Caldeirão da Bolsa

O regresso do pesadelo do petróleo

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por R_Martins » 5/3/2005 1:16

...O regresso do pesadelo do petróleo.
Qual pesadelo qual quê!!!
Quanto mais caro melhor, o imposto é devido ao Estado.Estados ricos, cidadãos na abundância, e mais nada...
Estes chineses, são mesmo burajolas.
R. Martins
Quem não conhece o «CALDEIRÃO» não conhece este mundo
 
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por marafado » 5/3/2005 1:15

Comentário de fecho

04/03/2005 16:47



Europa - A sessão só iniciou verdadeiramente na altura da divulgação dos dados relativos ao mercado laboral.

Os tão esperados payrolls (variação do número de assalariados) foram superiores ao esperado pelos economistas, embora tenham sido inferiores ao murmurado pelos traders de Chicago e de Nova Iorque.

Com as yields a serem uma das principais dores de cabeça dos mercados, os investidores estavam preocupados com o facto de um «número» demasiado forte pudesse aumentar os temores de inflação, fazendo subir as yields.
Todavia, muitos traders que operam nas bolsas de viva voz de Chicago antecipavam um número bastante superior ao dos economistas, acabando assim por ficar satisfeitos com este dado.
Isto levou a uma subida conjunta de acções e obrigações. Os mercados europeus fecharam a sessão com ganhos razoáveis.
Os sectores mais fortes foram as utilities e as companhias petrolíferas.


Portugal - A performance da bolsa nacional não conseguiu acompanhar as das outras praças.
Ao contrário dos demais índices, o PSI20 não pode contar com a subida de todas as suas blue chips. A Sonae e o BCP continuam num impasse próximo dos máximos do ano.

A Brisa beneficiou da subida das yields nos últimos dois dias.

A P.Telecom ganhou algum alento durante a sessão, com as recomendações positivas da Goldman Sachs e da Lehman Brothers. As duas casas melhoraram as suas perspectivas para os resultados da operadora em 2005. Todavia, vendas no final da sessão arrastaram o título para terreno negativo.

Outra acção em destaque foi a Jerónimo Martins que atingiu os máximos desde Dezembro de 2000. Alguns investidores já começaram a antecipar os bons resultados da empresa, os quais serão divulgados na próxima 4ª feira.
Após o sucesso dos últimos dias, a Altri recuou 8.7%.


EUA - Nova Iorque negociava em alta com os principais índices a serem sustentados pelos bons «números» do mercado laboral. A subida era generalizada, com a excepção das empresas petrolíferas que eram alvo de tomada de mais-valias, após a Lehman Brothers ter baixado a sua recomendação para várias empresas do sector.
 
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por marafado » 5/3/2005 1:13

Corte de mil empregos vai suportar margens
Goldman e Lehman sobem previsões para resultados da PT (act)
A Goldman Sachs e a Lehman Brothers publicaram hoje estudos ontem revêem em alta as suas previsões de resultados para a Portugal Telecom, depois da companhia ter ontem publicado as suas contas de 2004 e actualizado as previsões para este ano.

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Nuno Carregueiro
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Susana Domingos
sdomingos@mediafin.pt


A Goldman Sachs e a Lehman Brothers publicaram hoje estudos onde revêem em alta as suas previsões de resultados para a Portugal Telecom, depois da companhia ter ontem publicado as suas contas de 2004 e actualizado as previsões para este ano.

A Goldman Sachs reviu em alta as estimativas para a Portugal Telecom na sequência da apresentação de resultados relativos a 2004 e do «guidance» apresentado para este ano, incorporando agora na sua análise uma estimativa de crescimento de 2% das receitas em 2005.

As principais alterações nas estimativas resultam das perspectivas apresentadas pela empresa para o segmento de receitas domésticas na rede móvel em 2005.

A casa de investimento internacional estima uma subida de 0,5% do EBITDA (ganhos antes de juros, impostos, depreciações/amortizações) em 2005, ao subir as estimativas de EBITDA de 2.410 milhões de euros para 2.422 milhões de euros.

No que se refere ao EPS (ganhos por acção), a subida será, na opinião dos analistas, de 8% este ano, devido a alterações nas depreciações e minoritários.

De acordo com a nova análise feita pela Goldman Sachs, à luz dos resultados apresentados esta semana, a PT oferece um «dividend yield» mais elevado, de 4,4%, contra a anterior expectativa de 3,9%, bem como um maior crescimento das receitas, que deverá atingir os 3,1% entre 2005 e 2008.

Os especialistas realçam, como ponto principal resultante da «conference call», o facto da equipa de gestão se mostrar cautelosa quanto ao «guidance» da empresa para este ano, embora grande parte da estratégia anunciada tenha ficado em linha ou ligeiramente acima das estimativas da Goldman Sachs.

O capex (investimento de capital) em 2005 será de 750 e 800 milhões de euros, com a grande parte a ser aplicado no UMTS, na Vivo, digitalização da TV Cabo e ADSL.

Acções da PT em seis meses

Lehman diz corte de mil empregos vai suportar margens
A Lehman Brothers manteve a recomendação de «equal weight» e o preço-alvo de 10,5 euros para as acções da Portugal Telecom, após a divulgação de resultados da operadora, mas também aumentou ligeiramente as suas estimativas para a empresa. O banco de investimento diz que o corte de mil postos de trabalho vai ajudar a suportar as margens.

Num estudo publicado hoje, a Lehman diz que os resultados da Portugal Telecom do quarto trimestre ficaram em linha com as suas estimativas, tendo as receitas superado as previsões em 1%, enquanto o EBITDA ficou 1% abaixo.

«A PT é bem gerida com uma estratégia clara de utilização de ‘cash flow’, pelo que mantemos a nossa recomendação e o preço-alvo de 10,50 euros», refere o estudo.

A Lehman diz que o negócio de rede fixa e multimédia continuam a apresentar um forte crescimento na Internet de banda larga, mas que o aumento da concorrência pode ser um risco para 2005.

No grupo PT, outro dos riscos existentes para este ano consiste na redução das tarifas de terminação no negócio móvel.

O anunciado objectivo de a Portugal Telecom cortar mil postos de trabalho em 2005 «é positivo, pois irá suportar as margens, enquanto assistimos a um aumento da concorrência», diz a Lehman.

Para 2005 a Lehman aumentou as previsões de receitas em 0,3% (6,31 mil milhões de euros), o EBITDA em 1,3% (2,47 mil milhões de euros) e o lucro por acção em 1,6%. Nas estimativas para 2006, as receitas baixaram 0,5% (para 6,46 mil milhões de euros), o valor do EBITDA foi aumentado em 0,9% (2,56 mil milhões de euros) e o EPS melhorado em 0,5%.

A Lehman aguarda que o lucro (sem extraordinários) da PT suba de 671 para 849 milhões de euros em 2005 e 865 milhões de euros em 2006, apresentando uma taxa de crescimento anual de 11,6% entre 2004 e 2007.

O banco de investimento considera que as acções da Portugal Telecom estão a transaccionar com um desconto face ao sector na Europa, pois negoceia com um PER de 8,9 vezes, contra os 12,9% do sector.
 
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por marafado » 5/3/2005 1:11

Entrevista de Manuel Pinho
«O se passou com o fundo de pensões da CGD não se pode repetir»
Em entrevista de fundo publicada no Jornal de Negócios há seis semanas, Manuel Pinho prometia usar receitas extraordinárias só numa primeira fase. Releia a entrevista e saiba o que agora ministro defende para a Economia.

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Jornal de Negócios Online
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Manuel Pinho garantiu, há seis semanas, que o PS, se viesse a ser Governo, iria reduzir o défice público para um valor inferior a 3% do PIB. Uma redução que só contará com receitas extraordinárias numa primeira fase.

Para 2005, o economista está ciente de que essas receitas serão necessárias, mas percebe-se que o PS ainda não sabe quais irá ou poderá utilizar.

O PS promete ainda realizar a convergência do regime de pensões da função pública para o regime geral da segurança social.

Qual é a alternativa do PS para aumentar a competitividade?

Apresentar uma proposta de crescimento e de consolidação das finanças públicas com credibilidade. Aumentar o potencial de crescimento da economia, para uma média de 3%, através de uma aposta na qualificação, na inovação, na tecnologia, mais concorrência e menos burocracia. Recuperar 150.000 postos de trabalho que foram perdidos durante esta legislatura. Reduzir o défice orçamental para um valor inferior a 3% do PIB, mas de uma forma verdadeira.

Até ao final da legislatura vão ser necessárias receitas extraordinárias. Sabe quais serão essas receitas?

A prioridade é apurar a verdadeira dimensão do défice em 2004 que, segundo a generalidade dos especialistas, não é de 5,2%, mas de cerca de 6% do PIB. Estamos perante uma situação de emergência. As agências de rating já avisaram que iriam baixar o rating da República se nada fosse feito, tal seria muito negativo para a imagem do país.

Mas essa questão não foi estudada? O PS já vai este ano precisar de receitas extraordinárias.

Tem de ser preparada com todo o cuidado, porque o se passou com o Fundo de pensões dos trabalhadores da Caixa Geral dos Depósitos não se pode tornar a repetir.

No programa eleitoral o PS promete repor os incentivos fiscais à Investigação & Desenvolvimento. Quando é que o pretendem fazer?

Já no Orçamento Rectificativo. Para Portugal crescer, é necessário um forte investimento nas qualificações, na inovação e na tecnologia. Será necessário compensar a introdução destes incentivos com a eliminação de outros.

O que propõe o PS em termos de Administração Pública?

A administração pública tem de ser parte da solução e deixar de ser parte do problema. É necessário criar condições para que seja uma alavanca do crescimento. O ajustamento do quadro de pessoal pode ser feito através de uma regra de substituição dos funcionários públicos que se aposentem à razão de dois aposentados por uma nova entrada e da introdução de mais mobilidade. Mas o maior desafio é a modernização.

O PSD propõe subir para 65 anos a idade legal da reforma para os funcionários públicos com menos de 35 anos de idade. O PS promete avançar com o processo de convergência entre o regime da função pública e o regime geral de Segurança Social. Esta convergência vai mesmo acontecer?

O PSD pode prometer o que quiser, o problema é que ninguém vai acreditar. O aumento da despesa pública que se verificou nesta legislatura, 3,5% do PIB, dava para pagar duas vezes a convergência das pensões para o salário mínimo.

Porque não concretizam a vossa proposta?

É claro o que se pretende atingir: que todos os portugueses tenham o direito a pensões de reforma. Que a segurança social tenha uma situação sustentável. A coesão social é um objectivo inalienável.

Vão fixar metas de despesa para as várias áreas do Estado?

No início da legislatura, serão fixados objectivos para os quatro anos, aprovados por um Conselho de Sustentabilidade, no qual participarão personalidades independentes. Cada ano, esses objectivos serão fixados em função da evolução do ciclo económico. Uma vez estabelecidos esses limites, a despesa será distribuída numa óptica top down, como se faz nos orçamentos das empresas. Finalmente, o limite fixado será contratualizado com os diferentes serviços. É possível poupar em todas áreas.

Como funcionará a regra de intervenção anti-cíclica?

Sempre que o output gap variar de x%, o governo deverá justificar a postura que pretende imprimir à política orçamental perante o Parlamento.

O programa refere a aplicação de um imposto mínimo para as sociedades. O que quer este princípio genérico dizer em concreto?

Há dois objectivos muito importantes: simplicidade e equidade. Esta proposta, de que são adeptos diversos fiscalistas reputados, será considerada no âmbito do processo de simplificação do nosso sistema fiscal. Mas todas as alterações terão de ser avaliadas com extremo rigor, os impostos não podem mudar todos os anos, as famílias e as empresas precisam de estabilidade. A instabilidade fiscal é um trade mark do PSD.
 
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por marafado » 5/3/2005 1:10

Criação de trabalho foi maior do que o esperado
Acções americanas valorizam com dados do emprego
As acções americanas fecharam a valorizar, depois do Departamento do Trabalho ter anunciado a criação de mais postos de trabalho em Fevereiro do que o esperado, indiciando que as empresas vêem a procura aumentar o suficiente para justificar a contratação de mais pessoal. O Nasdaq somou 0,59% e o Dow Jones somou 0,99%.

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Jornal de Negócios Online
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As acções americanas fecharam a valorizar, depois do Departamento do Trabalho ter anunciado a criação de mais postos de trabalho em Fevereiro do que o esperado, indiciando que as empresas vêem a procura aumentar o suficiente para justificar a contratação de mais pessoal. O Nasdaq somou 0,59% e o Dow Jones somou 0,99%.

O Dow Jones [Cot] terminou nos 10.940,55 pontos, enquanto o Nasdaq [Cot] fixou-se nos 2.070,61 pontos.

O Departamento do Trabalho revelou hoje que a economia norte-americana criou 262 mil postos de trabalho em Fevereiro, o valor mais elevado desde Outubro passado e que ficou acima das previsões dos economistas. A taxa de desemprego subiu para 5,4%.

Depois de ter criado 132 mil postos de trabalho em Janeiro, os economistas aguardavam que fossem registados 225 mil novos empregos no mês passado. A taxa de desemprego, que é calculada com base num estudo separado da criação de postos de trabalho, aumentou de 5,2 para 5,4%.

O relatório sugere que as empresas estão mais confiantes no futuro da economia e estão a contratar mais trabalhadores, para responder ao aumento da procura.

As acções da fabricante de computadores Dell cresceram 2,17%, enquanto a Intel somou 0,73%. A maior fabricante mundial de alumínios, a Alcoa, valorizou 0,02%.
 
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por marafado » 5/3/2005 1:09

Brisa recua pela quinta semana consecutiva
PT e Sonaecom pressionam bolsa em semana de apresentação de resultados
A apresentação de resultados centrou a atenção dos investidores esta semana na bolsa nacional, com a Portugal Telecom e a Sonaecom, que apresentaram as suas contas em linha com as previsões dos analistas, a não evitarem as maiores quedas. A Jerónimo Martins, que publica resultados na quarta-feira, liderou os ganhos. O PSI-20 ficou a «zeros» e a Brisa registou a quinta semana seguida em queda.

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Nuno Carregueiro
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PSI-20 em três meses

A apresentação de resultados centrou a atenção dos investidores esta semana na bolsa nacional, com a Portugal Telecom e a Sonaecom, que apresentaram as suas contas em linha com as previsões dos analistas, a não evitarem as maiores quedas. A Jerónimo Martins, que publica resultados na quarta-feira, liderou os ganhos. O PSI-20 ficou a «zeros» e a Brisa registou a quinta semana seguida em queda.

O PSI-20 [Cot] terminou hoje nos 7.898,13 pontos, igualando o fecho da sexta-feira anterior, com 10 títulos a subir, oito em queda e os restantes dois inalterados. O índice nacional vinha de duas semanas consecutivas em queda e está agora a acumular um ganho de 3,92% desde o início do ano.

A semana foi marcada pela apresentação de resultados de várias empresas, com a Sonaecom e a Portugal Telecom a apresentarem números globalmente em linha com as previsões dos analistas, facto que foi insuficiente para estimular a compra dos títulos. A empresa da Sonae, apesar de ter registado em 2004 o seu primeiro ano de lucros desde que está cotada, cedeu 3,3%, enquanto a operadora liderada por Horta e Costa, que duplicou os lucros no ano passado, para um valor recorde de 500 milhões de euros, desvalorizou 1,51%.

Já Energias de Portugal, que verificou um ganho mais modesto nos lucros (15,5%), conseguiu apreciar 0,45%, pois os números foram «elogiados» pelos analistas.

Se os resultados apresentados condicionaram a evolução da bolsa na semana passada, nas próximas cinco sessões o cenário deverá ser idêntico, pois também a Impresa (segunda-feira), Jerónimo Martins (quarta-feira) e Sonae SGPS (quinta-feira) vão publicar resultados.

A segunda maior retalhista nacional conseguiu mesmo liderar os ganhos do PSI-20 na semana (6,6%) e atingiu um máximo de Dezembro de 2000, com os analistas à espera de «excelentes» resultados. O segundo lugar do «ranking» das maiores subidas pertence à Reditus, com um ganho de 3,63%, sendo que a empresa liderada por Moreira Rato também publica as contas na terça-feira.

O Banco Comercial Português e a Cimpor também impulsionaram o índice, com uma subida acima de 1%, enquanto a PT Multimédia apreciou 1,07%, depois de ter surpreendido o mercado com um aumento do dividendo de 0,4 para 0,5 euros.

Um dos títulos que mais penalizou o índice foi a Brisa, com uma queda de 2,69%. A concessionária de auto-estradas protagonizou a quinta semana consecutiva em queda, afectada pela subida dos juros das obrigações europeias, que torna menos atractivo o investimento em «utilities».

Mas a maior queda entre os títulos do PSI-20 foi protagonizada pela Cofina, com o mercado ainda a atribuir a valor dos media da empresa de Paulo Fernandes, que passou a negociar destacada dos activos de Media. A Cofina caiu 5,59% na semana e a Altri, nas primeiras quatro sessões em bolsa, avançou 57%, face à primeira cotação de terça-feira.
 
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por marafado » 5/3/2005 1:06

Modelo Continente prossegue plano de expansão no Coimbra Retail Park


Notícia agenciafinanceira.com
(04/03/05)-(Agência Financeira) A Modelo Continente abre então a Worten Outlet, que já tinha sido anunciada, a Vobis e a Sport Zone, no Coimbra Retail Park, «dando assim continuidade à expansão da sua rede de lojas», refere a participada da Sonae em comunicado.

«Estas novas aberturas representam uma aposta por parte da Modelo Continente no retalho especializado, com o objectivo de consolidar a sua posição de liderança, nos respectivos segmento de mercado. Em 2003, as insígnias Worten, Vobis e Sport Zone registaram, no seu conjunto, com 489 milhões de euros em volume de vendas», acrescentam.

Para o administrador da Modelo Continente, Miguel Mota Freitas, «estas novas unidades enquadram-se no nosso plano de expansão da rede para o qual está previsto um investimento de 200 milhões de euros, em Portugal, para o corrente ano. É nosso objectivo continuar a identificar os melhores locais para a abertura de novas unidades tendo sempre em conta as necessidades dos consumidores».

«Começámos o ano no Norte do País, com a abertura de lojas Worten e Modalfa, em Gulpilhares, em Vila Nova de Gaia. A partir de hoje, reforçamos a nossa oferta junto da população da zona centro, dando-lhe assim a possibilidade de acesso a uma vasta variedade de produtos com uma excelente relação qualidade/preços», salienta ainda Miguel Mota Freitas.


Monica Freilão
 
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por marafado » 5/3/2005 1:04

O Futuro da Lusomundo Media
Negócio rápido para um processo longo

J.P.G.


A venda da Lusomundo Serviços à Controlinveste, anunciada pela PT no passado dia 28, culminou um negócio rápido mas um processo de alienação que se prolongou ao longo de todo o ano passado.

Diversos grupos e empresas de media mantiveram a sua atenção voltada para a Lusomundo Media e para os seus apetecíveis activos: JN, DN, TSF, 24 Horas, Tal & Qual, Grande Reportagem, Jornal do Fundão e outros, para além de empresas do sector gráfico e da distribuição.

Mas o ano de 2004 foi agitado politicamente, designadamente com a saída de Durão Barroso do governo e… a saída de Marcelo Rebelo de Sousa da TVI. A imprensa chegou a dar notícia da eventualidade da saída de Marcelo estar associada a negociações em curso envolvendo a TVI. Para além de factores de ordem política, alguns contactos com vista à abertura de negociações ter-se-ão gorado por falta de acordo quanto às verbas envolvidas na previsão do negócio.

O grupo de Joaquim Oliveira foi, entretanto, reorganizado de cima a baixo, no final do ano, após a saída de António Oliveira, que detinha 50 por cento da Sportinveste SGPS, a anterior ‘holding’ do grupo. A Controlinveste, a nova estrutura mãe do grupo Oliveira, foi criada em Dezembro de 2004. Por essa altura, a PT abre a consulta sobre a possibilidade de venda da Lusomundo Serviços, que detém 74,97 por cento da Lusomundo Media. A Controlinveste vai ao mercado e em 1 de Março assina o contrato para a compra. Para trás ficaram outros grupos que, uma ou outra vez, a imprensa dera notícia, ao longo de 2004, de estarem interessados em parte e no todo dos activos da Lusomundo Media. Alguns não chegaram a responder à consulta pública, outros ficaram pela primeira consulta ou pela segunda fase.
 
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por marafado » 5/3/2005 1:03

Oliveira não está vendedor de activos da Lusomundo Media

João Paulo Guerra


O empresário ligado ao futebol terá dito aos seus colaboradores que não irá vender qualquer activo da Lusomundo Media.

Dois administradores da Controlinveste, a ‘holding’ do grupo de Joaquim Oliveira, estiveram ontem pela primeira vez nas instalações da Lusomundo Media, no edifício do Diário de Notícias, em Lisboa.

Oliveira tem um projecto que engloba todos os activos da Lusomundo Media e não está vendedor. “Vender? E porque é que não dizem que eu quero comprar mais?”, terá dito o empresário a alguns dos seus colaboradores mais directos, comentando as notícias que têm dado como certa a futura alienação de alguns dos títulos agora adquiridos. Contactado pelo DE, Joaquim Oliveira não confirmou mas também não desmentiu a autoria da frase.

Por outro lado, o DE sabe que a Controlinveste não recebeu qualquer proposta no sentido de vir a alienar alguma parte do todo que agora adquiriu. A excepção é um contacto informal no sentido de comprar o título 24 Horas, a que o empresário não deu qualquer seguimento. O projecto do grupo de Joaquim Oliveira integra os jornais da Lusomundo com O Jogo, um diário desportivo que faltava naquele universo.

Até à posse definitiva do grupo multimédia agora adquirido pela Controlinveste, e tal como está previsto no contrato, há um plano de gestão a desenvolver de acordo com ambas as administrações. Foi no sentido de accionar e calendarizar esse plano que Rolando Oliveira e Jorge Carreira, em representação da Controlinveste, estiveram ontem na sede da Lusomundo Media.

Foram recebidos pelos administradores Luís Delgado, José Marquitos, Mário Bettencourt Resendes, Manuel Soares, Maria Josete Derrones e Miguel Moreno. Foi o primeiro contacto. Fontes da Controlinveste disseram que tudo foi tratado cordial e “profissionalmente”. O DE sabe que o contrato de venda e compra da Lusomundo Media tem uma cláusula que prevê que todos os administradores do grupo que agora se desliga da PT deverão entregar cartas de renúncia dos respectivos cargos até à tomada de posse definitiva do grupo pela ‘holding’ de Joaquim Oliveira.

Questionadas sobre a capacidade do grupo Controlinveste para gerir todos estes activos, as mesmas fontes afirmam que a empresa elaborou um projecto para a gestão e exploração da Lusomundo Media ao candidatar-se à compra do vasto conjunto de activos que englobam, designadamente, o Jornal de Notícias, o Diário de Notícias e a TSF. Obtidas as garantias de financiamento junto do BCP, a equipa do projecto, coordenada pelo administrador Rolando Oliveira, trabalhou com uma equipa de gestão, que estudou os dossiers relativos ao conjunto do grupo Lusomundo Media e de cada uma das suas empresas, e com um grupo de auditores.

Fonte próxima da administração disse ao DE que o grupo de Oliveira não contratou assessores de comunicação por entender que o negócio não se faria através dos jornais. A mesma fonte salientou que durante toda a fase de consulta, a administração da Controlinveste fez questão em não ter qualquer contacto com administradores da Lusomundo ou da PT, sendo que o próprio Joaquim Oliveira é administrador não executivo do gigante das telecomunicações.

E foi assim que a Controlinveste foi à primeira consulta, passou à segunda fase e acabou por assinar, no passado dia 1, o contrato para a compra da Lusomundo Serviços que detém cerca de 75 por cento da Lusomundo Media. A posse definitiva do todo e das partes da Lusomundo Media por parte da Controlinveste está agora dependente dos pareceres das entidades reguladoras da concorrência e da comunicação social.
 
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por marafado » 5/3/2005 1:02

Actividade nos mercados de Lisboa abranda em Fevereiro

P.F.E.


O volume de negócios no conjunto dos mercados financeiros do Euronext Lisboa registou uma descida no passado mês de Fevereiro.

Apenas o mercado obrigacionista e os certificados aumentaram os seus reduzidos montantes.

Tendo em conta os indicadores síntese do mercado de capitais português, divulgados ontem pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o volume total movimentado no mercado secundário a contado caiu 30% no mês passado para os 11,756 mil milhões de euros.

Nos mercados regulamentados, as acções caíram apenas 2,9% para os 2,283 mil milhões e os ‘warrants’ recuaram 20,8% para 18,3 milhões de euros. No MEDIP, mercado de dívida pública, o recuo cifrou-se em 35,4% para os 8,02 mil milhões de euros, com os Bilhetes do Tesouro a sofreram uma queda de 50,9% para os 790 milhões.

As obrigações contrariaram esta tendência, mas o crescimento de 74,4% foi para apenas 27,4 milhões de euros. Por seu turno, os certificados progrediram 41% e os convertíveis 58,9%, mas também estes instrumentos apresentam volumes muito reduzidos: 2,2 e 14,5 milhões de euros, respectivamente.

Nos mercados não regulamentados, destaque para o Easy Next Lisbon, que sofreu uma queda mensal de 19,2% para um volume total de 52,9 milhões de euros. Os ‘warrants’ foram os grandes responsáveis, com uma descida de 31,7% para os 41,9 milhões.

Refira-se ainda que, em Fevereiro, a volatilidade do PSI 20 baixou para os 7,29%, contra os 8,43% de Janeiro e os 12,48% registado no período homólogo. A amplitude entre o máximo e o mínimo também foi reduzida, nos 3%.
 
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por marafado » 5/3/2005 1:01

As ambiciosas metas da Bayer

Financial Times


Até Sherlock Holmes teria dificuldade em “espremer” informação dos resultados preliminares da Bayer para 2004. Os números das vendas e dos lucros subjacentes estão conformes às previsões.

No entanto, registou-se uma despesa de 154 milhões de euros no quarto trimestre - um valor significativamente mais elevado do que o esperado -, que pode bem ser um indício de futuros problemas, muito embora os detalhes só devam ser anunciados depois de 15 de Março.

A Bayer tem andado ocupada com a sua reestruturação e está, agora, apostada em deixar de ser um conglomerado de produtos químicos e de cuidados de saúde para se transformar num….ora bem, conglomerado de cuidados de saúde e produtos químicos. Avaliar a Bayer não é tarefa fácil, todavia, se olharmos para os três negócios remanescentes - cuidados de saúde, agroquímicos e pesquisa de materiais -, concluímos que as metas da Bayer para 2005 são particularmente ambiciosas, pois fixa o seu rácio preço/lucro (per) em 19. A sua maior rival no negócio de agroquímicos, a Syngenta, negoceia a 12, enquanto o per das suas homólogas da pesquisa de materiais oscila entre 12 e 16. A subida de cinco cêntimos nos dividendos não constitui uma salvaguarda para as acções e respectiva rentabilidade, uma vez que se fica pelos 2%, comparativamente à média do sector, que se cifra nos 3,5%.

A avaliação da Bayer assemelha-se, acima de tudo, à de uma farmacêutica, mau grado esta unidade gerar apenas um quinto dos lucros. Se forem implementados outros potenciais cortes nas despesas e optimizadas as mais-valias da rede de I&D, a Bayer poderá desempenhar melhor a sua missão. Os resultados finais terão, porém, de ostentar verdadeiras “pérolas” se a empresa quiser evitar um ajustamento do preço das acções cotadas em bolsa nos próximos trimestres.
 
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por marafado » 5/3/2005 1:00

Mercados emergentes lideram em 2005

P.F.E.


Os fundos que concentram o seu investimento em acções dos mercados emergentes conseguiram, nos primeiros dois meses deste ano, os retornos mais positivos do mercado, com taxas acima dos 10%.

O Caixagest Acções Mergentes liderou o mercado com um desempenho positivo de 11,55%, seguido pelos seus concorrentes da ESAF (11,06%) e do Millennium bcp Investimento (10,46%).

A esmagadora maioria dos fundos de investimento e de pensões conseguiram oferecer taxas positivas aos seus clientes entre Janeiro e Fevereiro, tendo os produtos de acções confirmado o seu potencial mais elevado de valorização, a par de um maior risco. Os fundos de acções nacionais e planos poupança acções lideraram em média o mercado, com retornos na casa dos 5%.

A taxa fixa apresentou um comportamento à volta dos 1%, o mesmo acontecendo aos fundos de poupança reforma e aos outros fundos de pensões abertos. Refira-se que a generalidade dos Fundos Especiais de Investimento teve um desempenho igualmente positivo, ainda assim abaixo do ponto percentual.
 
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por marafado » 5/3/2005 0:59

Brisa vai cotar acções em Wall Street até final de Março

Vasco Noronha


A concessionária já pediu a admissão à cotação dos seus títulos, que serão negociados sob a forma de ADR.

A Brisa avançou com um pedido de cotação de acções em Nova Iorque, sob a forma de ADR (American Depositary Receipts), às autoridades de Wall Street, prevendo que o processo esteja concluído este mês, adiantou aos jornalistas Luís d´Eça Pinheiro, responsável da concessionária pelas relações com os investidores.

O objectivo desta operação é, segundo o responsável, permitir o acesso das acções da empresa aos investidores que, devido a um conjunto de regras próprias, só podem fazer aplicações em títulos cotados em dólares ou no mercado americano, nomeadamente os fundos de pensões federais, que representam 30% do investimento em títulos no mercado americano.

“Esta cotação em ADR permite ainda melhorar a liquidez”, frisou Luís d´Eça Pinheiro num almoço com jornalistas, onde citou um estudo, nos termos do qual, a liquidez de um título aumenta em 23%.

A cotação da Brisa em ADR será feita com um nível 1 (que não está abrangida pelas regras da SEC, o regulador do mercado americano e que permite à empresa apresentar as contas segundo as regras do Euronext) e a operação está a ser montada pelo Bank of New York, que será a entidade depositária dos ADR da concessionária.

Os títulos da Brisa, que tem actualmente 100 accionistas americanos, serão negociados no chamado sistema OTC (mercado de balcão). Na próxima semana, visando esta operação, o presidente da empresa, Vasco de Mello, estará nos Estados Unidos para uma apresentação da Brisa aos investidores.

PT e EDP já cotam em ADR
A Brisa vai juntar-se à Portugal Telecom e à EDP que, tal como a Cimpor, já cotam em ADR em Nova Iorque.

Os ADR são certificados emitidos nos Estados Unidos, que representam a titularidade de valores estrangeiros, cuja negociação é feita por chamada. Os valores originais ficam depositados num banco, circulando para efeitos de negociação os ADR.

Existem três níveis, sendo apenas o nível 2 o que está sujeito às regras da SEC, como é o caso da PT.

Brisa em baixa
A concessionária tem evoluído em baixa, acompanhando o sector
 
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por marafado » 5/3/2005 0:58

Cobre próximo do máximo histórico inaugura mundo novo de preços altos

P.F.E.


O cobre está a negociar num patamar muito próximo do seu valor mais alto de sempre.

Os fundos especulativos continuam a tirar partido de um crescimento imparável da procura na Ásia, num contexto em que as dificuldades em desenvolver novas explorações continuarão, a médio prazo, a suportar os preços em valores elevados.

O cobre regressou ontem à fasquia dos 3200 dólares por tonelada, depois de ter registado, no início da semana, um máximo de 16 anos nos 3270 dólares. O preço mais alto de sempre neste mercado foi fixado em 1989 nos 3280 dólares.

Esta tendência de preços altos alarga-se a outros metais como o zinco, o alumínio ou o aço. O índice de mercadorias CRB da Reuters, que reúne 17 tipos de metais, subiu esta semana para valores muito próximos do máximo de 24 anos.

Os analistas explicam esta subida com a acção dos fundos especulativos, que procuram compensar, com a aquisição de futuros nestes mercados, o preço baixo do dólar, a trajectória pouco definida dos mercados accionistas e as taxas baixas das obrigações.

Mas, apesar do peso da actividade especulativa, o actual equilíbrio entre a procura e a oferta não permitirá qualquer correcção acentuada dos preços. “Estamos perante um mundo novo de preços altos nas matérias-primas com ligação industrial”, explicou ao DE, João Cantiga Esteves, da consultora Ephi - Ciência Financeira. Este perito atribui os problemas do mercado “ao crescimento da procura na China, que já ultrapassou os EUA como principal consumidor mundial”. Mas também às dificuldades do lado da oferta, nomeadamente “os stocks em níveis muito baixos e os problemas ambientais e tecnológicos que dificultam as novas explorações mineiras”.

“Este problema irá permanecer durante muitos anos, devido ao crescente uso industrial dos metais em telecomunicações, tecnologia e outras indústrias”, acrescentou, sublinhando que as “inovações tecnológicas na exploração só surgirão dentro de 10 a 20 anos e não irão resolver o problema provocado por questões de economia real”.
 
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por marafado » 5/3/2005 0:57

Mota-Engil estreia-se no imobiliário na Hungria

Alexandra Noronha e Diana Brito Nunes


A Mota-Engil está a investir no imobiliário na Hungria, tendo comprado um terreno em Janeiro deste ano para construir um projecto que prevê a colocação de 140 novos apartamentos no mercado.

O empreendimento, situado em Budapeste, tem o início da construção previsto para Setembro deste ano e a conclusão para 2007, estimando-se que gere um volume de negócios de cerca de 13 milhões de euros. Para sistematizar a presença no sector imobiliário da Hungria, a construtora constituiu mais duas empresas nesse país desde o inicio deste ano, a Mota-Engil Real Estate Kft e a Tetenyi Project Development, tendo sido a última especificamente criada para este projecto.

A diversificação do negócio é uma das prioridades da construtura nos vários mercados da Europa de Leste onde actua.

No caso da Polónia a empresa também já tem planos no mercado imobiliário, na área ambiental, depois da recente adjudicação de um projecto para o tratamento de águas, embora o ‘core’ da sua actividade continue a ser a construção e obras públicas, sublinhou António Castro responsável da Mota-Engil para os mercados da Europa Central e do Leste.

A adjudicação de alguns projectos de auto-estradas que ultrapassam os 150 milhões de euros elevam as previsões para a duplicação da facturação da empresa para este ano. Depois de em 2004 a empresa ter registado um volume de negócios na ordem dos 48,2 milhões de euros, para este ano António Castro reitera o objectivo de atingir os 100 milhões de euros. A prazo o objectivo é entrar na Ucrânia, reiterou.

O responsável frisou ainda que o sector da construção polaco tem registado um crescimento superior ao PIB e que os fundos europeus irão servir de estímulo para o sector.

Da sua vasta experiência no mercado polaco, António Castro considera que o país ainda oferece oportunidades de negócio para os investidores estrangeiros através de parcerias ou aquisições de empresas de construção que ainda não foram privatizadas.

Investir no Leste

Pontos fortes
Canalização de fundos comunitários para as regiões do alargamento.

Grande carência de infra-estruturas, nomeadamente ao nível das estradas.

Falta de capacidade empresarial local em dar resposta às necessidades.


Pontos fracos
Necessidade de fortes investimentos para consolidar posição.

Concorrência por parte dos homólogos de regiões mais próximas do Leste.
 
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por marafado » 5/3/2005 0:57

JM decide até 2007 sobre entrada em novos mercados do leste europeu

Diana Brito Nunes e LuÍs Villalobos


Jerónimo Martins vai analisar hipótese de diversificação de negócios na Polónia, tendo já recebido propostas na indústria alimentar.

A Jerónimo Martins (JM) vai definir, até 2007, a entrada em novos mercados na Europa de Leste, sendo a Ucrânia e a Eslováquia, dois dos países prioritários, para cumprir com o objectivo de expansão geográfica a partir da Polónia, avançou ao DE Pedro Silva, director da Biedronka, cadeia de ‘hard-discount’ polaca.

A consolidação da actividade do grupo no mercado polaco é, no entanto, o objectivo imediato da JM, que se prepara para investir 100 milhões de euros este ano na expansão da cadeia de lojas e nos centros de distribuição. Segundo Pedro Silva, o plano de expansão prevê a abertura de 75 lojas por ano, que permitirão reforçar o posicionamento da cadeia Biedronka, que conta actualmente com 735 lojas, ocupando o primeiro lugar do ‘hard discount’ na Polónia. A empresa acredita que este mercado suporta duas mil lojas Biedronka.

Em 2004, as vendas da Biedronka ultrapassaram os mil milhões de euros, o que representa cerca de 1/3 das receitas totais da JM na distribuição alimentar.

Pedro Silva afirmou ainda que outro objectivo até 2007 passa por “encontrar novas oportunidades de modelo de negócio”.

Já Alexandre Soares dos Santos, ‘chairman’ da JM, adiantou à Reuters que “todos os planos em relação ao futuro começam a estar concentrados na Polónia”. Disse também que a diversificação para a indústria alimentar é “uma hipótese que está em estudo”, e que a empresa, “lá para Setembro”, poderá começar a estudar este ‘dossier’.

A vertente industrial, apesar de ter representado apenas 311 milhões dos 3,5 mil milhões arrecadados em 2004, é mais antiga do que a distribuição alimentar em Portugal, e sempre foi defendida por Soares dos Santos. A JM poderá assim optar por investir na indústria polaca, nomeadamente através de um parceiro local. A empresa tem recebido propostas de venda ou projectos para a realização de parcerias Segundo fonte oficial da empresa, estes contactos são “naturais” já que o grupo “é um forte investidor” neste país.

Jardim Gonçalves defende expansão selectiva
A internacionalização selectiva das empresas portuguesas “é a melhor via para a manutenção da autonomia estratégica e dos centros de decisão num contexto de globalização”, defendeu ontem Jorge Jardim Gonçalves, presidente do Millennium bcp. O responsável que falava na abertura da Conferência “Poland’s Roadshow in Portugal – New Business Perspectives”, salientou a experiência de internacionalização da instituição bancária que preside na Polónia e na Grécia, sublinhando a importância estratégica da operação no mercado polaco, através do Bank Millennium, para o desenvolvimento do grupo a médio prazo. “O Bank Millennium está em boa posição para aproveitar as oportunidades de crescimento que se abrem aos bancos de média dimensão no mercado polaco”, considerou Jardim Gonçalves, recordando que a operação neste mercado representou em 2004 16% do activo consolidado do grupo e tem já um contributo positivo para os resultados consolidados do banco, embora ainda pequeno.

Para Jardim Gonçalves não restam dúvidas que o futuro do mercado doméstico é a Europa, uma vez que considera que “o mercado em Portugal é pequeno e oferece poucas possibilidade de crescimento”. No entanto aconselha alguns investidores a procurarem parceiros locais para iniciarem a sua estratégia de internacionalização e adoptar o modelo de negócio à realizado do pais onde se quer implementar.
 
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por marafado » 5/3/2005 0:56

Sonae Indústria estuda aquisição da belga Triax

Sónia Santos Pereira


A Sonae tinha anunciado estar atenta a oportunidades que lhe permitissem consolidar a sua presença na Europa.

A Sonae Indústria, através da sua participada Tafisa, está a analisar o interesse em avançar com a aquisição da belga Triax, empresa que detém três unidades industriais a operar na área dos aglomerados de madeira. Segundo avançou fonte oficial da empresa, a Sonae Indústria “está a analisar o dossier para a compra da Triax, mas ainda não fez qualquer proposta” de aquisição.

A multinacional portuguesa já anunciou estar atenta a eventuais oportunidades que possam surgir no sentido de consolidar a sua presença na Europa e manter a liderança mundial do sector dos aglomerados. O grupo Triax detém a Spano, Spanolux e Dekaply, empresas sedeadas na Bélgica. Para a Sonae Indústria, esta aquisição reforçaria a sua presença industrial na Europa central, onde já explora fábricas na Alemanha, Reino Unido e França, e eliminaria um concorrente. O novo ano arrancou em cheio para a empresa do grupo Sonae que, ainda esta semana, anunciou o interesse em investir na Rússia, avançando com a possibilidade de construir uma fábrica de raiz para abastecer o mercado da Europa de Leste.

O anúncio de venda da Triax, do universo do grupo belga Vanden Avenne, está também a interessar os espanhóis Finsa e despertou o interesse dos belgas da Unilin, que chegaram a negociar a aquisição, embora sem resultados, avança o jornal espanhol “La Voz de Galicia”. O grupo Vanden Avenne decidiu alienar a Triax dado os prejuízos de 20 milhões de euros que registaram no ano passado com a operação industrial de aglomerados de madeira, diz o mesmo jornal. Os belgas solicitaram um valor da ordem dos 167 milhões de euros pelo grupo Triax. O volume de vendas do grupo belga ronda os 163 milhões de euros.

O sector dos aglomerados de madeira está a conhecer alguns movimentos de consolidação. Recentemente o grupo Kronosuisse adquiriu a empresa alemã Hornitex, que estava há mais de quatro anos em processo de falência. A Sonae Indústria também esteve na corrida à aquisição da Hornitex, tendo inclusive chegado a apresentar proposta, que foi preterida. Já a alemã Pfleiderer está na fase final de aquisição da congénere Kunz.

A Sonae Indústria registou lucros de 29,1 milhões de euros em 2004, uma clara inversão face aos quatro exercícios consecutivos de prejuízos. As vendas atingiram os 1.580 milhões.

Presença em três continentes
A Sonae Indústria, considerada por muitos como a única verdadeira multinacional portuguesa, tem 24 fábricas espalhadas por três continentes (Europa, África e América). As sete unidades da Ibéria registaram vendas superiores a 402 milhões de euros em 2004. As duas fábricas do Reino Unido foram responsáveis por uma facturação de 66,4 milhões. A unidade do Canadá apresentou vendas de 212,6 milhões. As quatro alemãs atingiram os 430 milhões. Já as seis francesas ficaram pelos 254,7 milhões e a do Brasil vendeu 279 milhões. As três da África do Sul atingiram os 834,9 milhões. Apesar da performance menos positiva das unidades francesas e britânicas, a SI não está a equacionar desinvestir nessas fábricas
 
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por marafado » 5/3/2005 0:55

Lucros da Modelo Continente crescem para 114 milhões

Sónia Santos Pereira


A operação de retalho no Brasil contribui positivamente para os resultados da empresa.

A Modelo Continente obteve um resultado líquido consolidado de 114 milhões de euros no exercício de 2004, um crescimento de 53% face ao homólogo de 2003, melhoria justificada pelo “contributo marginalmente positivo da operação brasileira” quando comparado com a performance negativa de 2003. A empresa não prevê distribuir dividendos, já que possui um forte plano de investimento para Portugal.

A distribuidora do grupo Sonae registou um volume de vendas líquidas de 3.578 milhões de euros no ano passado, um aumento de 3% face a 2003. Em Portugal, a empresa atingiu um volume de vendas líquidas de 2.600 milhões, uma subida de 2% face a 2003, e no Brasil atingiu os 977 milhões de euros, um crescimento de 7%. A Modelo Continente acabou assim por não conseguir acompanhar o ligeiro crescimento (3%) do retalho moderno em Portugal, sector que para além de sofrer da fraca dinâmica da procura e de uma maior intensidade de oferta, redobrou a competitividade.

As vendas brutas cifraram-se nos 4.159 milhões, mais 4% que no homólogo de 2003. A variação positiva é justificada pela “progressão da actividade da empresa no mercado brasileiro”, lê-se no comunicado ontem divulgado. A operação retalhista no Brasil registou vendas brutas de 4.367 milhões de reais, um crescimento de 16%. No entanto, quando convertidas para euros, as vendas brutas apresentam um crescimento de 11%, situando-se nos 1.202 milhões.

O cash-flow operacional fixou-se, no exercício de 2004, nos 284 milhões de euros, o que corresponde a um decréscimo de 4% face ao período homólogo de 2003. Esta diminuição do EBITDA é justificada pela operação portuguesa, que exigiu um investimento no reforço da agressividade comercial, embora integre um aumento de 14% da operação do Brasil.

Os resultados correntes atingiram os 128 milhões de euros, um aumento homólogo de 23% devido à redução dos encargos financeiros. A diminuição é consequência do decréscimo da dívida, redução do custo de financiamento e do registo de uma mais valia associada à venda de activos financeiros. A dívida líquida fixou-se em 506 milhões.

Portugal e Brasil com projectos de 250 milhões
A Modelo Continente tem um plano de investimentos de 250 milhões de euros para aplicar este ano nas operações retalhistas em Portugal e no Brasil. No país, a empresa pretende despender 200 milhões de euros de forma a consolidar a sua posição no mercado, projecto que integra um “conjunto importante de mini-hipermercados Modelo e lojas de retalho especializado”. A empresa do grupo Sonae tem, para já, agendada a abertura de dois Continentes, no Porto (Antas) e em Loures.

No Brasil, a Modelo Continente quer manter a dinâmica de crescimento com especial atenção nos estados do Sul do país. No ano passado, a companhia investiu cerca de cem milhões de euros, tendo inaugurado 22 lojas em Portugal, num total de 22 mil metros quadrados. Já no Brasil, destacou-se a entrada em funcionamento de dois hipermercados Big.
 
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por marafado » 5/3/2005 0:53

BCE eleva preço crítico do crude até aos 44,7 dólares

Luís Reis Ribeiro


Banco central corta crescimento e alerta para a possível derrapagem dos preços do petróleo.

O Banco Central Europeu (BCE) anunciou ontem que a economia dos Doze deve abrandar este ano face a 2004 e elevou a previsão para o preço médio do petróleo em trinta cêntimos até aos 44,7 dólares. Deixou ainda outro aviso: se o preço do crude for superior, então os riscos sobre o crescimento deste ano vão adensar-se, deixando assim em aberto outra revisão em baixa do PIB. Isto no dia em que o preço do petróleo atingiu novo valor recorde.

Ontem, como era esperado, o BCE cortou a taxa de expansão esperada para o produto dos Doze, de 1,9% para 1,6%, o que significa uma travagem face à expansão de 1,8% de 2004. Aproveitou também para deixar a taxa de juro de referência nos 2%, valor que mantém desde Junho de 2003.

Em relação ao ano de 2006, o banco central também actualizou a sua hipótese de trabalho para o petróleo (de 40,8 para 42,2 dólares) ao mesmo tempo que anunciou uma redução da taxa de crescimento esperada, de 2,2% para 2,1%.

As preocupações do supervisor monetário surgem na mesma semana em que os contratos do Brent, a principal referência para a Europa, voltaram a furar a barreira dos 50 dólares por barril.

Em conferência de imprensa, o presidente da instituição, Jean-Claude Trichet, explicou que o BCE “não está nem optimista, nem pessimista” quanto ao futuro, preferindo antes qualificar-se de “realista e humilde”, escrevia ontem a AFP. De facto, o banco central admitiu que o segundo semestre de 2004 foi “decepcionante” em virtude da retoma frágil de boa parte das economias da moeda única, mas sobretudo das duas maiores, Alemanha e França. No que concerne à inflação – o principal objectivo do BCE é manter a progressão dos preços em níveis inferiores mas próximos dos 2% –, a autoridade monetária reduziu o anterior prognóstico de 2005 para 1,9%, mantendo o de 2006 em 1,6%.

Trichet confirmou que a reunião de ontem não serviu para discutir a política das taxas de juro mas deixou claro que a análise do BCE sobre essa questão “está totalmente em linha” com as dos observadores, que há alguns meses antecipam o início do ciclo de subida das taxas de juro no segundo semestre de 2005, mais provavelmente no final do ano.

O BCE observou que a forte aceleração da liquidez monetária (M3) e a dos preços do petróleo enfatizam possíveis riscos inflacionistas no médio prazo, razões que apelam à constante “vigilância” do banco central e que podem reforçar os argumentos a favor da subida dos juros. Para já, as condições monetárias historicamente favoráveis continuam a ser úteis para dar força à retoma frágil da zona euro
 
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por marafado » 5/3/2005 0:52

Fiscalidade
Empresas concordam com medidas de combate à fraude de Bagão Félix

Elisabete Miranda


Maioria das 183 empresas inquiridas pela Deloitte subscreve a definição de um tecto aos benefícios fiscais e aos lucros imputáveis ao ‘off-shore’ da Madeira.

Uma larga maioria das 183 empresas que responderam a um inquérito da Deloitte sobre as medidas fiscais constantes do Orçamento do Estado para 2005 avaliam de forma positiva as alterações direccionadas ao combate e à fraude contributivas e apoiam as limitações ao usufruto de benefícios fiscais em sede de IRC.

A decisão de Bagão Félix que reúne mais apoio dos inquiridos prende-se com a descida da percentagem de proveitos que os bancos podem imputar às suas sucursais financeiras exteriores (SFE) da Zona Franca da Madeira. Manuela Ferreira Leite tinha estabelecido este tecto em 20%, mas o ministro das Finanças cessante achou-o demasiado generoso e cortou-o em cinco pontos percentuais, uma decisão que merece concordância de 78,5% dos inquiridos.

Igualmente meritória, na perspectiva da maioria das sociedades que colaboraram, foi a imposição de um tecto máximo ao usufruto de benefícios fiscais em IRC. Este ano, o imposto pago por uma empresa não pode ser inferior a 60% do que ela pagaria se não tivesse tirado partido desses incentivos. A lista de benefícios fiscais que concorrem para o cálculo deste limite é menos ambiciosa do que Bagão Félix chegou a dar a entender (deixa de fora, por exemplo, os benefícios fiscais atribuídos ao ‘off-shore’ da Madeira ou os regimes especiais de tributação, por exemplo), e merece a aprovação de 57,2% dos entrevistados.

Além destas normas anti-abuso, a maioria dos inquiridos considera que a flexibilização do segredo bancário (43,8%) e o cruzamento de informação (64,7%) são armas “eficazes” ou “muito eficazes” no combate à fraude e evasão e contributivas. O recurso aos sinais exteriores de riqueza também é considerada eficientes por 55,2% e 31,5% dos entrevistados, ao contrário do que acontece com o recurso a métodos de avaliação indirecta.
 
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por marafado » 5/3/2005 0:51

Dólar fraco retira às empresas benefícios da melhoria do mercado em 2005

Lusa


A continuação do dólar fraco vai retirar às papeleiras europeias os benefícios de uma esperada melhoria das condições de mercado este ano, afectando a sua situação financeira, considera a Standard & Poor´s numa análise hoje divulgada.

Para a empresa de notação financeira, as empresas do sector da floresta e papel "enfrentam duros desafios" este ano, devido ao dólar fraco, e consequente embaratecimento das importações norte-americanas, subida dos custos de energia e matérias-primas, e excesso de capacidade de produção instalada.

A baixa do dólar facilita ainda a entrada de importações asiáticas, denominadas na divisa norte-americana, e encarece as exportações europeias para os Estados Unidos, mercado onde, não obstante, se assiste já à melhoria da procura e preços.

"Esta desvantagem de custos para as empresas europeias pode ter um impacto ainda maior, se as actuais taxas de câmbio continuarem a longo prazo", refere a análise de mercado hoje divulgada.

"Embora seja de esperar um desenvolvimento positivo nos preços [de mercado] este ano, os efeitos negativos mitigam o nível dos aumentos de preços e benefícios para os resultados e geração de capital", afirma o analista Alf Stenqvist.

A Standard & Poor´s considera que as actuais dificuldades pressionam a "qualidade do crédito" das papeleiras europeias, e lembra a recente descida de notação financeira de dois gigantes do sector, a M-Real e a Sappi, "duas empresas muito expostas ao difícil mercado dos papéis finos", o mesmo em que actua a portuguesa Portucel.
 
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por marafado » 5/3/2005 0:50

PSI 20 fecha semana sem variação

DE


O principal índice da Euronext Lisboa, o PSI 20, fechou a semana sem alteração face à semana anterior, interrompendo uma série de duas quedas consecutivas.


As principais praças internacionais estiveram esta semana em alta, corrigindo das quedas da semana anterior, isto apesar de os preços do petróleo terem voltado a ultrapassar os 55 dólares por barril.

Na Euronext Lisboa, o PSI 20 caiu em dois dos cinco dias, embora em apenas duas sessões tenha havido variação relevante.

Dos 20 títulos que compõem o principal índice accionista português, metade subiu, oito desceram e dois ficaram inalterados, a Semapa e a Corticeira Amorim.

As subidas de BCP e EDP acabaram por contrabalançar a queda da Portugal Telecom, o que deixou o índice na linha de água.

A EDP, que apresentou resultados positivos, subiu ligeiros 0,45%, para 2,23 euros, enquanto o BCP ganhou 1,42%, para 2,14 euros. A Portugal Telecom, que apresentou resultados de 2004 em linha com o esperado, caiu 1,51%.

A sua participada PTMultimedia ganhou 1,07%, puxada pelo dividendo de 2004 e pela venda da Lusomundo Serviços à Controlinveste, por cerca de 300 milhões de euros.

Os destaques positivos da semana foram a Jerónimo Martins e a Reditus. A Jerónimo Martins ganhou 6,6 %, negociando em novos máximos desde Dezembro de 2000. A Reditus corrigiu das quedas da semana anterior e valorizou 3,63 euros.

Nas quedas, a pior evolução pertenceu à Cofina, caindo 5,59%, na semana em que a Altri, que passou a agrupar os activos industriais anteriormente na Cofina,
começou a negociar-se na Euronext Lisboa.

A Altri despertou grande interesse entre os investidores, tendo conhecido fortes ganhos em três sessões e uma, a última, de queda.

De referir ainda as quedas de Sonaecom (-3,3%) e Brisa (-2,69%).
 
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O regresso do pesadelo do petróleo

por marafado » 5/3/2005 0:49

O regresso do pesadelo do petróleo

Helena Garrido, Pedro Marques Pereira e Vasco Noronha


O preço do petróleo atingiu ontem em Londres um novo recorde histórico, ultrapassando os 52 dólares por barril.

Desde o início do ano, o petróleo já aumentou 31,7%. E o comportamento do euro face ao dólar não permitiu que esta subida fosse anulada. Hoje o petróleo está mais caro mas o euro também está menos valorizado que no início de 2005, colocando os doze países que partilham a mesma moeda numa situação mais desfavorável. Este novo impulso em alta dos preços do petróleo foi aparentemente provocado por declarações do secretário-geral da Organização dos Países Exportadores de Petróleo que admitiu a hipótese de o petróleo chegar aos 80 dólares por barril nos próximos dois anos. Uma declaração que foi suficiente para especuladores e compradores se colocarem de imediato em posições de protecção de perdas, fazendo disparar os preços. Independentemente desta razão específica, parece estar instalado no mercado um novo nível para os preços do petróleo. Valores que nada têm a ver com razões conjunturais, de instabilidade nesta ou naquela zona do globo, mas com factores de natureza mais estrutural, relacionadas com o crescimento de economias da dimensão da China e da Índia. Para um país como Portugal, que pouco ou nada fez para reduzir a sua dependência energética do petróleo, estas são as piores notícias possíveis.



PT duplica lucros com poupanças no pessoal

Um número bem redondo, 500 mil euros, foi o resultado líquido obtido pela Portugal Telecom em 2004. Mais do dobro dos resultados líquidos registados no exercício anterior. Apesar das melhorias em diversos negócios do grupo, com destaque para a rede móvel em Portugal, a maior parte dos ganhos está relacionada com o programa de redução de custos (leia-se de pessoal). No entanto, ao contrário do que se possa pensar, esse ganho não resultou tanto da maior eficiência dos trabalhadores, mas de, em 2003, a empresa ter gasto uma verba muito superior em reformas antecipadas e indemnizações do que no ano passado. A empresa despediu 1.530 trabalhadores em 2003 e apenas 615 em 2004. Excluindo esta “poupança” extraordinária, os resultados teriam subido uns mais normais 38,5%. O programa de redução de pessoal volta a acelerar este ano, com um milhar de postos de trabalho. Ou seja, este não será ano de poupança. Até porque cada despedimento custará, em média, 250 mil euros por cabeça.


Diversificar as fontes de financiamento

A Brisa vai avançar para o mercado norte-americano e, até ao final deste mês, terá títulos seus cotados em Wall Street, sob a forma de ADR, isto é, de certificados que representam activos seus depositados num banco, no caso o Bank of New York, e que poderão assim ser negociados por investidores americanos, nomeadamente os institucionais, que só podem fazer aplicações em empresas estrangeiras, se cotadas em dólares ou nos mercados norte-americanos. No ar fica a pergunta se a decisão da Brisa se justifica quando outras empresas nacionais que já testaram este modelo dele desistiram como foi o caso do Millennium bcp. A acreditar nos responsáveis da Brisa parece que sim. Isto porque, a concessionária escolheu o nível 1 dos ADR, isto é, aquela que não a obriga a alterar o sistema de informação que actualmente segue quanto às suas contas, e ao qual já é obrigada por via do Euronext. E assim, sem ter que alterar o seu ‘reporting’ e regras de informação, a Brisa diversifica as suas fontes de financiamento para avançar com a sua estratégia.
 
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