Caldeirão da Bolsa

Subida dos futuros de Wall Street fazem prever semana em alt

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por marafado » 24/1/2005 15:53

Sangue, Suor e lágrimas

António Amaro de Matos


Quando Winston Churchill se apresentou, em 13 de Maio de 1940 na Câmara dos Comuns e propôs uma nova política aos parlamentares e ao povo inglês não escondeu as dificuldades:

“I have nothing to offer but blood, toil, tears, and sweat” (”sangue, trabalho duro, lágrimas e suor” simplificado ficou para a história como “sangue, suor e lágrimas”). Não prometeu nada agradável de ouvir, e não pintou com cores suaves a situação: “We have before us an ordeal of the most grievous kind. We have before us many, many months of struggle and suffering”. A simplicidade e força impressionantes com que descreveu a brutal verdade são atributos de um líder verdadeiro, capaz de motivar e conduzir um povo. E libertá-lo, após uma inevitável e dura provação. Luta e sofrimento não faltaram ao povo inglês, tal como não faltou ânimo. E não foram apenas meses, foram longos anos.

Este conceito de líder não está presente entre nós. Mesmo perante a longa e dura provação por que teremos de passar até nos libertarmos do peso da situação actual. E atingirmos novamente níveis de progresso que satisfaçam legítimas ambições.

Os dirigentes dos nossos principais partidos concorrem entre si, descrevendo em tons primaveris os dias risonhos, alegres e despreocupados que se seguirão às eleições se o seu partido for o escolhido pelos portugueses. Refira-se como excepção o Dr. António Vitorino mas que não é o líder do PS.

A diversão e a festa das campanhas constituem verdadeiros insultos aos cidadãos conscientes. Agravados por promessas e previsões de um optimismo delirante. E pelas frases vazias de sentido, estudadas para se transformarem em slogans de campanha. Haverá de tudo, dependendo da imaginação dos ficcionistas de serviço: baixas de IRS, baixas de IRC, eliminação definitiva da pobreza, aumento das pensões mínimas, novos benefícios fiscais, isenções nas SCUTs, propinas congeladas, mais e melhores empregos, mais professores colocados, menos trabalho temporário, mais direitos, mais reivindicações satisfeitas, etc. Faltou nesta enumeração o choque tecnológico, um passe de mágica que colocará rapidamente as empresas e os nossos trabalhadores na vanguarda da UE. E as inúmeras apostas na educação - paixão atraiçoada, agora apenas uma prioridade entre muitas - sem que ninguém sugira sequer que educação implica esforço e não é uma forma diferente de entretenimento. Como os estudantes descobrem com surpresa à chegada à universidade.

Os portugueses ambicionam - como a Inglaterra em 1940 - uma vitória que não se afigura fácil. Falta-nos o político que ao assumir a luta pelo mando se qualifique como líder, sem medo da verdade por brutal que ela seja. Que não receie dizer que, a curto prazo, não tem a propor aos portugueses senão trabalho duro sem recompensa no imediato. Que o alívio do sofrimento que para tantos têm representado estes últimos anos de crescimento insuficiente - e mesmo de recessão com desemprego a aumentar - vai tardar, e não será medido em meses, mas sim em anos. E que não haverá excepções.

O estatuto da função pública, por exemplo, é fonte de rigidez insustentável. O quadro actual da segurança social (CGA incluída) exige também intervenção de fundo. Talvez mais tarde se possam voltar a discutir interessantes questões ideológicas, mas esta não é a altura. Direitos, certamente. Mas obrigações também. O mais sagrado dos direitos é o de que os portugueses tenham, no seu País, condições para viverem com satisfação e segurança. Implica muitas obrigações da generalidade dos cidadãos, geralmente esquecidas e vai levar tempo.

Não obstante, vou votar. Vou votar PSD. Tenho a esperança de que nenhum partido chegue à maioria absoluta e não haja coligação estável para a formar. Isto é, que das eleições à vista não saia um governo viável. E que isso leve o senhor presidente a usar da sua capacidade para forçar os dois maiores partidos (com outros dirigentes?) a um entendimento sério que dure quatro anos e tenha como único desígnio o da recolocação do País no caminho do crescimento económico e da convergência acelerada. Sem fantasias. Os dois juntos têm poder para isso.

Não termino sem lembrar que daqui a poucos anos se vão sentir no Ocidente, começando pela Europa, as consequências do crescimento das economias asiáticas. India e China estão para chegar, talvez em menos de 10 anos. Temos um tempo reduzido para convergir para a UE sem que perturbações seriísimas se atravessem no caminho. Não dá para experiências.

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por marafado » 24/1/2005 15:50

Endesa interessada em adquirir participação na Edison

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A 'utility' espanhola anunciou hoje que deseja adquirir parte do capital da sua congénere italiana, caso os governos italiano e francês acordem na venda de parte do grupo.

Segundo afirmou hoje um porta-voz da Endesa, citado pela agência Reuters, "estamos a seguir o processo [da disputa pelo controlo da Edison entre a Itália e a França] com grande atenção e estamos preparados para participar nele. Estamos também interessados em adquirir uma participação na Endesa se as condições certas estiverem presentes".

Actualmente os Governos de Roma e Paris encontram-se envolvidos numa disputa sobre o controlo da Edison, uma vez que a Electricité de France (EdF) detém opções que lhe permitiriam aumentar a sua participação na holding que controla a Edison para 100% no próximo mês de Março.

A imprensa francesa tem avançado recentemente com notícias de que um possível compromisso entre os dois Governos pode permitir a 'utilities' italianas tomarem participações na Edison.
 
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por marafado » 24/1/2005 15:49

Infineon prevê quebra das vendas e do lucro no trimestre

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A fabricante germânica de semicondutores anunciou hoje esperar que a diminuição da procura a nível global leve a uma descida das suas vendas e resultados no actual trimestre, levando a uma nova redução de custos por parte da empresa.

Segundo um comunicado hoje emitido pela Infineon, "devido a efeitos sazonais, pressão sobre os preços em todos os segmentos da companhia e uma nova quebra da procura causada pela continuação dos ajustes dos inventários dos clientes, a empresa espera que as suas receitas e lucro no actual trimestre voltem a registar uma progressão negativa".

Em adição, o director-executivo da Infineon, Wolfgang Ziebart, declarou que a firma irá reduzir os seus custos em mais 200 milhões de euros do que o inicialmente planeado no seu actual ano fiscal, que termina em Setembro, de modo a assegurar o futuro da empresa no médio e longo prazo.
 
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por marafado » 24/1/2005 15:49

LG.Philip's anuncia quebra de lucro no 4º trimestre no sector dos ecrãs planos

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A 'joint-venture' entre as duas tecnológicas anunciou hoje que registou uma grande quebra de lucro nos últimos três meses de 2004 devido à quebra do preço dos ecrãs planos de cristais líquidos (LCD)em cerca de 20% nesse mesmo período de tempo.

A LG.Philip's admitiu ainda que é possível que os preços dos LCD caiam ainda mais na primeira metade de 2005, apesar de se prevêr uma possível recuperação dos preços a partir daí.

A Lg.Philip's e a sua concorrente Samsung, sedeadas na Coreia do Sul, produzem cerca de metade dos ecrãs planos que vão para o mercado.
 
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por marafado » 24/1/2005 15:36

Infineon penaliza tecnológicas

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As principais praças da União Europeia encontram-se em terreno negativo, destacando-se os títulos das empresas do sector tecnológico, depois da fabricante de semicondutores alemã ter alterado para uma queda do seu lucro devido à diminuição da procura.

Segundo os analistas, "o sector tecnológico nunca está à altura das expectativas. É um mercado muito competitivo".

Deste modo, com as descidas a serem lideradas pela holandesa ASML e pela sueca Ericsson, às 8h10 o S&P/MIB de Milão deslizava 0,16%, o FTSE-100 de Londres recuava 0,30% e o Ibex-35 de Madrid caía 0,41%, enquanto o CAC-40 de Paris perdia 0,44% e o Dax Xetra de Frankfurt descia 0,57%.
 
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por marafado » 24/1/2005 15:36

Petróleo atinge máximo de oito semanas com vaga de frio nos EUA

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A forte descida das temperaturas que se tem vindo a sentir nos Estados Unidos está a levar os investidores a comprar combustível de aquecimento em grandes quantidades, o que impulsiona os preços do crude.

Deste modo, às 8h41 o barril de Brent (petróleo de referência na Europa) para entrega em Março era transaccionado na Bolsa Internacional do Petróleo de Londres (IPE) a 46,44 dólares, mais 66 cêntimos do que no fecho de sexta-feira.

À mesma hora, o contrato de Março do Light Sweet Crude (petróleo de referência na América do Norte e Ásia) era negociado no NYMEX de Nova Iorque a 49,22 dólares, mais 69 cêntimos do que no término da última sessão.

Segundo os analistas, "o mercado está em alta devido às baixas temperaturas nos Estados Unidos".
 
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por marafado » 24/1/2005 15:35

Euro recupera com mercados na expectativa

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A moeda única encontra-se em alta face à sua rival norte-americana, com os investidores a preferirem manter-se à margem antes das reuniões dos G-7 e da Reserva Federal dos EUA no início do mês que vem.

Deste modo, às 9h19 o euro era transaccionado nos mercados cambiais a 1,3085 dólares, contra 1,3035 dólares no fecho de sexta-feira e depois de ter variado entre os 1,3033 e os 1,3092 dólares durante a madrugada.

Segundo os peritos, "a recuperação do dólar que teve lugar este ano parece ter chegado ao ponto mais elevado. Pelo menos até à reunião da Reserva Federal (Fed), a 'nota verde' deve começar a descer".

"O mercado já descontou uma subida das taxas de juro nos EUA, mas se a Fed assinalar que as vai subir a um ritmo mais elevado, então isso deverá suportar o dólar", disse um especialista nipónico, o qual adiantou que as possibilidades deste cenário ocorrer são "remotas".

O iene japonês encontra-se com evolução mista face às suas rivais, sendo que às 8h33 o euro valia 134,47 ienes e o dólar 102,77 ienes, contra 134,04 e 102,83 ienes no término da última sessão, respectivamente.
 
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por marafado » 24/1/2005 15:34

Taxas Euribor descem nos prazos mais longos

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As maturidades europeias encontram-se estáveis no curto prazo e em baixa no longo prazo.

Taxas de juro Euribor (Mercado Monetário Interbancário Europeu) com base nos 360 dias do ano:

Prazos - Hoje - Sexta-feira

1 mês.......2,107 pct...2,107 pct
3 meses...2,143 pct...2,143 pct
6 meses...2,184 pct...2,188 pct
1 ano.......2,287 pct....2,306 pct
 
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por marafado » 24/1/2005 15:34

Índices descem com investidores cautelosos

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Os fracos resultados da LG Philips e a revisão em baixa das estimativas de vendas e lucro da Infineon, combinados com a subida dos preços do petróleo, estão a manter os principais mercados da União Europeia em terreno negativo.

Segundo os analistas, "os investidores estão a ficar nervosos relativamente às perspectivas de crescimento dos resultados, em particular quando estamos a verificar que as empresas estão a ser muito cautelosas relativamente às suas estimativas de lucro futuro, como foi hoje o caso da alemã Infineon".

Assim, para além da queda dos títulos tecnológicos, as transportadoras aéreas como a Lufthansa também caem, devido aos prováveis efeitos negativos da subida dos preços do petróleo nos seus resultados.

Deste modo, às 12h06 o FTSE-100 de Londres deslizava 0,35% para os 4786,70 pontos, o CAC-40 de Paris caía 0,54% para os 3833,21 pontos e o S&P/MIB de Milão recuava 0,62% para os 30 998,00 pontos, enquanto o Ibex-35 de Madrid perdia 0,75% para os 8932,30 pontos e o Dax Xetra de Frankfurt descia 0,87% para os 4177,11 pontos.
 
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por marafado » 24/1/2005 15:33

Euronext Lisbon > Meio da sessão 2005-01-24 13:15
PSI-20 cai e alivia de grande valorização da passada semana

José Pedro Luís


O índice de referência nacional está em queda, com os investidores receosos quanto à apresentação dos resultados anuais pelas principais empresas portuguesas. Esta expectativa está a condicionar o volume de negócios, o qual se encontra abaixo dos 35 milhões de euros.

Deste modo, às 12h42 o PSI-20 caía 0,29% para os 7848,81 pontos, numa Europa que segue em baixa após o anúncio dos maus resultados da Infineon e em linha com a subida de preço do petróleo.

Nos 'pesos-pesados', a queda da EDP de 0,45% para os 2,23€ está a compensar a subida da PT de 0,32% para os 9,43%, enquanto que o BCP está inalterado nos 2,04€.

O banco liderado por Jardim Gonçalves está a causar algum receio junto dos investidores, pois vai anunciar amanhã o seu resultado anual, tal como o BPI que segue a cair 0,64% para os 3,10€.

Enfoque na praça nacional está a Brisa que segue a cair 1,42% para os 6,92€, depois de na semana passada ter conseguido um novo máximo histórico.

Já a Cofina, que também se tem vindo a destacar pela positiva desde o início do ano, está a subir 0,71% para os 4,24€, depois de ter voltado a igualar o máximo de cinco anos nos 4,27€.

Os outros dois títulos do sector dos media, a Impresa e a Media Capital, estão a cair, com a empresa de Pinto Balsemão a desvalorizar 1,2% para os 5,77€ e a 'holding' liderada por Pais do Amaral a deslizar 0,93% para os 5,35€.

O papel mais transaccionado é o do BCP, com 2 853 994 papéis negociados, seguido pelo da EDP e pelo da PT, com 1 744 651 e 1 536 026 títulos movimentados, respectivamente.

Dos vinte títulos que compõem o PSI-20, a Cofina, a PT e a Gescartão sobem de cotação, treze descem e quatro mantém-se inalterados. O volume de negócios fica-se pelos 33,78 milhões de euros.
 
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Subida dos futuros de Wall Street fazem prever semana em alt

por marafado » 24/1/2005 15:32

Subida dos futuros de Wall Street fazem prever semana em alta

DE


Os analistas prevêm que a praça novaiorquina abra em alta, beneficiando da expectativa em torno do anúncio de vários indicadores e resultados esta semana os quais os investidores estimam ser positivos.

Deste modo, às 11h58, o índice Dow Jones subia 17 pontos para os 10 405,0 pontos, tal como o Nasdaq-100, o qual crescia 4,5 pontos para os 1514 pontos.
 
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