Caldeirão da Bolsa

Concorrência atrasa centrais de ciclo combinado

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por marafado » 15/2/2005 2:10

comentário cambial
Euro sobe com 'aviso' do BCE



O euro pulou ontem para 1,2975 dólares, uma valorização de quase 1%, depois de dois responsáveis do Banco Central Europeu (BCE), Lucas Papademos e Arnout Wellink, terem revelado "sérias preocupações" com a evolução da inflação, mais concretamente com o boom do preço das casas em vários países europeus.

Estas declarações foram interpretadas como um 'aviso' de que as autoridades monetárias estão a ponderar uma subida das taxas de juro, mais cedo que o esperado. "Os receios com as pressões inflacionistas só podem significar que o BCE vai avançar, em breve, talvez ainda de Junho, com um agravamento dos juros, actualmente aos mínimos históricos de 2%", dizem os operadores.

O dólar foi ainda pressionado pela força do iene, depois de anunciado um inesperado aumento, em Dezembro, do excedente da conta corrente do Japão. Muitos investidores optaram por comprar ienes e vender dólares, o que acentuou a queda da moeda norte-americana".
 
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por marafado » 15/2/2005 2:09

Banca trava queda da Euronext



A Bolsa lisboeta recuou ontem 0,12%, pressionada pelas acções da PT e EDP, num dia em que as principais praças europeias também fecharam em baixa ligeira, depois de, a meio do dia, terem registado máximos dos últimos 32 meses. O mercado português não desceu mais graças ao bom comportamento do sector bancário (BCP ganhou 0,47%, o BES 0,67% e o BPI 0,96%) e da Gescartão (que avançou 5,75%). Esta última subida é justificada com a decisão da Sonae SGPS de vender a sua posição na Imocapital, empresa que controla 65% da Gescartão (ver pág 29). A Sonae, que encaixou 98 milhões de euros com o desinvestimento, valorizou 0,86%, impulsionada pela revisão em alta do preço-alvo por parte de alguns bancos. A pressionar o índice PSI-20 destacou-se a PT, que corrigiu dos recentes ganhos e caiu 1,04%, a Sonaecom perdeu 1,17% e a EDP 0,8%. Durante a sessão negociaram-se 32 milhões de acções, cerca de 84,2 milhões de euros. Lá fora, as principais bolsas abriram em alta, mas rapidamente inverteram a tendência devido à realização de mais-valias face à expectativa sobre indicadores da evolução das economias da Europa e EUA e também sobre o discurso de Alan Greenspan, presidente da Reserva Federal (Fed), na quinta-feira.
 
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por marafado » 15/2/2005 2:08

Sonae SGPS reduz dívida com a saída da Gescartão



A venda da participação detida pela Sonae na Imocapital, empresa que detém 65% da Gescartão, é positiva para a empresa presidida por Belmiro de Azevedo. Esta é a opinião de vários analistas do sector, que justificam a posição com o facto da Sonae SGPS eliminar um activo não estratégico e, em simultâneo, reduzir o endividamento, que no terceiro trimestre de 2004 ascendia a 2,7 mil milhões de euros.

"Com esta operação teremos dois efeitos positivos - um aumento dos resultados por acção (earnings per share) em 34,7%, passando de 0,049 euros para 0,066, e o segundo é uma melhoria do endividamento líquido consolidado através do encaixe de 97,9 milhões de euros", refere uma análise do Caixa Banco de Investimento. Os analistas do BPI dizem que o negócio foi feito a um preço que "representa um prémio de 26%" face aos preços praticados pelo mercado e admitem que o impacto positivo no net asset value será de 0,6%. «A nossa avaliação da posição da Sonae na Gescartão é de 70 milhões de euros, pelo que temos um impacto positivo de 28 milhões de euros, isto é, 1,2% da nossa avaliação», dizem os analistas do Millennium bcp investimento. Após esta operação a Europac passará a controlar 74,78% da Gescartão.
 
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por marafado » 15/2/2005 2:08

Telefonica propõe fusão com a Terra

A empresa espanhola oferece duas acções por cada nove da sua participada
Arquivo DN-Paulo Spranger

mercado. Oferta da Telefónica fez a Terra Networks subir ontem 15%

A Telefonica anunciou ontem que apresentou uma nova proposta para comprar a totalidade das acções da sua participada Terra Net-works, especializada em Internet. É a segunda vez que a empresa espanhola tenta adquirir 100% da Terra. Da primeira vez, no Verão de 2003, conseguiu passar de 48% para os actuais cerca de 76%, contando na altura com oposição de parte dos accionistas minoritários.

Num comunicado divulgado pela autoridade do mercado bolsista espanhol (CNMV), a Telefonica revela que o negócio terá por base uma troca de 2 acções da Telefonica por 9 da Terra. Tendo em conta o preço de fecho em bolsa na passada sexta-feira, a troca pressupõe uma avaliação da Terra em 1933 milhões de euros, ou seja, 3,21 euros por acção. O preço oferecido representa um prémio de 0,7% em relação ao fecho de sexta-feira.

A oferta é idêntica à lançada em 2003, se se levar em linha de conta que a Terra distribuiu recentemente um dividendo extraordinário de 2 euros. O preço oferecido na primeira tentativa de controle total foi de 5,25 euros, muito abaixo dos 11 euros a que a empresa foi lançada no mercado, em 1999. A novidade é que, agora, a Telefonica propõe uma fusão, o que poderá ser atractivo para os investidores.

O mercado acolheu favoravelmente a oferta da Telefonica. Ao princípio da tarde de ontem as acções da Terra subiam 5,64%, para 3,37 euros, depois de durante a manhã ter marcado um máximo de 3,67 euros. Este valor significou uma subida de 15% em relação fecho anterior, e ocorreu antes do anúncio oficial da intenção da Telefonica. Fontes do mercado disseram que a operação já era esperada. A cotação da Terra esteve ontem interrompida durante várias horas na Bolsa de Madrid. A Terra Networks é um dos casos emblemáticos da bolha especulativa que dominou as empresas de novas tecnologias no final dos anos 90.
 
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por marafado » 15/2/2005 2:06

telecomunicações Grupo Verizon compra MCI



O grupo americano de telecomunicações Verizon anunciou ontem a aquisição da operadora de longa distância MCI (ex-WorldCom) por 4 mil milhões de euros, entre acções e dinheiro. A MCI rejeitou uma outra proposta da Qwest, de 5,6 mil milhões de euros, uma companhia mais pequena e fortemente endividada.
 
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por marafado » 15/2/2005 2:06

indústria alimentar Mc Donnald's evita julgamento



A McDonnald's vai pagar 6,5 milhões de euros para evitar um julgamento pela utilização de ácidos gordos insaturados e pela parca informação que tem dado ao consumidor. O dinheiro destina-se à Associação Americana do Coração e a uma campanha de informação sobre produtos da empresa, que tem sentido dificuldades em retirar este tipo de gordura dos alimentos.
 
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por marafado » 15/2/2005 2:05

'Divórcio' com Fiat custa milhões à GM



A General Motors concordou em pagar 1,5 mil milhões de dólares (1,2 mil milhões de euros) ao grupo italiano Fiat para romper a aliança, assinada em 2000, entre os dois gigantes da indústria automóvel. Este 'divórcio industrial', segundo fontes financeiras, inclui também a actividade da Powertrain, a empresa criada pelos dois grupos para o sector dos motores.

A discórdia entre a General Motors e a Fiat - que em 2000 tinham trocado participações, ficando o grupo norte-americano com 20% da Fiat Auto e esta, por sua vez, com 5,15% da GM - centrou-se na cláusula do pacto que dava a opção de venda do negócio automóvel do fabricante italiano ao grupo norte-americano, entre 24 de Janeiro deste ano e 24 de Julho de 2010.

A GM não estava interessada em adquirir o negócio da Fiat, que é deficitário, e defendia que esta cláusula perdeu a validade depois do aumento de capital realizado pelo grupo italiano em 2003 e da venda de 51% da sua unidade de crédito automóvel, a Fidis, a um grupo de bancos.

A Fiat, naturalmente, manteve que os acordos eram válidos e ameaçou levar a questão a tribunal. Este 'divórcio amigável' foi a solução encontrada.

A reunião extraordinária do conselho de administração da Fiat obrigou o seu presidente, Luca Cordero di Montezemolo, que também é responsável pela entidade patronal italiana Confindustria, a adiar por algumas horas uma viagem à Índia.
 
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por marafado » 15/2/2005 2:04

Mercado da energia
Produção hídrica caiu 37% em 2004



A produção líquida de electricidade caiu 3,2% no ano passado, em Portugal, reflectindo uma descida de 37% na energia hídrica, só parcialmente compensada pelo aumento de 15% na produção de energia térmica e de 64% na eólica.

39 434 GWh PRODUÇÃO A produção líquida total de electricidade atingiu 39 434 GWh (gigawatts- -hora), no ano passado, uma quebra de 3,2%.

11,3%renováveis A produção em regime especial, que inclui todas as renováveis e a cogeração, foi de 4470 GWh, uma fatia de 11,3% do total.

45 597 GWhconsumo O consumo nacional de electricidade aumentou 5,7% em 2004, ascendendo a 45 597 GWh.

16,4%importações Portugal teve de importar, no ano passado, um total de 6484 GWh, nada menos que 16,4% da produção de electricidade.

13 475emprego As 222 empresas portuguesas do sector de produção, distribuição e transporte de electricidade e gás (os números são de 2002) davam emprego a 13 475 trabalhadores.

801,1investimento O investimento do sector foi de 801,1 milhões de euros (dados de 2002). O volume de negócios do sector foi de 9484 milhões.
 
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por marafado » 15/2/2005 2:03

Hidroeléctricas no mínimo



A produção hidroeléctrica em Portugal caiu, no último mês e meio, para mínimos históricos, revelou o presidente da Rede Eléctrica Nacional (REN), José Penedos. Aquele responsável garantiu que a situação é "séria", mas que "está controlada do ponto de vista da produção".

"A produção hidroeléctrica caiu para mínimos históricos e estamos com recurso a todos os nossos centros de produção", disse José Penedos. Este facto leva a que Portugal tenha que compensar a energia que lhe falta na hidraulicidade com energia térmica.

"A substituição de energia hidroeléctrica por energia térmica significa o recurso a mais combustíveis, o que implica mais custos e, portanto, uma pressão maior sobre os consumos dos cidadãos, na medida em que a tarifa média acaba por ser pressionada, com algum intervalo de tempo, pela forma como se produz", recordou a mesma fonte. Assegurou que, se se mantiverem as actuais condições climatéricas, "a pressão para o preço é brutal".

No entanto, a Entidade Reguladora do Sector Eléctrico (ERSE) só fará uma nova revisão das tarifas no próximo mês de Junho, sendo para já prematuro adiantar qual será o impacto da baixa hidraulicidade nos preços da electricidade. Se o segundo trimestre for particularmente pluvioso, poderá recuperar-se grande parte desse tipo de produção. Mas é sabido que, mesmo para a REN, os custos são superiores quando o transporte de energia advém de produção térmica

Segundo dados da REN, referentes ao acumulado do corrente ano, o decréscimo de produção hidroeléctrica foi de 64%, "o que significa que tem que haver um aumento da térmica na ordem dos 50%", sendo o resto obtido através de importações.

Apesar da actual situação, o responsável da REN garante que "o País, do ponto de vista da segurança do abastecimento, não tem qualquer problema". "Atingimos o máximo histórico em ponta já este ano, com 8500 Mw de potência pedida à rede, o que significa qualquer coisa que anda um bocadinho acima de 10% da ponta que se verificou o ano passado" [no mesmo período].

Em termos médios globais, e face ao mesmo período do ano passado, o aumento de consumo foi da ordem dos 7%. Valores que levam o presidente da REN a acreditar que "muito provavelmente vamos atingir este ano máximos históricos de consumo e de ponta".
 
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Concorrência atrasa centrais de ciclo combinado

por marafado » 15/2/2005 2:03

Concorrência atrasa centrais de ciclo combinado



márcio alves candoso

divergências. Posição dominante da EDP levanta dúvidas sobre novas concessões na área da produção

O processo de licenciamento das novas centrais de ciclo combinado para produção de energia eléctrica está atrasado. Álvaro Barreto sustentou recentemente que contava ter o problema resolvido até 15 de Fevereiro, mas fonte oficial do Ministério disse ao DN que "não há, até este momento, qualquer decisão sobre o assunto". Segundo o DN apurou de fonte ligada ao processo, o melindre que a questão poderá vir a sofrer em sede de Concorrência é actualmente um dos problemas que está a atrasar a decisão.

As mesmas fontes referiram que existe uma "sensibilidade" no ministério tutelado por Álvaro Barreto em relação a declarações do presidente da Autoridade da Concorrência, nas quais Abel Mateus dava a entender que não veria com bons olhos que os novos licenciamentos mantivessem a posição de grande domínio de mercado de que a EDP usufrui actualmente em Portugal. Ou seja, o Governo deveria usar este licenciamento para, ao mesmo tempo que define uma política estratégica em termos de produção, dar um primeiro passo para aumentar a concorrência no sector.

No entanto, outras posições têm tentado fazer valer as suas teorias junto do Ministério das Actividades Económicas. É que se actualmente é pacífico que a EDP tem uma posição dominante no mercado nacional, o mesmo não será já verdade daqui a três anos, numa altura em que o Mercado Ibérico (Mibel) deverá estar já a funcionar em velocidade de cruzeiro. E três anos é, precisamente, o tempo que demora a construir e a pôr em funcionamento uma central de ciclo combinado. Ou seja, se o problema concorrencial hoje em dia é compreensível, não o será no tempo útil em que as decisões agora tomadas terão consequências práticas.

Álvaro Barreto já tornou pú- blico que tem entre mãos sete pedidos de licenciamento de centrais do tipo referido, cada uma equivalente a dois grupos geradores de sensivelmente 400 Megawatts cada. O ministro tem vindo a afirmar que, no actual estado da rede, não existe disponibilidade para dar vazão à nova capacidade produtiva se todas as centrais fossem licenciadas. Por outro lado, em entrevista ao DN (24 de Janeiro), o ministro sufragou a opinião de a EDP tem de perder quota de produção.

Outra solução defendida por várias fontes ligadas ao sector, seria o faseamento dos licenciamentos. Ou seja, o Governo poderia até dar todas as concessões, com a condição de que várias das centrais só entrassem em funcionamento mais tarde.

O DN não conseguiu contactar a Autoridade da Concorrência sobre este assunto. Outra das questões que Álvaro Barreto já disse que gostava de ver arrumada ainda na vigência do Governo de que faz parte é o lançamento do concurso para mais 1000 Mw de potência eléctrica baseada em energias renováveis (não hidro-eléctricas). Fonte do Ministério disse ao DN que também esta questão ainda não será resolvida hoje, já que o diploma da alteração das tarifas não está ainda publicado. E é entendimento do Gabinete de Álvaro Barreto que não faz sentido avançar para o concurso sem o conhecimento oficial das novas regras. No entanto, segundo as mesmas fontes, o caderno de encargos está pronto.
 
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