CAE da EDP acabam hoje
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Histórias que revivem a infância
M. A. C.
Era uma vez um príncipe que já estava quase a desistir de casar quando, numa noite de temporal, ouviu bater à porta do castelo. Era uma rapariga, molhada e de roupa rasgada, que dizia ser princesa. A mãe do príncipe, desconfiada, colocou uma ervilha na cama da donzela. Por cima, empilhou vários colchões. No dia seguinte, a jovem reclamou de dores de costas, pois havia sentido algo por debaixo dos colchões. Ninguém teve mais dúvidas só uma princesa poderia ser tão sensível ao ponto de sentir a ervilha.
A princesa e a ervilha é uma das histórias que fizeram a delícia de muitas infâncias e que podem ser recordadas no Mercado de Saldos de Livros. Mas para Joana, de oito anos, as histórias de que mais gosta são as de animais. Ao som de Da Weasel, a menina passeia-se por entre os livros com um discman na mão, enquanto canta a célebre música Retratamento. "Já vi um livro de que gostei imenso. Tinha gatos e tudo!", diz sem constrangimento. A mãe, Inês, pergunta "Estás a gostar?", a resposta parece evidente para a criança: "Que chata! Já disse que sim!". Inês confessa que mais do que uma questão de comprar, é uma questão de passear em família e fazer "um programa diferente".
Basta procurar um pouco e lá estão eles. Os livros infantis são muitos e há para todos os gostos e idades. Quem não se lembra do famoso grupo de Uma aventura? Este é com certeza um dos livros que fazem parte da lista de Diogo, de dez anos. "Vou pedir à minha mãe que me compre algum", diz, porque do que gosta mais são "as histórias de aventura".
Também os adultos procuram livros que os façam lembrar a sua infância. Segue-se o impulso de comprar, porque sentem a nostalgia de reviver momentos bem passados ao lado de personagens de banda desenhada. As primeiras edições das aventuras de Zorro, a busca das minas de Salomão, a banda desenhada O companheiro, de Sidónio Muralha, datado de 1975, fazem parte da lista interminável de livros manuseados que podem ser encontrados pelos mais saudosos.
Os super-heróis que foram sucesso de bilheteira de cinema voltam a aparecer sob a forma de leitura, "desenterrando" os seus feitos fantásticos que foram escritos durante décadas. Desde o famoso Homem-aranha, passando por Asterix e Obelix, até ao Hulk, as edições antigas e as mais recentes estão expostas para os mais novos, mas também para os adultos.
Se as crianças estão hoje habituadas a brincar com jogos electrónicos, nos saldos do livro têm a oportunidade de voltar a ler. Teresa Antunes é mãe e não hesita em afirmar que "iniciativas destas são de louvar porque incentivam a leitura e aperfeiçoam a escrita. Se forem divertidas, melhor ainda". No Mercado da Ribeira não existem televisões, play stations nem jogos de computador, apenas palavras escritas que estimulam o imaginário. Palavras que constroem histórias. Histórias que fazem parte de qualquer "caixa de brinquedos" das crianças.
M. A. C.
Era uma vez um príncipe que já estava quase a desistir de casar quando, numa noite de temporal, ouviu bater à porta do castelo. Era uma rapariga, molhada e de roupa rasgada, que dizia ser princesa. A mãe do príncipe, desconfiada, colocou uma ervilha na cama da donzela. Por cima, empilhou vários colchões. No dia seguinte, a jovem reclamou de dores de costas, pois havia sentido algo por debaixo dos colchões. Ninguém teve mais dúvidas só uma princesa poderia ser tão sensível ao ponto de sentir a ervilha.
A princesa e a ervilha é uma das histórias que fizeram a delícia de muitas infâncias e que podem ser recordadas no Mercado de Saldos de Livros. Mas para Joana, de oito anos, as histórias de que mais gosta são as de animais. Ao som de Da Weasel, a menina passeia-se por entre os livros com um discman na mão, enquanto canta a célebre música Retratamento. "Já vi um livro de que gostei imenso. Tinha gatos e tudo!", diz sem constrangimento. A mãe, Inês, pergunta "Estás a gostar?", a resposta parece evidente para a criança: "Que chata! Já disse que sim!". Inês confessa que mais do que uma questão de comprar, é uma questão de passear em família e fazer "um programa diferente".
Basta procurar um pouco e lá estão eles. Os livros infantis são muitos e há para todos os gostos e idades. Quem não se lembra do famoso grupo de Uma aventura? Este é com certeza um dos livros que fazem parte da lista de Diogo, de dez anos. "Vou pedir à minha mãe que me compre algum", diz, porque do que gosta mais são "as histórias de aventura".
Também os adultos procuram livros que os façam lembrar a sua infância. Segue-se o impulso de comprar, porque sentem a nostalgia de reviver momentos bem passados ao lado de personagens de banda desenhada. As primeiras edições das aventuras de Zorro, a busca das minas de Salomão, a banda desenhada O companheiro, de Sidónio Muralha, datado de 1975, fazem parte da lista interminável de livros manuseados que podem ser encontrados pelos mais saudosos.
Os super-heróis que foram sucesso de bilheteira de cinema voltam a aparecer sob a forma de leitura, "desenterrando" os seus feitos fantásticos que foram escritos durante décadas. Desde o famoso Homem-aranha, passando por Asterix e Obelix, até ao Hulk, as edições antigas e as mais recentes estão expostas para os mais novos, mas também para os adultos.
Se as crianças estão hoje habituadas a brincar com jogos electrónicos, nos saldos do livro têm a oportunidade de voltar a ler. Teresa Antunes é mãe e não hesita em afirmar que "iniciativas destas são de louvar porque incentivam a leitura e aperfeiçoam a escrita. Se forem divertidas, melhor ainda". No Mercado da Ribeira não existem televisões, play stations nem jogos de computador, apenas palavras escritas que estimulam o imaginário. Palavras que constroem histórias. Histórias que fazem parte de qualquer "caixa de brinquedos" das crianças.
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comentário cambial
Confiança alemã puxa euro
O euro recuperou ontem contra o dólar, beneficiando da subida inesperada do clima económico na maior economia da zona euro, a Alemanha. Às 17.00, hora de Lisboa, o euro cotava-se nos 1,3080 dólares, acima dos 1,2955 dólares registados à mesma hora do dia anterior. Num dia sem indicadores relevantes nos EUA, os investidores deram particular atenção à confiança dos empresários alemães, que subiu em Janeiro para o nível mais elevado dos últimos onze meses. Se a subida do euro face ao dólar foi moderada, já o iene revelou muita força, sendo o destaque do mercado cambial. Zhu Guangyao, chefe do departamento internacional do Ministério das Finanças chinês, admitiu que a China vai analisar, na reunião da próxima semana do G-7, a taxa de câmbio da moeda local. "Esta notícia revive o cenário de que o G-7 irá pressionar a Ásia", de forma a permitir a valorização das divisas locais, entre elas o iene, face às moedas ocidentais, nomeadamente o dólar, referiram analistas citados pela Bloomberg.
Confiança alemã puxa euro
O euro recuperou ontem contra o dólar, beneficiando da subida inesperada do clima económico na maior economia da zona euro, a Alemanha. Às 17.00, hora de Lisboa, o euro cotava-se nos 1,3080 dólares, acima dos 1,2955 dólares registados à mesma hora do dia anterior. Num dia sem indicadores relevantes nos EUA, os investidores deram particular atenção à confiança dos empresários alemães, que subiu em Janeiro para o nível mais elevado dos últimos onze meses. Se a subida do euro face ao dólar foi moderada, já o iene revelou muita força, sendo o destaque do mercado cambial. Zhu Guangyao, chefe do departamento internacional do Ministério das Finanças chinês, admitiu que a China vai analisar, na reunião da próxima semana do G-7, a taxa de câmbio da moeda local. "Esta notícia revive o cenário de que o G-7 irá pressionar a Ásia", de forma a permitir a valorização das divisas locais, entre elas o iene, face às moedas ocidentais, nomeadamente o dólar, referiram analistas citados pela Bloomberg.
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Venda de carros mantém marcha lenta este ano
ACAP quer reforma do IA para dinamizar mercado e garante que receita fiscal não cairá
Eduarda Frommhold Arquivo DN
Previsão. Vendas de ligeiros irão aumentar apenas 3,8% em 2005
A Associação do Comércio Automóvel de Portugal (ACAP) voltou ontem a defender a necessidade de uma reforma urgente do Imposto Automóvel (IA) em Portugal, manifestando o seu agrado por tanto o PSD como o PS terem incluído esta medida nos seus programas eleitorais, como tinha sido solicitado pela associação.
A substituição do IA por um imposto menos pesado no acto da compra, sendo o restante repartido ao longo da vida útil do veículo, através do imposto de circulação, permitirá reanimar as vendas de veículos novos e corrigir as actuais distorções do mercado, sem que a medida represente qualquer quebra das receitas fiscais, assegurou em conferência de imprensa o vice- -presidente da ACAP, José Ramos.
Outra das medidas que a ACAP defende para redinamizar o mercado é alteração do programa de incentivos ao abate de veículos em fim de vida, "que desde o início teve pouca adesão e de ano para ano tem vindo a perder cada vez mais expressão", sublinhou também.
A associação aponta para "um ligeiro aumento de 3,8%" das vendas de veículos ligeiros este ano, em consonância com os 3,9% obtidos em 2004, só sendo esperados maiores crescimentos para o próximo ano. A concretizarem-se estas previsões, as vendas de ligeiros subirão para 296 400 unidades este ano, número que fica, porém, ainda muito aquém das 411 mil unidades comercializadas em 2000.
Já no que se refere aos veículos pesados, as previsões são de um ligeiro recuo de 0,8% das vendas em 2005, depois de no ano passado se ter registado um aumento de 24% face a 2003.
Ainda no mercado de ligeiros e apesar da recuperação iniciada no ano passado, alguns aspectos mereceram o destaque da ACAP, como as vendas de automóveis ligeiros de passageiros a diesel terem ultrapassado pela primeira vez as vendas de veículos a gasolina. Em 2004, os veículos a diesel representaram já 57% das vendas totais de ligeiros de passageiros, contra apenas 13% em 1996, assinalou José Ramos.
Em termos de cilindradas, continuaram a dominar as vendas dos segmentos B (médio inferior) e C (inferior), que totalizam juntos 77,4% do mercado. Este é, aliás, um dos efeitos negativos do actual IA apontados pelo vice-presidente da ACAP.
Outra "situação preocupante" que resulta igualmente deste imposto, segundo José Ramos, é o crescente aumento do peso das importações de ligeiros de passageiros usados sobre o mercado de veículos novos, que atingiu 17,4% no ano passado, quando era de 11% em 2000.
ACAP quer reforma do IA para dinamizar mercado e garante que receita fiscal não cairá
Eduarda Frommhold Arquivo DN
Previsão. Vendas de ligeiros irão aumentar apenas 3,8% em 2005
A Associação do Comércio Automóvel de Portugal (ACAP) voltou ontem a defender a necessidade de uma reforma urgente do Imposto Automóvel (IA) em Portugal, manifestando o seu agrado por tanto o PSD como o PS terem incluído esta medida nos seus programas eleitorais, como tinha sido solicitado pela associação.
A substituição do IA por um imposto menos pesado no acto da compra, sendo o restante repartido ao longo da vida útil do veículo, através do imposto de circulação, permitirá reanimar as vendas de veículos novos e corrigir as actuais distorções do mercado, sem que a medida represente qualquer quebra das receitas fiscais, assegurou em conferência de imprensa o vice- -presidente da ACAP, José Ramos.
Outra das medidas que a ACAP defende para redinamizar o mercado é alteração do programa de incentivos ao abate de veículos em fim de vida, "que desde o início teve pouca adesão e de ano para ano tem vindo a perder cada vez mais expressão", sublinhou também.
A associação aponta para "um ligeiro aumento de 3,8%" das vendas de veículos ligeiros este ano, em consonância com os 3,9% obtidos em 2004, só sendo esperados maiores crescimentos para o próximo ano. A concretizarem-se estas previsões, as vendas de ligeiros subirão para 296 400 unidades este ano, número que fica, porém, ainda muito aquém das 411 mil unidades comercializadas em 2000.
Já no que se refere aos veículos pesados, as previsões são de um ligeiro recuo de 0,8% das vendas em 2005, depois de no ano passado se ter registado um aumento de 24% face a 2003.
Ainda no mercado de ligeiros e apesar da recuperação iniciada no ano passado, alguns aspectos mereceram o destaque da ACAP, como as vendas de automóveis ligeiros de passageiros a diesel terem ultrapassado pela primeira vez as vendas de veículos a gasolina. Em 2004, os veículos a diesel representaram já 57% das vendas totais de ligeiros de passageiros, contra apenas 13% em 1996, assinalou José Ramos.
Em termos de cilindradas, continuaram a dominar as vendas dos segmentos B (médio inferior) e C (inferior), que totalizam juntos 77,4% do mercado. Este é, aliás, um dos efeitos negativos do actual IA apontados pelo vice-presidente da ACAP.
Outra "situação preocupante" que resulta igualmente deste imposto, segundo José Ramos, é o crescente aumento do peso das importações de ligeiros de passageiros usados sobre o mercado de veículos novos, que atingiu 17,4% no ano passado, quando era de 11% em 2000.
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comentário
bolsa de valores
Brisa e Sonaecom sobem 3%
A Euronext Lisboa subiu ontem 0,73%, tendo o índice PSI-20 terminado acima dos 7900 pontos, o nível mais alto dos últimos 10 meses. A sessão ficou marcada pela subida dos títulos-âncora (BCP, PT, EDP) e por quatro novos máximos. A Sonaecom ganhou 3,3%, para 4,38 euros e fixou um novo máximo desde Maio de 2001, nos 4,39 euros. A Brisa subiu 3,01%, para 7,19 euros, um novo máximo histórico. Já a Semapa progrediu 3,24%, para 4,46 euros, tendo fixado novo máximo desde Julho de 2002, nos 4,52 euros. A Portucel e a Semapa venderam a participação que detinham na papeleira espanhola Ence, conseguindo um encaixe superior a 46 milhões de euros. Entre os pesos-pesados, a melhor evolução pertenceu ao BCP, que avançou 0,49%. Esta foi a reacção aos resultados anuais e à indigitação de Paulo Teixeira Pinto para presidente do Conselho de Administração, substituindo Jardim Gonçalves (ver pág 35). A EDP subiu 0,45%, enquanto a PT valorizou 0,22% e a PTMultimedia 0,41%. As perdas dentro do índice PSI-20, todas inferiores a 1%, foram protagonizadas pela Reditus, Cofina, Media Capital e Impresa. O resto da Europa encerrou sem uma tendência definida, com Madrid e Londres também em alta, mas as restantes praças a fechar no vermelho.
bolsa de valores
Brisa e Sonaecom sobem 3%
A Euronext Lisboa subiu ontem 0,73%, tendo o índice PSI-20 terminado acima dos 7900 pontos, o nível mais alto dos últimos 10 meses. A sessão ficou marcada pela subida dos títulos-âncora (BCP, PT, EDP) e por quatro novos máximos. A Sonaecom ganhou 3,3%, para 4,38 euros e fixou um novo máximo desde Maio de 2001, nos 4,39 euros. A Brisa subiu 3,01%, para 7,19 euros, um novo máximo histórico. Já a Semapa progrediu 3,24%, para 4,46 euros, tendo fixado novo máximo desde Julho de 2002, nos 4,52 euros. A Portucel e a Semapa venderam a participação que detinham na papeleira espanhola Ence, conseguindo um encaixe superior a 46 milhões de euros. Entre os pesos-pesados, a melhor evolução pertenceu ao BCP, que avançou 0,49%. Esta foi a reacção aos resultados anuais e à indigitação de Paulo Teixeira Pinto para presidente do Conselho de Administração, substituindo Jardim Gonçalves (ver pág 35). A EDP subiu 0,45%, enquanto a PT valorizou 0,22% e a PTMultimedia 0,41%. As perdas dentro do índice PSI-20, todas inferiores a 1%, foram protagonizadas pela Reditus, Cofina, Media Capital e Impresa. O resto da Europa encerrou sem uma tendência definida, com Madrid e Londres também em alta, mas as restantes praças a fechar no vermelho.
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venda de 8% da Ence
Semapa e Portucel vão encaixar 46 milhões
A Portucel e a Semapa devem encaixar cerca de 46 milhões de euros com a venda da participação que detinham na papeleira espanhola Ence, de acordo com um comunicado do Santander enviado ao regulador da bolsa espanhola.
A entidade bancária comunicou à Comisión Nacional del Mercado de Valores (CNMV) que procedeu à colocação privada, junto de investidores institucionais, de mais de dois milhões de acções da Ence, equivalentes a 8% do capital, que pertenciam à Portucel e à Semapa em partes iguais. O encaixe conjunto com a operação ascendeu aos 46,05 milhões de euros, correspondentes a um valor por acção de 22,6 euros.
No dia 28 de Dezembro de 2004, a Portucel anunciou a alienação da participação que detinha na Ence (8%). A Semapa, por outro lado, tinha anunciado a compra dos 4% à Portucel no dia 4 de Janeiro. Com esta venda, as duas empresas liquidam as suas posições na papeleira espanhola.
Semapa e Portucel vão encaixar 46 milhões
A Portucel e a Semapa devem encaixar cerca de 46 milhões de euros com a venda da participação que detinham na papeleira espanhola Ence, de acordo com um comunicado do Santander enviado ao regulador da bolsa espanhola.
A entidade bancária comunicou à Comisión Nacional del Mercado de Valores (CNMV) que procedeu à colocação privada, junto de investidores institucionais, de mais de dois milhões de acções da Ence, equivalentes a 8% do capital, que pertenciam à Portucel e à Semapa em partes iguais. O encaixe conjunto com a operação ascendeu aos 46,05 milhões de euros, correspondentes a um valor por acção de 22,6 euros.
No dia 28 de Dezembro de 2004, a Portucel anunciou a alienação da participação que detinha na Ence (8%). A Semapa, por outro lado, tinha anunciado a compra dos 4% à Portucel no dia 4 de Janeiro. Com esta venda, as duas empresas liquidam as suas posições na papeleira espanhola.
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Mercado passivo face à mudança no BCP
paula cordeiro Arquivo DN-Eduardo Tomé
reacções. Saída de Jardim e escolha de Teixeira Pinto está a ser 'digerida'
O mercado mostrou alguma passividade face à noticia que ontem "abalou" o meio financeiro português, ou seja, a saída de Jardim Gonçalves da administração do Banco Comercial Português (BCP) e a escolha de Paulo Teixeira Pinto para o suceder.
Apesar das boas notícias no que respeita aos lucros de 2004, que cresceram acima das expectativas, o título fechou a ganhar apenas 0,49%, situando-se nos 2,05 euros. Há 11 sessões consecutivas que as acções do banco não fecham em queda e ontem chegaram a atingir 2,06 euros, um novo máximo desde Abril. No entanto, de manhã, as acções negociavam em queda superior a 1% (chegou a cair 1,47%), uma reacção que pode ser interpretada como um misto entre o acreditar na recuperação do banco e algumas dúvidas quanto ao seu futuro sem Jardim Gonçalves. Os bons resultados apresentados, na opinião de alguns analistas, já tinham sido descontados nos ganhos registados pelo título nas últimas semanas. É certo que os analistas apontavam para um lucro situado entre os 474 milhões de euros e os 507 milhões, aquém dos 513 milhões registados. Mas os investidores já há algum tempo que tinham antecipado a subida.
Segundo fontes contactadas pelo DN, o mercado está ainda a "digerir" a notícia, especialmente as restantes praças europeias, onde o mercado inglês tem um peso importante para os investidores institucionais. É de esperar, nos próximos meses, o verdadeiro ajuste do mercado às novidades de ontem. Para Susana Neto, analista da Caixa Banco de Investimento, citada pela agência Lusa, a mudança no BCP "é positiva por terminar com a incerteza e é simultaneamente uma surpresa", considerando que o sinal dado é de "continuidade".
Os analistas do BPI, citados pelo Jornal Negócios Online, consideraram que "a nível operacional, os resultados foram acima do esperado, devido aos ganhos com as comissões e o trading (o que contrariou o impacto da queda da margem financeira)".
Para uma fonte do Banco Espírito Santo de Investimento (BESI), o nome "foi uma surpresa", mas Teixeira Pinto "conhece bem a actividade bancária e o seu currículo demonstra que sabe trabalhar nas várias áreas da banca".
paula cordeiro Arquivo DN-Eduardo Tomé
reacções. Saída de Jardim e escolha de Teixeira Pinto está a ser 'digerida'
O mercado mostrou alguma passividade face à noticia que ontem "abalou" o meio financeiro português, ou seja, a saída de Jardim Gonçalves da administração do Banco Comercial Português (BCP) e a escolha de Paulo Teixeira Pinto para o suceder.
Apesar das boas notícias no que respeita aos lucros de 2004, que cresceram acima das expectativas, o título fechou a ganhar apenas 0,49%, situando-se nos 2,05 euros. Há 11 sessões consecutivas que as acções do banco não fecham em queda e ontem chegaram a atingir 2,06 euros, um novo máximo desde Abril. No entanto, de manhã, as acções negociavam em queda superior a 1% (chegou a cair 1,47%), uma reacção que pode ser interpretada como um misto entre o acreditar na recuperação do banco e algumas dúvidas quanto ao seu futuro sem Jardim Gonçalves. Os bons resultados apresentados, na opinião de alguns analistas, já tinham sido descontados nos ganhos registados pelo título nas últimas semanas. É certo que os analistas apontavam para um lucro situado entre os 474 milhões de euros e os 507 milhões, aquém dos 513 milhões registados. Mas os investidores já há algum tempo que tinham antecipado a subida.
Segundo fontes contactadas pelo DN, o mercado está ainda a "digerir" a notícia, especialmente as restantes praças europeias, onde o mercado inglês tem um peso importante para os investidores institucionais. É de esperar, nos próximos meses, o verdadeiro ajuste do mercado às novidades de ontem. Para Susana Neto, analista da Caixa Banco de Investimento, citada pela agência Lusa, a mudança no BCP "é positiva por terminar com a incerteza e é simultaneamente uma surpresa", considerando que o sinal dado é de "continuidade".
Os analistas do BPI, citados pelo Jornal Negócios Online, consideraram que "a nível operacional, os resultados foram acima do esperado, devido aos ganhos com as comissões e o trading (o que contrariou o impacto da queda da margem financeira)".
Para uma fonte do Banco Espírito Santo de Investimento (BESI), o nome "foi uma surpresa", mas Teixeira Pinto "conhece bem a actividade bancária e o seu currículo demonstra que sabe trabalhar nas várias áreas da banca".
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Novas avaliações
Petrolífera vale mais dinheiro
O adiamento da privatização da Galp e o chumbo de Bruxelas à reestruturação do sector energético vão provocar novas avaliações da Galp. Até porque as últimas conhecidas, da autoria do Citigroup, datam de Outubro de 2003. Nessa altura, os avaliadores avançaram com um valor global de 4,1 mil milhões de euros, com prémio de controlo, e 3,2 mil milhões sem prémio. O valor avançado há dias ao DN por José Penedos, da REN, situava a avaliação em 3,8 mil milhões. E há ainda que contar que, no primeiro semestre de 2004, a Galp reduziu o endividamento em 270 milhões.
Petrolífera vale mais dinheiro
O adiamento da privatização da Galp e o chumbo de Bruxelas à reestruturação do sector energético vão provocar novas avaliações da Galp. Até porque as últimas conhecidas, da autoria do Citigroup, datam de Outubro de 2003. Nessa altura, os avaliadores avançaram com um valor global de 4,1 mil milhões de euros, com prémio de controlo, e 3,2 mil milhões sem prémio. O valor avançado há dias ao DN por José Penedos, da REN, situava a avaliação em 3,8 mil milhões. E há ainda que contar que, no primeiro semestre de 2004, a Galp reduziu o endividamento em 270 milhões.
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Privatização polémica
A privatização da Galp Energia, que mais uma vez vai ser debatida hoje em Conselho de Ministros, tem gerado polémica desde o seu lançamento. Os dois grupos que acabaram por ser vencidos no concurso público (Luso-Oil e Grupo Mello) estão em tribunal com acções diversas de impugnação da privatização em si ou de providência cautelar contra o novo acordo assinado entre o Estado e a ENI, ou em preparação com a Petrocer. Já esta semana, a polémica passou a envolver a Presidência da República, tendo assessores políticos de Belém recebido em audiência um representante oficial do grupo Mello, um dos vencidos no referido concurso público. A notícia, que apareceu em vários órgãos de comunicação social, incluindo o DN, foi negada à Lusa (que também tinha informado sobre esse assunto), pela Presidência da República, em termos que não ficaram claros se envolveriam toda a reunião ou apenas o facto de Sampaio ter «chamado» o referido representante.
A privatização da Galp Energia, que mais uma vez vai ser debatida hoje em Conselho de Ministros, tem gerado polémica desde o seu lançamento. Os dois grupos que acabaram por ser vencidos no concurso público (Luso-Oil e Grupo Mello) estão em tribunal com acções diversas de impugnação da privatização em si ou de providência cautelar contra o novo acordo assinado entre o Estado e a ENI, ou em preparação com a Petrocer. Já esta semana, a polémica passou a envolver a Presidência da República, tendo assessores políticos de Belém recebido em audiência um representante oficial do grupo Mello, um dos vencidos no referido concurso público. A notícia, que apareceu em vários órgãos de comunicação social, incluindo o DN, foi negada à Lusa (que também tinha informado sobre esse assunto), pela Presidência da República, em termos que não ficaram claros se envolveriam toda a reunião ou apenas o facto de Sampaio ter «chamado» o referido representante.
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Barreto quer adiar para Outubro decisões sobre Galp
Ana Tomás Ribeiro * Arquivo DN-Paulo Spranger
álvaro Barreto. O ministro discute hoje a Galp em Conselho de Ministros
Hoje o ministro das Actividades Económicas, Álvaro Barreto, vai levar a discussão em Conselho de Ministros o assunto da Galp. Em debate estará a sua intenção de prorrogar por despacho os prazos de dois contratos. Um deles assinado com os italianos da ENI para a venda da participação destes na Galp, de 33,34%, à holding estatal Parpública. E outro, de promessa de compra/venda desta fatia à Parpública, por parte da Petrocer. Dois contratos, que caducariam, na segunda-feira, 31 de Janeiro, tal como confirmou ao DN fonte da Petrocer.
Recorde-se que ambos os contratos foram feitos com base no pressuposto de que avançaria a restruturação do sector energético português e, desta forma, os italianos sairiam da estrutura accionista da Galp para ficar com 49% do negócio do gás natural, em parceria com a EDP. O que não se veio a verificar porque Bruxelas chumbou o plano.
Assim sendo, a ENI mantém-se como maior accionista privado na Galp e partir de Julho já poderá dispor da sua participação e vendê-la a quem quiser.
É que, de acordo com o contrato que assinou com o Estado em 2000, a ENI só não poderia vender a sua participação durante cinco anos e esse prazo esgota-se em Julho.
Segundo fonte governamental, o que Álvaro Barreto quer garantir com a prorrogação dos prazos dos contratos é a possibilidade de o Estado comprar a posição da ENI até Outubro. Mas acaba também por dar a possibilidade à Petrocer de ainda vir a adquirir uma posição na petrolífera.
O assunto é polémico e sobretudo merece as crítica dos dois consórcios perdedores na corrida à compra dos 33,34% da Galp, o grupo Mello e a Luso-Oil. Para estes grupos, esta prorrogação não faz sentido já que a entrada da Rede Eléctrica Nacional (REN) na Galp [com uma participação de cerca de 18%] no ano passado, os italianos já nem sequer têm a possibilidade de ficar com a maioria do capital da empresa. Porque mesmo que houvesse uma dispersão do capital em bolsa, cerca de 10% teriam de ficar para os trabalhadores da empresa. Além disso, dizem, a empresa valorizou-se no último ano e portanto a ENI teria de desembolsar ainda mais dinheiro para reforçar a sua posição, sem nunca ter a possibilidade ficar com a maioria da Galp, o que não parece ser do seu interesse.
Segundo fonte da Petrocer, o que Álvaro Barreto pretende salvaguardar é os interesses do próprio Estado. "Prorrogando os contratos, adia as opções relativamente à posição da ENI na empresa para Outubro. No fundo, o que o Estado está a fazer é a prorrogar os efeitos do contrato que assinou com a ENI em 2000 para Outubro", sublinha a mesma fonte. A ENI ficará assim impossibilitada de vender a sua participação a quem quiser já a partir de Julho.
Ana Tomás Ribeiro * Arquivo DN-Paulo Spranger
álvaro Barreto. O ministro discute hoje a Galp em Conselho de Ministros
Hoje o ministro das Actividades Económicas, Álvaro Barreto, vai levar a discussão em Conselho de Ministros o assunto da Galp. Em debate estará a sua intenção de prorrogar por despacho os prazos de dois contratos. Um deles assinado com os italianos da ENI para a venda da participação destes na Galp, de 33,34%, à holding estatal Parpública. E outro, de promessa de compra/venda desta fatia à Parpública, por parte da Petrocer. Dois contratos, que caducariam, na segunda-feira, 31 de Janeiro, tal como confirmou ao DN fonte da Petrocer.
Recorde-se que ambos os contratos foram feitos com base no pressuposto de que avançaria a restruturação do sector energético português e, desta forma, os italianos sairiam da estrutura accionista da Galp para ficar com 49% do negócio do gás natural, em parceria com a EDP. O que não se veio a verificar porque Bruxelas chumbou o plano.
Assim sendo, a ENI mantém-se como maior accionista privado na Galp e partir de Julho já poderá dispor da sua participação e vendê-la a quem quiser.
É que, de acordo com o contrato que assinou com o Estado em 2000, a ENI só não poderia vender a sua participação durante cinco anos e esse prazo esgota-se em Julho.
Segundo fonte governamental, o que Álvaro Barreto quer garantir com a prorrogação dos prazos dos contratos é a possibilidade de o Estado comprar a posição da ENI até Outubro. Mas acaba também por dar a possibilidade à Petrocer de ainda vir a adquirir uma posição na petrolífera.
O assunto é polémico e sobretudo merece as crítica dos dois consórcios perdedores na corrida à compra dos 33,34% da Galp, o grupo Mello e a Luso-Oil. Para estes grupos, esta prorrogação não faz sentido já que a entrada da Rede Eléctrica Nacional (REN) na Galp [com uma participação de cerca de 18%] no ano passado, os italianos já nem sequer têm a possibilidade de ficar com a maioria do capital da empresa. Porque mesmo que houvesse uma dispersão do capital em bolsa, cerca de 10% teriam de ficar para os trabalhadores da empresa. Além disso, dizem, a empresa valorizou-se no último ano e portanto a ENI teria de desembolsar ainda mais dinheiro para reforçar a sua posição, sem nunca ter a possibilidade ficar com a maioria da Galp, o que não parece ser do seu interesse.
Segundo fonte da Petrocer, o que Álvaro Barreto pretende salvaguardar é os interesses do próprio Estado. "Prorrogando os contratos, adia as opções relativamente à posição da ENI na empresa para Outubro. No fundo, o que o Estado está a fazer é a prorrogar os efeitos do contrato que assinou com a ENI em 2000 para Outubro", sublinha a mesma fonte. A ENI ficará assim impossibilitada de vender a sua participação a quem quiser já a partir de Julho.
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CAE da EDP acabam hoje
CAE da EDP acabam hoje
A REN e a EDP dão hoje um passo de gigante para a extinção total dos Contratos de Aquisição de Energia (CAE). Todos os contratos que ligam a maior empresa nacional de produção de energia eléctrica à REN serão hoje formalmente extintos. Ficam a faltar apenas os que ligam a REN à Tejo Energia e à Turbogás. Para que os CAE tenham sido extintos é necessário que as empresas tenham chegado previamente a acordo no que diz respeito ao valor dos terrenos adstritos às hidroeléctricas, que passam do universo da REN para o dos produtores. Acordadas terão sido também as compensações pelo fim daqueles acordos de longa duração - os chamados CMEC. O fim dos CAE é também crucial para o lançamento do Mercado Ibérico de Electricidade (Mibel), que deverá arrancar em força no próximo mês de Julho. Os CAE que falta extinguir deverão estar resolvidos nos próximos dias, já que Álvaro Barreto, no passado mês de Dezembro, deu um mês aos negociadores para resolverem o assunto.
A REN e a EDP dão hoje um passo de gigante para a extinção total dos Contratos de Aquisição de Energia (CAE). Todos os contratos que ligam a maior empresa nacional de produção de energia eléctrica à REN serão hoje formalmente extintos. Ficam a faltar apenas os que ligam a REN à Tejo Energia e à Turbogás. Para que os CAE tenham sido extintos é necessário que as empresas tenham chegado previamente a acordo no que diz respeito ao valor dos terrenos adstritos às hidroeléctricas, que passam do universo da REN para o dos produtores. Acordadas terão sido também as compensações pelo fim daqueles acordos de longa duração - os chamados CMEC. O fim dos CAE é também crucial para o lançamento do Mercado Ibérico de Electricidade (Mibel), que deverá arrancar em força no próximo mês de Julho. Os CAE que falta extinguir deverão estar resolvidos nos próximos dias, já que Álvaro Barreto, no passado mês de Dezembro, deu um mês aos negociadores para resolverem o assunto.
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