Caldeirão da Bolsa

Bolsa abrandará depois das eleições legislativas

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Bolsa abrandará depois das eleições legislativas

por Visitante » 7/2/2005 11:39

Bolsa abrandará depois das eleições legislativas
mercado Lisboa teve, em Janeiro, ganhos superiores aos das congéneres europeias Analistas assinalam contraste com a actual situação política

José antónio Domingues

Desempenho dos pesos-pesados sustentou a maior subida do PSI-20 desde Novembro de 2001


Odesempenho da Bolsa de Lisboa, durante o mês de Janeiro, ultrapassou todas as expectativas. Apesar de ser esperado um crescimento, no encalço dos restantes mercados europeus e da tendência de subida já verificada no final do ano, nada fazia prever ganhos superiores aos das restantes praças do Velho Continente. No último dia do mês, a Bolsa nacional ultrapassou, pela primeira vez desde Novembro de 2001, a mítica barreira dos 8000 mil pontos, fechando nos 8016,90. O PSI-20 foi o que mais subiu entre os índices europeus, registando ganhos de 5,48%.

No entanto, especialistas contactados pelo JN prevêem um abrandamento do mercado, após as eleições de dia 20. A rectificação do Orçamento de Estado, bem como a possibilidade de uma política mais limitativa poderão condicionar o desempenho da Bolsa. "Medidas de carácter restritivo mais fortes podem fazer com que o mercado suba menos ou tenha uma queda maior que os restantes países europeus", estima Eduardo Gago, da corretora L. J. Carregosa.

O desempenho bolsista positivo de Janeiro contrasta com o actual contexto macro-económico e político. "Num país a três semanas de eleições, que além de poderem levar o actual Governo para a Oposição, terão um impacto macro-económico e fiscal, este é um comportamento difícil de explicar", considera Ricardo Valente, administrador da correctora OK2 Deal.

A corrida à subscrição de PPR e PPA - que atingiu, no final de 2004, níveis recordes - terá também contribuído para o crescimento da Bolsa. "O nível de subscrição foi o dobro do registado em 2003, o que obrigou a um aumento de investimentos no mercado, durante Janeiro", esclarece Ricardo Valente. "E como o nível de liquidez do mercado português é muito pequeno, houve uma valorização que resultou do aumento da procura. Um efeito só possível num mercado como o nosso".

Para outros analistas, o comportamento do mercado ficou a dever-se à excelente prestação dos pesos-pesados do PSI-20. "A subida da Bolsa de Lisboa é mais um caso específico de algumas acções com certo peso que tiveram um bom comportamento", explicou Eduardo Gago. As subidas do BCP, da Sonae, da PT e da Cofina alavancaram o índice. "Algumas empresas, como a PT e o BCP, têm um elevado peso no índice, mas há também fortes valorizações que reflectem restruturações bem sucedidas, o caso da Sonae e da Jerónimo Martins; o lançamento de novos serviços - a Sonae.com, ou explicitação de activos, no caso da Cofina", nota Henrique Cabral Menezes, director do departamento de acções do BPI.
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