Caldeirão da Bolsa

Índices sobem com expectativa de bons indicadores nos EUA

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por marafado » 4/2/2005 14:04

Telecomunicações
Anacom impõe factura única nos telefones fixos

PÚBLICO
A Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) vai obrigar a Portugal Telecom (PT) a disponibilizar aos seus concorrentes uma oferta grossista de realuguer de linhas telefónicas, chamada ORLA, a qual lhes permitirá, dentro em breve, fazer ofertas de rede fixa em que o serviço fornecido é pago numa factura única, disse ao PÚBLICO a porta-voz do regulador.

Actualmente, os clientes do operadores de rede fixa alternativos à PT recebem duas facturas, uma do operador histórico, onde é cobrada a assinatura de rede, e outra onde estão registadas as chamadas telefónicas do prestador de serviço.

A decisão do regulador, cujo resultado visa permitir ao cliente ter um interlocutor único e dar aos operadores alternativos a possibilidade de criar serviços mais inovadores, foi tomada ontem.

A Anacom avançou com esta decisão depois de em Dezembro último ter concluído que existia um "poder de mercado significativo" por parte das empresas do Grupo PT.

A existência de uma factura única é há muito reclamada pelos novos operadores, que a consideram um elemento fundamental para uma maior concorrência no sector e importante para a abertura do mercado.
 
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por marafado » 4/2/2005 14:04

Ficheiros de base estão desactualizados
Cobrança de dívidas fiscais está bloqueada há meses

João Ramos de Almeida
PÚBLICO
Problemas no sistema informático complicam a vida de quem pretende regularizar a sua situação fiscal. Situação agrava-se no últimos dias de cada mês

Há meses que os funcionários das repartições de Finanças têm sentido imensas dificuldades em receber o pagamento voluntário de dívidas fiscais por parte dos contribuintes, devido ao bloqueio a nível nacional da aplicação informática relacionada com as execuções fiscais.

Nos passados dias 30 e 31 de Janeiro, o sistema esteve, mais uma vez, bloqueado, sem que pudesse ter sido possível cobrar. “É assim todos os meses”, desabafa o responsável de um dos serviços locais.

Anteontem, “os contribuintes tiveram de se ir embora porque não havia guias de pagamento”, depois de terem esperado longos períodos. Essas dificuldades são sentidas, sobretudo, no final de cada mês, ou seja, precisamente no final do prazo a partir do qual se inicia a cobrança de juros.

A dúvida que se coloca é o que acontecerá aos contribuintes que, por incapacidade da administração, se vêem forçados a pagar fora de prazo e são, por isso, punidos com juros de mora.

Os próprios responsáveis dos serviços locais reclamam junto aos serviços centrais, mas não obtêm respostas nem melhorias. Ao contrário: o director-geral dos Impostos remeteu instruções para os serviços não enviarem mais “mails” de chamada de atenção porque estava já a par da situação.

Mas ao PÚBLICO, o Ministério das Finanças não explicou, ao fim de dois dias, a causa desse bloqueio, nem o que acontecerá aos contribuintes, designadamente como poderão reaver os juros cobrados indevidamente.

Legislação a mais e poder informático

A causa para este transtorno operacional está, segundo apurou o PÚBLICO, na gestão do ficheiro dos devedores fiscais, um dos quebra-cabeças da administração fiscal e da sua informatização.

Trata-se de um dos ficheiros e das aplicações essenciais, de base, que alimentam as aplicações de conta-corrente de contribuintes, mas que arrastam problemas ao longo de anos. E que se complica por diversas razões. Primeiro, os ficheiros de base encontram- se desactualizados.

O tema tem sido objecto de comentários e desconfianças várias por parte dos dirigentes tributários, designadamente em reuniões em que afirmaram não pôr as mãos no fogo sobre a sua veracidade; ou quando, em 2003, a assinatura com o grupo Citigroup para a “titularização” das dívidas obrigou a um exame desses ficheiros, dada a desconfiança do seu conteúdo.

Essas dúvidas contaminam ainda as novas aplicações, dado que ainda está em curso a migração dos elementos do antigo Programa de Execuções Fiscais (PEF) para o SEF - Sistema de Execuções Fiscais (já com cerca de cinco anos). A situação agrava-se quando, por qualquer razão, o sistema não se actualiza com o pagamento de dívidas feito pelo contribuinte, sendo este notificado de dívidas já inexistentes – e, às vezes, com ameaças de penhora. Depois, segundo dados recolhidos, mesmo as novas aplicações informáticas fragilizam-se com a complicação fiscal sucessivamente criada à medida que, anualmente, os diversos governos vão alterando a lei.

O maior número de parametrizações, excepções, taxas diversas, dificulta o funcionamento quotidiano do sistema. Esta foi, aliás, uma das causas de bloqueios recentes. Em terceiro lugar, de acordo com elementos recolhidos, a informatização não cortou com o poder instalado e de intervenção por parte de certos níveis dos serviços tributários.

Um poder que, como já assinalou o Tribunal de Contas, introduz margens de arbitrariedade de quem decide ou manuseia o sistema.

Em vez de cortar níveis de intervenção burocrática, as aplicações apenas os informatizou, ou seja, quanto maior o número de intervenientes e de possíveis movimentos, maior o risco de bloqueio do sistema, agravado se esses movimentos ocorrerem na mesma altura do mês. Acresce que o sistema operacional foi desenhado para 500 a 600 operadores quando, afinal, actualmente lidam com ele cerca do dobro, o que o tornou mais lento e moroso.

O sistema aceita a abertura de processos e deve emitir uma certidão de dívida que notifica o contribuinte para pagar. Na sua presença, o sistema deverá fazer sair uma guia de pagamento cuja liquidação anula a dívida. Mas “os contribuintes chegavam a ficar meia hora encostados aos balcões, à espera da guia de pagamento”, explica um funcionário tributário.

Há quatro meses, quando o sistema bloqueou durante semanas, os serviços da Direcção-Geral de Informática e de Apoio aos Serviços Tributários e Alfandegários (Dgita) tentaram solver o problema, criado por se ter mudado para um modelo mais recente de base de dados (Oracle 8i para 9i).

Segundo indicações recolhidas, as empresas contratadas – Oracle e Accenture, responsável pela programação há cerca de três a quatro anos – foram igualmente pressionadas a encontrar soluções, designadamente depois do bloqueio ter sido noticiado.

Verificou-se uma intervenção significativa, designadamente por parte da Oracle, mas, ao fim desses meses, a situação mantém-se. A Oracle não se quis pronunciar sobre o caso.

O Ministério das Finanças foi convidado a explicar o que se passa e a encontrar soluções para os contribuintes lesados com juros de mora, mas não houve resposta até ao fecho da edição.

Valor das penhoras duplicou em 2004

A administração fiscal portuguesa efectuou penhoras, em 2004, no valor de 1400 milhões de euros relativas a dívidas fiscais, o dobro do ano anterior, revelou ontem o directorgeral dos Impostos, Paulo Macedo.

Falando nas XI Jornadas de Contabilidade e Fiscalidade, organizadas pela Associação Portuguesa de Técnicos de Contabilidade (Apotec), Paulo Macedo revelou que se recuperaram no ano passado cerca de mil milhões de euros de dívidas de impostos.

O responsável observou que as cobranças executivas representam apenas cinco por cento da receita fiscal, mas são importantes em termos de reposição da equidade fiscal e de levar mais pessoas a pagar voluntariamente os seus impostos. Afirmou, ainda, que a administração fiscal tem como objectivo recuperar parte significativa dos 15 mil milhões de euros de receita fiscal em dívida, o que será facilitado pelo processo de modernização e informatização da Direcção-Geral dos Impostos.
 
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por marafado » 4/2/2005 14:03

Bolsa nacional recua com queda da PT, BCP e EDP
A Euronext Lisbon perdia pressionada pela PT, BCP e EDP, num dia em que a ParaRede seguia como o título que mais impulsionava o índice a subir mais de 7%. O PSI-20 recuava 0,25% a contrariar a tendência das praças europeias que hoje negociavam em máximos.

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Sara Antunes
saraantunes@mediafin.pt


A Euronext Lisbon perdia pressionada pela PT, BCP e EDP, num dia em que a ParaRede seguia como o título que mais impulsionava o índice a subir mais de 7%. O PSI-20 recuava 0,25% a contrariar a tendência das praças europeias que hoje negociavam em máximos.

As congéneres europeias avançavam impulsionadas pelas petrolíferas e telecomunicações e atingiam valores recorde, num dia em que o petróleo valorizava e o euro depreciava. «É normal que os mercados se comportem positivamente nesta altura. Nos últimos dez anos os mercados comportaram-se positivamente quer em Janeiro quer em Fevereiro», disse Carlos Bastardo, director do Barclays fundo.

Em relação às bolsas europeias «a subida nem foi muito significativa, no ano passado foi melhor».

O PSI-20 [Cot] caía 0,25% para os 8.020,46 pontos, com oito acções a recuar, sete a subir e cinco inalteradas. Apesar desta queda, o principal índice nacional acumula um ganho de 5,4% este ano.

«A nossa bolsa tem tido uma performance que não é coincidente com a actual situação económica e política que o país atravessa. Há dois factores que ajudam a esta valorização: o facto dos bancos terem apresentado resultados acima do esperado e de haver várias empresas envolvidas na aquisição da Lusomundo Media. No entanto, «não há nada que justifique esta valorização. É exagerada, por isso tem-se recomendado alguma cautela», explica a mesma fonte.

As bolsas norte-americanas «têm tido um comportamento diferente do habitual. O facto de terem registado um saldo negativo em Janeiro terá a ver com dúvidas sobre a manutenção de um crescimento dos EUA até aqui tão elevado. As casas de Asset-management apontam para um crescimento de entre 3 e 3,5% este ano. Os investidores estão expectantes em relação aos dados económicos que vão sair sobre os EUA», acrescenta.

A Portugal Telecom (PT) [Cot] depreciava 1,15% para os 9,43 euros, depois da Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) ter decidido avançar com a factura única, o que tem um «impacto negativo» para a operadora, segundo o «research» do BPI.

O Banco Comercial Portugal (BCP) [Cot] caía 0,48% para os 2,09 euros e o Banco BPI [Cot] desvalorizava 0,32% para os 3,16 euros. O Banco Espírito Santo (BES) [Cot] ganhava 0,23% para os 13,33 euros.

A ParaRede [Cot] cotava nos 0,4 euros a avançar 5,26%, depois de ter subido um máximo de 7,89% com mais de 34 milhões de acções negociadas. A empresa de serviços de tecnologias de informação anunciou ontem que pretende pagar dividendos pela primeira vez na sua história em 2006. A empresa negociou mais de 10% do capital ao longo da manhã.

«O anúncio de que poderá aumentar pagar dividendos em 2006 e a previsão de crescimento dos lucros de 30% ao ano até 2006 estão a suportar o título», referiu Rita Gonzalez, da Espírito Santo Investment.

«A ParaRede tem como suporte os 0,36 euros e como resistência os 0,44 euros», explicou ao Jornal de Negócios o analista técnico Filipe Garcia, da IMF-Informação de Mercados Financeiros.

A Energias de Portugal (EDP) [Cot] descia 0,44% para os 2,28 euros, e a Brisa [Cot] subia 0,28% para os 7,07 euros, depois da Morgan Stanley ter elevado o preço alvo para as acções da concessionária de auto-estradas em 21% para os 8 euros, num estudo em que reviu em alta os «targets» para o sector, de forma a reflectir a subida de perspectivas da envolvente macroeconómica. A recomendação foi mantida em «equal-weight».
 
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por marafado » 4/2/2005 14:00

Empresa da PT em Macau aumenta lucros em 80%


Notícia agenciafinanceira.com
(04/02/05)-(Agência Financeira) De acordo com os dados financeiros fornecidos por Óscar Sousa Marques, o lucro líquido da empresa aumentou cerca de 60%, comparativamente a 2003, enquanto que a margem de EBITDA (resultados antes dos juros, impostos, amortizações/depreciações) cresceu 46%.

Escusando-se a detalhar os dados financeiros da empresa antes da Assembleia-Geral, Óscar Sousa Marques revelou, contudo, que as vendas da Directel, que actualmente conta com mais de 2.100 clientes, aumentaram cerca de 10 por cento e que o crescimento dos lucros líquidos se deve «particularmente» ao aumento em cerca de 60 por cento na publicidade feita pelos clientes nas Páginas Amarelas on-line, um dos serviços prestados pela empresa.

Para o futuro, o responsável da Directel sustenta que a estratégia passa «pela consolidação do mercado e dos produtos oferecidos» muito embora a evolução tecnológica e o crescimento económico acelerado de Macau «permita equacionar mais serviços para os clientes».

«Estamos sempre a analisar eventuais novos projectos para fornecer melhores serviços aos nossos clientes», disse sem especificar se ao longo de 2005 a Directel vai avançar noutros segmentos de serviços on-line e em papel para os clientes de Macau.

Com 25 funcionários no quadro de pessoal, a Directel Macau, com uma presença de 14 anos no território, é responsável pela publicação da Lista de Telefones Residenciais, Páginas Amarelas, lista InfoMedia - lista de números de fax, telex e endereços de Internet e e- mail - e dispõe de uma versão on-line das Páginas Amarelas nas línguas portuguesa, inglesa e chinesa.

No quadro das publicações e edições electrónicas, a Directel é ainda responsável pelo guia/mapa turístico de Macau tanto em papel como na versão electrónica e por um serviço de valor acrescentado de voz nas Páginas Amarelas.

Além do grupo Portugal Telecom, que detém 80 por cento da Directel, é ainda accionista da companhia a C& O, uma empresa com sede em Macau.


Editorial
 
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por marafado » 4/2/2005 13:57

Acções da ParaRede disparam 8% com regresso aos lucros em 2004


Notícia agenciafinanceira.com
(04/02/05)-(Agência Financeira) Paulo Ramos, presidente da administração da ParaRede, confirmou, na passada quinta-feira, o regresso aos lucros em 2004 depois de ter atingido 11 milhões de euros de resultados negativos em 2003 e o crescimento acima de 30% nas receitas. O responsável admitiu ainda a distribuição de dividendo em 2006 relativos ao exercício do corrente ano.

O regresso aos lucros por parte da ParaRede confirmam «os sinais de uma boa recuperação na empresa e os investimentos feitos mostram que está a consolidar», afirmou Luís Duarte, analista da Caixa Banco de Investimento, à Agência Financeira.

Desde Outubro de 2004 que os títulos da ParaRede se situavam entre os 37 e os 38 cêntimos. Na sessão desta sexta-feira atingiu os 41 cêntimos. A nível técnico, as perspectivas são de «atinja a resistência dos 44 cêntimos», afirmou Filipe Garcia, analista da Informação de Mercado Financeiros (IMF), o que significa que as acções podem ainda valorizar 16% face à cotação de fecho na passada quarta-feira nos 38 cêntimos. «Caso esta resistência seja quebrada, pode ir até aos 50 cêntimos», conclui.

No entanto, o mesmo analista aponta como suporte (nível até onde as acções podem corrigir) os 36 cêntimos. Mas o «importante será ver o fecho desta sexta-feira e o comportamento na próxima sessão, para verificar até onde pode ir», aconselha Filipe Garcia.

Contudo, Luís Duarte lembra que a ParaRede «é um título volátil». O forte volume de negócios (mais de 34 milhões de euros) deve-se a um movimento especulativo, facilitado «pelo baixo preço da acção».

Sandra Pedro
 
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por marafado » 4/2/2005 13:57

Défice da balança comercial aumenta 21,3% até Novembro

DE


De Janeiro a Novembro de 2004 as saídas e as entradas registaram aumentos de +4,9% e de +10,0% respectivamente, determinando um crescimento do défice da balança comercial de 21,3%.
 
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por marafado » 4/2/2005 13:56

A dimensão internacional do euro

Agostinho Leal Alves, do BPI


Num esforço de análise e de monitorização da dimensão internacional do euro, o Banco Central Europeu (BCE) divulgou o estudo anual correspondente ao período que abarca o segundo semestre de 2003 e o primeiro semestre de 2004.

Tal como nos relatórios anteriores, pretende-se examinar o papel do euro nos mercados globais e a sua utilização nos países fora da zona euro, para além da identificação dos mais importantes desenvolvimentos e tendências mais significativas. Pode-se destacar, desde já, a gradual estabilização do uso da moeda única por parte dos residentes fora da zona euro; o aumento do uso do euro no comércio entre os países da zona euro e os países fora desta área, sendo também evidente no caso dos países que se juntaram à União Europeia (UE) a partir de 1 de Maio de 2004 e nos candidatos a uma futura adesão; a internacionalização do uso do euro é mais significativa nas regiões vizinhas da zona euro, tendo sido incrementada pela emissão, de consideráveis montantes, de dívida denominada em euros e procurada por investidores da zona euro; diga-se que a forte apetência dos investidores da União Monetária Europeia (UEM) foi um dos factores decisivos para que empresas e sociedades estrangeiras emitissem dívida denominada em euros.

Um dos aspectos a realçar neste relatório de 2004, é exactamente a escolha do euro na emissão de dívida por parte das empresas. Em linha com as conclusões dos anos anteriores, afere-se que o aumento do uso da moeda única europeia resulta essencialmente da evolução das preferências dos agentes privados pelas diferentes moedas. Particularmente no período em estudo, o euro foi a estrela dos mercados financeiros, é certo que reflexo, sobretudo, da forte penalização sofrida pelo dólar.

MERCADOS INTERNACIONAIS DE DÍVIDA

Cinco anos depois da introdução do euro, os títulos da dívida pública denominados em euros corresponderam a cerca de 31% do total das emissões internacionais. Em termos geográficos, verifica-se que a maior parcela resulta de emissões de entidades europeias vizinhas à zona euro. Sendo esta, aliás, a tendência em termos de incremento do uso do euro em relação a outras moedas. São os países que fazem fronteira com a zona euro, os que mais usam a moeda única. Por seu turno, na Ásia, América Latina e Médio Oriente, as emissões expressas em euros correspondem a uma pequena fracção do total.

MERCADOS MONETÁRIOS INTERNACIONAIS E DE DEPÓSITOS

No caso dos mercados monetários e de depósitos, também o euro tem um lugar predominante em residentes dos países vizinhos da zona euro, sobretudo nas economias mais desenvolvidas e com projecção regional. Saliente-se que perto de 45% de residentes de sectores não bancários fora da zona euro, e que tomam fundos em euros (pedem emprestado) em bancos da zona euro, são do Reino Unido. Também, em relação aos depósitos em euros por residentes de sectores não bancários fora da zona euro em bancos da zona euro, 40% correspondem a residentes no Reino Unido. É assim notória a crescente adesão dos britânicos à moeda única, fruto dos interesses económico financeiros, quando, em termos político formais, a GBP não pertence ainda ao cabaz de moedas que compõem o euro.

Relativamente aos residentes de sectores não bancários na zona euro, as tomadas de fundos em euros (os empréstimos contraídos) em bancos externos à zona euro representam cerca de 61%. Os depósitos de residentes da zona euro efectuados em bancos fora da zona euro são largamente expressos em euros. Em termos da actividade financeira fora do espaço do euro e entre entidades também externas a esta área, os empréstimos e os depósitos em euros, na sua totalidade, representam uma quota de 5%/6%.

MERCADO CAMBIAL

Na sua análise trianual, o Bank for International Settlements (BIS) confirma o notável aumento da actividade neste mercado, comparativamente aos estudos anteriores. Em termos globais, são transaccionados cerca de 1900 mil milhões de dólares por dia, confirmando o estatuto de maior negócio financeiro do mundo. Confirma-se também que o euro é a segunda moeda mais transaccionada na globalidade do mercado, estando envolvida em 37% das transacções (o dólar lidera com uma quota de 89%), mantendo praticamente o nível que já verificava em 2001. O euro é, sobretudo, transaccionado contra o dólar, representando o câmbio euro/dólar cerca de 76% do mercado.

COMÉRCIO INTERNACIONAL

A quota do euro no comércio internacional verificou um apreciável aumento no número de países da zona euro. Na sua grande maioria, a utilização da moeda europeia está mais difundida no caso das exportações do que nas importações e, dentro das exportações, é superior na exportação de mercadorias do que de serviços.

O considerável aumento da quota do euro no comércio internacional foi também observado em 2003, na maioria dos novos estados membros e nos candidatos a uma futura adesão. Em muitos casos, o aumento do uso do euro excedeu o aumento das relações comerciais com a zona euro, dando a entender que o uso do euro tem vindo, progressivamente, a crescer no comércio internacional destes países com parceiros fora da zona euro.

A ESCOLHA DO EURO NA EMISSÃO DE DÍVIDA DAS EMPRESAS

Uma das características chave do papel internacional do euro tem sido a sua utilização cada vez mais acentuada nos mercados internacionais de dívida. De forma a melhorar a compreensão dos factores que levam à escolha da moeda, tanto em termos domésticos como externamente, na emissão de dívida, o BCE lançou um projecto de análise das emissões lançadas entre 1999 e 2003. Este programa informático, que cobre 8 000 emissões de cerca de 1 500 empresas dos EUA, da UEM, da Japão e do Reino Unido, é usado para analisar econometricamente o que determina a escolha de uma moeda na emissão de dívida pelas empresas nos países desenvolvidos.

O resultado sugere que a probabilidade da escolha do euro é maior nas empresas que têm grande parte das suas subsidiárias na área de influência de uma outra moeda, e a sua actividade de fusões e aquisições aumenta nos 6 meses anteriores à emissão de dívida, no entanto, há que ter em linha de conta a cobertura do risco cambial.

PAÍSES TERCEIROS

O papel do euro como moeda âncora em países terceiros fora da zona euro permanece estável. Alterações nos regimes cambiais que envolvem o euro, prendem-se com os novos estados membros da UE, sendo que 3 deles juntaram-se ao sistema monetário europeu II (SME II) no final de Junho de 2004 – Lituânia, Estónia e Eslovénia.

Prosseguiu a um passo acelerado a reconstituição de reservas em euros, tendo o maior acréscimo vindo do Japão e de economias emergentes asiáticas. Beneficiando da apreciação geral face a outras moedas, a quota do euro nas reservas cambiais oficiais passou de 19,03%, em 2002, para 19,7%, em 2003. Na sua função de pagamento, o euro é predominantemente usado nos países vizinhos da zona euro.

CONCLUSÕES

No período em análise, a dimensão internacional do euro nos mercados de capitais e cambial, tal como o seu papel de moeda de financiamento internacional e de reserva, permaneceu amplamente estável. Ao mesmo tempo, surgiram sinais de um aumento no uso como meio de pagamento ou de unidade de conta. Sobretudo, este relatório confirma e reforça as características principais do papel internacional do euro, configurando ao longo dos últimos anos: 1) um significativo grau de estabilidade; 2) um aumento gradual da sua dimensão internacional como moeda de conta; 3) uma forte implantação regional e; 4) um contributo acrescido para a zona euro em si, com uma importante quota do mercado de dívida e do mercado monetário e de capitais.

Em suma, a moeda única é cada vez mais uma divisa mundial, para a qual os agentes económicos olham com mais confiança.
 
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por marafado » 4/2/2005 13:55

Vendas do comércio a retalho cresceram 0,5% em Dezembro

DE


As vendas do comércio a retalho cresceram 0,5% na zona euro em Dezembro e 1,8% na União Europeia (UE), com Portugal a registar o segundo maior acréscimo, indicou hoje o Gabinete Europeu de Estatística (Eurostat).

Em Dezembro, comparando com o mesmo mês de 2003, as vendas de alimentação, bebidas e tabaco cresceram 0,7% na zona euro, enquanto as vendas de produtos não alimentares aumentaram 0,2%.

Na UE, as vendas de alimentação, bebidas e tabaco subiram 1,5% e as de bens não alimentares registaram um acréscimo de 2%.

Os maiores aumentos de vendas retalhistas em Dezembro verificaram-se na Dinamarca (10,1%), Portugal (4,8%), Suécia (4,5%), Reino Unido (4,4%) e Polónia (4,3%).

A Alemanha foi o único país onde as vendas retalhistas recuaram em Dezembro quando comparadas com o mesmo mês de 2003, caindo 2,8%.
 
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por marafado » 4/2/2005 13:54

Lucro da British Airways cai 41% com custos com combustíveis

DE


A companhia área britânica divulgou hoje que o seu lucro caiu 41% no terceiro trimestre fiscal para os 49 milhões de libras esterlinas (71,2 milhões de euros), penalizados por maiores custos com combustível devido à subida dos preços do petróleo.

No período homólgo do ano anterior, registou-se um lucro de 83 milhões de libras (120,6 milhões de euros).

Os analistas estimavam uma quebra de 67% no lucro para 27 milhões de libras (39,2 milhões de euros), pelo que os números saíram claramente melhores do que o previsto.

As receitas da segunda maior companhia área europeia subiram 4,3% para 1,97 mil milhões de euros (2,86 mil milhões de euros).

Entretanto, a British Airways reviu em alta a estimativa de receitas para o ano fiscal, que terminará a 31 de Março, prevendo uma subida de 3,5%, acrescentou a empresa.

Os custos petrolíferos aumentaram 47% para 330 milhões de libras (479,3 milhões de euros), após os preços dos combustíveis para aviões terem atingido valores recorde em Outubro.
 
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Índices sobem com expectativa de bons indicadores nos EUA

por marafado » 4/2/2005 13:53

Índices sobem com expectativa de bons indicadores nos EUA

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As principais praças da União Europeia (UE) seguem em alta, estimuladas pelas perspectivas de que os números do emprego que serão divulgados esta tarde nos Estados Unidos indiquem que este indicador se encontra no seu nível mais elevado dos últimos sete anos.

Segundo os analistas, um aumento do ritmo de criação de empregos nos EUA "é essencial para os mercados accionistas, porque o emprego é o indicador de crescimento nos EUA, e os lucros de muitas empresas europeias dependem da expansão económica norte-americana".

Deste modo, às 12h22 o CAC-40 de Paris progredia 0,37% para os 3943,35 pontos, o FTSE-100 de Londres avançava 0,48% para os 4932,00 pontos e o Ibex-35 de Madrid crescia 0,50% para os 9357,30 pontos, enquanto o Dax Xetra de Frankfurt subia 0,72% para os 4312,50 pontos e o S&P/MIB de Milão ganhava 0,79% para os 31 786,00 pontos.
 
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