A Primeira Prova
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A Primeira Prova
A PRIMEIRA PROVA
Diz-se que o patriarca do Banco Espírito Santo costumava afirmar que o seu banco era como as ‘@@@@@@@’, estava sempre do lado do poder; e essa máxima foi sempre válida, e nos últimos anos até se poderia dizer que o BES havia conseguido transformar o poder num verdadeiro bordel, tantos eram os negócios onde o nome do banco aparecia. De Angola à GALP, da segurança á CGD o nome BES está sempre presente. E até nomeou um director-geral para a DGITA responsável pela informática dos impostos, que se tornou numa importante cliente da Novabase uma empresa que, coincidência das coincidências, tem capital do BES.
Mas não o BES o único banco que dá sinais de ter ultrapassado a postura tradicional da banca, tornando-se parte activa na gestão do poder; outro sinal desse tipo de intervenção da banca foi a nomeação de um gestor do BCP para a DGCI, para não falar do duplo papel de Dias Loureiro como político e como banqueiro.
São muitos os sinais de promiscuidade entre banca e poder, sendo cada vez mais os sinais de que os banqueiros têm um tratamento de privilégio na e à custa da sociedade e da economia portuguesa. E cabe a Sócrates a reposição da fronteira no devido lugar.
É neste contexto que a nomeação de Manuel Pinho para a pasta da Economia merece a maior atenção; pessoalmente gostei de o ouvir falar na economia portuguesa, e não tenho quaisquer motivos para duvidar da sua honorabilidade e da sinceridade com que afirmou que ao se envolver na política estava a dar o seu contributo para o país.
Não considero a sua nomeação criticável só por ser um gestor do BES mesmo que um ministro tenha o problema da mulher de César, além de ser deve parecer; mas a sua actuação vai ser a primeira prova a que o governo de Sócrates vai ser sujeito quanto à independência em relação a determinados grupos de interesses, até porque um dos primeiros dossiers que o ministro da Economia deverá resolver é precisamente o da privatização da GALP onde o BES, que era um dos principais sócios do grupo Fomentiveste (a par da Carlyle e de Ângelo Correia) é parte interessada.
Posted at 3/5/2005 12:52:40 am by Roncinante
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Diz-se que o patriarca do Banco Espírito Santo costumava afirmar que o seu banco era como as ‘@@@@@@@’, estava sempre do lado do poder; e essa máxima foi sempre válida, e nos últimos anos até se poderia dizer que o BES havia conseguido transformar o poder num verdadeiro bordel, tantos eram os negócios onde o nome do banco aparecia. De Angola à GALP, da segurança á CGD o nome BES está sempre presente. E até nomeou um director-geral para a DGITA responsável pela informática dos impostos, que se tornou numa importante cliente da Novabase uma empresa que, coincidência das coincidências, tem capital do BES.
Mas não o BES o único banco que dá sinais de ter ultrapassado a postura tradicional da banca, tornando-se parte activa na gestão do poder; outro sinal desse tipo de intervenção da banca foi a nomeação de um gestor do BCP para a DGCI, para não falar do duplo papel de Dias Loureiro como político e como banqueiro.
São muitos os sinais de promiscuidade entre banca e poder, sendo cada vez mais os sinais de que os banqueiros têm um tratamento de privilégio na e à custa da sociedade e da economia portuguesa. E cabe a Sócrates a reposição da fronteira no devido lugar.
É neste contexto que a nomeação de Manuel Pinho para a pasta da Economia merece a maior atenção; pessoalmente gostei de o ouvir falar na economia portuguesa, e não tenho quaisquer motivos para duvidar da sua honorabilidade e da sinceridade com que afirmou que ao se envolver na política estava a dar o seu contributo para o país.
Não considero a sua nomeação criticável só por ser um gestor do BES mesmo que um ministro tenha o problema da mulher de César, além de ser deve parecer; mas a sua actuação vai ser a primeira prova a que o governo de Sócrates vai ser sujeito quanto à independência em relação a determinados grupos de interesses, até porque um dos primeiros dossiers que o ministro da Economia deverá resolver é precisamente o da privatização da GALP onde o BES, que era um dos principais sócios do grupo Fomentiveste (a par da Carlyle e de Ângelo Correia) é parte interessada.
Posted at 3/5/2005 12:52:40 am by Roncinante
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