Caldeirão da Bolsa

Sonaecom diz estuda oferta própria TV por cabo

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por marafado » 9/2/2005 18:07

Racionalidade e emoção

António José Gouveia, Ricardo Salvo e António Costa


Quando o Porto e Sporting decidiram entrar no mercado bolsista, a esperança dos principais responsáveis era de que o mercado iria funcionar conforme as contas apresentadas e os resultados desportivos alcançados. Nos primeiros anos tal não aconteceu.

Existia uma espécie de sentimento emocional à volta dos títulos que não permitia reflectir na cotação a verdadeira situação das SAD. Mais, as acções estavam nas mãos de poucos e esses ligados, de uma forma ou outra, aos clubes. Apesar da pouca liquidez dos títulos, este foram mudando de mãos e actualmente, o mercado, aparentemente, reage positiva ou negativamente ao que acontece na vida das sociedades desportivas. O racional começou a tomar conta da situação. Os títulos passaram a reflectir a fotografia do dia. Uma situação que já acontece desde a última temporada futebolística. O F.C. Porto nunca esteve tão bem cotado em bolsa como quando ganhou no ano passado a Liga dos Campeões e a Superliga, voltando a uma situação de maior aperto agora que a equipa tem demonstrado fragilidades a nível desportivo. O mesmo acontece com o Sporting, que com uma época para esquecer no ano passado, volta a recuperar. No caso leonino tem sido um fogo fátuo. Com os problemas a aparecerem ao nível da administração, a cotação volta a cair para níveis do ano passado.

Fonte: Bloomberg


A sensatez de (não) seguir os conselhos

Os analistas debruçaram-se sobre as contas da Portugal Telecom e tiraram as suas conclusões: “os resultados serão ‘decepcionantes’ no quarto trimestre, as margens no Brasil deverão encolher e o negócio das telecomunicações móveis está a estagnar”, diz a a Morgan Stanley, que recomenda uma redução da exposição dos investidores às acções. Já o Deutsche Bank segue a linha e considera que “a Portugal Telecom é uma das operadoras menos atraentes”, preferindo defender o investimento na France Telecom, Telefónica ou Telenor. Porém, as tão famosas notas de ‘research’ que pululam no mercado sobre as cotadas parecem surtir cada vez menos efeito junto dos investidores e o comportamento da PT em bolsa, depois de conhecidas estas análises, demonstra como são levadas cada vez menos a peito. Ontem, a operadora chegou ao final da sessão a escassos cêntimos dos 10 euros, o valor mais alto desde Maio de 2001 e uma contradição face ao que está a acontecer com as cotações das congéneres europeias.


A necessidade de regressar ao básico

Numa altura em que muito se fala da necessidade de reformas estruturais que permitam tornar o país mais competitivo, é necessário alertar para a importância da burocracia, ou melhor, para a necessidade de acabar com ela. Em contraponto a rupturas ou saltos, a tomada de decisão sobre ‘pequenos procedimentos’ revela-se mais proveitosa. De facto, basta ouvir os responsáveis da Agência Portuguesa de Investimentos (API) lembrar que cerca de 2,5 mil milhões de euros de projectos de investimento no turismo estão parados por causa da burocracia para avaliarmos o seu impacto na competitividade do país. E alguns dos projectos datam de 1993. A burocracia não é uma entidade abstrata, pelo contrário, é o Estado a alimentar todas as suas cadeias, algumas sem qualquer valor. Portanto, o Estado tem, primeiro, de garantir, pelo menos, que os projectos privados não são travados por excesso de legislação ou por falta de entendimento entre serviços sobre uma mesma lei. Depois, pode olhar para as reformas que se impõem.

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A secção Valores tem a coordenação de Helena Garrido
 
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por marafado » 9/2/2005 18:04

Petróleo sobe com queda das reservas dos EUA
Os preços do petróleo avançavam mais de 2% em Londres depois do Departamento de Energia dos EUA ter anunciado que as reservas de crude e de destilados caíram.

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Sara Antunes
saraantunes@mediafin.pt


Os preços do petróleo avançavam mais de 2% em Londres depois do Departamento de Energia dos EUA ter anunciado que as reservas de crude e de destilados caíram.

O crude [Cot], negociado em Nova Iorque, somava 1,7% para 46,15 dólares (36,15 euros) e o «brent» [Cot], transaccionado em Londres, ganhava 2,42% para 44,1 dólares (34,54 euros).

As reservas de combustíveis destilados, onde está incluído o gasóleo de aquecimento, registaram uma queda de três milhões de barris, na semana passada, para um total de 115,6 milhões, o que supera as previsões dos analistas que esperavam uma queda de dois milhões. Esta é a terceira semana consecutiva em que estes «stocks» registam uma queda.

Os inventários de crude também registaram uma queda de um milhão para 294,3 milhões de barris, o que compara com um aumento de 700 mil previsto pelos analistas consultados pela Bloomberg.

As reservas de gasolina registaram uma subida de 500 mil barris na semana terminada a 4 de Fevereiro, segundo um relatório divulgado hoje pelo Departamento de Energia dos EUA.
 
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por marafado » 9/2/2005 18:02

Quedas da PT e da Brisa pressionam PSI-20

José Pedro Luís


O índice de referência nacional encerrou em queda, seguindo a tendência negativa dos seus congéneres europeus, influenciado pela operadora nacional e pela concessionária de auto-estradas. Destaque-se ainda o elevado volume de transacções da ParaRede e do BPI.

Deste modo, o PSI-20 encerrou a cair 0,24% para os 8069,57 pontos, influenciado pela queda de metade dos 20 títulos da carteira.

A ParaRede esteve de novo em destaque nesta sessão, apesar de ter encerrado a cair 2,38% para os 0,41€, pois negociou 13,25 milhões de papéis. Esta queda acaba por ser uma compensação da subida das últimas sessões, valorização essa que acentou, segundo um analista, numa "sobre-valorização das potencioalidades do papel".

Enfoque esteve ainda o BPI, cujos títulos subiram 0,96% para os 3,17€, pois negociou 6,81 milhões de papéis - muito acima da sua negociação habitual - destacando-se duas passagens de três milhões de acções cada, as quais um analista atribuiu a investidores institucionais, dado o elevado volume.

Quanto aos 'pesos-pesados', a PT que desceu 0,82% para os 9,65€, enquanto que o BCP e a EDP ficaram inalterados nos 2,11€ e 2,29€, respectivamente.

Os analistas do BPI consideraram hoje positiva para as acções da Portugal Telecom e da Telefónica Móviles a possibilidade da Vivo, 'joint-venture' das empresas para o mercado brasileiro, ser cotada em bolsa. Já o banco BNP Paribas reiterou hoje a recomendação de 'outperform' para a Portugal Telecom e o preço-alvo de 10,6 euros.

A Imprensa encerrou a cair 0,33% para os 6,03€, tendo aliviado dos ganhos da manhã que impulsionaram o título até a um máximo de Março de 2001, nos 6,10€. Quem também se destacou pela negativa foi a Brisa, cujos títulos caíram 1,26% para os 7,07€.

O papel mais transaccionado foi o da ParaRede com 13,25 milhões de acções negociadas, seguido à distância pelo do BCP e da EDP com 7,67 e 7,24 milhões de títulos movimentados, respectivamente.

Dos vinte títulos que compõem o PSI-20, cinco subiram de cotação, dez desceram e cinco encerraram inalterados. O volume de negócios ascendeu aos 126,47 milhões de euros.
 
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por marafado » 9/2/2005 18:01

BPI diz que entrada da Vivo na bolsa é positiva para PT e Telefónica

DE


Os analistas do BPI consideraram hoje positiva para as acções da Portugal Telecom e da Telefónica Móviles a possibilidade da Vivo, 'joint-venture' das empresas para o mercado brasileiro, ser cotada em bolsa.

Na sua nota diária, o BPI comenta a reformulação do pacto de accionistas das operadoras portuguesa e espanhola no Brasil, visando aumentar o crescimento e concretizar a repartição das comissões de gestão.

Pela primeira vez, é contemplada explicitamente a possibilidade de a Brasilcel vir a ser cotada em bolsa, operação sobre a qual o Cinco Dias refere que não foram dados mais pormenores, mas sim que caso e quando aconteça, exigirá uma nova revisão do pacto entre accionistas.

Os analistas acreditam que cotar a Vivo em bolsa iria aumentar a sua "visibilidade e liquidez" e estimular a "eficiência fiscal".
 
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por marafado » 9/2/2005 18:00

Highfields detém 2,54% da Mota-Engil

DE


A empresa de construção revelou hoje que a Highfields GP controla, através dos fundos geridos pela Highfields Capital Management, um total de 5 203 828 das suas acções, representativas de 2,54% do capital social da empresa.

Segundo um comunicado emitido pela Mota-Engil, a Highfields Capital Ltd. adquiriu 2 600 000 acções a 2 de Fevereiro, detendo actualmente 4 450 642 acções, consubstanciando uma participação qualificada, correspondentes a 2,17% do capital social e 2,26% dos direitos de voto na Mota-Engil.

Em adição, a Highfields Capital I LP détem actualmente 225 365 acções correspondentes a 0,11% do capital social e dos direitos de voto na Mota-Engil, enquanto a Highfields Capital II LP detém actualmente 527 821 acções correspondentes a 0,26% do capital social e 0,27% dos direitos de voto na mesma firma.

Na semana passada, os accionistas maioritários da Mota-Engil colocaram no mercado 45 milhões de acções da empresa, ao preço unitário de 2,45€, aumentando deste modo o 'free-float' da companhia para os 38%.
 
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por marafado » 9/2/2005 17:59

BNP Paribas mantém recomendação de 'outperform' para PT

DE


O banco BNP Paribas reiterou hoje a recomendação de 'outperform' para a Portugal Telecom (PT) e o preço-alvo de 10,6 euros.

"Após a nossa visita a Portugal estamos confiantes de que o ambiente doméstico deverá manter-se relativamente favorável", afirma aquela instituição financeira numa nota de research hoje divulgada.

No mesmo documento, o BNP informa que ajustou as suas estimativas para a operadora nacional nos próximos anos, tendo reduzido a sua previsão para o EBITDA em 1% em 2004, em 0,7% em 2005 e em 0,2% em 2006.

O BNP acrescenta ainda que o lucro líquido da empresa, relativo a 2004, foi revisto em alta, em 7,5%% para 549 milhões de euros (M€), revisto em baixa este ano em 3,7% e em alta, em 2006, em 2,1%.
 
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por marafado » 9/2/2005 17:59

Falta de concorrência no sector agrava factura das empresas em 13%

DE


O presidente da Autoridade da Concorrência afirmou hoje que a falta de concorrência efectiva no sector das telecomunicações leva as empresas portuguesas sujeitas à concorrência externa a gastar mais 13% na compra deste tipo de bens e serviços.


Abel Mateus, que falava na abertura de um 'workshop' sobre comunicações na Administração Pública, organizado pela Agência para a Sociedade do Conhecimento, afirmou que a Autoridade da Concorrência (AC) tem por objectivo reduzir os preços entre 10 a 15% no curto prazo.

A AC está a analisar a situação concorrencial do sector das telecomunicações em Portugal, esperando "proximamente" ter alguns dossiers concluídos bem como um estudo sectorial que lhe permita "elencar diferentes alternativas sobre a política concorrencial no sector".

Segundo a OCDE, Portugal tem um significativo défice de concorrência neste sector, nomeadamente, a nível da Internet, onde existe a mais baixa taxa de penetração, com o mais elevado preço e a mais baixa qualidade em termos de banda de acesso.

Dados da organização, referentes a 2001, referem que nesse ano a Portugal Telecom tinha 85 por cento da quota de mercado, uma situação que se mantém praticamente inalterada três anos depois da liberalização do mercado.

De acordo com um estudo da Agência para a Sociedade do Conhecimento, o Estado pede poupar 25% em despesas de telecomunicações se for aplicado o diploma sobre o novo regime de aquisição de bens e serviços de telecomunicações.

Alguns cálculos estimam que as necessidades do Estado em termos de bens e serviços de telecomunicações representem 300 a 400 milhões de euros por ano.

O novo diploma segue um recomendação da AC no sentido de tornar obrigatório o concurso público para compra deste tipo de bens e serviços e de exigir pelo menos três candidatos para cada concurso.
 
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por marafado » 9/2/2005 17:58

'Stocks' de grossistas subiram menos do que o esperado em Dezembro

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O Departamento de Comércio norte-americano anunciou hoje que os 'stocks' dos grossistas nos EUA subiram 0,4% em Dezembro, face aos 0,9% esperados pelos analistas. Em Novembro, os stocks tinham subido 1,2 por cento.Já as vendas aceleraram passando de um crescimento de 0,8% para os 0,9% em Dezembro.

As maiores subidas dos 'stocks' registaram-se nos segmentos dos automóveis, da maquinaria e dos computadores.

Para a retoma da economia norte-americana ser mais rápida e consolidada seria desejável que os stocks fossem escoados, dando um sinal aos empresários de que é preciso começarem a produzir mais.

No entanto, há analistas que consideram que os empresários estão a acumular stocks com a expectativa de que dentro de pouco tempo a procura aumente, estando estes já preparados para responder a esse acréscimo de procura.

O rácio stocks/vendas, que mede o tempo médio que os bens passam sem ser vendidos, manteve-se em Dezembro nos 1,14 meses, ao nível mais baixo desde Maio.
 
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por marafado » 9/2/2005 17:57

Fujitsu transfere para Sharp desenvolvimento e fabrico de ecrãs LCD

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A duas multinacionais japonesas anunciaram hoje um acordo de princípio para transferir as actividades de desenvolvimento, fabrico e comercialização de ecrãs planos LCD (liquid crystal display) da Fujitsu para a Sharp.

Em comunicado, as multinacionais japonesas afirmam que estão a discutir detalhes sobre a transferência da Fujitsu Display Technologies Corporation (FDTC) e das actividades de desenvolvimento LCD dos laboratórios da Fujitsu para a Sharp, prevendo-se um acordo definitivo para Março.

A Sharp deverá absorver o pessoal da FTDC, da fábrica de Yonago e os investigadores do laboratório Fujitsu que trabalham na investigação e desenvolvimento de produtos LCD, precisa o comunicado.

A FDTC foi autonomizada da Fujitsu em Junho de 2002 e emprega 450 pessoas.
 
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por marafado » 9/2/2005 17:57

Empresários do sector da Construção continuam-se pessimistas

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A Associação de Empresas de Construção e Obras Públicas (AECOPS) revelou hoje que os empresários do sector mantiveram no início de 2005 as suas perspectivas negativas relativamente à evolução da sua actividade, em particular no sector das Obras Públicas.

Segundo o boletim estatístico da AECOPS sobre a actividade em Janeiro, faz-se notar que "a apreciação dos responsáveis relativamente à situação financeira das empresas foi, neste primeiro mês do ano, muito negativa, certamente influenciada pelo clima difícil que se atravessa nas obras públicas, onde a avaliação conjuntural foi francamente negativa".

O documento nota ainda que os empresários continuam pessimistas relativamente ao emprego e aos preços no sector, mas as opiniões são menos negativas do que em Janeiro de 2004.

A mesma fonte nota contudo que o Investimento Público também melhorou em Janeiro, tendo em conta o aumento do número de concursos abertos, os quais ascenderam a 242, no valor de 308,9 milhões de euros, um aumento de 16,1 e 13,6% em relação ao período homólogo de 2003, respectivamente.

Os concursos adjudicados cresceram a 204 (+24,5%), com um valor de 335,3 milhões de euros, uma progressão de 48,2% face a Janeiro do ano passado.
 
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por marafado » 9/2/2005 17:55

Comentário de fecho

09/02/2005 16:39

Os mercados europeus terminaram a sessão com perdas contidas. Perante os ganhos dos últimos dias, esta correcção é natural. Assim, a sessão foi calma, caracterizada por movimentos pouco significativos.

O interesse do dia centrou-se em poucos pontos.
O sector tecnológico esteve activo, após a Cisco ter reportado os seus resultados. O EPS (resultados por acção) divulgado foi em linha com o esperado. Todavia, as indicações em relação às vendas futuras foram algo desapontantes.
Em Nova Iorque, a Cisco negociava em baixa e pressionava o Nasdaq.

Outro tema de interesse foi a intenção da Euronext em adquirir a empresa que gere a bolsa londrina, a LSE. As fusões e aquisições têm atraído o interesse de muitos gestores de fundos. A Euronext afirmou que uma eventual incorporação da London Stock Exchange criaria sinergias que permitiriam um corte de custos na ordem dos 152 milhões de euros.

As empresas de publicidade também estiveram no centro das atenções. A francesa Havas reportou vendas superiores ao previsto, estimulando as restantes empresas do sector.

A Ericsson subiu mais de 4%, talvez antecipando bons «números» nos resultados que amanhã deverá divulgar.

O resto do mercado comportou-se de forma apática, com poucos volumes.

A bolsa nacional seguiu os seus pares europeus na correcção. Desde a semana passada, o comportamento do mercado nacional tem-se alinhado com o dos restantes mercados europeus.

Os bancos foram dos principais travões da queda do PSI20.
No que toca as outras big caps, a Brisa e a PTC foram as grandes perdedoras, enquanto a Sonae e a EDP terminaram inalteradas. Umas das estrelas da semana passada - a Parede - corrigiu um cêntimo, o que se pode caracterizar de normal, após os ganhos dos últimos dias.
 
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Sonaecom diz estuda oferta própria TV por cabo

por marafado » 9/2/2005 17:54

Sonaecom diz estuda oferta própria TV por cabo

09/02/2005 16:22

Por José Barata

LISBOA, 9 Fev (Reuters) - A Sonaecom está a estudar uma oferta de televisão por cabo para fazer concorrência directa à TV Cabo do incumbente Portugal Telecom , no âmbito de um projecto 'triple play', disse Isabel Borgas, directora de comunicação da Sonaecom.

Esclareceu, em declarações telefónicas à Reuters, que, apesar de já haver contactos com produtores de conteúdos, nenhuma decisão está tomada, uma vez que se trata de um projecto que envolve um investimento considerável, mas que faz sentido porque completa o serviço global de telecomunicações e multimedia que a Sonaecom quer disponibilizar.

Tino Navarro, líder da MGN Filmes, confirmou, à Reuters, estar a trabalhar para a Sonaecom na oferta de conteúdos a disponibilizar por este serviço que "é concorrente da TV Cabo", da PTM , e que vai ter uma oferta inovadora ao nível do video on de demand (VDO), do live TV recording, do video telefone e, entre outros, do gaming on demand.

"Estamos a estudar o dossier (cabo). O triple play (3Play) é visto como uma oportunidade de negócio e é natural que, nesta fase, existam contactos com fornecedores e outras entidades para avaliar o projecto", disse Isabel Borgas.

Tanto Isabel Borgas como Tino Navarro admitiram que o serviço possa estar disponível nos clientes, através de subscrição mensal, ainda este ano, se a Sonaecom decidir avançar com o projecto.

"Este projecto avançará quando a Sonaecom entender que é a altura oportuna, mas não é para daqui a 20 anos... É possível até final do ano", disse Tino Navarro.

A Sonaecom tem uma rede de fibra óptica que cobre mais de três mil quilómetros, ligando todas as principais cidades portuguesas, possibilitando uma interligação integrada para voz, dados e TV e servindo tanto clientes empresariais como residenciais.

Navarro disse que a MGN é a única produtora que está envolvida neste projecto da Sonaecom como responsável pela programação, tendo já estabelecido contactos com fornecedores de conteúdos, como a espanhola Vivir/Viver.

O serviço vai oferecer vários canais de televisão, incluindo os generalistas portugueses, e o video on demand (VOD), entre outras disponibilidades como o live TV recording (gravação de programas), do video telefone e, entre outros, do gaming on demand (jogos a pedido), que não estão disponíveis na TV Cabo.

A Sonaecom, controlada em 83 pct pela Sonae , tem já uma oferta de voz, através da Novis (fixa) e da Optimus (móvel), e de dados, por intermédio do Clix, faltando-lhe completar a terceira via que é a TV.

((---José Barata, Lisboa Editorial, +351 21 3509203, lisbon.newsroom@reuters.com, Reuters messaging: jose.barata.reuters.com@reuters.net))
 
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