PT e Brisa fazem cair acções
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Novas regras no Multibanco
Levantamento máximo por dia aumenta para 400 euros
As caixas Multibanco vão ter novas regras e possibilidades a partir do próximo dia 15, com novos limites, máximo e mínimo, para os levantamentos.
SIC
A Sociedade Interbancária de Serviços, que gere o sistema de Multibancos em Portugal ,definiu novos limites que entram em vigor a partir do próxima terça-feira.
Em vez dos 200 euros diários que se podia levantar até agora, passa-se a poder levantar 400 euros. Mas não se pode fazê-lo de uma vez só: cada levantamento terá um limite máximo de 200 euros.
Quanto ao limite mínimo, também há alterações. Em vez de 5 euros, será obrigatório o levantamento de pelo menos 10 euros.
As novas regras pretendem adaptar-se às necessidades dos utilizadores que usam cada vez mais o Multibanco. Só o ano passado foram efectuadas perto de 1,5 milhões de operações , o que corresponde a mais de 53 milhões de euros transaccionados.
Levantamento máximo por dia aumenta para 400 euros
As caixas Multibanco vão ter novas regras e possibilidades a partir do próximo dia 15, com novos limites, máximo e mínimo, para os levantamentos.
SIC
A Sociedade Interbancária de Serviços, que gere o sistema de Multibancos em Portugal ,definiu novos limites que entram em vigor a partir do próxima terça-feira.
Em vez dos 200 euros diários que se podia levantar até agora, passa-se a poder levantar 400 euros. Mas não se pode fazê-lo de uma vez só: cada levantamento terá um limite máximo de 200 euros.
Quanto ao limite mínimo, também há alterações. Em vez de 5 euros, será obrigatório o levantamento de pelo menos 10 euros.
As novas regras pretendem adaptar-se às necessidades dos utilizadores que usam cada vez mais o Multibanco. Só o ano passado foram efectuadas perto de 1,5 milhões de operações , o que corresponde a mais de 53 milhões de euros transaccionados.
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Espanha espera défice de 0,5% este ano
Notícia agenciafinanceira.com
(09/02/05)-(Agência Financeira) Pedro Solbes explicou perante a comissão parlamentar de Economia e Finanças que houve uma melhoria das previsões, de cerca de 0,8% do PIB, devido à contenção da despesa pública, ao crescimento das receitas e a um excedente da Segurança Social maior do que o previsto.
O crescimento da economia em 2004 terá sido entre 2,6 a 2,7% e para 2005 prevê-se um crescimento de cerca de 3%, refere a Lusa.
Pedro Solbes mostrou-se «optimista» relativamente à evolução futura da economia espanhola, valorizando especialmente o elevado ritmo da criação de emprego e a moderação da inflação.
Entre os desafios que a economia espanhola enfrenta, o vice-presidente sublinhou o aumento da produtividade e a redução do diferencial de inflação que mantém com a União Europeia.
Neste contexto, a política económica aposta na estabilidade orçamental, no aumento da produtividade e na melhoria da transparência e da qualidade da regulação.
Para aumentar a produtividade, são necessárias reformas estruturais nos mercados e fomentar o clima empresarial e o espírito empreendedor.
Notícia agenciafinanceira.com
(09/02/05)-(Agência Financeira) Pedro Solbes explicou perante a comissão parlamentar de Economia e Finanças que houve uma melhoria das previsões, de cerca de 0,8% do PIB, devido à contenção da despesa pública, ao crescimento das receitas e a um excedente da Segurança Social maior do que o previsto.
O crescimento da economia em 2004 terá sido entre 2,6 a 2,7% e para 2005 prevê-se um crescimento de cerca de 3%, refere a Lusa.
Pedro Solbes mostrou-se «optimista» relativamente à evolução futura da economia espanhola, valorizando especialmente o elevado ritmo da criação de emprego e a moderação da inflação.
Entre os desafios que a economia espanhola enfrenta, o vice-presidente sublinhou o aumento da produtividade e a redução do diferencial de inflação que mantém com a União Europeia.
Neste contexto, a política económica aposta na estabilidade orçamental, no aumento da produtividade e na melhoria da transparência e da qualidade da regulação.
Para aumentar a produtividade, são necessárias reformas estruturais nos mercados e fomentar o clima empresarial e o espírito empreendedor.
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Renault aumenta lucros em 43% para 3,5 mil milhões de euros em 2004
Notícia agenciafinanceira.com
(09/02/05)-(Agência Financeira) As receitas aumentaram também 8,4% para 40,7 mil milhões, devido ao que a marca chama de um «alcance de produto bem sucedido, um maior mix de veículos vendidos e crescentes vendas fora da Europa Ocidental».
A margem operacional subiu para mais de 2,4 mil milhões, graças ao aumento dos ganhos na Europa e nos mercados internacionais.
A Renault acelerou ainda em 2004 a redução da sua dívida, baixando-a em 1,2 mil milhões.
Em termos mundiais, as vendas aumentaram 4,2% para 2.489.401 unidades, um novo recorde.
Para 2005, a Renault espera que o Mercado automóvel permaneça estável na Europa e cresça ligeiramente nos outros principais países em que opera, com excepção da Turquia.
Assim, ao longo deste ano, a marca espera beneficiar da continuação da renovação da sua oferta, nomeadamente do sucesso da gama Mégane e também do Renault Modus, que terá em 2005 o primeiro ano completo de actividade. Mas 2005 será também o ano de lançamento do novo Clio, que chegará aos stands na segunda metade do ano.
O grupo pretende continuar o seu desenvolvimento for a da Europa graças à vitalidade da sua actual oferta e ao desenvolvimento do chamado programa Logan em muitos países, incluindo o início de produção na Rússia, Marrocos e Colômbia.
Paula Gonçalves Martins
Notícia agenciafinanceira.com
(09/02/05)-(Agência Financeira) As receitas aumentaram também 8,4% para 40,7 mil milhões, devido ao que a marca chama de um «alcance de produto bem sucedido, um maior mix de veículos vendidos e crescentes vendas fora da Europa Ocidental».
A margem operacional subiu para mais de 2,4 mil milhões, graças ao aumento dos ganhos na Europa e nos mercados internacionais.
A Renault acelerou ainda em 2004 a redução da sua dívida, baixando-a em 1,2 mil milhões.
Em termos mundiais, as vendas aumentaram 4,2% para 2.489.401 unidades, um novo recorde.
Para 2005, a Renault espera que o Mercado automóvel permaneça estável na Europa e cresça ligeiramente nos outros principais países em que opera, com excepção da Turquia.
Assim, ao longo deste ano, a marca espera beneficiar da continuação da renovação da sua oferta, nomeadamente do sucesso da gama Mégane e também do Renault Modus, que terá em 2005 o primeiro ano completo de actividade. Mas 2005 será também o ano de lançamento do novo Clio, que chegará aos stands na segunda metade do ano.
O grupo pretende continuar o seu desenvolvimento for a da Europa graças à vitalidade da sua actual oferta e ao desenvolvimento do chamado programa Logan em muitos países, incluindo o início de produção na Rússia, Marrocos e Colômbia.
Paula Gonçalves Martins
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FMI diz que instituições democráticas são determinantes na estabilidade macroeconómica
Notícia agenciafinanceira.com
(09/02/05)-(Agência Financeira) A medida preferida da instabilidade macroeconómica para os autores, Shanker Satyanath e Arvind Subramanian, é a taxa média anual de câmbio no mercado paralelo, cuja amplitude de variação, entre a Dinamarca e a Nicarágua, chega aos 3.167.
Outra medida é a disparidade na taxa de inflação média no período posterior à segunda guerra mundial, que regista nos exemplos extremos mais de 1000 por cento na Nicarágua e 3,3% por cento na Malásia, uma distância que consagra um múltiplo superior a 300.
O estudo centrou-se nas variações de preços e cambiais em 80 países, entre 1960 e 2000.
Satyanath e Subramanian avançam duas explicações plausíveis para a instabilidade nominal.
Uma consiste em atribuir a instabilidade a políticas macroeconómicas, o que poderia significar falta de atenção ou virtude das autoridades monetárias ou uma concentração destas nas variáveis erradas.
Outra, partindo do pressuposto que há uma relação próxima entre as políticas escolhidas e os resultados esperados, respeita às razões das causas da escolha das políticas, excluindo assim a hipótese de ter havido erros na opção feita.
Na procura da resposta à razão de escolha de políticas criadoras de instabilidade macroeconómica, os autores centraram-se na investigação das «causas profundas», o que os levou a considerar instituições políticas, conflitos distributivos e abertura económica.
As principais conclusões apontam para uma forte relação causal entre as determinantes profundas, como conflito, instituições e abertura, e a estabilidade macroeconómica.
Enquanto o conflito prejudica a estabilidade, as instituições políticas democráticas ajudam a consegui-la, tal como a abertura da economia. Mas a determinante mais robusta é a das instituições, realçam.
Há duas formas pelas quais as instituições podem contribuir para a estabilidade, a saber, o controlo do poder político por contra-poderes e uma maior responsabilização dos políticos. Estas formas, sublinham, distinguem as ditaduras das democracias.
Um sistema democrático, continuam, impõe mecanismos de participação, consulta e negociação, que permite a construção de consensos necessários para fazer ajustamentos de política.
Para mais, facilita a substituição dos incumbentes que seguiram políticas custosas para os cidadãos.
Os autores recordam que, pela perspectiva marxista, as várias formas de acções motivadas pela redistribuição redundam em instabilidade macroeconómica, mas em geral a disputa pelos recursos ou defesa de rendas traduz-se em inflação elevada.
Por outro lado, um exemplo do contributo da abertura económica para a estabilidade é dado pela globalização.
Satyanath e Subramanian evidenciam o carácter instrumental da democracia, além do intrínseco, por exemplo em situações de combate à fome ou de ajustamento económico.
Apesar de reconhecerem o impacto da democracia na estabilidade macroeconómica, os autores avisam que isso não autoriza a avançar com uma agenda de acção.
Para tal contribui, em particular, a tendência de mudança lenta apresentada pelas instituições.
Notícia agenciafinanceira.com
(09/02/05)-(Agência Financeira) A medida preferida da instabilidade macroeconómica para os autores, Shanker Satyanath e Arvind Subramanian, é a taxa média anual de câmbio no mercado paralelo, cuja amplitude de variação, entre a Dinamarca e a Nicarágua, chega aos 3.167.
Outra medida é a disparidade na taxa de inflação média no período posterior à segunda guerra mundial, que regista nos exemplos extremos mais de 1000 por cento na Nicarágua e 3,3% por cento na Malásia, uma distância que consagra um múltiplo superior a 300.
O estudo centrou-se nas variações de preços e cambiais em 80 países, entre 1960 e 2000.
Satyanath e Subramanian avançam duas explicações plausíveis para a instabilidade nominal.
Uma consiste em atribuir a instabilidade a políticas macroeconómicas, o que poderia significar falta de atenção ou virtude das autoridades monetárias ou uma concentração destas nas variáveis erradas.
Outra, partindo do pressuposto que há uma relação próxima entre as políticas escolhidas e os resultados esperados, respeita às razões das causas da escolha das políticas, excluindo assim a hipótese de ter havido erros na opção feita.
Na procura da resposta à razão de escolha de políticas criadoras de instabilidade macroeconómica, os autores centraram-se na investigação das «causas profundas», o que os levou a considerar instituições políticas, conflitos distributivos e abertura económica.
As principais conclusões apontam para uma forte relação causal entre as determinantes profundas, como conflito, instituições e abertura, e a estabilidade macroeconómica.
Enquanto o conflito prejudica a estabilidade, as instituições políticas democráticas ajudam a consegui-la, tal como a abertura da economia. Mas a determinante mais robusta é a das instituições, realçam.
Há duas formas pelas quais as instituições podem contribuir para a estabilidade, a saber, o controlo do poder político por contra-poderes e uma maior responsabilização dos políticos. Estas formas, sublinham, distinguem as ditaduras das democracias.
Um sistema democrático, continuam, impõe mecanismos de participação, consulta e negociação, que permite a construção de consensos necessários para fazer ajustamentos de política.
Para mais, facilita a substituição dos incumbentes que seguiram políticas custosas para os cidadãos.
Os autores recordam que, pela perspectiva marxista, as várias formas de acções motivadas pela redistribuição redundam em instabilidade macroeconómica, mas em geral a disputa pelos recursos ou defesa de rendas traduz-se em inflação elevada.
Por outro lado, um exemplo do contributo da abertura económica para a estabilidade é dado pela globalização.
Satyanath e Subramanian evidenciam o carácter instrumental da democracia, além do intrínseco, por exemplo em situações de combate à fome ou de ajustamento económico.
Apesar de reconhecerem o impacto da democracia na estabilidade macroeconómica, os autores avisam que isso não autoriza a avançar com uma agenda de acção.
Para tal contribui, em particular, a tendência de mudança lenta apresentada pelas instituições.
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Wall Street fecha no vermelho
DE
Os mercados norte-americanos fecharam hoje em baixa, devido ao receio de um maior abrandamento no crescimento do lucro das empresas.
Assim, o Nasdaq Composite fechou a cair 1,64% para 2.052,55 pontos, depois de ter fechado na terça-feira a ganhar 0,23% para 2.086,73 pontos.
O Dow Jones Industrial Average terminou o dia a perder 0,56% para 10.664,11 pontos, após ter encerrado a subir 0,11% para 10.727,22 pontos, na sessão anterior.
Na noite de terça-feira, a Cisco Systems apresentou resultados acima do esperado, mas a empresa avançou uma previsão de vendas que desiludiu o mercado.
A Cisco, maior fabricante mundial de equipamentos para redes informáticas, prevê que as vendas cresçam ao menor ritmo dos últimos seis trimestres, causando algum pessimismo em Wall Street.
Este factor foi o motivo encontrado por muitos investidores para a realização de mais-valias.
Ainda no sector tecnológico, a Hewlett-Packard foi o destaque positivo, ganhando mais de sete por cento graças ao anúncio da saída da sua polémica directora executiva, Carly Fiorina.
DE
Os mercados norte-americanos fecharam hoje em baixa, devido ao receio de um maior abrandamento no crescimento do lucro das empresas.
Assim, o Nasdaq Composite fechou a cair 1,64% para 2.052,55 pontos, depois de ter fechado na terça-feira a ganhar 0,23% para 2.086,73 pontos.
O Dow Jones Industrial Average terminou o dia a perder 0,56% para 10.664,11 pontos, após ter encerrado a subir 0,11% para 10.727,22 pontos, na sessão anterior.
Na noite de terça-feira, a Cisco Systems apresentou resultados acima do esperado, mas a empresa avançou uma previsão de vendas que desiludiu o mercado.
A Cisco, maior fabricante mundial de equipamentos para redes informáticas, prevê que as vendas cresçam ao menor ritmo dos últimos seis trimestres, causando algum pessimismo em Wall Street.
Este factor foi o motivo encontrado por muitos investidores para a realização de mais-valias.
Ainda no sector tecnológico, a Hewlett-Packard foi o destaque positivo, ganhando mais de sete por cento graças ao anúncio da saída da sua polémica directora executiva, Carly Fiorina.
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Tentar perceber
Ajudas
Francisco
sarsfield cabral
Seis países - Alemanha, França, Reino Unido, Holanda, Suécia e Áustria - querem que o orçamento comunitário não ultrapasse 1 % do Rendimento Nacional Bruto da UE. Um limite inferior ao vigente antes do alargamento a dez novos membros, todos com uma riqueza muito abaixo da média da União. Percebe-se esta tendência para a "Europa barata", quando a Alemanha, por exemplo, não conseguiu ainda equilibrar as suas contas públicas. Só que a "forretice" dos ricos pode pôr em causa o sucesso da integração dos novos membros na UE.
Sem um apoio ao desenvolvimento das economias mais fracas há o risco de as zonas pobres ficarem ainda mais pobres, pois os melhores recursos humanos e financeiros de que dispõem tenderão a deslocar-se para as zonas ricas (como aconteceu na unificação italiana, na segunda metade do séc. XIX). E virá menos dinheiro de Bruxelas para Portugal, o que não me parece trágico - pois julgo que o apego aos fundos tenha hoje, entre nós, mais efeitos negativos do que positivos.
Curioso é que vários desses países que não querem gastar dinheiro na UE recusam reduzir apoios financeiros a empresas suas. Estão contra a comissária da Concorrência, Neelie Kroes, que quer limitar as ajudas de Estado. Estas já diminuíram alguma coisa, mas ainda envolvem montantes escandalosos. É dinheiro canalizado, nomeadamente, para impedir a falência de empresas inviáveis e para financiar os chamados "campeões nacionais" incapazes de competir no mercado mundial sem "bengalas". Assim se falseia a concorrência e se enfraquecem as empresas, desvitalizadas no regaço do Estado. Percebe-se a razão por que a economia europeia continua a perder terreno face à americana e há mais de 5 milhões de desempregados na Alemanha. Mas os políticos europeus preferem a popularidade à verdade.
Ajudas
Francisco
sarsfield cabral
Seis países - Alemanha, França, Reino Unido, Holanda, Suécia e Áustria - querem que o orçamento comunitário não ultrapasse 1 % do Rendimento Nacional Bruto da UE. Um limite inferior ao vigente antes do alargamento a dez novos membros, todos com uma riqueza muito abaixo da média da União. Percebe-se esta tendência para a "Europa barata", quando a Alemanha, por exemplo, não conseguiu ainda equilibrar as suas contas públicas. Só que a "forretice" dos ricos pode pôr em causa o sucesso da integração dos novos membros na UE.
Sem um apoio ao desenvolvimento das economias mais fracas há o risco de as zonas pobres ficarem ainda mais pobres, pois os melhores recursos humanos e financeiros de que dispõem tenderão a deslocar-se para as zonas ricas (como aconteceu na unificação italiana, na segunda metade do séc. XIX). E virá menos dinheiro de Bruxelas para Portugal, o que não me parece trágico - pois julgo que o apego aos fundos tenha hoje, entre nós, mais efeitos negativos do que positivos.
Curioso é que vários desses países que não querem gastar dinheiro na UE recusam reduzir apoios financeiros a empresas suas. Estão contra a comissária da Concorrência, Neelie Kroes, que quer limitar as ajudas de Estado. Estas já diminuíram alguma coisa, mas ainda envolvem montantes escandalosos. É dinheiro canalizado, nomeadamente, para impedir a falência de empresas inviáveis e para financiar os chamados "campeões nacionais" incapazes de competir no mercado mundial sem "bengalas". Assim se falseia a concorrência e se enfraquecem as empresas, desvitalizadas no regaço do Estado. Percebe-se a razão por que a economia europeia continua a perder terreno face à americana e há mais de 5 milhões de desempregados na Alemanha. Mas os políticos europeus preferem a popularidade à verdade.
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De Vasco Gonçalves a líder do PS
Luís Miguel Viana
Na sede da Federação do PS de Castelo Branco, onde domingo passado arrancou a campanha eleitoral de José Sócrates, Vítor Constâncio é o único secretário-geral da história do partido cuja foto não está afixada. O presidente da federação nega que isso seja uma retaliação por, na qualidade de governador do Banco Portugal, ter apurado em 2002 o verdadeiro défice das contas públicas deixado por António Guterres. "Essas declarações vão ser agora muito úteis quando apurarmos o défice real deixado pelo PSD...", ironiza Fernando Serrasqueiro.
O episódio ilustra a relação que o Partido Socialista tem com este seu dirigente mal-amado, admirado pela seriedade e qualidades intelectuais, mas tido por incapaz de o favorecer para conquistas eleitorais. "Tenho no PS muitos apoiantes e poucos defensores", sintetizou o próprio Constâncio quando, em 1988, se demitiu da liderança.
Vítor Manuel Ribeiro Constâncio nasceu em Lisboa, em 1943, e foi eleito secretário-geral dos socialistas em Junho de 1986, sucedendo a Mário Soares depois do consulado breve de Almeida Santos. A sua entrada na política dá-se por volta de 1969, quando subscreve as listas da CDE para a Assembleia Nacional e participa em comícios críticos da ditadura.
Após o 25 de Abril participa como independente nos três governos provisórios de era democrática. É secretário de Estado do Planeamento Económico de Palma Carlos e, depois, de Vasco Gonçalves, mas abandona a sua equipa após o 11 de Março de 1975. Volta à governação já filiado no PS, com as mesmas funções, no Governo do almirante Pinheiro de Azevedo.
O regresso à vida civil faz-se como director do serviço de estatística e estudos económicos do Banco de Portugal, sendo depois nomeado presidente da Comissão Governamental para as Negociações com a Comunidade Económica Europeia (CEE). Em 1977, aos 34 anos, é nomeado vice-governador do Banco de Portugal. No ano seguinte, Mário Soares chama-o para o Governo de coligação do PS com o CDS, como ministro das Finanças. O Governo dura muito pouco e, em 1979, Constâncio volta a ser nomeado vice-governador do Banco de Portugal.
Liderança. A vitória de Cavaco Silva nas legislativas e a descida para 22% de um PS transitoriamente liderado por Almeida Santos - face à emergência do PRD de Ramalho Eanes, que arremata uns espectaculares 18% na primeira vez em que se sujeita às urnas - deixam os socialistas em estado de choque e à procura de um sucessor para Soares, entretanto eleito presidente. Encontram-no em Constâncio, um modelo de rigor e sisudez, e entregam-lhe a liderança do partido.
Viveram-se então tempos difíceis para o PS. Não só Cavaco Silva e Miguel Cadilhe, então o ministro das Finanças, conseguem relançar a economia depois da dieta brutal imposta pela dupla Mário Soares- -Hernâni Lopes, como o PRD disputa aos socialistas a liderança da oposição. Serão, aliás, os eanistas que vão arrastar o PS para o derrube do Governo no Parlamento através de uma moção de censura. Nesse momento, Constâncio quer que o Presidente o convide para primeiro- -ministro e o deixe formar governo com o PRD e o PCP. Mário Soares, todavia, não alinha na jogada considera que esse cenário trairia o voto expresso pelo povo e convoca novas eleições. Nelas, o PS regressa aos resultados acima dos 30% e anula o PRD, mas a conquista da maioria absoluta por Cavaco enfraquece para sempre a sua liderança.
Constâncio manter-se-á à frente do partido até 1988, mas a 27 de Outubro pede a demissão "Não aceito ser tratado como líder de transição", dirá numa declaração que conta na assistência com Jorge Sampaio, Jaime Gama, António Guterres, António Vitorino e António Barreto. E fala em "solidariedades não traduzidas em actos". Nessa declaração, Constâncio reivindica o seu legado político -"Contribuí para dotar o partido de um novo programa fundamental, desmarxizado e moderno" - e uma boa performance eleitoral "Conduzi o partido numa campanha difícil em que, sem grandes recursos, dei o máximo para entusiasmar um eleitorado em parte descrente."
Apoio a Barroso. Na hora da saída, Cavaco Silva não lhe regateia elogios "Merece-me o maior respeito", diz. E convida-o pouco depois para presidir à sociedade Lisboa 94, com a missão de organizar as actividades da Capital Europeia da Cultura. Sai-se bem e, precisamente em 1994, António Guterres pede-lhe que encabece a lista do PS às europeias. Constâncio pondera, hesita e acaba por recusar. Um ano depois entra no Conselho de Estado e mergulha no ensino e na gestão de bancos.
Em 2000, após a reeleição de António Guterres, é nomeado governador do Banco de Portugal. Meses depois, começa a causar incómodos no Executivo devido aos alertas quanto à situação económica e orçamental. Os socialistas rangem os dentes com tanta independência, mas o pior está para vir. Após a retirada de Guterres e a vitória de Durão Barroso nas legislativas de 2002, aceita liderar a comissão que apurará o verdadeiro défice público de 2001 - uns "terríveis" 4,1%!
Durão Barroso aproveitou esse número e a autoridade de quem o proferia para dramatizar a culpabilização da política económica dos governos Guterres. E isso o PS não perdoou. Tanto mais que em Março de 2004 apoiou genericamente a política de "aperto" de Manuela Ferreira Leite "Não existe margem para mais."
Com declarações destas não admira que haja sedes do PS sem o seu retrato afixado
Luís Miguel Viana
Na sede da Federação do PS de Castelo Branco, onde domingo passado arrancou a campanha eleitoral de José Sócrates, Vítor Constâncio é o único secretário-geral da história do partido cuja foto não está afixada. O presidente da federação nega que isso seja uma retaliação por, na qualidade de governador do Banco Portugal, ter apurado em 2002 o verdadeiro défice das contas públicas deixado por António Guterres. "Essas declarações vão ser agora muito úteis quando apurarmos o défice real deixado pelo PSD...", ironiza Fernando Serrasqueiro.
O episódio ilustra a relação que o Partido Socialista tem com este seu dirigente mal-amado, admirado pela seriedade e qualidades intelectuais, mas tido por incapaz de o favorecer para conquistas eleitorais. "Tenho no PS muitos apoiantes e poucos defensores", sintetizou o próprio Constâncio quando, em 1988, se demitiu da liderança.
Vítor Manuel Ribeiro Constâncio nasceu em Lisboa, em 1943, e foi eleito secretário-geral dos socialistas em Junho de 1986, sucedendo a Mário Soares depois do consulado breve de Almeida Santos. A sua entrada na política dá-se por volta de 1969, quando subscreve as listas da CDE para a Assembleia Nacional e participa em comícios críticos da ditadura.
Após o 25 de Abril participa como independente nos três governos provisórios de era democrática. É secretário de Estado do Planeamento Económico de Palma Carlos e, depois, de Vasco Gonçalves, mas abandona a sua equipa após o 11 de Março de 1975. Volta à governação já filiado no PS, com as mesmas funções, no Governo do almirante Pinheiro de Azevedo.
O regresso à vida civil faz-se como director do serviço de estatística e estudos económicos do Banco de Portugal, sendo depois nomeado presidente da Comissão Governamental para as Negociações com a Comunidade Económica Europeia (CEE). Em 1977, aos 34 anos, é nomeado vice-governador do Banco de Portugal. No ano seguinte, Mário Soares chama-o para o Governo de coligação do PS com o CDS, como ministro das Finanças. O Governo dura muito pouco e, em 1979, Constâncio volta a ser nomeado vice-governador do Banco de Portugal.
Liderança. A vitória de Cavaco Silva nas legislativas e a descida para 22% de um PS transitoriamente liderado por Almeida Santos - face à emergência do PRD de Ramalho Eanes, que arremata uns espectaculares 18% na primeira vez em que se sujeita às urnas - deixam os socialistas em estado de choque e à procura de um sucessor para Soares, entretanto eleito presidente. Encontram-no em Constâncio, um modelo de rigor e sisudez, e entregam-lhe a liderança do partido.
Viveram-se então tempos difíceis para o PS. Não só Cavaco Silva e Miguel Cadilhe, então o ministro das Finanças, conseguem relançar a economia depois da dieta brutal imposta pela dupla Mário Soares- -Hernâni Lopes, como o PRD disputa aos socialistas a liderança da oposição. Serão, aliás, os eanistas que vão arrastar o PS para o derrube do Governo no Parlamento através de uma moção de censura. Nesse momento, Constâncio quer que o Presidente o convide para primeiro- -ministro e o deixe formar governo com o PRD e o PCP. Mário Soares, todavia, não alinha na jogada considera que esse cenário trairia o voto expresso pelo povo e convoca novas eleições. Nelas, o PS regressa aos resultados acima dos 30% e anula o PRD, mas a conquista da maioria absoluta por Cavaco enfraquece para sempre a sua liderança.
Constâncio manter-se-á à frente do partido até 1988, mas a 27 de Outubro pede a demissão "Não aceito ser tratado como líder de transição", dirá numa declaração que conta na assistência com Jorge Sampaio, Jaime Gama, António Guterres, António Vitorino e António Barreto. E fala em "solidariedades não traduzidas em actos". Nessa declaração, Constâncio reivindica o seu legado político -"Contribuí para dotar o partido de um novo programa fundamental, desmarxizado e moderno" - e uma boa performance eleitoral "Conduzi o partido numa campanha difícil em que, sem grandes recursos, dei o máximo para entusiasmar um eleitorado em parte descrente."
Apoio a Barroso. Na hora da saída, Cavaco Silva não lhe regateia elogios "Merece-me o maior respeito", diz. E convida-o pouco depois para presidir à sociedade Lisboa 94, com a missão de organizar as actividades da Capital Europeia da Cultura. Sai-se bem e, precisamente em 1994, António Guterres pede-lhe que encabece a lista do PS às europeias. Constâncio pondera, hesita e acaba por recusar. Um ano depois entra no Conselho de Estado e mergulha no ensino e na gestão de bancos.
Em 2000, após a reeleição de António Guterres, é nomeado governador do Banco de Portugal. Meses depois, começa a causar incómodos no Executivo devido aos alertas quanto à situação económica e orçamental. Os socialistas rangem os dentes com tanta independência, mas o pior está para vir. Após a retirada de Guterres e a vitória de Durão Barroso nas legislativas de 2002, aceita liderar a comissão que apurará o verdadeiro défice público de 2001 - uns "terríveis" 4,1%!
Durão Barroso aproveitou esse número e a autoridade de quem o proferia para dramatizar a culpabilização da política económica dos governos Guterres. E isso o PS não perdoou. Tanto mais que em Março de 2004 apoiou genericamente a política de "aperto" de Manuela Ferreira Leite "Não existe margem para mais."
Com declarações destas não admira que haja sedes do PS sem o seu retrato afixado
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Constâncio, o 'vigilante' da economia portuguesa
Rudolfo rebêlo
Julho de 1989. Poucos meses antes da queda do muro de Berlim, era primeiro-ministro Cavaco Silva, é revista a Constituição portuguesa e e renegociada a famosa lei da "delimitação dos sectores público e privado". Foi o pontapé de saída para a "era das privatizações", abrindo-se à iniciativa privada o sector dos cimentos, banca, seguros e tabaco. "Foi graças à visão estratégica de Vítor Constâncio", enquanto líder de oposição, que este passo vital para a economia portuguesa foi possível, lembra o socialista José Magalhães.
Mas se Constâncio ajudou a abrir a economia portuguesa, politicamente pagou cara a ousadia de "ver mais à frente". Exemplos não faltam. Nos últimos cinco anos, já como governador do Banco de Portugal, a intransigência de Constâncio com o rigor das contas públicas, mesmo quando os governos de diferentes cores políticas, em plena crise económica, eram tentados a avançar com políticas mais populares, granjearam-lhe fortes críticas, incluindo entre os seus companheiros de partido.
Mas todos estão de acordo numa coisa - a competência do governador."Vítor Constâncio tem exercido as suas funções com inteligência, rigor e exemplar competência." Que melhor elogio do que este, de Guilherme d'Oliveira Martins, o homem que, como ministro das Finanças de António Guterres, foi acusado pelo governador do Banco de Portugal de ter deixado derrapar o défice orçamental, em 2001, muito para além do limite de 3% do PIB imposto por Bruxelas?
Rigor. Em Fevereiro de 2000, o então primeiro-ministro, António Guterres, deu posse a Vítor Constâncio como governador do Banco de Portugal. A missão seria histórica o governador teria menos de dois anos para preparar a introdução do euro, a nova moeda europeia que iria substituir o escudo.
Mas nem esta tarefa afastou Constâncio da sua obsessão pelo rigor das contas públicas. Guterres e os seus ministros das Finanças, Pina Moura e, posteriormente, Guilherme Oliveira Martins, ouviram duros e sucessivos recados da Rua do Ouro, sede do Banco de Portugal, num momento em que as finanças públicas nacionais ameaçavam já resvalar.
O então super-ministro Pina Moura, que geria a Economia e as Finanças, ainda viu o défice ficar abaixo do tecto proibido de 3% do PIB, graças aos 400 milhões de euros captados às operadoras de telemóveis com a concessão das licenças UMTS. Mas em 2001, já com Guilherme d'Oliveira Martins na pasta das Finanças, foi o descalabro - quebra nas receitas fiscais e despesa pública a crescer dois dígitos...
Mas o episódio que deixou os socialistas mais 'irritados' surgiu em 2002, quando Durão Barroso ganhou as legislativas - Manuela Ferreira Leite, recém-nomeada ministra das Finanças, pede ao Banco de Portugal e ao Instituto Nacional de Estatística (INE) a revisão das contas orçamentais dos anos anteriores. O que se temia é revelado pela voz firme de Constâncio o défice orçamental de 2001 tinha ultrapassado em muito o limite. O relatório do banco central oferece mesmo dois resultados, de acordo com metodologias diferentes. O primeiro de 3,4% do PIB e o segundo, adoptado por Durão Barroso, de 4,1%. Por causa disso, a Comissão Europeia abriu um "procedimento por défices excessivos".
críticas. Meses a fio, em voz baixa, os socialistas queixam-se amargamente das conclusões do relatório conduzido pelo Banco de Portugal. É verdade que Constâncio frisou que a causa do desastre orçamental não estava no excesso da despesa, mas antes na insuficiente receita orçamental. Mas na luta político-partidária esta 'acusação' de despesismo foi a que ficou.
Em 2003, com o País a atravessar a mais grave crise económica dos últimos 40 anos - a riqueza do País regrediu 1,3% e o investimento caiu 10% -, Constâncio deu "suporte" à política de rigor orçamental imposta por Ferreira Leite. E chegou mesmo a avisar publicamente que não existia espaço para quaisquer descidas de impostos.
Mas nem a ministra, nem Bagão Félix, que lhe sucedeu na pasta das Finanças, deixaram de levar 'puxões de orelhas', com o governador a apelar à necessária "consolidação orçamental".
Considerado "um homem de visão estratégica", o governador do Banco de Portugal deixa mais um sério aviso aos políticos, qualquer que seja a sua cor nos próximos dois anos, Portugal terá de conseguir o equilíbrio das contas públicas... e sem o artifício das receitas extraordinárias. "Chegou a hora da verdade para a redução efectiva do défice", defende.
Rudolfo rebêlo
Julho de 1989. Poucos meses antes da queda do muro de Berlim, era primeiro-ministro Cavaco Silva, é revista a Constituição portuguesa e e renegociada a famosa lei da "delimitação dos sectores público e privado". Foi o pontapé de saída para a "era das privatizações", abrindo-se à iniciativa privada o sector dos cimentos, banca, seguros e tabaco. "Foi graças à visão estratégica de Vítor Constâncio", enquanto líder de oposição, que este passo vital para a economia portuguesa foi possível, lembra o socialista José Magalhães.
Mas se Constâncio ajudou a abrir a economia portuguesa, politicamente pagou cara a ousadia de "ver mais à frente". Exemplos não faltam. Nos últimos cinco anos, já como governador do Banco de Portugal, a intransigência de Constâncio com o rigor das contas públicas, mesmo quando os governos de diferentes cores políticas, em plena crise económica, eram tentados a avançar com políticas mais populares, granjearam-lhe fortes críticas, incluindo entre os seus companheiros de partido.
Mas todos estão de acordo numa coisa - a competência do governador."Vítor Constâncio tem exercido as suas funções com inteligência, rigor e exemplar competência." Que melhor elogio do que este, de Guilherme d'Oliveira Martins, o homem que, como ministro das Finanças de António Guterres, foi acusado pelo governador do Banco de Portugal de ter deixado derrapar o défice orçamental, em 2001, muito para além do limite de 3% do PIB imposto por Bruxelas?
Rigor. Em Fevereiro de 2000, o então primeiro-ministro, António Guterres, deu posse a Vítor Constâncio como governador do Banco de Portugal. A missão seria histórica o governador teria menos de dois anos para preparar a introdução do euro, a nova moeda europeia que iria substituir o escudo.
Mas nem esta tarefa afastou Constâncio da sua obsessão pelo rigor das contas públicas. Guterres e os seus ministros das Finanças, Pina Moura e, posteriormente, Guilherme Oliveira Martins, ouviram duros e sucessivos recados da Rua do Ouro, sede do Banco de Portugal, num momento em que as finanças públicas nacionais ameaçavam já resvalar.
O então super-ministro Pina Moura, que geria a Economia e as Finanças, ainda viu o défice ficar abaixo do tecto proibido de 3% do PIB, graças aos 400 milhões de euros captados às operadoras de telemóveis com a concessão das licenças UMTS. Mas em 2001, já com Guilherme d'Oliveira Martins na pasta das Finanças, foi o descalabro - quebra nas receitas fiscais e despesa pública a crescer dois dígitos...
Mas o episódio que deixou os socialistas mais 'irritados' surgiu em 2002, quando Durão Barroso ganhou as legislativas - Manuela Ferreira Leite, recém-nomeada ministra das Finanças, pede ao Banco de Portugal e ao Instituto Nacional de Estatística (INE) a revisão das contas orçamentais dos anos anteriores. O que se temia é revelado pela voz firme de Constâncio o défice orçamental de 2001 tinha ultrapassado em muito o limite. O relatório do banco central oferece mesmo dois resultados, de acordo com metodologias diferentes. O primeiro de 3,4% do PIB e o segundo, adoptado por Durão Barroso, de 4,1%. Por causa disso, a Comissão Europeia abriu um "procedimento por défices excessivos".
críticas. Meses a fio, em voz baixa, os socialistas queixam-se amargamente das conclusões do relatório conduzido pelo Banco de Portugal. É verdade que Constâncio frisou que a causa do desastre orçamental não estava no excesso da despesa, mas antes na insuficiente receita orçamental. Mas na luta político-partidária esta 'acusação' de despesismo foi a que ficou.
Em 2003, com o País a atravessar a mais grave crise económica dos últimos 40 anos - a riqueza do País regrediu 1,3% e o investimento caiu 10% -, Constâncio deu "suporte" à política de rigor orçamental imposta por Ferreira Leite. E chegou mesmo a avisar publicamente que não existia espaço para quaisquer descidas de impostos.
Mas nem a ministra, nem Bagão Félix, que lhe sucedeu na pasta das Finanças, deixaram de levar 'puxões de orelhas', com o governador a apelar à necessária "consolidação orçamental".
Considerado "um homem de visão estratégica", o governador do Banco de Portugal deixa mais um sério aviso aos políticos, qualquer que seja a sua cor nos próximos dois anos, Portugal terá de conseguir o equilíbrio das contas públicas... e sem o artifício das receitas extraordinárias. "Chegou a hora da verdade para a redução efectiva do défice", defende.
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comentário cambial
Euro interrompe queda
O euro, que na terça-feira caiu para 1,2737 dólares, o valor mais baixo desde Novembro de 2004, recuperou ontem para 1,2794 dólares, no meio de rumores de que a Reserva Federal dos Estados Unidos (Fed) poderá abrandar o ritmo da subida das taxas de juro norte-americanas. Os rumores surgiram depois de Jack Guynn, presidente da Reserva Federal de Atlanta, ter sugerido que "a Fed poderá mudar a terminologia que utiliza para caracterizar a sua actuação em termos de taxas de juro". Descodificado, isto quer dizer, segundo alguns analistas contactados pela Bloomberg, que o ritmo de agravamento dos juros vai abrandar, o que retirará alguma da actual atracção do dólar. Seja como for, muitos economistas estão agora inclinados a acreditar na valorização do dólar, prevendo que o euro possa recuar talvez até à casa dos 1,25 dólares, caso se confirme o empenho de Washington em resolver rapidamente o problema do défice da balança corrente, actualmente a níveis recordes.
Euro interrompe queda
O euro, que na terça-feira caiu para 1,2737 dólares, o valor mais baixo desde Novembro de 2004, recuperou ontem para 1,2794 dólares, no meio de rumores de que a Reserva Federal dos Estados Unidos (Fed) poderá abrandar o ritmo da subida das taxas de juro norte-americanas. Os rumores surgiram depois de Jack Guynn, presidente da Reserva Federal de Atlanta, ter sugerido que "a Fed poderá mudar a terminologia que utiliza para caracterizar a sua actuação em termos de taxas de juro". Descodificado, isto quer dizer, segundo alguns analistas contactados pela Bloomberg, que o ritmo de agravamento dos juros vai abrandar, o que retirará alguma da actual atracção do dólar. Seja como for, muitos economistas estão agora inclinados a acreditar na valorização do dólar, prevendo que o euro possa recuar talvez até à casa dos 1,25 dólares, caso se confirme o empenho de Washington em resolver rapidamente o problema do défice da balança corrente, actualmente a níveis recordes.
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Emprego caiu 2,9% na indústria portuguesa em 2004
A indústria portuguesa continua a reduzir trabalhadores. Em 2004, a quebra de emprego no sector industrial foi de 2,9%, de acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). Uma tendência que promete manter-se, tendo em conta que se registou a mesma descida também no último mês do ano.
O emprego industrial baixou 6,3% na produção de energia, 3,6% nos bens de investimento, 2,8% nos bens intermédios e 2,6% nos sectores que fabricam bens de consumo.
Outro indicador a apontar no mesmo sentido é o das horas trabalhadas. De acordo com o INE, as horas trabalhadas pela indústria baixaram 2,4% em 2004 e 0,5% em Dezembro.
O sector energético denota uma queda substancial no número de 4,8% em 2004.
A produção de bens de consumo registou um aumento marginal de 0,1% homólogos em Dezembro, ao contrário dos sectores que fabricam os restantes, mas caiu 2,2% no conjunto do ano passado.
Mas, apesar da quebra na produção, o sector regista algumas melhorias no capítulo salarial. As remunerações totais pagas pela indústria subiram 0,6% em 2004, embora, em Dezembro, tenham baixado 0,6% em termos homólogos
A indústria portuguesa continua a reduzir trabalhadores. Em 2004, a quebra de emprego no sector industrial foi de 2,9%, de acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). Uma tendência que promete manter-se, tendo em conta que se registou a mesma descida também no último mês do ano.
O emprego industrial baixou 6,3% na produção de energia, 3,6% nos bens de investimento, 2,8% nos bens intermédios e 2,6% nos sectores que fabricam bens de consumo.
Outro indicador a apontar no mesmo sentido é o das horas trabalhadas. De acordo com o INE, as horas trabalhadas pela indústria baixaram 2,4% em 2004 e 0,5% em Dezembro.
O sector energético denota uma queda substancial no número de 4,8% em 2004.
A produção de bens de consumo registou um aumento marginal de 0,1% homólogos em Dezembro, ao contrário dos sectores que fabricam os restantes, mas caiu 2,2% no conjunto do ano passado.
Mas, apesar da quebra na produção, o sector regista algumas melhorias no capítulo salarial. As remunerações totais pagas pela indústria subiram 0,6% em 2004, embora, em Dezembro, tenham baixado 0,6% em termos homólogos
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BCE diz que não há razões para subir já as taxas de juro
Maior desemprego trava especulação imobiliária e alivia pressões inflacionistas
O Banco Central Europeu (BCE) considera que não há, pelo menos para já, necessidade de agravar as taxas de juro, uma vez que o aumento do desemprego tem aliviado as pressões inflacionistas, ao esmorecer o efeito de subida dos preços das casas e do crescimento do crédito à habitação. "Não há problemas com a inflação na zona euro, considerou o austríaco Klaus Liebscher, um dos governadores do BCE. "Se o mercado de trabalho permanecer fraco não teremos qualquer pressão", explicou. As taxas de juro de referência da zona euro estão fixadas nos 2% desde Junho de 2003, uma vez que o desemprego - perto do valor mais elevado dos últimos cinco anos - prejudicou o ritmo do crescimento económico. Só a aceleração da oferta monetária, que subiu 6,4% em Dezembro, o ritmo mais elevado em 11 meses, e o aumento do custo das casas, quatro vezes superior à inflação, está a prejudicar o objectivo do BCE de manter os preços no consumidor controlados abaixo dos 2%. "Necessitamos de estar vigilantes mas, neste momento, apesar do elevado crescimento da oferta monetária, não se estão a criar reais pressões inflacionistas".
retoma lenta. Liebscher, por outro lado, considera que a economia europeia está a crescer abaixo do seu potencial, estimado entre 2% e 2,5%. Mas está confiante numa retoma "moderada, mas muito, muito robusta", uma vez que o investimento e os gastos de consumo melhoraram durante o ano e o crescimento a nível mundial continua a alimentar a procura por exportações. As preocupações de que a apreciação do euro poderá prejudicar as exportações acalmaram depois da moeda ter caído para o valor mínimo de três meses face ao dólar e dos responsáveis políticos dos EUA, nomeadamente o presidente da Reserva Federal, Alan Greenspan, e do presidente dos EUA, George W. Bush, terem assinalado que estão confiantes de que a maior economia do mundo vai ser capaz de reduzir o seu défice de conta corrente. "O lado americano tem dado sinais de que está a tentar resolver os seus problemas, nomeadamente o défice de conta corrente e o défice orçamental", rematou Liebscher.
Maior desemprego trava especulação imobiliária e alivia pressões inflacionistas
O Banco Central Europeu (BCE) considera que não há, pelo menos para já, necessidade de agravar as taxas de juro, uma vez que o aumento do desemprego tem aliviado as pressões inflacionistas, ao esmorecer o efeito de subida dos preços das casas e do crescimento do crédito à habitação. "Não há problemas com a inflação na zona euro, considerou o austríaco Klaus Liebscher, um dos governadores do BCE. "Se o mercado de trabalho permanecer fraco não teremos qualquer pressão", explicou. As taxas de juro de referência da zona euro estão fixadas nos 2% desde Junho de 2003, uma vez que o desemprego - perto do valor mais elevado dos últimos cinco anos - prejudicou o ritmo do crescimento económico. Só a aceleração da oferta monetária, que subiu 6,4% em Dezembro, o ritmo mais elevado em 11 meses, e o aumento do custo das casas, quatro vezes superior à inflação, está a prejudicar o objectivo do BCE de manter os preços no consumidor controlados abaixo dos 2%. "Necessitamos de estar vigilantes mas, neste momento, apesar do elevado crescimento da oferta monetária, não se estão a criar reais pressões inflacionistas".
retoma lenta. Liebscher, por outro lado, considera que a economia europeia está a crescer abaixo do seu potencial, estimado entre 2% e 2,5%. Mas está confiante numa retoma "moderada, mas muito, muito robusta", uma vez que o investimento e os gastos de consumo melhoraram durante o ano e o crescimento a nível mundial continua a alimentar a procura por exportações. As preocupações de que a apreciação do euro poderá prejudicar as exportações acalmaram depois da moeda ter caído para o valor mínimo de três meses face ao dólar e dos responsáveis políticos dos EUA, nomeadamente o presidente da Reserva Federal, Alan Greenspan, e do presidente dos EUA, George W. Bush, terem assinalado que estão confiantes de que a maior economia do mundo vai ser capaz de reduzir o seu défice de conta corrente. "O lado americano tem dado sinais de que está a tentar resolver os seus problemas, nomeadamente o défice de conta corrente e o défice orçamental", rematou Liebscher.
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Perspectivas do mercado
Telemóveis e dados fixos são o motor
277 mil milhões de euros.
É a estimativa de receita total de telecomunicações na Europa a 25, segundo um relatório da Comissão Europeia. O mesmo documento revela ainda que o crescimento futuro do mercado será suportado, essencialmente, pelo desenvolvimento da área móvel e do serviço de dados na rede fixa. As previsões apontam para que o mercado apresente, nos anos mais próximos, um ritmo anual de crescimento entre 5% a 6%.
2% a 3% do PIB. São os benefícios que a Comissão Europeia prevê que os consumidores poderão vir a ter com a criação de um mercado único de telecomunicações. Este sonho, que para já está longe de se realizar, deveria levar à homogeneização dos preços, da qualidade dos serviços prestados entre os diversos mercados, bem como das práticas mais eficientes.
Redução de preços de 10%.
Esta é a redução nas tarifas nacionais de telemóveis entre 1998 e 2003, decorrente do uso de telemóveis à banda larga. Um valor que se compara com os 14% em média da UE, 32% em Espanha e 29% na Áustria.
diferença abissal. Esta é a diferença de preços, em 2003, entre o consumidor português e o consumidor sueco, segundo um recente relatório da Comissão sobre preços de um cabaz de serviços de telecomunicações para as famílias, traduzidos em poder de compra. Os operadores da Suécia e da Dinamarca são os que apresentam os preços mais baixos da Europa. Espanha e Grécia também têm preços inferiores aos praticados em Portugal
Telemóveis e dados fixos são o motor
277 mil milhões de euros.
É a estimativa de receita total de telecomunicações na Europa a 25, segundo um relatório da Comissão Europeia. O mesmo documento revela ainda que o crescimento futuro do mercado será suportado, essencialmente, pelo desenvolvimento da área móvel e do serviço de dados na rede fixa. As previsões apontam para que o mercado apresente, nos anos mais próximos, um ritmo anual de crescimento entre 5% a 6%.
2% a 3% do PIB. São os benefícios que a Comissão Europeia prevê que os consumidores poderão vir a ter com a criação de um mercado único de telecomunicações. Este sonho, que para já está longe de se realizar, deveria levar à homogeneização dos preços, da qualidade dos serviços prestados entre os diversos mercados, bem como das práticas mais eficientes.
Redução de preços de 10%.
Esta é a redução nas tarifas nacionais de telemóveis entre 1998 e 2003, decorrente do uso de telemóveis à banda larga. Um valor que se compara com os 14% em média da UE, 32% em Espanha e 29% na Áustria.
diferença abissal. Esta é a diferença de preços, em 2003, entre o consumidor português e o consumidor sueco, segundo um recente relatório da Comissão sobre preços de um cabaz de serviços de telecomunicações para as famílias, traduzidos em poder de compra. Os operadores da Suécia e da Dinamarca são os que apresentam os preços mais baixos da Europa. Espanha e Grécia também têm preços inferiores aos praticados em Portugal
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Abel Mateus quer telecomunicações 15% mais baratas
Autoridade da Concorrência elege intervenção no sector como prioritária
renato santos Arquivo DN
Poupança. O Estado reduzirá 25% dos custos com nova lei para aquisição de serviços de telecomunicações
"A falta de concorrência efectiva no sector de telecomunicações em Portugal prejudica toda a economia, e desde logo os consumidores, que são penalizados em termos de preços e serviços", defendeu ontem o presidente da Autoridade da Concorrência. Abel Mateus admite que a intervenção no sector é prioritária e é aí que a Concorrência centrará esforços nos próximos meses. Até porque as comunicações representam oito mil milhões de euros, cerca de 6% do PIB.
"Estamos a desenvolver um estudo aprofundado sobre o sector [inclui um estudo da Universidade de Nova Iorque] , que nos vai apontar a solução para alguns problemas. Temos também em curso diversos processos originados por queixas de operadores", precisou o gestor, que aponta como objectivo de curto prazo "conseguir uma redução geral e sustentada dos preços finais de 10% a 15%".
A posição do responsável da Concorrência foi dada, ontem, na abertura de um workshop sobre comunicações na administração pública, organizado pela Agência para a Sociedade do Conhecimento. Abel Mateus justifica ainda a urgência da intervenção com os recentes relatórios da OCDE sobre o sector. Estes revelam que "Portugal tem um significativo défice de concorrência, nomeadamente a nível da Internet, onde existe a mais baixa taxa de penetração, com o mais elevado preço e a mais baixa qualidade em termos de banda de acesso". Na prática, diz Abel Mateus, as empresas portuguesas sujeitas à concorrência externa têm um "sobrecusto médio de 13%" na compra deste tipo de bens e serviços. Operadores de mercado referiram, no entanto, que o relatório da OCDE baseia-se na paridade de poder de compra, o que revela o nível de pobreza que existe em Portugal face ao resto da UE. "Uma actividade como as telecomunicações tem uma estrutura de custos onde o peso do investimento em equipamento e investigação é bastante elevado face à mão-de-obra. Por isso, a comparação mais correcta deverá ser os preços reais das comunicações e aí Portugal não está muito afastado da média da UE", explicou uma fonte, que pediu o anonimato.
Dados recolhidos pela OCDE, relativos a 2001, referem que nesse ano a Portugal Telecom tinha 85% da quota de mercado, uma situação que se mantém praticamente inalterada três anos depois da liberalização do mercado (ver gráficos em baixo). Para acelerar a concorrência no sector, Abel Mateus cita como exemplo um estudo da Agência para a Sociedade do Conhecimento, que refere que o Estado pode poupar 25% em despesas de telecomunicações se for aplicado o diploma sobre o novo regime de aquisição de bens e serviços de telecomunicações. "Alguns cálculos estimam que as necessidades do Estado em termos de bens e serviços de telecomunicações representem 300 a 400 milhões de euros por ano", referiu o presidente da Concorrência. O novo diploma segue um recomendação da Concorrência no sentido de tornar obrigatório o concurso público para a compra deste tipo de bens e serviços e de exigir pelo menos três candidatos para cada concurso. O diploma consagra ainda a desagregação das aquisições por lotes de produtos ou por região, o que facilita o acesso a fornecedores de pequena dimensão que não estejam habilitados a oferecer todo o tipo de serviços e impede a eliminação de concorrentes não universais.
Dos vários operadores só a Oni reagiu às declarações de Abel Mateus. "A Oni alerta há muito para a assimetria evidente existente entre os diversos players do mercado", disse fonte oficial.
Autoridade da Concorrência elege intervenção no sector como prioritária
renato santos Arquivo DN
Poupança. O Estado reduzirá 25% dos custos com nova lei para aquisição de serviços de telecomunicações
"A falta de concorrência efectiva no sector de telecomunicações em Portugal prejudica toda a economia, e desde logo os consumidores, que são penalizados em termos de preços e serviços", defendeu ontem o presidente da Autoridade da Concorrência. Abel Mateus admite que a intervenção no sector é prioritária e é aí que a Concorrência centrará esforços nos próximos meses. Até porque as comunicações representam oito mil milhões de euros, cerca de 6% do PIB.
"Estamos a desenvolver um estudo aprofundado sobre o sector [inclui um estudo da Universidade de Nova Iorque] , que nos vai apontar a solução para alguns problemas. Temos também em curso diversos processos originados por queixas de operadores", precisou o gestor, que aponta como objectivo de curto prazo "conseguir uma redução geral e sustentada dos preços finais de 10% a 15%".
A posição do responsável da Concorrência foi dada, ontem, na abertura de um workshop sobre comunicações na administração pública, organizado pela Agência para a Sociedade do Conhecimento. Abel Mateus justifica ainda a urgência da intervenção com os recentes relatórios da OCDE sobre o sector. Estes revelam que "Portugal tem um significativo défice de concorrência, nomeadamente a nível da Internet, onde existe a mais baixa taxa de penetração, com o mais elevado preço e a mais baixa qualidade em termos de banda de acesso". Na prática, diz Abel Mateus, as empresas portuguesas sujeitas à concorrência externa têm um "sobrecusto médio de 13%" na compra deste tipo de bens e serviços. Operadores de mercado referiram, no entanto, que o relatório da OCDE baseia-se na paridade de poder de compra, o que revela o nível de pobreza que existe em Portugal face ao resto da UE. "Uma actividade como as telecomunicações tem uma estrutura de custos onde o peso do investimento em equipamento e investigação é bastante elevado face à mão-de-obra. Por isso, a comparação mais correcta deverá ser os preços reais das comunicações e aí Portugal não está muito afastado da média da UE", explicou uma fonte, que pediu o anonimato.
Dados recolhidos pela OCDE, relativos a 2001, referem que nesse ano a Portugal Telecom tinha 85% da quota de mercado, uma situação que se mantém praticamente inalterada três anos depois da liberalização do mercado (ver gráficos em baixo). Para acelerar a concorrência no sector, Abel Mateus cita como exemplo um estudo da Agência para a Sociedade do Conhecimento, que refere que o Estado pode poupar 25% em despesas de telecomunicações se for aplicado o diploma sobre o novo regime de aquisição de bens e serviços de telecomunicações. "Alguns cálculos estimam que as necessidades do Estado em termos de bens e serviços de telecomunicações representem 300 a 400 milhões de euros por ano", referiu o presidente da Concorrência. O novo diploma segue um recomendação da Concorrência no sentido de tornar obrigatório o concurso público para a compra deste tipo de bens e serviços e de exigir pelo menos três candidatos para cada concurso. O diploma consagra ainda a desagregação das aquisições por lotes de produtos ou por região, o que facilita o acesso a fornecedores de pequena dimensão que não estejam habilitados a oferecer todo o tipo de serviços e impede a eliminação de concorrentes não universais.
Dos vários operadores só a Oni reagiu às declarações de Abel Mateus. "A Oni alerta há muito para a assimetria evidente existente entre os diversos players do mercado", disse fonte oficial.
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desbloqueados documentos sobre ataques à libra
'Quarta-feira negra' reavivada
luís naves
Parte dos documentos solicitados pelo Financial Times sobre a chamada 'quarta-feira negra' de 1992, o dia dos ataques especulativos à libra esterlina, deverão permanecer indisponíveis, noticiou ontem a imprensa britânica, num desenvolvimento que promete embaraçar Londres. Hoje, serão divulgados alguns dossiers sobre o mesmo assunto. O ataque especulativo contra a moeda inglesa, liderado pelo famoso especulador George Soros, implicou a 'derrota' do Banco de Inglaterra, a subida das taxas de juro e a saída do Reino Unido do Sistema Monetário Europeu (SME). Segundo a BBC, que teve acesso a um mail enviado aparentemente por engano, os documentos pedidos pelo Financial Times poderão revelar informação sobre os modelos utilizados pelas finanças e, de forma embaraçosa, sugerir que o Reino Unido estava a espiar a França em questões económicas. Segundo o Governo, os documentos que serão divulgados hoje são "ultrapassados e enganadores", não sendo legítimo chegar a conclusões com a sua leitura. A saída dos britânicos do SME teve grandes consequências, nomeadamente impedindo o Reino Unido de aderir ao euro. A "quarta-feira negra" mostrou ainda algumas das limitações do sistema monetário que estava a ser montado para criar a moeda única e reforçou a desconfiança dos conservadores ingleses, pondo fim à aproximação que o primeiro-ministro John Major tentava fazer às potências continentais.
'Quarta-feira negra' reavivada
luís naves
Parte dos documentos solicitados pelo Financial Times sobre a chamada 'quarta-feira negra' de 1992, o dia dos ataques especulativos à libra esterlina, deverão permanecer indisponíveis, noticiou ontem a imprensa britânica, num desenvolvimento que promete embaraçar Londres. Hoje, serão divulgados alguns dossiers sobre o mesmo assunto. O ataque especulativo contra a moeda inglesa, liderado pelo famoso especulador George Soros, implicou a 'derrota' do Banco de Inglaterra, a subida das taxas de juro e a saída do Reino Unido do Sistema Monetário Europeu (SME). Segundo a BBC, que teve acesso a um mail enviado aparentemente por engano, os documentos pedidos pelo Financial Times poderão revelar informação sobre os modelos utilizados pelas finanças e, de forma embaraçosa, sugerir que o Reino Unido estava a espiar a França em questões económicas. Segundo o Governo, os documentos que serão divulgados hoje são "ultrapassados e enganadores", não sendo legítimo chegar a conclusões com a sua leitura. A saída dos britânicos do SME teve grandes consequências, nomeadamente impedindo o Reino Unido de aderir ao euro. A "quarta-feira negra" mostrou ainda algumas das limitações do sistema monetário que estava a ser montado para criar a moeda única e reforçou a desconfiança dos conservadores ingleses, pondo fim à aproximação que o primeiro-ministro John Major tentava fazer às potências continentais.
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PT e Brisa fazem cair acções
comentário
bolsa de valores
PT e Brisa fazem cair acções
A Bolsa caiu ontem 0,24%, pressionada pela queda da Portugal Telecom e da Brisa. Os investidores optaram por realizar mais-valias, depois de, na véspera, o PSI-20 ter atingido o valor mais alto desde Julho de 2001. A PT recuou 0,82%, corrigindo dos ganhos dos últimos dias, apesar de os analistas do BPI considerarem que um eventual IPO da Vivo - a joint-venture com a Telefónica para os negócios no Brasil - ter um impacto positivo para a maior operadora de telecomunicações portuguesa, uma vez que aumenta a visibilidade e a liquidez. A Brisa, considerado um título de refúgio, caiu 1,26%, enquanto a 'especulativa' ParaRede perdeu 2,38. A curva negativa do mercado foi apenas temperada pela recuperação do BES (+0,07%), BPI (+0,96%), Media Capital (+0,55%) e da Cofina (+0,69%), as duas últimas ainda a beneficiarem das expectativas de subida nas receitas publicitárias e das notícias de concentração no sector do media. Na Europa, as contas da Cisco Systems, abaixo das expectativas, atiraram também para 'o vermelho' as pra- ças financeiras, depois da agitação provocada pela valorização de 10% nas acções da Hewlett Packard, logo que foi noticiada a demissão da presidente da empresa, Carly Fiorina, por divergências com a administração.
bolsa de valores
PT e Brisa fazem cair acções
A Bolsa caiu ontem 0,24%, pressionada pela queda da Portugal Telecom e da Brisa. Os investidores optaram por realizar mais-valias, depois de, na véspera, o PSI-20 ter atingido o valor mais alto desde Julho de 2001. A PT recuou 0,82%, corrigindo dos ganhos dos últimos dias, apesar de os analistas do BPI considerarem que um eventual IPO da Vivo - a joint-venture com a Telefónica para os negócios no Brasil - ter um impacto positivo para a maior operadora de telecomunicações portuguesa, uma vez que aumenta a visibilidade e a liquidez. A Brisa, considerado um título de refúgio, caiu 1,26%, enquanto a 'especulativa' ParaRede perdeu 2,38. A curva negativa do mercado foi apenas temperada pela recuperação do BES (+0,07%), BPI (+0,96%), Media Capital (+0,55%) e da Cofina (+0,69%), as duas últimas ainda a beneficiarem das expectativas de subida nas receitas publicitárias e das notícias de concentração no sector do media. Na Europa, as contas da Cisco Systems, abaixo das expectativas, atiraram também para 'o vermelho' as pra- ças financeiras, depois da agitação provocada pela valorização de 10% nas acções da Hewlett Packard, logo que foi noticiada a demissão da presidente da empresa, Carly Fiorina, por divergências com a administração.
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