Choques em Cadeia
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BNC comunica crescimento do lucro líquido em 50% em 2004
DE
O Banco Nacional de Crédito (BNC) anunciou que, no ano fiscal de 2004, registou um crescimento de 50% no seu resultado líquido para 33,7 milhões de euros (M€), face ao ano anterior.
Em comunicado, a instituição adiantou que o produto bancário aumentou 27% para 148,4 M€ e que o 'cash-flow' de exploração cresceu 42% para os 88,4 M€.
O rácio 'cost to income' "apresentou uma melhoria sensível do nível de eficiência", tendo baixado de 53,7% para 46,8% e o rácio custos com pessoal/produto bancário baixou de 29,4% para 25,1%.
O BNC explica também que o activo líquido atingiu 4500 M€, valor que traduz um crescimento de 10% e uma subida dos recursos globais de clientes a 2885 M€, dos quais 454 M€ se referem a recursos fora de balanço.
DE
O Banco Nacional de Crédito (BNC) anunciou que, no ano fiscal de 2004, registou um crescimento de 50% no seu resultado líquido para 33,7 milhões de euros (M€), face ao ano anterior.
Em comunicado, a instituição adiantou que o produto bancário aumentou 27% para 148,4 M€ e que o 'cash-flow' de exploração cresceu 42% para os 88,4 M€.
O rácio 'cost to income' "apresentou uma melhoria sensível do nível de eficiência", tendo baixado de 53,7% para 46,8% e o rácio custos com pessoal/produto bancário baixou de 29,4% para 25,1%.
O BNC explica também que o activo líquido atingiu 4500 M€, valor que traduz um crescimento de 10% e uma subida dos recursos globais de clientes a 2885 M€, dos quais 454 M€ se referem a recursos fora de balanço.
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Inflação abrandou em Janeiro para o nível mais baixo em nove meses
DE
O gabinete de estatística federal alemã anunciou hoje que a inflação na Alemanha abrandou em Janeiro para 1,6%, face ao mesmo período de 2004, e contra os 2,1% registados em Dezembro, mês que assinalou uma desaceleração homóloga de 0,4%.
O abrandamento verificado em Janeiro foi superior ao que esperavam os analistas, cuja média de estimativas apontava para uma inflação homóloga de 1,8%.
Uma quebra nos preços das viagens e da hotelaria após as férias natalícias e da roupa e do calçado explicam o recuo da inflação em Janeiro, após o pico registado em Dezembro na primeira economia da Europa.
O índice de inflação harmonizado, que permite a comparação entre os países da União Europeia, registou em Janeiro uma quebra de 0,5%, com a inflação homóloga a estabelecer-se em 1,6%, após os 2,2% no mês anterior.
DE
O gabinete de estatística federal alemã anunciou hoje que a inflação na Alemanha abrandou em Janeiro para 1,6%, face ao mesmo período de 2004, e contra os 2,1% registados em Dezembro, mês que assinalou uma desaceleração homóloga de 0,4%.
O abrandamento verificado em Janeiro foi superior ao que esperavam os analistas, cuja média de estimativas apontava para uma inflação homóloga de 1,8%.
Uma quebra nos preços das viagens e da hotelaria após as férias natalícias e da roupa e do calçado explicam o recuo da inflação em Janeiro, após o pico registado em Dezembro na primeira economia da Europa.
O índice de inflação harmonizado, que permite a comparação entre os países da União Europeia, registou em Janeiro uma quebra de 0,5%, com a inflação homóloga a estabelecer-se em 1,6%, após os 2,2% no mês anterior.
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As elites e o país
Mário Melo Rocha
Numa recente e interessante entrevista, Marçal Grilo queixou-se das elites portuguesas.
O centro da amargura não radica propriamente nelas mas no facto de se distanciarem “do que se passa no país”, de estarem “um pouco desnacionalizadas” e até de “evitarem conhecer o país”. Terá razão. Mas qual é a motivação para tal comportamento?
Para lá da sua competência técnica e da substância da sua preparação, as elites, para o serem, cumprem diariamente com deveres que Ernâni Lopes situa na “quarta camada”, como lhe chama. A que abarca “valores, atitudes e padrões de comportamento”. Numa palavra: estamos a falar de ética. O seu sucesso na vida académica, nas profissões liberais, na área financeira, económica, de gestão, na banca, ancora aqui, parte daqui e retorna sempre aqui. Se isto é consensual por ser um facto objectivo, já poucos reparam que nessas áreas “privadas” é feito o maior esforço para que não haja entraves à partilha e à prática da ética. Tenta-se aplainar o caminho, não colocar escolhos na vereda. Ora não é isso que se vê no Estado e na “coisa pública”. E, sobretudo, não se vê como, algum dia, se possa ver. Não existindo uma escola superior da administração ou qualquer realidade afim e existindo um pavor mal contido em fazer uma reforma de alto a baixo na administração (que partido se dispõe a perder os votos dos funcionários públicos?), espera-se que as pessoas se reformem, voluntária e descansadamente. Sem se perceber que os que já estão na máquina já foram por ela formatados. No espírito que os mais antigos deixaram no ar como herança. A realidade não é, frequentemente, a que mais gostaríamos de ver. Mas é a que existe. E é para a realidade existente que Marçal Grilo pretende chamar as elites. É pensável, até possível, conceber que as elites fossem chamadas ao desempenho de um “serviço público”, de um “serviço cívico”, de uma “comissão de serviço”, em nome da responsabilidade da cidadania e do sentido de Estado. É até concebível que, neste quadro, as elites se dispusessem a perder dinheiro em nome das reformas necessárias. Mas para isso precisariam do que não está à vista e dispensariam o que se vê todos os dias. Precisariam de uma causa e dispensariam os bloqueios que a burocracia gera. Uma causa nacional como uma verdadeira reforma da administração. Não uma cosmética, como tem sido feito. Uma reforma a sério. Capaz de transformar uma administração-autoridade numa administração-serviço. Capaz de lutar, ao mesmo tempo, contra juridismos sem sentido e sindicatos graníticos. Capaz de ser leve, eficaz e útil. Porque a administração deve ser útil e não um peso inútil.
Temo, porém, que seja tarde para convencer ao desempenho deste “serviço público”. É que, para lá da causa, seria necessário despertar os partidos para a maçada da sua existência. E as elites para a maçada dos partidos. De quem é a culpa? É de um país onde nunca ninguém tem culpa de nada.
Mário Melo Rocha
Numa recente e interessante entrevista, Marçal Grilo queixou-se das elites portuguesas.
O centro da amargura não radica propriamente nelas mas no facto de se distanciarem “do que se passa no país”, de estarem “um pouco desnacionalizadas” e até de “evitarem conhecer o país”. Terá razão. Mas qual é a motivação para tal comportamento?
Para lá da sua competência técnica e da substância da sua preparação, as elites, para o serem, cumprem diariamente com deveres que Ernâni Lopes situa na “quarta camada”, como lhe chama. A que abarca “valores, atitudes e padrões de comportamento”. Numa palavra: estamos a falar de ética. O seu sucesso na vida académica, nas profissões liberais, na área financeira, económica, de gestão, na banca, ancora aqui, parte daqui e retorna sempre aqui. Se isto é consensual por ser um facto objectivo, já poucos reparam que nessas áreas “privadas” é feito o maior esforço para que não haja entraves à partilha e à prática da ética. Tenta-se aplainar o caminho, não colocar escolhos na vereda. Ora não é isso que se vê no Estado e na “coisa pública”. E, sobretudo, não se vê como, algum dia, se possa ver. Não existindo uma escola superior da administração ou qualquer realidade afim e existindo um pavor mal contido em fazer uma reforma de alto a baixo na administração (que partido se dispõe a perder os votos dos funcionários públicos?), espera-se que as pessoas se reformem, voluntária e descansadamente. Sem se perceber que os que já estão na máquina já foram por ela formatados. No espírito que os mais antigos deixaram no ar como herança. A realidade não é, frequentemente, a que mais gostaríamos de ver. Mas é a que existe. E é para a realidade existente que Marçal Grilo pretende chamar as elites. É pensável, até possível, conceber que as elites fossem chamadas ao desempenho de um “serviço público”, de um “serviço cívico”, de uma “comissão de serviço”, em nome da responsabilidade da cidadania e do sentido de Estado. É até concebível que, neste quadro, as elites se dispusessem a perder dinheiro em nome das reformas necessárias. Mas para isso precisariam do que não está à vista e dispensariam o que se vê todos os dias. Precisariam de uma causa e dispensariam os bloqueios que a burocracia gera. Uma causa nacional como uma verdadeira reforma da administração. Não uma cosmética, como tem sido feito. Uma reforma a sério. Capaz de transformar uma administração-autoridade numa administração-serviço. Capaz de lutar, ao mesmo tempo, contra juridismos sem sentido e sindicatos graníticos. Capaz de ser leve, eficaz e útil. Porque a administração deve ser útil e não um peso inútil.
Temo, porém, que seja tarde para convencer ao desempenho deste “serviço público”. É que, para lá da causa, seria necessário despertar os partidos para a maçada da sua existência. E as elites para a maçada dos partidos. De quem é a culpa? É de um país onde nunca ninguém tem culpa de nada.
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Bolsa aquece apesar do frio
Helena Garrido e Vasco Noronha
A bolsa portuguesa ultrapassou ontem o limite dos oito mil pontos, o que não acontecia desde Novembro de 2001.
Neste frio mês de Janeiro, com eleições à porta, registou um dos melhores desempenhos desde os primeiros 30 dias do ano de 2001, com uma valorização de 5,5% contra 7,6% nessa altura. Teoricamente, o mercado de capitais antecipa a recuperação da actividade económica com seis a nove meses de antecedência. Não sendo estas previsões uma ciência exacta, há mais razões, neste momento, para dizer que o mercado está a adivinhar mal o futuro do que factos para antecipar uma fulgurante recuperação no fim do ano. Apesar de as bolas estarem, genericamente, em recuperação, o PSI 20 está com um desempenho relativamente mais favorável. Os analistas do mercado também estão apreensivos e recomendam cautela. Salientam que esta tendência só prosseguirá caso se confirmem muitos rumores e anúncios que inundaram por estes dias os mercados. Entre eles está a venda do grupo Lusomundo por parte da PT. Desde que a bolsa portuguesa atingiu o seu mínimo, em Setembro de 2002, o título que subiu mais foi o da Impresa, grupo de media liderado por Pinto Balsemão, com mais 273%. Seguiu-se a Sonaecom, que hoje vale mais 249%. Se acreditarmos que o mercado tem sempre razão, podemos concluir que a retoma está mesmo aí. O que não parece o caso.
Helena Garrido e Vasco Noronha
A bolsa portuguesa ultrapassou ontem o limite dos oito mil pontos, o que não acontecia desde Novembro de 2001.
Neste frio mês de Janeiro, com eleições à porta, registou um dos melhores desempenhos desde os primeiros 30 dias do ano de 2001, com uma valorização de 5,5% contra 7,6% nessa altura. Teoricamente, o mercado de capitais antecipa a recuperação da actividade económica com seis a nove meses de antecedência. Não sendo estas previsões uma ciência exacta, há mais razões, neste momento, para dizer que o mercado está a adivinhar mal o futuro do que factos para antecipar uma fulgurante recuperação no fim do ano. Apesar de as bolas estarem, genericamente, em recuperação, o PSI 20 está com um desempenho relativamente mais favorável. Os analistas do mercado também estão apreensivos e recomendam cautela. Salientam que esta tendência só prosseguirá caso se confirmem muitos rumores e anúncios que inundaram por estes dias os mercados. Entre eles está a venda do grupo Lusomundo por parte da PT. Desde que a bolsa portuguesa atingiu o seu mínimo, em Setembro de 2002, o título que subiu mais foi o da Impresa, grupo de media liderado por Pinto Balsemão, com mais 273%. Seguiu-se a Sonaecom, que hoje vale mais 249%. Se acreditarmos que o mercado tem sempre razão, podemos concluir que a retoma está mesmo aí. O que não parece o caso.
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Choques em Cadeia
Choques em Cadeia
João Paulo Guerra
Depois do “choque tecnológico” do PS e do “choque de gestão” do PPD/PSD, está agora também disponível o “choque de valores” do CDS/PP.
A campanha está a ser uma sucessão de choques em cadeia. O eleitorado ainda acaba em estado de choque e não se sabe quantos mais partidos vão chocá-lo com novas e originais propostas chocantes.
O líder do PPD, com uma campanha sobressaltada por andar a chocar uma gripe, ainda não anunciou um choque de vitaminas. Mas já se disse chocado com o verde dos olhos do seu rival nos cartazes da campanha. E aqui está uma nova colisão no embate de ideias em curso. Verde por verde, o PS ainda responde com mais alguma novidade sobre a cor dos recibos do seu opositor directo. Entretanto,
o debate de que ambos andam a fugir, já tem um tema em agenda: a cor dos olhos
e outras insinuações eventualmente chocantes.
O PP não quis ficar atrás em sede de propostas chocantes.
O “choque de valores” procura recuperar “referências” e combater o “relativismo ético”. Os relativistas éticos, como toda a gente sabe, preconizavam a morte dos doentes, inválidos e velhos.
O PP, que é “pela vida”, limita-se a entregá-los aos cuidados do Código do Trabalho, agravado com mais uma revisão constitucional, e a ameaçá-los com o inferno na terra, por falta de sustentabilidade da segurança social. Tratamentos de choque, em suma.
De choque em choque, vai sendo posta à prova a resistência dos eleitores e a imaginação dos partidos. Claro que as formações que ainda não se pronunciaram sobre matérias chocantes foram os partidos pobres, com orçamentos e objectivos eleitorais limitados, pelo que talvez não andem a chocar qualquer grande ideia ou iniciativa e se fiquem por meras faíscas.
E assim vai a campanha eleitoral. Foi você que pediu um debate de ideias?
jpguerra@economicasgps.com
João Paulo Guerra
Depois do “choque tecnológico” do PS e do “choque de gestão” do PPD/PSD, está agora também disponível o “choque de valores” do CDS/PP.
A campanha está a ser uma sucessão de choques em cadeia. O eleitorado ainda acaba em estado de choque e não se sabe quantos mais partidos vão chocá-lo com novas e originais propostas chocantes.
O líder do PPD, com uma campanha sobressaltada por andar a chocar uma gripe, ainda não anunciou um choque de vitaminas. Mas já se disse chocado com o verde dos olhos do seu rival nos cartazes da campanha. E aqui está uma nova colisão no embate de ideias em curso. Verde por verde, o PS ainda responde com mais alguma novidade sobre a cor dos recibos do seu opositor directo. Entretanto,
o debate de que ambos andam a fugir, já tem um tema em agenda: a cor dos olhos
e outras insinuações eventualmente chocantes.
O PP não quis ficar atrás em sede de propostas chocantes.
O “choque de valores” procura recuperar “referências” e combater o “relativismo ético”. Os relativistas éticos, como toda a gente sabe, preconizavam a morte dos doentes, inválidos e velhos.
O PP, que é “pela vida”, limita-se a entregá-los aos cuidados do Código do Trabalho, agravado com mais uma revisão constitucional, e a ameaçá-los com o inferno na terra, por falta de sustentabilidade da segurança social. Tratamentos de choque, em suma.
De choque em choque, vai sendo posta à prova a resistência dos eleitores e a imaginação dos partidos. Claro que as formações que ainda não se pronunciaram sobre matérias chocantes foram os partidos pobres, com orçamentos e objectivos eleitorais limitados, pelo que talvez não andem a chocar qualquer grande ideia ou iniciativa e se fiquem por meras faíscas.
E assim vai a campanha eleitoral. Foi você que pediu um debate de ideias?
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