagem financeira. Resumindo, os lucros deverão conservar uma orientação positiva, podendo mesmo ultrapassar as actuais expectativas.
Embora, do ponto de vista estatístico, seja mais difícil determinar a evolução dos lucros das empresas fora dos Estados Unidos, tudo indica que o mecanismo acima descrito se encontra já em actividade na Grã-Bretanha e em fase de arranque gradual na Zona Euro e no Japão (embora, nestas duas últimas regiões, a taxa de crescimento continue a ser decepcionante, com particular destaque para o caso da Alemanha). Contudo, e à semelhança do que aconteceu nos Estados Unidos durante a fase de retoma, esta evolução deve-se, sobretudo ao saneamento dos balanços das empresas e à maior rentabilidade das mesmas, para o que contribui, essencialmente, o aumento da produtividade. Assim, não constituirá motivo de surpresa que esta política conduza, a médio prazo, a uma “cura de emagrecimento” em termos de emprego e a um controlo rigoroso da rendibilidade dos investimentos (num contexto que leva a evocar o plano Dolores de redução de custos surgido em meados da década de 1990 como resposta ao enfraquecimento do dólar), tanto mais que, presentemente e de forma bem oportuna, os poderes públicos no Japão e em quase toda a Zona Euro se mostram muito mais receptivos a tais alterações, abrandando a regulamentação do mercado de trabalho e realocando maciçamente recursos do sector público para o sector privado. Pela nossa parte, continuamos a não pôr em dúvida que estas políticas microeconómicas e macroeconómicas venham a dar frutos a curto prazo.
Acções: prudência a curto prazo...
O contexto micro e macroeconómico continua favorável aos lucros e, por conseguinte, às acções e a maior parte dos índices atingiu um máximo de 4 anos.
Neste contexto de grande recuperação dos índices accionistas, numerosos indicadores técnicos ou de sentimento de mercado tendem a reflectir uma situação de sobrecompra, nomeadamente (e sem surpresa) nos mercados emergentes, mas, também, na Europa. Excepção feita a algumas situações, tal não parece ser ainda verdadeiramente preocupante, tanto mais que a dinâmica de preços continua muito favorável, mas não deixa de fazer recear uma consolidação a curto prazo. Apesar desta acentuada progressão dos índices, as cotações conservam níveis atractivos relativamente às obrigações, em termos tanto absolutos como relativos.
A conservação da nossa perspectiva construtiva a médio prazo relativamente às acções assenta, essencialmente, na hipótese de uma subida gradual e moderada das taxas de juro. De facto, as cotações das acções seriam pouco ou nada afectadas se, conforme prevemos, o refluxo dos prémios de risco compensar, total ou parcialmente, a subida das taxas e se o encarecimento do crédito não afectar os resultados operacionais (Doron Nissim e Stephen Penman demonstram que, em tal caso, o crescimento do volume de negócios seria mais do que suficiente para compensar o aumento dos custos financeiros). Ora, no contexto já aqui referido de controlo rigoroso dos custos de exploração e num quadro de concorrência internacional intensificada pelo processo de globalização (sem falar na vigilância dos Bancos Centrais em termos de inflação), parece, neste momento, realista o postulado de progressão moderada dos rendimentos obrigacionistas.
Considerando o posicionamento das economias no ciclo económico e a progressão (em íntima associação com esse ciclo) do processo de agravamento das políticas monetárias dos bancos centrais, é previsível que a subida das taxas de longo prazo continue a ser mais moderada na Zona Euro e no Japão do que nos Estados Unidos e que se encontre, virtualmente, terminada no Reino Unido.
... mas manter a médio prazo
Mesmo se, conforme mencionado mais acima, não excluirmos uma pequena consolidação técnica a curto prazo nos mercados accionistas, os elementos fundamentais continuam a ser, claramente, mais favoráveis às acções do que às obrigações. Por conseguinte, continuamos a privilegiar as primeiras, tanto mais que, neste momento, estas exibem (e, na nossa opinião, continuarão a exibir ainda durante muito tempo) uma relação rendimento/risco bem mais atractiva do que nos últimos anos.
A nossa sobreexposição em acções traduz-se, automaticamente, por uma pequena aposta positiva nos Estados Unidos, o que se deve ao peso do mercado norte-americano. Por outro lado, reduzimos a exposição à Zona Euro e, sobretudo, aos mercados emergentes, na medida em que os respectivos indicadores técnicos são os que mais se degradaram na sequência da progressão dos mercados em dois meses, mas conservamos apostas decididas. A nossa única aposta negativa refere-se ao Japão, onde o carácter relativamente favorável do nosso cenário económico não é suficiente para compensar a má orientação dos elementos técnicos, além de que o crescimento dos lucros previsto pelos analistas nos parece, presentemente, excessivo.
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11-03-2005
Acções em destaque em Portugal
Reditus sobe 2% com regresso aos lucros
Depois de um longo período de quedas, a Reditus voltou a brilhar na praça lisboeta. As acções da empresa liderada por Frederico Moreira Rato valorizaram 2,34%, impulsionadas pelos bons resultados anuais divulgados na terça-feira passada (8 de Março).
11-03-2005
...e no estrangeiro
E.ON cai com desejos expansionistas
Os resultados da E.ON, a maior utility da Europa cotada em bolsa, até surpreenderam positivamente o mercado. Mas um dividendo relativo a 2004 abaixo do esperado, o anúncio de que pretende usar o seu elevado cash-flow para grandes aquisições e a subida das yields das obrigações deixaram nervosos os investidores, penalizando os títulos. Ontem, as acções do gigante alemão chegaram a estar a cair mais de 3%.
Acções em destaque em Portugal
Reditus sobe 2% com regresso aos lucros
Depois de um longo período de quedas, a Reditus voltou a brilhar na praça lisboeta. As acções da empresa liderada por Frederico Moreira Rato valorizaram 2,34%, impulsionadas pelos bons resultados anuais divulgados na terça-feira passada (8 de Março).
11-03-2005
...e no estrangeiro
E.ON cai com desejos expansionistas
Os resultados da E.ON, a maior utility da Europa cotada em bolsa, até surpreenderam positivamente o mercado. Mas um dividendo relativo a 2004 abaixo do esperado, o anúncio de que pretende usar o seu elevado cash-flow para grandes aquisições e a subida das yields das obrigações deixaram nervosos os investidores, penalizando os títulos. Ontem, as acções do gigante alemão chegaram a estar a cair mais de 3%.
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11-03-2005
Buffett escreve aos accionistas
O que diz o oráculo dos mercados...
É considerado o melhor investidor de sempre. Uma vez por ano escreve uma carta aos accionistas da sua holding em que aponta pistas para o mercado. Este ano Warren Buffett revela que ganhou 1,6 mil milhões de dólares apostando na queda da moeda americana..
11-03-2005
Libertação de Martha Stewart faz cair Martha Stewart
A empresária norte-americana Martha Stewart está finalmente livre ….. para ver as acções da sua empresa afundarem. Este é, porventura, o “amargo de boca” que a famosa empresária deve estar a sentir nos primeiros dias fora da prisão, desde que saiu em liberdade condicional no passado dia 4 de Março.
11-03-2005
Análise de bolsa
Novo máximo do brent agita mercados
Petróleo, petróleo e mais petróleo… Foi assim a semana dos mercados accionistas internacionais. O receio de que a oferta não consiga dar resposta à procura invadiu as principais praças do mundo inteiro e o “ouro negro” voltou a estabelecer novos recordes de sempre. Em Londres, o brent alcançou um novo máximo histórico ao negociar acima de 54 dólares por barril. Também em Nova Iorque o crude voltou a aproximar-se do máximo de 55,67 dólares, registado em Outubro último
Buffett escreve aos accionistas
O que diz o oráculo dos mercados...
É considerado o melhor investidor de sempre. Uma vez por ano escreve uma carta aos accionistas da sua holding em que aponta pistas para o mercado. Este ano Warren Buffett revela que ganhou 1,6 mil milhões de dólares apostando na queda da moeda americana..
11-03-2005
Libertação de Martha Stewart faz cair Martha Stewart
A empresária norte-americana Martha Stewart está finalmente livre ….. para ver as acções da sua empresa afundarem. Este é, porventura, o “amargo de boca” que a famosa empresária deve estar a sentir nos primeiros dias fora da prisão, desde que saiu em liberdade condicional no passado dia 4 de Março.
11-03-2005
Análise de bolsa
Novo máximo do brent agita mercados
Petróleo, petróleo e mais petróleo… Foi assim a semana dos mercados accionistas internacionais. O receio de que a oferta não consiga dar resposta à procura invadiu as principais praças do mundo inteiro e o “ouro negro” voltou a estabelecer novos recordes de sempre. Em Londres, o brent alcançou um novo máximo histórico ao negociar acima de 54 dólares por barril. Também em Nova Iorque o crude voltou a aproximar-se do máximo de 55,67 dólares, registado em Outubro último
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11-03-2005
Análise de Bolsa
Queda de 6% da Impresa marca semana de resultados
Foram quatro as empresas do PSI-20 que esta semana anunciaram as suas contas anuais relativas ao ano passado. Apesar dos saldos contabilísticos terem sido positivos, o mercado reagiu de forma bem diferente aos resultados apresentados.
Análise de Bolsa
Queda de 6% da Impresa marca semana de resultados
Foram quatro as empresas do PSI-20 que esta semana anunciaram as suas contas anuais relativas ao ano passado. Apesar dos saldos contabilísticos terem sido positivos, o mercado reagiu de forma bem diferente aos resultados apresentados.
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Aproveitar reajustamentos
Alguns factores de risco associados à economia chinesa poderão perturbar um ajuste cambial gradual.
11-03-2005, José Maia
Apostar nos inevitáveis reajustes de variáveis financeiras permite aos investidores mais atentos obterem, a prazo, um prémio para os seus investimentos. Os desequilíbrios financeiros gerados por vontades políticas ou por conjunturas económicas pontuais criam boas oportunidades para o aproveitamento dos consequentes desvios na valorização de alguns instrumentos financeiros.
No panorama actual são identificáveis, como desvios mais relevantes, a subvalorização da divisa chinesa, o renminbi, e a sobrevalorização da dívida americana. Ambos os desequilíbrios decorrem das políticas que têm sido adoptadas pelos países asiáticos, com grandes superavits comerciais com os EUA, para manterem a sua posição cambial face ao dólar americano.
O enorme déficit da balança americana e os fluxos anormais de capitais externos que o financiam fazem antever movimentos inevitáveis de correcção que podem ser desencadeados a qualquer momento e assumir amplitudes desconhecidas. Dada a dimensão das variáveis em jogo (já não se trata duma economia emergente, como no caso recente das crises na Argentina ou na Ásia), todos os intervenientes desejam que o ajuste seja tão gradual quanto possível.
As divisas asiáticas, cujo valor tem sido mantido a níveis artificialmente baixos por compras maciças de dívida americana e por políticas de rígido controlo cambial (nos países em que as variáveis financeiras não estão directamente expostas aos mercados de capitais), estão entre os instrumentos mais afectados por este desequilíbrio.
As compras de dívida americana, de que o Japão tem sido o principal cliente, atingindo os 240 000 milhões de dólares (3% do PIB americano) no ano passado, têm contribuído para manter as emissões de dívida em dólares em níveis de remuneração particularmente baixos, sendo assim de esperar uma aceleração futura na desvalorização destes títulos.
Quais os factores que impulsionarão o reajuste?
A importância crescente da economia chinesa leva os analistas a dedicarem uma atenção crescente às medidas que os políticos deste país decidirem pôr em prática. O controlo central da economia releva a importância das medidas políticas na evolução cambial do renminbi, as quais deverão passar por decisões do Congresso Nacional do Povo, a decorrer actualmente.
Algumas declarações dos responsáveis chineses fazem antever um movimento gradual de valorização desta divisa, embora rejeitem as pressões externas e coloquem prerequisitos de longo prazo para esta evolução (reforma do sector bancário e adaptação da economia a sistemas mais flexíveis). São previstos dois tipos de medidas para a adaptação cambial: um aumento das bandas de flutuação da divisa ou uma substituição da divisa de indexação (actualmente o dólar), por um cabaz de moedas, que reflectiria o peso comercial dos diversos parceiros.
Esta adaptação deverá ser gradual, dado o empenho dos políticos deste país, em manterem o seu crescimento económico baseado nas exportações. É assim de esperar que adoptem um mix das medidas enunciadas. Os previsíveis efeitos são antecipáveis com o exemplo da Coreia que decidiu recentemente passar a incluir nas reservas do seu banco central uma maior proporção de euros e ienes.
Alguns factores de risco associados à economia chinesa poderão perturbar um ajuste cambial gradual: uma regressão na performance comercial, um agravar da crise política com a Formosa ou uma crise no sector imobiliário. A degradação da posição comercial poderia ser induzida pelo sector da electrónica que ainda domina as exportações chinesas. Uma quebra no valor do imobiliário poderia travar a capacidade de financiamento e enfraquecer o sector bancário. No entanto, os analistas consideram estes cenários pouco prováveis, não antecipando obstáculos relevantes a que a adaptação cambial se desenvolva de forma gradual.
Muitos investidores têm vindo a posicionar-se face à previsível valorização do renminbi: multiplicam-se as emissões de produtos estruturados com a sua remuneração indexada à evolução da paridade do renminbi com o dólar.
Finalmente, a referida sobrevalorização dos títulos da dívida americana pode dar lugar a um ajustamento em baixa, caso diminua a sua procura pelo Japão. A Reserva Federal americana tem monitorado a evolução económica para conter os riscos de inflação, e por esta via, obviar o crescimento das taxas de longo prazo, mas, o défice americano é uma realidade e necessita de aliciar capitais externos através de preços mais baixos para a sua dívida. A aposta em produtos que ganhem com esta desvalorização parece oportuna.
Alguns factores de risco associados à economia chinesa poderão perturbar um ajuste cambial gradual.
11-03-2005, José Maia
Apostar nos inevitáveis reajustes de variáveis financeiras permite aos investidores mais atentos obterem, a prazo, um prémio para os seus investimentos. Os desequilíbrios financeiros gerados por vontades políticas ou por conjunturas económicas pontuais criam boas oportunidades para o aproveitamento dos consequentes desvios na valorização de alguns instrumentos financeiros.
No panorama actual são identificáveis, como desvios mais relevantes, a subvalorização da divisa chinesa, o renminbi, e a sobrevalorização da dívida americana. Ambos os desequilíbrios decorrem das políticas que têm sido adoptadas pelos países asiáticos, com grandes superavits comerciais com os EUA, para manterem a sua posição cambial face ao dólar americano.
O enorme déficit da balança americana e os fluxos anormais de capitais externos que o financiam fazem antever movimentos inevitáveis de correcção que podem ser desencadeados a qualquer momento e assumir amplitudes desconhecidas. Dada a dimensão das variáveis em jogo (já não se trata duma economia emergente, como no caso recente das crises na Argentina ou na Ásia), todos os intervenientes desejam que o ajuste seja tão gradual quanto possível.
As divisas asiáticas, cujo valor tem sido mantido a níveis artificialmente baixos por compras maciças de dívida americana e por políticas de rígido controlo cambial (nos países em que as variáveis financeiras não estão directamente expostas aos mercados de capitais), estão entre os instrumentos mais afectados por este desequilíbrio.
As compras de dívida americana, de que o Japão tem sido o principal cliente, atingindo os 240 000 milhões de dólares (3% do PIB americano) no ano passado, têm contribuído para manter as emissões de dívida em dólares em níveis de remuneração particularmente baixos, sendo assim de esperar uma aceleração futura na desvalorização destes títulos.
Quais os factores que impulsionarão o reajuste?
A importância crescente da economia chinesa leva os analistas a dedicarem uma atenção crescente às medidas que os políticos deste país decidirem pôr em prática. O controlo central da economia releva a importância das medidas políticas na evolução cambial do renminbi, as quais deverão passar por decisões do Congresso Nacional do Povo, a decorrer actualmente.
Algumas declarações dos responsáveis chineses fazem antever um movimento gradual de valorização desta divisa, embora rejeitem as pressões externas e coloquem prerequisitos de longo prazo para esta evolução (reforma do sector bancário e adaptação da economia a sistemas mais flexíveis). São previstos dois tipos de medidas para a adaptação cambial: um aumento das bandas de flutuação da divisa ou uma substituição da divisa de indexação (actualmente o dólar), por um cabaz de moedas, que reflectiria o peso comercial dos diversos parceiros.
Esta adaptação deverá ser gradual, dado o empenho dos políticos deste país, em manterem o seu crescimento económico baseado nas exportações. É assim de esperar que adoptem um mix das medidas enunciadas. Os previsíveis efeitos são antecipáveis com o exemplo da Coreia que decidiu recentemente passar a incluir nas reservas do seu banco central uma maior proporção de euros e ienes.
Alguns factores de risco associados à economia chinesa poderão perturbar um ajuste cambial gradual: uma regressão na performance comercial, um agravar da crise política com a Formosa ou uma crise no sector imobiliário. A degradação da posição comercial poderia ser induzida pelo sector da electrónica que ainda domina as exportações chinesas. Uma quebra no valor do imobiliário poderia travar a capacidade de financiamento e enfraquecer o sector bancário. No entanto, os analistas consideram estes cenários pouco prováveis, não antecipando obstáculos relevantes a que a adaptação cambial se desenvolva de forma gradual.
Muitos investidores têm vindo a posicionar-se face à previsível valorização do renminbi: multiplicam-se as emissões de produtos estruturados com a sua remuneração indexada à evolução da paridade do renminbi com o dólar.
Finalmente, a referida sobrevalorização dos títulos da dívida americana pode dar lugar a um ajustamento em baixa, caso diminua a sua procura pelo Japão. A Reserva Federal americana tem monitorado a evolução económica para conter os riscos de inflação, e por esta via, obviar o crescimento das taxas de longo prazo, mas, o défice americano é uma realidade e necessita de aliciar capitais externos através de preços mais baixos para a sua dívida. A aposta em produtos que ganhem com esta desvalorização parece oportuna.
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Colaboração BNP Paribas
Lucros impulsionam acções
A conservação da nossa perspectiva construtiva a médio prazo para as acções assenta, essencialmente, na hipótese de uma subida gradual e moderada das taxas de juro.
11-03-2005, Patrick Mange
Boa evolução dos lucros
Num momento em que, nos Estados Unidos, termina a época de publicação de resultados relativos ao 4º trimestre de 2004, constata-se que os lucros continuam a surpreender pela positiva, isto pelo 7º trimestre consecutivo. Presentemente, os analistas antecipam, para o 1º trimestre de 2005, uma progressão dos lucros das empresas do S&P 500 na ordem de 8,8 % relativamente ao mesmo período do ano anterior, o que, com base nos valores disponíveis, representaria uma descida da ordem de 2,7 % relativamente ao trimestre anterior. Por outro lado, a taxa anualizada seria de 11,9 % na condição de os lucros se manterem ao mesmo nível do 4º trimestre de 2004, hipótese que consideramos absolutamente válida à luz da grande disciplina financeira das empresas que já referimos mais atrás.
Nestas circunstâncias, observar-se-ia o “círculo virtuoso” prevalecente em quase todas as fases de retorno à expansão económica, nomeadamente, um bom nível de produtividade e um reforço da capacidade de fixação dos preços a viabilizar um aumento da massa salarial e do investimento suficientemente grande para manter o crescimento da economia ao seu nível potencial sem degradação das margens. E tanto mais porque o crescimento ao nível potencial se traduz por uma melhor utilização das capacidades de produção e, num contexto de concorrência agravada pela globalização, por tensões limitadas sobre os preços e, por conseguinte, sobre as taxas, com o consequente aumento da alavancagem operacional e, provavelmente, da alavancagem financeira. Resumindo, os lucros deverão conservar uma orientação positiva, podendo mesmo ultrapassar as actuais expectativas.
Embora, do ponto de vista estatístico, seja mais difícil determinar a evolução dos lucros das empresas fora dos Estados Unidos, tudo indica que o mecanismo acima descrito se encontra já em actividade na Grã-Bretanha e em fase de arranque gradual na Zona Euro e no Japão (embora, nestas duas últimas regiões, a taxa de crescimento continue a ser decepcionante, com particular destaque para o caso da Alemanha). Contudo, e à semelhança do que aconteceu nos Estados Unidos durante a fase de retoma, esta evolução deve-se, sobretudo ao saneamento dos balanços das empresas e à maior rentabilidade das mesmas, para o que contribui, essencialmente, o aumento da produtividade. Assim, não constituirá motivo de surpresa que esta política conduza, a médio prazo, a uma “cura de emagrecimento” em termos de emprego e a um controlo rigoroso da rendibilidade dos investimentos (num contexto que leva a evocar o plano Dolores de redução de custos surgido em meados da década de 1990 como resposta ao enfraquecimento do dólar), tanto mais que, presentemente e de forma bem oportuna, os poderes públicos no Japão e em quase toda a Zona Euro se mostram muito mais receptivos a tais alterações, abrandando a regulamentação do mercado de trabalho e realocando maciçamente recursos do sector público para o sector privado. Pela nossa parte, continuamos a não pôr em dúvida que estas políticas microeconómicas e macroeconómicas venham a dar frutos a curto prazo.
Acções: prudência a curto prazo...
O contexto micro e macroeconómico continua favorável aos lucros e, por conseguinte, às acções e a maior parte dos índices atingiu um máximo de 4 anos.
Neste contexto de grande recuperação dos índices accionistas, numerosos indicadores técnicos ou de sentimento de mercado tendem a reflectir uma situação de sobrecompra, nomeadamente (e sem surpresa) nos mercados emergentes, mas, também, na Europa. Excepção feita a algumas situações, tal não parece ser ainda verdadeiramente preocupante, tanto mais que a dinâmica de preços continua muito favorável, mas não deixa de fazer recear uma consolidação a curto prazo. Apesar desta acentuada progressão dos índices, as cotações conservam níveis atractivos relativamente às obrigações, em termos tanto absolutos como relativos.
A conservação da nossa perspectiva construtiva a médio prazo relativamente às acções assenta, essencialmente, na hipótese de uma subida gradual e moderada das taxas de juro. De facto, as cotações das acções seriam pouco ou nada afectadas se, conforme prevemos, o refluxo dos prémios de risco compensar, total ou parcialmente, a subida das taxas e se o encarecimento do crédito não afectar os resultados operacionais (Doron Nissim e Stephen Penman demonstram que, em tal caso, o crescimento do volume de negócios seria mais do que suficiente para compensar o aumento dos custos financeiros). Ora, no contexto já aqui referido de controlo rigoroso dos custos de exploração e num quadro de concorrência internacional intensificada pelo processo de globalização (sem falar na vigilância dos Bancos Centrais em termos de inflação), parece, neste momento, realista o postulado de progressão moderada dos rendimentos obrigacionistas.
Considerando o posicionamento das economias no ciclo económico e a progressão (em íntima associação com esse ciclo) do processo de agravamento das políticas monetárias dos bancos centrais, é previsível que a subida das taxas de longo prazo continue a ser mais moderada na Zona Euro e no Japão do que nos Estados Unidos e que se encontre, virtualmente, terminada no Reino Unido.
... mas manter a médio prazo
Mesmo se, conforme mencionado mais acima, não excluirmos uma pequena consolidação técnica a curto prazo nos mercados accionistas, os elementos fundamentais continuam a ser, claramente, mais favoráveis às acções do que às obrigações. Por conseguinte, continuamos a privilegiar as primeiras, tanto mais que, neste momento, estas exibem (e, na nossa opinião, continuarão a exibir ainda durante muito tempo) uma relação rendimento/risco bem mais atractiva do que nos últimos anos.
A nossa sobreexposição em acções traduz-se, automaticamente, por uma pequena aposta positiva nos Estados Unidos, o que se deve ao peso do mercado norte-americano. Por outro lado, reduzimos a exposição à Zona Euro e, sobretudo, aos mercados emergentes, na medida em que os respectivos indicadores técnicos são os que mais se degradaram na sequência da progressão dos mercados em dois meses, mas conservamos apostas decididas. A nossa única aposta negativa refere-se ao Japão, onde o carácter relativamente favorável do nosso cenário económico não é suficiente para compensar a má orientação dos elementos técnicos, além de que o crescimento dos lucros previsto pelos analistas nos parece, presentemente, excessivo.
Lucros impulsionam acções
A conservação da nossa perspectiva construtiva a médio prazo para as acções assenta, essencialmente, na hipótese de uma subida gradual e moderada das taxas de juro.
11-03-2005, Patrick Mange
Boa evolução dos lucros
Num momento em que, nos Estados Unidos, termina a época de publicação de resultados relativos ao 4º trimestre de 2004, constata-se que os lucros continuam a surpreender pela positiva, isto pelo 7º trimestre consecutivo. Presentemente, os analistas antecipam, para o 1º trimestre de 2005, uma progressão dos lucros das empresas do S&P 500 na ordem de 8,8 % relativamente ao mesmo período do ano anterior, o que, com base nos valores disponíveis, representaria uma descida da ordem de 2,7 % relativamente ao trimestre anterior. Por outro lado, a taxa anualizada seria de 11,9 % na condição de os lucros se manterem ao mesmo nível do 4º trimestre de 2004, hipótese que consideramos absolutamente válida à luz da grande disciplina financeira das empresas que já referimos mais atrás.
Nestas circunstâncias, observar-se-ia o “círculo virtuoso” prevalecente em quase todas as fases de retorno à expansão económica, nomeadamente, um bom nível de produtividade e um reforço da capacidade de fixação dos preços a viabilizar um aumento da massa salarial e do investimento suficientemente grande para manter o crescimento da economia ao seu nível potencial sem degradação das margens. E tanto mais porque o crescimento ao nível potencial se traduz por uma melhor utilização das capacidades de produção e, num contexto de concorrência agravada pela globalização, por tensões limitadas sobre os preços e, por conseguinte, sobre as taxas, com o consequente aumento da alavancagem operacional e, provavelmente, da alavancagem financeira. Resumindo, os lucros deverão conservar uma orientação positiva, podendo mesmo ultrapassar as actuais expectativas.
Embora, do ponto de vista estatístico, seja mais difícil determinar a evolução dos lucros das empresas fora dos Estados Unidos, tudo indica que o mecanismo acima descrito se encontra já em actividade na Grã-Bretanha e em fase de arranque gradual na Zona Euro e no Japão (embora, nestas duas últimas regiões, a taxa de crescimento continue a ser decepcionante, com particular destaque para o caso da Alemanha). Contudo, e à semelhança do que aconteceu nos Estados Unidos durante a fase de retoma, esta evolução deve-se, sobretudo ao saneamento dos balanços das empresas e à maior rentabilidade das mesmas, para o que contribui, essencialmente, o aumento da produtividade. Assim, não constituirá motivo de surpresa que esta política conduza, a médio prazo, a uma “cura de emagrecimento” em termos de emprego e a um controlo rigoroso da rendibilidade dos investimentos (num contexto que leva a evocar o plano Dolores de redução de custos surgido em meados da década de 1990 como resposta ao enfraquecimento do dólar), tanto mais que, presentemente e de forma bem oportuna, os poderes públicos no Japão e em quase toda a Zona Euro se mostram muito mais receptivos a tais alterações, abrandando a regulamentação do mercado de trabalho e realocando maciçamente recursos do sector público para o sector privado. Pela nossa parte, continuamos a não pôr em dúvida que estas políticas microeconómicas e macroeconómicas venham a dar frutos a curto prazo.
Acções: prudência a curto prazo...
O contexto micro e macroeconómico continua favorável aos lucros e, por conseguinte, às acções e a maior parte dos índices atingiu um máximo de 4 anos.
Neste contexto de grande recuperação dos índices accionistas, numerosos indicadores técnicos ou de sentimento de mercado tendem a reflectir uma situação de sobrecompra, nomeadamente (e sem surpresa) nos mercados emergentes, mas, também, na Europa. Excepção feita a algumas situações, tal não parece ser ainda verdadeiramente preocupante, tanto mais que a dinâmica de preços continua muito favorável, mas não deixa de fazer recear uma consolidação a curto prazo. Apesar desta acentuada progressão dos índices, as cotações conservam níveis atractivos relativamente às obrigações, em termos tanto absolutos como relativos.
A conservação da nossa perspectiva construtiva a médio prazo relativamente às acções assenta, essencialmente, na hipótese de uma subida gradual e moderada das taxas de juro. De facto, as cotações das acções seriam pouco ou nada afectadas se, conforme prevemos, o refluxo dos prémios de risco compensar, total ou parcialmente, a subida das taxas e se o encarecimento do crédito não afectar os resultados operacionais (Doron Nissim e Stephen Penman demonstram que, em tal caso, o crescimento do volume de negócios seria mais do que suficiente para compensar o aumento dos custos financeiros). Ora, no contexto já aqui referido de controlo rigoroso dos custos de exploração e num quadro de concorrência internacional intensificada pelo processo de globalização (sem falar na vigilância dos Bancos Centrais em termos de inflação), parece, neste momento, realista o postulado de progressão moderada dos rendimentos obrigacionistas.
Considerando o posicionamento das economias no ciclo económico e a progressão (em íntima associação com esse ciclo) do processo de agravamento das políticas monetárias dos bancos centrais, é previsível que a subida das taxas de longo prazo continue a ser mais moderada na Zona Euro e no Japão do que nos Estados Unidos e que se encontre, virtualmente, terminada no Reino Unido.
... mas manter a médio prazo
Mesmo se, conforme mencionado mais acima, não excluirmos uma pequena consolidação técnica a curto prazo nos mercados accionistas, os elementos fundamentais continuam a ser, claramente, mais favoráveis às acções do que às obrigações. Por conseguinte, continuamos a privilegiar as primeiras, tanto mais que, neste momento, estas exibem (e, na nossa opinião, continuarão a exibir ainda durante muito tempo) uma relação rendimento/risco bem mais atractiva do que nos últimos anos.
A nossa sobreexposição em acções traduz-se, automaticamente, por uma pequena aposta positiva nos Estados Unidos, o que se deve ao peso do mercado norte-americano. Por outro lado, reduzimos a exposição à Zona Euro e, sobretudo, aos mercados emergentes, na medida em que os respectivos indicadores técnicos são os que mais se degradaram na sequência da progressão dos mercados em dois meses, mas conservamos apostas decididas. A nossa única aposta negativa refere-se ao Japão, onde o carácter relativamente favorável do nosso cenário económico não é suficiente para compensar a má orientação dos elementos técnicos, além de que o crescimento dos lucros previsto pelos analistas nos parece, presentemente, excessivo.
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As acções para comprar agora
As acções para comprar agora
Cinco casas de investimento elegem as melhores oportunidades de compra para preparar as carteiras para o segundo trimestre do ano.
11-03-2005, Mafalda Anjos
Quem pretenda preparar a sua carteira para o segundo trimestre do ano, tem neste momento algumas boas oportunidades para ir às compras na praça portuguesa. Brisa, EDP e Jerónimo Martins são as apostas recomendadas pelas casas de investimento contactadas pelo “Semanário Económico”.
A empresa liderada por Vasco de Mello recebeu o maior número de indicações de compra: quatro das cinco casas nomeiam a Brisa como uma boa oportunidade neste momento, depois da queda que sofreu desde o início de Fevereiro. Cristina Vieira da Fonseca, responsável pelo research de acções da Espírito Santo Research, sublinha que a opção pela Brisa passa pela atractiva rendibilidade dos dividendos do papel. “Hoje a Brisa está com um dividend yield de 4,2%, bastante acima da espanhola Abertis, por exemplo”. Para a especialista, a questão da previsível futura subida das yields das obrigações, com impacto nas utilities, tem algum impacto no papel, mas nada que justifique esta queda. O preço-alvo atribuído é de 8,10 euros, o que incorpora um potencial de valorização de 26%.
José Miguel Calheiros, do Banco de investimento Global, partilha da mesma opinião. “Abaixo dos sete euros é interessante comprar uma utility como a Brisa. É um player quase monopolista e com um excelente incentivo a distribuir dividendos. Com as taxas de juro nos 2%, uma acção com um dividend yield acima dos 4% é sempre interessante”, afirma.
A Jerónimo Martins, que apresentou resultados recorde esta semana, é outro dos papéis que mereceu diversas recomendações de compra. A retalhista atingiu em 2004 lucros históricos no valor de 92,5 milhões de euros, volta a distribuir dividendos pela primeira vez desde 2000 e apresentou um ambicioso plano estratégico de expansão, depois de um difícil período de reorganização interna e venda de activos internacionais no Brasil e Reino Unido. Ainda esta semana, a Espírito Santo Research subiu a sua recomendação para a Jerónimo Martins de “neutral” para “comprar”, revendo o preço-alvo em alta para os 13 euros dos anteriores 10,7 euros. Este valor incorpora um potencial de valorização de 17% para o papel.
A Energias de Portugal também merece várias recomendações de compra. Os analistas contactados referem que a indefinição em torno do modelo de reestruturação do sector energético em Portugal fez recuar o papel a níveis bastante baixos, alcançando valorizações atractivas. A EDP regista desde o início do ano a pior performance entre as principais utilities na Europa, bastante atrás das rivais espanholas, apesar dos seus resultados líquidos terem crescido 15,5% em 2004, um aumento do lucro que bateu todas as rivais ibéricas. Para Cristina Fonseca, o potencial newsflow negativo já está incorporado no preço, incluindo a possibilidade de o negócio do gás não ser integrado na esfera da Energias de Portugal, como pretendia João Talone. Por outro lado, o mercado ficou mais tranquilo ao saber que esta administração está disposta a encontrar outras soluções de consenso com o novo governo. O preço-alvo atribuído pela ESR, bem como pelo Millennium bcp investimento, que também recomenda a compra do papel, é de 2,70 euros. Este valor incorpora um potencial de valorização de 21%
O Millennium bcp investimento partilha da eleição da EDP e da Brisa como boas apostas, acrescentando a Altri, a Portugal Telecom e a Sonaecom como títulos favoritos. A Altri, a empresa que ficou com os activos industrias da Cofina depois da cisão dos media, é a empresa que apresenta maior potencial de valorização (67%), com um preço-alvo para o final de 2005 de 2,10 euros.
Já a Caixa Banco de Investimento é a única a referir um banco, o BPI, como uma boa oportunidade neste momento, bem como a Impresa, a SonaeCom, Sonae SGPS, Portugal Telecom e a Corticeira Amorim. Todas as recomendações da Caixa BI são baseadas na valorização actual dos papéis e ao seu upside potencial.
Ganhos moderados nas acções
Depois de, no início de 2005, o PSI-20 avançar quase 6% em apenas mês e meio, o principal índice de referência português começou a corrigir no final de Fevereiro. O que esperar do mercado português durante os próximos meses é a questão que se coloca.
Para o Millennium bcp investimento, é de prever que o mercado nacional evolua em linha com os mercados internacionais, mas que eventuais rotações sectoriais fortes, como a que aconteceu em Fevereiro último das defensivas para as cíclicas, poderão prejudicar momentaneamente a performance do índice português, dada a pouca ou inexistente exposição do mercado bolsista português a sectores como tecnologia, industriais, petrolíferas ou recursos naturais. “Devemos salientar que a composição do índice PSI 20 é muito enviesada para sectores defensivos ou pouco cíclicos”, refere António Seladas, head of research do Millennium bcp investimento. Esta casa alterou no final de Fevereiro a sua recomendação para as acções de “sobreexposição”, que mantinha desde Setembro do ano passado, para “neutral”, justificando que o potencial de subida identificado estava esgotado depois dos ganhos do final de 2004 e início de 2005. “Neste momento, as nossas perspectivas são para uma evolução moderada, dos principais mercados accionistas, limitando-se a remunerar o custo de investir em acções”, explica António Seladas.
A Luso Partners, que elegeu a Brisa, a PT Multimédia e a Jerónimo Martins como acções favoritas para o segundo trimestre, veio ressalvar os riscos que decorrem do nível historicamente elevado que atingiu o preço do barril de petróleo e as consequências que poderá ter ao nível da inflação e, por consequência, ao nível das taxas de juro. “As taxas de juro de longo prazo nos EUA (10 anos) estão agora nos 4,5% o que tem um impacto negativo quer ao nível da avaliação teórica das acções quer ao nível da actividade real das empresas e particulares”, salienta Nuno Serafim.
Quatro critérios para detectar as boas oportunidades
No seu relatório de estratégia de Março denominado “Where to Invest Now”, a Goldman Sachs vem identificar quatro critérios relevantes para encontrar as melhores acções para comprar agora. Segundo esta casa de investimento, os investidores devem escolher empresas segundo quatro critérios considerados relevantes. Em primeiro lugar, devem optar por empresas que beneficiem do crescimento económico sustentado e com perspectivas sólidas de crescimento dos resultados por acção em 2006. Isto porque, na opinião da Goldman Sachs, o mercado ainda não começou a incorporar as perspectivas de crescimento nas economias e das empresas em 2006, e ganharão os que primeiro se posicionarem para este factor impulsionador dos preços das acções. A GS espera que o mercado comece a antecipar as estimativas de resultados para 2006 algures a meio deste ano. Neste contexto, os sectores melhor posicionados neste momento são a Indústria e Tecnologias de Informação, com exposição à expansão económica sustentada, a energia, matérias-primas e saúde. Já os sectores com piores perspectivas são o financeiro e as utilities, fortemente sensíveis à subida das taxas de juro, bem como os bens de consumo.
Para os investidores mais “apressados”, a GS aconselha a escolher os papéis que tenham bom potencial de revisão em alta dos resultados por acção para o corrente ano, destacando todos os sub-sectores relacionados com energia que têm vindo a sofrer upgradings consecutivos em 2005. A energia é, aliás, o sector que lidera os ganhos nos primeiros meses do ano, depois de se ter destacado no ano passado, impulsionado por novos máximos históricos registados no preço do petróleo. Também uma boa opção é escolher empresas de grande capitalização bolsista, já que estas deverão superar as pequenas capitalizações em 2005. Uma análise histórica indica que na parte mais tardia de um período de expansão económica as grandes empresas tendem a superar as pequenas capitalizações.
Cinco casas de investimento elegem as melhores oportunidades de compra para preparar as carteiras para o segundo trimestre do ano.
11-03-2005, Mafalda Anjos
Quem pretenda preparar a sua carteira para o segundo trimestre do ano, tem neste momento algumas boas oportunidades para ir às compras na praça portuguesa. Brisa, EDP e Jerónimo Martins são as apostas recomendadas pelas casas de investimento contactadas pelo “Semanário Económico”.
A empresa liderada por Vasco de Mello recebeu o maior número de indicações de compra: quatro das cinco casas nomeiam a Brisa como uma boa oportunidade neste momento, depois da queda que sofreu desde o início de Fevereiro. Cristina Vieira da Fonseca, responsável pelo research de acções da Espírito Santo Research, sublinha que a opção pela Brisa passa pela atractiva rendibilidade dos dividendos do papel. “Hoje a Brisa está com um dividend yield de 4,2%, bastante acima da espanhola Abertis, por exemplo”. Para a especialista, a questão da previsível futura subida das yields das obrigações, com impacto nas utilities, tem algum impacto no papel, mas nada que justifique esta queda. O preço-alvo atribuído é de 8,10 euros, o que incorpora um potencial de valorização de 26%.
José Miguel Calheiros, do Banco de investimento Global, partilha da mesma opinião. “Abaixo dos sete euros é interessante comprar uma utility como a Brisa. É um player quase monopolista e com um excelente incentivo a distribuir dividendos. Com as taxas de juro nos 2%, uma acção com um dividend yield acima dos 4% é sempre interessante”, afirma.
A Jerónimo Martins, que apresentou resultados recorde esta semana, é outro dos papéis que mereceu diversas recomendações de compra. A retalhista atingiu em 2004 lucros históricos no valor de 92,5 milhões de euros, volta a distribuir dividendos pela primeira vez desde 2000 e apresentou um ambicioso plano estratégico de expansão, depois de um difícil período de reorganização interna e venda de activos internacionais no Brasil e Reino Unido. Ainda esta semana, a Espírito Santo Research subiu a sua recomendação para a Jerónimo Martins de “neutral” para “comprar”, revendo o preço-alvo em alta para os 13 euros dos anteriores 10,7 euros. Este valor incorpora um potencial de valorização de 17% para o papel.
A Energias de Portugal também merece várias recomendações de compra. Os analistas contactados referem que a indefinição em torno do modelo de reestruturação do sector energético em Portugal fez recuar o papel a níveis bastante baixos, alcançando valorizações atractivas. A EDP regista desde o início do ano a pior performance entre as principais utilities na Europa, bastante atrás das rivais espanholas, apesar dos seus resultados líquidos terem crescido 15,5% em 2004, um aumento do lucro que bateu todas as rivais ibéricas. Para Cristina Fonseca, o potencial newsflow negativo já está incorporado no preço, incluindo a possibilidade de o negócio do gás não ser integrado na esfera da Energias de Portugal, como pretendia João Talone. Por outro lado, o mercado ficou mais tranquilo ao saber que esta administração está disposta a encontrar outras soluções de consenso com o novo governo. O preço-alvo atribuído pela ESR, bem como pelo Millennium bcp investimento, que também recomenda a compra do papel, é de 2,70 euros. Este valor incorpora um potencial de valorização de 21%
O Millennium bcp investimento partilha da eleição da EDP e da Brisa como boas apostas, acrescentando a Altri, a Portugal Telecom e a Sonaecom como títulos favoritos. A Altri, a empresa que ficou com os activos industrias da Cofina depois da cisão dos media, é a empresa que apresenta maior potencial de valorização (67%), com um preço-alvo para o final de 2005 de 2,10 euros.
Já a Caixa Banco de Investimento é a única a referir um banco, o BPI, como uma boa oportunidade neste momento, bem como a Impresa, a SonaeCom, Sonae SGPS, Portugal Telecom e a Corticeira Amorim. Todas as recomendações da Caixa BI são baseadas na valorização actual dos papéis e ao seu upside potencial.
Ganhos moderados nas acções
Depois de, no início de 2005, o PSI-20 avançar quase 6% em apenas mês e meio, o principal índice de referência português começou a corrigir no final de Fevereiro. O que esperar do mercado português durante os próximos meses é a questão que se coloca.
Para o Millennium bcp investimento, é de prever que o mercado nacional evolua em linha com os mercados internacionais, mas que eventuais rotações sectoriais fortes, como a que aconteceu em Fevereiro último das defensivas para as cíclicas, poderão prejudicar momentaneamente a performance do índice português, dada a pouca ou inexistente exposição do mercado bolsista português a sectores como tecnologia, industriais, petrolíferas ou recursos naturais. “Devemos salientar que a composição do índice PSI 20 é muito enviesada para sectores defensivos ou pouco cíclicos”, refere António Seladas, head of research do Millennium bcp investimento. Esta casa alterou no final de Fevereiro a sua recomendação para as acções de “sobreexposição”, que mantinha desde Setembro do ano passado, para “neutral”, justificando que o potencial de subida identificado estava esgotado depois dos ganhos do final de 2004 e início de 2005. “Neste momento, as nossas perspectivas são para uma evolução moderada, dos principais mercados accionistas, limitando-se a remunerar o custo de investir em acções”, explica António Seladas.
A Luso Partners, que elegeu a Brisa, a PT Multimédia e a Jerónimo Martins como acções favoritas para o segundo trimestre, veio ressalvar os riscos que decorrem do nível historicamente elevado que atingiu o preço do barril de petróleo e as consequências que poderá ter ao nível da inflação e, por consequência, ao nível das taxas de juro. “As taxas de juro de longo prazo nos EUA (10 anos) estão agora nos 4,5% o que tem um impacto negativo quer ao nível da avaliação teórica das acções quer ao nível da actividade real das empresas e particulares”, salienta Nuno Serafim.
Quatro critérios para detectar as boas oportunidades
No seu relatório de estratégia de Março denominado “Where to Invest Now”, a Goldman Sachs vem identificar quatro critérios relevantes para encontrar as melhores acções para comprar agora. Segundo esta casa de investimento, os investidores devem escolher empresas segundo quatro critérios considerados relevantes. Em primeiro lugar, devem optar por empresas que beneficiem do crescimento económico sustentado e com perspectivas sólidas de crescimento dos resultados por acção em 2006. Isto porque, na opinião da Goldman Sachs, o mercado ainda não começou a incorporar as perspectivas de crescimento nas economias e das empresas em 2006, e ganharão os que primeiro se posicionarem para este factor impulsionador dos preços das acções. A GS espera que o mercado comece a antecipar as estimativas de resultados para 2006 algures a meio deste ano. Neste contexto, os sectores melhor posicionados neste momento são a Indústria e Tecnologias de Informação, com exposição à expansão económica sustentada, a energia, matérias-primas e saúde. Já os sectores com piores perspectivas são o financeiro e as utilities, fortemente sensíveis à subida das taxas de juro, bem como os bens de consumo.
Para os investidores mais “apressados”, a GS aconselha a escolher os papéis que tenham bom potencial de revisão em alta dos resultados por acção para o corrente ano, destacando todos os sub-sectores relacionados com energia que têm vindo a sofrer upgradings consecutivos em 2005. A energia é, aliás, o sector que lidera os ganhos nos primeiros meses do ano, depois de se ter destacado no ano passado, impulsionado por novos máximos históricos registados no preço do petróleo. Também uma boa opção é escolher empresas de grande capitalização bolsista, já que estas deverão superar as pequenas capitalizações em 2005. Uma análise histórica indica que na parte mais tardia de um período de expansão económica as grandes empresas tendem a superar as pequenas capitalizações.
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