Perspectivas para 2005
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Re: Perspectivas para 2005
Respeitando o autor do texto, penso que a única frase que coresponde ao titulo do tópico é :
Falar do passado é como diz o outro ... "eles falam falam e não dizem nada", o passado já foi o que interessa é o presente e futuro ...
Abraço
TRSM Escreveu:Neste cenário, a nossa tese é que o ano de 2005 deverá trazer um forte abrandamento no crescimento do EPS («earnings per share») mundial: o EPS do índice MSCIWorld deverá crescer 9% (vs uns estonteantes 25%).
Falar do passado é como diz o outro ... "eles falam falam e não dizem nada", o passado já foi o que interessa é o presente e futuro ...
Abraço
"Os simples conselhos, recomendações ou informações não responsabilizam quem os dá, ainda que haja negligência da sua parte" (Art. 485º do Código Civil)
Perspectivas para 2005
Perspectivas para 2005
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Jorge Ramos
O ano de 2005 começou de forma mista para os mercados financeiros, com as Bolsas americanas a acumularem perdas e as Bolsas do Velho Continente a apresentarem performances invariavelmente positivas.
O ano de 2005 começou de forma mista para os mercados financeiros, com as Bolsas americanas a acumularem perdas (Dow Jones -1,1%; S&P -1,6% e Nasdaq -5,6%) e as Bolsas do Velho Continente a apresentarem performances invariavelmente positivas (Euro Stock50 4,2%; CAC 4,1%; DAX 2,4%; Ibex 4%; FTSE 3,7%; PSI20 6,1%). Isto num cenário de aparente acalmia na frente macroeconómica, marcado pela evolução positiva no USD (valorizou cerca de 6% desde o final do ano passado) e pela flutuação do preço do petróleo num intervalo relativamente apertado (40 - 46 Usd), sugerindo que para já, esta matéria-prima parece ter encontrado um nível sustentado de preço ou, pelo menos, que a atenção dos especuladores parece ter-se virado para outro lado.
Também na passada semana se confirmou o por todos esperado: Mr. Greenspan continua a sua cruzada para levar as taxas de juro para terreno monetariamente neutro e o mercado reagiu com relativa indiferença, até porque os analistas descontam uma subida de pelo menos 1% nos Fed Funds, até ao final do ano. Depois dos receios de uma aceleração do ritmo de subida de taxas no principio do ano, o mercado parece ter acomodado a ideia de que o espectro da inflação ainda vem longe, sobretudo num ano em que se espera um relativo arrefecimento económico global (crescimento do PIB mundial na casa dos 3,5%, contra uns vigorosos 4,7% em 2004), ainda com a liderança dos EUA que entram no seu quinto ano de crescimento consecutivo mas, ainda assim, em clara desaceleração.
Na falta de novos dados macro-económicos e / ou geo-políticos, o mercado tem estado particularmente atento à earnings season, ou seja à divulgação dos resultados das empresas, relativos ao 4º trimestre de 2004 e, sobretudo, ás suas perspectivas para 2005. E apesar de, no cômputo geral os mesmos terem sido bastante positivos, superando as expectativas dos analistas, o que temos visto é o mercado reagir com desilusão, penalizando as empresas. Esta reacção é mais evidente no mercado americano, mais perfeccionista e caracterizado por um maior grau de exigência dos investidores: considerando o universo das empresas do S&P500, 60 acções cairam mais de 10% em Janeiro (o número mais elevado deste Julho do ano passado). O sentimento generalizado entre os analistas e investidores é um pouco o de déjà vu, ou seja, 2004 é história e o que interessa olhar é para 2005 e uma análise fria e objectiva, prova-nos que é matemáticamente impossível às empresas manterem o ritmo de crescimento dos seus resultados evidenciado em 2004.
E isto por várias razões: porque o crescimento da produtividade (4,4% nos EUA em taxa anual nos últimos 13 trimestres) está a diminuir, face ao aumento do nível de emprego e à dimuição esperada do ritmo de investimento em IT. Desde 1995 até 2004 a percentagem do investimento em tecnologias de informação no investimento global das empresas passou de 36% para 58% ou seja a Corporate America praticamente fez a transição de uma plataforma tecnológica para outra, o que não acontece em todas as décadas. A segunda grande razão é porque as empresas esgotaram em grande medida o seu leverage operacional já que o espaço de manobra que têm de corte de custos terá diminuido significativamente. Ou seja a única forma que têm de melhorar as suas margens, deverá ser através do leverage dos preços o que, num cenário de globalização e de ainda baixo pricing power, deverá ser difícil.
Neste cenário, a nossa tese é que o ano de 2005 deverá trazer um forte abrandamento no crescimento do EPS («earnings per share») mundial: o EPS do índice MSCIWorld deverá crescer 9% (vs uns estonteantes 25%).
CN
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Jorge Ramos
O ano de 2005 começou de forma mista para os mercados financeiros, com as Bolsas americanas a acumularem perdas e as Bolsas do Velho Continente a apresentarem performances invariavelmente positivas.
O ano de 2005 começou de forma mista para os mercados financeiros, com as Bolsas americanas a acumularem perdas (Dow Jones -1,1%; S&P -1,6% e Nasdaq -5,6%) e as Bolsas do Velho Continente a apresentarem performances invariavelmente positivas (Euro Stock50 4,2%; CAC 4,1%; DAX 2,4%; Ibex 4%; FTSE 3,7%; PSI20 6,1%). Isto num cenário de aparente acalmia na frente macroeconómica, marcado pela evolução positiva no USD (valorizou cerca de 6% desde o final do ano passado) e pela flutuação do preço do petróleo num intervalo relativamente apertado (40 - 46 Usd), sugerindo que para já, esta matéria-prima parece ter encontrado um nível sustentado de preço ou, pelo menos, que a atenção dos especuladores parece ter-se virado para outro lado.
Também na passada semana se confirmou o por todos esperado: Mr. Greenspan continua a sua cruzada para levar as taxas de juro para terreno monetariamente neutro e o mercado reagiu com relativa indiferença, até porque os analistas descontam uma subida de pelo menos 1% nos Fed Funds, até ao final do ano. Depois dos receios de uma aceleração do ritmo de subida de taxas no principio do ano, o mercado parece ter acomodado a ideia de que o espectro da inflação ainda vem longe, sobretudo num ano em que se espera um relativo arrefecimento económico global (crescimento do PIB mundial na casa dos 3,5%, contra uns vigorosos 4,7% em 2004), ainda com a liderança dos EUA que entram no seu quinto ano de crescimento consecutivo mas, ainda assim, em clara desaceleração.
Na falta de novos dados macro-económicos e / ou geo-políticos, o mercado tem estado particularmente atento à earnings season, ou seja à divulgação dos resultados das empresas, relativos ao 4º trimestre de 2004 e, sobretudo, ás suas perspectivas para 2005. E apesar de, no cômputo geral os mesmos terem sido bastante positivos, superando as expectativas dos analistas, o que temos visto é o mercado reagir com desilusão, penalizando as empresas. Esta reacção é mais evidente no mercado americano, mais perfeccionista e caracterizado por um maior grau de exigência dos investidores: considerando o universo das empresas do S&P500, 60 acções cairam mais de 10% em Janeiro (o número mais elevado deste Julho do ano passado). O sentimento generalizado entre os analistas e investidores é um pouco o de déjà vu, ou seja, 2004 é história e o que interessa olhar é para 2005 e uma análise fria e objectiva, prova-nos que é matemáticamente impossível às empresas manterem o ritmo de crescimento dos seus resultados evidenciado em 2004.
E isto por várias razões: porque o crescimento da produtividade (4,4% nos EUA em taxa anual nos últimos 13 trimestres) está a diminuir, face ao aumento do nível de emprego e à dimuição esperada do ritmo de investimento em IT. Desde 1995 até 2004 a percentagem do investimento em tecnologias de informação no investimento global das empresas passou de 36% para 58% ou seja a Corporate America praticamente fez a transição de uma plataforma tecnológica para outra, o que não acontece em todas as décadas. A segunda grande razão é porque as empresas esgotaram em grande medida o seu leverage operacional já que o espaço de manobra que têm de corte de custos terá diminuido significativamente. Ou seja a única forma que têm de melhorar as suas margens, deverá ser através do leverage dos preços o que, num cenário de globalização e de ainda baixo pricing power, deverá ser difícil.
Neste cenário, a nossa tese é que o ano de 2005 deverá trazer um forte abrandamento no crescimento do EPS («earnings per share») mundial: o EPS do índice MSCIWorld deverá crescer 9% (vs uns estonteantes 25%).
CN
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