Caldeirão da Bolsa

PSI-20 cai pressionado por 14 títulos em queda

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por marafado » 2/3/2005 21:32

Maria José Nogueira Pinto: A importância das funções sociais

Mário Baptista


A definição de políticas sociais foi o principal tema das intervenções de Maria José Nogueira Pinto.

Para a provedora da Santa Casa da Misericórdia, “a carga ideológica que normalmente é associada a um Governo socialista é um disparate, uma vez que há uma ideia peregrina segundo a qual a esquerda gosta mais dos pobrezinhos, embora depois não os saiba definir”. Nogueira Pinto, uma das ministeriáveis na área do CDS/PP, não tem dúvidas em considerar que o Rendimento Mínimo Garantido, da autoria do socialista Ferro Rodrigues, quando era ministro da Solidariedade e Segurança Social,“foi uma boa ideia, e que é igual ao Rendimento Social de Inserção”, mas o mais importante é “apostar em políticas de emprego que recuperem os centros de reconhecimento, validação e certificação, que apoiem os toxicodependentes, as minorias étnicas, os desempregados de longa duração e as mulheres, bem como as políticas para a família”. Na vertente de Saúde, Nogueira Pinto sublinha que a prioridade deve ir para os cuidados extra-hospitalares, seja nos cuidados continuados, seja nos primários.
 
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por marafado » 2/3/2005 21:31

João Ferreira do Amaral: Desbloquear incentivos aos empresários

Mónica Silvares


O economista João Ferreira do Amaral considera que o Governo deve “altera a filosofia” seguida até agora e “desbloquear tudo o que são incentivos à actividade empresarial”.

Com este conselho o professor do ISEG não quer ver repetidos “os erros do passado, de dar tudo a todos”, mas, na realidade, “existe dinheiro parado para isso. João Ferreira do Amaral considera que é importante “dar um sinal ao sector privado” que tem concentrado demasiado os seus investimentos, segundo o economista, no sector de bens não transaccionáveis, “razão pela qual a economia está como está”. “É muito importante também não cometer o erro de apoiar actividades que já estão condenadas”, alertou o responsável sublinhando que este é um equívoco “vulgar”.

A promoção da confiança é outro dos pontos em que o Executivo deve apostar para promover os investimentos, Para tal a “desburocratização é essencial”. O economista teme que o novo Executivo opte por “fazer estudos, que darão excelentes razões para que tudo fique na mesma”. Um luxo a que o país não se pode dar.
 
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por marafado » 2/3/2005 21:30

Políticas públicas deviam ser agrupadas

Mário Baptista


Nogueira Pinto e Correia de Campos sugerem políticas integradas para o emprego, educação, família e saúde.

Os dois ministros-sombra do PSD e do CDS/PP, António Correia de Campos e Maria José Nogueira Pinto, defenderam que a junção da Saúde com a Segurança Social seria uma medida importante a tomar pelo Governo liderado por José Sócrates. No Observatório que reuniu os especialistas que colaboram com o Diário Económico, este tema fez parte da discussão sobre a composição do novo Executivo, mas ganhou vida própria com as propostas de Nogueira Pinto e Correia de Campos. A personalidade que seria ministra da Saúde num Governo do CDS/PP considera que os sectores do “emprego [entendido como Segurança Social], educação, família e saúde” deviam ser alvo de políticas integradas, uma opinião partilhada, no que diz respeito à Saúde e à segurança social, por António Correia de Campos.

Maria José Nogueira Pinto enfatizou a necessidade de apostar nos cuidados extra-hospitalares, criticando a intenção do Executivo social-democrata e popular em avançar com dez novos hospitais: “se for para a frente, estamos feitos”, disse, porque “a promoção da saúde e a prevenção da doença ficam prejudicadas com a implementação dessa medida”. Crítica dos operadores privados, a provedora da Santa Casa afirmou que “é realista não contar com os privados para nada”, argumentando que têm “uma total ignorância sobre o sector e pensam que podem entrar nesta área sem saber nada”. Contundente, disse que “a ideia do imobiliário e das residências para idosos colide com a mentalidade portuguesa, porque os idosos preferem deixar uma casa aos filhos a vendê-la e ir viver para uma residência hospitalizada”.

Raio X do sector
Correia de Campos preferiu avançar com o discurso, alinhado por tópicos. O académico identificou quatro oportunidades e cinco ameaças para o sector da Saúde, nos próximos anos. O “desconhecimento da situação orçamental” é a primeira ameaça. Diz o professor que há “um buraco de 800 milhões, a que acrescem 600 milhões transitados de 2004”, razão pela qual os socialistas propõem-se avaliar a experiência da empresarialização e ponderar a passagem destas unidades de saúde a Entidades Públicas do Estado.

A segunda ameaça diz respeito à “instabilidade na mudança”, resultante das 31 nomeações que terão de ser feitas para os conselhos de administração dos hospitais-empresa. O aperto financeiro que resulta da “escalada tecnológica”, que leva a um “desastre completo nos gastos hospitalares com medicamentos”, é a terceira ameaça que o próximo Governo vai enfrentar. Isto porque, continua Correia de Campos, “o crescimento das despesas com medicamentos só não ultrapassou os dois dígitos porque a norte-americana FDA proibiu dois medicamentos muito usados em Portugal, e mesmo assim nos hospitais houve uma subida de 15 a 20% nos gastos”.

A “multiplicidade de estatutos” é outro dos problemas, porque “quem regular tem de se preocupar com quatro entidade juridicamente diferentes - os hospitais SA, os do SPA, os das parcerias público-privadas, e ainda o Amadora-Sintra. Outro dos testes é a gripe das aves, porque “um pequeno surto põe-nos à beira da ruptura, uma vez que não sabemos gerir as camas.

Anda assim, Correia de Campos mostra-se optimista. “A força da maioria absoluta permite pôr os ‘lobbies’ entre parêntesis”, afirma, considerando que “os consensos sobre a reforma da Saúde são amplos”. Mais problemáticas, no entanto, são as contas, nas quais “ninguém confia”.
 
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por marafado » 2/3/2005 21:29

Governos demissionários obrigados a ter regras claras

Mário Baptista


Valadares Tavares propôs um acordo nacional para convocar eleições quando o primeiro-ministro sair do cargo.

A maioria dos especialistas reunidos anteontem de manhã no Observatório Permanente do Diário Económico apoia a sugestão de Luís Valadares Tavares sobre a necessidade de um “acordo nacional para a convocação de eleições” nos casos em que o primeiro-ministro tenha de abandonar funções.

Analisando a saída de Durão Barroso para a presidência da Comissão Europeia, os especialistas concentraram-se nos efeitos da instabilidade política e na filosofia que deve nortear um Governo de gestão, nomeadamente na política de nomeações para a Administração Pública.

O presidente do Instituto Nacional da Administração (INA) afirmou que, nestes casos, “o Governo de gestão devia ser coordenado pelo vice-primeiro-ministro”, e daí a necessidade “de se saber quem é o número dois do Governo”.

No encontro, foi também defendida a necessidade de restringir ao mínimo os actos de um Governo de gestão. O presidente do INA explicou que “as competências do Governo de gestão não estão clarificadas, e por isso deveriam usar de bom senso e evitar a celebração de contratos de longo prazo, grandes investimentos públicos e considerar que, se a lei impede a nomeação de directores-gerais e sub-directores gerais, daí decorre o impedimento ético de nomear presidentes de empresas”.

Estava dado o mote para a discussão sobre a formação do novo Governo (ver texto nestas páginas) e a análise da saída de Durão Barroso, para a presidência da Comissão Europeia.

A institucionalização dos procedimentos de substituição do primeiro-ministro foi criticada pelo presidente da Associação Portuguesa de Bancos, João Salgueiro, que considerou que isso abriria caminho a considerar-se o abandono de funções como um hábito, e não uma excepção.

A provedora da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Maria José Nogueira Pinto, notou, no entanto, que “isso obriga a mexidas na Constituição” e argumentou que “a saída de Durão Barroso não cabe na alínea das faltas e impedimentos, foi uma troca por um emprego melhor”. De resto, sublinhou que “deve ser o bom senso a determinar o que é ou não um acto de gestão”.

Posição contrária teve Teresa Gouveia, que defendeu que “a saída do primeiro-ministro não deve implicar eleições”. A antiga ministra dos Negócios Estrangeiros disse que “o Presidente da República não exorbitou as suas competências” quando resolveu dar posse a Santana Lopes. A ex-ministra, de resto, contrariou a posição oficial do PSD, apoiando Jorge Sampaio na decisão de convocar eleições: “Tinha razão [em dissolver a Assembleia da República] porque o Governo era descoordenado”.

Na análise dos resultados eleitorais de Fevereiro, a tónica centrou-se, mais, na “culpa” do PSD pela maioria absoluta dos socialistas: “a abstenção baixou por demérito do Governo anterior”, disse, nma análise corroborada por Valadares Tavares.
 
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por marafado » 2/3/2005 21:28

Observatório Permanente do DE
Governo mais pequeno e novo conceito de Função Pública

Mário Baptista


Especialistas defendem menor intervenção dos ministros e mais responsabilização da Administração Pública.

Um Governo mais pequeno, que deixe para a Administração Pública a aplicação de um novo conceito, uma liderança forte do primeiro-ministro, e sinais claros de que as medidas de contenção orçamental e de relançamento da economia são para manter ou acelerar.

Em síntese, é isto que os especialistas do Observatório Permanente do Diário Económico esperam que José Sócrates seja capaz de fazer. Na reunião, Maria José Nogueira Pinto defendeu a necessidade de constituir uma equipa que comande “políticas integradas no emprego, na educação, família e saúde”.

A provedora da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa criticou a ideia de privilegiar “o assistencialismo em vez do empowerment” e defendeu “um Governo mais pequeno, assente num novo conceito de Administração Pública que deixe de obrigar os ministros a compensarem a ineficiência das várias direcções-gerais”.

Uma ideia partilhada pela generalidade dos presentes. Valadares Tavares, por exemplo, defendeu a ideia de “um ministro com um secretário de Estado”. Já o economista João Ferreira do Amaral argumentou a constituição de um Governo pequeno com “a redução de serviços não essenciais e com o sinal que é dado a todas as estruturas inferiores dos sacrifícios que é preciso fazer”.

O presidente da Associação Portuguesa de Bancos, João Salgueiro, defendeu que o Governo seja “o mais reduzido possível” e acrescentou que “uma diminuição dos ministros e secretários de Estado levará a uma maior responsabilização da administração pública”.

A antiga secretária de Estado com este pelouro Suzana Toscano, elencou as medidas que considera necessárias para modernizar o funcionalismo público português e criticou o PS por “estar contra o discurso de rigor quando não tinha a perspectiva de ser Governo, e de atacar o discurso mais ligeiro de Santana Lopes, quando percebeu que poderia chegar brevemente ao Governo”.

Contra a “politização da Administração Pública”, teorizou que “a aritmética ideal do novo Executivo depende da personalidade cada ministro e da liderança do primeiro-ministro”, porque “ou é uma subsecretaria de Estado ou um Ministério megalómano”.

Mais pragmático, António Correia de Campos disse “não ser possível constituir um Governo com menos de 14 ou 15 ministérios”, e propôs “a junção da Educação e da Formação Profissional, a Saúde com a Segurança Social, a Cultura e o Desporto, e o Ambiente com a Agricultura”. Depois, esclareceu que aquela era uma visão pessoal, porque “não há informação sobre o novo Governo”.





Comentários

anonimo
Sugestão para conter a despesa da função pública: Controlar as empresas privadas que trabalham para o estado. Qualquer aplicação informática deveria ser só paga uma vez e não ser paga várias vezes. Ver quantos meses ou anos ultrapassam o prazo do contrato... Deixar os funcionários públicos fazerem também as aplicações..... Mostrar que as maiores aplicações, por exemplo na justiça, que funcionam, foram desenvolvidas por funcionários públicos. Qualquer aplicação informática que dê problemas ou deveria estar feita há anos e paga há anos e com novos contratos deveriam ser investigados
Joao Pereira (Joao.j.pereira@seg-social.pt)
Junção da seg. social com a saúde não faz qualquer sentido, uma coisa nada tem a ver com a outra a menos que se acabasse com o serviço nacional de saúde que, apesar de tudo, é dos sistemas públicos de saúde mais aprovados na euroopa.
 
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por marafado » 2/3/2005 21:27

Obviamente!

António Gaspar


“A política é quase tão excitante como a guerra, e não menos perigosa. Na guerra as pessoas só podem ser mortas uma vez, mas na política diversas vezes”. Winston Churchill (1874-1965)

Pela importância que a situação compaginou, encontro ser pertinente tecer alguns comentários às eleições legislativas bem como ao cenário político novo, que de tal facto decorreu.

Presidente da República. O meu primeiro “obviamente” vai para ele. Inteligentemente deu posse a um primeiro-ministro que fora indicado por uma maioria coligada; não quis que mais tarde lhe passassem o ónus duma eventual má decisão favorecendo o partido a que pertence. Foi dando corda ao indigitado primeiro-ministro com a qual aos poucos este se foi enforcando. Quando todo o país percebeu que a sua liderança nos levava cada vez mais para um beco sem saída, o Presidente da República fez a única coisa que tinha a fazer – dissolver a Assembleia da República e desta forma convocar eleições antecipadas. O povo e o país vieram a dar-lhe totalmente razão. Não só o nível de abstenção se situou em níveis historicamente baixos, como alterou de forma radical o xadrez politico-partidário. “Obviamente” que esteve bem e fez o que tinha de ser feito.

José Sócrates. Pela campanha que fez e pelo demérito do seu principal adversário, conduziu o seu partido a uma vitória histórica. O nível de expectativas que os portugueses têm ao lhe concederem uma maioria absoluta, responsabiliza-o ainda mais. Vai ter quatro anos totalmente com via-verde para traçar políticas e desenhar estratégias, que conduzam o país para o caminho do desenvolvimento, da justiça social, de reformas na saúde, no sistema fiscal, na justiça e na administração pública. No lançamento de ideias no capítulo científico e da inovação e sobretudo, na transmissão de confiança aos agentes económicos para que estes possam investir, gerar mais emprego e riqueza para o país. “Obviamente” que tem todas as condições para constituir um governo forte e para inverter um ciclo que caiu pela obra que não conseguiu fazer.

Santana Lopes. “Obviamente” que se devia ter demitido! Depois do cataclismo que o seu partido viveu nesta noite eleitoral, não lhe restava outro caminho que não fosse deixar a liderança e dar a vez a outros. Nunca percebeu que ele não era parte do problema, mas sim o próprio problema! De trapalhada em trapalhada foi afundando a cada dia que passava as suas ambições pessoais e mais grave, hipotecando o próprio partido. Não conseguiu perceber que o país não apreciava o seu estilo de governação e tão pouco via estratégia que levasse a uma melhoria nas condições de vida já bastante degradadas. Sai sem honra e sem glória. Para a maioria dos portugueses torna-se evidente que ficou agarrado ao poder e que só muito tardiamente tomou a opção mais ajustada ao seu desaire. Podia ter evitado essa imagem e fechar o seu ciclo com outra dignidade.

Jerónimo de Sousa. Confesso que foi uma surpresa a sua prestação como líder do partido comunista. Visivelmente inferiorizado perante os seus concorrentes, consegui com a sua forma particular de fazer política, galvanizar uma eleitorado fiel e ainda subir o peso eleitoral do partido, regressando à posição de terceira força política no nosso país. “Obviamente” que ganhou nos principais objectivos que o partido definiu.

Paulo Portas. “Obviamente” que não lhe restava outra alternativa que não fosse a sua demissão, depois de ter falhado todos os principais objectivos a que se tinha proposto atingir. Fê-lo com grande dignidade, sabendo extrair as ilações pessoais que tal derrota tinha configurado. Na política perde-se e ganha-se. Quando se perde como Portas perdeu - em toda a linha - ele sabe que o caminho é só um. E foi esse o rumo que segui. “Obviamente”.

Francisco Louçã. O mais qualificado dos principais líderes partidários. Consegui que o seu partido quase triplicasse em número de deputados. É obra! “Obviamente” um dos vencedores destas eleições. Agora com responsabilidades acrescidas, seria bom que passasse das propostas aos actos, isto é, não só é importante denunciar o que está mal, mas mais importante é demonstrar como se faz a correcção. Louçã é um académico e falta-lhe a dimensão da realidade. Uma coisa é saber-se que a economia portuguesa não pode crescer 1,2% ao ano; outra coisa bem distinta é criar condições para alterar esta constatação. E não me parece que seja com propostas radicais que a situação se resolva. Existem bons e maus empresários, tal como existem bons e maus políticos. Agora tratar todos os empresários como “exploradores e vilões”, não só não me parece correcto como se afigura extremamente injusto e perigoso. “Obviamente” que menos radicalismo e mais realismo lhe ficaria bem.

Por tudo o que se passou, são estes os meus “obviamentes”.

Para bem de Portugal e do nosso bem-estar, espero que daqui a quatro anos, no final da legislatura que agora irá começar, possa dizer – “obviamente que corremos no caminho certo”.

*Mestre em Economia/ISEG e doutorando em Gestão




Comentários

Pedro Magalhães
Foi tudo tão OBVIO que mais não era possível. De facto e pela negativa, só se destacou PSL que, como muito bem explicita, agarrado ao poder tardou a perceber que a única saída era a demissão. No entanto, penso que só depois de muito pressionado pelo seu partido é que o homem é mesmo burro. E até tem orelhas grandes.

Filipe Amaral
Estas eleições clarificaram muita coisa. O presidente tinha razão. A esquerda voltou a estar maioritária e a direita ficou envergonhada. Mas a culpa desta vergonha é dos seus principais agentes - o Santana Lopes e o Paulo Portas. Queriam o céu mas saiu-lhe o inferno. Depois de tantos desencontros e de más decisões, o que é que eles esperavam? O povo não tem memória de elefante.Tiveram o que mereceram. E quantos às presidenciais nova vitória se avizinha ali para os lados do Rato. O Santana Lopes descredibilizou o partido a que pertence e com isto retirou-lhe qualquer hipótese de sucesso em quaisquer futuras eleições (autárquicas ou presidenciais).

H. Vargas
Relativamente ao Louçã, penso da mesma forma. Toda a gente o gosta de ouvir. Fala bem, mas acredito que tenha dificuldade em passar das palavras aos actos. Agora com mais deputados tem mais responsabilidade. Vamos a ver se as propostas que irá apresentar serão propostas sérias, exequíveis e defensoras daqueles mais desprotegidos da sociedade portuguesa. Gostei dos seus "Obviamentes" e do seu cabimento e pertinência. Fez-me lembrar a célebre frase do Gen. Humberto Delgado - "Obviamente demito-o" (ao Salazar).

H.R. Madeira
Os meus comentarios: Francisco Louca - bons resultados por apenas apontar problemas que sao obvios e nada de solucoes - O problema de Portugal: o aborto! Paulo Portas - que por ser membro do Governo, e ate andar a mexer em topicos sensiveis, obviamente que tinha de pagar por isso. Santana Lopes - Assim que apresentou a Central de Comunicacao do Governo obviamente que todos os jornalistas se mobilizaram para destrui-lo, algumas vezes com razao, mas grande parte com "reportagens" altamente tendenciosas. Jose Socrates - Obviamente que com o preco do petroleo convertido para Euros ao nivel do dobro do governo de Guterres, mas abaixo dos niveis de Outubro, vai resolver nada. Jeronimo Martins - Criticando ate com alguma razao, a mensagem do PS de dizer aos portugueses aquilo que queriam ouvir, assumiu o papel da oposicao na esquerda (merecido). Jorge Sampaio - se o Governo se estampar dentro de meses por ter vendido sonhos aos portugueses e atingir nada, obviamente que nao vai demitir novamente um governo de maioria, e vai sim engolir sapos vivos.
 
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por marafado » 2/3/2005 21:26

O preço do crude e o tabu do nuclear

Bruno Proença, Celso Filipe e Helena Garrido


Os especialistas parecem ter a opinião unânime de que o preço do ‘ouro negro’ deverá fixar-se este ano em torno dos 50 dólares por barril.

Em 2004, a alta do preço do petróleo fez-se sentir apenas na segunda metade do ano, enquanto este ano deverá influenciar a economia mundial ao longo dos doze meses. Esta diferença é substancial e pode prejudicar, em muito, o crescimento económico global e, consequentemente, em Portugal. A economia nacional é afectada pela enorme dependência do país face ao petróleo, pelo que o aumento nos preços - mesmo que compensado, em parte, pelo valor em alta do euro face ao dólar - influenciará negativamente a evolução do produto, particularmente os custos das empresas. Isto mesmo, notou-se já nas previsões do Orçamento do Estado para 2005, que foram feitas tendo como base uma projecção para o preço do petróleo que se revelam muito optimistas (38,7 dólares por barril). Assim, o ainda ministro das Finanças, Bagão Félix, já reviu em baixa a previsão de crescimento para 2%, contra os 2,4% inicialmente avançados. Mas este não é o problema principal. Esse reside na dependência de Portugal face ao petróleo em termos de recursos energéticos utilizados. Para ultrapassar este problema, os economistas começam a levantar uma possível solução, até agora tabu: o recurso à energia nuclear.
 
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por marafado » 2/3/2005 21:24

Volumes dos ‘warrants’ caem com quebra na volatilidade

Pedro Ferreira Esteves


A negociação de ‘warrants’ caiu em Fevereiro para o seu valor mais baixo de sempre no Euronext Lisboa.

O aumento da oferta de ‘warrants’ em Portugal, no início do ano passado, foi acompanhado por um fortíssimo interesse por parte dos investidores, que se traduziu em volumes de negócios mensais, sempre acima dos 100 milhões de euros. No entanto, os primeiros meses de 2005 têm sido marcados por uma significa quebra dos volumes, na sequência da baixa volatilidade dos activos subjacentes, em especial do índice bolsista alemão Dax Xetra.

De acordo com os dados oficiais do Euronext Lisboa relativos a Fevereiro, divulgados ontem, o volume de negócios do total de ‘warrants’ cotados no mercado de cotações oficiais (MCO) baixou 84% em termos homólogos para os 18,3 milhões de euros. Este valor é o mais baixo desde o surgimento deste mercado no final de 2000.

A quebra observada no MCO estendeu-se aos volumes do mercado EasyNext, onde a maior parte dos instrumentos financeiros são ‘warrants’. Este mercado sofreu uma descida de 15% no mês passado para os 52,9 milhões de euros, a primeira queda mensal desde o seu lançamento em Outubro do ano passado.

Para Jorge Oliveira, responsável do Citigroup pela área de ‘warrants’, banco que detém a maior quota do mercado português, esta quebra explica-se pela “baixa volatilidade dos mercados, que leva a que parte das transacções realizadas numa base diária não se verifique de forma acentuada nos últimos meses”. Apesar disso, “continuam a registar-se novas adesões a este produto”, acrescenta.

Os ‘warrants’ são instrumentos financeiros que dão aos investidores o direito de comprar (’call) ou vender (’put’) determinado activo, numa data e preço pré-definidos. A volatilidade é determinante para a evolução dos ‘warrants’ porque a margem dos seus ganhos depende da amplitude das subidas e descidas dos activos subjacentes. Se não se registar qualquer alteração do preço de um activo, o potencial de valorização dos ‘warrants’ é baixo.

Tem sido precisamente esta a situação que tem dominado o mercado português de ‘warrants’, onde tem um peso preponderante o índice alemão Dax Xetra. Mais de 70 milhões de euros estão investidores em ‘warrants’ sobre o Dax. O segundo activo mais popular é o Nasdaq, com um valor de apenas 3,3 milhões de euros. Esta é a razão apontada por Amândio de Carvalho, gestor de ‘warrants’ da Société Générale, para a quebra do volume em Portugal.

“Em Espanha, os volumes continuam muito fortes. O mercado português está muito concentrado no Dax e está sujeito à sua evolução lateral dos últimos meses”, explicou, comparando com “a diversificação do investimento em activos nacionais existente em Espanha”.

Recorde-se que o Millennium bcp Investimento lançou recentemente um ‘warrant’ sobre petróleo.
 
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por marafado » 2/3/2005 21:23

Sonae Indústria ultima procedimentos para cisão

Sónia Santos Pereira


A empresa de aglomerados quer agora negociar a autonomia financeira face à Sonae SGPS.

A Sonae Indústria pretende concluir este ano o processo de autonomia financeira face à Sonae SGPS, operação que implica a negociação das garantias dadas pela casa-mãe ao empréstimo sindicado e aos empréstimos contratualizados com o BEI, afirmou Carlos Bianchi de Aguiar, actual CFO da empresa e o próximo CEO, na apresentação de contas de 2004. A actual situação da Sonae Indústria confere menos risco e, nesse sentido, “não serão difíceis de negociar”, acrescentou.

Embora, como salientou, o ‘demerger’ (cisão da Sonae SGPS) “só diga respeito aos accionistas”, a negociação das garantias são um “pré-requisito para que a operação possa vir a ser feita”, adiantou. “Ainda existem alguns laços entre a Sonae Indústria e a Sonae SGPS que queremos desamarrar”, afirmou. O “objectivo é ser uma empresa autónoma quer do ponto de vista da gestão quer financeiro”, salientou ainda.

A “maior multinacional portuguesa” - nas palavras de Carlos Moreira da Silva, CEO da empresa - apresentou resultados líquidos consolidados de 29,1 milhões de euros no ano passado, após quatro anos consecutivos de prejuízos, sendo que em 2003 registou 78,6 milhões. A Sonae Indústria foi responsável por um volume de negócios consolidado de 1.580 milhões de euros, um crescimento de 9,7% face a 2003. Sem o contributo da Gescartão, participação que foi alienada à Sonae SGPS em Dezembro passado, as vendas fixam-se nos 1.403 milhões, uma subida de 11%.

Moreira da Silva destacou o contributo positivo das operações na Península Ibérica, Alemanha, Canadá, e África do Sul. No Reino Unido, o negócio “correu menos bem”, assim como em França, mercado onde afirmou não estar satisfeito com a performance industrial, e no Brasil, país onde sofreram no início de 2004 com a falta de madeira e, já na segunda metade do exercício, as exportações foram afectadas pela política dos portos brasileiros. Sonae Indústria gerou um EBITDA de 227 milhões de euros em 2004, um aumento de 52% face a 2003.

A empresa gerou um EBITDA de 227 milhões de euros. A dívida líquida foi reduzida em 397 milhões.

Investimento na Rússia para crescer no Leste
A Sonae Indústria está interessada em investir na Rússia, de forma a abastecer o mercado de Leste, que está em crescimento e onde a empresa sentiu uma forte procura em 2004. A expansão industrial será o caminho mais natural, embora ainda não esteja quantificado o investimento, adiantou Bianchi de Aguiar, CFO da empresa. O objectivo passa por desenvolver novas geografias. Já Moreira da Silva, actual CEO, referiu que a Sonae Indústria chegou a apresentar propostas para a aquisição da unidade alemã Horgatex, em processo de falência, mas as ofertas foram preteridas. O sector está a ser alvo de consolidação a nível mundial
 
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por marafado » 2/3/2005 21:22

Energia
Redução de pessoal e actividade no Brasil suportam crescimento de 15% nos lucros da EDP em 2004

Rui Cabrita


A EDP obteve no final do ano passado, um resultado liquido de 440,2 milhões de euros, o que representa um crescimento de 15,5% face aos 381,1 milhões de euros alcançados em 2003.

O presidente da comissão executiva da eléctrica, João Talone, salientou que este resultado foi obtido num contexto particularmente exigente, e onde a empresa “actuou em cinco frentes em simultâneo”. Colocar a empresa em condições de enfrentar um mercado concorrencial, reforçar a estratégia ibérica, a aposta no crescimento na vertente de gás, reestruturar a actividade no Brasil e alienar activos fora do ‘core business’ foram as apostas da EDP. O volume de negócios atingiu, no ano passado, os 7,2 mil milhões de euros, um valor que equivale a um crescimento de 3% face a 2003.

Em termos operacionais, o EBITDA cresceu cerca de 8% para 1,97 mil milhões de euros. Para esta melhoria, contribuiu o sucesso do programa de reestruturação da empresa, bem como o forte crescimento do mercado brasileiro, além das boas ‘performances’ da actividade em Portugal e Espanha. João Talone considerou este resultados “bastante bons e acima do que tínhamos previsto no orçamento”.

Em termos de corte de custos, o programa de redução de pessoal – cujo plano passava por uma redução de 1.350 até 2006 na área da distribuição – foi já quase totalmente alcançado.

Por actividades, a área que mais contribuiu para o crescimento do EBITDA foi a EDP Produção, com mais 8% (totalizando os 876 milhões de euros), bem como a actividade no Brasil, com 278 milhões de euros, crescendo 49% face a 2003.

Em Portugal, as vendas de electricidade subiram 3,5% para 38.934 GWh, sendo que em Espanha subiram 2,5%, e no Brasil a melhoria foi de 4,5%.

Extraordinários ficaram acima do esperado
Os resultados extraordinários obtidos pela eléctrica nacional no ano passado ficaram acima do esperado pela própria empresa, totalizando cerca de 165 milhões de euros negativos.

Para este valor contribuiu sobretudo o sector das comunicações, bem como o plano de reestruturação dos recursos humanos, com os planos de reforma antecipadas.

Também a actividade no Brasil, como a venda da Fafen ou uma turbina no Campo Grande, da Enersul, foram outras das ocorrências que contribuíram para a má ‘performance’ nos resultados extraordinários.

Administração vai propor dividendo de 9,2 cêntimos
O conselho de administração da EDP aprovou também a proposta a apresentar em assembleia geral para o pagamento de uma dividendo de 9,2 cêntimos por cada acção da eléctrica.

João Talone adiantou que se trata de um ‘pay-out’ de 77% e um ‘dividend yield’ de 4,1%. Este aumento deve-se “ao aumento de capital no final do ano passado e pelos resultados extraordinários que afectarem a empresa”, concluiu Talone.

Gás e renováveis beneficiam Cantábrico
Os bons resultados conseguidos nos segmentos do gás e das energias renováveis compensaram a quebra ocorrida no negócio da geração, permitindo à Hidrocantábrico, a participada controlada pela EDP em Espanha, terminar o ano passado com um lucro de 35,8 milhões de euros, um acréscimo de 15,1% face a 2003. O volume de negócios subiu 7,7%, para 1.784 milhões, enquanto o ‘cash-flow’ operacional (EBITDA) aumentou 5,2%, para 377 milhões de euros. A eléctrica portuguesa sublinhou a evolução positiva dos resultados em Espanha, “conseguidos num ambiente desfavorável pela confluência dos baixos preços da electricidade e pelos máximos históricos do carvão, que afectaram significativamente as margens de actividade na produção de electricidade”. No gás, a incorporação da Naturcorp permitiu a duplicação das vendas, para 416 milhões de euros e a subida do EBITDA em 52,5%, para 109 milhões, enquanto nas renováveis, o volume de negócios duplicou para 68 milhões. Na ac tividade de distribuição eléctrica, o volume de negócios ascendeu a 437 milhões de euros, enquanto a comercialização, favorecida pelos baixos preços, o resultado bruto operacional atingiu 10 milhões.

IPO no Brasil esperado ainda para este ano
A Oferta Pública Inicial (IPO) da EDP Brasil, de modo a levar a participada brasileira da eléctrica nacional ainda pode acontecer este ano, reiterou o presidente da empresa João Talone, falando durante a apresentação dos resultados anuais de 2004.

O comportamento da EDP Brasil, tal como já tinha sido noticiado segunda-feira, foi positivo, com um lucro líquido de 106,9 milhões de euros (30,8 milhões de reais), invertendo assim a situação negativa de prejuízos ocorrida um ano antes. Uma evolução ditada pela melhoria do ‘cash-flow’ operacional em 38%. “Isso permitiu compensar a esperada redução do resultado financeiro que, em 2003, tinha beneficiado da valorização de 18% do real face ao dólar”, referiu a EDP em comunicado. Em termos de actividade, a participada brasileira da eléctrica nacional – que engloba a Enersul, a Escelsa e a Bandeirantes – conseguiu um crescimento de 3,3% no número de clientes e de 4,54% no volume global de energia distribuída naquele mercado sul-americano. Em termos de receitas, as três distribuidoras aumentaram-nas em 15%, enquanto na área da produção, a EDP Lajeado e a Fafen tiveram um lucro de 3,5 milhões de euros, contra prejuízos de 81,6 milhões em 2003.

Prejuízos da Oni sobem para os 155,6 milhões
O grupo Oni, que agrega a Oni Telecom e a Comunitel, fechou o exercício de 2004 com resultados líquidos negativos de 155,6 milhões de euros, acima dos prejuízos de 119,3 milhões de euros registados em 2003. O EBITDA registou um crescimento de 147,5%, para os 22,1 milhões de euros. Os resultados operacionais do grupo foram de 315,4 milhões de euros, com um crescimento de 4% relativamente ao ano anterior. De acordo com o comunicado da empresa, este valor resulta de uma subida de 4% nas receitas de serviços de dados e internet e um aumento de 6,9 milhões nas receitas de outros serviços de telecomunicações. O crescimento de 29,8% no segmento empresarial esteve na origem de um aumento do tráfego de voz comutado no grupo que se mantiveram nos 210 milhões de euros.

Durante o ano, o grupo realizou investimentos na ordem dos 33,4 milhões de euros, o que corresponde a uma diminuição de 27,6% face ao exercício anterior. De assinalar ainda a incorporação no seu capital social de perdas acumuladas de 324,1 milhões e subsequente emissão de 240 milhões de novas acções, subscritas através da incorporação de dívidas dos accionistas. Assim, e no cumprimento do artigo 35, o capital social do grupo ONi é agora de 100 milhões de euros.
 
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por marafado » 2/3/2005 21:21

Lucros insuficientes para inverter tendência bolsista num futuro minado por interrogações

P.M.P.


Resultados em alta, preço das acções em baixa. Esta aparente contradição entre a performance operacional da EDP e o comportamento das acções reflecte um conjunto de más notícias num passado relativamente recente e, sobretudo, as indefinições que pairam sobre um futuro mais ou menos imediato, segundo explicam os analistas que acompanham a empresa.

A primeira dúvida é sobre o que sucederá à adminstração presidida por João Talone com a mudança de Executivo. “Mesmo que não se verifique um choque frontal, dificilmente o próximo Governo será tão ‘amigo’ da EDP como o Governo cessante”, afirmou ao DE um analista de um dos principais bancos nacionais.

Para além dos factores operacionais, como a melhoria dos negócios no Brasil, ajudados pela recuperação do real, ou a da Hidrocantábrico, a subida dos lucros resultou de alterações no perímetro de consolidação, pelo que não é directamente comparável com a performance das rivais espanholas. Mas o facto é que os resultados, por si só, não justificariam que a EDP fosse tão “castigada” pelo mercado, registando o pior comportamento entre as 15 eléctricas incluídas no índice europeu do sector.

Embora reconheçam esta penalização excessiva, os mesmos analistas consideram que as acções não deverão “descolar” sem que o futuro esteja definido de forma mais clara.

As más notícias recentes têm a ver com o preço pago para o aumento da posição de controle sobre a Hidrocantábrico, considerado bastante caro, mas também com o aumento dos prejuízos da Oni, o chumbo de Bruxelas à compra do negócio do gás da Galp e as dúvidas sobre qual será a estratégia alternativa do novo Governo para o sector.

O novo patamar dos preços de petróleo são igualmente motivo de preocupação. Estes são pagos pelo Orçamento de Estado, sem reflexo nas tarifas, mas a hemorragia nas contas públicas poderá levar o Governo a procurar estancar essa despesa esmagando as margens de comercialização da EDP.

Por agora, o balanço das recomendações da vintena de analistas que acompanham a EDP salda-se por nove recomendações de compra, nove de manter e duas de vender.

O mercado aguarda definições do Executivo para decidir se a EDP volta ou não a ser um bom papel para aplicarem os seus investimentos
 
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por marafado » 2/3/2005 21:20

Brasil precisa mais investimento

Mónica Silvares


O Brasil tem crescido nos últimos anos de forma errática e pouco sustentada, mas depois de uma progressão de apenas 0,5% em 2003, o Governo do Presidente Lula da Silva parece ter conseguido colocar a maior economia da América Latina no caminho do crescimento sustentado.

Assim, no ano transacto, o produto subiu 4,5%. A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) elogia, desta forma, o trabalho feito pelo Executivo, sobretudo em termos de consolidação orçamental.

Contudo, alerta para o facto de “os actuais níveis de investimentos privados serem insuficientes para sustentar um crescimento robusto a médio prazo”. A OCDE aconselha o Governo a melhorar o ambiente de investimentos porque o investimento privado é essencial para garantir o crescimento sustentado a médio prazo. “As parcerias público-privadas podem estimular os investimentos se forem executadas com responsabilidade orçamental, equilibrando adequadamente os riscos entre o Governo e os seus parceiros do sector privado”, conclui o relatório.

Num relatório dedicado exclusivamente à economia brasileira, a OCDE considera “louvável” o esforço da Administração Lula, que entrou em funções me Janeiro de 2003. Através das várias medidas que foi implementando conseguiu repor os níveis de confiança, comprometidos com as incertezas que rodearam o longo período que antecedeu as eleições presidenciais. Estas medidas não só sossegaram os mercados externos, como reduziram o risco do país, em termos internacionais, e controlaram a inflação.

O “extraordinário ajuste externo”, o cumprimento das metas orçamentais – com o aumento das receitas e a contenção das despesas públicas – explicam o extraordinário desempenho da economia brasileira.
 
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por marafado » 2/3/2005 21:19

Bélgica arrasa estratégia económica de Barroso

Luís Rego, em Bruxelas


Guy Verhosftadt propõe tributar apenas o consumo para competir com China.

O primeiro-ministro belga apresentou à presidência luxemburguesa o seu programa económico para a Europa, criticando duramente a estratégia económica de Barroso e propondo concentrar a tributação no consumo e não no rendimento como única solução para competir com China e Índia sem abdicar do modelo social europeu.

Guy Verhofstadt acusa Barroso de fazer da UE um “centro de estudos” e diz que o método de coordenação aberta usado na estratégia de Lisboa “é demasiado informal”. “Compilar resultados, tabelas e relatórios, comparando os métodos usados e os resultados obtidos em cada estado-membro tem pouco efeito e vem fazendo com que a UE se pareça com um Think Tank [centro de estudos] económico”, escreve, no documento a que o DE teve acesso e que estará sobre a mesa na cimeira de 22 de Março em Bruxelas ao lado da estratégia de Barroso.

A Estratégia de Lisboa “mantém-se concentrada quase exclusivamente em medidas nacionais tomadas pelos países”. Verhofstadt recorda que todos os progressos que a UE obteve (mercado único – ainda que incompleto – ou moeda única) surgiram de uma ambição comunitária que falha em Lisboa. “Porque não aplicar a mesma ambição comunitária para tornar a economia europeia mais competitiva?”, questiona. “O dumping social e fiscal nos planos de acção nacionais [propostos por Barroso] ameaça sobrepor-se a uma abordagem coordenada e coerente dos problemas”, argumenta o governo belga.

Em vez de estimular a competição intra-comunitária, Verhofstadt quer preparar a Europa para competir de forma sustentável com os blocos económicos que surgem no Oriente. Tal como Barroso, Verhofstad quer competir no mercado global mantendo o modelo social europeu. “O único caminho a seguir é uma mudança fundamental na forma como financiamos o nosso modelo social europeu, por outras palavras, através de uma transferência maciça da tributação directa e das contribuições sociais para a tributação indirecta”. Uma queda de 1% do PIB no imposto sobre o rendimento e um aumento de 1% no imposto sobre o consumo iria reforçar o crescimento em 1%, explica o documento belga.

Hoje, explica este governo de liberais e socialistas, estamos a “prejudicar as nossas forças produtivas”. A pressão fiscal e parafiscal necessária para financiar o modelo social na UE15 é de 40% contra 26% no Japão e EUA. Pouco menos de 70% dessa pressão é exercida pela tributação directa e contribuições, o que encarece a produção e desmotiva os trabalhadores. “Compensar esta fraqueza com proteccionismo está errado”, explica.

A ‘vingança’ de Verhofstad
Em Junho de 2004, o primeiro-ministro belga foi afastado da corrida para a presidência da CE por uma oposição do Reino Unido que o considerava demasiado federalista, abrindo o caminho para a emergência de Durão Barroso como o favorito. Uma escolha muito mal digerida por Verhofstad que contando com o apoio do eico franco-alemão queria muito ser presidente da CE. Agora, pouco mais de seis meses depois ataca duramente a visão pouco ambiciosa e intergovernamental de Barroso na CE fazendo propostas visionárias, lembrando a muitos que a dinâmica seria outra caso tivesse ganho a corrida para o Berlaymont.
 
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por marafado » 2/3/2005 21:18

Petróleo faz disparar ‘alerta laranja’ na economia portuguesa

Luís Reis Ribeiro


Por cada dólar de aumento no barril, a factura energética de Portugal aumenta 107 milhões de dólares, cerca de 80 milhões de euros.

A frágil recuperação da economia portuguesa está de novo ameaçada pela subida dos preços do crude nos mercados internacionais. De acordo com vários especialistas, o mercado do petróleo está à procura de um novo preço de equilíbrio, sendo muito provável que o barril se mantenha nos 50 dólares, ao longo deste ano. Outras análises, mais pessimistas, apontam para uma valorização até aos 60 dólares ou mais, penalizando a economia mundial. Portugal está totalmente dependente do exterior porque importa todo o crude que consome. Este valor ascende a cerca de 107 milhões de toneladas de barris ao ano, o equivalente a dois terços das necessidades energéticas da economia.

Para Nuno Ribeiro da Silva, presidente da Somague Ambiente, “basta o barril subir um dólar para que a factura energética nacional dispare 107 milhões de dólares”. O perito considera que “os preços devem manter-se nos 50 dólares, dadas as pressões do mercado, nível que já pressupõe um impacto negativo na economia”. O engenheiro sublinha que em 2004 o impacto da alta do crude só se fez sentir no segundo semestre, mas que este ano as consequências poderão ser mais gravosas “pois partimos de um patamar bem mais elevado”. De facto, ontem, o barril de Brent rondou o valor mais alto desde o início do ano (50,5 dólares), quando a previsão do Governo, no OE/2005, é de 38,7 dólares. A média diária de 2004 foi de 38,4 dólares por barril. Ribeiro da Silva refere ainda que o aumento iminente deteriora o défice externo e eleva os custos suportados pelas empresas, penalizando ainda mais a competitividade. Tudo isto salda-se num “progressivo empobrecimento da economia portuguesa”.

António Nogueira Leite, economista do grupo Mello, explica que, no curto prazo, Portugal pouco pode fazer nada para se defender da subida. Contudo, avisa que “o dólar não vai estar sempre a cair contra o euro”, antevendo “um impacto ainda mais negativo” caso a zona euro perca poder de compra. Por outro lado, o economista frisa que a procura elevada da China e da Índia está a puxar para cima os preços de equilíbrio de médio e longo prazo da matéria prima”, considerando por isso “urgente” a mudança do paradigma energético, nomeadamente “uma maior aposta no hidrogénio, na energia eólica ou mesmo nuclear”.

Ambos os especialistas consideram que a realidade é “preocupante” pois não há notícias suficientemente fortes que indiciem uma possível descida dos preços.

Crude acima dos 50 a 60 dólares prejudica todos
Os preços do crude no mercado internacional podem ultrapassar o intervalo de 50 a 60 dólares, o que representa um sério risco para a economia-mundo, que acaba de sobreviver ao mini-choque petrolífero de Outubro de 2004. A análise é de Sadek Boussena, consultor em energia da Société Générale e ex-presidente da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), que aponta o dedo à especulação, um fenómeno que, na sua opinião, torna muito difícil prever os preços futuros da matéria prima. Segundo o ex-líder do cartel, há actualmente um novo paradigma, que designou de produção ‘just in time”. Boussena aconselha os mercados a adaptarem-se o mais rapidamente possível à “ausência de excesso de capacidade”, o contrário do que acontecia no anos 90. Assim, o perito pede mais responsabilidade às partes envolvidas: os países ricos devem moderar a procura de crude ao passo que os produtores, e mais precisamente a OPEP, devem ajustar a sua estratégia, investindo mais num aumento da oferta. “Há petróleo suficiente para os próximos 50 ou 60 anos”, observou.

Preço sem espaço para quebrar máximos no primeiro semestre
O petróleo sofreu ontem uma correcção aos máximos de quatro meses alcançados na véspera, mas permaneceu pressionado pelas temperaturas baixas no hemisfério norte e pela previsão de um recuo nos ‘stocks’ de crude dos EUA. Apesar deste contexto, os analistas não acreditam que o barril ultrapasse os máximos históricos registados em Outubro do ano passado.

“As actuais condições de mercado justificam o petróleo perto dos 50 dólares, mas a menos que se verifique uma ruptura séria na produção, não acredito que passe os máximos de Outubro”, disse ao DE, Rodrigo Pinheiro, director do ‘research’ do BES Investimento em Madrid.

Os contratos de futuros do Brent negociado em Londres caíram, durante a sessão de ontem, para os 49,35 dólares por barril, depois de, na última segunda-feira, terem atingido o valor mais alto de quatro meses nos 50,34 dólares. O máximo histórico do Brent foi alcançado nos 51,94 dólares no final de Outubro do ano passado. Em Nova Iorque, o crude recuou de 52,28 para 50,95 dólares por barril. O valor mais alto de sempre foi testado nos 55,67 dólares por barril.

O mesmo analista explicou a correcção de ontem com a recolha de lucros por parte dos fundos especulativos, depois da forte progressão recente. Quanto às razões do preço alto do petróleo, Rodrigo Pinheiro cita as baixas temperaturas deste Inverno, num contexto de equilíbrio muito apertado entre procura e oferta.

“A Arábia Saudita assumiu o preço do petróleo entre 40 e 50 dólares por barril, um sinal de que irá regular a produção nesse sentido, tendo em conta o crescimento contínuo da procura”, explicou.

Esta perspectiva é confirmada pela análise ténica. Segundo Gil Araújo, da IMF-Informação de Mercados Financeiros, “as probabilidades de se quebrar os máximos históricos são baixas”. Tendo como referência o preço do crude nova-iorquino, este perito defende que o barril deverá “negociar nos 47 a 48 dólares até ao final do primeiro semestre deste ano.
 
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por marafado » 2/3/2005 21:14

Constâncio tentou dissuadir Sócrates

Auditoria às contas públicas




O governador do Banco de Portugal tentou demover o PS de avançar com uma auditoria à contas públicas portuguesas, segundo o Jornal de Negócios. Eventuais deslizes encontrados serão negativos para a imagem do país.






Em causa está o apuramento do verdadeiro valor do défice orçamental em 2004, uma medida que consta do programa de governo socialista. José Sócrates quer que as contas do Estado sejam verificadas por uma comissão, à semelhança do que aconteceu há três anos, com Durão Barroso

De acordo com o Jornal de Negócios, Vítor Constâncio considera que não há grandes correcções a fazer. Por outro lado, qualquer deslize encontrado será negativo para a imagem externa do país.

O governador do banco central terá tentado dissuadir Sócrates de avançar com o pedido de auditoria, mas o primeiro-ministro indigitado resistiu às pressões.
 
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por marafado » 2/3/2005 21:13

Menos trabalho, mais produtividade

OCDE revela que o número de horas trabalhadas em Portugal caiu 6%




A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) revelou que o número de horas trabalhadas em Portugal caiu 6 por cento, nos últimos 8 anos. Trata-se de uma redução de 100 horas no tempo médio de trabalho.

SIC




Os dados da organização mostram que a produtividade aumentou em média 1,8 por cento ao ano, no mesmo período.

Ainda assim, a OCDE considera que a produtividade continua a ser um dos principais problemas da economia portuguesa.

A solução, diz a OCDE, passa por flexibilizar as leis laborais, melhorar o sistema de ensino e travar as reformas antecipadas, por exemplo.
 
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por marafado » 2/3/2005 21:13

Em Março
Tarifas das chamadas para operadoras móveis descem até 26%
O preço da terminação das chamadas originadas na rede fixa com destino às três operadoras móveis – TMN, Optimus e Vodafone – desceram entre 24,3% e 26,2%, no âmbito de uma determinação da Anacom. A Optimus é a mais penalizada e os preços para chamadas entre telemóveis também descem mais de 20%.

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Nuno Carregueiro
nc@mediafin.pt


O preço da terminação das chamadas originadas na rede fixa com destino às três operadoras móveis – TMN, Optimus e Vodafone – desceram entre 24,3% e 26,2%, no âmbito de uma determinação da Anacom. A Optimus é a mais penalizada e os preços para chamadas entre telemóveis também descem mais de 20%.

Num comunicado a Anacom diz que esta medida está de acordo com a deliberação que estabelece um plano trimestral de redução de preços até Outubro de 2006, já conhecido, e que reduz «em mais de 40% os preços de terminação das chamadas nas redes móveis».

Segundo a mesma fonte, as reduções a efectuar este mês, no tráfego fixo-móvel, difere entre os três operadores. O preço de 18,5 cêntimos da TMN e da Vodafone desce para 14 cêntimos, uma redução de 24,3%, enquanto que no caso da Optimus o preço de 27,79 cêntimos desce 26,2% para 20,50 cêntimos.

«A maior descida da Optimus deve-se ao facto de nunca ter reduzido os seus preços de terminação, enquanto as suas concorrentes chegaram a fazê-lo», explica a Anacom. No caso da operadora da Sonae, o regulador admite que a descida de preços seja mais gradual, «pelo facto de ter entrado seis anos mais tarde no mercado»

Contudo, em Outubro de 2006, os preços das três operadoras já serão iguais, 11 cêntimos para todas as chamadas e todas as redes móveis.

No caso da terminação internacional móvel e na móvel-móvel todas as operadoras terão que descer dos actuais 18,70 cêntimos para 14 cêntimos, o que se traduz numa redução de 25,1%.

A Anacom diz que «a amplitude da descida de preços verificada agora decorre do insucesso da regulação por consenso, como já afirmou publicamente o presidente da Anacom, uma vez que se tivesse ocorrido uma redução das terminações no segundo semestre de 2004, a descida agora seria menos acentuada».

Até Outubro de 2006 as descidas acumuladas serão de 41,1% no caso das chamadas móvel-móvel e internacional-móvel, e 40,5% no caso do fixo-móvel para a TMN e Vodafone e 60,4% no caso da Optimus.

A Anacom acrescenta que esta decisão de descer as tarifas foi tomada depois de constatado que «existiam problemas concorrenciais no mercado de terminação de chamadas de voz em redes móveis».

«Com esta imposição de descida de preços pretende-se corrigir a actual situação de preços excessivos, e evitar que as operadoras de maior dimensão cobrem elevados preços de terminação aos concorrentes», acrescenta.

Além da descida de preços, o regulador determinou ainda que a TMN, Vodafone e Optimus passem a fazer tarifação ao segundo logo após o primeiro segundo.
 
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por marafado » 2/3/2005 21:12

Worten Outlet abre amanhã e estima mais de 600 mil clientes no 1º ano


Notícia agenciafinanceira.com
(02/03/05)-(Agência Financeira) Localizada no Coimbra Retail Park, a Worten Outlet «oferece a todos os seus clientes os benefícios e vantagens desta nova geração de lojas, permitindo a aquisição de uma vasta gama de produtos a preços impressionantes», refere um comunicado das lojas da Sonae.

A Worten Outlet tem por base o conceito tradicional Worten, especializada em electrodomésticos, electrónica de consumo, informática e música. «Esta Loja caracteriza-se por uma forte predominância em electrodomésticos e por uma oferta diferenciadora ao cliente baseada em artigos em final de ciclo de vida, ou resultantes de outras oportunidades, tais como, artigos de exposição de outras Lojas Worten, que se encontram em excelentes condições de utilização e que serão disponibilizados a um preço extremamente convidativo», adianta ainda o mesmo comunicado.

A abertura do Worten Outlet, que contará com uma área de venda de 1.950 m2, vai criar 40 postos de trabalho e apresenta como estimativa mais de 600 mil clientes no primeiro ano de actividade, referem ainda.


Monica Freilão
 
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por marafado » 2/3/2005 21:11

EDP poderá ser penalizada pela vitória socialista

DE


A Golden Broker considera que o título da EDP poderá ser penalizado pela vitória do PS nas eleições legislativas. Numa análise 'Swot', a corretora acredita que a maioria absoluta socialista vai ter impacto quer a nível geral do mercado, quer ao nível de alguns títulos específicos.


A corretora considera que as "referências vagas" feitas pelo primeiro-ministro indigitado, José Sócrates, sobre a reestruturação do sector energético e a sua afirmação de que é necessária maior concorrência "afecta directamente a estratégia e o mercado da EDP, penalizando a evolução da cotação".

Por outro lado, no sector dos media, a vitória socialista representa uma "oportunidade interessante", na medida em que se aproximam grandes alterações, nomeadamente a nível do grupo Lusomundo Media, refere a corretora.

Entre os pontos fortes, a Golden Broker destaca a "ampla margem de manobra" do futuro Governo para desenvolver as políticas necessárias ao nível da consolidação das contas públicas e da reforma da administração pública.

Já como pontos fracos, a corretora adianta que "dificilmente" o esforço de consolidação das contas públicas será "compatível com o aumento das despesas sociais e com a criação generosa de emprego".
 
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por marafado » 2/3/2005 21:10

EUA 2005-03-02 15:55
Estado tem de definir prioridades na luta contra os défices

DE


O presidente da Reserva Federal (Fed), anunciou hoje que a economia norte-americana se encontra a crescer a um "ritmo razoável", mas considera que os actuais défices e a política orçamental são "insustentáveis", pelo que é necessário tomar medidas urgentes para os resolver.

Alan Greenspan afirmou hoje num documento dirigido à Comissão do Orçamento do Câmara dos Representantes que o Congresso deverá fazer o máximo esforço para renovar a política orçamental e remodelar o sistema de Segurança Social.

O presidente do Fed afirmou temer de que os EUA já tinham "prometido mais bens à geração do 'baby boom' do que alguma vez o Estado poderia criar", incitando a comissão a alterar o modelo de Segurança Social o mais cedo possível.

Quanto ao défice orçamental, Greenspan adverte para a perigosidade de se aumentar os impostos pois o peso fiscal necessário para combater o défice significa um grande risco para o "crescimento da economia e para receitas das empresas".

"A magnitude exacta destes riscos é muito difícil de estimar, mas - no meu entender - são suficientemente preocupantes para justificar que, se possível, a prioridade seja o fecho do défice fiscal em particular", acrescentou o presidente do Fed.
 
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por marafado » 2/3/2005 21:08

Indicador de confiança dos consumidores cresce ligeiramente em Fevereiro

DE


No mês passado, a confiança dos consumidores melhorou ligeiramente, interrompendo a degradação dos últimos meses, depois de em Janeiro este indicador ter registado a pior leitura desde Setembro de 2003.

Segundo os Inquéritos de conjuntura às empresas e aos Consumidores, hoje divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), em Fevereiro o Indicador de Clima económico manteve-se estável.

Em termos sectoriais, verificaram-se deteriorações dos níveis de confiança na Indústria Transformadora e nos Serviços, tendo-se apurado uma recuperação na Construção e no Comércio.

No mês de Fevereiro, as perspectivas quanto à situação económica do país para os próximos doze meses, enquanto as opiniões relativas ao desemprego registaram evoluções favoráveis.

Quanto à conjuntura da Indústria Transformadora, o indicador de confiança registou uma evolução negativa pelo sexto mês consecutivo a qual, no mês em referência resultou do comportamento desfavorável da procura global e das
apreciações relativas às existências de produtos acabados. O INE faz notar que as opiniões relativas à produção prevista registaram, no entanto, uma recuperação face ao mês anterior.

Para estas melhorias, contribuíram as melhorias nos Bens de Consumo e nos
Bens Intermédios, de intensidade suficiente para contrabalançar a evolução negativa dos Outros Bens de Equipamento.

O emprego para o conjunto do sector interromperam a evolução positiva dos meses mais recentes, sendo a Fabricação de Automóveis a única excepção.

Na Construção e Obras Públicas, o indicador de confiança voltou a melhorar em
Fevereiro, embora de forma menos intensa do que no mês anterior, atingindo o melhor valor desde Novembro de 2002. Esta evolução derivou da recuperação das
opiniões sobre a carteira de encomendas, indicador que prolongou o perfil ascendente dos últimos seis meses. As perspectivas de emprego, por sua vez, estabilizaram, depois de se terem desagravado fortemente em Janeiro.

Em Fevereiro a proporção de empresas que afirmaram enfrentar obstáculos à sua actividade foi a mesma do mês anterior, mantendo-se ainda um valor próximo do
mínimo dos últimos anos.

No Comércio, o indicador de confiança evoluiu favoravelmente pela primeira vez desde Outubro de 2004, tendo o movimento sido transversal aos dois sub-sectores do comércio, de retalho e por grosso.

As perspectivas de evolução dos preços interromperam o perfil ascendente dos meses anteriores, em consequência do comportamento mais moderado observado no Comércio a Retalho. Quanto às perspectivas de emprego desagravaram-se novamente em Fevereiro, graças à evolução favorável registada no comércio por grosso,
que suplantou a degradação ocorrida no comércio a retalho.

Por fim o indicador de confiança no sector dos Serviços apresentou uma evolução
descendente pelo terceiro mês consecutivo. O movimento verificado em Fevereiro pelo INE foi fruto do contributo negativo de todas as suas componentes. As apreciações sobre a actividade corrente da empresa voltaram a deteriorar-se,
depois de se terem desagravado no mês anterior.

As avaliações relativas à carteira de encomendas reforçaram a tendência descendente dos últimos 8 meses e as perspectivas de procura degradaram-se pelo segundo mês consecutivo, alcançando-se os valores mais baixos desde o início de 2004.

Em termos prospectivos, refira-se que as expectativas quanto à evolução do emprego se desagravaram pelo terceiro mês consecutivo, mas não compensando ainda
totalmente a forte degradação ocorrida no último trimestre de 2004.

O INE sublinha ainda que a divisão de “Correios e telecomunicações” foi a única a evoluir negativamente em todos os indicadores recolhidos.
 
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por marafado » 2/3/2005 21:08

Possível subida dos juros nos EUA afecta bolsas europeias

DE


As principais praças da União Europeia encerraram mistas, com os títulos das 'utilities' a serem pressionadas pelas preocupações dos investidores de que um aumento do preço do dinheiro nos Estados Unidos possa vir a tornar mais caras as dívidas destas firmas e reduzir a atractividade dos seus dividendos.

Segundo os analistas, "uma subida dos juros significa um aumento dos custos de financiamento das empresas, o que é negativo para as 'utilities'".

Pela positiva destaca-se no entanto o Grupo Crédit Suisse, depois do Merrill Lynch ter revisto em alta o seu preço-alvo para o papel e a compra dos títulos do banco, enquanto a Bayer se valorizou depois de ter apresentado um lucro no quarto trimestre.

Deste modo, enquanto o S&P/MIB de Milão deslizou 0,05% para os 31 933,00 pontos, o FTSE-100 de Londres recuava 0,15% para os 4992,80 pontos e o Ibex-35 de Madrid desceu 0,30% para os 9443,60 pontos.

Em alta fechou o CAC-40 de Paris, com mais 0,19% para os 4062,72 pontos, enquanto o Dax Xetra de Frankfurt cresceu 0,22% para os 4393,43 pontos.
 
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por marafado » 2/3/2005 21:07

Dólar alivia dos máximos face ao euro com declarações de Greenspan

DE


A divisa norte-americana encerrou a devolver parte dos ganhos do dia perante a moeda única, depois do presidente da Reserva Federal (Fed), Alan Greenspan, ter hoje efectuado um discurso menos optimista sobre as perspectivas económicas dos EUA.

Deste modo, às 17h11 o euro era transaccionado nos mercados cambiais a 1,3125 dólares, contra 1,3183 dólares no fecho de terça-feira e depois de ter variado entre os 1,3088 e os 1,3189 dólares durante o dia.

Segundo os analistas, "os comentários de Greenspan eliminaram as esperanças do mercado de que a Fed fosse mais agressiva na restrição da sua política monetária, o que retira a apetência dos investidores por dólares".

"O dólar está a entrar numa fase de consolidação, encontrando-se à procura de orientação. O ímpeto que o dólar tinha ontem à noite acabou", acrescenta um perito.
 
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por marafado » 2/3/2005 21:06

Comércio com Portugal caiu 40% em Fevereiro

DE


O comércio entre o Brasil e Portugal caiu no mês passado, para os 41,863 milhões de euros, menos 40% que em Janeiro de 2005.

De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior brasileiro, as trocas comerciais entre os dois países não registaram nenhuma alteração, quando comparadas com Fevereiro de 2004.

Estes dados são normais, segundo técnicos do ministério, uma vez que o mês de Fevereiro é habitualmente fraco por contar com menos dias devido ao feriado de Carnaval.

As exportações brasileiras para Portugal totalizaram 31,359 milhões de euros, sendo que as importações de produtos portugueses ascenderam a 10,503 milhões de euros.

Se contarmos também com Janeiro, o comércio entre os dois países totalizou 111,783 milhões de euros, ou seja menos 9,5% que no mesmo período de 2004.

No mês passado, os produtos brasileiros de maior destaque nas trocas comerciais com Portugal foram laminados de ferro e aço, calçados de couro, café, madeiras, e anéis de segmento para motores.

No que diz respeito à importação, os principais produtos foram bacalhau, azeite, cabos acrílicos e vinhos.

Assim, os dados da balança comercial brasileira apresentaram, em Fevereiro, um saldo favorável de 2,1 mil milhões de euros, com exportações na ordem dos 5,9 mil milhões de euros e importações de 3,7 mil milhões de euros.

Com este resultado, o Brasil regista, em 2005, um excedente comercial de 3,7 mil milhões de euros. Nos dois primeiros meses do ano, as exportações somaram 11,6 mil milhões de euros, já as importações 7,8 mil milhões de euros.
 
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por marafado » 2/3/2005 21:05

Mota-Engil mantém-se a liderar a entrada para o PSI-20

DE


A Mota-Engil mantém-se no primeiro lugar da lista de empresas melhor posicionadas para entrar no índice PSI-20, sendo a segunda melhor a SAG Gest que subiu uma posição.

De acordo com a Euronext Lisbon, a Efacec Capital desceu um lugar, estando agora na terceira posição da lista de espera para integrar o principal indice nacional.

A próxima revisão semestral deverá ser feita em Junho, mas a Comissão Gestora do Indíce está já a calcular a liquidez média diária dos últimos seis meses, bem como o 'free-float' para avaliar as empresas que vão fazer parte da lista do PSI-20.

O 'free-float' da Mota Engil subiu recentemente para cerca de 38% depois da construtora ter realizado uma operação particular de venda de 45 milhões de acções a 2,45 euros.

Em declarações à agência Lusa, o responsável pelas relações com o mercado, João Vermelho, salientou que, desde o início de Fevereiro, o nível médio de liquidez diário da Mota é o 10º a 15º mais alto da bolsa de Lisboa, acima do exigido para
entrada no índice.

A entrada, adiantou Vermelho, é "muito importante" para a Mota, e vai permitir aumentar a visibilidade do título e a sua liquidez, apesar de esta "actualmente já ser satisfatória".

As acções da Mota subiram hoje 1,73% na Euronext Lisboa, para 2,35 euros, e segue em alta de 19% desde o início do ano.
 
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